Painel de Projeto - Paisagismo II

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PARQUE SANTOS DUMONT LOCALIZAÇÃO

REFERÊNCIA

ESTUDO DE MASSAS | PROPOSTAS INICIAIS

PLANTA GERAL DA PROPOSTA DE PROJETO

PERSPECTIVAS

O estudo de caso corresponde ao Parque Madureira, localizado na cidade do Rio de Janeiro, e serviu como referência para o projeto do Parque Santos Dumont. Isto pode ser visto principalmente na linearidade marcante em ambos os casos e pelo entorno formado predominantemente por residências. Quanto ao desenvolvimento projetual, a setorização sugerida para a intervenção também constitui uma característica cuja referência foi extraída a partir da análise do Parque Madureira, pois observação possibilita melhor organização espacial e controle de uxos do parque.

ESCALA BAIRRO

ESCALA

BAIRRO AEROPORTO

PLANTA DE PISO

TERRENO

SEM ESCALA

SÍNTESE DA ANÁLISE DESENVOLVIDA NO TERRENO COM ESTUDO DE ATIVIDADES PROPOSTAS PARA A ÁREA:

SETOR DE EDUCAÇÃO

- Atenção para as entradas principais voltadas para as vias de maior uxo; - Expansão da caixa viária do entorno do parque e instalação de lotes residenciais; - Inclusão de bondeno interior do parque para propiciar uma melhor circulação pela área; - Diversicação de atividades e criação de setores; - Relevância dos elementos construtivos existentes para a identidade da proposta deenvolvida.

SETOR DE CONTEMPLAÇÃO SETOR INFANTIL HORTAS COMUNITÁRIAS SETOR DE EVENTOS/ALIMENTAÇÃO SETOR DO IDOSO

ESCALA CIDADE

ESCALA

BAIRRO AEROPORTO

IMAGEM SATÉLITE

PLANTA DE VEGETAÇÃO

SEM ESCALA

DELIMITAÇÃO DO TERRENO

SETOR DE ESPORTES

MAPA TOPOGRÁFICO

MAPA DE USOS

SEM ESCALA

SEM ESCALA

ÁREA RESIDENCIAL ÁREA COMERCIAL E/OU SERVIÇO

MAPA DE CHEIOS E VAZIOS

MAPA VIÁRIO

SEM ESCALA

SEM ESCALA

50

100

200

500

750

Annona

OITICICA Licania

CUMARU

Dipteryx

VIAS PRINCIPAIS DE ACESSO E MAIOR FLUXO VIAS SECUNDÁRIAS E MENOR FLUXO

O local em questão, área do aeroporto Senador Petrônio Portella, deu nome ao seu entorno, o bairro Aeroporto. Localiza-se na zona Centro-Norte de Teresina, tem população em sua maioria de classe média baixa, carente de espaços públicos com lazer e cultura de qualidade, já que não se encontra numa área de interesse principal da prefeitura, apesar da localização ser privilegiada devido a seus acessos diretos com a zona Leste e o Centro-Sul da cidade. Partindo da análise desse bairro, a proposta de intervenção urbano-paisagística de um grande parque foi feita e a área escolhida foi a do aeroporto, levando em consideração sua transferência de área e o sucateamento iminente desse local. A proximidade com o projeto Lagoas do Norte também representa um condicionante para a escolha do local, pois ambos representam parte de um projeto de vitalidade urbana e paisagística maior na zona Norte de Teresina. A proposta é desenvolvida em oito setores, com atividades diversas, que buscam atender a múltiplos usuários que buscam atividades de lazer e esportivas, contemplação e educação. O projeto busca atrair a atenção de toda a população da cidade, mas visa principalmente proporcionar qualidade de vida aos usuários que vivem no entorno. Durante a elaboração do projeto, buscou-se adotar como partido os 12 critérios projetuais de Jean Gehl em todos os setores, sendo presentes em maior ou em menor quantidade, dependendo do uso destinado a cada área do parque. Porém, existem critérios tais como os de Proteção e Prazer que foram estabelecidos como obrigatórios igualmente em todo o projeto do parque. Esses critérios podem ser percebidos durante a apresentação e justicativa de cada setor. O 'Parque Santos Dumont' foi desenvolvido a partir da analise do entorno, onde as entradas e a comunicação são dadas pelas vias destinadas aos pedestres, dispostas sob a orientação da malha urbana já existente, e possuindo acessos direcionados aos veículos locados nas principais vias do entorno de forma a aperfeiçoar o uxo. Desta forma foram projetados bolsões de estacionamento nessas áreas de entrada de veículos, de modo que todo o parque possa ser percorrido a pé, de bicicleta ou pela linha do bonde que passa no eixo central e conecta todos os setores, e que os veículos apenas o contornem. No entendimento de que o parte é um equipamento urbano, que tem abrangência de bairros e regiões da cidade, foi previsto o alargamento e arborização das vias do entorno de modo a realocar as famílias já existentes na mesma região, delimitando lotes com fachadas voltadas tanto para as vias do entorno quanto para o parque. Desta maneira, desenvolve-se um público constante de vigilantes no entorno do parque. Quanto à vegetação geral do parque, destaca-se o uso de árvores frondosas com bastante área de sombreamento, copas médias e altas, geralmente verdes tais como “Licania Tomentosa”, “Licania Rigida”, “Marchaerum Opacum”, “Fabaceae”, “Annona Caricacea”, “Dipteryx Odorata”, pontuadas com ipês roxos e amarelos, “Handroanthus albus e impetiginosus”, bem como forrações roxas, amarelas e azuis, “Alternanthera Ficoidea” e “Lantana Montevidensis”. O piso do parque é todo em blocos intertravados e piso emborrachado pontuado no setor infantil e academia do idoso. Esse piso simples foi escolhido devido à facilidade de sua aplicação, manutenção e gama cromática – ora se apresenta em tons acizentados, ora avermelhados e marrons nos bosques e setor de eventos, alaranjado nas ciclovias, cor de madeira nos decks do setor esportivo e de contemplação e multicolorido no infantil. A diferenciação de cores do piso confere dimensionamento espacial e orientação no uso dos espaços, conferindo identidade a cada um dos setores. O setor educacional e cultural contém um dos portões de entrada do parque: uma grande praça com roseiras altas, contornadas com bancos dispostas de maneira alternada, no intuito de dar dinâmica ao local e introduzir o ambiente educacional juntamente com o sentimento de oásis que o parque representa. Adentrando mais

QUADRO CROMÁTICO ARATICUM

ALTA OCUPAÇÃO BAIXA OCUPAÇÃO ÁREA LIVRE

SEM ESCALA 0

1500 m

MEMORIAL JUSTIFICATIVO

ESTUDO DA ÁREA

LAGOAS INDICAÇÃO DE ÁREA COM MAIOR ELEVAÇÃO A PARTIR DO TOM MAIS ESCURO

ESCALA

JATOBÁ

Fabaceae-

IPÊ AMARELO Handroanthus

neste setor, pensou-se a locação de um polo de educação do SENAC ou instituição de Ensino e aprendizagem técnica com respectivos espaços de laboratórios e um mirante. Tais edicações foram preservadas do antigo uso do local – o aeroporto. Neste setor há um modulo de atendimento ao usuário, bateria sanitária, praça de alimentação. O espaço cultural também é outro enfoque dessa área, destinado a um grande pavilhão com biblioteca tecnológica, com áreas de exposições, laboratórios de informática, auditórios, salas de estudo e um grande acervo de obras. Duas atividades ancoram o setor e atraem um grande uxo de usuários e transeuntes. O seu fechamento é dado por grandes bosques verdes para permitindo uma maior interação entre o espaço construído e o ambiente natural. O espaço de Contemplação foi equipado com jardim botânico e um grande lago destinado ao lazer, através de um deck com pedalinhos, disponíveis aos usuários, bem como a possibilidade de realizar atividades de lazer mais ativo. No entorno, encontra-se um passeio extenso e arborizado, destinado à contemplação e à prática de Cooper. Adentrando mais no setor, localiza-se um segundo lago, este menor que o primeiro, destinado somente à interação com aves que vivem próximas à água, tais como gansos, patos. Há também um local ao ar livre, forrado com grama, destinado a exposições de esculturas. No jardim botânico, encontram-se espécies nativas da região nordeste, principalmente do estado do Piauí, presentes nas Matas dos Cocais, como a Carnaúba, no Cerrado, como a Aroeira-salsa, na Caatinga, como os Ipês roxo e amarelo e por m, na Mata Atlântica, como Palmeiras imperial. Nesta área, foi projetado um mirante, réplica da atual torre de comando do Aeroporto, que usufrui de visão ampla para os setores do parque. O setor infantil do parque contempla um ambiente lúdico, uma área de playgrounds temáticos e um espaço voltado para a instalação de quadras poliesportivas direcionadas ao uso das crianças. Este ambiente do parque faz uma referência ao elemento aquático, tão presente na conjectura do parque, assim como na paisagem urbana da capital em que se encontra inserido, através da aplicação de um desenho de piso em linhas orgânicas com tons de azuis e pela implementação de bancos para a contemplação que remetem a forma de um barco. A área voltada para a instalação dos playgrounds busca através de um desenho dinâmico no piso exaltar as atividades de lazer ativo desempenhadas no ambiente, sintetizando tal informação através da aplicação de linhas geométricas coloridas por diversas cores que simbolizam o quadro cromático implantado no parque, como também os diferentes eixos temáticos de brinquedos inseridos no ambiente. Os setores de horta e jardim sensorial localizam-se entre o setor de alimentação e o de educação e cultura. Essa área de hortas tem como objetivo estimular a introdução da população imediata ao parque, atraindo esses usuários próximos a sempre utilizarem o parque, ocupa-lo e gerar renda de subsistências dessas famílias. O jardim sensorial, tem por objetivo criar uma intimidade entre as pessoas e o parque, fazendo com que os usuários “experimentem” o parque através de seus cinco sentidos: olfativo com plantas aromáticas; auditivo com espelhos d'água e fontes jorrantes; paladar com plantas frutíferas; tato com o toque na vegetação; e por m utilizando sempre a visão para perceber o parque como um todo. O setor de alimentação foi pensado como uma área que pudesse atrair quiosques de alimentação diversa, através de um controle feito pela administração do parque, seria possível transformar essa área em um polo gastronômico e atrair usuários ao parque em todas as horas do dia, bem como servir seu entorno imediato – o setor de eventos que por uso, representaria a maior concentração de pessoas do parque. O setor de eventos foi distribuído entre os lados leste e oeste a partir do eixo central do parque. Na porção leste, tem-se como principal atração a concha acústica, com

capacidade para 280 pessoas sentadas, formada por tubos de aço envolvidos por uma trama de os de bra de carnaúba, cuja altura do palco é de 1.80m. Árvores de médio porte, parcialmente densas marcam o local. Contíguo a esta área, propõe-se um espaço de conversação contemplação composto por bancos longilíneos, com leve curvatura para que a atividade de conversa seja mais bem realizada, e mesas redondas dispostas sob a cobertura de material semelhante ao da concha acústica conferindo unidade visual. Ao lado do espaço de conversação, foi sugerida uma área com fontes jorrantes para contemplação e bem estar. Estas possuem pavimentos em formato concêntrico que simulam a profundidade da água a partir da gradação de tons de azul. O último círculo é composto por faixa de areia que funciona como transição da água para o bloco intertravado. No Lado Oeste, o espaço destinado à realização de feiras comunitárias é formado por duas coberturas de formato curvo e cor vibrante cuja horizontalidade, assim como já citado em casos anteriores, é rompida pela verticalidade de palmeiras. Quanto à área do lago, trata-se de um espaço bem arborizado, com árvores de porte médio de copas parcial e completamente densas, e três pergolados de madeira com trepadeiras de sombreamento e bancos tanto de conversação quanto de contemplação. Ainda no setor de eventos, outro palco sem cobertura e em escala menor foi projetado, para eventos e reuniões menores. O setor de Idosos foi projetado com jardim sensorial, espaço menor para aulas (dança, yoga, dentre outras), jogos de bocha, espaço para conversação, academia ao ar livre e quiosque, que tem a possibilidade de ser especíco para os idosos ou as famosas comidas tness compõem este setor do parque. Além disso, também a pavimentação marcada por caminhos de blocos intertravados de tom avermelhado que dialogam com os utilizados no bosque e na área do palco. Entretanto, vale lembrar que a existência destes caminhos não objetiva restringir o deslocamento do usuário, mas sim orientá-los, na medida em que a coexistência com o bloco intertravado da cor padrão traz a possibilidade de outros uxos. O acesso principal ao setor e dado através do eixo central e pelos mesmos acessos do setor de eventos e esportivo. Os acessos diretos ao setor de eventos e de esportes são feitos por calçadas que seguem linhas quase retas com os eixos da Rua Gonçalves Ledo (a leste) e das ruas Monteiro Lobato e Canindé (a oeste). Quanto ao deslocamento interno ao parque, os ambientes podem ser acessados tanto pelo caminho central, caminhando ou chegando por meio do bonde, quanto por dentro dos ambientes contíguos. O setor esportivo do parque tem como atividade principal o aeromodelismo. Para isso uma pista com 250 metros livres de extensão foi projetada, seguindo as regras para pistas ociais de aeromodelismo. Além disso, os acessos à pista devem ser controlados e destinados somente aos praticantes da atividade, daí a necessidade de isolá-la ao máximo de terceiros. Além disso, os arredores da pista devem ser livres de obstáculos altos, então a vegetação escolhida foi apenas de forração, pelo menos num raio de 30 metros da pista. O prédio que isola a pista abriga o depósito, a administração da atividade, bem como o museu do aeromodelismo. Foi locada uma loja para aluguel de bicicletas no eixo central, próxima à ciclovia, uma escola de natação com sede no prédio da administração e enfermaria do setor esportivo localizado no eixo central, e as seis quadras poliesportivas, juntamente com os quiosques de comida e lagos de contemplação locados do lado oposto do eixo. Essa conguração de planta através de um eixo central foi escolhida com o objetivo de promover uma integração entre as atividades, gerando um controle administrativo e segurança maior. O setor esportivo também possui um acesso próprio localizado posteriormente à pista de aeromodelismo e que a margeia, porém sem adentrá-la.

DETALHAMENTO SETOR EDUCACIONAL

DETALHAMENTO SETOR CONTEMPLAÇÃO

DETALHAMENTO SETOR INFANTIL

DETALHAMENTO SETOR DE EVENTOS

DETALHAMENTO SETOR DE IDOSOS

DETALHAMENTO SETOR DE ESPORTES

PLANTA GERAL | PLANTA DE PISO | PLANTA DE VEGETAÇÃO

PLANTA GERAL | PLANTA DE PISO | PLANTA DE VEGETAÇÃO

PLANTA GERAL | PLANTA DE PISO | PLANTA DE VEGETAÇÃO

PLANTA GERAL | PLANTA DE PISO | PLANTA DE VEGETAÇÃO

PLANTA GERAL | PLANTA DE PISO | PLANTA DE VEGETAÇÃO

PLANTA GERAL | PLANTA DE PISO | PLANTA DE VEGETAÇÃO

IPÊ ROXO

Handroanthus

JACARANDÁ Machaerium

AROEIRA-SALSA Schinus

OITI

Licania

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ | CENTRO DE TECNOLOGIA | DEPART. DE CONST. CIVIL E ARQUITETURA ARQUITETURA E URBANISMO | PAISAGISMO II | PROF.ª KARENINA MATOS

PAINEL FINAL - PARQUE URBANO SANTOS DUMONT HENRIQUE BRÍGIDO | IGOR ALVES | JORDANA SOUZA | RAFAEL SOARES | THAÍS VENÂNCIO | VALÉRIA DE OLIVEIRA


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