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Edição: Equipas das Bibliotecas Escolares Ano letivo 2015-2016 Junho
DO NOSSO AGRUPAMENTO
Nº 15
Intercâmbio em Seia: Erasmus+ “Desenvolvimento Sustentável” (ver pág. 13)
Lídia Jorge, uma das mais destacadas vozes do panorama literário português (ver pág. 3)
A relevância dos Direitos Humanos (ver pág. 4)
A escola de antes e a de agora (ver pág. 5)
Atividades das Bibliotecas Escolares Erasmus + - Projeto “Activity & Eating: Small Steps to a Healthier You”: Diário da semana de intercâmbio em Itália
(ver pág. 8-9 )
2ª edição das jornadas das ciências e tecnologias
(ver pág. 10) (ver pág. 11)
Polónia | Intercâmbio Internacional, março 2016
Editorial
No passado mês de março, um grupo de 7 alunos e 3 professoras, da ESSeia, estiveram, na semana de 14 a 18, na cidade de Varsóvia em atividades de intercâmbio do Projeto Erasmus + “Empower Students with Entrepreneurial Skills”, coordenado pela Professora Sandra Lopes. A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original diz O programa de trabalhos iniciou-se com Albert Einstein. uma sessão inaugural, na qual esteve presente o Sr. Ministro da Economia e o É para esse pressuposto que, no final deste ano escolar, relevamos contextos de ex- Ministro da Indústria e da Agricultura, aprendizagem significativos e nos quais se inserem - O Dia Mundial do Livro e do da Polónia. O momento de abertura da Direito de Autor. Estes são de facto uma oportunidade para reconhecer o poder dos semana de intercâmbio entre os vários livros na mudança das nossas vidas para melhor e para apoiar os livros e aqueles que países contou com uma palestra os produzem. intitulada “Ser-se empreendedor na Como símbolos globais de progresso social, os livros – aprendizagem e leitura – Polónia: contextos, potencialidades e tornaram-se alvos para aqueles que denigrem a cultura e a educação, que rejeitam o adversidades”, apresentada pelo Sr. Jan diálogo e a tolerância. Nos últimos meses, temos visto ataques contra crianças nas Wasaznik. Também estiveram presentes escolas e a queima pública de livros. Nesta conjuntura, temos um dever claro e vários artesãos e pequenos empresários objetivo - o de redobrar esforços para promover o livro. que partilharam as suas histórias de vida de como se tornaram Uma janela para a nossa vida interior, os livros também são a porta de entrada para o empreendedores. respeito mútuo e a compreensão entre as pessoas, através de todos os limites e Na continuidade dos trabalhos, os alunos participaram em dois Workshops. O de todas as diferenças. Os livros ajudam a entrelaçar a humanidade como uma única primeiro sobre “Como negociar e comunicar no mundo dos negócios”, família, mantendo um passado em comum, uma história e um património, para criar conduzido pela especialista Anna Czyz, e o segundo sobre criatividade na um destino que é compartilhado, no qual todas as vozes sejam ouvidas no grande manufaturação de chocolate, no salão nobre da fábrica de chocolate E. Wedel coro da aspiração humana. (1851), no coração de Varsóvia. Frank Kafka disse uma vez: um livro deve ser um machado para quebrar os mares O roteiro cultural de visitas contou com um inevitável passeio pela parte antiga congelados dentro de nossa alma. Os livros têm o poder de estimular a criatividade e da cidade, passando pelo Palácio Real e pelas várias Praças emblemáticas e fazer avançar o diálogo entre mulheres e homens de todas as culturas. Isso nunca foi cheias de história de Varsóvia. Também foram locais de visita o Museu de tão importante como num momento em que a cultura está sob ataque, quando a História da Presença dos Judeus na Polónia, a biblioteca da Universidade de liberdade de expressão está ameaçada, quando a diversidade é desafiada pela Varsóvia, o Centro de Ciência Copernicus e a Incubadora de pequenas e intolerância crescente. Em tempos turbulentos, os livros incorporam a capacidade médias empresas, situada nos edifícios que sobreviveram à destruição quase humana de evocar mundos reais e imaginários, assim como de expressá-los em completa da cidade na 2ª Guerra Mundial. vozes da compreensão, do diálogo e da tolerância. Eles são símbolos da esperança e Fora da cidade, o grupo de alunos e professores percorreu a região de do diálogo que devemos valorizar e defender. Mokotów, visitando três empresas agrícolas relacionadas, com o Há assuntos que são por natureza difíceis de explicar às crianças e os livros são um empacotamento e criação de sumos naturais, manufaturação de carne fumada excelente instrumento para simplificar questões, passar lições e transmitir valores. A e pasta de carne e produção de óleos de linhaça e canola. O Presidente da leitura de um livro infantil ajuda tanto os miúdos como os graúdos e a leitura partilhada região Mokotów brindou o grupo Erasmus com um barbecue, no qual estiveram cria momentos de grande emoção e animação. vários empresários agrícolas e apresentou, conjuntamente com a sua equipa Com efeito, além do lado emocional são muitas as consequências positivas no de trabalho, o projeto de desenvolvimento e certificação dos produtos próprio desenvolvimento intelectual e lexical das crianças, que advém do endógenos da Província. conhecimento de novas palavras, novas expressões e novas formas de articular o Para além da reportagem deste evento ter sido feita pelo canal de televisão discurso. No momento da leitura do livro, a imaginação dos mais pequenos trabalha a TVP3, todos os presentes receberam bibliografia sobre a região. ritmos elevados e a concentração melhora. Por fim, a sessão de encerramento coincidiu com o Aniversário do LXV Liceum Ogólnoksztalcace z Oddzialami Integracjnymi im. Gen. Józefa Bema, escola A equipa que nos recebeu e cuja cerimónia acolheu várias personalidades ilustres da academia, arte, desporto, política e cultura. Foi com certeza um momento Eco-Escolas ESSeia inesquecível para todos. dziękuje bardzo! O Eco-Escolas da Escola Secundária de Seia tem caminhado lentamente. As condições atmosféricas não têm permitido a realização de atividades ao ar livre, entretanto tem continuado a concretizar-se a campanha de recolha de garrafas, frascos e tampas de plástico, integrada na campanha “Reciclar para ajudar” – em articulação com a Cruz Vermelha de Seia e a cargo dos alunos do 11º G com a coordenação do Professor António Brízida. Implementou-se o “espaço das plantas aromáticas” com a colaboração dos alunos do 11º G e 10º D, os professores António Brízida e Maria dos Anjos Videira, os assistentes operacionais Idalino Xavier e Eduardo Nunes e o viveiro Quinta da Lameira. Procedeu-se à instalação da estufa, gentilmente oferecida pela coordenadora do Projeto Comenius (2013/2015), Dra. Cândida Perpétua. A implementação foi possível com o empenho dos alunos do 12º ano e do professor Francisco Nunes. Vamos dar início à limpeza possível do espaço envolvente ao Bloco de Mecânica, cuidar da horta e outros espaços. Maria dos Anjos Videira
Ficha Técnica Responsáveis: Equipa das Bibliotecas Escolares Composição de textos: Comunidade Fotografia: Comunidade Email: jornalvivencias@gmail.com Web: http://www.aeseia.pt Recolha de textos e organização: Elementos da equipa das bibliotecas escolares Montagem e fotocomposição: Manuela Silva Apoio técnico: Luís Pinto Revisão de textos: Célia Pina Tiragem: 500 exemplares Impressão: Tipografia Central Rua Cesário Verde, nº1 Zona Industrial 2 3530-140 Mangualde
A coordenadora Sandra Lopes
Sarau Desportivo e Cultural de Encerramento do Ano Letivo No próximo dia 3 de junho (6ª feira), no Anfiteatro do Parque Municipal de Seia, o Agrupamento de Escolas de Seia, com organização dos professores do IV Departamento – Expressões – área disciplinar de Educação Física, vai levar a cabo a realização do Sarau Desportivo e Cultural, para festejar o encerramento das atividades do presente ano letivo. Esta atividade conta com a colaboração da autarquia, dos encarregados de educação e dos alunos do 10º ano, do Curso Profissional de Técnico de Apoio à Gestão Desportiva. Pretende-se que esta seja a FESTA do projeto Desporto Escolar bem como uma mostra de variadíssimas atividades que os nossos alunos e professores desenvolvem ao longo do ano, e também um momento de reconhecimento pela participação ativa na dinâmica do Agrupamento. Outro grande objetivo desta iniciativa é possibilitar aos pais, familiares e amigos dos alunos assistirem a algumas das inúmeras atividades que durante o ano se dinamizam, mas que nem sempre é possível e viável acompanharem. A partir das 18, horas estará em funcionamento uma barraquinha de comes & bebes, onde todos poderão jantar, dinamizada por EE dos alunos do grupo de Desportos Gímnicos, pretendendo-se que todos possam ter tempo para confraternizar. Por volta das 20 horas começarão as apresentações propriamente ditas: coreografias de desportos gimnicos, atividades rítmicas e expressivas, danças, declamação de poesia, representação, atuações musicais, canto, havendo ainda lugar à entrega dos certificados de participação no projeto do Desporto Escolar, projeto Erasmus +, Artis XIV, entre outros. Numa contínua procura da melhoria da cultura de escola e da qualidade do serviço educativo, o agrupamento mantém-se empenhado na promoção e desenvolvimento positivo do perfil global dos alunos, valorizando as crianças e jovens nas suas aptidões pessoais, talentos, iniciativas, capacidade de participação e empenho, no sentido da construção da sua formação integral. Envolver toda a comunidade educativa é também apanágio destas iniciativas que permitem uma aproximação da Escola às famílias e à comunidade, promovendo uma melhoria contínua do ambiente escolar e sendo uma riquíssima oportunidade para potenciar o sentimento de integração, pertença e participação ativa num projeto educativo que todos queremos levar por diante. Esperamos poder transformar esta noite na verdadeira FESTA do Agrupamento. A organização
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EM DESTAQUE LÍDIA JORGE Uma das grandes vozes da literatura portuguesa
Escritora portuguesa, Lídia Jorge nasceu em Boliqueime, Algarve, em 1946. Esta romancista e cronista portuguesa fez o curso liceal em Faro, vindo, posteriormente, a licenciar-se em Filologia Românica pela Universidade de Lisboa. Foi professora do ensino secundário e foi nesta qualidade que passou alguns anos em Angola e Moçambique, durante o último período da guerra colonial. Mais tarde, fixa residência em Lisboa, onde continua a sua atividade docente. Ao mesmo tempo dedica-se também à publicação regular de artigos na imprensa. Foi membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social. A publicação do seu primeiro romance O Dia dos Prodígios constituiu-se uma revelação/um acontecimento num período em que se inaugurava uma nova fase da literatura portuguesa. Este romance permite a evocação de um mundo rural perdido, aldeia de Vilamaninhos, onde as coordenadas de estagnação, pureza e ingenuidade se conjugam com um fantástico quotidiano, conseguido através da linguagem oral, do recurso frequente ao discurso indireto livre e à grande liberdade de pontuação. Seguiram-se os romances O Cais das Merendas (1982) e Notícia da Cidade Silvestre (1984), ambos distinguidos com o Prémio Literário da cidade de Lisboa. Lídia Jorge viria, no entanto a confirmar
Projeto da educação préescolar candidato a prémio nacional da fundação Ilídio Pinho O projeto ”Para preservar vamos reflorestar” pretende sensibilizar para as questões do ambiente e incentiva à conservação do património natural e à diversificação de espécies nesta região, promovendo a cidadania ambiental. Faz parte de uma candidatura à 13ª edição do concurso promovido pela Fundação IIídio Pinho - “Ciência na escola - a ciência e a tecnologia ao serviço de um mundo melhor”. O projeto é da autoria da Educadorade-infância, Anabela Nunes, docente do Agrupamento de Escolas de Seia, tendo ganho o prémio de mérito na primeira fase. Segue-se a segunda fase, a de desenvolvimento do projeto e candidatura ao prémio nacional, no 1º
o seu papel de destaque no panorama da literatura portuguesa com a publicação do seu livro A Costa dos Murmúrios (1988), adaptado ao cinema por Margarida Cardoso, livro que reflete a sua experiência colonial passada em África. É também neste romance que a autora aborda o tema da mulher e da sua solidão preocupação central da sua obra e já anteriormente tratado em Notícia da Cidade Silvestre (1984). Esta mesma temática vai ainda ser trabalhada em O Vento Assobiando nas Gruas (2002), onde aborda a relação entre uma mulher branca com um homem africano e o seu comportamento perante uma sociedade de contrastes. Com este romance venceu o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores (2003), o prémio Correntes d'Escritas (2004), o Prémio de Literatura Albatros da Fundação Günter Grass (2005), na Alemanha, e o Prémio do Público (2005), no Salão de Literatura Europeia, em Cognac, na França. Apontam-se às suas obras uma forte expressividade v o c a b u l a r, g r a n d e poder de observação e narração coletiva, mas, acima de tudo, a preservação dos valores nucleares da existência cultural portuguesa, não deixando que transformações políticas, económicas o u m o d e l o s importados de toda a e s p é c i e , a s desfigurem. Em Portugal, o Presidente da República, Jorge Sampaio, a 9 de março de 2005, condecorou-a com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique. O Presidente da República Francesa, Jacques Chirac, a 13 de abril de 2005, condecorou-a como Dama da Ordem das Artes e das Letras de França, sendo, posteriormente, escalão. Está a ser desenvolvido este ano letivo em todos os jardins-de-infância do Agrupamento de Escolas de Seia, envolvendo, aproximadamente, 70 crianças. Foram realizadas um conjunto de atividades, no âmbito das ciências experimentais, quer nas salas dos jardins-de-infância, quer nos laboratórios das escolas básicas Dr. A b r a n c h e s F e r r ã o e Tourais/Paranhos. Foram feitas duas saídas de campo para plantações de espécies autóctones, onde estiveram presentes o Presidente do Município, a Vereadora dos pelouros da Cultura, Educação e Turismo e a Diretora do Agrupamento. Também a tecnologia fez parte deste projeto com a construção de materiais sobre as temáticas da floresta, da germinação e das características das sementes, que foram explorados pelas crianças nos PCs em cada jardim-deinfância e nos quadros interativos nas
elevada ao grau de Oficial. Cumulando o êxito junto da crítica especializada e do grande público, os romances de Lídia Jorge encontram-se traduzidos em diversas línguas. A agência literária que a representa tem sede em Frankfurt, Literarische Agentur Dr. Ray-Güde Mertin, Inh. Nicole Witt. As suas obras, além de edições no Brasil, estão traduzidas em mais de vinte línguas, designadamente nas línguas inglesa, francesa, alemã, holandesa, espanhola, sueca, hebraica, italiana e grega, e constituem objeto de estudo nos meios universitários portugueses e estrangeiros, tendo-lhes sido dedicadas várias obras de carácter ensaístico. Na área da literatura infantil, Lídia Jorge publicou ainda, em 2007, O Grande Voo do Pardal, e, em 2010, Romance do Grande Gatão, livros ilustrados, respetivamente por Inês de Oliveira e Danuta Wojciechowska. A assinalar o 30.º aniversário da publicação de O dia dos prodígios, a Câmara Municipal de Loulé promoveu a exposição bio-bibliográfica «Trinta escolas básicas. Foram estabelecidas parcerias com a Autarquia, que disponibilizou o transporte das crianças para a realização das atividades. Com o CISE (Centro de Interpretação da Serra da Estrela) foi retomada a parceria com a dinamização de atividades de formação para crianças sobre a importância da floresta autóctone, atividades de plantação e a construção do “Meu primeiro herbário” que as crianças tiveram oportunidade de realizar nas instalações do CISE. Também com a ESTH-IPG (Escola Superior de turismo e Hotelaria – Instituto Politécnico da Guarda) foi celebrada uma parceria. Pela primeira vez em Seia, dois pólos de ensino uniram-se, o ensino pré-escolar e o ensino superior, para implementarem atividades diversificadas e motivadoras de aprendizagem. O Chef Rui Cerveira dinamizou de forma entusiasmante a atividade de confeção de uma receita com um
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anos de escrita publicada», entre novembro de 2010 e março de 2011, no Convento de Santo António dos Olivais. A 26 de novembro de 1914, foi-lhe atribuído o Prémio Luso-Espanhol da Arte e Cultura concedido pelo Ministério de Educatión, Cultura e Deporte de Espanha e pela Secretaria de Estado da Cultura de Portugal. Em Espanha, os seus livros têm sido publicados pelas editoras ALfaguara e Seix-Barral. Em Portugal, à exceção da obra de ensaios Contrato sentimental, todos os seus livros têm a chancela das Publicações Dom Quixote, grupo Leya. Bibliografia consultada: JORGE, Lídia - https://pt.wikipedia.org/wiki (visita à pág. em 17-05-2016) J O R G E ,
L í d i a
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www.portaldaliteratura.com/autores (visita à pág. em 17-05-2016) JORGE, Lídia - www.infopedia.pt (visita à pág. em 17-05-2016) JORGE, Lídia, Enciclopédia Verbo – Luso Brasileira de Cultura. Edição séc. XXI. 16.º volume, págs. 984e 985) Rosa Isabel Martins
fruto/semente da floresta. Premiou-nos com duas: uma sopa “Aveludado de castanha” e uma sobremesa “Salame de chocolate com castanhas”, tendo as crianças participado na confeção. Houve um saboroso momento de degustação que contou com a presença da diretora e do vicepresidente do Agrupamento de Escolas de Seia. Uma escola de qualidade deve promover um ensino em rede, com parceiros que contribuam para a implementação de estratégias de ensino diferenciado e estimulante para o processo de aprendizagem dos alunos. A Educação pré-escolar do concelho de Seia representa, assim, o distrito da Guarda, num concurso de prestígio para o ensino e para a educação em Portugal. A Coordenadora do projeto Anabela Nunes
OPINIÃO A Relevância dos Direitos Humanos Hoje em dia, nos telejornais, assistimos constantemente às mesmas calamidades: guerra, assassínios, fome, terrorismo,… O curioso destes acontecimentos não é a sua ocorrência, mas sim a sua frequência e o tempo que levam a ser resolvidos, apesar de existir a Carta dos Direitos Humanos, assinada pelos países da ONU, e mais alguns. Podemos, assim, concluir que não há propósito em comprometermo-nos a respeitar a dignidade humana, quando permitimos que interesses políticos e económicos se sobreponham. Na realidade, esta conclusão está errada. A existência de um documento, como a Carta dos Direitos do Homem, adotado por organizações como a ONU, faz toda a diferença. Para nós, habitantes de países desenvolvidos, onde a liberdade e a dignidade são um privilégio dado como adquirido, não parece muito, mas para uma criança iraniana, ou para reféns do Estado Islâmico, faz toda a diferença, pois é a garantia de que, quando avistarem um soldado da ONU, ou dos países desenvolvidos, podem confiar que
“É prá desgraça, é prá desgraça!” Atualmente, o país passa não só por uma crise financeira, como também por uma crise de identidade, não podendo, assim, apresentar o maior problema da atualidade, sendo que são vários os que combatemos no dia a dia, tendo cada um deles um nível de complexidade equitativo. Por esta mesma razão, é possível apenas apresentar o que, no meu ponto de vista, é responsável por toda esta desgraça. Claramente, refiro-me à corrupção. Podemos comprovar este facto a partir do estatuto financeiro a que estamos sujeitos. Por exemplo, a falta de valores monetários provoca a falta de possibilidade, por parte do estado, de contribuir para a instrução/cultura, o que nos levará à falta de civismo e apenas contribuirá para a nossa ignorância. Por outro lado, comprovamos que esta situação não ataca só a educação mas também a qualidade de vida que, mais
Solidão Não tenho medos, mas, provavelmente, ficar sozinha gera em mim o sentimento que mais se aproxima disso. Nem quero imaginar o Mundo sem as pessoas que mais gosto, quanto mais sem ninguém. Falar e pensar sobre isto deprime-me, quanto mais se fosse a vivê-lo. O que sentiria? Provavelmente, a maior parte dos sentimentos ruins que existem, desde a horrível monotonia à tremenda aflição, ao medo... A solidão limita o pensamento. Sem ela deixaria de existir a euforia que tanto aprecio. Sozinha sentir-me-ia impotente, sem motivação para conseguir fazer fosse o que fosse, pois tudo o que eu fizesse, sozinha, seria em vão. Preferiria viver com inimigos do que viver sem alguém, pelo menos seria capaz de criar algo, de viver de algo, de viver de alguém ou por alguém. Sem a presença de outros não sou ninguém; como se pode viver sendo
serão levados para um sítio melhor. Apesar da sobreposição dos interesses políticos e económicos dos países, a Carta dos Direitos Humanos é ainda um compromisso formalmente assinado pelos representantes desses países, o que significa que um governo que se tenha comprometido a respeitá-la terá dificuldade em impor qualquer tipo de ditadura sem que o seu povo se revolte. O terrorismo é uma ameaça que tem sido muito noticiada recentemente, mas este já existe desde que há países. Recentemente, assistimos a um homicídio em massa naquela que é a cidade das luzes e do amor. Também assistimos à solidariedade de milhares, senão mesmo de milhões, para com as vítimas. É graças à presença da consciência dos Direitos de Homem na nossa educação e na nossa vida que nós somos capazes de reconhecer compaixão, amizade, tristeza, dor, entre outros sentimentos, pelos outros. Concluo, assim, afirmando que, independentemente do facto de poderem ser ignorados em função dos interesses de outros, os Direitos Humanos são essenciais. Diogo Cruz, 11ºB
tarde, levará ao desemprego. Um exemplo disso mesmo é a zona centro de Portugal. Com a falta de financiamento, os postos de trabalho encerram e as pessoas terão que se deslocar para o litoral. Como este se encontra literalmente a “abarrotar”, a única esperança de sobrevivência é a emigração. Consequentemente, o país fica desabitado e envelhecido, pois, sem qualquer atividade interna, não tem possibilidades de exportação e, sem dinheiro, não pode importar. Trata-se, então, de um país incapaz de dizer não às “exceções”, perdendo posse e identidade, morrendo física e psicologicamente. E tudo começou com um “inofensivo” gesto de corrupção. Para finalizar, concluímos que fomos predestinados a sermos fundados e escolhidos para acabarmos desgraçados. “É prá desgraça, é prá desgraça!” Filipa Figueiredo, 12º F
ninguém? O humano é humano apenas quando é colocado em espaço social, então, sozinha, deixaria de ser pessoa e isso seria traumático… Acho que a solidão é tão imensa que nem temos noção da sua profundidade. Se estivesse sozinha no meu Mundo, a dificuldade de saber o que era estar mal ou estar bem arrasar-me-ia de tal maneira que deixaria de saber quando “bater no fundo”. Provavelmente, seria uma psicótica, levaria o meu corpo e mente à exaustão; acabaria a correr para lado nenhum, rebolando, esperneando e até gritando coisas sem nexo e barulhos estranhos. Tudo isso para sentir algo, sentir que eu existia, que estava presente, nem que fosse por um milésimo de segundo. Bem, o melhor seria talvez a morte, a não ser que tivesse a sorte de ficar tão louca ao ponto de ter amigos imaginários que me ouvissem e trocassem ideias comigo. Acho que sozinha teria medo até de mim mesma! Adriana Neves, 12º E
Bryan Adams – Um concerto memorável
Sair da escola antes da hora suposta é sempre bom, mas, para ver um concerto como este, valeu mesmo a pena! Por volta das 6h da tarde (um pouco antes), saí de casa com os meus pais, rumo a Gondomar. Eu estava ansiosa, como seria de esperar, e isso não melhorou durante o caminho; ainda tentei distrair-me durante um tempo a ler, mas depressa ficou escuro, e o meu pai pôs Bryan Adams a tocar no rádio do carro. No entanto, o tempo acabou por passar mais depressa do que eu pensava… Não sei bem a que horas cheguei, mas passava das 19h quando estávamos a “jantar” no estacionamento atrás do Pavilhão M u l t i u s o s d e G o n d o m a r. Normalmente como muito devagar, mas fiz um esforço por me despachar, não fosse eu perder o lugar da frente. Contudo, houve um pequeno percalço que nos fez perder um pouco mais de tempo e que incluiu uma visita ao Lidl. Já com tudo resolvido, regressámos para perto do pavilhão. Quando passámos a primeira vez, havia
Sonho vs. Loucura Todo o ser humano tem em si um pouco de loucura. A questão pertinente seria saber em que quantidade. A loucura pode ser vista, em muitas ocasiões, como a procura da realização de um sonho, através da resolução das dificuldades e da luta a enfrentar de modo a atingir algo. Podemos, então, confirmar que sem o tal “sonho”, ou seja, sem a “loucura” nada nos distinguiria de um animal, pois esse não sonha, apenas vive. Um exemplo significativo desta loucura encontra-se no próprio Rei D. Sebastião, um rei que primeiramente era chamado Desejado e, posteriormente, louco. Louco, pois, segundo as palavras de Pessoa, “tinha um sonho”, e, tendo um sonho, seguiu-o sem temer a própria morte. Se foi chamado louco? Foi. Se o era? De facto, está provado que era. É curioso pensar que foi essa loucura
apenas uma fila e era enorme, mas, agora, tinham aberto outra porta. Finalmente, às 20h estávamos lá dentro. Não exatamente na fila da frente (apesar de não muito longe dela), mas lá dentro. Mais uma hora de espera, uns dez minutos de atraso, e entra em palco Bryan Adams, com um tema do novo álbum “Get Up”. Sobre o concerto, o que há a dizer? Foi simplesmente perfeito! O Bryan (ou o O'Bryan, como ele dizia na brincadeira) cantou êxitos como “Summer of 69”, “Everything I do”, “Run to you”, “Somebody”, entre outros, novas músicas, e arrasou a falar português. Desnecessário será dizer que o público estava eufórico e não teve dificuldade em acompanhar as músicas. Apesar do Bryan também tocar guitarra, um momento memorável foi o solo do guitarrista que o acompanhou. Mas, porque ele canta e toca, acabou por ter direito a uns solos para terminar o concerto. Infelizmente, não houve sessão de autógrafos, mas estar ali e assistir a um concerto tão bom foi suficiente. Além disso, tinha um longo caminho de regresso a casa. E assim foi a minha experiência. Matilde Figueiredo, n.º 14, 9.º A
que o levou à imortalização, pois nem o seu corpo ficou, mas ficou a sua alma, imortalizada através do tal sonho, da tal loucura que o tornou imortal. É evidente que há outros tipos de loucura, como a loucura que é atingida ao passar uma espécie de linha invisível estabelecida pela sociedade, a tal linha da normalidade, uma linha particularmente odiada por muitos artistas ou pseudoartistas, ainda em “formação”. Então, se passarmos essa linha, somos denominados loucos, apesar de a nossa loucura ser extremamente diferente da loucura anterior, e da loucura dita “normal”, que uma pessoa experiencia depois de um dia mau da sua vida, em que, por todas as coisas más que lhe aconteceram, a própria pessoa só vê uma solução, uma única saída: enlouquecer. Francisca Dias, 12º F
O ciclo do pão Até serem pão os cereais passam por várias etapas. A este processo, que os cereais percorrem até serem o pão que nós, diariamente, comemos, chama-se O Ciclo do Pão. Em Portugal Continental, os cereais são cultivados por todo o país. Assim, o milho é plantado em maiores quantidades no litoral e também a norte, por causa da abundância da água, tal como o arroz. No sul do país, com o calor e sol há mais trigo, devido ao facto de este cereal não necessitar de rega. É, no Alentejo, que existem maiores quantidades de searas. Em pleno verão, homens e mulheres vão para as searas ceifar os cereais ( trigo e centeio). Para essa tarefa usam foices e, depois, os cereais são transportados para as eiras para serem malhados, ou seja, para separarem o grão da palha. Para moer o trigo e o centeio e obter a farinha, o grão era levado para os moinhos. O vento move as velas do moinho, a hélice faz girar a parte superior, de forma a virá-la para o vento. O movimento é transmitido das velas para as pedras trituradoras. A pedra de cima move-se, friccionando a pedra de baixo, a qual permanece imóvel. Esse atrito tritura o gão, que se converte em farinha. O moleiro deita o grão na parte superior da engrenagem. As pedras moem o cereal e a farinha resultante é guardada em sacos que, depois, serão entregues nas padarias para o fabrico do pão. Luís Seabra- 4º B
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OPINIÃO Abandono dos animais Um dia, eu, o meu irmão e a minha tia encontrámos um cão. Era pequeno, tinha cerca de três meses e o pelo castanho claro. Quando o encontrámos, estava cheio de carraças e de pulgas, com sangue e feridas. Então, nós levamos o cão ao veterinário para o examinar. Após algum tempo, demos o cão a um senhor, mas, passada uma semana, ele telefonou a dizer que já não queria o cão. Soubemos, assim, que foi para outra pessoa, e que ela tem o cão preso a um pau. Uma senhora tentou libertá-lo, mas ele, devido a tudo aquilo por que já passou, tem medo das pessoas e não
Como se faz o pão Para que o pão chegue todos os dias a nossa casa pela manhã, o padeiro executa o seu trabalho durante a noite, enquanto nós dormimos. A massa é feita com farinha, água, sal e fermento. O fermento faz a massa crescer, produzindo gases que formam bolhas na massa, tornando-a esponjosa. O pão sem fermento chama-se ázimo. Os ingredientes são bem misturados
A minha semana em Itália Não é fácil falar ou escrever sobre a semana em Itália…. São muitas as emoções com que tenho que lidar e muitas as memórias que guardo. Para começar, fui extremamente bem recebida, a família era espetacular e pôsme logo à vontade. Eram muito preocupados e queriam que eu ficasse com uma boa impressão do país deles e, para isso, ajudaram-me a viver aquela semana ao máximo. Durante a estadia, conheci uma infinidade de pessoas que hoje recordo com uma enorme saudade. Começo pelos professores que eram flexíveis, mas sempre preocupados connosco, dando-nos a liberdade suficiente para nos divertirmos e interagirmos com os outros estudantes e, ao mesmo tempo, sempre prontos a ajudar-nos em qualquer circunstância ou situação.
A ESCOLA DE ANTES E A DE AGORA... Dois estabelecimentos de ensino no mesmo ano letivo! Diferentes faces da mesma realidade (uma realidade que não é exclusiva de Seia, nem do interior). Uma Escola bonita, simpática e muito acolhedora. Nova ainda. Outra, secundária, com as marcas deixadas pelos muitos anos que já passaram por ela, e, também, por isso, conseguimos relembrar ali os nossos próprios tempos de estudante. Sentimos emoção e nostalgia. Mas os recreios não são mais como os pátios de outrora. Se pararmos um pouco e olharmos em volta, se fizermos um esforço, podemos ver ainda as muitas caras, que por ali se cruzavam, os grupos, o rebuliço, as filas e a agitação. Podemos sentir a alegria e a vivacidade. Ouvir os risos. Mas rapidamente se dissipa a miragem e cai sobre nós esta estranha e inquietante realidade. São cada vez menos os alunos, os rostos, os risos... Ve n t o s d e m u d a n ç a v a r r e r a m igualmente a função docente e transformaram o que era uma arte de
deixou que ela se aproximasse. É muito triste e revoltante ver os comportamentos que as pessoas têm com os animais; quando se fartam deles. abandonam-nos e maltratam-nos. Os animais são seres vivos, têm sentimentos e sofrem quando os maltratamos ou abandonamos. Os animais são os melhores amigos que podemos ter, são fiéis aos seus donos e nunca os abandonam. Ainda bem que agora as pessoas, que fazem mal aos animais, já são punidas. Se souberem de casos de maus tratos a animais, denunciem-nos às autoridades. Jéssica Molina 4º B
numa amassadeira. Antigamente, amassava-se à mão e era um trabalho muito duro! O padeiro forma pequenas bolas com a massa e começa a trabalhá-la, dandolhe a forma desejada. Antes de levar os pães ao forno faz-lhes umas marcas com a faca, mete-os no forno e, passado algum tempo está pronto para o comermos. Luís Seabra - 4º ano
Com os outros alunos, foi engraçado ver o evoluir das nossas relações. No início, ninguém se falava, no fim já éramos “unha com carne” e toda a gente se conhecia. Foram-se formando amizades ao longo dos dias e, no decorrer das atividades, trocaram-se risos, gargalhadas, viveram-se momentos inesquecíveis! Outra coisa excelente foram as atividades que nos proporcionaram. Para além de nos permitirem conhecer imensas pessoas, (desde alunos a professores), permitiu-nos contactar com outras culturas e também desenvolver não só a língua inglesa como outras, nomeadamente a língua italiana. Sinto que não tenho palavras para descrever tudo o que vivi naquele país extraordinário, mas sei que todas as recordações que trago, essas permanecerão comigo para sempre e espero, sinceramente, um dia, poder reconhecido e admirado valor, numa profissão que é hoje (aos olhos do mundo) uma atividade como qualquer outra. Uma onda de indignação (perfeitamente justificada) atingiu estes profissionais, sacudindo-os repetida e violentamente, obrigando-os a repensar o seu papel atual na Escola e na sociedade portuguesa. Aquelas que eram as salas de professores, que fervilhavam de vida e entusiasmo em todos os intervalos, onde cheirava a café e a esperança e se partilhavam experiências, onde se ouviam gargalhadas e se confraternizava, onde havia sorrisos e se faziam amigos, são hoje espaços vazios de gentes e desprovidos de significado. Os silêncios que invadem hoje estes espaços, onde tantas e tantas vozes se fizeram ouvir, causam estranheza e incómodo, remetendo para o interior de cada um de nós, o que nos inquieta o espírito e desassossega a mente. Há uma tristeza instalada e isso é indisfarçável e profundamente perturbador... Urgem mudanças estruturais, que ninguém sabe levar a cabo. O poder político é demasiadamente volátil e não existem pessoas de bem nos cargos de
A inadaptação O tempo que Fernando Pessoa vivenciou não é tão diferente dos dias de hoje como se pensa que é. Realmente, muitos anos passaram, no entanto, a inadaptação do sujeito continua a ser um problema por resolver. É evidente que, desde os tempos marcados pela primeira guerra mundial, a sociedade sofreu diferentes alterações, melhorando e i n o v a n d o o s e u b e m - e s t a r. Claramente, um dos grandes acontecimentos que marcaram a história da humanidade foi o surgimento das tecnologias que, consequentemente, trouxeram consigo a internet. Primeiramente, o uso da internet foi algo inovador e um grande instrumento de trabalho, contrariamente aos dias de hoje, em que o seu uso é completamente banalizado. Com o aparecimento das redes sociais, os adolescentes, principalmente, sofreram um descontrolo total em relação à sua privacidade, deixando que todo o seu dia a dia fosse escrito onde todos o
Lenda dos ovos da Páscoa Conta a lenda que uma mãe muito pobre queria oferecer alguma coisa aos seus filhos por ocasião da Páscoa. Pensou, pensou, mas não encontrava algo que lhes pudesse dar, uma vez que não tinha dinheiro. Porém, ao olhar para uma cesta com ovos de galinha, teve uma ideia: cozinhar e pintar cada ovo com cores vivas e dálos de presente aos seus filhos. Assim, no dia de Páscoa, acordou mais cedo
pudessem ler. Por essa mesma razão, começaram a preocupar-se mais com a aparência/o físico do que com o seu interior. Mostravam ser algo que não eram para agradar, para fugir àquilo que neles, segundo a sua própria visão, seria menos bom. Por conseguinte, a personalidade de cada um era desvalorizada. O adolescente sente-se, assim, estranho a si próprio, não se conhece e tenta agradar a todos. “Tentei ser muitos para escapar de não ser nenhum, e não consegui.” Com toda esta crise existencial, os adolescentes escondem-se mostrando ser algo que não são. Consumidos por sentimentos de insegurança, instabilidade e solidão são forçados a refugir-se no seu próprio mundo e a entrar em crises de depressão que podem ser fatais “Nada sou que valha ser.” Em suma, a atitude de introspeção, o tédio existencial e a fragmentação do “eu” que Fernando Pessoa sofreu são vivenciados nos dias de hoje; obviamente que, não pela mesma razão, mas por razões igualmente grandiosas - “Não sei sentir-me onde estou.” Filipa Figueiredo, 12º F
e arrumou os ovos num ninho improvisado, no fundo do quintal. Quando as crianças acordaram, foram ver a surpresa preparada pela mãe: lá estavam os ovos coloridos! Nesse instante, porém, um coelho que passava por ali assustou-se com o barulho das crianças e correu, saltando por entre os ovos. “Ovos coloridos e tão diferentes só podem ser trazidos pelo coelho!”, assim pensaram as crianças. E nasceu essa crença na Páscoa. Vanessa Duarte 4º B
voltar lá e viver tudo outra vez… Não sei o que dizer para finalizar… Mas uma coisa é certa: estou lavada em lágrimas!
decisão, com a preocupação e a coragem de pensar seriamente no que devia ser feito. Continuamos a ter a mesma Escola, quando tudo o que nela existe é hoje radicalmente diferente. Vão-se fazendo experiências, ao sabor das mudanças governativas, armas de arremesso que não raras vezes implodem no regaço de quem as concebeu. Depois relembram-se as pressões dos parceiros europeus e legisla-se para fabricar estatísticas que nada traduzem. A Escola de hoje, por tudo o que a caracteriza, retirou força, entusiasmo e motivação aos nossos dias e essa é uma realidade que todos devemos lamentar e à qual não podemos virar a cara. São cada vez menos os alunos. São cada vez menos os filhos. E este é o maior flagelo de um país que precisa crescer e prosperar. Precisamos de continuar a acreditar e querer. Precisamos continuar a sonhar e a lembrar que um país sem crianças é um país sem futuro. Uma Escola sem sorrisos é uma esperança que se apaga dentro de cada um de nós. Ser professor não é igual a ser outra coisa qualquer. Não pode ser. Porque o professor tem o privilégio e o poder de
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Alexandra Albuquerque
instruir e formar pessoas. E essa grandiosa missão assenta, essencialmente, no exemplo que damos diariamente e na relação de confiança e de apreço, que com os alunos se estabelece. Se essa relação se fragiliza e se o exemplo se deteriora, o que fica?!... Aguço o olhar e espreito a beleza que nos envolve. Jardins e canteiros cuidados e coloridos. Meninos educados e divertidos. Do lado de fora dos portões, belíssimas paisagens, de muitos verdes pintadas e salpicadas de vida. O som dos chocalhos embala as nuvens que passam. Tudo é mágico e absolutamente inspirador. Inspiro fervorosamente este ar puro da Serra e expiro confiança e determinação. Continuo a acreditar na mestria e beleza desta arte que aprendi, e é no rosto dos meus alunos que busco diariamente a inspiração e a vontade. Eles merecem, sem dúvida, o melhor de nós, e é esse melhor que vão continuar a ter, mesmo que ventos agrestes continuem soprando!... Anabela Nascimento Pereira Professora de Geografia há 18 anos Mãe feliz de 3 crianças Maio 2016
ENTREVISTA ARLINDO FAGUNDES: Para entender as novas propostas artísticas, “o papel da escola continua a ser fundamental”
Natural de Ovar (1945), Arlindo Fagundes reside e trabalha em Braga. Frequentou a Escola Superior de Belas Artes (atual FBAUL) e formou-se como realizador de cinema no Conservatoire Libre du Cinéma Français, em Paris, durante o período em que viveu em França por motivos políticos (1967-1974). Iniciouse profissionalmente nas Artes Gráficas e no Design Gráfico, tendo-se afirmado mais tarde como escultor e ceramista, criando diversos tipos de peças na sua antiga oficina em Prado – Vila Verde, com destaque para o figurado de expressão regional e nacional. Em 1987 foi distinguido com o 1º Prémio de Design Artesanal de Vila Nova de Cerveira e dirigiu em Barcelos a oficina de cerâmica na Conferência Europeia do Artesanato, a convite do World Craft Council. Ilustrador da coleção Uma Aventura desde o primeiro livro (1982), é também autor de diversos cartoons e de BD. Publicou dois álbuns de BD, La Chavallita (1985) e A Rapariga do Poço da Morte (2003), estando para breve o lançamento do novo livro, O Colega de Sevilha. É ainda o autor do Manual Prático de Introdução à Cerâmica (1997). Página do autor na Internet: www.arlindofagundes.com
Portugueses têm uma mente aberta quanto à arte ou, simplesmente, não querem saber da mesma? A. F.: Já foi pior. Em todas as épocas, houve dificuldade em entender as novas propostas artísticas e os próprios artistas. Mas, de um modo geral, já se convive pacificamente com a arte. O papel da escola continua a ser fundamental.
Mais conhecido como ilustrador dos livros da Coleção Uma Aventura, Arlindo Fagundes reconhece-se sobretudo autor de BD e ceramista. Prepara-se para publicar o terceiro livro de BD, é autor de um importante manual sobre Cerâmica e foi o vencedor do 1º Prémio de Design Artesanal de Cerveira em 1987. Ao “interrogatório” dos alunos do Curso de Artes para o jornal do AES, respondeu o seguinte: C. A.: Como é que se descobre a vocação de ilustrador? Com certeza que não é só ter jeito para desenhar? A. F.: Não, não basta ter jeito. E não basta gostar. É preciso fazer disso um objetivo e nunca desistir, mesmo quando a vida nos empurra para outros caminhos. Ao longo da minha vida de estudante tive vários colegas que desenhavam muito melhor do que eu. Perdi-os de vista e, que eu saiba, nenhum deles se tornou ilustrador. Havia, seguramente, outras carreiras que lhes interessavam mais. C. A.: O que acha do mundo de trabalho da arte ou estudo da arte em Portugal? Acha que os
C. A.: Até hoje qual foi o projeto de ilustração que mais gostou de realizar? A. F.: Recentemente fiz uma espécie de banda desenhada para ser projetada como acompanhamento de uma das canções de um espetáculo musical muito interessante. A encenação (de António Durães) era muito boa e envolvia um coro de 100 pessoas de três freguesias periféricas de Guimarães. O espetáculo foi levado à cena em diversas enormes fábricas têxteis abandonadas, cenário que não vos é estranho, e o elenco era constituído por habitantes locais. Para além do prazer, senti-me muito honrado por ter podido participar nesse projeto.
C. A.: Qual é o espaço físico e psicológico que procurou e continua a procurar para encontrar este alento para a sua carreira, neste caso, de ilustrador?
(Nota: Arlindo Fagundes refere-se à sua participação no espetáculo “Duas Caras”, do grupo Outra Voz, estreado em novembro de 2015 em Guimarães, com encenação de António Durães e colaboração de 25 artistas, entre os quais José Mário Branco, Mão Morta, Fernando Ribeiro, Amélia Muge e o realizador Rodrigo Areias). C. A.: Quando percebeu que o seu destino era ser ilustrador? A. F.: Sempre fiz ilustrações para jornais e revistas. O sucesso comercial da coleção “Uma Aventura” e, sobretudo, um acidente de trabalho que me arredou da cerâmica fizeram o resto. C. A.: De onde vêm os personagens? De alguma forma se relacionam com alguém que conhece? A. F.: Se ilustramos um texto alheio e há personagens descritas pelo autor, não há fuga possível. Se as personagens são criadas por nós, vale tudo! C. A.: Qual é o seu livro preferido? A. F.: Dom Quixote, de Miguel Cervantes. C. A.: Durante a sua carreira como ilustrador, qual foi o momento mais difícil que teve de enfrentar? A. F.: Os piores momentos são sempre aqueles em que temos de dizer a alguém que as suas ideias “geniais” não são tão geniais como ele crê e pedirlhe que deixe o trabalho de ilustrador ao ilustrador. Infelizmente, acontece algumas vezes.
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A. F.: Habituei-me cedo a trabalhar em qualquer cantinho. E divirto-me a trabalhar. Só exijo privacidade e sossego. C. A.: O mundo artístico sempre foi um "caminho certo “ou houve outros sonhos pelo meio? A. F.: Quando acabei o “secundário” já não tinha dúvidas. Pelo meio, houve alguns pesadelos. Mas percebi que era fundamental não perder o norte nem o sangue frio. C. A.: De todas as atividades artísticas, qual aquela que mais o satisfaz pessoalmente? A ilustração/animação, a cerâmica/escultura ou a banda desenhada? A. F.: A banda desenhada e a escultura. Mas não quero que as outras saibam! Alunos do 12º F
AGRUPAMENTO EM AÇÃO AÇÃO DE FORMAÇÃO “ALIMENTAÇÃO” No dia 22 de abril de 2016 (6ª feira), pelas 17h30m, decorreu no auditório
da Escola Básica de Tourais/Paranhos - Agrupamento de Escolas de Seia - a Ação de Formação intitulada “Alimentação”, dirigida aos Pais/Encarregados de Educação,
dinamizada pela professora Dulce Vicente, nutricionista Rita Pires e enfermeiro Duarte Marvanejo (UCC do Centro de Saúde de Seia), no âmbito do Projeto de Promoção e Educação para a Saúde e Programa PEACE (Educação Alimentar na Comunidade Escolar). A sessão iniciou-se com a participação dos alunos. Neste sentido, foi feita a apresentação da canção “Os Heróis da Fruta” (Luz Alvo, Jonas Andrade,
Diogo Amaro, Martim Amaral e Clara Pereira, do Jardim de Infância de Tourais), e a declamação de dois poemas (Beatriz Pais do 1º Ciclo, turma A e João Pais do 1º Ciclo, turma C). Seguidamente, as alunas Miriam Melo, Diana Lopes e Vanessa Duarte do 1º Ciclo, turma B, presentearam os presentes com uma nova canção, e, finalmente, assistiu-se à exposição de vários provérbios pelos alunos Maria Carolina Amaral e Rafael Rodrigues (1º Ciclo, turma E) e respetivos Encarregados de Educação. Os Pais/Encarregados de Educação presentes manifestaram-se muito satisfeitos com a sua participação na atividade, os conhecimentos adquiridos e a troca de experiências proporcionadas nesta sessão que abordou fundamentalmente comportamentos alimentares. A professora Dulce Vicente, responsável pelo Projeto Promoção e
Dias foi a vencedora e utilizada como imagem do Festival de Seia em cartazes, mupis, catálogo, flyers e nas redes sociais, com destaque na página oficial da Câmara Municipal e do Artis. Para além das visitas às exposições do Artis e da participação em atividades de rua, durante o primeiro mês do Festival, que decorre entre 7 de maio e 30 de junho, o programa do Artis XIV inclui a exposição trabalhos de alunos finalistas do Curso de Artes Visuais, que se realiza, desde 2012, fora do c o n t e x t o e s c o l a r. Este ano encontram-se expostos na galeria de exposições temporárias do Posto de
Alunos do Curso de Artes Visuais realizam cartaz do Artis XIV À semelhança do ano letivo anterior, a organização da Artis XIV – Município de Seia em parceria com a Associação de Arte e Imagem de Seia – convidou os alunos do 12º ano do Curso de Artes Visuais a apresentarem propostas de cartazes para a Artis XIV – Festival de Artes de Seia -, desenvolvidas na disciplina de Oficina de Multimédia B. A proposta de cartaz das alunas Carina Mendes, Filipa Figueiredo e Francisca
Educação para a Saúde, agradece a presença e participação de todos os Pais/Encarregados de Educação presentes e a colaboração da educadora Mª de Fátima Miragaia e da assistente operacional Sílvia Couto, do jardim de infância de Tourais, e dos Professores do 1º Ciclo, Mª Augusta Pinheiro, José Alberto Silva, Rui Modesto e Dalila Brito. A professora Dulce Vicente
Turismo de Seia, durante o mês de junho. Esta exposição consiste numa seleção de trabalhos realizados pelos alunos finalistas ao longo do ano letivo. Os jovens artistas do 12ºF, que ambicionam seguir cursos superiores nas áreas das artes plásticas, arquitetura e design, são os seguintes: Beatriz Rocha, Carina Mendes, Caroline Santos, Catarina Conde, Filipa Figueiredo, Francisca Dias, João Fernandes, Maria Valentim, Micaela Dias, Rafaela Figueiredo, Rebeca Branquinho e Ricardo Marques. SR
Artes em movimento Durante o ano letivo de 2015/2016, o grupo disciplinar de Educação Artística e Tecnológica organizou e dinamizou diversas iniciativas e atividades dirigidas aos alunos dos vários níveis de ensino, comunidade escolar e
comunidade senense, todas elas inscritas no Plano Anual de Atividades do Agrupamento de Escolas de Seia. Algumas delas, pela sua dimensão e alcance na comunidade, merecem ser destacadas e recordadas como base de trabalho em futuras iniciativas. Considerando os resultados muito positivos, todas estas atividades deverão ter continuidade no próximo ano letivo – a começar pela Semana das Artes, em destaque neste número do jornal do AES.
Seia sem carros vista pelos alunos do Curso de Artes Visuais A exposição de pintura “A Cidade Sem Carros”, teve lugar em novembro de 2015 no Foyer do Cineteatro da Casa da Cultura de Seia, reunindo obras dos alunos finalistas do Curso de Artes Visuais da Escola Secundária de Seia – Agrupamento de Escolas de Seia. Estas obras foram realizadas a propósito do Dia Europeu Sem Carros. Este dia foi assinalado em Seia a 22 de setembro, tendo os alunos participado numa sessão de pintura ao ar livre que fez parte do programa de atividades organizado pela Câmara Municipal. Este ano, as atividades foram desenvolvidas na zona do Mercado Municipal de Seia. A exposição constou de 12 pinturas a acrílico sobre tela, com outras tantas vistas da cidade sem carros, a Rua Pintor Lucas Marrão, Largo de Santa Rita, Rua do Funchal e Rua Dr. João Saraiva. Algumas obras surpreenderam pelo nível técnico alcançado e outras destacavam pormenores da paisagem urbana que passam geralmente despercebidos,
incentivando-nos a olhar com mais atenção a riqueza visual e plástica da realidade envolvente. Instalação de Natal em espaço público Respondendo ao convite da Câmara Municipal e da Diretora do Agrupamento, o grupo disciplinar concebeu uma instalação em madeira, de grande dimensão (5 metros de comprimento por 2,30 de altura) destinada a representar o AES nas decorações de Natal da cidade de Seia. O trabalho de recorte, montagem e pintura foi realizado por alunos de várias escolas do Agrupamento, em especial do Curso Vocacional da EB Abranches Ferrão e do Curso de Artes Visuais da Escola Secundária de Seia. Concurso e exposição de presépios do AES 2015 Esta iniciativa do grupo disciplinar de Educação Artística e Tecnológica do Agrupamento de Escolas de Seia em articulação com o Projeto Eco Escolas registou um inesperado número de inscritos. Estiveram a concurso 208 presépios elaborados pelos alunos do Agrupamento de Escolas de Seia, desde o Pré-Escolar ao Secundário, 123 dos quais estiveram em exposição no Posto de Turismo de Seia até 9 de janeiro de 2016. Os trabalhos eram de temática tradicional e ambiental, compostos pelas três figuras tradicionais e realizados artesanalmente com os mais diversos
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materiais, valorizando-se o recurso a materiais reutilizáveis e/ou recicláveis. Houve vencedores em todos os seis escalões (Pré-escolar, 1º, 2º e 3º CEB, Secundário e Especial) e todos os participantes receberam certificados. O escalão Especial foi criado para trabalhos individuais e coletivos, realizados na Unidade de Multideficiência, Sala Teacch e Oficina de Vivências. Visita à Casa e Museu de Serralves, Porto Quatro turmas do 9º ano, sessenta e um alunos e seis professores, do Agrupamento de Escolas de Seia, estiveram no Porto, para cumprir um programa intenso: visita à Casa e Museu de Serralves - com exposições desafiantes (Coleção Sonnabend, fotografia de Wolfgang Tillmans, instalação de Liam Gillick); almoço no Jardim da Cordoaria (Jardim de João Chagas), tendo por cenário o Centro Português de Fotografia e a estátua de Francisco Simões sobre os amores de perdição de Camilo e Ana Plácido; passagem pela Livraria Lello, Igreja dos Clérigos e Estação de São Bento a caminho do Teatro Sá da Bandeira, onde assistimos ao Auto da Barca do I n f e r n o , d e G i l Vi c e n t e , c o m encenação do saudoso António Feio. A terminar a visita ao Porto, fizemos uma breve paragem no Estádio do Dragão (Arquiteto Manuel Salgado, 2003). GDEAT
ATIVIDADES DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES Ilustrador Hugo Teixeira com os alunos do Curso de Artes Visuais
O ilustrador Hugo Teixeira visitou a nossa Biblioteca no dia 8 de março, inserido nas atividades programadas para a Semana da Leitura. Hugo Teixeira é um dos novos autores de Banda Desenhada portuguesa, desenhador multifacetado com participações nos seguintes projetos:
Poesia de Intervenção No dia 26 de abril, os alunos do 12º E/F e o Pedro do 12º D dinamizaram a
sessão de Poesia de Intervenção, à qual assistiram os alunos do 12º D e 11º E. A atividade foi desenvolvida em
Zona, Zona Zero e Zona Negra, especial terror Motelx. Este autor é um fã de Manga, transportando todo este universo para as suas bandas desenhadas atuais. Hugo Teixeira fez uma apresentação sobre o desenrolar do processo criativo da ilustração em Banda Desenhada, desde o esboço até à obra publicada, tendo por base as suas obras "Mahou - na origem da magia" e “Mahou - perdidos no tempo”. “Mahou – na origem da magia” apresenta-nos a personagem Bia, que, depois de ter consultado um livro na biblioteca, se vê transportada para o planeta Mahou, descobrindo aí as suas raízes familiares. Em Mahou, Bia depara-se com a Magia: a Magia Comum e a Alta Magia. As aventuras de Bia são frenéticas e inesperadas: uma guerra que durou anos… Em
ilustração e estimular o gosto pela leitura. A atividade terminou com uma sessão
“Mahou – perdidos no tempo” vamos acompanhar a personagem Mago Mago numa viagem ao seu passado recheado de aventuras e desventuras. Esta atividade de articulação curricular entre a Biblioteca Escolar e o Curso de Artes Visuais teve como objetivo aprofundar os conhecimentos dos alunos no âmbito da temática da
parceria com a Biblioteca Escolar e os professores Manuela Silva e Carlos Teófilo, pois o dia 25 de abril de 1974 não poderia deixar de ser relembrado e alguma da atividade literária (19601974) não pode ser esquecida, uma vez que transmite mensagens de contestação e resistência c o n t r a o regime. O professor Carlos Teófilo iniciou a sessão falando um pouco sobre o que é a poesia de intervenção e qual a sua importância. Chamou a atenção para o facto de que dizer poesia de intervenção é recordar a nossa história, a luta do nosso Povo contra o
fascismo e contra o colonialismo, a consolidação da s o c i e d a d e democrática na perspetiva do socialismo. Foram apresentados poemas de Zeca Afonso, Eurico Manuel Soares Pereira, José Gomes Ferreira, Susana Ferreira, Ermelinda Duarte, José Jorge Letria, Manuel Alegre, Ve r ó n i c a S i m ã o , Manuel da Fonseca, entre outros. Alguns poemas foram lidos, outros cantados e ainda tivemos a criação de filmes para ilustração de alguns. A sessão terminou com a leitura coletiva do poema “Queixa das almas jovens censuradas”, de Natália Correia.
Concurso Nacional de Leitura – fase distrital
A equipa
Foi uma sessão rica em poetas e textos, diversificada, ativa e animada. Obrigada aos alunos e professores que contribuíram para a sua dinamização e aos alunos e professores que assistiram. A equipa
1º FESTIVAL DE ATLETISMO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE SEIA
No dia 15 de abril de 2016, os alunos do 3º ciclo e ensino secundário deslocaram-se a Fornos de Algodres, para participarem na fase distrital da 10ª edição do Concurso Nacional de Leitura,
em transporte cedido pelo município. O nosso Agrupamento fez-se representar por nove alunos, seis do 3º ciclo e três do ensino secundário. As obras selecionadas, para esta fase, pela Biblioteca Municipal de Fornos de Algodres, foram “Recados da mãe”, de Maria Teresa Maia Gonzalez, e “Os livros que devoraram o meu pai”, de Afonso Cruz, para o 3º ciclo; “As velas ardem até ao fim”, de Sándor Márai, e “O pintor debaixo do lava-loiças, de Afonso Cruz, para o ensino secundário. O apuramento dos finalistas passou por
de autógrafos muito especial: um desenho personalizado em cada livro.
duas etapas: prova escrita, constituída por questões de escolha múltipla, questões de resposta fechada e uma pergunta de desenvolvimento sobre o conteúdo dos livros selecionados, e prova oral para os cinco finalistas da prova escrita de cada nível. A prova oral integrou dois formatos de avaliação: leitura expressiva e argumentação (para o ensino secundário) e leitura expressiva e dramatização (para o 3.ºciclo). O Agrupamento esteve presente na prova oral com a aluna do ensino secundário Benedita Marques Dias, do 10º D. A Benedita teve uma prestação brilhante na leitura expressiva e na argumentação e foi a selecionada pelo juri distrital para representar o distrito da Gaurda na fase nacional. Parabéns a todos os participantes e boa sorte para a Benedita na fase nacional. A equipa
Realizou-se, no passado dia 18 de maio, o 1º Festival de Atletismo do Agrupamento de Escolas de Seia. Esta atividade foi iniciativa da professora de Educação Física, Lurdes Jesus, responsável por um dos grupos/equipa de Atletismo do agrupamento, tendo contado com o apoio muito próximo da professora Regina Babo, que, assim, pretenderam promover e divulgar a modalidade junto dos meninos do 1º CEB, mobilizando-os para a prática desportiva orientada e abordando a temática Atletismo de uma forma lúdica e simples.
Aquela docente contou com toda a colaboração e dinâmica dos colegas do grupo de Educação Física e Desporto, dos alunos do 10º J, do
Curso Profissional de Técnico de Apoio à Gestão Desportiva e ainda com dois dos técnicos da autarquia que acompanham os alunos nas AEC'S - Atividades de Expressão Físico-Motora, André Nércio e David Romano. Esta atividade decorreu no período da tarde, nos campos exteriores da Escola Básica de Tourais/Paranhos, e até o sol nos fez uma fantástica companhia! A festa começou com um aquecimento no pavilhão gimnodesportivo, onde o professor Sérgio Martins e as alunas de desporto fizeram vibrar a criançada ao som da música e com uma animadíssima coreografia de zumba. O universo de alunos (80 alunos), que frequenta o primeiro ciclo das Escolas Básica de Tourais/Paranhos e Paranhos, foram agrupados em oito equipas, cujos elementos eram provenientes das diversas turmas, de modo a potenciar as relações interpessoais e o convívio saudável, e cada uma das equipas tinha um “mentor” - um aluno do Curso de Desporto. Mais uma vez, esta atividade serviu também de contexto prático para que estes alunos (do Continua na pág. 9
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ATIVIDADES DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES Alunos do 12º F, Curso de Artes Visuais, na Semana da Leitura
Os alunos do Curso de Artes Visuais do 12º ano associaram-se à celebração da Semana da Leitura com trabalhos realizados na
Biblioteca em movimento
disciplina de Desenho em articulação com os conteúdos programáticos da disciplina de Português. Esses trabalhos consistiram na ilustração de poemas de Fernando Pessoa e seus heterónimos, Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos, excertos de “Os Lusíadas” e de “Memorial do Convento”. Os alunos apresentaram excelentes trabalhos de ilustração, não só no que diz respeito às técnicas aplicadas mas também à interpretação pessoal dos textos.
Com o final do ano a aproximar-se é importante fazermos uma reflexão do trabalho que, de forma contínua, foi desenvolvido pelas Bibliotecas Escolares do Agrupamento Dr. Abranches Ferrão e de Tourais/Paranhos, nomeadamente no
A equipa
No dia a dia do nosso jardim de infância temos vivenciado uma grande diversidade de situações que
permitiram um enriquecimento a diferentes níveis. A aquisição de conhecimentos e saberes está presente em cada atividade realizada quer ao nível de pequenos grupos quer, ainda, ao nível do grande grupo. Em cada dia planeámos, selecionámos, explorámos, descobrimos, refletimos para mais aprender. É neste trabalho de partilha, de experimentação e de descoberta que sentimos o prazer e o incentivo de, cada dia, saber mais. Queremos, por isso, partilhar aqui, alguns registos que, pela sua importância, impacto e envolvimento foram muito significativos para todos.
Neste contexto, na EB Tourais/Paranhos, prosseguiu-se com as exposições abertas à comunidade. Como tal, no mês de fevereiro, deu-se relevo à profissão de “Carpinteiro/Merceneiro” tendo-se recolhido diversos materiais inerentes a esta temática. O mês de março destinou-se à atividade de “Pastor”. Como forma de complementar esta abordagem tivemos a presença do aluno Bruno, do 7º A, que na sessão semanal de leituras aos alunos do 1.º CEB, efetuou uma breve apresentação desta profissão com paixão e na qual relevou o tempo e a dedicação que lhe atribui diariamente. Outra profissão que se destacou foi a de “Sapateiro”, no mês de abril e, no mês de maio, a do “Artista Plástico/Pintor” na qual se expuseram diferentes telas, como forma de divulgar, enriquecer e motivar para esta atividade. Ainda, neste âmbito, como forma de estimular para a criatividade e
ED. Leontina Figueiredo e Fátima Miragaia Continuação da pág. 8
10ºJ) pudessem colocar em prática conhecimentos de organização, dinamização e gestão de eventos desportivos, adquiridos nas aulas teóricas, das diferentes disciplinas técnicas do seu curso. A tarde foi uma verdadeira animação, com os meninos a poderem experimentar oito jogos diferentes,
preparados de acordo com as principais disciplinas do Atletismo, nomeadamente jogos de corridas, saltos e lançamentos. O entusiasmo foi evidente entre alunos e organizadores.
Terminámos no pavilhão, com a entrega simbólica de uma espetacular medalha, feita com material reciclado,
No mês de abril criou-se o painel “A CHEGADA DA PRIMAVERA” e no mês de maio teve-se em conta o “DIA DA MÃE”, O MÊS DO CORAÇÃO” e das “FLORES”. Ao nível de outras iniciativas a equipa da BE dinamizou a “Semana da Amizade”, com sessões de leitura, a realização da “Feira das plantas” à qual se associou a poesia, com a recolha de poemas direcionados para os afetos.
que respeita ao 2º e 3º períodos letivos.
JI de Tourais em movimento
livro que mais gostei de ler». Ainda neste mês, ofereceu-se uma flor construída pelos elementos da BE com mensagens alusivas à temática; elaborou-se o painel inserido no “DIA DO PAI”.
execução de pinturas, proporcionaramse diversos materiais, tintas, pincéis, telas, papel de cenário e outros alusivos. Estas exposições só foram possíveis com o contributo de diversos membros da comunidade, ao nível da cedência de materiais. Desde já fica aqui o nosso agradecimento.
No mês de abril, integrado na temática "Abril - Mês de Prevenção dos Maus Tratos na Infância" (Abril 2016), com organização do Município de Seia, da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Seia e colaboração do CLDS 3G, os alunos do 1º ciclo, no dia 15 de
abril, assistiram à apresentação de uma peça de teatro de fantoches "Uma aventura na terra dos direitos", dinamizada pelo Prof. João Nascimento. Na semana da leitura, desenvolveramse algumas atividades no âmbito da leitura, da poesia e da ilustração. Pelas salas de aula e pelas bibliotecas houve alguma participação dos pais na promoção de histórias, de contos. Ainda durante a Semana de Leitura, os alunos do 1º ciclo conversaram com o escritor José Fanha, o qual também participou, como júri, no Concurso SER, uma vez que os alunos do 4º ano trabalharam a obra “Diário inventado de um menino já crescido”. No final do mês de abril, os alunos dos 2º e 3º ciclos receberam a escritora Isabel Ricardo, uma simpatia e uma boa comunicadora, pois conseguiu conquistar a atenção dos alunos.
Em termos dos painéis temáticos elaborados mensalmente reforçou-se, no mês de janeiro, o valor da PAZ, e a ÁRVORE DOS AFETOS no mês de Fevereiro. No mês de março o tema tratado foi os “ELOS DE LEITURA” manufaturada pela professora Lurdes, e que será certamente muito especial para todos estes meninos. Seguiramse as tradicionais fotografias de grupo, com os mentores, organizadores, colaboradores e com a presença do Coordenador de Estabelecimento professor José Manuel Dias. Todos se despediram com um enorme sorriso e com a promessa de no próximo ano voltarmos a repetir a incitava. A organização
No dia 2 e 3 de Junho, as crianças da educação pré-escolar irão receber a escritora Isabel Minhós Martins e irão partilhar alguns trabalhos, tendo por base as suas obras, e ainda receberão um miminho elaborado pelas equipas das bibliotecas. Obrigada a todas as equipas das bibliotecas e ao Munícipio por nos disponibilizar transporte para os nossos alunos e crianças. com o qual se incentivou a comunidade em geral a fazer um registo sobre «o
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A equipa
AGRUPAMENTO EM AÇÃO Erasmus + Projeto “Activity & Eating: Small Steps to a Healthier You” Diário da semana de intercâmbio em Itália (28 de fevereiro a 4 de março) “Esta viagem deu-me a chance de (...) conhecer sítios novos, pessoas novas (...) e de viver uma experiência única (…)” Hugo Figueiredo, Mobilidade Erasmus Itália
Na segunda-feira, dia 29 de fevereiro, o Liceu (IISS) “Vincenzo Lilla”, em Francavilla Fontana, no sul da Itália, acolheu de forma ímpar as delegações do projeto Erasmus +, nomeadamente a portuguesa, a húngara, a francesa e a polaca. Professores e alunos tiveram o prazer de se juntar à delegação italiana e de partir para a descoberta de uma Itália que, frequentemente, passa desapercebida nos folhetos publicitários. Assim, o professor Mário Andrissano, como Coordenador do projeto “Activity and Eating: Small Steps to a Healthier you”, em Itália, surpreendeu-nos com uma visita fantástica até ao Valle d'Itria, onde, durante uma manhã, partilhamos boa disposição e sentimos os aromas campestres de um lugar magnífico, outrora povoado por gentes que souberam, sabiamente, deixar uma herança agrícola que se estende ao longo de imensos hectares de olivais. As palavras do guia esclareceram o sentido de cada pedra e de cada planta que nortearam os caminhos trilhados. Depois de um leve almoço, percorremos as ruas da cidade de Alberobello, carregadas de história e de lojinhas, que convidaram ao reconhecimento de uma tradição muito sui generis que passa pela demonstração dos trulli, antigas construções de pedra, com telhados cónicos, comuns nesta parte da região italiana da Puglia. Crê-se que, antigamente, os trulli eram utilizados para fugir à cobrança de impostos sobre as casas. Foi, então, com grande satisfação que reconhecemos in loco estas criações tão apreciadas por quem as visita. De seguida, regressamos ao Hotel Imperiali, em Francavilla Fontana, para a preparação de um novo dia de trabalho. Na terça-feira, dia 1 de março, as várias delegações juntaram-se, bem cedo, em frente ao Liceu (IISS) “Vincenzo Lilla”, em Francavilla Fontana, a fim de se dirigirem até ao Theatre, onde tiveram lugar as apresentações oficiais, na voz do Coordenador italiano, Mário Andrissano, e da Diretora do liceu, Giovanna Carle Spagnolo. Foi elogiado o trabalho desenvolvido por todas as delegações e salientou-se a importância do projeto, no que concerne ao seu excelente contributo para enriquecer os alunos/professores em termos de competências culturais, tecnológicas, linguísticas e sociais, uma vez que, neste sentido, oferece requisitos essenciais para a inserção numa sociedade global, onde a qualidade/estilo saudável de vida é prioritário. Num ambiente de boa disposição e de grandes expectativas, ouviu-se o hino da União Europeia e, posteriormente, foram apresentados os elementos de cada delegação, que desfilaram, respeitosamente, ao som do seu hino nacional. De imediato, cada delegação presenteou todos os participantes com uma interessante amostra do que melhor pode oferecer o seu país, a sua região e a sua cidade.
Certamente, jamais se esquecerá a essência arquitetónica de Roma, Alberobello e os seus “Trullis” e Francavilla Fontana (em Itália), Trzebinia e a imponência de “The Zieleniewskich Manor House”, “St. Mary's Shrine” e “Bathin places” (na Polónia), o carisma ímpar da Normandia, no norte da França, repleto de história, lugares fabulosos (Mont Saint-Michel, Saint Lô) e tradições gastronómicas e culturais, o deslumbramento da Hungria, onde se destaca Budapeste com as suas pontes e termas “Széchenyi Thermal Bath”, o lago “Velence” e o grandioso rio Danúbio, e, por fim, em Portugal, a autenticidade de algumas cidades, como Lisboa, Porto, Coimbra, Braga, Albufeira, Évora e Seia, onde emergem sabores, sentires e cenários envolventes. Os nossos alunos fizeram ainda uma apresentação da diversidade de desportos que fervilham na região que envolve a nossa escola e uma alusão a o r e q u i n t e paisagístico e gastronómico dos arquipélagos da Madeira e dos Açores. Seguidamente, foram dadas a conhecer as receitas de “snacks” e “drinks”, realizadas por cada país, realçando-se alimentos de extremo valor nutricional e amostras de refeições saudáveis e aprazíveis. Portugal exibiu, por exemplo, “Trufas de Castanha” e “Leite de Castanha”, receitas que obtiveram o primeiro prémio de um concurso promovido em todas as escolas do concelho de Seia. Ainda neste contexto de apresentação, a escola “Scuola Media 'Virgilio'”, do primeiro Ciclo, foi congratulada por ter participado ativamente na atividade, criando imagens/slogans (“Ergo ego sum”, “Eat well, think better”, …) alusivos à temática. A par de todas estas apresentações, foram sendo intercaladas diversas músicas, interpretadas por alunos italianos, nomeadamente “I believe I can fly”, de R. Kelly, e “Simply the Best”, de Tina Turner, de forma a envolver todos os presentes num clima de esperança num estilo de vida saudável. No período da tarde, visitou-se o Liceu (IISS) “Vincenzo Lilla”, e coordenadores, professores e alunos iniciaram as suas sessões de trabalho. No final, terminaram-se as atividades do dia com um passeio compartilhado pela cidade antiga. A quarta-feira, dia 2 de março, foi um dia de atividade física por excelência! No ginásio do Liceu (IISS) “Vincenzo Lilla”, em Francavilla Fontana, as diferentes delegações participaram entusiasticamente num torneio de voleibol. Pese embora o facto de se fazer sobressair a supremacia de cada país, ficou claramente ilustrado o sentir europeu conjunto nos vários momentos do jogo. Numa atitude de companheirismo, gritou-se “vivas” à
equipa francesa, premiada com o primeiro lugar. Em jeito de conclusão desta manhã desportiva, a aluna Alexandra Albuquerque apresentou, com desenvoltura e graciosidade, um golpe de Karaté, denominado “Kata”. Após uma ligeira refeição, as delegações reuniram-se, para partilharem propostas, diretrizes e métodos de trabalho e alinhavarem e n c o n t r o s f u t u r o s . Concomitantemente, os alunos das diferentes delegações também se agruparam com a finalidade de darem continuidade ao trabalho realizado anteriormente, ou seja, criarem receitas criativas e saudáveis, de forma
a serem exibidas no último dia do “meeting”. A quinta-feira, dia 3 de março, foi talvez um dos dias em que a ansiedade e a expectativa atingiram o seu auge! … Bem cedinho, as delegações primaram pela pontualidade e, à entrada do Liceu (IISS) “Vincenzo Lilla”, aguardaram com euforia o momento da partida para Porto Selvaggio e Lecce. Embora o céu carregado de cinza insinuasse laivos de intempéries, o programa sobrepunha-se de forma magistral. Assim, uma ligeira brisa guiou o autocarro pelas estradas do sul, passando por Manduria, uma comuna italiana da região da Puglia, província de Taranto e região de bom vinho, em direção a Porto Selvaggio. Foi deslumbrante penetrar por entre uma floresta densa de pinheiros, enraizados a par de uma vegetação rasteira e abundante, característica do mar Mediterrâneo, e desaguar no dorso pitoresco de um mar que nos desgasta o olhar com a sua imensidão e as suas esplêndidas águas cristalinas, o mar Iónico. Neste lugar paradísico, não houve vento ou chuva que nos torvasse a visão ou desarmasse a nossa curiosidade e fascínio. Recordamos ainda deste dia sons e aromas que teimaram em ficar, certamente no país de cada delegação. Pela tarde, visitamos a parte antiga da cidade Lecce. Graças às suas grandiosas construções arquitetónicas e valiosas obras de arte, esta cidade foi considerada a “Florença” do sul de Itália. Percorremos, assim, as ruelas estreitas e espreitamos em cada esquina, para descobrirmos vestígios de um artesanato consistente. Por trás
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dos vários palacetes barrocos, deparamo-nos com uma vasta praça, a Praça do Duomo. Para além de outras relíquias desta cidade, apreciamos a beleza do Palazzo Vescoville, uma obra-prima de Zingarello, famoso escultor e arquiteto de Lecce que trabalhou a “pietra de Lecce” com perícia, uma vez que esta podia ser esculpida com bastante facilidade. Já com um assombro de um sol alaranjado, regressamos rumo a Francavilla Fontana. Na sexta-feira, dia 4 de março, derradeiro dia em solo italiano, saboreamos o que construímos ao longo da semana. No período da manhã, um torneio de basquetebol veio pôr ao rubro o ginásio do Liceu (IISS) “Vincenzo Lilla”. A empatia crescente estava espelhada em cada movimento, em cada passe de bola, em cada olhar … O outro era o “leitmotiv” de estar ali … No final, como tem q u e h a v e r forçosamente um vencedor!, ouviu-se em uníssono “Hungria”. Já, em tom decrescente, as d e l e g a ç õ e s prepararam os próximos “meetings”, França e Portugal, e trocaram-se impressões sobre o presente “meeting”. A Diretora do Liceu (IISS) “Vincenzo Lilla”, Dra. Giovanna Carle Spagnollo, demonstrou grande satisfação por ter acolhido tamanho projeto, pois transportou a sua escola para um patamar de elevado prestígio local e europeu e, logo de seguida, em colaboração com o Coordenador italiano, professor Mário Andrissano, regalou todos os presentes com doçaria típica de Francavilla Fontana. Depois deste encontro, foi a vez de os alunos nos deleitarem com uma panóplia de receitas salutares, provenientes de uma seleção cuidadosa de produtos dos vários países participantes. Deste modo, desfilaram, por exemplo, num ambiente de animação contagiante, “Bananalitious and IDK-sticks”, “Sunbath Drink”, “Bana-Berry shots” e, com um cheirinho bem português, “ Pinabachike”. Na escuridão da noite, em pleno recinto exterior da escola, a saudade alojou-se timidamente na euforia da música que insistia em prolongar o momento da despedida, e uma completa e genuína cumplicidade eternizou o momento. Depressa o lanche ajantarado se digeriu numa dança multicultural de entrega total! Em jeito de conclusão, apraz afirmar que jamais se varrerão da memória momentos de tamanha partilha emocional e cultural. Será, certamente, este conjunto de saberes que enaltecerá o nosso Agrupamento e contribuirá para a construção de uma atitude cívica sólida e responsável. Célia Pina
AGRUPAMENTO EM AÇÃO Visita de estudo ao Bombarral Jardim Buddha Eden No dia 3 de maio, pelas 8h30m, eu e um grupo de alunos do 10º ano, turmas A, E e F, saímos de autocarro, junto da escola Secundária de Seia, para irmos visitar o jardim Buddha Eden, no Bombarral. Eu já frequento o 11º ano, mas o professor de EMRC, que organizou a visita, convidou-me a participar, porque, no ano anterior, não tive essa possibilidade. Assim, a primeira paragem foi numa estação de serviço para tomarmos o pequeno-almoço. Continuámos a nossa viagem até às Caldas da Rainha, onde almoçámos. De seguida, fomos para o Bombarral, para visitarmos o jardim dos Budas.
Nos dias 6 e 20 de fevereiro, realizouse a IIª edição das Jornadas das C i ê n c i a s e Te c n o l o g i a s subordinadas ao tema Novos d e s a f i o s n o E n s i n o Profissionalmente Qualificante. Este evento, novamente proposto pelos grupos disciplinares de Biologia e Geologia, Física e Química e Matemática, justificou-se pela pertinência do tema, considerando que
o EPQ é uma realidade cada vez mais presente nas escolas básicas e/ou secundárias e que muitos dos nossos professores sentem necessidade de formação nesta área. Isto porque sentem dificuldades em reconhecer o que devem ter em conta e de que forma devem organizar o seu trabalho, o que é essencial e o que é prescindível. Para além dessas dificuldades, o EPQ é normalmente associado à indisciplina, dificuldade de aprendizagem, desinteresse e desmotivação dos alunos para com a escola e/ou a aprendizagem, o que obriga a um exercício de (re)construção e (re)estruturação de estratégias e metodologias de ensino que se adaptem aos objetivos do EPQ. Reconhecendo que, para além das competências consideradas para a escolaridade obrigatória, se devem, também, desenvolver competências numa área profissional específica, poder-se-ão levantar dúvidas aos professores, habituados a trabalhar no ensino regular, quanto ao modo como articular os dois tipos de ensino. Dada a elevada evolução científica e tecnológica que se observa atualmente, obrigando a uma grande flexibilidade de funções, competências
Fizemos a visita de comboio e vimos muitos Budas, alguns deles enormes e
e saberes-fazer, o professor tem discutir, redefinir e refletir, de constantemente, sobre as suas práticas, procurando adaptá-las a todos os tipos de ensino. Neste contexto, as JOCIT 2016 constituíramse como um espaço de análise e reflexão, a nível metodológico, sobre a (re)definição de novas práticas pedagógicas bem como um foco de (in)formação e de aprendizagem contínua com a pretensão de “abrir horizontes” aos formandos, de modo a perceberem o quanto é necessário a Escola dos nossos dias estar atenta e dar resposta ao que se espera da formação dos alunos inscritos neste tipo de ensino e como pode a escola e os seus professores prepararem o trabalho a este nível. A Comissão Organizadora das JOCIT 2016 elegeu, desta vez, como espaço de acolhimento a Escola Secundária de Seia, na medida em que se pretendia oferecer aos participantes um ambiente familiar de trabalho e reflexão e, simultaneamente, de convívio salutar. Os temas aglutinadores foram desenvolvidos em sessões teóricas, teórico-práticas e práticas, dinamizadas por convidados de reconhecido mérito nas várias áreas
das Ciências. Nas várias sessões, houve lugar para momentos e atividades de debate, partilha de ideias e reflexão crítica entre os participantes sobre experiências inovadoras, especificamente orientadas para a análise e discussão de desafios emergentes e, acima de tudo, a partilha de experiências. De um modo geral, os
dourados. Vimos também vários lagos e jardins muito bonitos. Depois descansámos um pouco numa esplanada e comemos um gelado, que soube muito bem, porque estava um dia muito quente. Após esta agradável visita, fomos para Óbidos, que tem um grande castelo, e entrámos numa Igreja com pinturas muito bonitas nos tetos e nas paredes. Numa das ruas encontrámos um homem estátua, que parecia uma árvore, e eu, mais a minha amiga Telma, oferecemos-lhe uma moeda e tirámos uma fotografia junto dele. De seguida, fomos até à praia da Nazaré, mas já não tivemos tempo de subir de elevador até ao Sítio, porque chegámos mais tarde do que o previsto. Alguns dos meus colegas foram molhar os pés no mar, mas eu preferi ficar a vê-los. Depois deste curto passeio pela Nazaré, regressámos a Seia, fazendo trabalhos focalizaram, de forma muito pertinente e lúdica, em contexto escolar, a articulação das várias áreas do saber e o potenciar de um ensino centrado na metodologia de projeto, na qual os alunos são parte integrante e ativa da sua aprendizagem, desenvolvendo competências transversais no campo do “saber projetar”, “saber fazer”, “saber inferir”, entre outras… Foi possível perceber o quanto é importante a escola e os seus profissionais estarem atentos às necessidades e desafios da ciência, da tecnologia e do mundo empresarial e,
nesse sentido, munir os nossos alunos, futuros profissionais, dessas competências e ferramentas pedagógicas que lhes permitirão ser cidadãos mais competentes, críticos e profissionalmente qualificados. Apraz-nos registar que a recetividade do evento excedeu as expetativas da comissão organizadora e pôde contar com mais de 100 participantes, entre palestrantes, professores das várias áreas, comissão organizadora e colaboradores, dos quais se referem os alunos do Curso Profissional de Receção, que serviram os coffeebreak, bem como a Professora Lurdes Ramos e as sempre eficientes assistentes operacionais do nosso Agrupamento, D. Lurdes Cabral e D. Fernanda Boto. Parabéns a todos pelo vosso trabalho! Uma vez mais, contámos com muitos patrocinadores, a quem pretendemos agradecer a sua colaboração, a saber: Quinta da Portela, Intermarché, Pingo Doce, Pão Quente, Padaria Primavera, Queijaria de S. Romão - Ribeiro e Guimarães, Anastácio e Filhos Lda,
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uma paragem no centro comercial “Fórum Coimbra”, para jantarmos e fazermos uma visita rápida. Gostei muito da viagem pelo convívio, por ter almoçado no restaurante e ainda por ter conhecido o lindo jardim dos Budas, a vila de Óbidos e a praia da Nazaré. Data: 05/05/2016 Inês Margarida Ressurreição
Queijaria D. Maria, Queijos Matias, Pastelaria Zé Manel, Pastelaria Salinas, Museu do Pão, Loripão, JMV, Panificadora de Paranhos da Beira Lda, O Forninho de Seia, Pan Mel, Vale das Cardeiras, Quinta do Pedragal, Casa da Passarela, Nutricafés, Quinta da Lameira-Viveiros e Triplodesigne. A todos eles pretendemos agradecer a colaboração, com a certeza que o seu apoio foi deveras relevante para o sucesso do evento. As Jornadas das Ciências foram ao encontro da necessidade diversificada de atualização do professor, tanto a nível de temas relacionados com as áreas curriculares da sua especialidade como a nível de um conhecimento mais transversal e geral, dando, assim, resposta a algumas necessidades de atualização, face aos novos desafios estabelecidos nas metas curriculares com a aplicação de novas estratégias e metodologias. As Jornadas das Ciências foram realizadas em parceria com o CFAEGuarda 1, Texto Editora e com o apoio da CM de Seia, que proporcionou aos participantes uma visita ao Museu do Brinquedo e uma prova do delicioso queijo da serra e pão de centeio. Contámos, ainda, com o apoio incondicional da Biblioteca Escolar, na pessoa da professora Manuela Silva e, também, das assistentes operacionais Margarida Loureiro e Eduarda Costa. A todos os que permitiram a sua
realização, o nosso reconhecimento e agradecimento. A avaliação das JOCIT 2016 foi muito positiva, tendo correspondido às expectativas de todos os formandos, referindo que gostariam que estas Jornadas passassem a fazer parte da sua própria formação anual. A todos os Palestrantes, Colaboradores, Parceiros e Participantes um Bem-Hajam. A Organização
AGRUPAMENTO EM AÇÃO Project: Activity and Eating_ small steps to a healthier you Agrupamento de Escolas de Seia, Portugal Students participated enthusiastically through questions in particular. Indeed a healthy diet is essential throughout our lifetime and paying attention to nutrition labels is a good step towards improving our overall diet.
Students from Escola Secundária de Seia, 11ºI, Curso Profissional de Técnico de Receção and the participants of this Erasmus+ project attended a workshop in E.S.T.H, Seia, on April 12, on the Theme Improving your Health with Good Nutrition in which Rui Cerveira talked about the importance of the breakfast, what to eat in the morning and the consequences of skipping the main meal of the day. Knowing and understanding Food labels is vital to make healthier choices. Thus we learnt to read the cereal packages, soft drinks
After a walking tour through the city, the workshop ended with a healthy chocolate mousse recipe that we all appreciated. What followed was really a new small step to be Healthy and the opportunity to apply the advices given on How to get our plate in shape. The cook prepared a tasty and delicious
classroom, the school and enjoyed walking, biking, and discovering new leisure activities when the weather conditions permitted. In the last activity, pupils were driven to one of those rare pearls in Portugal where reservoir and forest meet in perfect harmony. The quiet waters surrounded by a dense green forest is the perfect setting for amazing
cans and pay attention to the quantity of sugar these items contain and how harmful they can be to our body.
Viagem de estudo ao Bombarral-Jardim Buddha Eden No dia 3 de Maio, pelas 8h:30m, saímos de autocarro da escola Secundária de Seia para irmos visitar o jardim Buddha Eden, no Bombarral. Esta visita foi organizada pelo nosso professor de EMRC para as Turmas do 10º A, 10ºE/F e 11ºF. A primeira paragem foi numa estação de serviço, em Pombal, para tomarmos o pequeno-almoço e para irmos à casa de banho. Depois, seguimos até às Caldas da Rainha, para almoçarmos no centro comercial. Após o almoço, continuámos a nossa viagem até ao Bombarral, para visitarmos o jardim dos Budas. Eu, alguns dos meus colegas e os professores fizemos a visita de comboio. Vimos Budas grandes e o lago dos desejos, onde eu e a minha amiga Inês deitámos uma moeda e pedimos um desejo. No fim da visita, comemos um
Lunch: Soup: Creme de cenoura com ovo; Main Course- Brás de legumes com bacalhau; Cold salads and Dessert - Mousse Chocolate com frutas em massa filo; Beverage- Water. Thanks to E.S.T.H, Seia, Teachers: Romeu Lopes and Rui Cerveira April was the month dedicated to meet active inspiration in outdoor recreation and living in Harmony with Nature. This is the lead to implement Step 2Exercise your local options. The purpose is getting to know the geographical features of the surrounding natural environment as a perfect location for active ways of entertainment, promoting active leisure and recreation in the local spots. The students went out of the
gelado para nos refrescarmos, porque estava muito calor. De seguida, fomos para Óbidos, uma vila muito bonita com um castelo e ruas estreitas onde se vendem licores e outras lembranças. No Castelo, tirámos uma selfie com um senhor estátua a quem oferecemos uma moeda. Os professores beberam a ginjinha no copo de chocolate e alguns alunos também. Eu e a minha amiga Inês provámos um bocadinho do copo de chocolate da professora Filomena. Depois desta visita, seguimos para a praia da Nazaré, onde molhei os pés com a psicóloga Gina, e nos divertimos muito. No regresso para Seia, parámos no Fórum, em Coimbra, para lancharmos. Chegámos à Escola Secundária de Seia às 21h45m, onde estavam os nossos pais à nossa espera. Cheguei um pouco cansada, mas feliz por ter feito esta viagem, pelo convívio, boa disposição e por ter conhecido o lindo jardim dos Budas, a vila de Óbidos e a praia da Nazaré.
Festival especial em Seia No dia 8 de maio, pelas 15 horas, realizou-se na Casa Municipal da Cultura, a sétima edição do Festival Especial, organizado pela Ludoteca Municipal, o C.A.O. da Casa do Povo de Seia e a Casa de Santa Isabel. O espectáculo começou da melhor forma. A Vice-Presidente da Câmara Municipal, Eng.ª Cristina Sousa, fez a sua abertura e disse: - Mais um Festival Especial com
Telma Oliveira-10ºF
Viver é fazer meia com uma intenção dos outros. Mas, ao fazê-la, o pensamento é crianças e jovens que nos vão mostrar livre, e todos os príncipes encantados podem passear nos seus parques entre as suas habilidades e, certamente, que vamos passar uma tarde com mergulho e mergulho da agulha de marfim com bico reverso. muita alegria. Quando outra virtude não haja em mim, há pelo menos a da perpétua novidade da De seguida, entrou o Professor To Zé Novais comigo para apresentarmos o sensação liberta. espectáculo, que teve início com o Livro do Desassossego, Fernando Pessoa
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recreational and leisure activities for those who like being in true contact with nature. Fishing, bathing, swimming, sailing and rowing are unforgettable experiences. The P.E teacher, Sérgio Silva, introduced us to kayaking and we spent all the afternoon active, relaxing (not for the
body (laughs), rowing through the lake. Nature doesn't cease to surprise us in spectacular landscapes of extraordinary beauty. Be Active….. Be Healthy… Be Happy…. Join this Erasmus Project. by the Coordinator: Cristina Nunes
C.A.O. da Casa do Povo que apresentou a peça de teatro “A caça ao Gambuzino”. Houve dança, cor e alegria. A Rita e o Zé Manuel dançaram muito bem o tango e a canção da Mariza “O melhor de mim está para chegar”. Também a Casa de Santa Isabel apresentou uma dança muito bonita. Depois veio a Beatriz Aleixo que tocou, cantou e encantou. De seguida, foi a minha vez de participar. Eu cantei a canção “Cinderela”, que dediquei à minha professora Mena e ao professor To Zé Novais, que tocou a música. Por último, tivemos como convidados a banda “Os Curiosos” do CRID (Centro de Reabilitação e Integração de Deficientes) de Cascais, que cantaram várias canções e puseram todas as pessoas que estavam a assistir a levantar os braços e a dançar. Foi uma atuação muito divertida. No final do Festival, houve a entrega de certificados e um vasinho com uma flor a todos os participantes. A banda, “Os Curiosos”, ofereceu lembranças à vice-presidente da Câmara Municipal de Seia, à técnica Lala, da Ludoteca, e aos apresentadores To zé Novais e Telma Oliveira. Telma Oliveira – 10ºF
AGRUPAMENTO EM AÇÃO Testimonials The First Transnational Exchange of Project Erasmus “Sustainable Development” took place in Badajoz (Spain), between 7 - 13 March 2016. Participating students have left their testimony. “My experience in the exchange trip was completely amazing! I had the opportunity to be hosted by a great family that made me feel comfortable since the day I arrived. It felt like I knew them for a long time, and I only spent one week with them. The same happened to the friends that I made in Badajoz. As teens, they try to make new friends and socialize the most and that was one of the things I loved, not only about the teens, but the Spanish people in general. All of them are nice and open to the people. Once again, meeting a Spanish person for the first time feels like you know them for years and I will never forget that. Now, when I have the opportunity to visit places in Spain, I will remember the experience of being in Badajoz. Besides the people, I learned about the ecossistem called “Dehesa”, once this project is about Sustainable Development it was convenient to talk and learn about the nature of the region. The landscape made me remind of Alentejo, (which is located in Portugal, near Badajoz) because it was very similar. The food was very tasty and good. Allthough I don´t eat too much, I am completely satisfied with it. My favourite sweet was definitely the Perrunillas. Actually, my host family bought me a
box of it to bring to Portugal and it was great! With this experience I developed my habilities to talk in front of new people, which is kind of difficult for me, but I think that I came less shy from Spain. Also, I made friends and I´m making sure that I keep in touch with them and I am looking forward to see them again!” Beatriz Rodrigues, 9º A, EB 2,3 Dr. Abranches Ferrão
“When I knew that I've been selected to go abroad on Erasmus I felt a mix of emotions. I got really happy and excited at first but very soon I started feeling a bit nervous and scared because this was the first time I was leaving the country without my parents and I didn't have anyone with a similar experience that could give me some advices. Of course this was just my first reaction because I got accustomed with the idea. Until the departure day. The anxiety was huge but at the same time I was thinking “What can go wrong? Badajoz is so close of Portugal it mustn't be that different. It's all going to be fine.” I was completely wrong. As soon as I got to the meeting point, I found my host but we didn't talk much because we were both very shy (we could only laugh). When the “awkward meeting moment” ended, I felt really comfortable. So much that I was surprised. And although she had a big family and they didn't speak much English, they were very friendly and welcoming. I can actually say that her
mother treated me so well, especially while I was sick, that she was kind of my second mom. Something that was not so easy was the first day of school. Scary. I'm used to go to school by car but in Badajoz I had to go by bus. One day, some girls and a guy started yelling my name from the back of the bus… It had me constrained but it was funny. At school, I already expected to hear “Who is she?” and to see the intrigued looks on the other students' faces but I never thought I would talk to so many people and to know so many names. And the classes were not like mine at all. Honestly, I think they're funnier because the students have a great relationship with the teachers and although they played a lot, they knew when to stop and respect the class. We walked a lot during that week and I
don't regret any minute. Badajoz is beautiful! I come from the countryside so living in a city was quite interesting. And I also loved Mérida – the theatre, the amphitheater, the streets, … “La Dehesa” was very pretty but it was similar to the landscape in Alentejo (Portugal), so it wasn't completely new to me. What I didn't know was how much it contributed to sustainable development! But what I loved the most was climbing to the castle wall in Badajoz and being able to see the entire city and the river. My exchange experience was memorable (although scary) and I saw beautiful landscapes and monuments but what matters the most are the friends I made. The interaction between people is excellent in Badajoz. I think the word “excellent” is not enough to describe it but it's close. Anyway, of course it was not easy to come out of my comfort zone and get to know all those people, but I'm glad I did it, because it allowed me to become a more independent, capable, confident and less shy person and to create great new friendships. There was only one thing I didn't like (besides being sick): leaving. It was harder than I expected and we all cried a lot. When I remember the sad faces, the other students around our van waving, making heart shapes with their hands, crying… We knew it would have to happen, eventually, because everything has an end... But this is not the end, I'm sure.” Matilde Rola Figueiredo, 9º A, EB 2,3 Dr. Abranches Ferrão
Intercâmbio em Seia: Erasmus+ “Desenvolvimento Sustentável” Decorreu o segundo encontro Internacional do projeto Erasmus+ “Desenvolvimento Sustentável”, no Agrupamento de Escolas de Seia, entre os dias 9 e13 de maio. Estiveram presentes comitivas de escolas da Noruega, Holanda, Itália e Espanha, parceiras no referido projeto, num total de 24 participantes estrangeiros. Neste encontro, os participantes (nacionais e estrangeiros) trabalharam em torno do t e m a “ C a s a s Tr a d i c i o n a i s e Desenvolvimento Sustentável” por ser o que os alunos do Agrupamento de Escolas de Seia estão a pesquisar no âmbito do referido Projeto. Do programa fez parte um conjunto de atividades de campo, workshops e visitas selecionadas de acordo com a temática, nomeadamente, a visita ao “Museu do Pão”, ao “Chão do Rio”, ao CISE, ao Piodão e à Serra da Estrela.
Na Universidade da Beira Interior decorreu uma esclarecedora palestra intitulada “A reforma de casas tradicionais: Um presente para o nosso futuro”, proferida pelo Engº João Lanzinha. Os participantes foram ainda recebidos na Câmara Municipal de Seia pelo Sr. Presidente Carlos Filipe Camelo e tomaram, ainda, conhecimento de diversos aspetos culturais da região de Seia. Os alunos estrangeiros ficaram hospedados em casas de famílias de alunos do agrupamento que os receberam e acolheram como se fossem da sua família. Do trabalho final resultaram diversas propostas de reanimação de uma
A minha viagem Erasmus+ a Itália
com que o meu Inglês melhorasse ainda mais do que já era esperado, por termos de comunicar durante toda a semana em Inglês. O pai era piloto da Força Aérea Italiana e, num dos primeiros dias, levou-me à base, onde pude ver de perto as verdadeiras máquinas da aviação moderna. Nesse dia, por sorte, estavam a gravar um vídeo sobre a hora sem eletricidade, o que faz com que, nas cidades mais importantes, se apaguem todas as luzes. Também pude participar no vídeo, ou seja, apareci na TV Italiana num comercial. Agora sou famoso! Hahaha! … Em termos das atividades realizadas, posso dizer que tive uma semana ativa, o que fez com que me envolvesse mais
Adorei a minha estadia em Itália. Foi, sem dúvida, a melhor semana da minha vida até agora, nem tanto pelo espaço e pelos sítios visitados, mas, principalmente, pelos laços de amizade que todos nós, sendo do projeto ou não, criamos. A família do Tomas (aluno que me recebeu) foi muito acolhedora e protetora, fazendo-me sentir como se fosse mais um filho. Fizeram com que me sentisse em casa e deram-me a conhecer muito da comida típica italiana e dos seus costumes. A mãe dele é professora de Inglês, o que fez
aldeia da região com problemas de desertificação. Os jovens alunos participantes evidenciaram criatividade associada a conceitos fundamentais de desenvolvimento sustentável. Deste evento resultou ainda um desenvolvimento de competências no uso da língua inglesa e uma divulgação com o trabalho e, assim, fortalecer os
laços de amizade, sobretudo com o meu grupo de trabalho. Adorei as visitas que fizemos, principalmente a Lecce, que é uma cidade muito bonita e
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da região, seus costumes e tradições. A organização deste evento contou com um forte empenho dos professores Cristina Almeida, Sandra Ferrão, Rosa de Jesus, Rosa Isabel, Rosa Machado, Manuela Silva, Maria dos Anjos, Lurdes Ramos, Célia Pina, Orlanda Moreira e José Diogo, da Direção da Escola, dos assistentes operacionais do bloco C, que dentro das suas funções prestaram todo o seu apoio, das senhoras Maria Fernanda Boto e Maria Lurdes Martins que, generosamente, apoiaram a logística do evento, das famílias acolhedoras e de diversas empresas da região. A todos, a Coordenadora do projeto agradece a disponibilidade, a generosidade e o tempo que dispensaram na sua concretização. Graça Moreira
cheia de arquitetura antiga. Foi-nos dada liberdade nessa visita e cada um andava ao seu ritmo, parando onde queria, dando a atenção necessária a cada monumento. Estou ansioso para que os papéis se invertam, para poder mostrar quão linda é a nossa zona. Poderei ter um novo hóspede em casa e passarei a ter um irmão, nem que seja só por uma semana. Resumindo, ter entrado neste projeto só me beneficiou, mesmo tendo derramado lágrimas! A despedida é sempre o mais difícil e as saudades cada vez crescem mais... José Ferreira
DEVANEIOS DA ESCRITA Páscoa, festa bendita, Que nos lembra ressurreição. Páscoa, festa querida, De todo o povo cristão. Páscoa é festa cristã. Há muito um menino nasceu. Brincava como os outros meninos E, como um homem, morreu. Páscoa é símbolo de vida, De terra a renascer Porque um dia esse menino Morreu e tornou a nascer. Vamos comer amêndoas. Vamos fazer um folar. Porque a Páscoa chegou E quero recebê-la a cantar. A todos vocês, Do fundo do meu coração, O meu abraço de Páscoa, O meu abraço cristão. João Pais, 6º D, nª 6
Dia da mãe Mãe… Na escola ouvi Que hoje é o teu dia E eu explodi de alegria!
Poemas Higiene Vamos falar da higiene, Que é algo muito legal, Pois todo ser que se preze Faz a limpeza geral De tudo que lhe rodeia, Pra nada lhe fazer mal. Dos tipos de higiene, Que podemos conservar, Tem a limpeza do corpo, Que é algo elementar. Devemos cuidar com carinho, Pra saúde preservar. É na limpeza do corpo Que está a higiene bucal. Devemos procurar o dentista Pra fazer a limpeza geral E tirar as bactérias, Pra tudo ficar legal. Com a higiene do corpo, O banho é fundamental. Também escovar os dentes É algo especial. Lavar as mãos com frequência Faz parte do ritual. Com a limpeza das ruas, Dos rios e dos quintais Podemos evitar doenças Com hábitos fundamentais, Mantendo a casa limpa E sujeira nunca mais.
A Árvore papel Antes, eu era uma árvore. Agora, sou um simples papel… Mas eu vou voltar a ser árvore, Para ser uma árvore a mim fiel.
Na Escola de Santiago Começava o ano escolar. Depressa surgiu o outono E a vontade de trabalhar.
Árvore, num simples papel, Tronco aos bocadinhos E muitas folhinhas soltas Que lá ficaram coladinhos. E este simples papel, Com o seu tronco colado, Foi sendo o suporte Do trabalho imaginado.
Primeiro, uma árvore do outono Que largou as folhas para o inverno. E desejosos, os alunos aguardaram O dezembro que parecia eterno. (Pôr a árvore de inverno, só com o tronco, tirar as datas das fotografias e deixar, somente, as árvores e não o que está em volta delas. Obrigada.) Dezembro, e uma nova árvore Surgiu, a Árvore de Natal! Estrelas, bolas e fitas coloridas Eram o seu destino, afinal. O tempo andou e o Natal passou. O Dia dos Afetos chegou E a árvore, com muitos corações, Aos sentimentos apelou. Mas, eis que veio a primavera, Tempo de muito Sol e alegria. Uma nova árvore apareceu, A árvore da primavera, que bem sabia! Se mais tempo ficasse, A escola mais faria. E, neste bocado de papel, A árvore do verão pintaria.
Juliana Almeida, 7ºA, Nº16
Dia da criança Corri para a mesa Desenhei um jardim Pintei muitas flores Que são para ti.
Escola de Santiago
Dei-lhe um beijinho E quando vires Terás uma surpresa. E já te disse? És uma beleza! Tens-me a mim E tens o meu amor. Tu és uma flor Do meu jardim! Rafael Dinis- 4º B
O Dia da Criança Está chegando, Oh, que alegria Pena que não é Todos os dias. Dia um de junho É um dia especial Que para as crianças É como se fosse Natal! Se este dia não existisse Eu o inventaria Pois todos merecemos Um dia de alegria. Rafael Dinis- 4ºB
Versos à primavera A primavera é bonita, Tem muitos segredinhos, Brincamos todos juntos, Somos muitos amiguinhos. A senhora primavera Traz muitos cheirinhos, Com cores e alegria, E muitos passarinhos. Andreia, 4º ano
A primavera está no ar, As flores estão a florir, Os pássaros estão a voar, É a estação a sorrir.
A solidão Começo a caminhar pelo desconhecido com excitação, medo e desconfiança. Apenas me encontro eu, sozinha, perdida, confusa, neste mundo tão vazio, mas cheio de solidão. Vários sentimentos e emoções invadiram o meu corpo, enquanto caminhava. O silêncio estava a dar cabo de mim. Provocava-me medo, desespero, ansiedade, angústia, tristeza, frustração, fraqueza e impotência. Sentia-me só. Não queria estar ali nem tão pouco conseguia viver assim. Olhava em redor e nada… Estava desorientada de todo. Era um sofrimento enorme olhar à minha volta e ver que não havia ninguém a quem pedir ajuda e com quem desabafar todo aquele sofrimento que sentia dentro de mim. Estava sem forças e sem motivação para lutar contra esta solidão. Sem nada, para fazer, sento-me e consigo apenas dar por mim a pensar em como seria bom poder experienciar
Sementinhas de rosas Margaridas também Espalhei no jardim E cuidei muito bem.
José Carlos, 4º ano
A primavera deixa me feliz, Desde manhã até ao final do dia. Admiro as cores e as flores, Meu coração transborda de alegria. Duarte, 4º ano
Inês Coelho, 12º E
Primavera
As árvores crescem, As borboletas voam, As joaninhas aparecem, Cantos dos passarinhos soam.
Acordei de manhã Com o canto dos passarinhos. Chegou a primavera, Estão felizes os pequeninos.
uma vida cheia de cor, onde reinassem a alegria, os sorrisos, o movimento e o barulho. Sentia falta de uma boa companhia com quem pudesse partilhar uma boa conversa, sentia falta de carinho, amor e amizade. Queria fazer falta a alguém, como eu sentia a falta de alguém naquele momento, fazer sentir alguém feliz e que me fizessem sentir feliz também. Precisava urgentemente de me sentir viva, pois sentia que já não ia durar muito. As esperanças já eram poucas… A solidão é um sentimento muito triste, não se deseja a ninguém e tem de ser combatida. Leva-nos à depressão e faz-nos querer desaparecer. Com a solidão, perdemos as forças e apenas desejamos a morte, pois se sozinhos no mundo não somos felizes, não podemos dar nem receber amor, carinho, amizade, não somos ninguém. Então, só nos resta a morte. Só ela nos pode salvar e fazer sentir bem. Pelo menos assim acaba-se com todo este sofrimento de uma vez.
Um dia tão lindo De sonhos de flores Margaridas e rosas De muitas cores.
A primavera chega cedo E começam os nascimentos. As árvores dão muitas flores, E delas nascem frutos suculentos.
Nesta festa tão linda Vamos todos dançar Passarinhos e borboletas De mãos dadas a festejar.
A primavera começa a florir. Há muita animação e alegria. Com flores, tudo é muito bonito. E espantado, eu até sorria! Afonso, 4º ano
Rafael Dinis- 4ºB
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PASSATEMPOS
RIR... É BOM A mulher está a fritar um ovo quando o marido começa a gritar: - Cuidado! Mais óleo! Vai agarrar no fundo! Vira! Não te esqueças do sal! Irritada, a mulher pergunta: - Por que estás a fazer isso? Pensas que eu não sei fritar um ovo? - É só para teres uma idéia do que sinto quando vou a conduzir e começas a dar palpites...
CULINÁRIA: SUGESTÃO: Delícia de frutos vermelhos Ingredientes:
Um padre e um pastor estão à beira da estrada a segurar um cartaz que diz: «O fim está próximo! Volte para trás antes que seja tarde!» Um condutor grita: «Vocês são malucos!», acelerando ao passar por eles. Depois de o carro passar a curva, eles ouvem pneus a chiar – e um grande chapão de água. O padre volta-se para o pastor e diz: «Achas que devíamos antes pôr um cartaz só a dizer que a ponte foi abaixo?»
A empregada da cafetaria recebeu-me com uma chávena de café. Ia tomar um gole quando vi a marca de batom na borda, por isso estiquei o braço para pegar noutra chávena. «Desculpe», disse à empregada, apontando para as manchas. «Oh!», disse ela. «Porcaria de chávenas brancas!»
500g de queijo mascarpone 300g frutos vermelhos variados 2 colheres de sopa de adoçante em pó Preparação: Bata o mascarpone com o adoçante e reserve. Lave os seus frutos vermelhos preferidos, escorra muito bem e seque com papel absorvente. Em tacinhas de vidro individuais coloque uma camada de frutos, seguida de uma camada de mascarpone e finalize com mais alguns frutos. Conserve no frio até servir.
Mousse de chocolate gourmet Ingredientes:
Uma loira ouviu dizer que o máximo da diversão é pescar no gelo. Comprou o equipamento necessário e escolheu um bom lugar para começar a pescaria. Depois de se instalar, começa a fazer um buraco no gelo. De repente, uma voz vinda do céu avisa: «NÃO HÁ PEIXES DEBAIXO DO GELO.» Estupefacta, a loira muda de lugar e começa a fazer outro buraco. Outra vez uma voz vinda do céu avisa: «NÃO HÁ PEIXES DEBAIXO DO GELO.» Preocupada, a loira levanta-se, vai para o lado oposto do gelo, e começa a fazer outro buraco. E, mais uma vez, uma voz vinda do céu avisa: «NÃO HÁ PEIXES DEBAIXO DO GELO.» Ela pára, olha para o céu e diz: «É o Senhor, meu Deus?» A voz responde: «Não, daqui é o gerente do ringue de patinagem!!»
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200g de chocolate de culinária em tablete 1 colher de sopa de manteiga magra 6 ovos inteiros 1 colher de sopa de adoçante em pó Preparação: Derreta o chocolate em banho-maria juntamente com a manteiga, reservando um pouco de chocolate (2 quadrados). Separe as gemas das claras e bata-as em castelo com o adoçante. Misture as gemas ao chocolate derretido e depois envolva as claras nesta mistura. Deixe no frio durante cerca de 2 horas e, por fim, coloque raspas do chocolate que reservou.
EM DESTAQUE Semana das Artes 2016 Alunos de Artes Visuais apresentaram os seus trabalhos na Festa das Artes Visuais no AES
A Semana das Artes 2016, do Agrupamento de Escolas de Seia, decorreu entre 18 e 22 de abril, com um programa interessante, grande animação e assinalável participação de alunos dos dois agrupamentos de
escolas de Seia e da comunidade senense. Centrada na exposição de trabalhos, a Semana das Artes teve origem nas exposições de arte da Biblioteca da Escola Secundária e continua a ser organizada conjuntamente pela Biblioteca Escolar e pelo grupo disciplinar de Educação Artística e Tecnológica. Na exposição estiveram patentes 200 obras, principalmente dos alunos finalistas do 12ºF, mas também das outras duas turmas de artes (10ºF e 11ºF), realizadas ao longo do ano letivo e exemplificando os diversos temas e técnicas abordados nas aulas das disciplinas específicas de Desenho A, Oficina de Artes e Oficina de Multimédia B. A importância da Semana das Artes do AES é cada vez mais reconhecida pelas entidades que se associaram ao evento, nomeadamente a Câmara Municipal de Seia e a Associação de Arte e Imagem de Seia. Uma das exposições integradas na Semana apresentava os trabalhos dos alunos do Curso de Artes, realizados no
âmbito da campanha “Abril – Mês da Prevenção dos Maus Tratos na Infância”, assim como os cartazes elaborados pelos alunos para o Artis XIV – Festival de Artes de Seia. Com a colaboração da Associação dos Artistas Senenses, foram promovidos encontros com artistas de diferentes áreas artísticas, evidenciando a diversidade de ocupações e saídas profissionais das artes visuais, a saber: Franclim Páscoa Caetano, ceramista e escultor cerâmico; Luís A n t e r o , s o n o p l a s t a , “caçador/pescador de sons” das “paisagens sonoras” e autor de um Concerto para Olhos Vendados; Arlindo Fagundes, ilustrador da coleção Uma Aventura e autor de Banda Desenhada, que veio de Braga para um encontro de carácter mais técnico com os alunos de artes, no qual revelou alguns truques e explicou a produção do seu novo livro de BD, “O Colega de Sevilha”, sobre a emigração clandestina, a lançar brevemente. Para além da comunidade escolar e dos pais e encarregados de educação dos alunos, visitaram as exposições
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mais de 400 alunos e professores de escolas próximas. Neste sentido, contou-se com a colaboração dos professores do Centro Escolar de Seia, Escola EB Guilherme Correia de Carvalho, Curso Vocacional do AES, Unidade de Multideficiência do AES, Sala Teacch (Autismo) e Academia Sénior de Seia. Todos os grupos de visitantes foram rececionados e guiados pelos alunos finalistas do 12º ano do Curso de Artes, os curadores das exposições. No auditório, os mesmos alunos apresentaram aos colegas, de acordo com o escalão etário e nível de ensino, os vídeos de apresentação do Curso, por eles realizados para a Semana das Artes, com a participação dos colegas de curso dos 10º e 11º anos. A Semana das Artes 2016 encerrou com balanço muito positivo, no que respeita à qualidade dos trabalhos expostos e do evento, número de visitantes e participantes e impacto na comunidade. A organização