Pecuária em Alta - Edição 25 - Fevereiro/Março de 2020

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CORTE

RESSINCRONIZAÇÃO: SINÔNIMO DE EFICIÊNCIA REPRODUTIVA E PRODUTIVA Francisco Rebôlo Lopes Junior, Técnico Comercial Alta e Manoel Francisco de Sá Filho, Gerente de Programas Especiais Corte Com resultados cada vez mais consistentes, o uso de programas de inseminação artificial em tempo fixo (IATF) tem sido incorporado massivamente ao manejo reprodutivo das fazendas. A técnica é capaz de aumentar a taxa de prenhez, concentrar os nascimentos no início da estação de parição, reduzir o intervalo entre gerações, além de permitir que o melhoramento genético do rebanho seja ainda mais rápido. Outra possibilidade é a utilização da genética de outras raças para cruzamento industrial, independentemente do clima e região em que se encontra a propriedade. Existem diferentes métodos para o emprego da IATF no manejo reprodutivo. Ela pode ser empregada de forma única, seguida por monta natural ou através da ressincronização, que é a possibilidade de realizarmos outra IATF em uma fêmea que não se tornou gestante na inseminação anterior. Nesse caso, podemos ressincronizar a fêmea até duas vezes após a primeira inseminação. Para se ter uma ideia, a ressincronização elimina a necessidade de observação de cio, diminui o número de touros para repasse e melhora a eficiên36

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cia reprodutiva e produtiva dos rebanhos. Hoje, já existem diferentes alternativas para fazer o uso da ressincronização, que permitem inseminar as fêmeas com 24, 32 ou 40 dias após a inseminação prévia. Por isso, o objetivo aqui é mostrar por quais motivos a intensificação do uso da IATF leva benefícios ao produtor.

“A IATF pode ser empregada de forma única, seguida por monta natural ou através da ressincronização, que é a possibilidade de realizarmos outra IATF em uma fêmea que não se tornou gestante na inseminação anterior. ” Eficiência reprodutiva e produtiva A eficiência reprodutiva dos rebanhos é fundamental para o crescimento de uma pecuária

sustentável e abrange dois aspectos principiais: a eficiência reprodutiva e o melhoramento animal. Quando falamos em eficiência reprodutiva, referimo-nos ao alcance da maior quantidade de bezerros nascidos das fêmeas aptas à reprodução. Já quando se trata de melhoramento animal, destacamos, principalmente, a obtenção de maior quantidade de carne por indivíduo. Ou seja, ser eficiente é aumentar não só a quantidade, mas a qualidade dos bezerros produzidos. De maneira resumida, a eficiência reprodutiva pode ser definida como a habilidade de fazer a vaca se tornar gestante o mais rápido possível após o parto. No entanto, a alta incidência de anestro (período onde não há manifestação do cio) pós-parto é o principal fator responsável pelo baixo desempenho reprodutivo nos rebanhos de cria. Esse período, quando prolongado, resulta em aumento do intervalo parto-concepção, do IEP (Intervalo entre partos) e, consequentemente, redução do desempenho reprodutivo. Geralmente, a incidência do anestro está associada ao manejo nutricional incorreto ou à subnutrição. Sendo que algumas categorias específicas, com maior


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