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Carta XV

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Carta XIV

Carta XIV

Deus sabe melhor do que ninguém o que precisamos, e tudo o que faz é para o nosso bem. Se soubéssemos o quanto nos ama, sempre estaríamos preparados para receber de igual forma e indistintamente da sua mão, o doce e amargo; Tudo o que vem de Deus nos agrada! As aflições mais agudas parecem intoleráveis quando as vemos com a luz equivocada. Quando vemos nossas aflições vindas das mãos de Deus, quando sabemos que é nosso Pai amoroso que nos humilha e nos afligi, nossos sofrimentos perdem a sua amargura, e chegam a ser fatores de consolação. Que toda nossa ocupação seja conhecer Deus. Quanto mais o conhecemos, mais desejamos conhecer-lhe. O conhecimento é normalmente a medida do amor. Quanto mais profundo e extenso seja o nosso conhecimento, maior será o nosso amor. Se o nosso amor a Deus for grande lhe amaremos igualmente nas dores e nos prazeres. Não nos distraíamos buscado o amado Deus por alguns favores (não importa os quão elevados sejam) que nos tenha feito, ou possa nos fazer. Tais favores, ainda que sejam muito grandes, não podem nos aproximar de Deus como a fé o faz em um simples ato. Busquemos a Deus freqüentemente pela fé.

Ele está dentro de nós. Não o busquemos em outro lugar. Não somos desconsiderados e somos dignos de repreensão, se Lhe deixamos só, para nos ocupar de insignificâncias que não Lhe agradam, e talvez o ofendam? Devemos temer que estas insignificâncias algum dia nos custarão caro. Comecemos a dedicar-nos a Ele com toda a seriedade. Coloquemos de lado tudo o que está em nossos corações. Ele deve possuí-lo plenamente. Supliquemos este favor a Ele. Se fizermos o que podermos de nossa parte, em breve veremos que se produz em nós essa mudança que aspiramos. Não posso agradecer o suficiente pelo alívio que te há concedido. Espero ver Deus dentro de uns dias. Oremos um pelo outro.

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Traduzido por Roberto Azevedo janeiro de 2009 da versão em espanhol de Eduardo B. Coria de Janeiro 2002

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