Endika Ormaeche

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Endika Ormaeche DIRETOR-足GERAL ORIZONIA

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Alteração da estrutura acionista

Grupo vai regressar a Cuba em Março em voo da Orbest Regresso da Orbest a Cuba, novo aviĂŁo matriculado em Portugal a partir do VerĂŁo e continuação do processo de reestruturação da rede marcam o prĂłximo ano da Orizonia 3RQWR 7XULVPR s &RPR Ăƒ TXH HVWÂť D VHU SDUD D 2UL-­ ]RQLD" (QGLND 2UPDHFKH – Tem sido um ano complicado e difĂ­cil. É uma incĂłgnita saber o que vai acontecer depois de todo o plano de ajustamentos que começou em Portugal hĂĄ um ano. NĂłs ajustĂĄmos todas as operaçþes, sobretudo a das CaraĂ­bas. OperĂĄmos menos voos e menos frequĂŞn-­ cias do que hĂĄ um ano. No resto acabĂĄmos por manter mais ou menos tudo o que ĂŠ programação de ilhas, Cabo Verde, TunĂ­sia‌ No geral estamos contentes. Foi um ano que nos custou vender, vendeu-­se muito em Ăşltima hora. A venda antecipada caiu bastante porque as pessoas HVSHUDUDP DWĂƒ DR ĂŽP SDUD VH GHFLGLUHP PDV DR UHGX]LU-­ mos a capacidade que tĂ­nhamos no mercado para venda, acabĂĄmos por melhorar a ocupação dos voos e estamos satisfeitos. No caso do operador, a companhia aĂŠrea, que em Portugal voa exclusivamente para nĂłs, tambĂŠm saiu EHQHĂŽFLDGD 0DQWLYHPRV RV FLQFR YRRV VHPDQDLV TXH HV-­ tavam previstos para as CaraĂ­bas, voĂĄmos duas vezes por semana para Punta Cana e para o MĂŠxico e uma para a Ja-­ maica e mantivemos a operação bem. No caso da rede de agĂŞncias Vibo foi tambĂŠm um ano difĂ­cil, mas no que diz respeito Ă faturação, acabĂĄmos por manter os objectivos que tĂ­nhamos previsto. O que nĂŁo conseguimos manter foram as receitas porque tivemos de fazer muitas campa-­ nhas e muitos descontos. Foi um ano um pouco atĂ­pico. Mas de forma geral como grupo, estamos relativamente satisfeitos com o ano em Portugal. 3 7XULVPR 4XDO YDL VHU D HVWUDWĂƒJLD GD 2UL]RQLD SDUD HQIUHQWDU R SDQRUDPD TXH DIHWD WDQWR 3RUWXJDO FRPR (VSDQKD" ( 2 – Temos jĂĄ quase toda a programação de VerĂŁo mais ou menos fechada e comunicada aos clientes. A ideia ĂŠ manter a operação aĂŠrea que tivemos este ano. Em ter-­ mos de operador, vamos manter os voos. Vamos ter uma novidade que ĂŠ tirar um voo a Punta Cana e meter um para Cuba. Vamos voltar a Cuba a partir de março, de-­ pois de termos estado uns anos sem voar para lĂĄ. Estamos com muita expetativa e otimismo. Foi um ano complicado mas esperamos que 2013 nĂŁo seja mais di-­ fĂ­cil ou pior do que 2012. 3 7XULVPR s &RPR IRL VXSHUDGD D TXHVW½R GR FDSLWDO QRUWH DPHULFDQR TXH KÂť QR JUXSR TXH YRV LPSHGLD GH RSHUDU HP &XED"

( 2 – Estamos neste momento num processo de mu-­ dança de estrutura acionista em que sai a Carlyle, ou ĂŽFD FRP XP FDSLWDO SHTXHQR H HQWUDP RXWURV DFLRQLV-­ tas com os quais nĂŁo haverĂĄ problemas em operar para Cuba. 3 7XULVPR s $ 2UL]RQLD YDL FRQVHJXLU HVFDSDU VHP WHU GH HQFHUUDU DOJXPD DJĂ„QFLD" ( 2 – A Orizonia nĂŁo ĂŠ uma empresa autista. NĂŁo ĂŠ di-­ ferente das outras. Estamos a trabalhar num plano e jĂĄ passĂĄmos uma primeira fase com a rede de agĂŞncias de viagens Vibo onde estamos a fechar e fundir algumas lojas. O que estamos a tentar fazer ĂŠ fundir agĂŞncias dois em um, manter os clientes e desta forma reduzi-­ mos gastos de rendas e de algum pessoal no processo. No resto, estamos a tentar ajustar-­nos Ă realidade da si-­ tuação de vendas que existe. 3 7XULVPR s ,VWR VXFHGH D QÇYHO LEĂƒULFRf ( 2 – Sim a nĂ­vel ibĂŠrico. O que se faz em Espanha tam-­ EĂƒP VH ID] HP 3RUWXJDO SRUTXH DR ĂŽP DR FDER D 2UL]R-­ QLD HP 3RUWXJDO IXQFLRQD FRPR XPD ĂŽOLDO GD FDVD P½H em Espanha e as decisĂľes que se tomam sĂŁo mais ou menos comuns atĂŠ porque a evolução dos mercados em Espanha e Portugal ĂŠ muito semelhante. A crise estĂĄ a atingir os dois paĂ­ses. Um recebeu intervenção, o outro ainda nĂŁo ‌ em teoria‌ mas os planos de ajustamentos sĂŁo os mesmos. O consumo estĂĄ em queda tanto em Es-­ panha como em Portugal e isso estĂĄ a obrigar-­nos a ter menos operaçþes aĂŠreas, menos rotas, menos destinos. 3 7XULVPR s (VWD FULVH PXGRX R WXULVPR WDO FRPR R FR-­ QKHFHPRV" &RPR YĂ„ R WXULVWD GH " ( 2 – O que estĂĄ a mudar um pouco sĂŁo os hĂĄbitos de compra. Antes havia uma percentagem muito im-­

uma mĂĄquina nĂŁo transmite uma vivĂŞncia da mesma forma que uma pessoa que as conta com paixĂŁo


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$OWHUDo}HV GH FRPSRUWDPHQWR GRV FOLHQWHV GHYLGR D XPD FULVH TXH DIHWD R FRQVXPR OHYRX D 2UL]RQLD D XPD LQWHUUXSomR GD RSHUDomR para as Caraíbas durante dois meses do Inverno

portante da população que sabia exatamente quando queria ir de férias e qual o destino, e havia muito mais vendas antecipadas do que existe agora. Antes 20% a 25% das vendas eram geradas pelas reservas anteci-­ padas. Os clientes iam a uma agência de viagens em março, abril ou maio e reservavam as suas férias. O que estamos a observar é que as compras atrasam-­se para cada vez mais tarde. Por um lado, as vendas dos clien-­ tes que sabiam exatamente onde queriam ir e quando, baixaram bastante e por outro, os clientes que deci-­ dem à última hora estão a aumentar muitíssimo. Também o preço é um fator chave de decisão. Antes as pessoas decidiam mais o destino por gosto ou por ape-­ tência e hoje decidem mais pelo orçamento familiar dis-­ ponível para as férias. Nós este ano vimos que os desti-­ nos de médio curso, como Saidia, Tunísia, etc, foram os que se venderam com muita antecipação e muito bem. Aqueles destinos onde o valor da viagem era mais eleva-­ do, como as Caraíbas, os clientes esperaram mais tem-­ po, para ver se saíam ofertas de última hora. 3 7XULVPR s 3RGH GL]HU VH HQW½R TXH K» XPD DOWHUDÁ½R GH FRPSRUWDPHQWRVf

( 2 – Sim há uma alteração, mas é também pela inse-­ gurança que temos em geral sobre o que vai acontecer DPDQK½ 1½R YHPRV XP îP º FULVH 1½R VH GL] DFDED hoje e amanhã estamos em recuperação. Não sabemos até onde vai e isto gera, queiramos ou não, uma grande inquietação no consumidor que vive numa grande ex-­ petativa. 3 7XULVPR s 'H UHJUHVVR DR ,QYHUQR 4XDLV V½R RV SURGX-­ WRV TXH HVW½R FRP PDLV VDÇGD" ( 2 – Durante o Inverno e até início de janeiro teremos uma operação triangular das Caraíbas que faz Punta Cana e México. Pela primeira vez voamos com um avião grande da Orbest, com 388 lugares. Depois em janeiro e fevereiro passamos a ter a operação via Madrid, deixa-­ mos de voar diretamente de Lisboa. Em março começamos outra vez com um voo para o Mé-­ xico, um voo para Punta Cana e um para Cuba como já referi. No médio curso, vamos voar durante todo o In-­ verno para a Tunísia com a Tunisair, temos programação organizada com saídas de Lisboa. Mantemos também toda a programação de Cabo Verde, com o voo para a Boavista.


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hĂĄ muitas agĂŞncias de viagens, demasiadas para os clientes que existem e que estamos num processo de ajuste que eu acho que ainda nĂŁo terminou. A crise irĂĄ levar ao encerramento de mais

Como novidade deste ano temos as ilhas CanĂĄrias, que pensamos como um destino refĂşgio que estĂĄ perto, a duas horas e meia de voo, que tem uma temperatura boa. HĂĄ alguns anos que nĂŁo tĂ­nhamos um folheto fĂ­si-­ co da programação de Inverno para as CanĂĄrias e Bale-­ ares, embora o tivĂŠssemos virtual, e este ano voltĂĄmos a apostar e a verdade ĂŠ que estamos a ter procura no destino. 3 7XULVPR s &DVR D SURFXUD VHMD PXLWR IRUWH KÂť SRVVL-­ ELOLGDGH GH YROWDU D WHU D RSHUDà ½R GLUHWD GH /LVERD HP MDQHLUR H IHYHUHLUR" ( 2 – NĂŁo, a decisĂŁo estĂĄ tomada e temos bloqueios de lugares para poder levar os clientes a Madrid. Paramos dois meses e arrancamos em março. Janeiro e fevereiro sĂŁo meses difĂ­ceis. Historicamente apostĂĄvamos e mantĂ­nhamos os voos. Em fevereiro, de-­ pendendo de quando calhava o Carnaval, ajudava Ă ven-­ da de grupos e de algumas fĂŠrias, mas sĂŁo meses difĂ­ceis onde sofremos bastante e este ano decidimos nĂŁo voar pela situação actual. 3 7XULVPR s $OĂƒP GH &XED TXDLV VHU½R DV QRYLGDGHV SDUD R SUĂ?[LPR DQR" ( 2 – Como sabe temos uma companhia aĂŠrea que ĂŠ a Orbest a voar em Portugal. AtĂŠ agora temos tido um A330-­300 que voa para as CaraĂ­bas e estamos a pensar seriamente em trazer um aviĂŁo mais pequeno da frota, um A320, matriculado em Portugal, para poder voar SDUD RV GHVWLQRV GH PĂƒGLR FXUVR QR 9HU½R TXH ĂŽFDUÂť QR Porto. A ideia ĂŠ voar para as ilhas espanholas Baleares e CanĂĄrias com este aviĂŁo. Depois, para o resto da programação geral vamos man-­ ter Saidia, TunĂ­sia, as operaçþes para CanĂĄrias e Balea-­ res, CaraĂ­bas e Cabo Verde, no VerĂŁo tambĂŠm voamos do Porto e de Lisboa. A ideia ĂŠ manter a mesma programação que tivemos em 2012 com a diferença de Cuba em de vez de um voo de Punta Cana. 3 7XULVPR &RPR Ăƒ R FRPSRUWDPHQWR GR WXULVWD SRUWX-­ JXĂ„V HP FRPSDUDà ½R FRP R HVSDQKRO"

“LISBOA É UMA CIDADE MUITO CĂ“MODA PARA TRABALHARâ€? P. Turismo -­ Como vĂŞ Portugal? Gosta de viver aqui? ( 2 – É um paĂ­s que sempre gostei. Tive a sorte de hĂĄ 14 anos viver em Portugal, vim para um projeto que o grupo Marsans e Sonae montaram e fui dire-­ tor-­geral da Star Turismo. Vivi aqui durante quatro anos e deixou-­me boas recordaçþes. Casei e vim viver aqui com a minha PXOKHU H R PHX ĂŻOKR PDLV YHOKR TXH WHP DJRUD anos viveu aqui um ano. E agora, regressĂĄmos e a verdade ĂŠ que estamos muito contentes. Gostamos muito do paĂ­s, das pessoas, do clima, de tudo em geral. P. Turismo – O que ĂŠ que gosta mais de Portugal. ( 2 – Gosto muito da qualidade de vida‌ tirando a crise atual, que estĂĄ a complicar a vida a muita gente. Mas acho que Lisboa ĂŠ uma cidade cĂłmoda para trabalhar porque nĂŁo hĂĄ grandes distâncias SDUD LU GH XP ODGR SDUD RXWUR 1R ĂŻP GH VHPDQD KÂť facilidade de ir Ă praia, temos o mar aqui mesmo. HĂĄ muita facilidade para fazer desporto, e eu gosto muito de andar de bicicleta. P. Turismo – O que ĂŠ que acha dos portugueses? ( 2 – Vejo tambĂŠm que os portugueses estĂŁo muito mais abertos e jĂĄ nĂŁo os vejo tĂŁo diferentes dos es-­ panhĂłis. SĂŁo paĂ­ses diferentes e culturas diferentes mas no dia-­a-­dia sĂŁo parecidos. Mas ainda tenho GLĂŻFXOGDGHV FRP RV KRUÂťULRV GDV UHIHLĂ Ă?HVf WHU GH comer ao meio-­dia ou Ă uma da tarde mata-­me‌. P. Turismo – Como vĂŞ o seu futuro? ( 2 – Pois nĂŁo sei. NĂŁo sei quantos anos vou estar por cĂĄ. NĂŁo tenho uma data de regresso a Espanha. Depende de como vai evoluir a empresa, das ne-­ cessidades que esta tenha de mim em Portugal ou noutro paĂ­s.


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$ HVWUDWpJLD GD 2UL]RQLD SDUD D UHGH GH DJrQFLDV GH YLDJHQV 9LER p DSUR[LPDU R YHQGHGRU GR FOLHQWH SURSRUFLRQDQGR XPD PDLV YDOLD GH DVVHVVRULD SHUVRQDOL]DGD TXH DV UHVHUYDV DWUDYpV GD LQWHUQHW QmR GmR

( 2 – São muito semelhantes. Penso que o turista por-­ tuguês procura mais a praia. Os destinos onde a praia é um valor importante são aqueles que funcionam me-­ lhor. Acho que tem a ver com a temperatura da água. As praias em Portugal são fantásticas, o litoral é uma maravilha, o que acontece é que a temperatura da água não ajuda muito e o cliente procura essas praias boas, mas com uma temperatura mais quente. Em Portugal as Baleares são um destino-­estrela. Em termos de comportamento, a evolução que tiveram os dois mercados foi semelhante. Em Portugal antes também se reservava com bastante antecipação e de há dois anos para cá as compras atrasam-­se para a última hora. Em Espanha infelizmente está a acontecer o mes-­ mo. As compras são cada vez mais tarde. 3 7XULVPR s )DOHPRV XP SRXFR GD QRYD 9LER &RPR WHP VLGR D DFHLWDÁ½R GR QRYR FRQFHLWR SHOR PHUFDGR" ( 2 – Estamos muito contentes porque o que quería-­ mos na verdade era aproximar os clientes ao vendedor. $QWHV GH WRPDU HVWD GHFLV½R GH DOWHUDÁ½R GH PDUFD î]H-­ mos estudos, falámos com consultoras, vimos qual era o processo que os clientes gostavam menos dentro de uma viagem e concluímos que era precisamente o mo-­ mento em que tinha de ir a uma agência de viagens para comprar a viagem. Ou seja tinham uma boa recordação da pré-­viagem, quando estava a pensar e a sonhar onde queria ir;; da viagem e do pós-­viagem, mas da parte de ir comprar a viagem não, o que nos surpreendeu e pensá-­ mos que estávamos a fazer alguma coisa mal. Se nós nos dedicamos a vender viagens e é essa precisa-­

mente a pior recordação, algo tinha que mudar. O que estamos a tentar é aproximar o cliente ao vende-­ dor. Estamos num processo de remodelação de lojas, já mudámos algumas em que o cliente já não está senta-­ do à frente do vendedor, mas sim numa posição lateral. Queremos de alguma forma, tentar passar de vendedo-­ res a assessores, ou seja: a mais-­valia de uma agência presencial sobre uma online é a parte da assessoria onde o cliente pode ter mais informação, que também pode encontrar na internet, mas sem a vivência e a ex-­ periência do vendedor que esteve nesse destino e que lhe pode explicar como é a praia, onde estão os quios-­ ques de praia, as lojas, que foi a uma estância de esqui e lhe explica como é a neve... uma máquina não transmite uma vivência da mesma forma que uma pessoa que as conta com paixão. Este é o caminho que estamos a procurar fazer, de resto estamos a a investir muito a formar as pessoas, levando-­ as em fam-­trips, um pouco também para mudar inter-­ QDPHQWH SDUD HVWD îORVRîD 7HPRV GH YHQGHU YLDJHQV mas realmente temos de assessorar os clientes para que estes comprem nas lojas e não na internet. Se não formos capazes de dar um valor acrescentado, o único que vai prevalecer é o preço e teremos preços que não podemos manter perante uma ferramenta que é online, por causa dos custos que temos com as estru-­ turas, nas melhores cidades em locais muito caros, com o pessoal. 3 7XULVPR s &RPR HVW» R SURFHVVR GH UHPRGHODÁ½R GD UHGH 9LER"


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houve um boom da internet mas penso que o cliente a pouco e pouco estĂĄ a perceber que nem sempre ĂŠ bom negĂłcio comprar atravĂŠs da internet

( 2 – Devido Ă crise travĂĄmos um pouco todo o proces-­ so. JĂĄ hĂĄ algumas totalmente remodeladas, outras que estĂŁo parcialmente remodeladas e o objetivo ĂŠ ter toda a rede remodelada dentro de dois a trĂŞs anos. Atualmen-­ te estamos com mil pontos de venda entre rede prĂłpria, associadas, franchising na PenĂ­nsula IbĂŠrica dos quais mais de metade sĂŁo lojas prĂłprias. O processo de fusĂľes e ajuste deverĂĄ afetar entre 50 e 60 agĂŞncias, mas a ideia ĂŠ tambĂŠm continuar a crescer. Al-­ guns ajustes acontecem por ter duas lojas prĂłprias em SRSXODĂ Ă?HV SHTXHQDV TXH GLĂŽFLOPHQWH VH MXVWLĂŽFDP (P anos de bonança e por oportunidades de negĂłcio, fomos comprando e deu-­se o caso de termos duas lojas prĂł-­ prias em povoaçþes pequenas, ou com distâncias de 50 PHWURV XPD GD RXWUD (QTXDQWR DV YHQGDV HUDP ĂŻXLGDV fomos aguentando mas agora chegou o momento de racionalizar. Continuamos com a ideia de abrir mais lojas, continu-­ amos com o processo de franchising e associadas onde temos muita procura e hĂĄ gente interessada em abrir negĂłcios em ĂŠpoca de crise, de resto assinĂĄmos recen-­ temente dois novos contratos de franchise em Portugal. Mas nĂŁo pomos de parte a hipĂłtese de abrir lojas prĂł-­ prias se surgir um bom negĂłcio. 3 7XULVPR 2UL]RQLD H 7HOHIRQLFD YHQGHUDP D 5XPER MXQWDPHQWH FRP D 9LDMDU FRP DR JUXSR VXÇà R %UDYRĂ°\ PDV YDL FRQWLQXDU D VHU R IRUQHFHGRU GD DJĂ„QFLD RQOLQH" ( 2 – Sim dentro da venda hĂĄ um acordo onde Rumbo continuarĂĄ a ser uma parte importante nas vendas do grupo Orizonia. Ou seja continuarĂŁo a comprar aos ope-­ radores da casa. 3 7XULVPR 4XDO Ăƒ D LPSRUWÂźQFLD GR FDQDO RQOLQH SDUD 2UL]RQLD" ( 2 – É muito importante. NĂłs tĂ­nhamos a empresa a 50% com a TelefĂłnica, mas esta queria desinvestir e no momento atual de reestruturação interna apanhou-­nos XP SRXFR GH VXUSUHVD H Q½R SXGHPRV ĂŽFDU FRP RV por isso tivemos de vender a empresa. NĂłs acreditamos e queremos continuar a apostar no online que achamos que ĂŠ mais uma parte da distribuição. O presencial e o online vĂŁo conviver cada vez mais. Neste momento temos a Vibo.com com vendas online que tambĂŠm ĂŠ importante. Ou seja, alĂŠm da distribui-­ ção na rua, a rede tambĂŠm tem presença online e as re-­

“Estamos conscientes de que a um dado momento teremos que DEULU j YHQGD GLUHWD PDV VHPSUH VDOYDJXDUGDQGR DV DJrQFLDV GH YLDJHP ´ GL] (QGLND 2UPDHFKH

servas online tĂŞm crescido de ano para ano. Em Portugal tambĂŠm estamos a lançar o Vibo.pt que estamos a ajus-­ tar para funcionar a 100%. 3 7XULVPR &RPR YĂ„ DV UHVHUYDV GLUHWDV" ( 2 – Na Europa jĂĄ ĂŠ uma realidade e ĂŠ um debate ve-­ lho dentro da Orizonia e que esteve em discussĂŁo mui-­ tas vezes. NĂłs acreditamos que a mĂŠdio prazo terĂĄ que ser mais um canal de distribuição, mas atualmente nĂŁo temos previsto, enquanto Orizonia – Operação TurĂ­stica, ter vendas diretas. 3 7XULVPR s +Âť PXLWDV GLVFXVVĂ?HV VREUH TXDO VHUÂť PDLV UHQWÂťYHOf ( 2 s $FKR TXH DR ĂŽP DR FDER V½R GRLV FDQDLV GH GLV-­ tribuição e que um nĂŁo pode viver sem o outro, ou seja um grupo nĂŁo pode viver sem os dois tipos de venda. É rentĂĄvel a presencial pelo que falĂĄmos antes, de asses-­ soria, de serviços, de proximidade ao cliente. Os custos, a margem ĂŠ mais alta do que nos online onde nĂŁo hĂĄ serviços, onde a venda ĂŠ mais neutra. Estamos conscientes de que a um dado momento tere-­ mos que abrir Ă venda direta mas sempre salvaguardan-­ do as agĂŞncias de viagem. O produto Orizonia jĂĄ ĂŠ distri-­ buĂ­do atravĂŠs do online. De qualquer forma tentamos ressalvar que os preços atravĂŠs da distribuição online sejam os mesmos da distribuição tradicional. Os nossos preços de venda estĂŁo tutelados pela Orizonia. Se ve-­


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vamos ter de conquistar todas as pessoas que agora sĂŁo jovens de 19 ou 20 anos, que nunca pisaram uma agĂŞncia de viagens na vida

Mais do que uma alteração de modelo Ê uma alteração de posicionamento porque muitas vezes chegamos à conclusão que esta gente jovem entra numa agência de viagens quando tem de comprar a sua lua-­de-­mel, aos 28, 30 anos e få-­lo por uma questão de segurança, SRUTXH FRPSUD XPD YLDJHP D XP SURÎVVLRQDO TXH G uma boa orientação... Se calhar em viagens anteriores, não dava a importância que lhe tinha que dar e ia um pouco à aventura. O que temos que fazer Ê diminuir a idade com que os jovens vão à agência pela primeira vez. Que veja que compensa a pouca diferença que pos-­ sa existir em relação à internet, que Ê o nosso grande concorrente. Aliås, atualmente conseguem encontrar-­ se ofertas melhores em agências de viagens do que na internet. Houve um boom da internet mas penso que o cliente a pouco e pouco estå a perceber que nem sem-­ pre Ê bom negócio comprar atravÊs da internet. 2 GLUHWRU JHUDO GD 2UL]RQLD 3RUWXJDO GHIHQGH TXH p SUHFLVR FRQTXLVWDU RV FOLHQWHV PDLV MRYHQV KDELWXDGRV D ID]HUHP DV VXDV UHVHUYDV RQOLQH

mos que alguĂŠm nĂŁo cumpre as condiçþes de vendas retiramos-­lhe essas condiçþes. NĂŁo permitimos que se venda abaixo das condiçþes que pomos. 3 7XULVPR &RPR YĂ„ DV DJĂ„QFLDV GH YLDJHQV GD DWXDOL-­ GDGH H GR IXWXUR" ( 2 – Penso que o modelo terĂĄ que ir evoluindo. Acho que hĂĄ muitas agĂŞncias de viagens, demasiadas para os clientes que existem. Estamos num processo de ajuste que eu acho que ainda nĂŁo terminou. A crise irĂĄ levar ao encerramento de mais. E acho que a evolução deverĂĄ ir no sentido de dar mais serviço ao cliente. Temos que dar essa mais-­valia ao FOLHQWH SDUD TXH HVWH FRQWLQXH D FRQĂŽDU HP QĂ?V Vamos ter de conquistar todas as pessoas que agora sĂŁo jovens de 19 ou 20 anos, que nunca pisaram uma agĂŞncia de viagens na vida. Vamos ter de os conquistar para nĂŁo corrermos o risco de ter um corte de geraçþes muito importante. O que a Vibo estĂĄ a pensar ĂŠ ver como ĂŠ que se conquis-­ ta esta gente jovem para que elas venham Ă s agĂŞncias de viagens em vez de comprarem na internet.

3 7XULVPR s &RPR OKH SDUHFH D FRPXQLFDà ½R W½R LQV-­ WDQWÂźQHD TXH H[LVWH HP TXH RV IDFWRV V½R WUDQVPLWL-­ GRV D XPD JUDQGH YHORFLGDGH" ( 2 – A globalização que existe ĂŠ boa e ĂŠ mĂĄ porque tudo nos afeta. Qualquer acontecimento tem um im-­ pacto, um terramoto, um atentado‌ As pessoas nĂŁo querem complicaçþes, querem ir de fĂŠrias para desfru-­ tar e entĂŁo houve destinos, como o caso da TunĂ­sia, que em Portugal era um destino-­estrela, que desapareceu por causa da revolução. PassĂĄmos de transportar 15 mil passageiros ao ano a nĂŁo ir ninguĂŠm. 3 7XULVPR s ( DV UHGHV VRFLDLV" 4XDO Ăƒ D UHODà ½R GD 2UL-­ ]RQLD FRP HVWH WLSR GH FRPXQLFDà ½R" ( 2 – Dentro do que ĂŠ a empresa jĂĄ estamos nas re-­ des sociais. Em Portugal a Vibo jĂĄ estĂĄ no Facebook e no Twitter, fazemos concursos, mantemos uma comu-­ QLFDà ½R ĂŻXLGD H GH IDFWR HQWUDP QRV PXLWDV UHVHUYDV atravĂŠs do Facebook. Temos um departamento na cen-­ tral que atende todo o Facebook. HĂĄ muitos pedidos de reservas que nos chegam atravĂŠs dali. Em Portugal estamos quase a lançar tambĂŠm toda a parte de opera-­ dores no Facebook. Convivemos com as redes sociais e achamos que tĂŞm cada vez mais importância. Gera-­se uma grande dinâmica e a grande comunicação obri-­ ga a ter ainda uma maior preocupação em fazer tudo bem. Tudo se sabe. Q


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