São Paulo, 11 de dezembro de 2012
O Prêmio ECO chegou aos trinta anos em 2012 como o principal reconhecimento de práticas empresariais de sustentabilidade no Brasil. Lançado pela Amcham em 1982, mobilizou desde então nada menos que 2.117 companhias. Elas foram responsáveis pela inscrição de 2.630 projetos, tendo 240 sido premiados. Neste ano, o Prêmio ECO ampliou a quantidade de projetos condecorados. Em cada categoria, passaram a ser cinco os vencedores: três de grandes em-
Modalidade/ Categoria Estratégia, Liderança, Inovação e Sustentabilidade
presas e dois de pequenas e médias. As modalidades permaneceram as mesmas de 2011: ‘Estratégia, Liderança, Inovação e Sustentabilidade’, que reconhece os melhores modelos de negócios e estratégias que incorporam a sustentabilidade, e ‘Práticas de Sustentabilidade’ – subdividida nas categorias ‘Sustentabilidade em Produtos ou Serviços’ e ‘Sustentabilidade em Processos’. Foram treze as empresas ganhadoras. Conheça cada case clicando sobre o nome da companhia:
Porte
Empresa
Grande
IBM
Grande
Grande
Schneider Electric do Brasil
Pequeno e médio
Vedic/ Surya Brasil
Grande
Embraer
Pequeno e médio Grande
Sustentabilidade em Produtos ou Serviços
Pontal Engenharia Duratex
Grande
Santander
Pequeno e médio
Vedic/ Surya Brasil
Grande
Diageo
Pequeno e médio Grande
Sustentabilidade em Processos
Elektro
Precon
BDF Nivea
Grande
Procempa
Pequeno e médio
Pontal Engenharia
Pequeno e médio
Korin
Na cerimônia de reconhecimento dos vencedores, em 11/12, houve espaço para relembrar a história da premiação e sua contribuição para o desenvolvimento de uma cultura de sustentabilidade no Brasil. Também, três convidados especiais trataram de desafios da sustentabilidade e reforçaram a importância do prêmio: Francisco Gaetani, secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, e os professores da Universidade de São Paulo Ricardo Abramovay e Jacques Marcovitch. Saiba mais sobre a cerimônia aqui.
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Cerimônia do Prêmio ECO 2012 reconhece vencedores e reforça importância de ‘DNA verde’ nas empresas Durante décadas, o desenvolvimento econômico foi tido como incompatível com a preservação ambiental, mas cada vez mais fica claro que é possível crescer de forma sustentável, como mostram os cases vencedores do Prêmio ECO 2012, reconhecidos em cerimônia no dia 11/12 realizada na Amcham-São Paulo.
Características dos vencedores Ricardo Abramovay, professor da Universidade de São Paulo, ressaltou que as empresas vencedoras do Prêmio ECO 2012 têm como característica comum mostrar que é possível operar com menos recursos e que é fundamental ter lideranças
“Por muito tempo, houve um antagonismo, uma percepção de que as agendas de desenvolvimento econômico e sustentabilidade eram diferentes. Isso é página virada. No Brasil, a agenda ambiental vem ascendendo de forma irreversível e inevitável. Grande parte do setor empresarial já percebeu a relevância do ‘DNA verde’”, afirmou Francisco Gaetani, secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente.
conscientes do tema da sustentabilidade e apoiar o diálogo com stakeholders – ou seja, as partes interessadas no negócio. “Esses cases só existem porque houve deliberadamente vontade de promover mudanças. É importante fazer dos negócios um meio de gerar transformações”, afirmou. Abramovay também propôs algumas reflexões
Ele, que representou a ministra Izabella Teixeira no evento, considera que o Brasil está no caminho para encontrar o equilíbrio de desenvolvimento econômico com preservação do meio ambiente e
às empresas, passando por temas como contribuir para a redução da desigualdade social por meio de um modelo de negócios que traga benefícios sociais.
inclusão social.
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Enfrentamento interno e externo dos desafios
que inovam com sucesso precisam contar a outros o que estão fazendo e como estão fazendo.”
Eduardo Wanick, presidente e CEO da DuPont América Latina e presidente do Conselho de Administração da Amcham, destacou na cerimônia que o mundo passa por um período “absolutamente sem precedentes na história em termos da pressão sobre os recursos do planeta”. O desafio para a sociedade e para as empresas é fazer com que o crescimento econômico, que é muito necessário, seja sustentável em um planeta com recursos limitados, defendeu. A avaliação do executivo é de que as empresas têm duas formas de enfrentar esse desafio: “internamente, através da redução da chamada pegada ambiental da própria companhia, e externamente, usando a sustentabilidade como oportunidade de negócios, ajudando os clientes a serem mais sustentáveis também.”
Disseminação de práticas
Gabriel Rico, CEO da Amcham, a seu turno, ressaltou que a Amcham, por meio do Prêmio ECO e de outras iniciativas na área de sustentabilidade, tem contribuído para a disseminação do tema no País. Entre as ações lembradas por ele, estão levar conceitos de sustentabilidade às unidades regionais da entidade espalhadas pelo País, e o processo em curso de adequação do prédio da sede da Amcham em São Paulo para ser reconhecido como um green building.
Convidados especiais anteriores Já prestigiaram a cerimônia do Prêmio ECO, como convidados especiais, nomes como o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso; a ex-primeira ministra da Noruega e criadora do conceito de Desenvolvimento Sustentável, Gro Harlem Brundtland; Al Gore, vice-presidente dos Estados Unidos na gestão Bill Clinton (1993-2001) e ganha-
Jacques Marcovitch, professor da Universidade de São Paulo (USP), por sua vez, recomendou como fundamental para o desenvolvimento sustentável um maior compartilhamento de ideias e projetos bem-sucedidos. “Nossos desafios passam por disseminar generosamente essas práticas”, avalia. “Os
dor do Prêmio Nobel da Paz em 2007; e, em 2010, Jeremy Rifkin, economista, mentor da Terceira Revolução Industrial e autor de 17 bestsellers sobre sustentabilidade. Em 2011, Marina Silva, ex-ministra do Meio Ambiente e então candidata à Presidência da República, também esteve presente.
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Distribuidora de energia Elektro aposta em fontes limpas e recebe Prêmio ECO 2012 na modalidade ‘Estratégia, Liderança, Inovação e Sustentabilidade’ Energia limpa é um dos lemas da Elektro, a oitava maior distribuidora de energia do Brasil e uma das três principais do Estado de São Paulo. A empresa, que adotou em sua sede na cidade de Campinas (interior de SP) uma política de só consumir eletricidade de fontes renováveis, é uma das vencedoras do Prêmio ECO 2012 na modalidade Estratégia, Liderança, Inovação e Sustentabilidade (Elis), entre concorrentes de grande porte. Na sede, a Elektro emprega energia produzida em usinas eólicas e de biomassa e em pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). Além disso, a companhia controla a emissão de gás carbônico de seus veículos e está desenvolvendo um óleo isolante a partir do milho para uso em transformadores, religadores e chaves de distribuição, entre outras ações. A sede segue padrões de uso responsável da energia e conta com equipamentos como reguladores de vazão de água. A empresa também adota sistemas de desligamento automático das lâmpadas no período noturno. Atualmente, a Elektro desenvolve o projeto de óleo vegetal isolante de milho para transformadores, religadores e chaves de distribuição. Estes equipamentos costumam usar óleo mineral, mas a companhia busca uma alternativa renovável e biodegradável para o insumo. Rogério Martins, gerente executivo de Sustentabilidade da Elektro, diz que os produtos estão em testes tanto de viabilidade quanto de segurança operacional, ainda sem previsão para começarem a ser usados. Programas de controle de emissões dos veículos e dos geradores elétricos a diesel das subestações também fazem parte das medidas da empresa buscando atuação mais sustentável. As emissões são monitoradas. Além disso, a companhia incentiva o uso de etanol e diesel S50 (com baixo teor de poluentes, como enxofre) em sua frota. “Acreditamos que sustentabilidade é uma questão de responsabilidade e atitude”, afirma Martins. “Esse prêmio é o resultado do trabalho que demonstra o nosso compromisso com a melhoria contínua.”
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IBM leva Prêmio ECO 2012 na modalidade ‘Estratégia, Liderança, Inovação e Sustentabilidade’ por desenvolver lideranças para a sustentabilidade A formação de líderes com visão sistêmica e integrada, aptos a contribuir para a construção de um planeta mais inteligente, em um cenário globalmente integrado, é um dos grandes desafios da IBM. A empresa investe nessa área por meio de programas que ajudam na capacitação de profissionais, ao mesmo tempo em que apoiam o desenvolvimento de organizações e regiões em várias partes do mundo. Esse trabalho garantiu à IBM um dos troféus do Prêmio ECO 2012 na modalidade Estratégia, Liderança, Inovação e Sustentabilidade (Elis), entre companhias de grande porte.
Líderes Com o programa Corporate Services Corps, lançado em 2008, a IBM promove a formação de líderes por meio de imersão em diferentes culturas e desenvolvimento de trabalhos em cooperação. Um grupo de funcionários das mais diversas unidades da empresa trabalha durante três a quatro semanas em cidades localizadas em mercados emergentes. As equipes devem compartilhar conhecimentos e modelos de gestão com organizações locais. A experiência visa a expor esses profissionais a situa-
ções novas em meio a recursos escassos, nas quais são estimulados a desenvolver novas capacidades e habilidades, como escutar melhor o cliente, criar uma proposta de valor e trabalhar em colaboração. Na avaliação de Alcely Barroso, executiva da área de Cidadania Corporativa da IBM Brasil, o programa é um tipo de interação “ganha-ganha”. “Todos os envolvidos colhem benefícios: a comunidade, ao resolver problemas concretos; os profissionais, por terem oportunidade de crescimento pessoal; e a IBM, ao desenvolver uma nova geração de líderes globais, adaptada à colaboração intercultural.” No Brasil, mais de 160 colaboradores de 25 países participaram do programa, atuando em 53 ONGs (organizações não-governamentais) nacionais. Funcionários da unidade brasileira também já foram enviados para trabalhos do tipo na África do Sul, em Gana e no Vietnã. Os resultados são equipes mais motivadas e preparadas: nove em cada dez participantes do programa concordam que aumentaram sua produtividade e sua capacidade de liderança e trabalho em equipe; e três em cada quatro destacam mais vontade de fazer carreira na IBM.
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Reciclar e reutilizar A estratégia da IBM também abarca cuidados com o meio ambiente e a redução de impactos operacionais. A reciclagem e a reutilização de materiais, sobretudo peças de hardware de computadores, servidores e outros equipamentos, são parte do trabalho. Por meio de um dos projetos, batizado de Big Green, a IBM alcançou economia de 80% no consumo de energia ao consolidar 3900 servidores em 30 mainframes. Outro exemplo, a divisão de Remarketing foca na comercialização de equipamentos recondicionados. Semanalmente, a IBM recebe 612 mil kg de maquinário no mundo todo. Destes, 90% são recondicionados e recolocados no mercado, e 10% vão para reciclagem.
A empresa também consegue reciclar 77% de todo o seu material de escritório descartado no Brasil. Entre os componentes de hardware (de cartuchos de impressora a baterias), 99,75% vão para coleta seletiva. Monitores inutilizados seguem para pontos de coleta segura, cujo objetivo principal é cuidar para que os componentes químicos do vidro não sejam destinados incorretamente.
Reconhecimento “O reconhecimento do Prêmio ECO, tão tradicional e conceituado, é muito gratificante. É um incentivo para continuarmos a ajudar a construir um planeta mais inteligente”, diz Alcely. “Para nós, mais do que a premiação, é importante saber que, por meio da divulgação e do alcance que o Prêmio ECO tem, podemos compartilhar nossa estratégia, inspirando mais pessoas, empresas e líderes”, completa ela.
Gestão eficiente de energia dá à Schneider Electric Prêmio ECO 2012 na modalidade ‘Estratégia, Liderança, Inovação e Sustentabilidade’ A multinacional de origem francesa Schneider Electric, que está no Brasil desde 1947, tem a sustentabilidade inserida em sua estratégia, oferecendo produtos voltados à gestão de energia e à eficiência energética. A empresa foi uma das ganhadoras do Prêmio ECO 2012 na modalidade Estratégia, Li-
derança, Inovação e Sustentabilidade (Elis), entre companhias de grande porte. A Schneider Electric atende os mais variados segmentos, com soluções de controle de energia tanto para fábricas quanto para escritórios e residências.
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Eficiência energética
redução das emissões da distribuição e do transporte dos produtos.
A visão da empresa se baseia em fazer mais utilizando menos recursos do planeta. A estratégia é disponibilizar produtos capazes de reduzir o custo da energia e baixar o índice de emissões de carbono das unidades de suas operações e das de seus clientes. A estimativa é de que, anualmente, a empresa contribua para uma economia de 5,1 mil toneladas de emissões de carbono e de R$ 14 milhões em energia elétrica, considerando seus clientes no País. Para a multinacional, sustentabilidade envolve colocar no mercado produtos e soluções que ajudam a reduzir o desperdício de energia e promover hábitos de produção e consumo mais conscientes, ao mesmo tempo ajudando no acesso a energia para pessoas que ainda não têm eletricidade, saneamento e água tratada. Todas as fábricas da companhia passam por um rigoroso controle de eficiência energética. “Temos dentro de casa tudo o que oferecemos aos clientes”, afirma Denise Lana Molina, gerente de Sustentabilidade da Schneider Electric. A companhia calcula que, para o Brasil, até 2014, conseguirá reduzir em 8% o consumo de energia elétrica e em 10% o índice de emissão de dióxido de carbono (CO2) proveniente dos transportes, bem como alcançar a marca de 75% de seu faturamento provenientes da venda de produtos da linha sustentável.
Distribuição, logística e sociedade Entre os principais desafios para a Schneider, está a
Para minimizar os efeitos das emissões na logística, a empresa substituiu o papel de eucalipto por material feito com cana-de-açúcar, e os paletes de madeira por um modelo de papelão, que dispensa o uso de defensivos (na plantação das árvores) e oferece maiores possibilidades de reciclagem. A empresa também buscou ampliar a eficiência energética para a rede de distribuição. Em 2011, foi criado o Programa de Eficiência Energética no Canal Distribuidor para oferecer soluções que ajudam o cliente a obter resultados rápidos da redução no custo da energia, otimizando sistemas de ar-condicionado, iluminação e partida de motores, ensinando a medir e comprovar os resultados. A estimativa é de que o custo operacional de quem aplica essas medidas caia por volta de 30%. O projeto de Instruções de Fim de Vida, voltado ao cliente final, orienta como reciclar os produtos em fase de descarte, o que reduz ainda mais o impacto ambiental. Para a Schneider, a sustentabilidade é parte do negócio e eixo da estratégia. Essa visão aparece também na responsabilidade social, com metas como fornecer a 1 milhão de residências acesso à eletricidade e formar mais de 30 mil pessoas de baixa renda em profissões relacionadas ao setor. O Prêmio ECO é um reconhecimento que vem para consolidar o esforço da companhia. “É uma conquista imensa, dado o desafio que temos nas mãos: somos a primeira subsidiária do grupo a ter esse tipo de projeto-piloto. É um trabalho de curto prazo e intenso que demonstra sucesso”, diz Denise.
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Pontal Engenharia ganha dois troféus do Prêmio ECO 2012: ‘Estratégia, Liderança, Inovação e Sustentabilidade’ e ‘Sustentabilidade em Processos’ A Pontal Engenharia, de Goiás, pelo segundo ano consecutivo está entre os vencedores do Prêmio ECO. Na edição 2012, a construtora ganhou na modalidade Estratégia, Liderança, Inovação e Sustentabilidade (Elis) e também na categoria Sustentabilidade em Processos da modalidade Práticas de Sustentabilidade, entre os concorrentes de pequeno e médio portes. Na modalidade Elis, a Pontal conquistou a vitória por adotar e disseminar um novo paradigma de gestão pautado na sustentabilidade. Já a premiação na categoria Sustentabilidade em Processos se deu pelo desenvolvimento de alternativas para redução de resíduos e para reuso de materiais descartados. Tijolos feitos com restos de obras são a peça-chave do programa que busca zerar a geração de resíduos. O projeto trouxe uma economia de R$ 500 mil para a mais recente obra de edifícios residenciais da empresa. Em 2011, a Pontal Engenharia ganhou dois troféus do Prêmio ECO – também um na modalidade Elis e um na categoria Sustentabilidade em Processos da modalidade Práticas de Sustentabilidade.
Reaproveitamento de materiais Os ganhos ambientais fazem parte das metas propagadas em toda a construtora, contando com o envolvimento tanto dos gestores quanto dos colaboradores.
O projeto Produção Mais Limpa e Sustentável com Resíduo Zero foi criado pela alta liderança da empresa com a equipe que trabalha diretamente na construção. Uma miniusina montada nos canteiros tritura o entulho gerado na obra, principalmente resíduos chamados de classe A – considerados não perigosos e não inertes (que não mudam de composição ao longo do tempo). É o caso, na construção, de canaletas, blocos e pedras, plásticos poliuretano e polietileno, fibras de vidro, borrachas, gesso, argamassa e afins. Ivo Correia Faria, diretor executivo da Pontal Engenharia, salienta que a vantagem é poder substituir o uso dos tijolos cerâmicos na obra. “Eliminamos a caçamba de entulho ao reutilizar restos de argamassa, blocos e concreto, reduzindo resíduos e prolongando, assim, a vida de aterros sanitários”, afirma. O agregado de materiais resultante da trituração pode ser destinado à fabricação de concreto não estrutural (usado para enchimento e regularização de lajes e pisos bem como para isolamento térmico e acústico) ou blocos. Uma máquina instalada no local da obra é capaz de fabricar na hora esses tijolos. O processo ajuda a economizar em torno de 25% dos agregados comumente utilizados na obra, e a meta da empresa é zerar o descarte de resíduos classe A. “Os próximos passos da empresa são reaproveitar o
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gesso e, em um projeto que estamos desenvolvendo com uma universidade, reutilizar até o saco do cimento para produção de argamassa”, explica Faria. A Pontal também coloca em prática outras iniciativas durante a fase de construção, como a substituição de lâmpadas do canteiro por luzes mais econômicas e a troca das caixas de descarga por outras com menor capacidade e mesma potência de descarte. Até a madeira empregada em andaimes e bancos durante a construção é doada para reutilização na fabricação de instrumentos musicais. Metais e papéis são totalmente recolhidos e vendidos ou doados para reciclagem.
Apartamento sustentável Os imóveis construídos pela Pontal trazem a marca da sustentabilidade, projetados para proporcionar economia nas contas de água, luz e condomínio. Os telhados dos prédios captam água da chuva, que é armazenada em reservatórios específicos e distribuída por tubulação independente para uso em bacias
sanitárias dos apartamentos e na área comum em torneiras de jardins e limpeza, o que permite poupar de 30% a 40% dos gastos com água. Os vasos sanitários têm duplo acionamento de descarga, para líquidos e sólidos. As torres possuem aquecimento de água por energia solar. E, nas áreas comuns, lâmpadas econômicas de baixo consumo e sensores de presença racionalizam o uso da eletricidade. Para a Pontal, os colaboradores são essenciais para o sucesso dos projetos. Por isso, a construtora oferece um pacote de benefícios que inclui participação nos lucros e ginástica laboral, prioriza a mão de obra própria e promove capacitação dos profissionais, além de doar materiais para a reforma da moradia dos trabalhadores. “Sustentabilidade, para nós, é uma maneira de gerir o negócio no aspecto financeiro, social, ambiental e de qualidade. Resumindo, é buscar a melhor maneira de chegar a uma solução com o menor impacto possível”, aponta Faria. “Ainda mais por sermos uma empresa de pequeno porte, é com muita satisfação que recebemos mais uma vez o Prêmio ECO.”
Surya Brasil leva dois troféus do Prêmio ECO 2012 por inserir sustentabilidade em sua estratégia e seus produtos Cosméticos veganos, naturais e orgânicos. Este é o negócio da Surya Brasil, vencedora de dois troféus do Prêmio ECO 2012, na modalidade Estratégia, Liderança, Inovação e Sustentabilidade (Elis) e na categoria Sustentabilidade em Produtos da modali-
dade Práticas de Sustentabilidade, entre os concorrentes de pequeno e médio portes. Na modalidade Elis, a Surya Brasil conquistou o prêmio com a aplicação do conceito da sustentabi-
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lidade quântica, que visa a instituir mudanças individuais e coletivas na relação entre pensamento, vida e experiência. A companhia trabalha constantemente na conscientização de seus colaboradores procurando gerar qualidade de vida no trabalho e estimulando a criatividade. Na categoria Sustentabilidade em Produtos, a vitória veio pelos produtos veganos orgânicos que a companhia desenvolve, com a preocupação de que o conceito de sustentabilidade envolva toda a cadeia de produção e os stakeholders. A Surya Brasil participa pelo quarto ano seguido no Prêmio ECO. A empresa, inscrita sob o nome Vedic Hindus, já havia ganhado o Prêmio ECO em 2009, na antiga modalidade Sustentabilidade no Modelo de Negócios.
Beleza sustentável A Surya Brasil, fundada em 1995, tem uma fábrica no bairro do Butantã (Zona Oeste de São Paulo) e um spa na Vila Mariana (Zona Sul de São Paulo) onde oferece cursos e vende seus produtos. A empresa também tem representações nos Estados Unidos e na Índia, e vende seus produtos a mais de 20 países, incluindo europeus e asiáticos. A ética e a transparência são as bases do respeito ao consumidor, à vida, ao planeta e à sociedade, buscando alternativas na fabricação de produtos de beleza. Xampus, cremes e tinturas para cabelos, cremes para as mãos e para o corpo, esmaltes de unha e batons fazem parte do mix. Além de não testar nenhum de seus itens em animais, a Surya Brasil baniu as matérias-primas vindas dos bichos. A empresa também busca a sustentabilidade em seus fornecedores de matérias-primas, preferindo materiais como
fibra de coco e plásticos com menor tempo de biodegradação. O consumidor entra na cadeia de geração de valor ao devolver as embalagens dos produtos. O “Projeto Desconto”, em implementação, deve garantir aos clientes abatimento no preço de novas compras da linha.
Práticas da organização As práticas com preocupação socioambiental da empresa se estendem desde a produção até o engajamento dos colaboradores e fornecedores. Para a empresa, “a conscientização é a base de toda a existência”. Entre as ações realizadas com foco nos funcionários, estão cafés da manhã veganos e orgânicos, e atividades como ioga e jogos cooperativos. As operações da empresa buscam minimizar o impacto ambiental por meio de projetos como captação de água da chuva (usado na fábrica de SP), com reaproveitamento na limpeza e na descarga dos banheiros. Além disso, há programas de reciclagem de embalagens e outros resíduos de escritório, assim como adaptação dos sistemas de aquecimento para o aproveitamento da energia solar e de um ‘teto verde’ – uma cobertura vegetal construída para reduzir as temperaturas do ambiente interno. Segundo Clélia Angelon, fundadora da Surya Brasil, um reconhecimento como o Prêmio ECO mostra que a empresa está alcançando seu objetivo de estar sempre em evolução. “É uma oportunidade de sermos reconhecidos e mostra que o ser humano procura saúde e busca viver bem”, diz. “Quando começamos, nossa empresa era chamada de vegana e achávamos que éramos mais uma ONG [organização não governamental] do que empresa. Hoje já é grande o número de companhias que não fazem mais testes em animais.”
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Economia de água propiciada por sistema de descarga sanitária dá Prêmio ECO 2012 à Duratex na categoria ‘Sustentabilidade em Produtos ou Serviços’ Com uma válvula de descarga sanitária que permite economia de até 60% de água em comparação com os sistemas tradicionais, a Duratex conquistou um dos troféus do Prêmio ECO 2012 na categoria Sustentabilidade em Produtos ou Serviços da modalidade Práticas de Sustentabilidade, entre grandes empresas. O desenvolvimento de produtos inovadores que aliam conceitos de sustentabilidade são os direcionadores da Deca, a área de negócios da Duratex responsável pela fabricação de metais e louças sanitárias. “Fazer produtos que economizam água é fácil. O desafio é oferecer a possibilidade de a pessoa usar a quantidade correta de água para determinado uso”, afirma Raul Penteado, diretor-geral da Divisão Deca.
Sem desperdício A válvula Hydra Duo, da Duratex, se diferencia dos concorrentes ao oferecer duas opções de acionamento de descarga: uma para dejetos líquidos, com vazão estimada de três litros, e outra completa, com o dobro da vazão (seis litros), para resíduos sólidos. Em média, o uso de descarga para limpeza de líquidos é de cinco vezes diárias contra uma de sólidos. Com atendimento correto das necessidades de vazão, a economia potencial de água chega a 60%.
O mecanismo de acionamento da válvula também evita o desperdício. Uma vez disparado, o dispositivo controla a vazão de água, mesmo que o usuário continue acionando a válvula além do tempo necessário. As inovações conceituais geraram várias patentes de invenção, melhoria de processos e desenho industrial. De acordo com a Duratex, o projeto partiu da premissa de aproveitar o parque de válvulas instalado, permitindo que os proprietários pudessem transformar as válvulas antigas em novas sem necessidade de reformas nos imóveis. A válvula Hydra Duo teve boa aceitação no mercado e, após cinco anos de seu lançamento, as vendas do produto representam cerca de 7% do volume e 15% do faturamento da linha de válvulas da Duratex. A válvula deve ganhar uma versão mais simples e barata, voltada às classes de menor renda, com previsão de lançamento para dezembro. A Deca também prepara novas versões de produtos ecologicamente corretos. Um deles já está disponível no mercado: uma ducha que consome menos água e busca proporcionar a mesma sensação de conforto que os chuveiros tradicionais. “Estamos desenvolvendo uma série de chuveiros com vazão restrita no banho. A satisfação está associada ao
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volume de água e, enquanto há chuveiros que gastam 20 litros por minuto, o nosso deve gastar seis litros, com grau de conforto bastante bom”, explica o executivo.
Reconhecimento O Prêmio ECO conquistado pela Deca é resul-
tado da adoção das práticas de sustentabilidade, avalia Penteado. “Praticamos sustentabilidade porque acreditamos nisso, e sermos reconhecidos por uma premiação relevante como o ECO é importante, mas também uma consequência dos nossos esforços”, diz ele.
Avião movido a etanol faz Embraer receber Prêmio ECO na categoria ‘Sustentabilidade em Produtos ou Serviços’ O Ipanema, primeiro avião movido a etanol, colocou a Embraer entre os ganhadores do Prêmio ECO 2012 na categoria Sustentabilidade em Produtos ou Serviços da modalidade Práticas de Sustentabilidade, entre empresas de grande porte. Líder no mercado de aviação agrícola, respondendo por aproximadamente 75% dessa frota brasileira, o Ipanema é utilizado para pulverizar lavouras, combater incêndios e produzir chuva [jogando nitrato de prata em nuvens]. Com mais de 30 anos no mercado, o Ipanema recebeu uma versão movida a etanol em 2005. A partir desse ano-base, a indústria aeronáutica – Embraer inclusa – se comprometeu a reduzir, até 2050, 50% das emissões globais produzidas. Desde então, 214 unidades do Ipanema a etanol foram comercializadas pela Embraer, além de mais de 200 kits de conversão de aviões mais antigos para o biocombustível.
A escolha do modelo pela Embraer se deveu à sua adaptabilidade e perspectiva de grande aceitação no mercado. “O motor do Ipanema é movido a pistão e funciona com etanol sem que seja necessário fazer grandes mudanças”, explicou Guilherme Freire, diretor de Estratégias e Tecnologias para o Meio Ambiente da Embraer. Além de ser mais barato que a gasolina de aviação (“AvGas”), o etanol melhora o desempenho geral do avião, reduzindo custos de operação e manutenção. Do ponto de vista tecnológico, os biocombustíveis aeronáuticos podem ser misturados ao similar fóssil com total compatibilidade, sem comprometer o funcionamento da aeronave.
Eficiência energética O etanol é menos agressivo ao meio ambiente porque não contém chumbo em sua composição, mas as vantagens vão além da sustentabilidade. A versão verde
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do Ipanema tem potência 7% superior, o que diminui a distância necessária para a decolagem. Outro ponto positivo é que um motor a etanol tem custos menores de manutenção, conforme a Embraer. A versão a etanol do Ipanema foi um sucesso tanto no aspecto tecnológico como comercial, e inspirou a Embraer a desenvolver outro projeto de combustível verde eficiente – querosene Jet A/A-1, o mais utilizado no mundo. No final de 2009, a Embraer, em parceria com a GE Aviation (unidade da GE que fabrica turbinas para aviões) e a Amyris Biotechnologies, começou a desenvolver um combustível a partir da fermentação da cana-de-açúcar brasileira para uso na aviação comercial de grande porte. Por meio de microorganismos modificados, a Amyris conseguiu converter açúcar em hidrocarbo-
neto, gerando um querosene renovável e com eficiência energética similar à do produto de origem fóssil. Esse bioquerosene foi usado junto com querosene convencional de aviação, na proporção de 50%, durante a conferência internacional do meio-ambiente Rio+20, em junho. O objetivo de testar a viabilidade do projeto foi alcançado e por isso os estudos para desenvolver o bioquerosene em escala comercial agora devem prosseguir. “Temos em nosso planejamento estratégico apoiar o desenvolvimento do transporte aéreo sustentável através do uso de combustível alternativo”, salienta Freire. Para ele, ser reconhecido pelo Prêmio ECO é um fator de estímulo. “Ficamos muito orgulhosos. Isso nos estimula a seguir com nossos projetos em sustentabilidade.”
Inclusão social por microcrédito coloca Banco Santander como um dos vencedores do Prêmio ECO 2012 na categoria ‘Sustentabilidade em Produtos ou Serviços’ A operação de microcrédito produtivo colocou o Banco Santander entre os vitoriosos do Prêmio ECO 2012 na categoria Sustentabilidade em Produtos ou Serviços da modalidade Práticas de Sustentabilidade, entre grandes empresas. O microcrédito do Santander foi criado em 2002 para emprestar recursos aos que não têm acesso às linhas convencionais de financiamento, e ainda oferecer orientação para alavancar os negócios dos
tomadores. O projeto se tornou lucrativo depois de 2009, e atualmente soma uma carteira de crédito de R$ 203 milhões e mais de 110 mil clientes no País. O modelo escolhido pelo banco foi o de financiamento produtivo, por entender que dessa forma os empreendedores de baixa renda têm oportunidade de transformar a comunidade em que vivem. De acordo com o Santander, aproximadamente 70% da renda gerada nesses empre-
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endimentos de pequeno porte circulam em suas regiões de entorno. O faturamento de uma pequena mercearia, por exemplo, se converte em renda pessoal do empreendedor. Por sua vez, ele concentra a maior parte de seu consumo no comércio e nos serviços da vizinhança, gerando um ciclo de desenvolvimento local. O banco também trabalha na recuperação de crédito por meio de diálogo com o cliente inadimplente a respeito de alternativas para alavancar o negócio e reverter o prejuízo. Em 2011, o índice de inadimplência de microcrédito girou em torno de 3%, abaixo do índice geral do banco (4,5%). Por meio do microcrédito, o Santander quer aumentar o nível de bancarização dos empreendedores.
“Estamos analisando o crescimento sustentável e a capacidade de empreender desses clientes para oferecer atendimento diferenciado e permitir seu desenvolvimento contínuo”, conta Jeronimo Ramos, superintendente da Santander Microcrédito.
Reconhecimento O reconhecimento de práticas sustentáveis empresariais contribui para a geração de valor das organizações, observa Malu Pinto, diretora executiva de Desenvolvimento Sustentável do Banco Santander. “O Prêmio ECO é um importante instrumento de mobilização, pois traz à luz casos que inspiram pessoas e empresas a promover práticas sustentáveis em seu dia a dia”, analisa a executiva.
Precon ganha Prêmio ECO 2012 na categoria ‘Sustentabilidade em Produtos ou Serviços’ com método de construção que reduz desperdício e aumenta produtividade A construtora Precon, do segmento de projetos padronizados de concreto, foi uma das empresas agraciadas com o Prêmio ECO 2012 na categoria Sustentabilidade em Produtos ou Serviços da modalidade Práticas de Sustentabilidade, entre concorrentes de pequeno e médio portes.
Para efeito de comparação, as construções padronizadas se assemelham à produção de uma montadora de automóveis. Há uma estrutura idêntica de concreto, a exemplo de um chassi, para todos os projetos. A diferença está no acabamento e nas áreas de lazer.
O projeto vencedor foi o ‘Solução Habitacional Precon (SHP): Inovação, Industrialização e Sustentabilidade’, um sistema de construção de prédios residenciais padronizados que diminui pela metade o prazo verificado em obras tradicionais sem perder qualidade.
“Dentro desse modelo inovador de industrialização, a sustentabilidade se faz presente na seleção de materiais, em técnicas produtivas e na menor geração de resíduos”, afirma Marcelo Monteiro de Miranda, CEO da Precon Engenharia.
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Diferenciais
e preços menores, o que lhe dá condições de ganhar maior velocidade de venda.
De acordo com a Precon, a redução do tempo de entrega das construções representa aumento de 100% na produtividade, usando menos mão de obra no canteiro e gerando menos resíduos. O método consiste em levantar moradias em série. A produção e a montagem de vigas, lajes, painéis e outros elementos é feita pela construtora e segue altos padrões de sustentabilidade e qualidade. O uso de soluções próprias de tecnologia permitiu maior eficiência na ligação entre os componentes da estrutura e reduziu o tempo de fabricação. O controle da venda final ao consumidor também é um diferencial competitivo. A construtora tem mais flexibilidade para oferecer prazos vantajosos
O SHP se mostrou bastante rentável para a Precon. Em 2011, ano de seu lançamento, o sistema contribuiu com 15% do faturamento da construtora. Em 2012, deve representar 50% da receita corporativa. A participação do SHP tende a aumentar ainda mais em 2013, ano em que se estima que o modelo padronizado responda por cerca de 60% a 70% do faturamento e da lucratividade da empresa. Através do exemplo, é possível disseminar práticas de sustentabilidade. “Acreditamos que a indústria da construção civil no País pode evoluir muito em práticas socioambientais. Com este exemplo, esperamos ajudar a puxar a fila do setor para um desenvolvimento mais sustentável”, observa Miranda.
Ações de sustentabilidade em pontos de venda dão Prêmio ECO 2012 à BDF Nivea na categoria ‘Sustentabilidade em Processos’ Ações buscando maior sustentabilidade em gôndolas, displays, cartazes, faixas, folhetos, adesivos, kits promocionais e outros itens de divulgação, publicidade e propaganda deram à fabricante de produtos de higiene BDF Nivea um dos troféus do Prêmio ECO 2012 na categoria Sustentabilidade em Processos da modalidade Práticas de Sustentabilidade, entre empresas de grande porte. O projeto vencedor aplicou conceitos de sustentabili-
dade aos materiais de ponto de venda. Segundo a BDF Nivea, os materiais de ponto de venda têm grande relevância para o negócio porque envolvem a principal forma de contato do consumidor com a marca. A iniciativa faz parte de uma ação batizada de “Nós Cuidamos”, que visa a atingir, entre outras metas, uma redução à metade do impacto ambiental dos produtos vendidos, por meio de um conjunto de medidas que engloba também a fase de produção.
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No que toca aos pontos de venda, contribui para o atingimento da meta o fato de que os displays e as pontas de gôndolas são feitos 100% com plástico PET reciclado.
restal) no caso de itens de origem florestal (papel, papelão, papel cartão etc.); utilizar materiais recicláveis e reciclados em mais etapas da produção; e adotar tintas sem solvente (à base água ou soja).
Para Mônica Longo, diretora de Recursos Humanos e Sustentabilidade da BDF Nivea, o desafio de aplicar o projeto sem alterar os preços foi liderado pelas áreas de Relações com Fornecedores e Compras. “O desafio foi conseguir preços competitivos junto aos fornecedores. De uma forma geral, o projeto de sustentabilidade no ponto de venda não implicou em aumento de custos”, diz ela.
Como próximos passos, a companhia reconhece que é preciso ainda fazer um trabalho mais próximos do clientes porque, atualmente, cerca de 90% dos materiais são descartados por eles. Até 2013, a BDF Nivea planeja estender a utilização dos materiais e melhorar sua destinação final (com ações como doações para cooperativas locais de catadores).
Metodologia
Reconhecimento
Iniciado em 2010, o projeto Sustentabilidade no Ponto de Venda da BDF Nivea uniu a área de Sustentabilidade com as de Compras Corporativas e Marketing de Varejo para levar as medidas adiante.
Um reconhecimento como o Prêmio ECO mostra, para a empresa, que há retorno em investir em ações de sustentabilidade.
A empresa definiu aplicar medidas como reduzir o peso dos materiais, assegurando a durabilidade; eliminar o uso de PVC; evitar o uso de isopor e acrílico; empregar material certificado FSC (Forest Stewardship Council – Conselho Brasileiro de Manejo Flo-
“Estamos muito honrados em receber um prêmio tão importante como este. Para nós, a conquista do Prêmio ECO significa o reconhecimento do trabalho de uma equipe dedicada que busca as melhores alternativas para atender os clientes e o desenvolvimento de ações que contribuam para a preservação do meio ambiente.”
Diageo vence Prêmio ECO 2012 na categoria ‘Sustentabilidade em Processos’ com programa de reciclagem de vidro que envolve toda a cadeia produtiva A iniciativa da fabricante de bebidas Diageo de destinar o vidro de garrafas para reciclagem responsável garantiu à empresa o Prêmio ECO 2012 na cate-
goria Sustentabilidade em Processos da modalidade ‘Práticas de Sustentabilidade’, entre concorrentes de grande porte.
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O projeto, chamado ‘Glass is Good’, é uma parceria com a fabricante de vidros Owens Illinois, a Cooperativa de catadores ViraLata e restaurantes, bares e casas noturnas. “O foco do programa está no vidro porque é o principal resíduo gerado pela nossa operação”, explica Tatiana Correia, gerente de Responsabilidade Social da Diageo para Brasil, Uruguai e Paraguai. Os estabelecimentos participantes separam e armazenam as garrafas e demais recipientes recicláveis para que a cooperativa os recolha. Em seguida, os resíduos de vidro são triturados e vendidos a preços de mercado para a indústria vidreira, que, por sua vez, os aproveita na produção de novas garrafas.
Engajamento da cadeia O diferencial do programa é engajar a cadeia produtiva – fornecedores, cooperativa e sociedade – na transformação de resíduos de vidro em novas embalagens. “Coletamos todo tipo de vidro, seja de outros produtos ou até dos concorrentes porque não faria sentido recolher apenas o nosso”, afirma Tatiana. O processo se enquadra na Lei 12.305/10, que estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos, e garante um ciclo de vida infinito aos recipientes de vidro. Do início do programa até outubro de 2012, foram recicladas 1,4 mil toneladas de vidro.
O descarte correto impede que as garrafas de vidro se acumulem no meio ambiente, gera renda aos cooperados e também contribui para a queda da emissão de gases de efeito estufa (CO2) na produção de novas embalagens. Há espaço para ampliar o programa, pois apenas 47% de todo material produzido pela indústria vidreira no Brasil são hoje reciclados. A decomposição do vidro na natureza leva mais de quatro mil anos e, devidamente tratado, pode ser reciclado total e infinitamente. De acordo com a Diageo, a iniciativa busca contribuir para a sustentabilidade por meio da conservação de matéria-prima e da redução do consumo de energia, emissão de CO2 e resíduos enviados a aterros sanitários. O projeto piloto foi iniciado em novembro de 2010 em São Paulo, e o programa foi ampliado recentemente para Recife. “Queremos consolidar a operação em Recife até o primeiro semestre de 2013, período em que pretendemos estender o projeto ao Rio de Janeiro e a Fortaleza”, revela Tatiana. Ganhar o Prêmio ECO é uma forma de validar os esforços em sustentabilidade e inspirar outras práticas de sustentabilidade, segundo a executiva da Diageo. “Ficamos honrados em receber o prêmio, por entender que ele é pioneiro e vem de uma época em que sustentabilidade nem era um termo conhecido.”
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Diário Oficial de Porto Alegre em meio eletrônico economiza 22 toneladas de papel, facilita acesso à informação e rende Prêmio ECO 2012 na categoria ‘Sustentabilidade em Processos’ à Procempa A Procempa, Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação de Porto Alegre, fez mais do que criar uma versão digital do Diário Oficial da cidade na internet. O desenvolvimento de uma nova plataforma eletrônica acelerou a produção editorial e permitiu economizar 22,7 toneladas de papel por ano, um trabalho reconhecido pelo Prêmio ECO 2012 na categoria Sustentabilidade em Processos da modalidade Práticas de Sustentabilidade, entre companhias de grande porte. “A maioria dos municípios tem uma versão eletrônica do impresso”, disse Marcelo Roennau Lemos, supervisor de Marketing da Procempa. “O que fizemos aqui foi criar um sistema que renovou os processos internos de produção, resultando em menos trabalho. Para o leitor, demos a oportunidade de ele pesquisar o que quer, sem precisar abrir arquivos imensos e só então começar a procurar”, acrescenta. O projeto, chamado de Diário Oficial Eletrônico de Porto Alegre (DOPA-e), é um dos reflexos da política de descentralização administrativa de Porto Alegre e possibilitou aos poderes Executivo e Legislativo da cidade se responsabilizarem pelo próprio conteúdo – e sua diagramação –, o que baixou o tempo de produção e divulgação do diário de dez dias para um.
No novo sistema, todos os temas cadastrados na plataforma até as 16 horas ficam disponíveis para consulta na internet a partir do dia seguinte. Além da rapidez na divulgação, garante-se a autenticidade do documento consultado, com uso de Certificação Digital. No último ano em que a versão impressa foi rodada, em 2010, a Prefeitura de Porto Alegre havia gasto R$ 400 mil e consumido 22,68 toneladas de papel. Quando o diário eletrônico passou a circular, essa despesa deixou de ser gerada.a O DOPA-e começou a tomar forma em 2009 e, após um período de testes, foi oficializado em 2011 como veículo principal de comunicação, publicidade e divulgação dos poderes Executivo e Legislativo de Porto Alegre. A migração da edição impressa para a online não significou apenas criar uma versão eletrônica do documento em PDF. A plataforma eletrônica estabeleceu mecanismos eficientes de busca, facilitando o acesso à edição do dia e às anteriores, desde a data de implementação. A ferramenta também permite a individualização de cada documento, com possibilidade de impressão.
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Para 2013, a Procempa estuda conectar o sistema ao RH. “Informações sobre promoções ou férias dos servidores devem entrar automaticamente no DOPA-e”, comenta Lemos.
Reconhecimento A conquista do Prêmio ECO dará visibilidade ao
trabalho da Procempa, observa Lemos. “Com isso, queremos que a comunidade e outras empresas se engajem no tema da sustentabilidade”, afirma ele. A Procempa já havia vencido o Prêmio ECO em 2006, com o Projeto Pescar, que capacita estudantes pré-universitários na área de montagem e manutenção de computadores.
Produção agroecológica garante Prêmio ECO 2012 na categoria ‘Sustentabilidade em Processos’ à avícola Korin O método de criação de aves baseado em critérios naturais e de qualidade de vida adotados pela avícola Korin foi reconhecido pelo Prêmio ECO 2012. A Korin é uma das ganhadoras na categoria Sustentabilidade em Processos da modalidade Práticas de Sustentabilidade, entre pequenas e médias empresas. A filosofia de trabalho da Korin é promover conceitos de sustentabilidade por meio de uma atividade econômica que respeita princípios agroecológicos. “Construímos uma cadeia produtiva dedicada à avicultura alternativa com bem estar animal”, aponta Reginaldo Morikawa, diretor executivo da Korin. Na empresa, são produzidos frangos, ovos, vegetais orgânicos e insumos para agricultura. Lá, as aves para abate são criadas sem uso de antibióticos te-
rapêuticos, ‘melhoradores’ de desempenho nem ingredientes de origem animal na dieta. Nos criadouros, os animais têm espaço e condições suficientes para manifestar comportamentos naturais e são abatidos humanitariamente. Tanto os produtos como os processos da Korin possuem certificações internacionais de procedência. As técnicas de criação desenvolvidas pela Korin nos últimos 12 anos resultaram em melhorias na qualidade do plantel. Nesse período, o aumento do peso médio das aves foi de 8,1%, e o Índice de Eficiência Produtiva subiu 41,2%. Além disso, verificou-se redução da idade média de abate de 51 dias para 45, e a queda da mortalidade em 45,8%. Não foi apenas a produtividade que cresceu. O fa-
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turamento da Korin subiu 153% nos últimos quatro anos. A rentabilidade tirou a empresa do vermelho, e há três anos a operação se tornou lucrativa. O excedente financeiro tem sido usado para expansão e melhorias operacionais, aumentando o número de produtores, aves abatidas e funcionários. Diante do modelo bem-sucedido, a Korin deseja estender os princípios de sustentabilidade não só à cadeia produtiva, mas também a novos negócios. “Queremos duplicar a produção de alimentos orgânicos e fomentar mais produtores de milho, frangos e ovos na região [seguindo princípios de sustentabilidade]”.
Reconhecimento A incorporação de princípios de sustentabilidade na cadeia produtiva é uma exigência da sociedade, e as empresas devem se adaptar a essa realidade, avalia Morikawa. “O Prêmio ECO é um reconhecimento significativo de que o caminho da sustentabilidade é valorizado pela sociedade, e incentiva mais e melhores práticas sustentáveis nas empresas”, afirma ele.
Expediente Editora: Giovanna Carnio (MTB 40.219) Reportagem: André Inohara e Marcel Gugoni Crédito das fotos: Mário Miranda Diagramação: Fabiana Senatore
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