Strada Truck #215

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MULHERES MOTORISTAS

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ENTREVISTA TRUCK
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MAN TRUCK & B

CELE

DIA INTERNACIO

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N E W S EBRA NAL DA MULHER US

A MAN Truck & Bus Portugal quer ir além da simples celebração do Dia Internacional da Mulher e para diversificar um sector maioritariamente masculino, a MAN pretende ajudar as mulheres a tornarem-se motoristas profissionais e assim colmatar a escassa presença feminina ao volante de veículos pesados.

A iniciativa da MAN Truck & Bus Portugal ao criar duas Bolsas de Estudo WoMAN no dia 8 de março, pretende acima de tudo libertar esta profissão, tradicionalmente dominada pelos homens, dos preconceitos e dar o primeiro passo para apoiar as mulheres a entrarem neste mundo e a tornar mais acessível uma carreira neste sector.

A MAN Truck & Bus Portugal criou o programa Bolsas de Estudo WoMAN para promover as mulheres ao volante no sector dos transportes profissionais. Para além da já generalizada falta de motoristas profissionais em Portugal, apesar do facto de 90% das mercadorias se movimentarem por via terrestre, existe também um problema de diversidade De acordo com a União Europeia, as mulheres representam apenas 14% do transporte rodoviário

Para inverter esta situação, a MAN desenvolveu um projeto cujo foco principal é promover a formação das mulheres como motoristas profissionais através

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de bolsas de estudo.

Em concreto, este programa envolve uma ajuda financeira para obter a carta de condução para veículos pesados, quer o C para os camiões rígidos ou o E para os camiões articulados, e o Certificado de Aptidão de Motorista

Profissional para o transporte de mercadorias As Bolsas de Estudo

WoMAN combrem 80% dos custos inerentes à formação de condução

E, como é habitual no mundo académico, estas bolsas dependem do mérito e desempenho da candidata, pelo que estão condi-

cionadas à aprovação nas várias fases de seleção

No entanto, a MAN Truck & Bus Portugal não se limita apenas a cobrir parte dos custos, mas acompanha, também, regularmente as potenciais motoristas ao longo do processo de forma a prestar todo o apoio na preparação para as provas teóricas e práticas.

Mais e melhores condutoras Com as Bolsas de Estudo WoMAN, a MAN Truck & Bus Portugal não procura apenas atribuir mais cartas de condução a mu-

lheres, mas também ajuda a tornarem-se melhores condutoras depois de obterem as respectivas licenças. E num contexto em que o sector dos transportes profissionais está a crescer em termos de sustentabilidade, a eficiência dos camiões é tão importante como a eficiência da condução.

Por esta razão, a MAN também proporciona às mulheres motoristas uma formação específica em MAN ProfiDrive que lhes permite, uma vez obtido o seu CAM, desenvolver as competências necessárias para tirar o máximo partido de um MAN TGX de última

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geração em condições reais de funcionamento, otimizando o consumo de combustível e, consequentemente, poupando emissões, sem es-quecer a segurança rodoviária.

Diversidade: MAN e WoMAN

Para a MAN, não há apenas falta de representação e diversidade no transpor te profissional, mas também falta de visibilidade. Para chamar a atenção do público para esta questão social, a MAN converteu alguns dos seus veículos tradicionais MAN em WOMAN na grelha frontal

um dos pontos de maior impacto visual

Assim, a WOMAN começou gradualmente a aparecer não só em camiões, mas também em autocarros, tais como o autocarro do Bayern Munich, uma das maiores equipas de futebol da Alemanha e da Europa. É também visível nalgumas unidades do TGX, um dos modelos mais recentes no mercado, um dos mais eficientes e que também recebeu o título de "Camião Internacional do Ano 2021", combinando assim diversidade, sustentabilidade e inovação.

Assim, o Dia Internacional da Mulher é na MAN Truck & Bus Portugal uma oportunidade para lembrar a importância da luta pela igualdade de género e para promover a consciencialização sobre os desafios enfrentados pelas mulheres em todo o mundo É um momento para celebrar as conquistas das mulheres e para refletir sobre o que ainda precisa ser feito para alcançar a igualdade de direitos e oportuni-dades para todas as mulheres. 0

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TRANSPORTE MOSTRAM

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MOTORISTAS RODOVIÁRIO FORÇA NO

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12 Abril 2023 S T R A D A 2 1 5 I N T E R V I E W S o c C o m C S a n t o s

As mulheres ainda têm pouca representatividade nos motoristas profissionais. Mas há sinais de mudança. É o caso de Diana Macedo e Sabine Nichterlein, motoristas da Empresa de Transportes Álvaro Figueiredo, entrevistadas na SocInter view, rubrica de entrevistas da Sociedade Comercial C Santos, para assinalar o Dia Internacional da Mulher (8 de março).

Os dados da IRU (União Internacional dos Transportes Rodoviários) são claros: faltam motoristas de pesados de mercadorias na Europa. A organização revela que, em 2022, ficaram por preencher cerca de 600 mil vagas de motorista de camião no continente e a estimativa é que, de acordo com as tendências atuais, essa escassez atinja quase dois milhões até 2026

A IRU explica que o aumento previsto se deve ao envelhecimento da população de motoristas, juntamente com uma baixa taxa de jovens motoristas Em toda a UE, apenas 6% dos motoristas profissionais têm menos de 25 anos. Ainda mais baixa é a taxa de mulheres atrás do volante: menos de 3%

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No caso das senhoras motoristas, há sinais de mudança que importa conhecer. É o caso de Sabine Nichterlein e Diana Macedo, motoristas da Empresa de Transportes Álvaro Figueiredo, que estão em foco na mais recente SocInter view, rubrica de entrevistas da Sociedade Comercial C Santos

Mudança de mentalidades

A alemã Sabine Nichterlein viveu, em jovem, com a família, em Portugal e foi no nosso país que começou «a ter a ideia de tirar a carta de camião». A decisão final de obter a habilitação necessária para conduzir veículos pesados de mercadorias foi tomada em 2008 e Sabine optou por fazê-lo na Alemanha por estar mais à vontade com a língua. Uma vez habilitada, regressa a Portugal, mas não consegue emprego «Não queriam, na altura, uma mulher sem experiência». Diana Macedo está na Empresa de Transportes Álvaro Figueiredo desde setembro de 2022, mas «desde sempre teve contacto» com a realidade do transporte rodoviários de mercadorias. «O meu pai é motorista (também no transportador sediado em Oliveira de Azeméis) desde que eu me lembro e sempre tive um carinho

muito grande por esta profissão e até pela empresa Fiquei desempregada e fui juntar o útil ao agradável: comecei a tirar a carta [de camião] e, entretanto, desisti da anterior profissão e vim para aqui».

Sem conseguir emprego em Portugal, Sabine Nichterlein regressou à Alemanha e aí conseguiu colocação, tendo começado no transporte internacional. Foram 7 anos nessa área, fazendo, a partir da Alemanha, ser viços em vários países, como Inglaterra ou Espanha, entre outros Passado esse tempo, quis passar para o transporte nacional «O passo foi enorme», conta.

Da universidade para o volante

A imagem genérica que a sociedade tem da profissão de motorista está errada, de acordo com Diana Macedo. «Cada vez mais tem de se desconstruir a imagem de que é uma profissão para leigos, para quem não consegue mais nada, porque isso não é verdade. Nós temos muita responsabilidade, temos de ter muito conhecimento em várias áreas. Está na altura das pessoas lá fora terem um pouco a noção do que é ser motorista, principalmente no ser viço internacional»

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Sabine Nichterlein voltou em 2021 para Portugal e ainda trabalhou noutras áreas profissionais, mas logo decidiu voltar aos camiões por não conseguir viver sem estes. «Parei, praticamente, logo na Empresa de Transportes Álvaro Figueiredo Deixei o meu currículo e nem sequer o viram Disseram-me «se sabes conduzir, vamos experimentar». E, assim, estou aqui E estou aqui muito bem, gosto muito dos meus colegas, gosto muito do ambiente». Diana Macedo é licenciada em Línguas Modernas (vertente inglês e espanhol) «Dá sempre para treinar um pouco e colocar em prática o que aprendi na licenciatura É sempre uma mais-valia, porque temos de chegar aos clientes em Espanha, em França ou em qualquer lado e o inglês é a língua universal», refere a motorista, para quem «isso é motivo de orgulho e resulta do esforço» feito para estudar.

Tratamentos especiais são rejeitados

Os motoristas que trabalham no ser viço internacional têm, muitas vezes, de pernoitar no camião A questão da segurança existe, mas não preocupa em demasia estas duas profissionais «Tanto estamos seguros no nosso camião que funciona como a nossa casa

como na nossa própria casa. Isso não é razão para não arriscar e não seguir o sonho», afirma Diana Macedo. As mentalidades estão a mudar, mas, como é habitual, estamos num processo lento. «Em Inglaterra, paravam na rua [e diziam] «oh uma lady driver». Na altura ainda era muito estranho Hoje, em dia já não é tanto, porque já há mais mulheres atrás do volante de veículos pesados», explica Sabine Nichterlein. E indica que contou sempre com o apoio dos colegas de profissão, conhecendo-o previamente ou não. «Se uma pessoa precisa de ajuda, tem Seja homem, seja mulher, não faz diferença. Somos motoristas e não há diferenças», afirma a profissional.

Diana Macedo ainda vê alguma estranheza em qualquer lugar — por parte das pessoas quando veem uma mulher a chegar ao volante de um camião. «Ainda fazem muitas perguntas: «Ai é motorista?» Eu respondo «sim, sou»… porque ainda há muito aquela mentalidade de que motorista é homem Porque é um trabalho pesado». Ambas sublinham, porém, que não precisam de qualquer tratamento especial por serem mulheres «Fazemos o nosso trabalho tal e qual os homens», realça Sabine Nichterlein.

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Profissão gratificante

É preciso é que a sociedade e o mercado de emprego o interiorizem. «Infelizmente, para uma mulher não é fácil encontrar trabalho, principalmente no ser viço fora (do país). No nacional já se vai vendo mais mulheres, mas não tanto como seria o ideal para as pessoas perceberem que isto não é uma do outro mundo», explica Diana Macedo. «Não é uma profissão de homens, é uma profissão de quem a quiser desempenhar».

Esta profissional salienta que «é uma questão de tempo até as pessoas se habituarem e das senhoras também quererem enveredar por esta área» profissional «As meninas devem apostar nesta profissão, porque é muito gratificante. Conseguimos lidar com várias pessoas, com várias culturas, várias mentalidades e, sinceramente, não há dinheiro no mundo que pague essa experiência. Acho que é uma força que tem de existir, que é as mulheres mudarem mentalidades e um pouco o mundo também. Fazerem ver que as mulheres são tão ou mais capazes do que um homem», exclama Diana Macedo. 0

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ANDAMUR A MULHER DOS TRAN

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E V E N T S NO SETOR NSPORTES

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Para além da vasta trajetória de ações e campanhas que são promovidas na Andamur para o fomento da igualdade e que foram iniciadas em 2019 com a campanha “Sou Camionista — Fortes, Capazes, Camionistas: MULHERES”, este fórum pressupõe um antes e um depois para ajudar a dar maior visibilidade à mulher num setor maioritariamente masculino.

Felizmente, cada vez são mais as mulheres que escolhem este setor para desenvolver a sua carreira profissional Segundo dados da Comissão Europeia Women in Transport-EU Platform for Change, 22% dos profissionais no setor dos transportes na Europa são mulheres e, felizmente, cada vez são mais.

Este facto ficou mais do que provado no I Fórum Mulher e o Setor dos Transportes que destacou o papel fundamental que as mulheres têm num campo que, como foi demonstrado nos últimos anos, é vital para o funcionamento da nossa sociedade.

Foi dado início ao Fórum com a inter venção de Miguel Ángel López, CEO da Andamur, que quis deixar claro que o sonho com que nasceu a sua empresa não teria sido possível sem o trabalho da sua mãe, nem sem os valores de igualdade que sempre estiveram presentes na sua família, graças às suas avós

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Posteriormente, foi a vez de uma emotiva entrevista a María Dolores Sánchez, fundadora e parte fundamental do sucesso empresarial e familiar da Andamur: «o maior sacrifício que fiz na minha vida foi não ter podido passar mais tempo com os meus filhos devido ao meu trabalho, mas graças a tudo o que a minha mãe me incutiu, sabia que no final iria

valer a pena. É esta a mensagem que gostaria que chegasse às mulheres deste setor: no final, tudo vale a pena». A entrevista de Amanda Aquino, Directora da Élite Murcia, mostrou o início da família Andamur no setor contado na primeira pessoa por uma grande empresária.

A seguir, teve lugar a 1ª mesa redonda do simpósio “Atualidade

da mulher no Setor dos Transportes”, moderada por Azucena Marín (Diretora da Área de Meios de Comunicação do Grupo Zambudio) Na mesma intervieram Myriam Otero (Secretária-Geral da Apetamcor), Ana Largo (Diretora de Compras da TXT), Eva Melenchón (Vice-Secretária da FROET) e Mercedes Climent (Diretora de Compras na CCT Safor). Durante

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este debate, as participantes mostraram ser unânimes dado que apesar de que em cargos de responsabilidade a equidade de estar mais presente, nos restantes trabalhos relacionados com o setor dos transportes e da logística, a percentagem é muito pequena Não obstante, foram propostas diversas iniciativas e ações que poderão ser levadas a cabo para

fomentar a presença da mulher neste mundo como, por exemplo, a implementação de medidas de conciliação, a adaptação de forma generalizada de áreas de serviço para a utilização do público feminino e sobretudo a promoção da mudança cultural necessária para que a sociedade deixe de entender o mundo dos camiões com um setor masculino.

“Mulheres empreendedoras no setor dos transportes: Origens” tinha como título a 2ª mesa redonda do I Fórum Mulher e o Setor dos Transportes Composta por Mercedes Pérez (da Miratrans), Loli Salas (Gerente do Grupo Salas-Águila), Raquel Parrilla (CEO da Transportes Miguel Parrilla) e Isabel Sánchez (Diretora Executiva do Grupo

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Disfrimur) e a condução deste simpósio esteve a cargo de Beatriz Salazar (jornalista e apresentadora. Nesta ocasião, as participantes relataram a sua história e trajetória no setor dos transportes, deixando claro que embora o caminho não tenha sido fácil, ao olharem para trás

é difícil expressarem por palavras o orgulho que sentem Querendo finalmente incentivar as mulheres a entrarem num setor em ascensão que, com os últimos avanços, está acessível a homens e a mulheres de igual forma e, sobretudo, muito gratificante.

“For tes, Capazes, Camionistas: MULHERES”

E como esta situação não afeta apenas os quadros dirigentes das empresas de transportes e de logística, desde 2019 por ocasião do 8M na Andamur é colocada em marcha a campanha ‘’Fortes, Capazes, Camionistas: MULHE-

A n d a m u r
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RES’’ para tornar visível a tarefa das camionistas no Dia da Mulher Trabalhadora; mais uma amostra do grande compromisso da empresa com a igualdade e a visibilidade das mulheres no âmbito laboral.

Uma campanha que juntou durante uma semana diferentes a-

ções nas Áreas de Ser viço da Andamur Anualmente, a empresa prepara um detalhe personalizado para as camionistas e para esse fim e este ano juntaram-se à campanha duas grandes marcas como as delegações de Espanha e Portugal da Alter Ego Italy, dedicada ao cuidado

do cabelo profissional e a Perfect Beauty Professional, focada na beleza integral da mulher.

Na Andamur estão a prepararse para que o caminho para uma igualdade real no setor dos transportes seja cada vez mais curto 0

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SOLUÇÕES COMBUSTÍVEIS

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RENOVÁVEIS

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A Neste e a Scania estão a testar a solução digital em conjunto com empresas logísticas, incluindo a HAVI. A solução combina dados relativos ao local onde um determinado camião foi reabastecido e quando o mesmo foi conduzido, com dados respeitantes ao impacto climático da utilização “O MEU Combustível Reno-

vável Neste” em vez de combustíveis fósseis Até agora, tem sido um desafio verificar até que ponto os camiões funcionam mesmo com combustíveis renováveis, uma vez que também poderiam continuar a funcionar com combustíveis fósseis A solução digital que está a ser atualmente testada espera resolver este problema A

ambição conjunta da Neste e da Scania consiste em que a solução possa futuramente ser vir todos os fabricantes e todos os tipos de combustíveis renováveis

Relatório rigoroso sobre o impacto climático «A nossa colaboração única tem por objetivo testar em con-

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32 Abril 2023 S T R A D A 2 1 5 N E W S

junto com um fabricante de frotas o modo como verificar a utilização de combustíveis renováveis e comunicar com precisão o impacto climático Os dados climáticos fluem agora digitalmente através dos sistemas, enquanto anteriormente eram na sua maioria recolhidos manualmente a partir de diversas fontes O

nosso projeto-piloto com a Scania começou por descobrir os desafios que as empresas de transporte enfrentam atualmente no desenvolvimento da sustentabilidade da sua frota e dos relatórios de sustentabilidade relacionados Convidámos clientes do setor dos transportes a participarem em entrevistas para for-

necer à equipa de conceção de serviços da Scania uma compreensão mais profunda dos seus desafios de desenvolvimento sustentável Também queríamos apoiar os próprios esforços da Scania para acompanhar e relatar os seus próprios progressos na Iniciativa de Metas com Base Científica Incentivados

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pelo bem sucedido projeto-piloto na Finlândia, procuramos atualmente expandir a solução para novos mercados», referiu Mats Hultman, Responsável pelas Parcerias de Fabricantes de Equipamento de Origem (Original Equipment Manufacturer OEM) da Neste.

O valor dos combustíveis renováveis

«A Scania tem por objetivo conduzir a mudança para um sistema de transportes sustentável, criando um mundo de mobilidade que seja melhor para as empresas, a sociedade e o ambiente

Estamos certos de que a transparência dos dados, a conectividade e as parcerias no ecossistema são vitais para acelerar esta jornada em que a eficiência energética, a eletrificação, os combustíveis renováveis e o transporte inteligente e seguro fazem todos parte da solução. Nesta colaboração, tivemos por objetivo permitir o acesso a cálculos de emissões fiáveis, precisos e automatizados que pudessem ser utilizados tanto em operações diárias como também demonstrar a credibilidade dos combustíveis renováveis no ecossistema», afirmou Jacob Thärnå, Responsável pelo Transporte Sustentável na Scania

«A HAVI está empenhada em atingir emissões líquidas zero até 2050 e estamos orgulhosos por trabalhar com os nossos clientes e parceiros para fornecermos solu-

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ções de cadeia de fornecimento cada vez mais sustentáveis, digitalmente habilitadas e transparentes. Com grande parte da nossa frota de entregas europeia agora alimentada por combustíveis alternativos como a eletrificação, o biogás e o gasóleo renovável, estamos maravilhados pelo facto de esta iniciativa pioneira de digitalização da Scania e da Neste permitir a comunicação automática das reduções reais de GEE alcançadas em nome dos nossos clientes. Mais amplamente, as entregas com uma pegada de carbono comprovadamente menor poderiam igualmente reforçar a confiança no progresso que está a ser alcançado na direção de zero líquido” , referiu Massimo D’Alessandro, Diretor de Sustentabilidade e Inovação da HAVI

«Em parceria com a Scania e com os nossos clientes-piloto, pretendemos demonstrar como os dados climáticos podem criar valor adicional e impulsionar a indústria logística para uma redução das emissões. A colaboração em toda a cadeia de valor da indústria é importante quando são desenvolvidas novas soluções, constituindo este projetopiloto um bom exemplo de uma solução centrada no cliente que abre o caminho para toda a indústria combater as alterações climáticas», declarou Mats 0

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KÖGEL EUR TRANSPORTE APROVADO

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ROTRAILER COMBINADO

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Num carregamento ferroviário no terminal de transporte combinado Munique-Riem, a Kögel demonstrou com sucesso que o semi-reboque alongado (veículo pesado longo tipo 1), também na última geração, com um comprimento de 15 m, pode ser transbordado para qualquer vagão de bolso comum

A última geração do Kögel EuroTrailer Cargo Rail (veículo pesado longo tipo 1), com um comprimento total do conjunto de 17,88 m, também pode ser carregado em todos os vagões de bolso normais, de acordo com os regulamentos relevantes Isto aplica-se a variantes com alturas da carroçaria de 3.950 mm (codificação ferroviária P395) e 4 000 mm (P400) ou alturas interiores livres de 2.710 e 2.760 mm, bem como com proteção inferior dobrável contra o encaixe.

A Kögel provou isso num ensaio de carregamento no terminal TC em Munique-Riem, em que o EuroTrailer Cargo Rail foi transferido para um vagão do tipo T3000 com uma altura do cavalete de 980 mm, sob a super visão de representantes da Deutsche Bahn.

Significa que o EuroTrailer Cargo Rail pode comprovadamente ser utilizado com todos os vagões de bolso modernos (c, e, f, h, i)

A última geração do Kögel EuroTrailer mede mais 1,38 m do que um semi-reboque normal e, portanto, mais 80 mm do que a geração anterior. O aumento tor-

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nou-se possível com a validade da 9 ª Emenda à Portaria sobre Isenções do Regulamento de Trânsito Rodoviário para Veículos e Combinações de Veículos com Comprimento Excedente (código: LKWÜberlStVAusnV). Este código garante que o reboque cabe na envolvente do respetivo vagão e é identificado com os códigos de compatibilidade na placa do número de código aplicada na parede lateral da carroçaria Significa que o EuroTrailer não só otimiza as emissões de CO2 na estrada em cerca de 10% em relação a um camião articulado convencional, como também pode ser utilizado no transporte combinado rodo-ferroviário amigo do ambiente sem quaisquer problemas.

Devido à sua elevada aptidão prática, o semi-reboque alongado, em contraste com os camiões de 25,25 m de comprimento dos tipos 2 e 3, é adequado para cerca de metade de todos os transportes, sendo assim um instrumento extremamente eficaz e ao mesmo tempo imediatamente disponível na luta contra as alterações climáticas. Por conseguinte, a Kögel é a favor de uma homologação ilimitada do veículo pesado longo do tipo 1, tal como já foi aprovado para os tipos 2 e 3, e apela ao Ministro Federal dos Transportes Volker Wissing (FDP) para que tome as medidas necessárias. 0

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