Revista HVACR 12

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Publicação

Edição 12 | Agosto 2015

REVISTA

HVAC-R

em

foco

AQUECIMENTO, VENTILAÇÃO, AR CONDICIONADO E REFRIGERAÇÃO + EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E SUSTENTABILIDADE

REFRIGERAÇÃO Refrigeração comercial, mercado em expansão GESTÃO DO RH Quando o uso da tecnologia é demais ECONOMIA Comércio Exterior brasileiro

No Foco: WorldSkills 2015, tributo à educação técnica




Índice 05 EXPEDIENTE / EDITORIAL 06 ECONOMIA

RAIO-X DO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO Evolução da Balança Comercial Brasileira

1,2

ago

“O Brasil foi o país que conquistou o maior número de medalhas na WorldSkills São Paulo 2015. Entre os 59 países da Competição, a Delegação brasileira conquistou um total de 27 medalhas (11 de ouro, 10 de prata e seis de bronze). Foi o melhor resultado conquistado pelo Brasil na WorldSkills Competition desde 1983, quando o país começou a participar da Competição.” (Educação)

Saldo

-2,4

out

nov

0,3

jan

fev

4,5

2,8

0,5

mar

abr

mai

jun

Balança comercial por período

2,4

jul/15

(US$ bilhões)

16 HVACR EM FOCO

Exportações

Período

18,5 16,1

19,6 15,1

16,8 14,0

17,0 16,5 0,5

-2,8

-3,2

dez

15,2 14,7

12,1 14,9

17,5 17,2

-1,2

set

Balança comercial registra 5º Superávit consecutivo em julho.

13,7 16,9

-0,9

15,6 18,1

19,6 20,6

1,6

jul/14

Importações

Saldo

2014

2015

2014

Δ%

2015

2014

Δ%

2015

Julho

18,5

23,0

-19,5%

16,1

21,5

-24,7%

2,4

1,6

Jan a Jul

112,9

133,6

-15,5%

108,3

134,5

-19,5%

4,6

-0,9

Últimos 12 meses¹

204,4

240,4

-15,0%

202,9

234,0

-13,3%

1,5

6,4

Balança comercial por fator agregado

18 CAPA

Exportações ²

Jan a Jul/15

“O curioso é que estas mesmas tecnologias que aproximam pessoas distantes, se mal utilizadas, também distanciam pessoas próximas, prejudicam o tempo e servem como gatilho de problemas relacionais. Na verdade, o problema não é a tecnologia em si, ou o tempo que você dedica, mas sim o uso abusivo e a forma com que se relaciona com a tecnologia.”(RH)

(US$ bilhões)

Importações

Peso

18,3 19,5

23,0 21,5

Exportações 20,5 19,3

“A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 2,4 bilhões no mês de julho, resultado de US$ 18,5 bilhões em exportações e US$ 16,1 bilhões em importações. Com isso a balança comercial registra o seu quinto superávit mensal consecutivo, e acumula saldo positivo de US$ 4,6 bilhões em 2015 ( janeiro a julho).” (Economia)

Importações

Saldo (US$ bi)

Jan a Jul/15

Jan a Jul/14

Δ% anual

Jan a Jul/15

Jan a Jul/14

Δ% anual

Jan a Jul/15

Jan a Jul/14

Básicos

53,1

67,8

-21,7%

11,8

18,7

-36,8%

41,2

49,1

Semi-Manufaturados

15,2

16,1

-5,9%

4,1

4,4

-6,5%

11,1

11,7

Manufaturados

42,7

46,8

-8,8%

92,3

111,4

-17,1%

-49,6

-64,6

Balança comercial por produto Exportações PPE Soja, mesmo triturada Minérios de ferro Óleos brutos de petróleo Carne de frango Farelo de soja Café em grão Açúcar, em bruto Celulose Carne de bovino Aviões Outros Total Fonte: AliceWeb/MDIC

US$ mi

15.726 8.528 7.401 3.652 3.614 3.261 3.239 3.113 2.504 2.055 59.769 112.862

Part. no total 13,9% 7,6% 6,6% 3,2% 3,2% 2,9% 2,9% 2,8% 2,2% 1,8% 53,0% 100%

Refrigeração Comercial, mercado em expansão. Jan a Jul/2015

Importações

Part. No total Óleos brutos de petróleo 3,4% 3.675 Medicamentos 3,3% 3.600 Partes e peças para veículos 3,2% 3.416 Automóveis de passageiros 3,1% 3.330 Óleos combustíveis 2,5% 2.719 Gás natural liquefeito 1,9% 2.095 Circuitos eletrônicos 1,9% 2.082 Naftas 1,7% 1.831 Circuitos impressos e partes p/ aparelhos 1,7% 1.812de telefonia 1,6% Gás natural 1.702 75,7% Outros 81.991 100% Total 108.255 PPI

US$ mi

24 GESTÃO DO RH

¹ Agosto/14 a Jul/15

²Exclusive Operações Especiais

01

Por que usar o celular e redes sociais de forma excessiva?

28 Educação Brasil sedia WordSkills 2015. Acompanhe a cobertura deste que é o maior evento da área de Educação no mundo.

32 Giro da Engenharia Conheça a quantas andam a construção dos Estádios Olímpicos, no Rio.

36 Eficiência Energética em Edifícios 38 AGENDA

“HVAC-R é uma sigla para as palavras em inglês “heating, ventilation, air conditioning and refrigeration“, referindo-se às quatro funções principais “aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração”, intimamente relacionadas à tecnologia destinada ao conforto ambiental interior em edifícios, veículos, processos industriais e ambientes controlados. Esta tecnologia passa a ser referida na forma escrita pelas siglas HVACR, HVAC/R, HVAC-R ou HVAC&R ou as correspondentes em português, que são menos empregadas: AVACR, AVAC/R, AVAC-R ou AVAC&R.”

■■ 4 - Revista HVAC-R em Foco


EDITORIAL EXPEDIENTE Revista HVACR em Foco + Eficiência Energética e Sustentabilidade Publicação Di Rienzo Comunicação & Eventos Jornalista Responsável Cristiane Di Rienzo cristiane@dirienzocomunicacao.com.br

Diagramação André Morganti www.morganti.com.br Impressão: Gráfica Leograf Comercial 55 11 3542-0203 / 07 Administrativo Daniela Silva daniela@dirienzocomunicacao.com.br

Di Rienzo Comunicação & Eventos Rua Maestro Cardim, 377 cj15 Bela Vista - 01323-000 São Paulo –SP Tel: 55 11 3542-0202 / 03/ 07 Empresa Associada a Asbrav

Jornalista Responsável associada a Ashrae

É expressamente proibida a reprodução total ou parcial dos artigos desta publicação sem autorização prévia. As opiniões e conceitos emitidos pelos entrevistados ou em artigos assinados não são de responsabilidade da Revista HVACR em Foco e não expressam, necessariamente, a opinião da diretorias da Di Rienzo Comunicação & Eventos.

HVACR, tão necessário! Alimentação, Automotivo, Eletroeletrônicos, Hospedagem, Têxtil, Saúde e tantos outros. Poderia encher esta página com o nome de setores que necessitam e, portanto, consomem produtos e serviços do nosso HVACR . Empreendimentos de médios e grandes portes são os responsáveis pela aquisição de mais da metade da produção de seus equipamentos e serviços. Mesmo com a atual conjuntura econômica e crise batendo à porta, o setor de HVACR não para. Por outro lado, temperaturas cada vez mais altas fazem com que o sistema de HVACR seja imprescindível para conforto e indispensável no processo. No segmento específico da Refrigeração, vale dizer que na última década, o mundo passou por uma transformação importante. O aumento do número de empresas e a globalização fizeram com que a concorrência obrigasse os diversos setores da indústria a aumentarem a produtividade e a qualidade para se manterem competitivos. Neste contexto, os sistemas de refrigeração proporcionam redução do tempo de ciclo em diversos processos de manufatura e, consequentemente, aumento de produtividade, maior confiabilidade, repetibilidade e qualidade do produto acabado. Com isso, a indústria da refrigeração apresentou um progresso enorme e se tornou uma indústria gigantesca que movimenta bilhões de dólares todos os anos ao redor do mundo. Essa rápida expansão pode ser explicada por diversos fatores, entre eles, o desenvolvimento da mecânica de precisão e processos de fabricação sofisticados e o surgimento de compressores com motores elétricos de baixa potência; o que possibilitou o desenvolvimento dos refrigeradores e condicionadores de ar domésticos de pequeno porte. Outro fator importante foi à evolução dos fluidos refrigerantes. Os sistemas de refrigeração, cada vez mais, têm sido utilizados, tanto para proporcionar conforto, quanto para processos industriais. Por tudo isso, a a Revista HVACR em Foco + Eficiência Energética e Sustentabilidade traz questões que retratam bem esse panorama, como a reportagem sobre Refrigeração Comercial.Nela são apresentados os principais modelos para sistema de refrigeração comercial, sendo analisados os principais aspectos relevantes ao projeto de sistemas de refrigeração, além do dimensionamento dos principais sistemas é apresentado o funcionamento do ciclo de refrigeração. É só virar a página! Boa Leitura!


■■ 6 - Revista HVAC-R em Foco



Economia

Raio-X do Comercio Exterior Brasileiro

A

balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 2,4 bilhões no mês de julho, resultado de US$ 18,5 bilhões em exportações e US$ 16,1 bilhões em importações. Com isso a balança comercial registra o seu quinto superávit mensal consecutivo, e acumula saldo positivo de US$ 4,6 bilhões em 2015 ( janeiro a julho). Passado o primeiro semestre de 2015, a corrente de comércio do Brasil segue em queda com todos os seus dez principais parceiros. As retrações variam de -29,4% no comércio com a Coreia do Sul, a -8,0% nas trocas com o México. As exportações brasileiras para a União Europeia, principal parceiro comercial do Brasil, somaram US$ 37,2 bilhões nos últimos 12 meses acumulados até julho de 2015, menor valor desde maio de 2010.

Balança Comercial registra 5º Superávit Consecutivo em Julho

Com relação à balança de manufaturados, destaque para o superávit nas trocas com a Argentina, que mantém trajetória de alta, somando US$ 2,0 bilhões no acumulado do ano (crescimento de 173,9% sob igual período de 2014). Mais uma vez, foi a queda nas importações (-26,5%) que impulsionou este resultado. Na pauta de principais produtos exportados pelo Brasil, destaque para a recuperação gradual dos embarques de automóveis de passageiros. Enquanto em janeiro de 2015 as exportações destes produtos acumulavam queda de quase 60% com relação ao mesmo mês de 2014, as vendas acumuladas até julho são somente 2,2% menores do que em igual período do ano anterior, somando US$ 1,89 bilhão.e do ano passado quando era a falta de necessidade.

RAIO-X DO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO Evolução da Balança Comercial Brasileira Importações

Saldo

1,6

1,2

jul/14

ago

-0,9

set

-1,2

out

-2,4

nov

0,3

-3,2

dez

jan

0,5

-2,8

fev

mar

2,8

0,5

abr

mai

Balança comercial por período Período

4,5

jun

18,5 16,1

19,6 15,1

16,8 14,0

15,2 14,7

17,0 16,5

12,1 14,9

13,7 16,9

17,5 17,2

15,6 18,1

18,3 19,5

19,6 20,6

Peso 20,5 19,3

23,0 21,5

Exportações

(US$ bilhões)

2,4

jul/15

(US$ bilhões)

Exportações

Importações

Saldo

2015

2014

Δ%

2015

2014

Δ%

2015

2014

Julho 18,5 ■■ 8 - Revista HVAC-R em Foco Jan a Jul 112,9

23,0

-19,5%

16,1

21,5

-24,7%

2,4

1,6

133,6

-15,5%

108,3

134,5

-19,5%

4,6

-0,9


1,2

jul/14

ago

-0,9

set

-1,2

-2,4

out

nov

0,3

0,5

-2,8

-3,2

dez

jan

fev

mar

4,5

2,8

0,5

abr

mai

jun

Balança comercial por período

2,4

jul/15

(US$ bilhões)

Exportações

Período

1

15

14,

15 14

1

12,1 14

13,

1 1,6

Importações

Saldo

2015

2014

Δ%

2015

2014

Δ%

2015

2014

Julho

18,5

23,0

-19,5%

16,1

21,5

-24,7%

2,4

1,6

Jan a Jul

112,9

133,6

-15,5%

108,3

134,5

-19,5%

4,6

-0,9

Últimos 12 meses¹

204,4

240,4

-15,0%

202,9

234,0

-13,3%

1,5

6,4

Balança comercial por fator agregado Exportações ²

Jan a Jul/15

Importações

Saldo (US$ bi)

Jan a Jul/15

Jan a Jul/14

Δ% anual

Jan a Jul/15

Jan a Jul/14

Δ% anual

Jan a Jul/15

Jan a Jul/14

Básicos

53,1

67,8

-21,7%

11,8

18,7

-36,8%

41,2

49,1

Semi-Manufaturados

15,2

16,1

-5,9%

4,1

4,4

-6,5%

11,1

11,7

Manufaturados

42,7

46,8

-8,8%

92,3

111,4

-17,1%

-49,6

-64,6

Balança comercial por produto Exportações PPE Soja, mesmo triturada Minérios de ferro Óleos brutos de petróleo Carne de frango Farelo de soja Café em grão Açúcar, em bruto Celulose Carne de bovino Aviões Outros Total Fonte: AliceWeb/MDIC

US$ mi

15.726 8.528 7.401 3.652 3.614 3.261 3.239 3.113 2.504 2.055 59.769 112.862

Part. no total 13,9% 7,6% 6,6% 3,2% 3,2% 2,9% 2,9% 2,8% 2,2% 1,8% 53,0% 100%

¹ Agosto/14 a Jul/15

Jan a Jul/2015

Importações

Part. No total Óleos brutos de petróleo 3,4% 3.675 Medicamentos 3,3% 3.600 Partes e peças para veículos 3,2% 3.416 Automóveis de passageiros 3,1% 3.330 Óleos combustíveis 2,5% 2.719 Gás natural liquefeito 1,9% 2.095 Circuitos eletrônicos 1,9% 2.082 Naftas 1,7% 1.831 Circuitos impressos e partes p/ aparelhos de telefonia 1,7% 1.812 1,6% Gás natural 1.702 75,7% Outros 81.991 100% Total 108.255 PPI

US$ mi

²Exclusive Operações Especiais

01


Economia

RAIO-X DO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO Composição por países de origem e destino Exportações (US$ mi)

Importações (US$ mi)

País

Jan a Jul/15

Jan a Jul/14

Δ%

Jan a Jul/15

Jan a Jul/14

Δ%

China

22.576

28.014

-19,4%

1º China

19.974

21.572

-7,4%

E.U.A.

14.105

15.494

-9,0%

2º E.U.A.

16.528

20.687

-20,1%

Argentina

7.690

8.658

-11,2%

3º Argentina

6.450

8.262

-21,9%

Países Baixos

5.947

8.458

-29,7%

4º Alemanha

6.439

8.321

-22,6%

5º 6º 7º

Alemanha Japão Chile

3.260 2.631 2.337

3.745 3.837 2.892

-13,0% -31,4% -19,2%

▼ ▼ ▼

5º Coreia do Sul 6º Japão 7º Itália

3.623 3.096 2.971

5.275 3.525 3.695

-31,3% -12,2% -19,6%

▼ ▼ ▼

Índia

2.052

2.475

-17,1%

8º México

2.858

3.184

-10,2%

México

2.004

2.100

-4,6%

9º Índia

2.819

3.967

-28,9%

1.885

2.458

-23,3%

10º França

2.667

3.405

-21,7%

112.862

133.555

108.255

134.499

10º Itália

Total

País

Total

Corrente de Comércio (US$ mi)

Saldo Comercial (US$ mi)

País

Jan a Jul/15

Jan a Jul/14

Δ%

Jan a Jul/15

Jan a Jul/14

Δ%

1º 2º 3º

China E.U.A. Argentina

42.550 30.633 14.139

49.586 36.181 16.919

-14,2% -15,3% -16,4%

▼ ▼ ▼

1º Países Baixos 2º China 3º Venezuela

4.279 2.602 1.289

6.562 6.442 1.861

-34,8% -59,6% -30,7%

▼ ▼ ▼

Alemanha

9.699

12.067

-19,6%

4º Argentina

1.240

396

213,1%

Países Baixos

7.615

10.355

-26,5%

5º E. Árabes

1.189,0

1.164,5

2,1%

Japão

5.727

7.361

-22,2%

6º Egito

1.134,1

1.118,1

1,4%

Coreia do Sul

5.229

7.404

-29,4%

7º Cingapura

1.065,7

1.889,4

-43,6%

Índia

4.871

6.442

-24,4%

8º Paraguai

891,3

1.253

-29%

México

4.862

5.284

-8,0%

9º Irã

887,7

687,7

29,1%

4.856

6.153

-21,1%

10º Hong Kong

870,9

1.390

-37,4%

221.117

268.054

Total

4.608

-944,2

10º Itália

Total

País

Composição por origens e destinos

Agosto/14 a Jul/15

Exportações União Europeia

US$ 37,2 Bi

Outros

US$ 67,4 Bi

Importações

EUA

18%

13%

US$ 25,6 Bi

US$ 41,5 Bi

18% 33%

EUA

União Europeia

China

US$ 30,8 Bi

21%

18%

US$ 35,2 Bi

Outros

19% Am. Latina US$ 39,0 Bi

Fonte: ■■ 10 -AliceWeb/MDIC Revista HVAC-R em Foco ¹Principal hub logístico da Europa

15%

US$ 63,5 Bi

31%

15%

China

US$ 35,7 Bi

Am. Latina

US$ 31,3 Bi

02


RAIO-X DO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO Balança comercial por fator agregado¹

Agosto/14 a Jul/15

Exportações

Importações

Básicos

US$ 28,9 bi

Semi-Manufaturas

US$ 0,8 bi

US$ 0,1 bi

82%

US$ 4,8 bi

China

Básicos

Semi- Manufaturas

14% 4%

Manufaturas

Manufaturas

98%

US$ 34,8 bi

US$ 1,5 bi

#DIV/0!

Básicos

Estados Unidos

Semi- Manufaturas US$ 4,8 bi Exportações²

US$ 4,9 bi

19% 19%

Manufaturas

US$ 28,9 bi

Básicos US$ 1,5 bi

5% 1%

62%

US$ 15,6 bi

Manufaturas

94%

Semi-Manufaturas US$ 0,4 bi

América Latina

Manufaturas US$ 30,9 bi

Básicos US$ 6,7 bi

17%

79%

Semi-Manufaturas US$ 2,4 bi

Manufaturas

8%

US$ 20,0 bi

64% 28%

4%

Básicos

Semi-Manufaturas

US$ 8,9 bi

US$ 1,4 bi

União Europeia

Básicos

US$ 18,9 bi

Semi-Manufaturas US$ 5,6 bi

51% 95%

34%

US$ 12,5 bi

Fonte: AliceWeb/MDIC

US$ 0,7 bi

US$ 1,3 bi

15%

Manufaturas

Básicos

Semi-Manufaturas

¹ Participação no fluxo de comércio bilateral

Manufaturas US$ 39,5 bi 04


Economia RAIO-X DO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO Principais produtos importados (PPI)

(US$ milhões) Participação¹

Jan a Jul/15

Jan a Jul/14

100%

108.255

134.499

-19,5%

10,9%

11.830

18.710

-36,8%

-4,7%

3,4% 1,6% 1,3% 0,7% 0,7% 3,3%

3.675 1.702 1.359 749,5 717,5 3.626

8.977 2.335 1.432 1.136,9 618,0 4.211

-59,1% -27,1% -5,1% -34,1% 16,1% -13,9%

-29,0% 1,2% 12,1% -13,1% 30,1% -1,2%

3,8%

4.112

4.400

-6,5%

-13,5%

1,3% 0,7% 0,3% 0,3% 0,2% 1,1%

1.382 724,8 352,7 273,9 195,5 1.183

1.532 780,4 303,6 410,6 181,2 1.192

-9,8% ####### -7,1% 7,0% 16,1% 9,4% -33,3% -20,0% 7,9% 5,3% -0,7% -90,2%

85,3%

92.312

111.399

-17,1%

-6,4%

3,3% 3,2% 3,1% 2,5% 1,9% 1,9% 1,7% 1,7% 1,5% 1,5% 1,4% 1,4% 1,4% 1,2% 1,2% 56,4%

3.600 3.416 3.330 2.719 2.095 2.082 1.831 1.812 1.656 1.584 1.527 1.522 1.518 1.300 1.272 61.048

3.973 4.355 4.588 5.132 1.948 2.733 2.710 1.915 1.629 2.185 1.687 1.754 1.539 1.720 1.458 72.073

-9,4% -21,6% -27,4% -47,0% 7,6% -23,8% -32,5% -5,3% 1,6% -27,5% -9,5% -13,2% -1,4% -24,4% -12,7% -15,3%

2,4% -16,4% -25,9% -16,2% 71,7% -24,8% 10,7% -5,2% -12,3% -31,3% 2,4% -6,0% 12,2% -23,9% -3,1% -11,3%

Total Básicos Óleos brutos de petróleo Gás natural Hulhas, mesmo em pó, não aglomeradas Trigo, em grãos Minérios de cobre e seus concentrados Outros

Semimanufaturados Cloreto de potássio Catodos de cobre e seus elementos Alumínio em bruto Borracha sintética e borracha artificial Celulose Outros

Manufaturados Medicamentos para medicina humana e veterinária Partes e peças para veículos Automóveis de passageiros Óleos combustíveis Gás natural liquefeito Circuitos integrados e microconjuntos eletrônicos Naftas Circuitos impressos e partes p/ aparelhos de telefonia Compostos heterocíclicos, seus sais e sulfonamidas Partes de aparelhos transmissores ou receptores Motores, geradores e transformadores elétricos Intrumentos e aparelhos de medida, verificação, etc Inseticidas e prods. semelhantes Veículos de carga Polímeros Outros

Variação Valor Volume -6,1%

¹Participação sobre o total importado no perído de Janeiro a Julho de 2015.

Fonte: AliceWeb/MDIC

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HVACR em Foco Greenbuilding Brasil A Greenbuilding Brasil – Conferência Internacional e Expo – feira para a geração de negócios no mercado de construção sustentável, reúne anualmente empresas nacionais e internacionais que fornecem tecnologia, equipamentos e serviços para os tomadores de decisão do setor, dentre eles, arquitetos, construtores e contratantes, engenheiros, prestadores de serviços, líderes de green building, entidades governamentais, arquitetos de interiores, incorporadores, instituições financeiras e associações do setor. Realizada de 11 a 13 de agosto, no Expo Center Norte, trouxe como novidade a visitação simultanea com uma área de exposição comum com a feira High Design – Home &

Office Expo. Segundo os organizadores, a parceria entre estes dois produtos criou um encontro mais forte e abrangente para os setores de Arquitetura, Construção e Design, com um público visitante de 15 mil profissionais, com 25 mil metros quadrados de área total e mais de 200 marcas em exposição. A Greenbuilding Brasil manteve seu foco em sustentabilidade, palestras e sessões educacionais, com renomados profissionais nacionais e internacionais, porém oferecendo a seus visitantes, congressistas, expositores e parceiros uma gama maior de serviços, negócios e networking.

Programa de vantagens Embraco A Embraco, multinacional fabricante mundial de compressores herméticos para refrigeração, lançou no final de 2014 o Programa de Vantagens 100% Embraco, com o objetivo de fortalecer o relacionamento com revendedores e refrigeristas, proporcionar benefícios e recompensas para as lojas especializadas, balconistas e profissionais da refrigeração, além de fidelizar clientes e técnicos aos produtos Embraco. Pioneiro no setor, o programa de fidelidade começou a ser implementado como projeto piloto em dois revendedores com um total de 20 lojas. Atualmente, o 100% Embraco conta com a parceria de 20 revendedores e já beneficiou aproximadamente 100 refrigeristas. “Nosso objetivo é reconhecer as empresas e os profissionais que mantêm parceria com a Embraco, que confiam na marca e na qualidade de nossos produtos”, afirma Marcio Schissatti, diretor de Marketing da Embraco. Sistema de pontos Os refrigeristas que fizerem suas compras em produtos Embraco nas revendas participantes juntam pontos e têm acesso a vários prêmios. Uma das vantagens oferecidas é a participação em um Clube de Descontos, com acesso às ofertas exclusivas em produtos e serviços. Prêmio Embraco No último dia 6 de julho, a Embraco promoveu o lançamento da 23ª edição do Prêmio Embraco de Ecologia e o 3º Seminário de Educação Ambiental de Joinville. O evento foi realizado no centro de convenções da Expoville. Cerca de 250 professores e diretores de escolas locais foram convidados para o evento, que teve a participação da professora Silvane Aparecida da Silva,

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do projeto Rios da Alegria (de Joinville); palestra com a gerente de Educação Ambiental da Secretaria Estadual de Educação do Mato Grosso, Giselly Gomes, e oficina com o educador ambiental, professor e pesquisador José Matarezi, da Universidade do Vale do Itajaí (Univali).

Esta edição abordou o tema “A Educação Ambiental e seus sentidos no currículo” com foco no conceito dos Espaços Educadores Sustentáveis (metodologia do MEC que interrelaciona três eixos: gestão, currículo e espaço físico). Além de incentivar e reconhecer as práticas socioambientais adotadas nas instituições de ensino, o Prêmio Embraco de Ecologia tem como objetivo contribuir para aprofundar o conhecimento e as metodologias que sustentam a implementação da política das escolas sustentáveis em Joinville, em parceria com o estado e município. “O prêmio é uma das mais importantes ações da Embraco na promoção da sustentabilidade, conceito que está presente em iniciativas voltadas à inovação para desenvolver produtos com menor impacto ambiental e, na outra ponta, no relacionamento com as comunidades nas quais a empresa opera”, sintetiza o diretor de operações da Embraco Brasil, Emerson Zappone.


Johnson Controls Building Efficiency ­Brasil apresenta nova gerente de RH Gisele Alcântara é a nova gerente de RH da Johnson Controls Building Efficiency no Brasil, líder global em soluções de eficiência energética e tecnologia para edifícios. Bacharelada em Administração de Empresas e graduada em Recursos Humanos, Gisele tem passagens pela CNH, FLSmidth, CommScope e Case. Para obter informações adicionais visite www.johnsoncontrols.com ou siga @johnsoncontrols no Twitter.

Workshop Asbrav Petinelli: Eficiência Energética e Construção Sustentável Data e Horário: 11 de setembro das 14h às 19h e 12 de setembro das 09 às 20h Local: CAU PR - Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Paraná Av. Nossa Senhora da Luz, 2530 - Jd Social, Curitiba - PR Informações e Inscrições: Sede ASBRAV Porto Alegre (51) 3342-2964 | 3342-9467 | 91514103 e-mail: secretaria@asbrav.org.br - www.asbrav.org.br

Danfoss disponibiliza curso 24/7 A plataforma Danfoss Learning é um portal de treinamento e formação online que fornece acesso a uma grande variedade de cursos, tanto online como presenciais, abrangendo desde produtos e soluções até serviços e tecnologias. Implementado em mais de 25 países e 11 idiomas, o Danfoss Learning está disponível gratuitamente no Brasil. “Os profissionais necessitam de atualização técnica constante. Como o Brasil é um país de dimensões continentais, muitas vezes as palestras técnicas realizadas pela Danfoss em diversas cidades do país não alcançam todos os profissionais. A plataforma Danfoss Learning vem a auxiliá-los, uma vez que eles podem ter aulas online a qualquer hora, basta apenas estarem conectados à internet”, comenta Newto da Silva, gerente de marketing de Refrigeração e Ar Condicionado da Danfoss. Disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana, os participantes podem estudar de acordo com a sua conveniência. Para ter acesso gratuito ao Danfoss Learning o usuário deve se registrar no site http://learning.danfoss. com/portuguese.

Vem aí o Anuário HVACR em Foco 2015 • Trilingue (Português, Inglês e Espanhol); • QR Code; • Ricamente ilustrado; • Versão digital e mais: • Informações sobre Economia, Educação e Eventos. ... e mais: Economia, Educação e Eventos

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Capa

Refrigeração, Mercado em Expansão

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A

indústria de alimentos do Brasil ocupa um lugar de destaque no cenário econômico nacional e internacional, por isso, cabe ressaltar a importância da refrigeração na alimentação. Aliás, sua conservação pela aplicação de baixas temperaturas é um método antigo. Baseia-se na inibição total ou parcial dos agentes de deterioração e pode ocorrer pelo resfriamento ou congelamento do produto. Na refrigeração a temperatura é mantida entre -1 e 8 ºC, não há mudança de fases, e o produto é conservado por dias ou semanas. No congelamento a temperatura é mantida abaixo de -18 ºC, ocorre mudança de fase da água livre do alimento, com redução da atividade de água, o que permite a conservação do produto por meses ou anos. Para cada produto existe uma temperatura ótima de refrigeração, e temperaturas inferiores as indicadas podem causar danos pelo frio, ocasionando a redução da qualidade do alimento. Pode-se aplicar um pré-tratamento para assegurar a eliminação de agentes patogênicos nos alimentos a serem armazenados a baixas temperaturas, pois a sua redução não melhora as características dos produtos, apenas conserva-as. Outro destaque diz respeito a embalagem dos produtos refrigerados ou congelados, que tem um papel fundamental na conservação, e devem ser resistente ao processo de congelamento, descongelamento e impermeável ao vapor d água. Com um olhar mais macro sobre a refrigeração e a alimentação, é importante ressaltar que o aumento da população urbana e as demandas da vida moderna são dois fatores chaves para o seu desenvolvimento, sobretudo no setor Comercial. A utilização dos equipamentos desse setor cresce a cada dia, e a tendência é que as coisas continuem assim. Os desdobramentos do aumento da população e as demandas da vida moderna fizeram crescer significativamente o número de supermercados, padarias, panificadoras com o conceito de conveniência, restaurantes, bares, lojas de conveniência entre outros estabelecimentos que necessitam de freezers, expositores de bebidas, balcões comerciais e diversos equipamentos de refrigeração. A tendência de expansão nesse segmento não ocorre apenas no Brasil. De acordo com um estudo da consultoria Transparency Market Research, o mercado global de equipamentos de refrigeração comercial crescerá 60% entre 2012 e 2018, o que significa uma média superior a 8% ao ano. Os dados apontam para a Ásia como a região com maior crescimento, mas a América Latina também tem ótimas perspectivas, em função de novas necessidades de uso da refrigeração comercial. “O crescimento das atividades comerciais envolvendo produtos alimentícios que necessitam da refrigeração é a principal causa dessa demanda maior. O desenvolvimento econômico e a expansão do turismo também contribuem para esse crescimento”, diz a pesquisa.

Bola da Vez A refrigeração comercial pode ser descrita como “a bola da vez” no mercado, pois existe um amplo espaço para ser explorado. O seu desenvolvimento está diretamente ligado às transformações no modo de vida das pessoas. Há cada vez mais gente vivendo nas cidades e com menos tempo para se dedicar à preparação das refeições. Isso leva, por exemplo, à maior utilização de alimentos congelados, prontos ou parcialmente preparados. Ao mesmo tempo, quando dispõem de maior renda, essas pessoas querem desfrutar das comodidades e compensações da vida moderna, como comer fora, tomar um sorvete, encontrar-se com os amigos em um bar entre outras oportunidades. Como reflexo, há um forte crescimento do número de montadoras de equipamentos. Hoje, dezenas de empresas, em todos os cantos do Brasil, se dedicam a produzir freezers, expositores, balcões entre outros equipamentos que atendem às necessidades dos mais diversos tipos de estabelecimentos comerciais. Os atuais refrigeradores comerciais buscam, cada vez mais, incorporar recursos e tecnologias que os tornem mais duráveis, mais eficientes do ponto de vista energético e mais sustentáveis. Ao mesmo tempo, existe uma crescente preocupação com o design dos equipamentos. Um dos objetivos é ­torná-los mais bonitos e chamativos, o que inclui, por exemplo, o uso de cores fortes. Além disso, pretende-se facilitar a sua utilização, aumentar sua praticidade e proporcionar possibilidades de interação com o usuário. Oportunidades O potencial do segmento de refrigeração comercial deve ser considerado por todos os profissionais e empresas que atuam no setor. Além das montadoras e dos fabricantes de peças e componentes, que já estão trabalhando fortemente no desenvolvimento e lançamento de novos produtos, há muito espaço para a atuação de dois outros públicos: as revendas especializadas e os refrigeristas. Com a maior utilização de equipamentos de refrigeração comercial, já cresceu também a demanda por peças e componentes, por orientação especializada, por serviAlguns fatores que impulsionam o mercado: • Evolução contínua da tecnologia; • Novas tendências no consumo de alimentos; • Crescimento do comércio de alimentos em geral; • Expansão das cadeias de supermercados; • Fortalecimento das redes de fast food; • Aumento das exportações de alimentos processados, frutos do mar, frutas e vegetais frescos. Fonte: Transparency Market Research


Capa ços de manutenção preventiva e corretiva. O mercado está sempre mudando e abrindo novas oportunidades. O aumento da utilização da refrigeração comercial é um exemplo muito claro disso. É preciso, portanto, estar atento às tendências e se preparar para enfrentar novos desafios, aprendendo e se atualizando constantemente. O engenheiro da Heatcraft do Brasil, Armando Coelho concorda e acrescenta; “É exatamente isso, que faz com que o crescimento na parte de resfriados e congelados numa loja seja na ordem de 10 a 15% ao ano. Em uma loja, no que diz respeito ao faturamento na parte de resfriados e congelados, há dez anos chegasse a marca dos 30 por cento, atualmente esse número é o dobro: 60 por cento”. Indagado se esses números atendem a escala mundial, Armando responde que sim; “Apesar que lá fora o mercado é mais maduro”, analisa. Mercado Nacional Dentre os pontos crescente para aplicação de Refrigeração Comercial, destaque para os supermercados e as panificadoras. Hoje, elas são sinônimos de locais confortáveis, acolhedores, onde é possível tomar um café, fazer um lanche ou degustar um bufê de sopas entre outras opções, sentado à mesa, como se estivesse em um restaurante. Isso porque o setor despertou para novas tendências, se adaptou, cresceu e apareceu. Tanto que nele não há crise, ao contrário, seus empresários só falam em crescimento constante. Segundo o Sebrae Nacional, “a panificação e confeitaria é o segundo setor que mais cresce no

Brasil, no segmento de foodservice (alimentação fora do lar)”. Segundo o órgão, em 1999, foram atendidos 36,4 milhões de clientes, hoje esse número saltou para 50 milhões de clientes diários nas padarias do País (cerca de 25% da população), que servem 10,5 milhões de refeições/dia. Aproximadamente 63,2 mil panificadoras compõem o mercado da panificação e confeitaria no Brasil, das quais 60 mil são micro e pequenas empresas. O setor gera mais de 700 mil empregos diretos, dos quais 245 mil (35%) concentram-se na produção. Cento e vinte e sete mil empresários comandam esse mercado no País. No ano passado, o faturamento estimado do setor foi de R$ 49, 4 bilhões, segundo levantamento da Abip (Associação Brasileira da Indústria da Panificação). A panificação está entre os seis maiores segmentos industriais do País, com participação de 39% na indústria de produtos alimentares e 8% na indústria de transformação. O presidente da Abip, Antero José Pereira informa que, este ano, o faturamento do setor deverá crescer em torno de 15%. “Ouso dizer que nosso setor não viu crise; ao contrário, com a tendência das pessoas ficarem mais em casa, o consumo dos nossos produtos aumentou”, explica Antero. No ano passado, a taxa de crescimento do faturamento das panificadoras e confeitarias no País ficou em cerca de 13%. As novas características do setor foram registradas no ‘Estudo de Tendências: Perspectivas para a Panificação e Confeitaria 2009/2017’, realizado por meio de convênio entre o Sebrae Nacional e a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip). Supermercados O mesmo vale para lojas de supermercados, incluindo hipermercados e minimercados. No entanto, nestes casos, num planejamento, a porcentagem que vai para o frio é relativa. Para Armando, depende muito do tamanho da loja. “Hoje existem quatro perfis de lojas. No Brasil, basicamente, há dois tipos de perfis que estão se mantendo, que são os supermercados - lojas na média entre mil, mil quinhentos e dois mil metros quadrados. Um exemplo são as lojas do Pão de Açúcar (GPA), de tamanho médio, que decide com que marcas vai trabalhar e tem as suas regionais. Há também as grandes redes que são os hipermercados, como o Extra, Wall

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Mart ou Carrefour. São lojas acima de dois mil metros quadrados, onde se encontram, também, linha branca, linha de eletrodomésticos, pneus, acessórios em si, ou seja: não são só produtos de alimentação. E há também os mini mercados que são aquelas lojinhas pequenas que estão num momento crescente.” Para os casos descritos, no que diz respeito aos refrigerados e congelados, as lojas investem um valor que fica entre 20 a 30% do valor total da loja. Naturalmente este número é proporcional ao dimensionamento e outras variáveis de seu perfil. E, por último, há, ainda, lojas que necessitam de uma reforma, de um retrofit, objetivando a uma situação melhor de desempenho. São duas frentes principais para oferecer soluções mais avançadas às montadoras: a redução do consumo de energia e a utilização de fluidos refrigerantes de baixíssimo impacto ambiental. Esse é um aspecto fundamental também para os estabelecimentos comerciais, que precisam controlar seus custos para manter a competitividade. Números Segundo divulgado pela Abrasnet (Associação Brasileira de Supermercados), em 2013, o autosserviço alimentar chegou ao décimo ano seguido de expansão real em suas vendas, alcançando uma impressionante série histórica. Apesar de todas as desconfianças enfrentadas no início de 2013, quando a inflação era uma ameaça ainda mais real do que é agora ao desempenho do varejo nacional, o setor apresentou crescimento de 5,5% nas vendas, segundo o estudo anual da Nielsen: Estrutura do Varejo Brasileiro. A receita nominal do autosserviço teve incremento de 12%, e em valores absolutos o setor faturou R$ 272,2 bilhões em 2013 contra R$ 243 bilhões em 2012, ano em que a expansão real havia sido de 2,3% e o crescimento nominal tinha ficado em 8,3%. Todos os demais indicadores da pesquisa apresentaram ligeira alta. De qualquer forma, a expansão do faturamento foi com sobra o indicador com maior variação positiva. O número de check-outs, por exemplo, teve expansão de 0,2%, alcançando 210,6 mil. A área de vendas também cresceu, 0,3%, aproximando-se de 21,1 milhões de metros quadrados. O número de lojas ficou pertinho dos 84 mil, 0,4% a mais que em 2012, e o de funcionários em 988,5 mil em 2013, contra 986,1 mil no ano anterior. A variação dos dados físicos de um ano para o outro, como se vê, é bem discreta, havendo, no jargão econômico, empate técnico na maioria dos casos. Em termos de números de lojas, a variação só é percebida quando se vai além da vírgula. Assim é possível perceber que a variação de 0,4% nesse item, em números

absolutos se traduz em 83.522 lojas em 2012 e 83.914 lojas em 2013. Os supermercados (lojas com dois ou mais check-outs) perderam importância no total de lojas de autosserviço ao apresentar ligeira retração: -0,03%, caindo de 38.767 em 2012 para 38.752 no ano passado. Contudo, isso não impediu as lojas com dois ou mais check-outs de continuar a aumentar sua participação no faturamento do autosserviço. Conforme o estudo, a importância dos supermercados cresceu pelo 13º ano consecutivo e chegou a 92,7%, contra 92,5% em 2012; mais uma demonstração da força dos supermercados, cuja expansão em receita, analisada isoladamente, foi maior que a soma de todo o autosserviço, ficando em 12,3% nominal e 5,8% real. Macroanálises “Nosso setor ainda colhe os frutos da inserção de milhões de pessoas no mercado de consumo, do aumento da massa salarial, do crescimento no número de brasileiros empregados e da expansão no consumo


Capa de itens com maior valor agregado. A gente sabe que esse período não durará para sempre, mas ainda há muita demanda reprimida no Brasil”, diz o presidente da Abras, Fernando Teruó Yamada. Prova de que o varejo vive momento distinto da economia brasileira — que já foi mais pujante num passado recente — está na relação Produto Interno Bruto (PIB) e faturamento do autosserviço. Em 2013, o PIB subiu 2,3%, contra 5,5% de crescimento na receita do autosserviço. O resultado dessa relação foi que o setor ganhou mais 0,1 ponto percentual (p.p.) de participação no PIB em 2013, indo para 5,6%. “Os números não deixam dúvidas quanto à importância do mercado interno no desempenho econômico do País”, afirma o consultor de economia da Abras, Flávio Tayra. Se o desempenho do varejo tivesse sido pior, o PIB seria inferior aos já tímidos 2,3% alcançados no ano passado. Mas mesmo com os argumentos usados por Yamada para justificar o crescimento apresentado pelo setor em 2013, o primeiro semestre do ano esteve cercado de inseguranças. No caso do varejo, a inflação era a maior ameaça. Os gastos crescentes do setor público e a necessidade de reajustes nos preços de serviços e itens administrados pelos governos pres-

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sionavam o índice. “Mas o governo federal segurou os reajustes e desonerou de tributos itens da cesta básica, o que ajudou a manter a inflação em níveis aceitáveis, sobretudo nas lojas de autosserviço alimentar”, diz Tayra. Como se vê, a refrigeração comercial conquistou um grande espaço do mercado nos últimos anos. Quer seja em importância quer seja em tecnologia. Mesmo com a desaceleração da economia, o setor apresenta oportunidades de crescimento. Dessa forma, as condições e perspectivas do setor de Refrigeração Comercial se constituem em importante instrumento de planejamento paras as empresas do setor, bem como para empresas usuárias. Um momento importante para quem se preparar, crescer junto com o segmento da refrigeração comercial?

Fontes: • Abras (Associação Brasileira de Supermercados) • Heatcraft do Brasil: www.heatcraftbrasil.com.br • Revista Clube da Refrigeração • Revista SuperHiper de abril/2014.


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Gestão do RH

Por que usar o celular e redes sociais de forma excessiva? Por Eduardo Guedes para o RH.com.br

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N

ão faz muito tempo que para falar com alguém precisaríamos ligar para o telefone fixo da pessoa. Conhecíamos as vozes dos pais, irmãos, filhos, marido ou esposa. Tínhamos certa disciplina e normas de etiqueta social, pois telefonar muito tarde para a casa de alguém significaria, possivelmente, acordar a sua família inteira. Tínhamos também certo planejamento, pois marcar um encontro no final de semana exigia pontualidade no horário e local previamente acordado.

O mundo evolui. E evoluiu rápido, felizmente. O telefone fixo, que antes era patrimônio declarado no imposto de renda, deixou de ser a estrela da casa. Cada membro da família ganhou o seu telefone particular. Na verdade, mais do que isso, receberam poderosos computadores de bolso que funcionam como tocadores de músicas, despertador, e-mail, GPS, mensagens instantâneas, câmera fotográfica, gravador, entre milhares de outras funções. Sem dúvida, não podemos negar os benefícios que os avanços das tecnologias de informação e comunicação (TICS) produziram e produzem. Desde as tecnologias mais antigas, como a pintura rupestre, o propósito original sempre foi otimizar o tempo, encurtar distâncias ou nutrir as relações humanas. Através do Waze, você consegue escolher as melhores rotas, fugir do transito e otimizar o seu tempo; com o WhatsApp, você compartilha momentos com fotos e emoticons enviados para a sua esposa e filhos; e através das redes sociais se comunica com pessoas distantes com quem não falaria normalmente no dia a dia. O curioso é que estas mesmas tecnologias que aproximam pessoas distantes, se mal utilizadas, também distanciam pessoas próximas, prejudicam o tempo e servem como gatilho de problemas relacionais. Na verdade, o problema não é a tecnologia em si, ou o tempo que você dedica, mas sim o uso abusivo e a forma com que se relaciona com a tecnologia. A esposa que briga com o marido pela mensagem que foi lida, mas não foi respondida naquele mesmo instante; a família que mal conversa entre si durante os almoços de domingo, pois cada um prefere ficar mergulhado no mundo particular de seus dispositivos e apps; e as horas de sono perdidas em navegações intermináveis madrugada adentro no mural do Facebook. O mundo das tecnologias é mesmo muito convidativo, benéfico e transformador, mas pode se tornar um universo raso, de muitas interações e pouca profundidade e, também, palco de fuga ou idealizações.

Assim como aconteceu com a chegada do jornal, do rádio e da televisão, a internet está atualmente transformando o hábito da sociedade. Em paralelo a vida real há uma sociedade virtual, movida por meio das novas tecnologias. Em função disso, as pessoas também estão vivendo vidas paralelas: uma real e uma virtual. Através da internet, elas adicionam novos amigos, namoram, compram, trabalham, ganham dinheiro, pesquisam, estudam, escrevem mensagens no lugar de bilhetes ou cartas. O problema é que muitos agem como se tivessem de fato duas personalidades, o que na verdade é uma ilusão. A vida virtual é uma extensão da vida real e não um substituto ou uma alternativa. O mecanismo do prazer, vivenciado através de redes sociais, estimula uma determinada área do cérebro conhecida como córtex cerebral e ativa um sistema de recompensa equivalente a se alimentar, dormir, praticar sexo, ganhar dinheiro etc. O uso abusivo destas tecnologias ativa o mesmo sistema neurobiológico, estimulado no consumo de álcool e drogas, liberando no corpo substâncias como a dopamina, que geram uma sensação de prazer. Entretanto, na prática, o usuário abusivo começa a, lentamente, substituir as relações na vida real pelo mundo virtual e passa a ter um comportamento repetitivo em busca das mesmas sensações de prazer vivenciadas anteriormente. Em outras palavras: falar de si mesmo gera prazer. Nas conversas normais uma pessoa usa em torno de 30% do tempo para falar de si próprio. Nas redes sociais este indicador sobe para 90%, com possibilidade de um feedback instantâneo, pois muitas pessoas curtem ou comentam a foto ou a mensagem publicada. Entretanto, pesquisas indicam que, mais da metade dos usuários ativos de redes sociais consideram-se mais infelizes do que os seus amigos virtuais, pois substituem as relações na vida real pelo mundo virtual e vivem uma história editada, que não conseguem sustentar no dia a dia. No Facebook e Instagram, não existe crise financeira nem problemas conjugais, todos têm dinheiro, o emprego dos sonhos, o casamento perfeito, viagens maravilhosas etc. Vivemos realmente tempos barulhentos. Nossa cultura ensina que é preciso produzir sempre mais como indicador de sucesso ou felicidade. Dentro deste contexto, precisamos postar e compartilhar numa tentativa de gritar ao mundo o desejo de pertencimento e alimentar a satisfação do próprio ego. Nos casos mais graves, as redes sociais passam a ser um palco sombrio de fuga ou idealização, em uma peça de teatro inventada, mas que sempre terá plateia cheia.


Educação

Senai é destaque na WorldSlills

O

Brasil foi o país que conquistou o maior número de medalhas na WorldSkills São Paulo 2015. O resultado foi conhecido na noite deste último domingo, 16 de agosto, durante cerimônia de encerramento realizada no Ginásio Ibirapuera, em São Paulo. Entre os 59 países da Competição, a Delegação brasileira conquistou um total de 27 medalhas (11 de ouro, 10 de prata e seis de bronze). Foi o melhor resultado conquistado pelo Brasil na WorldSkills Competition desde 1983, quando o país começou a participar da Competição. Na última edição, realizada em Leipzig (Alemanha) em 2013, o Brasil teve quatro medalhas de ouro, cinco de prata e três de bronze. Três países receberam o prêmio Albert Vidal, que reconhece os que tiveram o melhor desempenho na Competição. Os grandes vencedores foram: o brasileiro Luís Carlos Sanches Machado e o sul-coreano Jeong Woo Seo, que competiram em Tecnologia Automotiva; e a britânica Rianne Chester, da ocupação Estética e Bem-Estar. A Coreia do Sul teve 26 medalhas (13 de ouro, oito de prata e cinco de bronze), enquanto que o Reino Unido ficou com oito medalhas (três de ouro, três de prata e duas de bronze).

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A cerimônia foi muito emocionante, já que além de nomear os melhores das 50 ocupações da WorldSkills São Paulo 2015, também premiou o melhor de cada nação (Best of Nation). O encerramento foi embalado pelo agitado show do grupo carnavalesco Monobloco, que animou os quase oito mil convidados presentes. O Presidente da WorldSkills, Simon Bartley, parabenizou todos os competidores por sua dedicação e comentou: “Agora vocês têm a responsabilidade de levar as experiências e os ensinamentos que tiveram aqui e ajudar a promover a educação profissional em seus países”. O presidente da CNI (Confederação Nacional das Indústrias), Robson Braga de Andrade, se mostrou orgulhoso pelos resultados obtidos. “A WorldSkills São Paulo 2015 atingiu todas as metas e em muitos aspectos superou as expectativas da organização”, complementou. Emoção toma conta da festa Os mestres de cerimônia do evento, o ator Otaviano Costa e a apresentadora Didi Wagner, anunciaram os vencedores nas 50 diferentes ocupações com muita empolgação. Após receberem as medalhas no palco,


alguns competidores deram depoimentos emocionados no backstage. “É incrível a sensação de ser reconhecido a este ponto. Me faz ter certeza do profissional do que eu quero ser”, declarou Kaio Junio Silva, competidor brasileiro, medalha de ouro em Tecnologia da Moda. Vencedora na categoria Vitrinismo, a holandesa Nadine Klington, mal podia acreditar na vitória. “É uma loucura! Eu mal consigo pensar em qualquer coisa. Estou me sentindo eufórica com essa conquista”, contou. A medalha de ouro também foi surpresa para o brasileiro Felipe Gutierra, de Polimecânica e Automação. “Foi inesperado. Eu achei que não tinha ido muito bem. Então, a vitória me surpreendeu”, revelou. Alguns competidores estavam confiantes desde o início: “O meu foco o tempo todo era me manter positiva. Não importa o que acontecesse, eu persistia”, declarou a irlandesa Alina Sile, da ocupação Serviço de Restaurante. A noite foi encerrada com um vídeo apresentando a cidade sede da próxima edição da WorldSkills Competition, Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, em 2017. Para fechar, houve a entrega simbólica da bandeira da WorldSkills aos anfitriões da 44° edição do evento. Os grandes números da Competição enaltecem sua realização. Pela primeira vez na América Latina, a WorldSkills Competition deixa uma marca em sua história. A WorldSkills São Paulo 2015 (43ª edição do evento) recebeu mais de 250 mil visitantes, acima da média esperada, que visitaram 213 mil m² das estruturas montadas no Anhembi Parque especialmente para que o público soubesse mais sobre as oportunidades da educação profissional. De 12 a 15 de agosto, os participantes puderam participar de programas voltados para o multiculturalismo, conferências nacionais e internacionais, atividades interativas,

tiveram acesso a informações específicas de cada ocupação e, ainda, puderam interagir de casa, pois o evento foi todo planejado para ser acessado e conhecido online. Olimpíada mundial das profissões reunirá aproximadamente 1.200 competidores de mais de 60 países em São Paulo - 3 agosto 2015 O Brasil é a sede da 43ª edição da WorldSkills Competition, a maior Competição de educação profissional do mundo. Neste ano, o evento, que será realizado de 12 a 15 de agosto, no Anhembi Parque, em São Paulo, reunirá aproximadamente 1.200 jovens competidores de mais de 60 países e regiões, que disputarão o título de melhor profissional do mundo em 50 ocupações técnicas, como robótica, tornearia a CNC, desenho mecânico, soldagem, construção de moldes, eletricidade industrial, web design e confeitaria. A expectativa dos organizadores - a WorldSkills International e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) - é que cerca de 200 mil visitantes acompanhem as provas e participem dos eventos paralelos da competição, cuja cerimônia de abertura será em 11 de agosto no Ginásio Ibirapuera. Nas provas, os competidores executam tarefas do dia a dia do trabalho nas empresas. Por exemplo, os jovens que competem na ocupação de mecatrônica, precisam desenvolver um sistema automatizado para um processo industrial, como a colocação de tampas em garrafas de bebidas. Os competidores da ocupação de tornearia CNC são desafiados a produzir peças e componentes metálicos utilizando o computador. Os de marcenaria devem fabricar móveis e, os de panificação, diversos tipos de pães. Vencem aqueles que fazem a prova dentro dos prazos e dos padrões internacionais de qualidade. Os ganhadores


Educação (2007), Calgary, no Canadá (2009), Londres, na Inglaterra (2011), e Leipzig, na Alemanha (2013). “A realização de um evento dessa magnitude no Brasil demonstra a importância da educação profissional para as empresas, o governo e a sociedade”, diz o CEO da WorldSkills São Paulo 2015, Frederico Lamego. A competição ocupará 213 mil metros quadrados do Anhembi Parque, abrangendo Pavilhão de Exposições, Sambódromo e Palácio de Convenções. Este é o maior evento já recebido pelo espaço e esta é a primeira vez na história que são utilizadas simultaneamente as três áreas do complexo.

das medalhas de ouro, prata e bronze serão anunciados na cerimônia de encerramento, marcada para 16 de agosto, também no Ginásio Ibirapuera. Podem participar da WorldSkills São Paulo 2015, jovens até 22 anos de idade, que passaram por cursos de formação profissional. Para disputar o título de melhor do mundo nas profissões que escolheram, os Competidores passam por seletivas escolares e nacionais. Os que alcançam os índices técnicos internacionais garantem a vaga para a competição mundial, que aceita apenas um representante de cada país em cada ocupação. O Brasil participará desta edição da WorldSkills Competition com 56 Competidores. Desses, 50 são estudantes do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e seis do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) Essa é a primeira vez que a WorldSkills Competition ocorre em um país da América Latina. Nos últimos anos, a competição bienal já passou por Shizuoka, no Japão

Os organizadores da WorldSkills São Paulo 2015 WorldSkills International: A instituição, que reúne 74 países e regiões Membros, entre os quais está o Brasil, estimula a formação profissional dos jovens e apoia o desenvolvimento e a preparação de profissionais para a indústria e o setor de serviços. Sua atuação abrange as áreas de pesquisa, promoção de competências, construção de carreiras, educação e formação, cooperação internacional e desenvolvimento. Realiza a competição internacional desde 1950. SENAI: O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) é um dos cinco maiores complexos de educação profissional do mundo e o maior da América Latina. Mantém cursos voltados a 28 áreas da indústria brasileira, desde a iniciação profissional até a graduação e pós-graduação tecnológica e, desde que foi criado, em 1942, formou 65 milhões de trabalhadores. Atualmente, tem 518 unidades fixas e 504 unidades móveis em 2,7 mil municípios. O SENAI também mantém uma rede de institutos de inovação e tecnologia que presta serviços laboratoriais e de desenvolvimento de produtos e processos para a indústria. AS OCUPAÇÕES TÉCNICAS DA WORLDSKILLS SÃO PAULO 2015 Área de tecnologias de manufatura e engenharias Polimecânica e Automação; Manufatura Integrada; Mecatrônica; Desenho Mecânico em CAD; Tornearia a CNC; Fresagem a CNC; Soldagem; Eletrônica; Eletricidade Industrial; Robótica Móvel; Construção de Estruturas Metálicas; Engenharia de Moldes para Polímeros; Modelagem de Protótipos; Caldeiraria; Manutenção Industrial. Área de tecnologia da informação e comunicação Redes de Cabeamento Estruturado; Soluções de Software para Negócios; Tecnologia de Mídia Impressa; WebDesign; Gestão de Sistemas de Redes TI. Área de tecnologias da construção civil e edificações Escultura em Pedra; Aplicação de Revestimentos Cerâmicos; Instalações Hidráulicas e de Aquecimento; Instalações Elétricas Prediais; Construção em Alvenaria; Construção em Estucagem; Pintura Decorativa; Movelaria; Marcenaria de Estruturas; Carpintaria de Telhados; Jardinagem e Pai-

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sagismo; Refrigeração e Ar-Condicionado; Construção de Estruturas para Concreto. Área de transporte e logística Funilaria Automotiva; Manutenção de Aeronaves; Tecnologia Automotiva; Pintura Automotiva; Manutenção de Veículos Pesados. Área de moda e criatividade Joalheria; Florista; Tecnologia da Moda; Design Gráfico; Vitrinismo. Área de serviços Cabeleireiro; Estética e Bem-Estar; Confeitaria; Cozinha; Serviço de Restaurante; Cuidados de Saúde e Apoio social; Panificação. Atrações para os visitantes Além de acompanhar as provas da competição, os visitantes poderão participar de várias atividades, como jogos e interações digitais, em que terão informações sobre as profissões técnicas e sobre a WoldSkills. O objetivo é valorizar a educação profissional e dar orientações para quem quer escolher uma profissão ou mudar de carreira. Entre essas ações estão: • Cyber - A área de 500 metros quadrados situada no Pavilhão de Exposições é dedicada a atividades educativas, ao descanso e à alimentação. No local, os visitantes encontrarão mesas interativas, publicações digitais, vídeos, jogos, espaços de leitura e muro de escalada, além de uma praça de alimentação com food trucks. • Knowledge Spot - Os Pontos de Conhecimento, localizados junto à área de provas de cada uma das ocupações, oferecerão aos visitantes atividades com simuladores e vídeos em 3D que mostrarão, entre outras coisas, o trabalho e as habilidades pessoais e técnicas das profissões da WorldSkills. As atividades serão mediadas por professores e alunos do SENAI e do Senac. • WorldSkills Digital Challenge - O evento, que será realizado no Palácio de Convenções, é uma competição entre 20 profissionais brasileiros. A partir de problemas propostos por organizações não-governamentais, eles se dividirão em times e desenvolverão sites, aplicativos, protótipos ou produtos que solucionam problemas e ajudam projetos de responsabilidade social. • Plataforma digital - Um grande hub de conteúdo sobre o evento, criada especialmente para levar a experiência da Competição para o ambiente online, trazendo ao público nacional e internacional, a possibilidade de acompanhar tudo o que acontecerá em São Paulo. A Plataforma engloba quatro pilares estratégicos: tour virtual, cobertura em tempo real, geração de conteúdo para mídias sociais e aplicativo mobile.

• WorldSkills Village - A exposição internacional reunirá estandes dos países e regiões Membros da WorldSkills International, além de parceiros do evento. É um espaço de troca de informações entre patrocinadores, parceiros governamentais e da indústria, líderes, instituições de educação, entidades públicas e convidados. Trata-se de uma vitrine global de melhores práticas, em que os 25 expositores oferecerão atividades, produtos e serviços voltados à inovação e à educação profissional. • WorldSkills Connect – Trata-se de um Sistema online que permite encontros com indivíduos que tenham interesses parecidos, assim como o agendamento de reuniões durante a Competição no Partnership Hall (www. worldskillsconnect.com). • Partnership Hall - O local é destinado a reuniões formais e informais entre líderes de instituições de educação profissional, treinamento e da indústria. • Unidades móveis - Um conjunto de unidades móveis estacionadas no Anhembi Parque mostrará aos visitantes os ambientes em que o SENAI e o Serviço Social da In-


Educação dústria (SESI) oferecem serviços, cursos e workshops de formação inicial continuada de curta duração em municípios e regiões onde não existem escolas fixas do SENAI e do SESI. As unidades móveis têm toda a infraestrutura e a qualidade das oficinas, laboratórios e salas de aulas das escolas fixas. • Live streaming – Haverá transmissão ao vivo durante as cerimônias de abertura e encerramento, assim como no Fórum de Líderes. Acesse os sites www.worldskillssaopaulo2015.com e www.worldskills.org para os links. Eventos paralelos • Programa de Conferências - O evento, cujo tema é Inspirando o Desenvolvimento e a Excelência das Competências Técnicas, reunirá líderes da indústria, representantes do governo e de instituições da área de ensino. Nas palestras que ocorrerão de 11 a 16 de agosto, no Auditório Elis Regina, serão discutidas tendências, melhores práticas, novas tecnologias e políticas públicas inovadoras de educação profissional. O programa incluirá visitas técnicas a escolas do SENAI e indústrias. • Fórum de Líderes - O fórum, marcado para 13 de agosto tem como tema Um olhar estratégico sobre as soluções de treinamento inovador da indústria. Reunirá 500 pessoas entre empresários, representantes do governo, instituições de educação, da WorldSkills, patrocinadores e parceiros. Eles discutirão com Jim Carroll, especialista em inovação e tendências que também é conferencista do TED, as estratégias das empresas para inovar e alcançar o sucesso em um mundo em constante evolução. • Programa Uma Escola, Um País - Os competidores da WorldSkills São Paulo 2015 mostrarão aos alunos de 55 escolas paulistas que a educação profissional é um bom caminho para a construção de uma carreira. Um grupo de competidores de cada país visitará uma escola na qual participarão de atividades culturais para estimular a troca de informações e experiências com os alunos do ensino fundamental e do 1º ano do ensino médio, com idade entre 12 e 15 anos.

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• Festival SESI de Robótica FIRST LEGO League - O festival reunirá, de 12 a 15 de agosto, mais de 500 estudantes de 9 a 15 anos de idade, de escolas públicas e particulares de São Paulo. Eles se dividirão em 64 equipes e apresentarão projetos de pesquisa e realizarão missões com robôs com soluções para a coleta, o manejo, o destino e o reaproveitamento do lixo. Os robôs usados no festival serão montados, testados e programados pelos estudantes, utilizando kits da Lego. • Brasil Fashion - O evento de moda será realizado em 13 de agosto, das 15h às 19h, no Palácio de Convenções, no Auditório Celso Furtado. Reunirá estilistas, modelos e especialistas brasileiros de renome internacional para debater a importância do vestuário e das indústrias do setor no Brasil, destacando o papel da educação profissional no mercado de moda. Realizada a cada dois anos, a WorldSkills Competition é a maior competição de educação profissional do mundo. Competidores de mais de 60 países das Américas, Europa, Ásia, África e Pacífico Sul simulam desafios das profissões que devem ser cumpridos dentro de padrões internacionais de qualidade. Eles demonstram habilidades técnicas individuais e coletivas para executar tarefas específicas de cada uma das ocupações profissionais. Ao longo de seus 65 anos de história, a Competição reúne jovens qualificados de todo o mundo que trocam experiências de seus ofícios. Eles representam os melhores alunos selecionados em olimpíadas de educação profissional de seus países, realizadas em etapas regionais e nacionais. É a primeira vez na história que a WorldSkills Competition será realizada na América Latina. Na 43ª edição, em 2015 em São Paulo, espera-se superar o número de competidores registrado em Leipzig, Alemanha, em 2013 – mais de 1.000 participantes de 53 países disputaram medalhas em 46 ocupações. Desta vez, quem organiza a competição é o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI),detentor de um dos cinco maiores complexos de educação profissional do mundo.


An

ncio Sigmaterm


Giro da Engenharia

A

Prefeitura do Rio de Janeiro divulgou na última sexta-feira, 16 de outubro, um novo balanço sobre o andamento das obras para a Olimpíada de 2016. Das 16 novas instalações que estão sendo construídas, duas já foram concluídas: os circuitos de mountain bike e BMX, em Deodoro. Já as outras nove atingiram ou ultrapassaram 90% de execução: as três Arenas Cariocas, o Centro Principal de Mídia (MPC), o Centro Internacional de Transmissão (IBC), a Arena do Futuro e o Estádio Aquático - todas no Parque Olímpico -; o circuito de canoagem slalom, em Deodoro; e a Vila dos Atletas.

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Obras de nove instalações dos Jogos Olímpicos de 2016 já ultrapassaram 90% de conclusão

CONFIRA O BALANÇO: PARQUE OLÍMPICO - 92% O Parque Olímpico não está na conta das 16 novas instalações por ser um conjunto de instalações esportivas e não esportivas que têm seus percentuais calculados separadamente. A evolução das obras no local como um todo, no entanto, também é calculada. • Arena Carioca 1:.............................. 94% • Arena Carioca 2:............................. 96% • Arena Carioca 3:............................. 97% • IBC:..................................................... 97% • MPC:................................................... 90% • Hotel:.................................................. 84% • Velódromo:....................................... 70% • Centro de Tênis:.............................. 80% • Arena do Futuro:............................. 96% • Estádio Aquático:............................ 94% • Vila dos Atletas:.............................. 97%

DEODORO • Pista de mountain bike:................ 100% • Pista de BMX:.................................. 100% • Circuito de canoagem slalom:.... 98% • Arena da Juventude:..................... 68%


Giro da Engenharia Concurso Público em Campinas apontará melhor projeto para Casa da Sustentabilidade

O

prefeito de Campinas, Jonas Donizette, lançou em 15 de outubro, o Concurso Público Nacional de Arquitetura para projeto da Casa da Sustentabilidade, idealizado pela Administração Municipal, por meio da Secretaria do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. A organização está a cargo do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB). O projeto será executado por meio de uma parceria público-privada. A Casa da Sustentabilidade será o primeiro centro de exposição permanente de tecnologias sustentáveis do País, com possibilidades alternativas de projetos, materiais e métodos construtivos com base em soluções socialmente justas, economicamente viáveis e ecologicamente corretas.

O julgamento para a escolha do melhor projeto será feito por cinco profissionais de arquitetura indicados pela Prefeitura Municipal de Campinas e IAB. A premiação para o concurso será financiada pelo PROAM (Fundo de Recuperação, Manutenção e Preservação do Meio Ambiente) O arquiteto que apresentar o melhor projeto será automaticamente contratado para realizar o projeto detalhado (projeto executivo) e receberá pelo trabalho o valor de R$ 300 mil, sendo R$ 50 mil recebidos no dia da premiação e o restante no valor de R$ 250 mil, no decorrer das etapas do detalhamento do projeto. A premiação ocorrerá no dia 26 de fevereiro. O terceiro colocado receberá o valor de R$ 20 mil e o segundo melhor trabalho receberá R$ 30 mil reais.

Regras Todas as regras e critérios para participar do Concurso Nacional de Arquitetura para o projeto da Casa da Sustentabilidade, estão disponíveis no site: http://www.iabsp.org.br/casadaustentabilidade. As inscrições podem ser feitas até o dia 22 de janeiro de 2016, sendo que os trabalhos poderão ser entregues até o dia 29 de janeiro de 2016, enviados digitalmente em arquivo pdf para o e-mail: casadasustentabilidade@iab.org.br

O terreno O novo espaço de referência ambiental, terá uma área construída de 2 mil metros quadrados, em de um terreno de 5 mil metros quadrados, na Lagoa do Taquaral. O terreno está localizado no portão 5 do Parque Portugal, atrás da sede da Guarda Municipal. Além da aplicação dos conceitos de sustentabilidade por todo o projeto, a casa terá o papel educacional, ao demonstrar didaticamente o modo de aplicação das soluções sustentáveis. O prefeito Jonas Donizette ressaltou dois pontos que considera importantes na realização do concurso: o fortalecimento da vocação de Campinas na pesquisa e desenvolvimento de novas tecnológicas, ampliando as inovações para a área da sustentabilidade, e a contribuição para que a construção civil cresça com conceito ecologicamente correto e redução de perdas. “Campinas é referência em tecnologia. Eu acho que a Casa da Sustentabilidade será uma grande contribuição para o meio ambiente, com novas tecnologias sustentáveis, assim como colaborar para que a construção civil conheça e passe a usar novas técnicas e matérias, para evitar o desperdício e promover a diminuição dos custos”, declarou. O presidente do IAB/Campinas, Alan Cury, ressaltou a importância

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do concurso público para o projeto da Casa da Sustentabilidade, como iniciativa democrática para a escolha de projeto de qualidade. Ele lembrou que o projeto arquitetônico da Prefeitura de Campinas também ocorreu por meio de concurso público, marcando a fundação do Núcleo Regional do IAB em Campinas. “Há 58 anos o IAB iniciava suas atividades em Campinas, com um concurso público importante para a construção do prédio do Paço Municipal. Agora, o IAB tem a oportunidade de retomar sua atribuição de promover concurso e projetos, que é a forma mais democrática e plural para a seleção da melhor proposta, com melhor qualidade”, disse. Para o secretário do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Rogério Menezes, a Casa da Sustentabilidade representa a continuidade dos avanços ambientais experimentados por Campinas nos últimos dois anos e meio. “Esse projeto materializa uma visão de desenvolvimento e sinaliza para o futuro, fortalecendo a vocação de Campinas na área tecnológica e também de sustentabilidade. Uma sinalização de que vamos continuar avançando em tecnologias verdes”. Segundo Rogério Menezes, o chamamento público para buscar essas parcerias vai ocorrer, de acordo com o secretário, a partir do projeto detalhado e finalizado pelo arquiteto vencedor do concurso público. Além de servir de referência para exposição de novas tecnologias sustentáveis, o espaço da Casa da Sustentabilidade abrigará a sede do Conselho Municipal do Meio Ambiente. Durante a solenidade de lançamento do concurso público, o prefeito Donizette acenou com a possibilidade de o local abrigar novos conselhos. “Poderemos ter neste local, a casa de todos os conselhos”, sugeriu. Participaram da solenidade, que ocorreu na Sala Azul do Paço Municipal, o secretário do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Rogério Menezes, o presidente do Núcleo Regional do Instituto de Arquitetos do Brasil, em Campinas, Alan Cury, o diretor regional do SECOV (Sindicato da Habitação), Fuad Jorge Cury, ambientalistas e arquitetos.

Empresa nacional implanta parque fotovoltaico no Chile A PRG Engenharia fechou contrato para gerenciamento da obra de uma usina fotovoltaica que será instalada em Quilapilun, região metropolitana de Santiago, no Chile. Com 110 MW de capacidade instalada, o projeto solar é um dos maiores do continente em produção de energia fotovoltaica. Para fazer a gestão do empreendimento, a PRG Engenharia abriu uma empresa na capital chilena, de onde vai comandar as ações para a construção do parque de geração de Energia Solar. A previsão é que a obra seja finalizada em abril de 2016. O contrato foi firmado com a SunEdison, um dos players globais em tecnologia de energia solar fotovoltaica. A participação na execução com sucesso de três grandes projetos para geração de energia solar em Honduras, associada à mesma empresa, credenciou a PRG Engenharia para a gestão e implantação do parque chileno. O país andino é um destino muito concorrido mundialmente no segmento de geração de energia devido a aspectos geográficos, econômicos e sociais. O Chile importa quase todo combustível fóssil que utiliza, e que compõe grande parte de sua matriz energética, o que encarece a geração local. Por isso, as fontes renováveis, como energia solar e eólica, são encaradas como soluções mais inteligentes e econômicas para o país. Aliada a essa conjuntura socioeconômica, a incidência solar no Deserto do Atacama torna o Chile um dos países com maior potencial de produção de energia fotovoltaica. Além disso, o país tem recebido investimentos para geração eólica, por conta dos ventos da costa pacífica, e já tem estudos para viabilizar a geração geotérmica, devido aos vulcões dos Andes. “Com esse projeto, a PRG atende a uma demanda mundial de produção de energia via fontes renováveis e mais baratas. A energia solar pode ter custo até 75% menor que a produzida em usinas a carvão”, avalia João França, sócio-diretor da PRG Engenharia.


Eficiência Energética

O desafio urgente

O

s edifícios são responsáveis pelo menos por 40% da energia utilizada na maioria dos países. O cenário cresce fortemente, como é exemplo o desenvolvimento rápido de construção em países como a China e a Índia. Para o Conselho Empresarial para o Crescimento Sustentável (WBCSD), entidade portuguesa voltada para estas questões, que coordena o projeto EEE (Estudos em Eficiência Energética) e a partir dele divulgou relatório apontando as conclusões do “Projecto Factos e Tendências” também voltado à eficiência energética em edifícios, é essencial agir agora, pois os edifícios podem dar uma grande contribuição para a regressão das alterações climáticas e utilização energética. Mário Pereira, coordenado do EEE diz que o progresso pode começar imediatamente, pois existe atualmente o conhecimento e a tecnologia para reduzir a utilização de energia nos edifícios, enquanto ao mesmo tempo se melhora os níveis de conforto. “As barreiras de comportamento, organizacionais e financeiras colocam-se no caminho da ação imediata e três abordagens podem ajudar a ultrapassá-las: apoio à interdependência, valorização da energia e a transformação de comportamentos.” Segundo Pereira, no que se refere à eficiência energética em edifícios há trabalhos e aplicações já existentes a partir de diálogos com as partes interessadas durante conferências, workshops e fóruns e um estudo de mercado que mede a percepção das

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partes interessadas sobre edifícios sustentáveis em todo o mundo. O relatório estabelece uma base nos fatos e tendências atuais que serão utilizados nos próximos meses para o planejamento de cenários, avaliação e hierarquização de ações que visam o consumo energético nos edifícios. No último ano deste projeto (meados de 2019), este relatório irá transformar os compromissos em ações através das múltiplas partes interessadas envolvidas no sector de construção, incluindo as do próprio projeto. O projeto EEE abrange países ou regiões que são, em conjunto, responsáveis por dois terços da procura de energia em âmbito mundial, incluindo países desenvolvidos e em desenvolvimento e uma variedade de climas: Brasil, China, Europa, Índia, Japão e Estados Unidos. O projeto juntou empresas líder do setor da construção para abordar este importante assunto. Este grupo uniu especialistas isolados para o desenvolvimento de uma perspectiva transversal à indústria da eficiência energética e para a identificação de abordagens que podem ser utilizadas para transformação do desempenho energético. Muitas organizações, públicas e privadas, têm trabalhado na construção sustentável. Este projeto tem como objetivo complementá-las fornecendo uma perspectiva empresarial e desenvolvendo uma ação prática para os proprietários, reguladores, fornecedores de energia e abastecedores de produtos e serviços para o setor da construção. O engenheiro Francisco de Paula, responsável pela parte de edifícios no EEE, avalia que é necessário uma ação urgente para reduzir a utilização de energia. “Podemos hoje melhorar drasticamente a eficiência energética com as tecnologias existentes. As empresas que cedo se comprometem com eficiência energética em edifícios podem ganhar vantagens de mercado. A visão do projeto EEE é um mundo no qual os edifícios existentes têm um consumo zero de energia”. É ambicioso, reconhece Paula, mas a ambição é necessária para conseguir o importante progresso no que diz respeito às alterações climáticas e a utilização de energia. “O progresso tem de ser feito agora se quisermos melhorar rapidamente a eficiência energética dos edifícios novos e dos já existentes”, insiste. E complementa: “existem muitos objetivos ambiciosos; por exemplo, o governo do Reino Unido prevê até 2016, reduções drásticas de consumo de energia com o objetivo de todas as novas habitações no país serem livres de carbono.” O lucro da eficiência em edifícios é provavelmente capaz de proporcionar grandes reduções no consumo de energia e em maioria dos casos é a opção mais econômica. Um estudo da Mckinsey estimou que as medidas de redução da procura sem custos na rede, podem quase reduzir para metade o crescimento esperado na procura por eletricidade em âmbito mundial. O Fourth Assessment Report do Painel Intergovernamental para as Alte-

rações Climáticas (IPCC) estima que em 2020 as emissões de CO2 a partir da utilização de energia em edifícios podem ser reduzidas em 29% sem custos para a rede. Crescimento O WBCSD identificou os edifícios como um dos cinco maiores utilizadores de energia e onde são necessárias as megatendências para poder transformar a eficiência energética. Estes contribuem com 40% do consumo da energia primária na maioria dos países abrangidos por este projeto, estando este a aumentar. A Agência Internacional de Energia (AIE) estima que as tendências atuais na procura de energia para edifícios vão impulsionar cerca de metade dos investimentos fornecidos de energia até 20306. Se o consumo de energia em edifícios na China e na Índia aumentar para os níveis atuais dos EUA, o consumo destes países pode ser cerca de quatro e sete vezes maior do que é hoje, respectivamente. Segundo o EEE há uma projeção com base nos sensos de população atual combinado com a utilização de energia atual per capita com base nos níveis do Japão e EUA – o que pode ser considerado o melhor e o pior dos cenários. Isto evidência o fato de que o consumo de energia crescerá drasticamente se não houver uma ação que melhore substancialmente a eficiência energética. O boom de construção, em especial na China, aumentou significativamente a procura de energia, mas o desenvolvimento econômico e outros fatores estão a acrescentar o desafio, pois estes também aumentam a procura de energia em edifícios. Utilização de energia em edifícios Os fatores de eficiência energética em edifícios variam de acordo com a geografia, clima, tipo de construção e localização. A distinção entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento é importante, assim como o contraste entre a adaptação existente de edifícios e as novas construções. Em todos os casos existem diferentes padrões de qualidade do edifício. É vital que a eficiência energética seja transversal a todos os níveis e não seja restrita a propriedades mais sofisticadas. Esta complexidade significa que é impossível desenvolver uma simples solução para todos os mercados e todas as culturas. Em vez disso, o projeto da EEE tem como objetivo identificar abordagens, fatores de mercado e iniciativas políticas que em conjunto consigam os resultados necessários. Estes serão desenvolvidos na próxima fase do projeto. As alterações climáticas vão aumentar as necessidades energéticas locais à medida que as pessoas procurarão manter os níveis de conforto em condições mais extremas. As outras tendências chave são: demografia, desenvolvimento econômico, alterações do modo de vida, tecnologia e a difusão de novos equipamentos.


Agenda Febrava: Reflexo positivo dos números do setor de refrigeração e aquecimento Com apostas no crescimento do setor de refrigeração e aquecimento, feira espera movimentar cerca de R$ 300 milhões em negócios e apresentar novidades para o mercado de comércio, indústria e serviços. Mesmo diante de desafios econômicos, o setor de refrigeração residencial não tem do que reclamar: há investimentos de setores como hotelaria, shopping centers, varejo e bebidas. Nesse contexto e revelando as novidades do setor, acontece de 22 a 25 de setembro, das 13h às 20h, a 19ª Febrava – Feira Internacional de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento de Ar, no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center, em São Paulo. Apresentando soluções para todos os segmentos de refrigeração e aquecimento, a Febrava reúne fabricantes e compradores em um espaço de troca de conhecimento, atualização e negociação, ajudando a impulsionar os números do setor e revelando as novidades, muitas delas em primeira mão, do que está chegando ao mercado. Público para isso não falta: desde pequenos até os grandes empreendimentos podem encontrar aquilo que procuram na Feira. “A climatização tem sido prioridade nas construções, por exemplo. Estudos apontam que o controle da temperatura reduz o estresse e ajuda na produtividade do profissional, fora a sensação de conforto e bem-estar gerada, que está alinhada com os anseios de uma vida sustentável, moderna e saudável. Com equipamentos mais modernos, hoje há várias soluções para manter o conforto térmico. Além disso, tem a eficiência energética dos aparelhos: cada vez mais eles são altamente econômicos. Tudo isso poderá ser encontrado na Febrava, as soluções para todas as necessidades e setores”, revela Igor Tavares, diretor da Feira. Segmentação Para atender as vendas dos setores do mercado brasileiro – US$ 2 bilhões do Comércio; US$ 3 bilhões de Serviços; e US$ 11 bilhões da Indústria –, a Febrava foi segmentada em vários setores: máquinas, equipamentos e componentes para refrigeração; máquinas, equipamentos para ar condicionado; máquinas, equipamentos para ventilação e controle de poluição; máquinas, equipamentos e materiais para tratamentos de água, ar, esgotos, gases e resíduos em geral; equipamentos para aquecimento (coletores solares, aquecedores, estufas); máquinas para fabricação de gelo; máquinas e equipamentos para conservação de alimentos (câmaras, balcões frigoríficos, geladeiras); trocadores de calor; equipamentos para transporte frigorificado; compressores para refrigeração; instrumentação e controles para refrigeração e ar condicionado; componentes hidráulicos e elétricos, isolantes térmicos, forros, pisos, vidros; projetos, consultoria, serviços de instalação e manutenção para refrigeração e ar condicionado; informática aplicada; e associações, bancos, entidades, publicações técnicas e serviços em geral. Para esta edição do evento estão sendo esperados 32 mil profissionais do setor. Uma característica desse público é o seu poder de decidir a compra. “Fizemos uma pesquisa com os compradores pré-credenciados para esta edição e descobrimos que o valor acumulado disponível está em torno de R$ 300 milhões. Fora que 41% são responsáveis pela decisão final”, adianta Igor Tavares. Para atender a essa demanda, a Feira irá reunir mais de 350 expositores, 650 marcas, distribuídos numa área de 50 mil m². Vários países também já garantiram presença no evento, como Argentina, Chile, China, Colômbia, Estados Unidos, Itália, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. SERVIÇO FEBRAVA – Feira Internacional de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento de Ar Data: 22 a 25 de setembro de 2015 Local: Centro de Exposições Imigrantes – São Paulo Horário: Terça a sexta, das 13h às 20h Site: www.febrava.com.br

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