Revista HVACR edição 14

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Publicação

Edição 14 | Outubro 2015

REVISTA

HVAC-R

AQUECIMENTO, VENTILAÇÃO, AR CONDICIONADO E REFRIGERAÇÃO + EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E SUSTENTABILIDADE

em

foco Outubro Rosa! Apoiamos esta causa!

Especial

FEBRAVA 2015 No Foco: Gestão Energética Sustentável




Índice “Temos tido bons resultados com o Premium Club Plus. Essa é uma ferramenta adotada pela Reed Exhibitions Alcantara Machado já há algum tempo e que tem atraído a atenção dos expositores em outros eventos, pois conseguimos selecionar os compradores e fechar bons negócios. É também uma forma de gerar novos clientes”(Especial Febrava)

05 EXPEDIENTE / EDITORIAL 06 ECONOMIA Brasileiros deixam de comprar por falta de dinheiro e veem piora em suas finanças, indica pesquisa da Fiesp e do Ciesp

14 HVACR EM PAUTA 18 ESPECIAL FEBRAVA

“Inteligência emocional refere-se à capacidade de identificar nossos próprios sentimentos e dos outros, de motivar a nós mesmos e de gerenciar bem as emoções de nós e em nossos relacionamentos”(RH) “Nossa vida mudou e agora temos eletricidade durante as 24 horas do dia e podemos ter refrigerador, freezer, ventilador e até televisão, mas isso fazendo um uso adequado, com medidas de controle que nos impusemos e todos cumprem”. (Sustentabilidade)

A cobertura da 19º edição da maior Feira do segmento de HVACR no Brasil.

40 GESTÃO DO RH Analfabetismo emocional

42 Sustentabilidade A repórter Thelma Mejía, da Inter Press Sevice (IPS) traz um “Exemplo de gestão energética sustentável”, aplicado em Plan Grande, Honduras

46 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

“HVAC-R é uma sigla para as palavras em inglês “heating, ventilation, air conditioning and refrigeration“, referindo-se às quatro funções principais “aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração”, intimamente relacionadas à tecnologia destinada ao conforto ambiental interior em edifícios, veículos, processos industriais e ambientes controlados. Esta tecnologia passa a ser referida na forma escrita pelas siglas HVACR, HVAC/R, HVAC-R ou HVAC&R ou as correspondentes em português, que são menos empregadas: AVACR, AVAC/R, AVAC-R ou AVAC&R.”

■■ 4 - Revista HVAC-R em Foco


EDITORIAL EXPEDIENTE Revista HVACR em Foco + Eficiência Energética e Sustentabilidade Publicação Di Rienzo Comunicação & Eventos Jornalista Responsável Cristiane Di Rienzo cristiane@dirienzocomunicacao.com.br

Diagramação André Morganti www.morganti.com.br Impressão: Gráfica Leograf Comercial 55 11 3542-0203 / 07 Administrativo Daniela Silva daniela@dirienzocomunicacao.com.br

Informação e Inovação, Sempre! A Revista HVACR em Foco + Eficiência Energética e Sustentabilidade é o resultado de um trabalho desenvolvido há cerca de 15 anos no setor de Aquecimento, Ventilação, Ar Condicionado e Refrigeração. Além dele, a publicação aborda outras duas competências: Eficiência Energética e Sustentabilidade. No que diz respeito ao seu conteúdo, algumas posturas foram assumidas para o desenvolvimento deste projeto editorial. Uma delas diz respeito ao tratamento da informação. Sabemos que o conhecimento é uma importante ferramenta de desenvolvimento constante que abrange o trabalho, as relações pessoais e o desenvolvimento humano. Dessa forma, a Revista HVACR em Foco + Eficiência Energética e Sustentabilidade, busca disseminar o conhecimento produzido na área de HVACR, através de reportagens, entrevistas, cases e também na cobertura de eventos. A observação e o entendimento da importância dos temas citados são pontos de partida para divulgação dos feitos nas áreas mencionadas. Uma segunda postura versa sobre inovação. Assumimos o desafio de constituir uma revista temática focada em inovação, aberta a diferentes concepções teóricas e metodológicas que ao final convergem em informações de qualidade para o setor em

Di Rienzo Comunicação & Eventos Rua Maestro Cardim, 377 cj15 Bela Vista - 01323-000 São Paulo –SP

questão. Normalmente as revistas segmentadas têm um escopo temático, a HVACR em Foco

Tel: 55 11 3542-0202 / 03/ 07

economia, gestão do RH, engenharia num âmbito mais geral para citar alguns que, também,

Empresa Associada a Asbrav

acrescentam o desenvolvimento de pautas voltadas para o setor de HVACR. Mas não é

também tem, mas além dele desenvolve outros, cujo objetivo é agregar novas informações aos profissionais do setor, passando, então a ser multitemática, publicando editorias como

só. A Revista HVACR em Foco coloca suas pautas à disposição das mídias sociais, como Instagram, Facebook e YouTube, como fontes de informação. Assim, aproveitamos a 19º edição da Febrava, cujos momentos você acompanha nas próximas páginas e fomos ouvir Jornalista Responsável associada a Ashrae

algumas empresas expositoras, que através de seus gabaritados profissionais mostraram produtos, tecnologias e deixaram sua opinião sobre o evento. O resultado é a inauguração do Canal da Di Rienzo Comunicação (http://goo.gl/Ifrrnz). Afinal a Revista HVACR é informação e inovação onde você, sua empresa e seus negócios precisam! É só acessar!

É expressamente proibida a reprodução total ou parcial dos artigos desta publicação sem autorização prévia. As opiniões e conceitos emitidos pelos entrevistados ou em artigos assinados não são de responsabilidade da Revista HVACR em Foco e não expressam, necessariamente, a opinião da diretorias da Di Rienzo Comunicação & Eventos.

Não deixe de acompanhar!

Por aqui, Boa Leitura!


■■ 6 - Revista HVAC-R em Foco



Economia

Preços altos também desestimulam consumo de produtos Avaliação e perspectiva do consumo dos brasileiros

Buscando analisar o consumo no 1º semestre de 2015, foi questionado aos

entrevistados se eles adquiriram algum dos seguintes produtos: de linha branca (como, geladeira, freezer, máquina de lavar louça ou roupa), de telefonia (celulares), de linha

marrom (como, televisor, DVD ou qualquer aparelho de imagem ou som), móveis (como

sofá, armário de cozinha, sala e quarto), informática (como, computadores, impressoras, notebook, tablete), eletroportáteis (como liquidificador, aspirador de pó, batedeiras),

automóveis e/ou eletrônicos (como, câmera fotográfica digital, vídeo games).

A maioria dos entrevistados (70%) declarou que não comprou nenhum desses

produtospor no 1º semestre outro lado, 10% dos Brasileiros deixam de comprar faltade 2015. de Pordinheiro e entrevistados veem durante esse período consumiram produtos de linha branca, seguida por telefonia (10%), por móveis (5%) piora em suas finanças, indica pesquisa da Fiesp e do Ciesp e por linha marrom (4%). Lembrando que o entrevistado poderia escolher mais de um grupo de produtos, os resultados somam mais de 100% e todas as respostas podem ser

Por Bernadete de Aquino, Agência Indusnet Fiesp analisadas na Tabela 1.

A

Na Tabela 1, também estão apresentados os dados da pesquisa feita no ano

pode-se perceber que os resultados são muito semelhantes. a maioria não pesquisa Pulso Brasil, da Federação daspassado,comprou nenhum dos produtos citados, com Assim, destaque nenhum dos produtos citados, com destaque apenas para o aumento da compra Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e docomprouapenas para o aumento da compra de celulares (7% em Centro das Indústrias do Estado de São Paulode celulares 2014(7%frente a frente 10% em 2015) e ae queda nacompra compra de marrom em 2014 a 10% em 2015) a queda na de linha (Ciesp), indica que em 2015 os brasileiros estão(7% em linha marrom em 2014 contra 4% em 2015). 2014 contra 4% em(7% 2015). pouco estimulados a comprar, por falta de dinheiro e pelos preços altos. No primeiro semestre, consumidores Tabela 1 - No 1º semestre do ano, quais dos itens Tabela 1 - No 1º semestre do ano, quais dos itens abaixo foram comprados, em %: preferiram produtos de menor valor, como itens de abaixo foram comprados 2014 2015 telefonia e eletroportáteis, diminuindo a compra de Não comprei nenhum grupo citado 71 70 eletroeletrônicos, como televisores, DVDs e home Linha branca (geladeira, freezer, máquina de lavar roupa) 10 10 theaters. Em 2014, a justificativa para o baixo consumo Telefonia (celulares) 7 10 Móveis (sofá, armários de cozinha, sala, quarto) 5 5 era a falta de necessidade dos itens. Linha marrom (televisor, dvd ou qualquer aparelho de imagem) 7 4 Em relação ao poder aquisitivo, os entrevistados Eletroportáteis (liquidificador, aspirador de pó, batedeiras) 2 3 Informática (computadores, impressoras, notebook, tablet) 2 2 se mostraram mais pessimistas para este segundo Automóveis 2 2 semestre. Para 43% as condições financeiras estão Eletrônicos (câmera fotográfica digital, vídeo game, filmado) 1 1 piores ou muito piores. Em 2014 o número registrado Fonte: Pesquisa IPSOS/ Elaboração Fiesp. Setembro/2015 foi de 12%. Buscando compreender quais motivos levaram os entrevistados que gostariam de ter No primeiro semestre, a maioria (70%) afirmou não Buscando compreender quais motivos levaram os ter adquirido itens da linha branca (geladeira, freezer,comprado algum desses itens, mas,gostariam desistiram da de compra 1º semestre dealgum 2015, 32% dos entrevistados que ternocomprado máquina de lavar roupa), telefonia, móveis, da chamadaentrevistados responderam que não tinham dinheiro suficiente, enquanto 28% acreditam desses itens, mas, desistiram da compra no 1º semestre linha marrom (eletroeletrônicos); eletroportáteis de 2015, 32% dos entrevistados responderam que não (liquidificador, aspirador de pó, batedeiras); informática tinham dinheiro suficiente, enquanto 28% acreditam 2 (computadores, impressoras, notebook, tablet), que os preços estão muito altos, 16% por já ter adquirido automóveis e itens eletrônicos (câmera fotográfica tudo que gostaria, 7% por estarem endividados e digital, videogame, filmadora). 6% porque pretendem poupar, conforme pode ser Por outro lado, 10% dos entrevistados durante esse observado na Tabela 2. Os demais entrevistados, 11% período consumiram produtos de linha branca, seguida não responderam ou não souberam responder. Além por telefonia (10%), por móveis (5%) e por linha marrom disso, a Tabela 2 também apresenta os resultados da (4%). Lembrando que o entrevistado poderia escolher pesquisa realizada em 2014, observa-se, assim, que mais de um grupo de produtos, os resultados somam houve um aumento dos entrevistados que justificaram mais de 100% e todas as respostas podem ser analisadas que não compraram algum dos itens da pesquisa no 1º na Tabela 1. semestre porque não tinham dinheiro (29% em 2014 e Nela, também estão apresentados os dados da 32% em 2015), porque os preços estão muito altos (24% pesquisa feita no ano passado, pode-se perceber que os em 2014 e 28% em 2015) e porque estão endividados resultados são muito semelhantes. Assim, a maioria não (6% em 2014 e 7% em 2015).

■■ 8 - Revista HVAC-R em Foco


Procurando analisar as intenções de consumo para o 2º semestre, foi questionado se que os preços estão muito altos, 16% por já ter adquirido tudo que gostaria, 7% por estarem os entrevistados pretendem comprar algum dos produtos citados, e, novamente, a maioria, endividados e 6% porque pretendem poupar, conforme pode ser observado na Tabela 2. Os 77%, não pretende comprar algum dos itens. Já 8% dos entrevistados pretendem comprar

demais entrevistados, 11% não responderam ou não souberam responder.

produtos Além disso, a Tabela 2 também apresenta os resultados da pesquisa realizada em de linha branca, 6% linha marrom, 5% móveis, 4% celulares, 3% informática, 2% automóveis, 1% eletroportáveis e 1% eletrônicos. Comparando com a pesquisa realizada 2014, observar-se, assim, que houve um aumento dos entrevistados que justificaram que 2014, pode-se perceber que os resultados são muito semelhantes. Os dados podem ser não compraram algum dos itens da pesquisa no 1º semestre porque não tinhamem dinheiro (29% 2014estão e 32% em 2015), porque preços estãotudo muito altos (24% em e 28% na Tabela 4. que osem preços muito altos, 16% por os já ter adquirido que gostaria, 7% 2014 porobservados estarem em 2015) e porque estão endividados (6% emconforme 2014 e 7% em ser 2015). endividados e 6% porque pretendem poupar, pode observado na Tabela 2. Os

Tabela 2 - No 1º semestre do ano, gostaria de ter Tabela 4 - Pretende comprar algum desses itens no Tabela 4 - Pretende comprar algum desses itens no segundo semestre do ano, em %: comprado alguns dos itens anteriores, mas não segundo semestre do ano, em %: Tabela 2 - No 1º semestre do ano,apresenta gostaria de compradoda alguns dos itens Além disso, a Tabela 2 também oster resultados pesquisa realizada em 2014 2015 anteriores, mas não comprou? Por qual motivo? Em %: comprou? Por qual motivo? Em %:

demais entrevistados, 11% não responderam ou não souberam responder.

2014, observar-se, assim, que houve um aumento dos entrevistados que justificaram queNão comprarei nenhum desses itens 2014

77 7

77 8

Linha marrom (televisor, dvd ou qualquer aparelho de imagem)

4

6

Móveis (sofá, armários de cozinha, sala, quarto) Telefonia (celulares) Informática (computadores, impressoras, notebook, tablet) Automóveis Eletroportáteis (liquidificador, aspirador de pó, batedeiras) Eletrônicos (câmera fotográfica digital, vídeo game, filmado) Fonte: Pesquisa IPSOS/ Elaboração Fiesp. Setembro/2015

4 4 3 2 2 1

5 4 3 2 1 1

2015

não compraram algum itensdinheiro da pesquisa dinheiroLinha branca (geladeira, freezer, máquina de lavar roupa) Não comprei, pois dos não tinha suficiente no 1º semestre porque 29 não tinham 32 Não comprei, pois os preços estão muito altos 24 28 Comprei tudo que gostaria de ter comprado 17 16 2015)Não e porque estão endividados (6% em 2014 e 7% em 2015). 18 sabe/ não respondeu 11 Não comprei, pois estou endividado 6 7 Não comprei, pois pretendo poupar 6 6 TabelaPesquisa 2 - No 1º semestre do ano, gostaria de ter comprado alguns dos itens Fonte: IPSOS/ Elaboração Fiesp. Setembro/2015

(29% em 2014 e 32% em 2015), porque os preços estão muito altos (24% em 2014 e 28% em

anteriores, mas não comprou? Por qual motivo? Em %: 2014

2015

Avaliando as condições financeiras para o 2º semestre de 2015 em comparação ao

Avaliando as condições financeiras para o 2º semestre de 2015 em comparação ao 1º semestre, Dentre os entrevistados que gostariam de comprar 46% dos entrevistados acreditam que estão iguais; algum dos itens citados no 2º semestre, foi questionado já 35% declararam que estão piores. Por outro lado, qual motivo o levaria a desistir da compra pretendida. 10% declararam que estão melhores e apenas 1% dos E o motivo para a desistência apontado por 28% dos Comparando com a são pesquisa realizada em 2014,epode-se perceberque um pessimismo entrevistados muito otimistas acreditam ade preços dos produtos que consome mensalmente (17%) e por não conseguir parcelar o entrevistados é o aumento do preço do produto que em relação as condições financeiras, isso muito porque um aumento 24,0 das pessoas situação está melhor. No entanto, 8%pagamento Avaliando as financeira condições financeiras para ohouve 2º semestre de 2015 emp.p. comparação ao (15%). Esses e os demais motivos apontados podem ser vistos na Tabela 5. se pretende comprar. Já a perda do emprego foi citada dos 46% entrevistados acreditam a situação quesemestre, consideram piores um aumento de 7,0 p.p.que das pessoas que consideram muito piores. 1º dos eentrevistados acreditam que estão iguais; já financeira 35% declararam que Comparando com a pesquisa de 2014, descrito também na produtos Tabela 5, pode-se por 26%, seguido pelo aumento de preços dos está podem muito pior. com a pesquisa Os resultados ser observados Tabela 3. estão piores. Por outro lado,Comparando 10% na declararam que estão melhoresrealizada e apenas observar 1% dos que houve um aumento dos entrevistados queedeclararam desistira da compra que consome mensalmente (17%) por nãoque conseguir em 2014, pode-se em está relação entrevistados são muito otimistasperceber e acreditam um que pessimismo a situação financeira muitonomelhor. 2º semestre caso aumento do preço do item em 2014 contra 28% em parcelar o houvesse pagamento (15%). Esses e os(25% demais motivos as condições financeiras, isso porque houve um 3 - Como estão suas condições financeiras no segundo No entanto, 8% Tabela dos entrevistados acreditam que a situação financeira está muito pior. apontados podem ser vistos na Tabela 5. 2015) e também se perdesse o emprego (23% em 2014 e 26% em 2015). semestre ano em comparação ao primeiro semestre dessepiores aumento 24,0dop.p. das pessoas que pode-se consideram Comparando com a pesquisamesmo realizada perceber um pessimismo Comparando com a pesquisa de 2014, descrito ano?em Em2014, (%) e um aumento de 7,0 p.p. das pessoas que consideram 2015 p.p. das pessoas em relação as condições financeiras, isso porque houve um 2014 aumento 24,0 também na Tabela 5, pode-se observar que houve muito Iguais piores. Os resultados podem ser62observados na 46 um aumento dos entrevistados que declararam que que consideramPiores piores e um aumento de 7,0 p.p. das pessoas11que consideram muito piores. 35 Tabela abaixo. desistira da compra no 2º semestre caso houvesse Melhores 23 10 Os resultados podem ser observados na Tabela 3. Muito piores 1 8 aumento do preço do item (25% em 2014 contra 28% em Muito 1 Tabela 3melhores - Como estão suas condições3financeiras no 2015) e também se perdesse o emprego (23% em 2014 Fonte: Pesquisa IPSOS/ Elaboração Fiesp. Setembro/2015 Tabela 3 - Como estão suas financeiras no ao segundo segundo semestre do anocondições em comparação primeiro semestre do ano em comparação ao primeiro semestre desse e 26% em 2015). semestre desse ano? Em (%) mesmo mesmo ano? Em (%) 4

Não comprei, pois não tinha dinheiro suficiente 29 32 1º semestre, 46% dos acreditam que estão iguais; já que Não comprei, pois entrevistados os preços estão muito altos 24 35% declararam 28 Dentre os entrevistados que gostariam de comprar algum dos itens citados no 2º Comprei tudo que gostaria de ter comprado 17 16 estão piores. Por outro lado, 10% declararam que estão melhores e apenas 1% dos semestre, foi questionado qual motivo o levaria a desistir da compra pretendida. E o motivo Não sabe/ não respondeu 18 11 entrevistados são muito otimistas e acreditam que a situação financeira está muito melhor. Não comprei, pois estou endividado 6 7 para a desistência apontado por 28% dos entrevistados é o aumento do preço do produto Não comprei, pois pretendo poupar 6 6 No entanto, 8% dos entrevistados acreditam que a situação financeira está muito pior. que se pretende comprar. Já a perda do emprego foi citada por 26%, seguido pelo aumento Fonte: Pesquisa IPSOS/ Elaboração Fiesp. Setembro/2015

2014 Iguais 62 Piores 11 Melhores 23 Muito piores 1 Muito melhores 3 Fonte: Pesquisa IPSOS/ Elaboração Fiesp. Setembro/2015

2015

3

46 35 10 8 1

A pesquisa indica também que 77% não pretendem comprar nenhum desses itens no segundo semestre, mas 8% pensam em adquirir produtos da linha branca, 6%, da linha marrom, 5%, móveis, 4%, celulares, 3%, informática, 2%, automóveis, 1%, eletroportáteis, 1%, eletrônicos.

Tabela 5 - Qual o principal motivo pelo qual você desistiria de comprar os itens anteriormente citados Tabela 5 - Qual o principal motivo pelo qual você desistiria de comprar os no 2º semestre, %: em %: itens anteriormente citados no 2ºem semestre,

Aumento do preço do item que pretendo comprar Perda do emprego Aumento dos preços de produtos que consumo mensalmente Não conseguir parcelar o pagamento 3Não sabe/ não respondeu Nenhum Se continuar desempregado Se não tiver o dinheiro / Faltar Em caso de doença Fonte: Pesquisa IPSOS/ Elaboração Fiesp. Setembro/2015

2014

2015

25 23 22 14 6 6 1 2 1

28 26 17 15 6 6 2 0 0

Por outro lado, dentre os entrevistados que declararam que não desejam comprar

Por outro lado, dentre os entrevistados que declararam que não desejam comprar pelo menos um a falta de dinheiro; já paracitados 29% é a falta de necessidade. dos entrevistados dos produtos no 2º semestre, 18% o principal motivoalegaram que o preço desses itens já está muito elevado. 7% dos entrevistados declararam que apontado por 31% é a falta de dinheiro; já para 29% éa pretendem poupar 2º semestre, 6%18% já estão endividados e 5% já compraram em falta de no necessidade. dosmuito entrevistados alegaram 2014. Por fim, o 4%preço dos entrevistados sabem não responderam. que dessesnão itens jáouestá muito elevado. 7% Comparando com a pesquisa realizada em 2014, pode ser observada na Tabela dos entrevistados declararam que que pretendem poupar 6, novamente um pessimismo dos consumidores. Isso porque e houve no 2ºpercebe-se semestre, 6% já estão muito endividados 5% uma já queda pelo menos um dos produtos citados no 2º semestre, o principal motivo apontado por 31% é

de 11,0 p.p. dos entrevistados que declararam que não comprarão porque não tem necessidade e, por outro lado, houve um aumento dos que declararam que não tem dinheiro (6,0 p.p.), que o preço já está muito alto (6,0 p.p.) e que está endividado (2,0 p.p.).

Tabela 6 - Qual o principal motivo pelo qual você não comprará, pelo menos um dos itens citados, no segundo semestre do ano, em %: Não tenho dinheiro suficiente

2014

2015

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Aumento do preço do item que pretendo comprar Perda do emprego Aumento dos preços de produtos que consumo mensalmente Não conseguir parcelar o pagamento Não sabe/ não respondeu Nenhum Se continuar desempregado Se não tiver o dinheiro / Faltar Em caso de doença Fonte: Pesquisa IPSOS/ Elaboração Fiesp. Setembro/2015

Economia

25 23 22 14 6 6 1 2 1

28 26 17 15 6 6 2 0 0

Por outro lado, dentre os entrevistados que declararam que não desejam comprar

compraram em 2014. Por fim, 4% dos entrevistados não sabem ou não responderam. a falta de dinheiro; já para 29% é a falta de necessidade. 18% dos entrevistados alegaram Comparando com a pesquisa realizada em 2014, que que o preço desses itens já está muito elevado. 7% dos entrevistados declararam que pode ser observada na Tabela 6, novamente percebe-se pretendem poupar no 2º semestre, 6% já estão muito endividados e 5% já compraram em um pessimismo dos consumidores. Isso porque houve 2014. Por fim,queda 4% dos entrevistados sabem ou não responderam. uma de 11,0 p.p.não dos entrevistados que declararam Comparando com a pesquisa realizada em pode ser observada na Tabela que não comprarão porque não2014, tem que necessidade e, por 6, novamente percebe-se um pessimismo dos consumidores. Isso porque houve uma outro lado, houve um aumento dos que declararam que queda de 11,0não p.p.tem dos dinheiro entrevistados que declararam nãojácomprarão porque (6,0 p.p.), que o que preço está muito altonão tem necessidade por outro lado, houve um aumento dos quep.p.). declararam que não tem dinheiro (6,0 e,p.p.) e que está endividado (2,0

pelo menos um dos produtos citados no 2º semestre, o principal motivo apontado por 31% é

Outubro / 2015

(6,0 p.p.), que o preço já está muito alto (6,0 p.p.) e que está endividado (2,0 p.p.).

Tabela 6 - Qual o principal motivo pelo qual você não pelo menosum dosnão itens citados, no Tabela 6comprará, - Qual o principal motivo pelo qual você comprará, pelo menos um dos itens citados, no segundo semestre segundo semestre do ano, do emano, %:em %: Não tenho dinheiro suficiente Não tenho necessidade O preço desses itens já está muito alto Pretendo poupar Estou muito endividado Já comprei no ano anterior Não sabe/ não respondeu Fonte: Pesquisa IPSOS/ Elaboração Fiesp. Setembro/2015

2014

2015

25 40 12 6 4 8 5

31 29 18 7 6 5 4

Situação do Emprego Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos 1

Mercado de trabalho paulista desaquecido: único saldo negativo para o período

Em suma, os brasileiros estão pouco estimulados a comprar em 2015. No primeiro

suma, osaumento brasileiros pouco estimulados a semestre deEm 2015, houve um dos queestão desistiram de comprar por falta de dinheiro e comprar emaltos 2015. No primeiro semestre pelos preços estarem em comparação ao ano passado. de Além2015, disso, houve quem consumiu um aumento dos que desistiram de comprar por falta de dinheiro e pelos preços estarem altos em comparação ao ano passado. Além disso, quem consumiu acabou adquirindo produtos de menor valor, pois aumentou a demanda por telefonia e eletroportáteis e diminuiu a de produtos de linha marrom. As condições financeiras para o 2º semestre estão piores ou muito piores para 43% dos entrevistados, sendo que em 2014 essa parcela representava 12%. Isso acaba por impactar na perspectiva para o consumo do 2º semestre, que apesar ser semelhante a de 2014, na qual a maioria não pretende comprar nenhum dos itens mencionados na pesquisa, o principal motivo declarado é a falta de dinheiro, diferente do ano passado quando era a falta de necessidade.

5

Fonte: CAGED / MTE

Elaboração: Depecon/Fiesp

Série Ajustada: incorpora as informações entregues fora do prazo

2

Indústria de Transformação paulista fecha 96 mil vagas de janeiro a agosto de 2015, pior resultado da série

Sobre o levantamento A pesquisa, idealizada pela Fiesp e pelo Ciesp, foi realizada pela Ipsos entre os dias 15 e 31 de julho de 2015, com uma amostra de 1.200 pessoas, com o objetivo de analisar o comportamento do consumidor no primeiro semestre e as perspectivas de compras para os últimos seis meses do ano. Fonte: CAGED / MTE

Elaboração: Depecon/Fiesp

Série Ajustada: incorpora as informações entregues fora do prazo

■■ 10 - Revista HVAC-R em Foco

3


Demissões em diversos setores da IT, apenas 5 continuam com saldo positivo no ano

Fonte: CAGED / MTE

Além disto, a queda na massa salarial também tem reduzido o poder de compra dos consumidores

Elaboração: Depecon/Fiesp

Série Ajustada: incorpora as informações entregues fora do prazo

4

Perspectivas

Fonte: IBGE

Elaboração: Depecon/Fiesp

17

A taxa de desemprego deve atingir dois dígitos em 2016

No 2º semestre, população com piores condições financeiras e baixa intenção de consumo

14

Pesquisa realizada com 1.200 pessoas no Brasil, no mês de julho de 2015 Fonte: IBGE – PNAD Continua

Fonte: PESQUISA PULSO BRASIL IPSOS - FIESP/CIESP

15

Fonte: SERASA

16

A alta inflação e o aperto monetário criou dificuldades para famílias

Elaboração: Depecon/Fiesp

Projeções: Depecon/Fiesp

18

Forte destruição líquida de vagas com carteira assinada em 2015 e 2016

Fonte: CAGED/MTE (Não incorpora as informações entregues fora do prazo) Projeção: Depecon/Fiesp

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■■ 12 - Revista HVAC-R em Foco



HVACR em Foco JCI e Hitachi, parceria tecnológica e de novos produtos inicia operação Johnson Controls, Hitachi Ltd. e Hitachi Appliances Inc. anunciaram em xx a conclusão do acordo global de joint venture e iniciam imediatamente as operações da Johnson Controls-Hitachi Ar Condicionado para fornecer globalmente aos clientes produtos e tecnologias de ar condicionado. Por meio do acordo, a Johnson Controls adquiriu uma participação acionária de 60% da nova companhia, que tem mais de ¥ 350 bilhões em vendas por ano (aproximadamente US$ 2,8 bilhões). A Hitachi Appliances mantém a propriedade de 40% da empresa. A joint venture tem aproximadamente 14 mil funcionários e 24 localizações globais dedicadas ao desenvolvimento, engenharia e fabricação na Ásia, Europa e América Latina. A operação toma por base a tecnologia, a pesquisa e o desenvolvimento de liderança das organizações, bem como a expansão dos canais de comercialização. Clientes agora terão, globalmente, diversificação na gama de produtos em Ar Condicionado na indústria, incluindo os sistemas VRF da Hitachi, soluções para ar condicionado residencial, chillers e compressores scroll e rotativos – e, por parte da Johnson Controls soluções de automação predial e HVAC. A equipe de gestão da joint venture será liderada por Franz Cerwinka, diretor executivo, e Shinichi Iizuka, diretor de operações e presidente. Cerwinka tem 20 anos de experiência com a Johnson Controls, incluindo quatro anos no Japão como vice-presidente de finanças na divisão automotiva da empresa e trabalhos com mais de dez joint ventures. Iizuka está na Hitachi há mais de 35 anos, depois de ter passado oito anos na Índia como o presidente da Hitachi Home & Life Solutions India Ltd. O executivo tem liderado o negócio de ar condicionado da Hitachi desde 2013. “Estamos muito satisfeitos em iniciar as operações e ansiosos para servir os nossos clientes com tecnologia e uma rede global inigualável de canais”, diz Cerwinka. “A Johnson Controls e a Hitachi formam uma combinação perfeita, dadas nossas linhas de produtos complementares, marcas inigualáveis e riqueza de 100 anos de história”.

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“Passei minha carreira com a Hitachi e sabemos que a combinação com a Johnson Controls irá nos impulsionar a superar a concorrência”, acrescentou Iizuka. “Assim como Hitachi e Johnson Controls fizeram da inovação a base de seu sucesso individual, a inovação agora será o pilar do sucesso da Johnson Controls-Hitachi Ar Condicionado”, complementa. Sobre Johnson Controls - A Johnson Controls é uma empresa global que atende a clientes em mais de 150 países. São 130 mil colaboradores que trabalham com produtos, serviços e soluções para a eficiência e a operação de edifícios, baterias para veículos convencionais, híbridos e elétricos e também sistemas de interiores e componentes para automóveis. Em 2015, a revista Corporate Responsibility reconheceu a Johnson Controls com a posição N° 14 em seu relatório anual “100 Best Corporate Citizens” (100 Melhores Cidadãos Corporativos.) Para obter informações adicionais, visite www.johnsoncontrols.com ou siga @johnsoncontrols no Twitter. Sobre Hitachi Ltd. - A Hitachi Ltd. (TSE: 6501), com sede em Tóquio, Japão, apresentou receitas consolidadas da companhia para o ano fiscal de 2014 (encerrado em 31 de março de 2015) totalizando 9.761 bilhões de ienes (US$ 81,3 bilhões). A Hitachi está se concentrando no Negócio de Inovação Social, que inclui sistemas de infraestrutura e de energia, sistemas de telecomunicações e de informação, máquinas de construção, materiais de alta funcionalidade & componentes, e sistemas automotivos, de saúde e outros. Para mais informações sobre a Hitachi visite o site da companhia em www.hitachi.com. Sobre Hitachi Appliances Inc. - A Hitachi Appliances Inc., com sede em Tóquio, foi criada em 1 de abril de 2006, por meio da fusão da Hitachi Air Conditioning Systems Co. Ltd. e Hitachi Home & Life Solutions Inc., ambas de total propriedade da Hitachi Ltd. Suas vendas consolidadas para o ano fiscal encerrado em 31 março de 2015, totalizaram 688 bilhões de ienes (aproximadamente US$ 5,7 bilhões). A empresa fornece eletrodomésticos ecológicos para conforto e sistemas de ar condicionado em todo o mundo aproveitando suas tecnologias de ponta. Para mais informações sobre a Hitachi Appliances visite www.hitachi-ap.com.


Ingersoll Rand investe em soluções inteligentes e mais eficientes para setores em expansão O grupo tem apresentado máquinas e sistemas inovadores que atendem, especificamente, a segmentos da indústria que vêm apresentando bom desempenho no Brasil, como o Farmacêutico e o de Alimentos. A Ingersoll Rand, empresa fabricante em sistemas de ar comprimido e serviços, ferramentas pneumáticas e equipamentos de manuseio de materiais e gerenciamento de fluídos, tem investido fortemente em soluções e sistemas de ar comprimido – segundo a empresa, energeticamente eficientes, para atender as novas necessidades da indústria nacional, com foco nos setores Farmacêuticos e de Alimentos, que apresentam desempenho positivo no Brasil. As tecnologias de compressores isentos de óleo ISO classe 0 e secadores por adsorção por calor de compressão (HOC) é uma solução combinada adequada para geração de ar comprimido com elevada eficiência energética, além garantir a alta qualidade do ar comprimido e eliminando o risco de contaminação. Para ajudar clientes a atingirem seus resultados, a Ingersoll Rand combina tecnologias totalmente isentas de óleo ISO classe 0, que oferecem desempenho superior como os compressores de ar de parafuso da Série Sierra (50 a 400 hp) e Nirvana (50 a 200 hp) com a tecnologia Ultracoat® e de motor HPM, este para equipamentos com velocidade variável. Os compressores

de ar centrífugos da Série CENTAC (350 a 6.000 hp), além disso, apresentam economia de energia e custos operacionais reduzidos. A unidade de Sistemas de Ar Comprimido e Serviços, a segunda maior do grupo globalmente, já apresentou à indústria brasileira soluções que priorizam a redução de custo em manutenção, menos consumo de energia elétrica e menor descarte de consumíveis no meio ambiente. Nos lançamentos deste ano, destacam-se a linha Série-R e o lubrificante sintético Ultra EL. Dispondo de uma rede de mais de 30 distribuidores, e três Centros de Vendas e Serviços (Sorocaba, Barueri e Campinas, todos em São Paulo) e uma unidade industrial em Araucária (PR), a Ingersoll Rand amplia sua sensibilidade e conectividade com onerado brasileiro. Indústrias atendidas Além dos setores Farmacêuticos e de Alimentos, os compressores isentos de óleo da Ingersoll Rand possuem certificação ISO 8573-1:2010 Classe 0, específica para processos de fabricação críticos. Essa certificação é a classe mais exigente e cobre contaminação por óleo de aerossóis, vapor e formas líquidas. Portanto, sua tecnologia compressora também o capacita a atender setores de Bebidas, Têxtil e de Eletrônicos.

Vem aí o Anuário HVACR em Foco 2015 • Trilingue (Português, Inglês e Espanhol); • QR Code; • Ricamente ilustrado; • Versão digital e mais: • Informações sobre Economia, Educação e Eventos. ... e mais: Economia, Educação e Eventos

Informações: (11) 3542-0202 /03


HVACR em Foco Morre o fundador da Trox, Heinz Trox Heinz Trox, atual presidente da alemã TROX GmbH em Neukirchen-Vluyn morreu no último primeiro de outubro de 2015, vítima de aos 81 Anos. Nascido em 1934, Heinz Trox formou-se em Engenharia Mecânica e Economia na Universidade de Munique na Alemanha. No entanto, foi nos Estados Unidos que Trox iniciou sua carreira como Engenheiro e em 1959 retornou para a Alemanha, onde passou a atuar na TROX GmbH, onde foi o primeiro responsável pelos Negócios Internacionais. De 1969 para cá, sua trajetória profissional incluiu ser Membro do Conselho Administrativo, supervisão nos negócios internacionais, gestão de produtos, pesquisa e desenvolvimento. Trox tornou-se presidente do Conselho Administrativo em 1988 e em 2001 passou a assumir

o Conselho Supervisor da TROX GmbH, para depois assumir a presidência da Companhia alemã em 2012. Por suas realizações, como empreendedor, Heinz Trox foi condecorado com a Cruz da Ordem de Mérito da República Federal da Alemanha. Com a perda de Heinz Trox, perde-se também uma personalidade altamente estimada e considerada por sua dedicação excepcional, sua experiência e previdência. Estes traços foram cruciais na formação da nossa empresa e abrindo os caminhos para o futuro. A Fundação Heinz Trox será reorganizada em breve, com o Prof. Dr. Hans Fleisch como Presidente do Conselho da Fundação e Brigitta Trox, Volkmar Halbe e Marie-Luise Fasse como membros.

Expo Arquitetura Sustentável O mercado de construção sustentável vem crescendo e se desenvolvendo com muita rapidez no Brasil e no mundo. Cada vez mais empresas estão trilhando o rumo da eco-eficiência, uma vez que o ramo da construção civil é um dos mais importantes para a consolidação dos conceitos de sustentabilidade na sociedade. Em sua segunda edição, a Expo Arquitetura Sustentável é o evento mais democrático do setor da construção sustentável no Brasil, que reúne todos os modelos e normas de certificações do mercado, integrando toda a cadeia industrial com os arquitetos, construtores e incorporadores, apresentando inovações, tecnologias, conceitos e soluções de sustentabilidade para eficiência na construção de residências, escritórios e indústrias.

Todos os modelos e normas de certificações reconhecidas internacionalmente terão oportunidade de exposição: A3P; AQUA; BH Sustentável; BREEAM; FSC; HQE; LEED; Selo Casa Azul; Selo RGMAT; SKArating, entre outros. A Expo Arquitetura Sustentável será realizada em São Paulo, no Expo Center Norte Data: de 10 a 12 Novembro | 2015 Horário Exposição: das 11h às 20h Horário Conferência: 9h às 18h Credenciamento: www.expoarquiterura.com.br

“Informação e Inovação onde sua empresa precisa” ■■ 16 - Revista HVAC-R em Foco



Especial Febrava

Febrava agrada a público e expositores

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19ª edição da Febrava – Feira Internacional de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento de Ar reuniu, de 22 a 25 de setembro, no São Paulo Expo Exhibitions & Convention Center, lançamentos, antecipou tendências e apresentou soluções e novidades para o setor de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação, Tratamento de Ar e Aquecimento (HVACR). Segundo a Rheed Exibitions Alcantara Machado, organizadora da Feira, o evento reuniu 350 expositores - uma queda de 30% em relação a edição passada (2013) -, e recebeu 32 mil visitantes. De acordo com Igor Tavares, diretor da Febrava, houve grandes novidades e tendências apresentadas na Feira deste ano. “Vimos que o expositor se preocupou em trazer o que há de melhor e mais moderno no segmento de HVACR. Esta edição da Febrava foi marcada, principalmente, pela geração de negócios, objetivo comum dos que participam da Feira. Mesmo num cenário de desafios e incertezas, pudemos observar que o setor continua caminhando a passos largos e com números positivos e muito a explorar”, avaliou. Para o presidente da comissão organizadora da Febrava, Nelson Baptista, o evento cumpriu com a sua missão. “A Feira vem evoluindo ao longo dos anos. Da última edição para cá tivemos um grande crescimento e percebemos isso ao caminhar dentro do São Paulo Expo. Não só em número de visitantes, mas também na qualidade do que vem sendo apresentado pelos expositores. A programação, incluindo as Ilhas Temáticas, a Rodada de Negócios, o Premium Club Plus, entre outros, revelaram que é possível fazer bons negócios e se atualizar dentro da Feira”. Espaço para Geração de Negócios Entre as várias ações promovidas durante o evento, destaque para o Club Premium Plus, que foi realizada pela primeira vez por uma iniciativa da Reed Exhibitions Alcantara Machado e que agregou valor aos negócios gerados naqueles dias através de visitas de compradores selecionados pela organização da feira. Nesta primeira edição foram realizadas reuniões com 349 participantes. “Temos tido bons resultados com o Premium Club Plus. Essa é uma ferramenta adotada pela Reed Exhibitions Alcantara Machado já há algum tempo e que tem atraído a atenção dos expositores em outros eventos, pois conseguimos selecionar os compradores e fechar bons negócios. É também uma forma de gerar novos clientes”, justificou Igor Tavares. Outro espaço que atraiu a atenção de compradores foi o da Rodada Internacional de Negócios, que aconteceu nos dias 22 e 23 de setembro, paralelo ao evento, e que teve expectativa de negócios em torno de US$ 5,580 milhões

durante os dois dias. Foram realizadas 132 reuniões com 11 empresas participantes com representantes do Chile, Colômbia, México, Peru, Panamá e Uruguai e 10 vendedores. A intenção era fomentar negócios por meio de reuniões diretas entre potenciais compradores internacionais, demandantes dos produtos e empresas nacionais, além de promover o conhecimento do potencial das empresas brasileiras do setor e estreitar relações para futuras transações comerciais. Grandes discussões Uma feira de negócios há muito tempo, deixou de ser apenas um espaço para apresentação de produtos e serviços. Tornou-se um espaço também para atualização e reciclagem de profissionais. Entre os eventos realizados paralelamente está o XV Encontro Nacional de Empresas Projetistas e Consultores 2015, que teve como tema “Qualidade do Ar Interior: Um Compromisso com a Saúde de Todos”. Este ano, segundo a organização, mais de 300 profissionais – entre engenheiros, técnicos, projetistas e entre outros – participaram do encontro, que teve como objetivo a atualização técnica sobre o tema, troca de experiência e confraternização. Como não há como falar em Refrigeração e Aquecimento sem falar em Sustentabilidade, foi promovido o XIV Congresso Brasileiro de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento, Tratamento de Ar – Conbrava, que apresentou este tema como pauta. O objetivo do evento foi atualizar e difundir os conhecimentos e experiências na área de HVACR contribuindo para o aprimoramento tecnológico e desenvolvimento profissional do setor. Nesta edição, 1.300 profissionais participaram do Congresso. Ilhas Temáticas Um dos grandes atrativos da 19ª edição da Febrava deveriam ser as Ilhas Temáticas. Deveriam. Pois, infelizmente, elas ocuparam um espaço mais para o final do Pavilhão – como em quase todas as edições, –é verdade -, mas, talvez, pelo fato de estarem pouco iluminadas, causou a sensação para quem passasse por ali, de estarem um pouco à deriva e, talvez, por isso, não tiveram mais destaque do que mereciam. Este ano foram cinco ilhas: Cadeia do Frio, Meio Ambiente, Sala Limpa, Aquecimento Solar e Ilha Fatec. Na Ilha do Meio Ambiente, os visitantes aprenderam alternativas para obter resultados de eficiência energética. Já a Ilha Temática Cadeia do Frio trouxe as inovações em refrigeração e conservação de produtos, a fim de minimizar desperdícios ao cuidar da refrigeração ideal. Já a Sala Limpa, mostrou como funciona um ambiente livre de qualquer tipo de contaminação, local muito utilizado nas indústrias farmacêuticas, alimentícia e veterinária, onde o contato com partículas pode interferir no resultado.


Especial Febrava Na Ilha Fatec foram expostos os trabalhos desenvolvidos pelos alunos semestralmente no projeto integrador, atividade acadêmica desenvolvida na instituição com o objetivo de integrar conhecimentos de todas as disciplinas que compõem cada semestre, além de divulgar os cursos de tecnologia da Fatec Itaquera que formam a mão de obra, em nível de graduação, para o setor de HVAC-R. E, por fim, na de Aquecimento Solar, os visitantes tiveram acesso às novas soluções, produtos aplicados ao setor e conheceram sistemas e equipamentos em funcionamento. “Ficamos bastante satisfeitos com tudo que foi apresentado. São inovações que farão a diferença no dia a dia de quem trabalha no setor e soluções que tem impacto na economia e no meio ambiente, por exemplo”, justificou Igor Tavares.

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Gestão do RH

Quanto custa o analfabetismo emocional? Por Leandro A. Zavam

“A

umenta os casos de depressão e ansiedade na população!”. “Aluno agride professor após receber nota baixa!”. “Briga de trânsito acaba em tragédia!”. “Pais alegam dificuldades de educar e se aproximarem de seus filhos no mundo moderno!”. “Filhos pedem mais momentos de qualidade com os pais!”. “Empresas alegam dificuldades em encontrar profissionais com boa formação técnica e com boas habilidades em lidar com as emoções!”. “Cresce o número de universitários, mas recrutadores reclamam da falta de habilidades comportamentais”. “Pesquisas alertam que só o Q.I. não é suficiente para obter sucesso e felicidade. É necessário também I.E. (Inteligência Emocional)”. Enfim, os exemplos são inúmeros, seja na relação entre pessoas, no âmbito interpessoal, seja no âmbito da relação das nossas próprias motivações, dos nossos comportamentos e emoções para com o nosso próprio “eu”, ou seja, relações intrapessoais. A manifestação de um comportamento ou atitude, bem como a sua variação de intensidade, é fruto de processos intelectuais e emocionais. Antes de mudar um comportamento e/ou desenvolvê-lo, é necessário mudar os “esquemas mentais e emocionais” envolvidos. Nesta perspectiva, não é por menos que a Neurociência, a Psicologia e o Coaching desenvolveram-se significativamente nas últimas décadas... “E nos ajudam tanto!” Conforme estudos do psicólogo da Universidade de Harvard, o PhD Daniel Goleman (2001, p. 337), “inteligência emocional refere-se à capacidade de identificar nossos próprios sentimentos e dos outros, de motivar a nós mesmos e de gerenciar bem as emoções de nós e em nossos relacionamentos”. Por sua vez, o psicólogo americano e PhD Hendrie Weisinger complementa citando que I.E. envolve quatro componentes: • A capacidade de perceber, avaliar e expressar corretamente uma emoção. • A capacidade de gerar ou ter acesso a sentimentos quando eles puderem facilitar sua compreensão de si mesmo ou de outrem. • A capacidade de compreender as emoções e o conhecimento derivado delas. • A capacidade de controlar as próprias emoções para promover o crescimento emocional e intelectual.

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Já Goleman (1995 e 2001) complementa: • Conhecer as próprias emoções (autoconsciência): desenvolver esta competência nos permite percebermos como as emoções nos afetam (inclui o efeito das emoções dos outros sobre você), como reagimos a elas e seus respectivos efeitos. Desta forma, fica mais fácil administramos nossas emoções de modo a tirarmos melhor proveito delas. Para mudar um comportamento indesejado, por exemplo, saber o que faz agir como age (autoconsciência) é o primeiro passo. • Lidar com emoções: não administrarmos bem nossas emoções, sejam elas positivas ou negativas (emoções aflitivas), pode nos levar a grandes problemas, principalmente quando os sentimentos forem impulsivos. Desenvolver esta competência nos permite nos momentos difíceis e sobre pressão, manter uma atitude mais positiva, pensando com clareza e de forma concentrada. • Motivar-se: sua dedicação, sua capacidade de resistir às frustrações diárias, sua iniciativa, sua energia para começar e concluir algo em uma direção específica, seu grau de realização, tudo depende do que te move. É por meio da motivação que você busca melhorar ou ser melhor, cria metas e objetivos ousados, porém realizáveis. Ainda, agarrar oportunidades e enfrentar as reverses e os obstáculos da vida com confiança, persistência e otimismo. • Reconhecer emoções nos outros: esta habilidade envolve a empatia, que por sua vez envolve ficar atento e perceber as emoções, os sentimentos, a linguagem corporal do outro, mantendo a sensibilidade e a perspectiva do outro. Envolve também escutar de forma efetiva o outro, e não seus próprios pensamentos e avaliações. Cabe ressaltar que compreender o ponto de vista do outro, bem como porque a pessoa se sente daquela maneira, não implica necessariamente aceitar aquela situação (ou comportamento), entretanto, tal habilidade permite encontrar alternativas mais adequadas. • Lidar com relacionamentos: somos seres sociais por natureza e dessas relações necessitamos. Desta forma, torna-se extremamente necessário mantermos e cultivarmos relacionamentos benéficos para as partes envolvidas, mantermos contato com pessoas, ­estabelecer


amizades e relacionamentos, trocarmos de forma adequada sentimentos, pensamentos, ideias etc. A qualidade dos relacionamentos envolve a capacidade de comunicação e o desenvolvimento da empatia. Para alguns, razão e emoção não podem coexistir, é como se o desenvolvimento de um implicasse com o “extermínio” do outro. Isto é um equívoco! É a busca do desenvolvimento e do equilíbrio entre razão e emoção que são determinantes nas suas decisões diárias, decisões estas que podem marcar positivamente ou negativamente toda a sua história de vida pessoal e profissional, te levando ao sucesso ou ao fracasso. “O que adianta ter lido tudo sobre comunicação interpessoal (razão) e não conseguir cultivar e manter uma amizade sincera? O que adianta horas de treinamento em liderança (razão) se não consegue ter empatia (emoção) com os seus subordinados?” Podemos desenvolver a inteligência emocional reconhecendo a necessidade de mudarmos a nossa maneira de pensar e acreditando que com esforço, aprendizado e prática podemos mudar e/ou melhorar nossos comportamentos, atitudes e hábitos. A autopercepção e a autoconsciência são os primeiros passos para a mudança pessoal. Tais ensinamentos podem ser promovidos no âmbito familiar, escolar e organizacional. “Assuma a responsabilidade pela própria mudança pessoal”, como costumam dizer os profissionais de Coaching. Há livros, cursos e vídeos no campo da Psicologia e do Coaching bastante úteis para prática de autoconhecimento. Livros dos psicólogos Ph.D Daniel Goleman, Ph.D Hendrie Weisinger e Dale Carnegie, entre outros, lhes serão extremamente úteis na condução “para si mesmo”. Perceber (não julgamento) sentimentos e comportamentos do outro (“o outro nos revela muito sobre nós mesmos”) e feedback (elogios e críticas) sinceros de pessoas próximas também são uma ótima fonte para o autoconhecimento. Finalizando, segue algumas perguntas provocativas para você, agora mesmo, conhecer um pouco mais sobre o seu “eu e suas potencialidades”. Segue: Pense em um comportamento que gostaria de melhorar ou um comportamento indesejado. (ex: melhorar minha comunicação interpessoal / Me abalar menos emocionalmente a ponto de “estourar” com alguém). 1. O que está custando para você não ter o comportamento desejado hoje? 2. O que irá lhe custar no futuro? 3. O que está te impedindo a buscar e ter o novo comportamento? Onde estão as suas limitações? 4. O que você poderia fazer agora para mover-se em direção ao comportamento desejado? Agora, faça uma autorreflexão e pense que ponto você pode trabalhar, desenvolver e melhorar!


Sustentabilidade

Exemplo de gestão energética sustentável Por Thelma Mejía, da IPS – Inter Press Sevice

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lan Grande, Honduras, 1/10/2015 – Uma pequena comunidade de pescadores do litoral Atlântico de Honduras se converteu em referência no manejo da energia renovável, ao desenvolver seus próprios protocolos de consumo e conservação da floresta, deixando para trás as velas e a energia suja e cara, da qual dispunham por apenas três horas na semana. Trata-se de Plan Grande, aldeia do município de Santa Fé, no departamento de Colón, norte do país, à qual se chega apenas por mar. Antes, é preciso percorrer 400 quilômetros de carro desde Tegucigalpa, por intrincados caminhos até a comunidade de Río Coco, já na costa caribenha. Ali, no dia seguinte, embarca-se em uma lancha que em 20 minutos leva ao povoado. São seis horas da manhã e o sol começa a despontar. O mar está calmo e é propício para navegar, explicam os lancheiros, enquanto contam que nessas águas antes se via peixe-boi, mas se extinguiram com o passar do tempo, fato atribuído à deterioração do ambiente. Plan Grande, com cerca de 500 habitantes, aparece recostada nas faldas de uma das grandes escarpas voltadas para o Mar do Caribe. Durante o trajeto se divisa ao longe algumas gaivotas em pleno voo, bem como o retorno dos pescadores em suas embarcações, após trabalharem no mar durante a noite. Outros optam por trabalhar em barcos pesqueiros de maior escala, e com isso ficam ausentes por oito meses. A pesca e a agricultura são as únicas fontes de renda nessa localidade. Daí a importância da eletricidade. Antes, não podendo refrigerar suas capturas, tinham que vendê-las rápido e a baixo preço. “O espaço para negociar era muito limitado, perdíamos parte de nosso esforço”, disse à IPS o líder comunitário Óscar Padilla, grande defensor das mudanças em Plan Grande. Em 2004, já entrando o século 21, conseguiram ter energia elétrica pela primeira vez, com apoio da cooperação espanhola. Foi energia térmica e por isso, dizem sorrindo, era “luz pela metade”, já que pagavam, por três horas na semana de iluminação, em média, entre US$ 13 e US$ 17 por moradia. “Não tínhamos para mais, apenas iluminação pública, sem televisão nem refrigerador, porque os custos disparavam. Os produtos não podiam ser mantidos com gelo por muito tempo e os lácteos e as carnes nos deixavam arruinados”, contou Padilla, de 65 anos. Mas, em 2011, os moradores de Plan Grande optaram pela energia hídrica, depois da visita de técnicos do Programa de Pequenas Doações (PPD), promovido pelo Fundo para o Meio Ambiente Mundial e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Eles chegaram com a proposta de uma usina hidrelétrica comunitária para que aproveitassem o recurso de água da região. A comunidade se integrou totalmente à proposta e elaborou seu próprio projeto de energia renovável e de

Óscar Padilla, líder da comunidade de Plan Grande e principal gestor do processo em que a eletricidade finalmente fez a aldeia entrar no século 21. O manejo sustentável e solidário de sua energia renovável transformou essa aldeia de pescadores do norte Atlântico de Honduras. Foto: Thelma Mejía/IPS

sustentabilidade. Com US$ 30 mil doados pelo PPD e pela Agência Alemã de Cooperação Internacional, mais a Fundação Hondurenha de Pesquisa Agrícola, a luz permanente foi possível e Plan Grande renunciou às velas e à energia térmica. “Nossa vida mudou e agora temos eletricidade durante as 24 horas do dia e podemos ter refrigerador, freezer, ventilador e até televisão, mas isso fazendo um uso adequado, com medidas de controle que nos impusemos e todos cumprem, explicou à IPS o jovem Edgardo Padilla. “Do contrário, a demanda energética dispara e teremos problemas novamente”, explicou este pescador de 33 anos, responsável pela administração da mini-hidrelétrica da aldeia. Essas medidas de uso e racionamento de eletricidade incluem um horário para ver telenovelas, refrigerar os produtos ou usar os ventiladores, por exemplo. Das 10 da noite às seis da manhã são ligados os congeladores para refrigerar, porque é quando baixa o consumo, disse Padilla. “Neste momento, o uso do ar-condicionado está proibido porque gasta muita eletricidade; os pontos de luz devem ser econômicos e os freezers também”, acrescentou, lembrando que outra política aplicada é a transparência e a prestação de contas. A mudança da fonte de energia trouxe vantagens enormes. “Antes pagávamos 360 lempiras (US$ 17) por três horas na semana e agora 100 lempiras (US$ 4) por 24 horas de energia”, pontuou o jovem. Os moradores de Plan Grande desenvolveram também uma tarifa diferenciada de cobrança. Os que têm refrigerador, ventilador, computador e congelador pagam uma tarifa de US$ 11; quem tem apenas ventilador ou televisão paga US$ 6, e os que têm apenas lâmpadas pagam US$ 4. A mini-hidrelétrica fica a 2,5 quilômetros do centro do povoado por meio de caminhos que se transita a pé, em meio a uma floresta de 300 hectares que rodeia o rio Matías, onde se abastecem. A central gera 16,5 quilowatts por hora de eletricidade. Os habitantes do lugar também desenvolveram um projeto de conservação para preservar as fontes de água e instalaram câmeras de monitoramento para de-


Sustentabilidade Edgardo Padilla, que administra o uso da pequena central hidrelétrica, explica como funciona o processo e as regras que estabeleceu para um uso racional do consumo e da distribuição da eletricidade em Plan Grande, uma comunidade de pescadores da costa atlântica de Honduras. Foto: Thelma Mejía/IPS

tectar se alguém corta árvores ou para identificar o tipo de fauna com que contam. Belkys García, uma jovem de 27 anos, é a responsável pelo viveiro, criado há um ano para reproduzir árvores madeireiras, de pinho e outras espécies, que permitam regenerar a floresta e preservar o verdor da comunidade. É ela quem organiza as brigadas de manutenção e reflorestamento nas quais estão envolvidos todos os moradores. “Se alguém não vem no dia que lhe foi destinado para limpeza e manutenção do viveiro ou para limpar as ruas e os caminhos que levam à represa, tem de pagar esse dia de trabalho”, disse García à IPS, enquanto regava algumas pequenas árvores madeireiras. “Aqui todos nos organizamos, e com o viveiro queremos também incursionar como empreendedores em outros setores que nos gerem renda como o rambutão” (Nephelium lappaceum), destacou. A população de Plan Grande é mestiça, pois o município de Santa Fé é eminentemente garífuna, um dos sete povos originários hondurenhos. O prefeito de Santa Fé, o garífuna Noel Ruíz, se orgulha dessa comunidade. “É um modelo em nível nacional do bom uso da energia limpa”, afirmou à IPS. “Investir aqui vale a pena, é uma comunidade comprometida e seus líderes sabem prestar contas, acreditam na transparência e amam a natureza, três coisas que não se encontra com muita facilidade”, destacou com orgulho este prefeito de 44 anos, reeleito pela segunda vez.

Belkys García é responsável pelo viveiro de Plan Grande, destinado a reflorestar a bacia do rio Matías, que abastece a minirrepresa da aldeia, e para cultivar árvores frutíferas e madeireiras, o que gera renda para a isolada comunidade de pescadores, no norte caribenho de Honduras. Foto: Thelma Mejía/IPS

“Esta gente está feliz, porque o país apresenta problemas de energia, e eles não têm, entenderam que existe uma relação entre conservar a natureza e o bem-estar humano”, acrescentou Ruíz, que é engenheiro agrônomo. Honduras, com 8,8 milhões de pessoas, tem uma demanda energética estimada em 1,375 megawatts por hora. A estatal Empresa Nacional de Energia Elétrica gera 60% dessa energia, e o restante é comprado de companhias privadas ou importado por meio da interligação com outros países centro-americanos. A geração de energia ocorre em quatro fontes: hidráulica, térmica (a maior), eólica e biomassa. Até 2010, a matriz energética hondurenha era 70% térmica e 30% renovável. Desde 2013, essa tendência começou a se reverter e agora a térmica representa 51% do total, e o restante provém da renovável. No momento, Plan Grande está sendo um exemplo de uso racional e conservação da energia renovável, a tal ponto que a comunidade já conta com uma padaria. “Quando era criança, nunca imaginei que um dia trocaria a vela por uma lâmpada. Como mudamos”, ressaltou à IPS, ainda admirada, a moradora Julia Baños, de 55 anos. Envolverde/IPS * Esta reportagem faz parte de uma série concebida em colaboração com a Ecosocialist Horizons.

“Informação e Inovação onde sua empresa precisa” ■■ 44 - Revista HVAC-R em Foco



Consumo de Energia

Q

Horário de verão

uando os relógios marcaram 0h, não era apenas mais um dia começando, no último 19 de outubro, este horário marcou o momento de adiantar os ponteiros em uma hora. Com o início do horário de verão da temporada 2015/2016, dez estados e a capital federal tiveram de alterar o horário durante a madrugada. Segundo dados do Ministério de Minas e Energia (MME), a economia deve chegar ao patamar de R$ 7 bilhões, valor do custo evitado em investimentos no sistema elétrico. Em Santa Catarina, por exemplo, a expectativa de redução no consumo de energia durante o horário de verão é de 4,5% a 5%, segundo o gerente da regional das Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) Blumenau, Cláudio Varella. No ano passado a economia foi de 4,5%. Redução de consumo entre as 18h e as 22h O horário diferenciado abrange Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além do Distrito Federal. O principal objetivo da medida é, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a redução da demanda no período de ponta, entre as 18h e às 21h. A estratégia é aproveitar a intensificação da luz natural ao longo do dia durante o verão para reduzir o gasto de energia. Entre os meses de outubro e fevereiro, os dias têm maior duração em algumas regiões, por causa da posição da Terra em relação ao Sol, e a luminosidade natural pode ser melhor aproveitada.

Atitudes Com algumas medidas simples, você pode contribuir com essa redução no consumo. Veja algumas ações para diminuir a sua conta de energia: • Substitua lâmpadas incandescentes por modelos fluorescentes ou de LED. Apesar de terem um custo maior na compra, a sua durabilidade e o consumo reduzido de energia fazem com que esses modelos sejam mais econômicos do que as lâmpadas tradicionais. • Ao adquirir eletrônicos e eletrodomésticos, observe as etiquetas do Programa Brasileiro de Etiquetagem, realizado pelo Inmetro. Através delas é possível identificar quais aparelhos são mais econômicos e possibilitam gastos menores de energia. • Para usar o ar condicionado de maneira mais eficiente, feche as portas do ambiente, ligue-o no máximo e espere refrigerar. Após isso, regule a intensidade de refrigeração para manter o ambiente em uma temperatura confortável. Durante o verão, período em que mais se uso o equipamento, mantenha a temperatura do ar-condicionado entre 22 ºC e 24 ºC. • Para manter o bom funcionamento e o consumo menor de energia é importante não deixar as portas abertas e também desligar o aparelho quando não houver ninguém no ambiente. • No ambiente de trabalho desligue o equipamento meia-hora antes do fim do expediente, evita o desperdício já que a temperatura se mantém. • Teste o refrigerador de casa colocando uma folha na porta, se ela cair é porque não está vedado corretamente e está gastando energia desnecessária. Economia em 2014/2015 Segundo o ONS, no horário de verão 2014/2015, a redução foi de cerca de 645 megawatts (MW), no subsistema Sul, correspondendo a uma economia de 4,5%. No subsistema Sudeste/Centro-Oeste, a redução foi de 2.035 MW no horário de pico, equivalente ao dobro do consumo de Brasília em todo o período em que esteve em vigor. Atualmente, o horário brasileiro de verão é regulamentado pelo Decreto 8.112, de 30 de setembro de 2013, que revisou o Decreto nº 8.556, de 8 de setembro de 2008. Ele começa sempre no terceiro domingo do mês de outubro e termina no terceiro domingo de fevereiro do ano subsequente, exceto quando coincide com o carnaval, caso em que é postergado para o domingo seguinte. Em 2016, a medida se encerra às 0h de 21 de fevereiro.

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