Manual de Desenho Urbano do Campus Darcy Ribeiro

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ana karine siqueira orientada por giselle

challub


Manual de Desenho Urbano para o Campus Darcy Ribeiro Por Ana Karine Ramos Siqueira Orientadora: Giselle Challub

Brasília, Junho de 2018 Projeto de Diplomação 2, trabalho de conclusão da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília. 1.manual de desenho urbano 2.campus darcy ribeiro 3. planejamento urbano

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ana karine siqueira orientada por giselle

challub

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SU

RIO

introdução o que? por que? onde? UnB em números UnB no DF UnB em Bsb UnB no futuro

5 6 7 8 9 10 12 16

uso do solo e estacionamento

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vegetação, espaços livres e áreas edificadas

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permeabilidade, barreiras e gabarito

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hierarquia viária e mapa funcional

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caracterização do espaço

seções viárias ciclovias, calçadas, passeios e distâncias diagnóstico

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Dedicatória Dedico esse trabalho à minha mãe Ana Patrícia que me ensinou a aprender. Ao meu pai Egesiel que me ensina o que preciso pra viver. Dedico à Universidade de Brasília. Tudo que foi investido em mim, o tanto que recebi nessa jornada da graduação que termina com esse trabalho. Esse é o começo da minha retribuição.

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diretrizes proposta desenhos das vias mobiliário e materiais interface paisagismo iluminação bibliografia agradecimento

32 34 38 42 43 44 45 48 49


INTRO

DU

ÇÃO

As cidades da atualidade enfrentam um momento de quebra paradigmática, onde se atestou o fracasso do automóvel particular como principal forma de mobilidade. Aliadas a essa grande mudança, demandas sociais, econômicas e ambientais traçam a problemática das cidades atuais. No centro dessa discussão, a rua. As mudanças nos paradigmas de planejamento urbano causadas pelo automóvel são verificáveis em uma cidade como Brasília. As cidades que se moldaram privilegiando o automóvel não apresentam um tecido urbano contínuo e há preponderância do sistema viário sobre a rua tradicional. A paisagem de edifícios isolados gera aumento das distancias urbanas e tempo de viagem, também o encarecimento da infraestrutura urbana. O estudo de como cidades são afetadas pelo automóvel demonstra que além da dispersão já mencionada, há a redução das opções de transporte, aumento da poluição sonora e emissão de gás cabônico. Os efeitos de estendem para outras esferas além da mobilidade como diminuição das atividades sociais, cívicas, econômicas e físicas nas ruas. Nos últimos anos planejadores e designers buscam os desenhos que favoreçam pedestres, ciclistas, acessibilidade universal e transporte público assim como os automóveis particulares. A infraestrutura das ruas influencia além da mobilidade, contribuí para ambientes mais agradáveis, aumento da saúde pública e atividade econômica na região.

Objetivo Geral

Objetivos Específicos

• Elaboração do Manual de Desenho Urbano adaptado às necessidades do Campus Darcy Ribeiro.

Os objetivos dizem respeito a duas etapas do trabalho. Na primeira o foco é a compreensão e revisão do planejamento do campus ao longo de sua história, identificar fraquezas, forças, oportunidades e ameaças. • Compreender a influência regional da universidade • Caracterização da fração urbana • Perceber problemas e potencialidades do campus • Definir estratégias de atuação e princípios de design • Reformulação viária de automóveis e ônibus • Reformulação viária de ciclovias e calçadas • Atualização do zoneamento e uso do solo

O manual de desenho urbano é uma ferramenta utilizada por diversas cidades ao redor do mundo com base em princípios de desenho urbano que apresentam melhores desempenhos na funcionalidade e segurança. Para criar um manual que atenda as demandas do Campus Darcy Ribeiro, o espaço foi submetido a uma analise em três etapas, seguida por uma proposta de intervenção. A contextualização insere o campus no contexto regional, relacionando a universidade aos dados apresentados, como por exemplo o alto número de viagens diárias para a unb de todo o df e entorno. O terreno em questão tem características ambientais fortes, possui áreas de preservação e acesso ao lago Paranoá. A caracterização do meio urbano se divide entre uso do solo, ocupação e espaço viário. Essa forma de análise também embasa a categorização utilizada na análise SWOT. A análise SWOT é um método de identificar forças, fraquezas, oportunidades e ameaçs de cada categoria. Após o diagnóstico são elencados princípios de design qua norteiam as diretrizes de atuação. A proposta de intervenção busca atender as diretrizes estabelecidas.

O manual é embasado nos resultados da primeira etapa, de forma a sintetizar todo o conteúdo em decisões de desenho urbano. • Tornar-se referência em espaços públicos de qualidade e design centrado no usuário; • Integrar diferentes funções nas ruas de forma eficiente e harmoniosa • A universidade como um exemplo para a cidade • Fortalecer a identidade da Universidade de Brasília • Melhorar a comunicação visual para a comunidade interna e externa • Normatizar a colocação de iluminação • Melhorar a oferta de bibicletários e pontos de bicicleta

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O

QUE? O que é um Manual de Desenho Urbano? O manual de desenho urbano se trata de um recurso com diretrizes, parâmetros e processos que auxiliam na tomada de decisões de desenho urbano.

New York City Street Design Manual Estudo de caso mostrando antes e depois da implantação do Manual de Desenho Urbano de Nova York (Hoyt Avenue a esquerda e St Nicholas Ave & Amsterdam Ave a direita). Fonte: Street Design Manual - New York City

NACTO Urban Design Guide Estudo de caso mostrando antes e depois da implantação do NACTO . Fonte: New York City Department of Transportation

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POR

QUE? Porque um Manual de Desenho Urbano? A elaboração de um manual de desenho urbano é uma estratégia utilizada por cidades de todo o mundo. Cada cidade trabalha especificamente com suas características culturais e climáticas, porém todos os manuais tem o mesmo interesse em reavivar a rua como um espaço para as pessoas. Os manuais compartilham a premissa de que a rua é importante elemento na identidade da cidade, e uma vez que tem seu potencial máximo atingido, os benefícios proporcionados vão além da esfera funcional para social, econômica e ambiental. O Manual de Desenho Urbano é um guia para o desenho das ruas. Porém, o planejamento que define estratégias e prioridades para cada região e a constante manutenção dessas ruas são essenciais para o resultado final satisfatório. A etapa de planejamento determina os contextos e prioridades, examina os espaços públicos e

suas condições, os padrões de uso do solo, demandas por segurança, tráfego local e regional, rotas de ônibus, bicicletas e etc. Dessa etapa saem definidos objetivos e necessidades. O manual oferece opções para a geometria das ruas, material, iluminação, mobiliário e tratamento paisagístico. Por si só não define as prioridades e forma de aplicação, por isso deve ser complementar a um planejamento estratégico. Para desenvolver o Manual para o Campus Darcy Ribeiro se fez necessária uma reformulação do seu planejamento, definindo novas diretrizes que beneficiem o movimento não automatizado e coletivo. Não seria viável aplicar o manual no plano atual, uma vez que são incompatíveis em seus objetivos gerais, onde atualmente se beneficia o automóvel em detrimento a todas as outras formas de transporte.

Por fim, o gerenciamento e manutenção dos componentes das ruas são críticos para o sucesso a longo prazo.

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ON

GO

MG

DE? DF no Brasil

O campus Darcy Ribeiro localizase em Brasília, capital do Brasil, no Distrito Federal. O distrito é composto por 31 regiões administrativas, totalizando uma área de 5 779,999km². Brasília é a sede do governo do DF e também a sede do governo Federal. O distrito faz limite com o estado do Goiás, e dois quilômetros de sua fronteira faz divisa com o estado de Minas Gerais. Em consequência dos processos urbanos, a área limítrofe ao DF se expandiu formando a região metropolitana de Brasília, institucionalizada como Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE). A RIDE é formada pelo DF, 19 municípios goianos e 3 municípios mineiros. A população é de 4,3 milhões de habitantes, classificando a região como quarta maior área metropolitana do Brasil. A consolidação do Distrito Federal acontece durante o processo de transferência da capital do Brasil do Rio de Janeiro para Brasília, A criação de uma

RIDE DF força de abrangência

Distrito Federal

nova capital é inscrita na constituição de 1891. Trinta anos depois, em um contexto nacionalista de comemoração aos cem anos de independência, coloca-se a pedra fundamental na cidade de Planaltina, como marco para conformação da cidade. Eleito em 1955, o presidente Juscelino Kubitchesk tinha Brasília como parte de sua agenda política. Em setembro de 1956 abre-se o concurso para o desenvolvimento do projeto da nova capital. O Campus Darcy Ribeiro está em uma parcela urbana privilegiada no território do Distrito Federal. Com uma população acima de 50 mil pessoas, é um dos principais pólos de viagem do DF e entorno. Pólo educacional, cultural e de trabalho: segundo o Plano Diretor do Transporte Urbano (PDTU), a UnB promove mais de 10.000 empregos. Além da população contabilizada pela instituição, que inclui alunos, professores e corpo técnico, as atividades da universidade atraem visitantes e profissionais autônomos.

Regiçoes Administrativas do Distrito Federal e marcação das áreas da UnB segundo Plano de desenvolvimento físico de 1974 mais atualizações. Mapa elaborado pela autora sobre imagem retirada do Google Earth.

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Rodovias e Anel Viário do DF

O Campus Darcy Ribeiro se localiza em Brasília, porém a Universidade de Brasília tem propriedades em outras áreas do DF, inclusive mais três campus universitários. A. Campus Darcy Ribeiro B. Centro Olímpico C. Estação Experimental de Biologia D. Fazenda Experimental E. Anexo ao Hospital de Sobradinho F. 12 superquadras G. Parte do edifício Flávia Hilka H. Campus Planaltina I. Campus Ceilândia J. Campus Gama


UNB EM

Hospital Veterinário

NÚMEROS

Campi Bibliotecas Hospital Universitário

População

Campus Darcy Ribeiro

fonte: UnB em Números 2016. Universidade de Brasília.

fonte: UnB em Números 2016. Universidade de Brasília.

3.950.579,07 m² área física do campus

37.071

7.599

2.492

3.159

Alunos de graduação

Alunos de pós-graduação

Docentes

Corpo técnico administrativo

552.171,40 m² área construída

Meio de transporte mais utilizado pelos estudantes de graduação

Serviços

117.054

47%

27%

automóvel particular (condutor)

ônibus

Consultas Médicas no HUB

+11.000 Refeições servidas por dia no RU

10%

1%

a pé

bicicleta

fonte: pesquisa realizada por Camila de Carvalho Pires na dissertação Potencialidades Cicloviárias no Plano Piloto.

fonte: UnB em Números 2016. Universidade de Brasília. 9


UNB NO

DF

Modelo Territorial

Mobilidade Diária

O modelo territorial do DF apresenta diversas centralidades, sendo mais relevante e abrangente a de Brasília. Brasília concentra as oportunidades de emprego primário e secundário. A ocupação territorial acontece de forma mais intensa na porção sudoeste do DF, longe das oportunidades de emprego.

Fonte: PDOT

Fonte: PDTU

Equipamentos de segurança e saúde

Equipamentos de abastecimentos, cultura esporte e lazer

Os hospitais federais sinalizados no mapa em destaque correspondem ao Hospital Universitário de Brasília (HUB) na asa norte de Brasília e Hospital de Base na asa sul. Os Hospitais Federais se concentram 100% no Plano Piloto, e absorvem além das demandas locais e regionais, pacientes oriundos do entorno e outros estados.

Fonte: PDOT

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O modelo de ocupação de baixa densidade e disperso orienta os deslocamentos da região que são de grandes distâncias. A UnB está marcada como uma região que promove mais de 10.000 empregos. Segundo o PDTU, cerca de 30% da população ocupada no entorno do DF trabalha em Brasília.

Constata-se a polarização de oferta de equipamentos no plano piloto, que é abrange 70% dos equipamentos do DF. A marcação diz respeito a museus, centros culturais, estádios e ginásios de esporte. A área da UnB é indentificada como fornecedora de equipamentos culturais e esporte e lazer onde se oncontra o Centro Olímpico. Fonte: PDOT


Zonas de atração

A universidade atraíu de 40.000 a 53.000 viagens em 2009, inferior apenas à Zona Central de Brasília.

Polos Geradores de Viagens

Fonte: PDTU Fonte: PDTU

Vazios Urbanos

Parques Urbanos

Foram considerados vazios urbanos grandes glebas ou lotes ociosos que não fossem utilizades para fins ambientais, praças, parques ou jardins. A porção norte do Campus Darcy Ribeiro e o Centro Olímpico estão demarcados como vazios urbanos.

O campus faz limite com o Parque Olhos D’água, atualmente é o único parque urbano assinalado na região nordeste de brasília

Fonte: PDTU

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UNB EM

BSB

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A capital construída se baseia no Relatório do Plano Piloto de Brasília, de Lúcio Costa. A cidade se conforma através da composição axial através de eixos, um monumental - sentido leste oeste - e outro longitudinal - sentido norte e sul.

O planejamento urbano de Brasília apresenta características da cidade dispersa. A estrutura urbana apresenta dois pontos principais: o sistema viário que permeia todas as escalas da cidade, possibilitando a integração das várias partes para o carro e o aspecto d eunidade para a cidade como um todo. Em contrapartida, as vias são as principais barreiras para quem não é usuário do carro (PIRES, 2008). Amplos espaços vazios com grandes distâncias ocasionadas por edifícios isolados e extensas vias rodoviárias são características do Modernismo Periférico descrito por Kohlsdorf (1985).

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Plano Original

Plano 1962/1964

O plano Original propõe uma setorização para o campus ao longo de uma faixa se situaria os institutos e faculdades. Entre a faixa e a via L4 era prevista uma praça maior e edificações de interesse comum ao restante da cidade assim como para a universidade (biblioteca, reitoria, museus). Na direção norte do terreno se situariam as residências dos professores, estudantes e o centro desportivo. No plano se mantém o desejo em transformar os terrenos da UnB em um parque aberto a população, um museu vivo da flora regional.

O campus foi inaugurado em 1962. Oscar Niemeyer, então diretor do Centro de Planejamento da UnB (CEPLAN) propõe o edifício cartão postal da UnB. A proposta do ICC era juntar diversos institutos para integrar os alunos e facilitar o deslocamento dos estudantes, O ICC foi construído reunindo os institutos de química, matemática, física e biologia. Devido sua forma marcante e dimensão passou a direcionar o desenvolvimento do plano de desenvolvimento da UnB. Na praça maior alocam-se o museu da civilização brasileira, aula magna e reitoria. Houve a adição de 110 hectares destinados ao centro olímpico.

Evolução do campus A região central foi a primeira desenvolvida e implantada no Campus, seguida pela região Leste e Sul, e por último, a região Oeste

Marcação Campus 1962 - 1970 1970 - 1980 1990 - 2000 2000 - Atual

250

0

250

500m

N 14


Plano 1969/1970

Plano 1971

Devido o crescimento da Faculdade de Educação a construção da administração central, provisiorimante alocada na FE, tornou-se inadiável. Decidiu-se iniciar a construção da reitoria e restaurante universitário, aumentando a discussão acerca da localização do centro de vivência na Praça Maior. A praça foi reformulada para se tornar o pólo principal do Campus.

O plano aloca a moradia estudantil no Centro Olímpico, mantendo a habitação dos professores no local denominado Colina. Propõe-se o centro de vivência entre a praça maior e a via L4. O edifício atuaria como complemento à praça, com serviços comunitários e restaurantes.

Zoneamento Com um zoneamento rígido e áreas segregadas, aumentando as quadras e retirando o uso misto e térreo ativo da proposta anterior, o espaço é modificado para se encaixar na tipologia espacial da época, aonde o pedestre é deixado de lado em relação ao automóvel.

Marcação Campus Área natural de preservação Acadêmico Insteresse Público/Privado Equip. de apoio e convivio Habitação Coletiva Parque de convenções Área de manutenção e apoio Parque de recreação e lazer Faixa de domínio público 250

0

250

500m

N 15


UNB

NO FUTURO

Ponte do Lago Norte O projeto da quarta ponte consiste na construção de um complexo viário chamado Nova Saída Norte, que ligará por meio de duas pontes e um túnel a via L4 norte ao Setor de Mansões do Lago Norte. Com isso cria uma conexão alternativa de passagem para o fluxo vindo do Setor Taquari, Sobradinho, Planaltina, Paranoá e Itapoã ao centro de Brasília. também para desafogar o alto fluxo de veículos na Ponte do Bragueto, atualmente única saída norte da cidade. O projeto já está documentado no Plano Diretor de Transporte Urbano e Mobilidade do Distrito Federal e Entorno (PDTU).

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LEGENDA malha de rodovias existente nova ponte

Projeto Ponte do Lago Norte. Fonte: Plano Diretor de Transporte Urbano e Mobilidade do Distrito Federal - PDTU/DF.


Projeto Orla Livre O Projeto Orla Livre é uma iniciativa do governo Distrito Federal para reapropriar ocupações irregulares na orla do Lago Paranoá. Iniciado em 2015 com a preparação do processo de retirada de cercas e muros de áreas previamente identificadas e com seus proprietários notificados, totalizando uma área de aproximadamente 80 km da orla do Lago. O Projeto Orla Livre visa a desobstrução das Áreas de Proteção Permanete nas margens do Lago Paranoá e abrir esses espaços para a população

LEGENDA campus Darcy Ribeiro pólos propostos no projeto orla

Requalificação da Orla do Lago. Fonte: GOVERNO DE BRASÍLIA, Projeto Orla Livre, 2015.

Pólos propostos no Projeto Orla. Fonte: GDF/ SEDUH/ SUDUR, 2003. In PARENTE, APOENA A.

Centro de Convenções Em 2011 foi realizado um concurso fechado para a escolha do projeto para o centro de vivência, previsto no plano diretor da Universidade de Brasília. O projeto selecionado consiste no aproveitamento do caráter central da localização (praça maior) visando constituir um espaço de convergência ao abranger diferentes ativiadades centrais da vida universitária. Utilizando o eixo simétrico do ICC, foi desenvolvido uma Esplanada com um grande gramado em seu entorno, visando manter o fluxo de pedestres atual. O Projeto também conta com um Centro de Cultura, com três pavimentos voltados para manifestações artísticas e cinema, Centro de Vivência, com restaurante e hotel com 50 leitos, e a Aula Magna, espaço em forma de cúpula com 1.500 lugares para solenidades da faculdade.

Implantação dos Centros de Cultura e Vivência. Fonte: http:// arqbr.arq.br/projeto/praca-magna-da-universidade-de-brasilia/

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CARAC TERIZ

ZAÇÃO

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A caracterização é dividida em três etapas: Uso do Solo, Ocupação e Espaço Viário. Percebe-se que o campus apresenta características de planejamento urbano semelhantes a de Brasília, com zoneamento rígido, hieraquia viária predominante para o automóvel, grandes lotes e ocupação dispersa. Como se encontra dentro da escala bucólica da região tombada, carrega as características de parque, com muita vegetação e espaços de contemplação. Apesar do caráter bucólico, grandes áreas do campus são residuais ou destinadas a estacionamento, o que interfere na carcterística de parque por não serem áreas qualificadas ou sem incentivar a permanencia dos seus usuários.

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Uso do solo O uso principal é acadêmico, o que torna o campus subutilizado em dias não letivos. O zoneamento restrito afasta os usuários de atividades cotidianas. Vários comércios irregulares suprem essa atual demanda. Duas áreas são destinadas à habitação: a Colina e a Casa do Estudante Universitário. Marcação Campus Residencial Comercial Uso Misto Serviços Educacional Administrativo Parques Urbanos Área de Preservação Praças 250

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500m

N

Estacionamentos

Os estacionamentos são grandes áreas subutilizadas, que impedem a drenagem pluvial e abrigam parte dos crimes que acontecem no campus. A quantidade de áreas abertas sem uso e manutenção resulta em áreas residuais e inseguras.

Marcação Campus Estacionamento Áreas residuais

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0

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500m

N 20


Vegetação e Espaços Livres

O campus possui duas áreas de preservação. Praças concentradas na parte central do campus, no centro olímpico o espaço aberto qualificado é composto pelas quadras, Massa arbórea intensa próxima a dois cursos d’água. A manutenção das áreas verdes acontece apenas na parte central. Marcação Campus Edificações Massa Arbórea Praças e Quadras Parques Urbanos Áreas de Preservação

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0

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500m

N

Área Edificada

A ocupação do campus, assim como a de Brasília, é marcada pela disposição de volumes de forma descontínua no terreno, considerando anguns eixos de composição. A paisagem resultante é a paisagem de objetos. Não há a preocupação com o alinhamento das vias.

Marcação Campus Área edificada

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0

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500m

N 21


Permeabilidade e Barreiras

A permeabilidade do pedestre de Brasília muda quando se trata do acesso ao Lago Paranoá. A área próxima ao campus é ocupada por clubes privados e área residencial. O CO é cercadoe com acesso monitorado. As áreas de preservação são impermeáveis devido as características do seus terrenos. Marcação Campus Área impermeável à passagem do pedestre

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0

250

500m

N

Gabarito

O gabarito do Campus é predominatemente de 1 a 2 pavimentos, com a Colina sendo a regiãos com maior gabarito, com 5+ pavimentos.

Marcação Campus 1-2 pavimentos 3-4 pavimentos 5+ pavimentos

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500m

N 22


Hierarquia Viária

Nenhum plano do campus apresenta uma hierarquia viária. Aqui elas foram identificadas segundo suas dimensões e importância no contexto. O traçado viário cria grandes quadras, diminuindo as possobilidades de escolha de percurso. As vias locais são por vezes ruas sem saida. Marcação Campus Edificações Vias Arteriais Vias Principais Vias Secundárias Vias Locais Ponte Lago Norte

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0

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500m

N

Mapa funcional

Os ônibus que percorrem a UnB passam por conflitos viários e vias sobrecarregadas. A linha 110.2 passa pela via L4 que não tem paradas de ônibus atualmente portanto não tem rotatiidade de passageiros, aumentando o custo de operação e consequentemente dos bilhetes.

Marcação Campus Ponto de Ônibus Alcance Linha 0.110 Linha 110.2

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0

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500m

N 23


Seções Viárias

Interna

Secundária

Primária

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Local

Exclusiva

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Ciclovias

O Campus possui cerca de 20km de ciclovias que apresentam descontinuidade, irregularifade, cruzamentos perigosos, mudança na margem da via , falta de sinalização e iluminação. No plano da UnB não há menção de ciclovias, bicicletários ou pontos de bicicleta compartilhada. Marcação Campus Edifícios Ciclovias existentes

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0

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500m

N

Calçadas e Passeios

A infraestrutura dedicada ao pedestre se concentra na parte central do campus. Conforme o campus expandiu, o sistema de calçadas e passeios não acompanhou, tornando os pedestres mais vulneráveis a situações de risco e dificultando o acesso a outros edifícios do campus. Marcação Campus Passeios Calçadas

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0

250

500m

N 26


Distâncias

0.5 km 6 minutos

1 km 12 minutos

1.2 km 5 minutos

2.4 km 10 minutos

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0

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500m

Com a análise das distâncias, tendo como base a região mais central do campus, percebe-se que boa parte do campus, sua orla e até a L2 está a uma distância andável, com até 12 minutos de caminhada. Apesar disso, não existe nenhum sistema que comporte longos fluxos. Ao contrário, o fluxo para o pedestre é extremamente interceptado, com poucas caminhos completos. Já utilizando uma bicicleta, as distâncias se tornam ainda menores, sendo possível atingir a W3 ou o parque urbano na região norte em apenas 10 minutos.

N 27


DIAG NÓS

TICO

Problemas

As extemidades norte e sul do Campus não possuem nenhum tipo de aproveitamento. A ocupação e otraçado viário acontecem principalmente na parte central, gerando grandes quadras. Mesmo em quadrtas menores, a quantidade de área não qualificada e residual entre construções é alta. Marcação Campus Vias como barreiras Grandes estacionamentos Grandes quadras Espaços residuais

X

Área sem aproveitamento Via sobrecarregada

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0

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500m

N 28


Sintetizando e analisando os dados levantados, foi possível desenvolver um mapa que apresentasse os principais problemas e potenciais do campus. Com base nas categorias de análise, foram identificadas as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças em cada categoria. A categoria regional diz respeito a inserção urbana e influência da Universidade de Brasília. A categoria social considera fatores humanos e históricos aos quais a Universidade se submete. A categoria do meio ambiente considera os recursos naturais, terreno e seu atual estado de utilização. A separação do meio urbano em três categorias, uso do solo, ocupação e espaço viário, se mantém na análise SWOT. O manual intervém propriamente no espaço viário, utilizando de ferramentas e componentes para otimiza-lo. Ocupação e uso do solo são definidos na etapa de planejamento.

Potencialidades

A quantidade de espaço possibilita um novo traçado viário que interligue o campus internamente e com a cidade. O novo parcelamento pode comportar as demandas crescentepor habitação. Conectar as áreas verdes entre si permitiria uma melhor fluidez entre os espaços e no campus como um todo. Marcação Campus Orla como espaço público Novo traçado viário Edifícios Parques urbanos Áreas de Proteção Conexão entre áreas verdes

250

0

250

500m

N 29


REGIONAL

_grande atrativo educacional, como pólo gerador de emprego _localização privilegiada em Brasília _importante valor simbólico regional e nacional _oferta de biblioteca pública e hospital federal

SOCIAL

AMBIENTAL

__comum a apropriação das pessoas dos espaços livres _diversidade racial da universidade _promove a interação social _polo de atividades culturais e sociais _grupos engajados em discussões para o desenvolvimento do país em diversos âmbitos _forte identidade social

_áreas de preservação, com vegetação nativa do cerrado. importante valor ambiental, cultural e social. _espécies da flora e fauna do cerrado _acesso privilegiado ao lago paranoá - ótima balneabilidade do lago -não há indícios de poluição _clima ameno que permite atividades ao ar livre _abundancia de vegetação diversificada. árvores frutíferas. árvores antigas _tratamento de esgoto

_segurança pública ainda é frágil _espaço morto durante fim de semana e férias acadêmicas _dificuldade na troca de informação entre a comunidade interna e externa da universidade

_grandes espaços residuais _acesso dificultado ao lago _subutilização do potencial ambiental _descinhecimento da comunidade quanto as amenidades naturais do campus

FORÇAS _baixa integração regional _baixa integração do campus com a cidade _desconhecimento da comunidade acerca dos serviços e atividades ofertadas _falta de política institucional para engajamento da universidade na comunidade e vice e versa _reforça a centralidade do plano piloto em contrapartida à centralidade populacional, o que promove maior necessidade de deslocamentos

FRAQUEZAS _baixa integração regional _baixa integração do campus com a cidade _desconhecimento da comunidade acerca dos serviços e atividades ofertadas _falta de política institucional para engajamento da universidade na comunidade e vice e versa _reforça a centralidade do plano piloto em contrapartida à centralidade populacional, o que promove maior necessidade de deslocamentos

_potencial turístico histórico, cultural e artístico _aumento da densidade populacional para incrementar a vida nas ruas _integração social através do meio ambiente, serviços e atividades _demanda por espaços de lazer e cultura _aumento no número de estudantes, funcionários e professores _

_potencial turismo natural _oportunidade de criação de parque urbano no que hoje se configura como vazio urbano -possibilidade de baixo custo para implantação de conexão entre parques urbanos com ciclovias e passeios _integração com o projeto governamental Orla Livre _requalificação que gere integração social _vegetação nativa como paisagismo e instrumento de educação ambiental

OPORTUNIDADES _possibilidade de gentrificação

AMEAÇAS 30

_degradação do lago e áreas de proteção pelos usuários e visitantes _deterioração


ESPAÇO VIÁRIO

USO DO SOLO

OCUPAÇÃO

_sistema de circulaçao viário consolidado _abundante espaço na caixa viária para requalificação de ciclovias, calçadas e faixa de serviço _o uso de sistema de compartilhamento de bicicletas é desejado pela comunidade interna

_a comunidade interna se apropria dos espaços de forma livre _a diversidade de atividades da vida do campus cria zonas de movimento e calmaria, gerando diversidade espacial _áreas com paisagismo, imageabilidade agradável de jardim _áreas de preservação _praças consolidadas e utilizadas

_apesar do zoneamento restritivo o campus oferece diversos equipamentos em diferentes arquiteturas, criando uma paisagem diversa e dinamizada _em diversos potos do campus se tem a vista lo lago paranoá e torre de tv digital. na parte sul vista para o congresso nacional. _área central consolidada com valor simbólico e histórico. norteia as demais ocupações. _edifícios ícones de grandes arquitetos, valor patrimonial e turístico

_sistema viário que prioriza o automóvel individual e não hierarquizado _existência de vias sobrecarregadas e superdimensionadas _grandes bolsões de estacionamento e ruas sem saída _falta de integração entre as partes do campus _dificuldade de locomoção do transporte público em vias com uma faixa de rolamento, falta de baia nas paradas e rotatórias mal dimensionadas _conflitos e falta de integração intermodal _sistema de calçadas e ciclovias incompleto _falta de passeios que comportem as linhas de desejo _deficiência do sistema de sinalização

_zoneamento rígido, dificulta a implaementaçaõ de atividades complementares à atividade acadêmica _grandes áreas monofuncionais _pouca oferta habitacional para a comunidade interna _áreas habitacionais ofertadas são isoladas da oferta de serviços, comércio e lazer _falta de oferta de usos e serviços do cotidiano da cidade dentro do campus _falta de articulação entre as zonas _alto custo de manutenção de áreas verdes. manutenção se concentra na parte central e infeciciente nos locais mais distantes

_ocupação dispersa, gerando grandes distâncias de deslocamento, encarecimento da infra estrutura e espaços iseguros _edifícios implantados soltos no terreno, sem considerar o alinhamento das vias _falta de projeto de expansão _falta de diretrizes de desempenho mínimas para os novos edifícios favorecendo o conforto e a perspectiva do ponto de vista do pedestre _por vezes a ocupação de festas e eventos dos estudantes em locais como o icc atrapalham o andamento das atividades acadêmicas _falta de equipamento de apoio aos eventos, festas e happy hours _falta de marcos delimitadores que identifiquem e caracterizem o campus _espaços públicos e equipamentos degradados

_a infraestrutura já implantada pode ser otimizada _permite o traçado de novas vias _possibilidade melhorar a conexão de áreas do campus _possibilidade melhorar a conexão do campus com a cidade _o uso de sistema de compartilhamento de bicicletas é desejado pela comunidade interna _a nova ponte do lago norte potencializará o acesso regional ao campus _conversão dos bolsões de estacionamento para adequar a falta de impermeabiçização no campus

_revisão do zoneamento. criar um que não seja restitivo mas norteador _o projeto governamental Orla Livre pode potencializar a UNB e vice e versa _capitalização da oferta habitacional revertida para esquipamentos e espaços públicos do campus _oferta de diferente tipos de habitação para diversificar a concentração de renda do Plano Piloto _articulação de espaços do campus entre si

_potencial turismo arquitetônico _os espaços vazios permitem a criação de novos edifícios que supra a demanda construtiva da unb _criação de identidade visual que estimule a sensação de pertencimento e lugar _melhrar o endereçamento e forma de se localizar no campus _densificar o campus, requalificando vazios urbanos, aproveitando a infraestrutura existente e a localização _incentivo a ocupações que requalifiquem o espaço da universidade, como as agroflorestas e praças de centros acadêmicos

_nova ponte do lago norte pode sobrecarregar o sistema viário da unb _se o fluxo de veículos crescer muito por causa da ponte, pode se transformar em uma barreira para pedestres e ciclistas, dificultando a mobilidade local do campus _aumento dos conflitos viários devido novas fontes geradoras de fluxo

_comprometimento da atividade primária acadêmica

_ocupação que interfira na escala bucólica de brasília _espaços ociosos _dificuldade em densificar o campus devido a legislação aplicada a Brasília

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DIRE TRI

ZES

Aproveitar amenidades naturais

Fortalecer a conexão do espaço do Campus com a orla do lago Incrementar acessos e vistas Complementar caminhos Reforçar a imagem do lago Utilizar água como atrativo Permitir apreciação da flora e fauna nativa

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Espaços conectados

Reforçar a identidade

Desenvolver conexão entre as áreas Reforçar a imagem de sustentabilidade Associar a vegetação com o traçado urbano Utilizar vegetação como forma de atração de fluxos

Desenvolver a identidade visual do campus Tornar o campus modelo para outros lugares Melhorar o alcance das áreas verdes na comunidade Desenvolver acessibilidade para todos Melhorar a qualidade do mobiliário Aumentar a integração entre os diversos espaços Trabalhar a identidade de espaços ao longo de um eixo ordenador


Propósitos de Design Design para Segurança Priorizar segurança para as pessoas mais vulneráveis, mulheres, crianças, idosos, e os modais mais vulneráveis, pedestre e ciclista; estratégias de traffic calm para ruas locais. Design para funcionalidade e eficiência É importante balancear as necessidades locais e as demandas por mobilidade. As ruas devem oferecer acesso seguro, conveniente e confortável para ciclistas e pedestres além de acomodar tráfego de abastecimento, acesso de veículos de emergência e mobilidade entre bairros. Design para o Contexto as ruas são importantes elementos de identidade dos bairros e cidades, as características particulares de cada uma devem ser preservadas. Expressar características locais. Criar conexões com as áreas adjacentes. Manter uma estética consistente em corredores. Ruas para pessoas Ruas como lugar de encontro social. Desenhos que encorajem a atividade física, caminhar, pedalar e atividades recreacionais. Expandir o uso de áreas públicas uteis transformando áreas subutilizadas e residuais. Aumentar a oferta de assentos, bicicletários e mobiliário

urbano. Bons espaços públicos influenciam na saúde pública da população e no caráter turístico da região. Sustentabilidade Incentivo e fornecimento de infraestrutura para locomoção por meios não automotivos; aumento na eficiência do transporte público, diminuindo tempo de viagem e de emissão de gás carbônico; minimizar superfícies impermeáveis. Utilizar técnicas de infraestrutura verde e azul como: jardins de chuva, canteiro pluvial, biovaleta, teto verde, caminho verde, piso drenante, hortas e pomares urbanos. Redução nos gastos de irrigação devido ao reaproveitamento de águas pluviais. Maximizar áreas verdes nas ruas para redução das temperaturas ambientes. Economia Considerar os custos do ciclo completo dos projetos, incluindo extração, transporte, construção e manutenção. Um desenho apropriado de ruas valoriza as propriedades e aumenta a chance de sucesso dos comércios locais. Fortalecer o turismo é uma forma de atrair usuários e investimentos.

Rua para pedestre

Rua para ciclista

Transporte coletivo

Desenvolver caminhos atrativos para o pedestre Reforçar transporte público e caminhos Prioridade no trânsito Acrescentar novas vias livres de veículos Aumentar a segurança para o pedestre Melhorar sinalização e iluminação

Desenvolver cultura do ciclismo Reforçar as conexões na estrutura existente Melhorar e implantar novas vias exclusivas Conectar com as rotas fora do campus Integração com o transporte público Resolver situações de conflito Aumentar a segurança para promover o uso

Desenvolver uma rede de transporte forte e de fácil acesso Melhorar rotas e conexões Melhorar pontos de parada Investir em novas linhas para o campus

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PRO POS

TA

Hierarquia Viária

O objetivo é a diminuição do tamanho das quadras, aumento da permeabilidade no campus, desafo- gar os principais acessos ao local e incentivar o uso de modais alternativos. A nova malha viária aumenta a possibilidade de escolha de caminhos.

Marcação Campus Via Arterial Via Principal Via Secundária Via Local Via Proposta

250

0

250

500m

N 34


A proposta utiliza recursos de desenho urbano para melhorar a mobilidade como, por exemplo, reconexão com a cidade, efinalização do sistema viário interno. O traçado viário foi redefinida par a diminuir o tamnho dos lotes, aumentar as possibilidade de escolhas e facilitar a lomocação interna. O zoneamento proposto aumenta as áreas de habitação para suprir a crescente demanda da universidade. Próximo às novas habitações foi proposto uma região de uso misto, para suprir a necessidade dos moradores no local e densificar o campus. De forma geral, proõe-se que o zonemaneto não seja restritivo, mas sim norteador, visto que, como apresentado, a setorização rígida contribui para a criação de locais sub-utilizados, perigosos e não atrativos.

Como o campus possui locais destinados a usos comunitários, a propoosta vista aumentar a atratividade desses lugares, oferecendo equipamento e mobiliário de qualidade para a realização de diferentes atividades, incentivando assim o uso contínuo e diversificado. Reforçar a imagem do campus consiste em compreender seus potenciais e otimiza-los, tornando esse conhecimento mais acessível para pessoas da comunidade interna e externa, Desenvolver uma linguagem visual, facilitar o acesso à eventos e atividades internas e aumentar a legibilidade urbana promove maior integração regional.

Zoneamento Aumento da oferta de espaços para habitação e uso misto para reativar o campus em horários não comerciais e dias não letivos. Parque Linear conectando espaços abertos e potenciais da faculdade

Marcação Campus Parceria Público Privado Habitação Uso Misto Acadêmico Eq. de Apoio e Convívio Parques Urbanos Parque Linear

250

0

250

500m

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Ciclovias atuais

Ciclovias propostas

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Calรงadas atuais

Calรงadas propostas

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Desenho das Vias Introdução As ruas e espaços do campus devem apresentar uma malha initerrupta para pedestres e movimento. Conforme o desenvolvimento dos usos e atividades que acontecem em cada rua e características, como dimensões e localização, permitem perceber as característivas que definem o caráter da rua. A variedade de ruas e abordagens espaciais nelas permitem uma diversidade na experiência desse espaço. Uma hierarquia viária que oferece variedades funcionais torma a parcela urbana mais legível e fácil de percorrer, onde pedalar e caminhar são experiências prazerozas e interessantes. Todos os tipos de rua que serão apresentados devem acomodar uma variedade de movimentos que incluen pessoas com carrinhos de criança, bagagem, cadeira de rodas, cadeiras motorizadas e outras necessidades e limitações de mobiçidade.

Primária Antes

Depois

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Individualmente cada tipo deve atender sua demanda de serviço, estacionamento, acessibilidade para carros, ciclistas, pedestres e transporte público. Os tipos apresentados a seguir foram desenvolvidos para fornecer orientação para as diferentes ruas do Campus Darcy Ribeiro. se baseiam em fatores comuns como atributos físicos, forças existentes e oportunidades futuras.


Tpologias de ruas Cada ripo de rua prioriza pessoas e elementos de desenho que se relacionam ao contexto e aspectos da rua, dessa forma serão apresentadas as informações para seleção de materiais apropriados, elementos e abordagens de desenho urbano para cada rua. Arterial Via de grande escala, com mais de 80 metros de largura, atuam como rotas de entrada e saída para a cidade. Primária São dinâmicas, de alta importância pra estruturação e principais rotas de acesso ao campus. Alto nível de importância pra área por características históricas, culturais, fícicas ou funcionais. São as ruas com maior volume de movimento de pedestre e são as rotas para o transporte público. Acesso aos edifícios principais do campus.

Secundária Vias estabilizadas que conectam ao são alinhadas a rotas principais. Proporciona uma transição entre o grid primário da cidade com os espaços internos do campus Local Acesso a edifícios específicos. Via compartilhada. Exclusiva Para uso exclusivo de pedestres e ciclistas. Os elementos urbanos são integrados com o ambiente natural. Trilhas Caminhos de baixo impacto para apreciação das áreas de proteção ambiental.

Exclusiva Antes

Depois

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Desenho das Vias Secundária Antes

Depois

INTERFACE PEDESTRE

Zonas da calçada

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MOBILIÁRIO E ATIVIDADES LIMITE

EXTENSÕES

VIA


Local Antes

Depois

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Mobiliário e Materiais Critérios A consistência dos materiais e mobiliários reforça a identidade e caráter da parcela urbana. São elencados padrões mínimos de desenho a serem aplicados em todos os projetos.

Ponto de Ônibus Alcance Linha 0.110 Linha 110.2 250

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0

250

500m


Interface Critérios A interface dos edifícios são as paredes dos espaços públicos. Contribui fortemente para a definição do caráter e identidade do lugar. Afeta a experiência ao nível da rua de como as pessoas vão se sentir e interagir nesse espaço. As orientações são destinadas aos edifícios a serem desenvolvidos assim como alterações em existentes, a fim de possibilitar uma região coesa, diversa e ativa. A abordagem da inteface acontece em 3 zonas: a forma, o nível da rua e o domínio público Em relação à forma: _ orientação do lote _ forma do edifício e recuos _ preservação da paisagem da rua _ varandas, marquises, coberturas _ articulação vertical _ sinalização e propaganda _ iluminação

No nível da rua: _ construção até testada do terreno _ profundidade da interface, foyers _ desenho e detalhes para fachadas ativas _ entrada a nível do solo _ regularidade de acessos _ degraus, escadas e rampas _ entrada de veículos A área de domínio público compreende a área da fachada do efifício que se extende ao espaço público. Podem ser elas: _ coberturas e proteção a intempéries _ varandas e jardins

Forma Nível da Rua Domínio Público

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Paisagismo Critérios Infraestrutura verde é fundamental na criação e manutenção de uma região resiliente climaticamente e adaptável a necessidades futuras. Através do paisagismo das vias, praças e parques e desenho urbano sensível a água criase uma rede de sistemas naturais integrados, que acontece em diferentes escalas Para um desenho urbano sensível a água a utilização da biovaleta visa remediar problemas de alagamento e enchente que acontecem na universidade, A estratégia consiste na utilização das biovaletas e bacias de drenagem ao longo dos eixos demonstrados abaixo. A marcação desses eixos considera a topografia e caimento da água, são perpendiculares ao caimento natual, criando barreiras de infraestrutura verde para diminuir a velocidade da água de escoamento e aumentar a capacidade de drenagem das áreas verdes.

Espaços verdes Biovaleta

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Iluminação Critérios A iluminação no espaço público é trabalhada para garantir segurança a todos os usuários do espaço público, incluindo pedestres, ciclistas e veículos. Deve favorecer a orientação no espaço, utilizar de tecnologias sustentáveis, melhorar o apelo estético e manter uma iluminação integrada e harmoniosa para dia e noite

Corredores de iluminação

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BIBLIO GRA

FIA

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AGRA DECI

MENTO Eu não saberia nomear todas as pessoas responsáveis pela oportunidade que tive de estudar nessa universidade. Começo agradecendo-as, trabalhadores ocultos da história que construíram essa vaga que eu preenchi com meu nome. Meu pai que nunca deixou que nada me faltasse. Vários momentos com você estão solidificados em mim, e constitui quem sou. Você arrumando a sua marmita na noite anterior, ir trabalhar sempre bonito, preparado e sempre um trabalhador ímpar. Seguir seus passos, pai. Obrigada por todas as vezes que me esperou chegar da aula mais de 22 horas com uma jantinha quente. Alimento além do físico. À minha mãe Ana Patrícia. Dedico-te, minha mainha, esse momento feliz. Você que me segura no seu abraço nos momentos de tristeza. Essa conclusão, minhas artes, minhas cores, minha forma de expressão, fruto seu. Então considere esse trabalho como seu. Minha sis Ana Carolina, sobrinhas Cecília e Valentina. Minhas melhores amigas, inspiração. Abraços de amor e docinho de mel na boca. Rodolfo Campelo, obrigada pela presença. Da escolha do tema ao arquivo final. Obrigada a todos os professores, aos meus colegas, amigos e amores. Obrigada minha unbaby por essa história de amor deliciosa. Obrigada.

Ana Karine Ramos Siqueira, 28 de junho de 2018.

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