A Região da Rua 44 | Projetos Urbanos 2

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A Região da Rua 44 Projetos Urbanos 2 Ana Beatriz Stringhini, Carla Esper, Kleber Antônio e Marianne Tomaz


Universidade Federal de Goiás Projetos Urbanos 2 Profas. Dras. Erika Kneib e Luana Kallas Goiânia, novembro de 2021 Ana Beatriz Stringhini Carla Esper Kleber Antônio Marianne Tomaz


Sumário 1. Diagnóstico...........................................................................3 1.1. Análise Histórica...........................................................3 1.2. Perfil dos Usuários........................................................7 1.3. Caracterização da Região...........................................9 1.4. Fatores Ambientais....................................................13 1.5. Cheios e Vazios............................................................14 1.6. Usos e Apropriações...................................................15 1.7. Mobilidade Urbana....................................................17 1.8. Problemas e potencialidades..................................19

2. Estudo de similares.........................................................21 2.1. Área da Estação Rouen.............................................21 2.2. Praça da Savassi.........................................................22 2.3. BRT Belo Horizonte....................................................23 2.4. Projeto Cidade da Gente: Dragão do Mar............24

3. Diretrizes Urbanas..........................................................25 4. Estudo Preliminar............................................................26 4.1. Integração.....................................................................27 4.2. Praças............................................................................29 4.3. Circulação.....................................................................31

5. Propostas............................................................................33 5.1. Layout............................................................................33 5.2. Perfil das vias...............................................................35

Considerações finais...........................................................37 Referências Bibliográficas................................................38


1. Diagnóstico 1.1. Análise Histórica Inaugurada em 1959, sob o nome de Praça Doutor Americano do Brasil, durante a administração do prefeito Jaime Câmara, a atual Praça do Trabalhador de Goiânia representa grande parte da identidade histórica, social e econômica da cidade. Considerada Patrimônio Material de Goiânia, a Praça do Trabalhador se localiza no fim da Avenida Goiás, no Setor Setor Central, ao lado da Câmara Municipal de Goiânia, instituição política do poder legislativo municipal da cidade. Na Praça, localiza-se a antiga Estação Ferroviária de Goiânia (1950) (Figura 2), edifício que compõe o acervo arquitetônico e urbanístico Art Déco da capital, considerado Patrimônio Cultural Nacional (CASTRO; GOMES JÚNIOR, 2019). Apesar de diversas intervenções pontuais ao longo dos anos, a conservação deste edifício foi negligenciada, constando em caráter de abandono atualmente, sem uso efetivo e contínuo que garanta sua preservação (CASTRIOTA, 2009 apud NUNES et al., 2017). Na década de 1960, a Praça do Trabalhador configurava-se como ponto de chegada de trabalhadores oriundos de outras regiões à procura de melhores condições de vida perante a nova cidade no centro do país, tendo sido palco de grandes movimentações políticas, sociais e culturais de trabalhadores e estudantes da capital, que protestavam e reuniam-se ali (CASTRO; GOMES JÚNIOR, 2019). Desde 1994, a Praça do Trabalhador, abriga a Feira Hippie (Figura 3) nos finais de semana, a maior e a mais antiga feira de Goiânia, com grande relevância comercial, econô-

Projetos Urbanos 2.A Região Lato regular 10 . lato black 10 da Rua 44

Brasil

Goiás

Setor Central

Goiânia

Setor Norte Ferroviário

Gleba

Mapa sem escala.

Figura 1: Inserção da área de estudo no país, estado, cidade e bairros. Fonte: imagem autoral.

Figura 2: Antiga Estação Ferroviária de Goiânia (1950). Fonte: Luana Schmidt, 2021.

Figura 3: Feira Hippie em Goiânia. Fonte: Mais Goiás, 2021.

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mica e social para a cidade, contrastando com o aspecto de degradação e desamparo que o espaço apresenta nos outros dias da semana (NUNES et al., 2017). No entorno imediato da Praça do Trabalhador, nos Setores Central e Norte Ferroviário, também se encontram quatro importantes pontos de interesse da cidade, que refletem o forte caráter comercial e hoteleiro da região: o Terminal Rodoviário (1987) (Figura 4), o Araguaia Shopping (1998), a Rua 44

e a Estação Goiânia (2007) (Figura 5) – edifício de uso comercial, concebido como extensão da atividade da Feira Hippie. Considerada o segundo maior polo comercial de vestuário do país, a região da Rua 44 atualmente comporta uma realidade heterogênea, na qual “a efemeridade dos vendedores ambulantes provoca a mutação da paisagem conforme se apropriam da ambiência urbana, originando cenários multifacetados” (Figura 6) (STRINGHINI; AMARAL; SILVA, 2019).

Figura 4: Terminal Rodoviário Goiânia (1987).

Figura 5: Estação Goiânia (2007).

Fonte: O Popular, 2016.

Fonte: Luana Schmidt, 2021.

Figura 6: Mutação da Paisagem Urbana na Rua 44 em Goiânia. Fonte: STRINGHINI; AMARAL; SILVA, 2019.

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A região da Praça do Trabalhador

A região da Praça do Trabalhador apresenta, além da Praça do Trabalhador em si, vários pontos de interesse, como a Rodoviária, a Estação Feroviária, a Rua 44, os shoppings, a Feira Hippie e etc.

Xxxxxxxxxxxxxxx

Fig. 7:

Mapa ilustrativo da região.

fonte: STRINGHINI; AMARAL; SILVA, 2019..

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xxxxxxx . Xxxxxxx

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1.2. Perfil dos usuários Relação com o espaço

Em pesquisa realizada online com 100 pessoas, 62 afirmaram frequentar raramente a região, 18 afirmaram frequentar a regularmente, 9 afirmaram trabalhar na região, 6 afirmaram morar na região , uma afirmou estudar na região e 7 afirmaram não frequentar a região. Sendo assim, concluímos que a grande maioria dos usuários do local são frequentadores esporádicos.

Usuários esporádicos 62%

Usuários frequentes 18%

Atividades

Entre os trabalhadores da região entrevistados, a maioria afirmou ser feirante ou trabalhar em lojas de roupas. A minoria, afirmou trabalhar nos hoteis da região. Tais resultados reforçam a percepção da força do comércio de roupas, seja nas lojas ou na feira, como principal atividade comercial do local e do setor hoteleiro como secundário.

Meios de transporte

Quanto aos meios de transporte que os usuários da região usam para percorré-la, mais da metade disse utilizar carro próprio, 41% disseram percorrer a região à pé, 33% por transporte por aplicativo, 19% por transporte público, 2% de bicicleta e 1% de moto. O que explicita a forte concorrência por espaço entre automóveis e pedestres que caracteriza a região.

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4 61%

7


Trabalhadores 9%

Moradores 6%

42%

33%

19%

61% - Carro próprio 42% - À pé 33% - Transporte por aplicativo 19% - Transporte público 2% - Bicicleta 1% - Moto própria fonte: levantamento autoral.

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1.3. Caracterização da região roupa s fe

Atrativos

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Incômodos

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Muitos dos entrevistados apontaram como principais incômodos o trânsito caótico. a grande quantidade de carros e a falta de espaço para pedestres. A grande quantidade de pessoas transitando por espaços estreitos, o calor, a sensação de insegurança e ambientes e ruas sujos e degradados também foram reclamações frequentes. Além disso, muitos entrevistados definiram a região como carente de organização no geral e de difícil acesso e circulação, incluindo também a falta de acessibilidade para pessoas com deficiência.

s

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Perguntados sobre o que os atrai à região, os frequentadores afirmaram ir até a região principalmente para realizar compras, sobretudo de roupas, nas lojas, shoppings e feiras da região. A Rodoviária de Goiânia também foi citada como um dos principais atrativos da região. Tais afirmações chamam a atenção para o forte caráter comercial da região e aponta para uma priorização de usos comerciais em detrimento de outros usos também essenciais para o meio urbano.

9


Expectativas

A última pergunta da entrevista era sobre as expectativas dos entrevistados em relação ao projeto de reformulação que vem sendo executado na região. Muitos afirmaram não ter conhecimento suficiente sobre o projeto e suas intenções para ter uma opinião formada mas muitos também disseram esperar principalmente por melhorias no trânsito e na organização da região, por maior valorização dos pedestres e feirantes e por espaços mais agradáveis e arborizados.

“melhoria do trânsito e mais organização”

“priorização do pedestre”

“mais acessibilidade”

“valorização dos feirantes”

“espaços mais agradáveis e confortáveis”

“mais árvores e áreas verdes de qualidade”

fonte: levantamento autoral.

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Cartografia afetiva

Recebemos diversas respostas ao perguntarmos aos entrevistados o que lhes vinha à cabeça quando a região da Praça do Trabalhador e da Rua 44 era mencionada, mas algumas coisas se repetiram com alguma frequência. Para sistematizar os dados obtidos com essa pergunta nas entrevistas, optamos por desenvolver uma cartografia afetiva que ilustrasse e situasse as memórias relacionadas à região.

Fig. 8: Cartografia afetiva da região da Praça do Trabalhador. fonte: Imagem autoral.

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Fig. 9: Mapa de fatores ambientais. fonte: Google Earth.

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Legenda: Massas verdes Cursos d’água Curvas de 1 em 1m

1 2

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Córrego Capim Puba Córrego Botafogo Ribeirão Anicuns

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Fig. 10: Mapa de cheios e vazios. fonte: Alliny Sena, 2021

1.4. Fatores Ambientais A região analisada é margeada por dois córregos: (1) Capim Puba e (2) Botafogo. O terreno da região possui um declive de, aproximadamente, 30 metros. A partir das análises, foi possível identificar o baixo índice de arborização da região de recorte. Maior parte das áreas verdes se encontra às margens dos córregos e no cemitério Jardim das Palmeiras. Projetos Urbanos 2 . A Região da Rua 44

Cheio

Vazio

1.5. Cheios e Vazios A área em estudo é altamente ocupada, principalmente na região comercial da Rua 44. Em geral, os espaços livres correspondem à Rodoviária, às Praças da Estação e do Trabalhador, ao cemitério e ao Córrego Botafogo.

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Fig. 11: Mapa de usos e ocupações. fonte: Google Earth.

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1 2 3 4 5

Araguaia Shopping e Rodoviária Av. 44 Feira Hippie Estação Ferroviária Leroy Merlin

Comércio

Residêncial

Feira Hippie

Hotéis

Institucional

Áreas Verdes

Educacional

Praça Seca

Religioso

Ed. Abandonados

Misto

Ambulantes

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1.6. Usos e Apropriações Nota-se que a região abrange diversos pontos atrativos importantes da cidade, desde elementos históricos, institucionais e de mobilidade à fortes polos comerciais.

Destaca-se, dentre eles, as apropriações efêmeras dos vendedores ambulantes e feirantes, que são importantes marcos da área.

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Fig. 12: Terminal Rodoviário de Goiânia

Fig. 13: Araguaia Shopping

foto: Cristiano Borges

foto: Araguaia Shopping

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Fig. 14: Avenida 44

Fig. 15: Feira Hippie Goiânia

foto: Jucimar de Sousa/Mais Goiás

foto: Secom Goiânia

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Fig. 16: Estação Ferroviária de Goiânia

Fig. 17: Leroy Merlin

foto: Prefeitura de Goiânia

foto: Leroy Merlin

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Vias de fluxo alto Vias de fluxo médio Vias de fluxo baixo Concentração de pedestres Principais acessos à região

Fig. 18: Mapa de hierarquia viária. fonte: imagem autoral.

1.7. Mobilidade A região é permeada de importantes vias que cruzam toda a cidade e que possuem um constante fluxo alto de veículos, acessadas por vários caminhos. Dessa forma, nota-se que é um lugar que consta de grande circulação, incluindo a mobilidade a pé em virtude do intenso uso comercial.

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Além de serem vias de alto fluxo, elas também são importantes eixos de transporte público. Atualmente, está sendo implantado o BRT, modificando parcialmente o traçado atual das ruas. Em decorrência disso, é uma região que apresenta vários pontos de ônibus, tornando-se um potencial de acessibilidade e mobilidade a pé.

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Vias com rota de transporte público Vias com BRT sendo implantado Raio de influência do transporte público para os pedestres Pontos de ônibus

Estação do BRT

Rodoviária

Fig. 19: Mapa de fluxo e transporte público. fonte: imagem autoral.

Os perfis da Rua 44 e da Avenida Independência denotam a priorização do carro sobre o pedestre presente na região. Tendo em vista o grande fluxo a pé, as calçadas são estreitas e não possuem mobiliário e arborização urbana adequada.

3

4,5

Calçada

4

Calçada

3,3

3,5

4,5

Faixas de rolamento

3,3

Faixas de rolamento

Ilha

3,3

2

Ilha

4,5

Faixas de rolamento

3,3

3,3

Faixas de rolamento

Rua 44

3

4,5

Calçada

3,3

4

Av. Independência

Calçada

Fig. 20 e 21: Perfil das vias atual. fonte: imagem autoral.

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1. Diagnóstico 1.8. Problemas e Potencialidades

MOBILIDADE

AMBIÊNCIA Figura 22: Trânsito excessivo de automóveis. Fonte: Luana Schmidt, 2021.

SOCIOECONÔMICO MOBILIDADE POTENCIALIDADES: _Importante eixo de mobilidade urbana (Rodoviária, BRT, região importante para rotas de passagem);

Figura 23: Potencial espaço público (vasta área). Fonte: Luana Schmidt, 2021.

PROBLEMAS: _Trânsito excessivo de automóveis (priorização); _Conflito intenso entre automóveis e pedestres; _Muito fluxo x pouca ordenação espacial e legibilidade; _Pouca área útil nas calçadas para a mobilidade a pé.

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Figura 24: Pouca área verde e permeável. Fonte: Luana Schmidt, 2021.

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SOCIOECONÔMICO POTENCIALIDADES: _Importante ponto histórico e arquitetônico da cidade (Estação Ferroviária);

Figura 25: Conflito entre o comércio formal e o informal. Fonte: Camila Borges, 2019.

_Importante ponto econômico da cidade (polo gerador de emprego, diversidade de comércio e serviços); _Encontro de diferentes realidades. PROBLEMAS: _Conflito entre o comércio formal e o informal; _Sensação de insegurança; _Monofuncionalidade (a região “morre” à noite).

AMBIÊNCIA Figura 26: Muito fluxo x pouca ordenação espacial. Fonte: Camila Borges, 2019.

POTENCIALIDADES: _Potencial espaço público (vasta área); _Alto fluxo de pessoas. PROBLEMAS: _Desconforto térmico; _Pouca área verde e permeável; _Degradação do espaço público (lixo);

Figura 27: Conflito intenso entre automóveis e pedestres. Fonte: Camila Borges, 2019.

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_Falta de estrutura urbana e espaço público de qualidade (mobiliário, acessos).

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2. Estudos de similares 2.1. Área da Estação Rouen A estação rouen rive droite é um grande centro de transporte regional com mais de 6 milhões de passageiros anuais, localizado no densamente construído centro histórico da cidade de Rouen na Normandia. A área da estação hoje funciona como a porta de entrada mais importante para a região urbana. Passou por uma transformação drástica para desenvolver conexões com o transporte público e melhorar sua acessibilidade. Transformou esta área fragmentada e dominada por carros em uma entrada atraente e amigável para pedestres para a cidade. Ao estreitar as vias e redistribuir o tráfego de carros e estacionar para ruas circundantes, o espaço público foi reconfigurado e desatado em benefício dos pedestres e das atividades locais: o movimento de pedestres tem sido otimizado com conexões seguras, confortáveis e compreensíveis para o centro da cidade. O espaço público foi estabelecido como um lugar onde as pessoas podem se encontrar e passar tempo, e onde as empresas locais podem exibir seus produtos. O design de quadrado verde capitaliza a oportunidade de melhorar a rede de espaços verdes em que a área é particularmente carente. Ao criar uma série de jardins densamente plantados inspirados no patrimônio impressionismo local, o projeto reduz as superfícies artificiais e aumenta a biodiversidade da área com uma ampla gama de perenes e espécies de árvores. Combinado com o uso de pedra natural mais leve, o projeto melhora significativamente o microclima da área, potencialmente reduzindo a temperatura local em até 4°C.

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Combinado com o uso de pedra natural mais leve, o projeto melhora significativamente o microclima da área, potencialmente reduzindo a temperatura local em até 4°C. Fonte: OKRA landschapsarchitecten

Fig. 28: Vista da fachada principal da estação e comércios. fonte: OKRA, 2019.

Fig. 29: Vista da fachada principal da praça e da estação. fonte: OKRA, 2019.

Fig. 30: Imagem ilustrativa do projeto da praça. fonte: OKRA, 2019.

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2. Estudo de Similares 2.2. Praça da Savassi

Localizada na região central de Belo Horizonte, a praça Diogo de Vasconcelos, popularmente chamada de Praça da Savassi, é configurada pelo encontro de quatro importantes vias da cidade: as avenidas Cristóvão Colombo e Getúlio Vargas e as ruas Pernambuco e Antônio de Albuquerque. A praça inicialmente havia sido pensada para favorecer o trânsito de automóveis (Figura 31). Neste projeto de requalificação (2012) (Figura 32), o pedestre é o ator central, indicando uma mudança de prioridades na política pública. Dentre as medidas adotadas, estiveram: manter o cruzamento principal, mas dar a este tratamento diferenciado, com uso de pisos intertravados em diversas cores, de maneira que o motorista reduza a velocidade; extinção dos bolsões de estacionamentos, substituindo-os por bancos; mudança da inclinação do solo em 6%, deixando a praça e os cruzamentos no mesmo nível; ampliação dos passeios públicos; criação de calçadões como extensão da praça; e utilização de travessias elevadas com piso e cores diferenciadas (Figura 33). Alcançou-se: melhoria no acesso e no uso da praça pelos pedestres; aumento da segurança no trânsito, redução de velocidade e melhor sinalização; e valorização dos imóveis da região, com aquecimento no mercado de bares e restaurantes.

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Figura 31: Praça da Savassi antes da requalificação. Fonte: Soluções para as cidades, 2014.

Figura 32: Praça da Savassi após a requalificação. Fonte: Soluções para as cidades, 2014.

Figura 33: Planta ilustrativa da intervenção. Fonte: Prefeitura de Belo Horizonte, 2011.

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2.3. BRT de Belo Horizonte

Localizadas em uma área central de Belo Horizonte, onde estão presentes edifícios Ecléticos e Art Déco tombados pelo Patrimônio Municipal, as seis estações de BRT das Avenidas Paraná e Santos Dumont caracterizam-se por sua transparência, leveza e integração com seu entorno. Visando ligar as estações aos fluxos de pedestres da região, as avenidas apresentam travessias seguras, com pavimentação de qualidade e iluminação, e possibilitam o deslocamento com autonomia e segurança para todas as pessoas. Em Belo Horizonte, nem todas as estações do BRT são iguais, o que permitiu que em casos como os das avenidas mencionadas as estações pudessem ser projetadas para um entorno específico assim como possibilitaram intervenções pontuais porém essenciais que garantem a devida conexão entre estações e calçadas do local, tudo isso sem abrir mão das vias exclusivas para ônibus que caracterizam os BRTs. Fonte: B&L Arquitetura e Caderno Técnico para projetos de mobilidade urbana.

Fig. 34: Centro de Belo horizonte com Avenidas Paraná e Santos Dumont em destaque. fonte: Google Earth, 2018.

Fig. 35: Eixos de ônibus e pedestres. fonte: Google Earth, 2018.

Fig. 36: Acesso à primeira estação do BRT da Av. Paraná. fonte: Caderno Técnico para projetos de mobilidade urbana, 2016.

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2.4. Projeto Cidade da Gente: Dragão do Mar Promovido pela Prefeitura de Fortaleza, com apoio da Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária, da NACTO e da WRI Brasil, iniciou-se um novo projeto de Urbanismo Tático em uma área do centro histórico de Fortaleza, em 2018. A região era muito frequentada para lazer na década de 1990, porém, atualmente se encontrava vazia. Sendo uma área de intenso fluxo de automóveis motorizados individuais, o objetivo era fazer o redesenho viário para tornar as ruas mais vivas e seguras para as pessoas e, portanto, promover a reapropriação do espaço público. As intervenções realizadas são de baixo custo, rápida implementação, e ainda assim, de alto impacto, empregando pintura, cones, vasos com plantas e mobiliários. Foram utilizadas estratégias tais como ampliação das calçadas e do espaço do pedestre, redução do raio de curvatura nas esquinas, estreitamento da faixa de circulação dos automóveis e sinuosidade da pista para estimular a diminuição da velocidade dos carros. A transformação no Dragão do Mar foi inicialmente planejada para durar um período de apenas 15 dias, mas a contribuição na segurança viária e o forte apoio da comunidade local tornaram o projeto permanente.

antes

depois

32%

86%

90%

+34%

Fig. 37 e 38: Antes e depois da intervenção. fonte: Global Design Cities Initiative, 2018.

Fig. 39 e 40: O projeto finalizado. fonte: Global Design Cities Initiative, 2018.

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3. Diretrizes Urbanas iên amb cia

ioeconômi c o

co

s

bilidade mo

1.

Integrar e estimular diferentes meios de transporte;

2.

Desincentivar o uso do automóvel;

3.

Integrar BRT (no espaço);

4.

Conectar e organizar a rodoviária aos demais espaços e meios transporte.

5.

Repensar as áreas de estacionamento;

6.

Qualificar calçadas;

7.

Áreas verdes, arborização urbana e infraestrutura verde;

8.

Aumentar permeabilidade do solo;

9.

Espaços públicos e áreas de permanência de qualidade (Praça do Trabalhador e Praça da Estação);

10. Criar um espaço adequado para os vendedores ambulantes; 11. Diversificar usos e horários;

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4. Estudo Preliminar

Seguindo os três eixos do projeto (mobilidade, socioeconômico e ambiência), foram propostas três grandes intervenções na região:

1. Integração do BRT e da Rodoviária; 2. Requalificação do espaço público; 3. Modificação dos perfis viários.

Espaços compartilhados

Urbanismo tático

Mapa sem escala. Figura 41: Mapa das propostas de intervenção na região. Fonte: imagem autoral.

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Estação BRT Rodoviária de Goiânia / Araguaia Shopping Estação ferroviária / Atende Fácil Câmara municipal de Goiânia

1 2 3 4 268


m

4.1. Integração

Para integrar meios de transporte e espaços, propomos a substituição de vias atualmente destinadas principalmente aos automóveis por vias compartilhadas e a substituição do estacionamento da Rodoviária por uma praça/parque que permita o acesso direto à Rodoviária pela Praça do Trabalhador. Para integrar a estação do BRT aos demais meios de transporte, destacamos a necessidade de que ela possibilite a integração visual e espacial com seu entorno (através da redução de barreiras físicas e planos opacos), promova a acessibilidade universal e apresente acessos e entorno com iluminação e vegetação adequados para garantir o conforto de usuários e pedestres tanto durante o dia quanto durante a noite. Com o objetivo de garantir uma convivência pacífica entre automóveis, BRT e pedestres, propomos transformar o cruzamento das Avenidas Goiás e Independência em vias compartilhadas com travessias elevadas e qualificação do entorno , fazendo assim com que os veículos reduzam suas velocidades e os pedestres sejam priorizados. Por fim, para garantir a integração entre Praça do Trabalhador e Rodoviária, assim como a conexão entre Rua 44 e estação de BRT, propomos a substituição de um dos estacionamentos da rodoviária por um parque.

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2

D

1

A

C 3

B 4

Fig. 42: Mapa esquemático de vias compartilhadas e integração entre os espaços. fonte: Imagem autoral.

Espaços compartilhados entre ônibus e pedestres.

1 Estação BRT

Áreas verdes, espaço de permanência e mobiliário urbano.

2 Rodoviária de Goiânia / Araguaia Shopping

Conexões pedestralizadas.

4 Câmara municipal de Goiânia

3 Estação ferroviária / Atende Fácil

Acessos principais.

A

B

C

D

Fig. 43, 44, 45, e 46: Exemplos ilustrativos das propostas. A. Estação de BRT na Av. Paraná; B. Praça Savassi; C. Vias na região da Estação de Rouen; D. Acesso da Estação Rouen. fontes: Google, Guilherme Moto e OKRA.

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4.2. Praças Para a requalificação dos espaços de praça, propomos infraestruturas de qualidade, melhoria no microclima local e paisagens atrativas e interativas, a fim de resgatar a vivacidade da área e incentivar o usuário a permanecer e/ou caminhar no local. Com o intuito de reorganizar o espaço da feira, propomos a construção de um novo piso modular, estabelecendo áreas específicas para cada barraca, e, consequentemente, conformando espaços intermediários destinados ao plantio de uma densa vegetação. Com a necessidade de melhorar o clima local, propomos a implementação de jardins densos, caminhos sombreados e caminhos de fontes d’água, que, por consequência, criam espaços de convivência e permanência agradáveis. Além disso, ficou estabelecido para essa proposta a conformação de jardins com vegetações típicas do cerrado, buscando aumentar a biodiversidade da área e reduzir as superfícies artificiais, contribuindo com os objetivos de amenizar a temperatura do local. Para os espaços multiusos, a proposta busca garantir apoio às atividades culturais, incentivos para práticas de exercícios físicos e espaços de convivência de qualidade. Para agregar ainda mais a mobilidade local, propomos estações de bicicletas próximos às estações de BRT, criando uma rede de incentivo ao uso do meio de locomoção e um eixo conector entre o usuário de ônibus e de bicicleta, oferecendo infraestrutura para esse público.

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2 1 F

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A

B

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F

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A F

A

A

C

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F

F

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B

F

B

6

B

F

B

F

B

D

3

F C B

F

B

4

Fig. 47: Mapa esquemático de zoneamento de propostas para cada praça. fonte: Imagem autoral.

1 Estação BRT

Requalificação das praças

2 Rodoviária de Goiânia / Araguaia Shopping

A

Área modular para feiras

D

Caminho com fonte d’água

B

Jardins densos e Caminhos combreados

E

Estações de bicicletas

C

Espaços multiusos

F

Mobiliário urbano

A

B

C

3 Estação ferroviária / Atende Fácil 4 Câmara municipal de Goiânia 5 Praça do Trabalhador 6 Praça da Estação

D

E

Fig. 48, 49, 50, 51 e 52: Imagens exemplificando as propostas. A. Feira na Praça Osório em Curitiba, Paraná; B. C. e D. Parque Klyde Warren em Dallas, Estado Unidos; E. VBicicletário na ponta da Avenida Paulista. fontes: Google, ArchDaily e Guilherme Venaglia

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4.3. Circulação Devido ao intenso fluxo de veículos motorizados individuais, de pessoas e de vendedores ambulante na região, consequentemente surge a questão da inviabilidade do caminhar do pedestre. Sendo assim, propõe-se uma ampliação do espaço da calçada por meio de uma estratégia de curto prazo e de baixo orçamento, porém, de alto impacto: o urbanismo tático. A proposta, então, consiste em um redesenho viário para contribuir positivamente na mobilidade a pé da região, possibilitando a fluidez da circulação nas calçadas e a criação de novas faixas. A proposta inclui ampliar o espaço das calçadas, criando faixas destinadas à espaços de estar com mobiliários móveis e à acomodação dos vendedores ambulantes, e vias inteiramente ocupadas por pedestres, colaborando para a apropriação do espaço público pelas pessoas. Dessa forma, a proposta engloba: Ampliação das calçadas _Aumento da largura das calçadas, delimitado por tintas e vasos; _Acomodação de vendedores ambulantes para não ocupar o fluxo da calçada; _Espaços de estar com mobiliários. Vias para pedestres _Ruas livres para pedestres, sem circulação de carros; _Acomodação de vendedores ambulantes e feirantes; _Atividades culturais.

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2

1 3

4

Fig. 53: Mapa esquemático de urbanismo tático. fonte: Imagem autoral.

1

Ampliação das calçadas e do espaço do pedestre.

2

Redução do raio de curvatura nas esquinas.

3

Estreitamento da faixa de circulação e sinuosidade da pista.

4

Espaço livre para pedestres.

1

2

3

4

Fig. 54, 55, 56, e 57: Estratégias de redesenho viário. fontes: Google, Guilherme Moto e OKRA.

Projetos Urbanos 2 . A Região da 44

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5. Proposta 5.1. Layout

A 1

I

A Pavimentação permeável

Fig. 57: Integração da estação do BRT com o entorno. fonte: Ilustração autoral.

B

Espaços para food trucks Caminho de água rasa com fontes d’água

C

Pergolados

3

Bicicletário Vegetação rasteira

Fig. 58: Cruzamento das Avenidas Goiás e Independência.

4

fonte: Ilustração autoral.

B

C

0 10

30

70

Fig. 56: Layout da proposta. fonte: autoral.

Fig. 59: Via compartilhada. fonte: Ilustração autoral.

D

Fig. 60: Integração Praça do Trabalhador e Rodoviária. fonte: Ilustração autoral.

Projetos Urbanos 2 . A Região da Rua 44

E

F

Fig. 61: Área modular para feira, Fig. 62: Jardins densos e caminhos intercalada com áreas verdes. sombreados. fonte: Ilustração autoral.

fonte: Ilustração autoral.

33


s

Ampliação das calçadas e vias pedestralizadas

Mudança do perfil da Rua 44

K L Substituição do estacionamento por parque

2

D E

G

I

Módulo de dez bancas para acomodação da feira

Módulo de vegetação densa e mobiliário urbano

F

J

Fig. 65: Estação de bicicletas. fonte: Ilustração autoral. Espaços sombreados com vegetação densa

H

J

Espaços multiuso Vias compartilhadas Mudança do perfil da Av. Independência

Fig. 66: Mobiliário urbano: iluminação, bancos, lixeiras. fonte: Ilustração autoral.

K 1 Estação BRT 2 Rodoviária de Goiânia / Araguaia Shopping 3 Estação ferroviária / Atende Fácil 4 Câmara municipal de Goiânia

Fig. 67: Rua livre para acomodar os vendedores ambulantes.

G

H

fonte: Ilustração autoral.

Fig. 63: Espaços multiuso.

Fig. 64: Caminho de água rasa com fontes d’água.

Fig. 68: Ampliação do espaço de caminhar e estar do pedestre e respeito mútuo entre modais de transporte.

fonte: Ilustração autoral.

fonte: Ilustração autoral.

L

fonte: Ilustração autoral.

Projetos Urbanos 2 . A Região da Rua 44

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5. Propostas

Atual

5.2. Perfil das vias

Figura 70: Perfil atual da Av. Independência. Fonte: imagem autoral.

Figura 71: Perfil atual da Rua 44. Fonte: imagem autoral.

Figura 72: Perfil atual da Av. Goiás. Fonte: imagem autoral.

Projetos Urbanos 2.A Região Lato regular 10 . lato black 10 da Rua 44

35 10


Proposta

Figura 73: Proposta de perfil para a Av. Independência. Fonte: imagem autoral.

Figura 74: Proposta de perfil para a Rua 44. Fonte: imagem autoral.

Figura 75: Proposta de perfil para a Av. Goiás. Fonte: imagem autoral.

Projetos Urbanos 2 . A Região da Campinas Rua 44 Goiânia no Pós-Pandemia . Setor

36 11


Considerações finais A Região da Rua 44 é reconhecida por se localizar em uma área histórica e socialmente importante em Goiânia. A área foi essencial durante o planejamento urbano em virtude da Estação Ferroviária, ela corresponde ao segundo maior polo comercial de vestuário do país, é um importante eixo de mobilidade que percorre vários trechos da cidade e é uma centralidade socioeconômica e cultural. Com isso, constata-se que há uma multiplicidade das experiênciais espaciais, evidente pelo intenso fluxo de automóveis, pedestres e vendedores ambulantes. Como resultado final desse trabalho, foram analisadas as características da área estudada, resultando em uma interpretação da estrutura urbana que permitiu a identificação de problemas e potencialidades do espaço, especialmente acerca da infraestrutura urbana, mobilidade e estrutura viária, ocupação e usos do espaço, dentre outros aspectos. Os resultados obtidos desse diagnóstico nos direcionou à materialização de conceitos, tendo como viés principal a ambiência, mobilidade e o caráter socioeconômico. Com base nesses princípios, concebemos diretrizes que julgamos adequadas para a região, objetivando potencializar e organizar aspectos principalmente relacionados à

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estrutura viária, a condição ambiental e a infraestrutura urbana, focando na posição do transporte público e do pedestre. As propostas visaram atender as demandas numa estrutura espacial formada pela articulação e sobreposição dos conceitos estabelecidos. Dessa forma, resultou-se em: - Novas apropriações das calçadas (caracterizado pela reformulação do perfil da via para subverter a prioridade do automóvel e proporcionar mais espaço para o pedestre, integrando com outros meios de transporte como a bicicleta e o ônibus); - Novas proposições para espaços desqualificados, como a Praça do Trabalhador (a transformando em um espaço de convivência agradável e com boa qualidade ambiental e de infraestrutura); - Uma readequação da proposta dos terminais do BRT (proporcionando uma integração com o pedestre e com outros meios de qualidade e gerando maior qualidade ambiental).

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Referências bibliográficas Área da Estação Rouen. OKRA, 2019. Disponível em: <http://landezine.com/index.php/2019/11/rouen-station-area-by-okra/> Acesso em: 20 set. 2021. Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU). Estudos de BRT no Brasil. 2ª edição revisada. 2012. Disponível em: <https://www.ntu.org . b r / n o v o / u p l o a d / P u b l i c a cao/Pub635109526781748662.pdf>. Acesso em: 10 de set. de 2021. BRT – Área Central. B&L Arquitetura, 2014. Disponível em: <https://www.belarq.com.br/?portfolio=brt>. Acesso em: 10 de set. de 2021. BRT Move em Belo Horizonte: transformando a cidade com a mobilidade. Prefeitura de Belo Horizonte, 2018. Disponível em: <https://prefeitura.pbh.gov.br/bhtrans/transformando-a-cidade>. Acesso em: 10 de set. de 2021. CASTRO, Joana D’arc Bardella; GOMES JÚNIOR, Alaor de Abreu. A representação da Praça do Trabalhador para a cidade de Goiânia. In: Simpósio da Faculdade de Ciências Sociais, 5., 2019, Goiânia. Goiânia: Universidade Federal de Goiás, 2019. p. 1-12. Estações de BRT (Bus Rapid Transit)- Área Central. Bimbon, 2014. Disponível em: <http://portfolio.bimbon.com.br/arquitetura/estacoes_de_brt_bus_rapid_transit_-_area_central>. Acesso em: 10 de set. de 2021. Ministério das Cidades; Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana - SeMob. Caderno Técnico para projetos de mobilidade urbana: Sistemas de prioridade ao ônibus. 2016. NUNES, Diego Vicente et al. Um estudo da paisagem sonora da Praça do Trabalhador e a Feira Hippie em Goiânia-Go. In: Encontro da Sociedade Brasileira de Acústica, 17., 2017, Brasília. Anais… Brasília: Sociedade Brasileira de Acústica, 2017. p. 1-10. Parque Klyde Warren / The Office of James Burnett" [Klyde Warren Park / The Office of James Burnett] 22 Dez 2012. ArchDaily Brasil. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-85701/parque-klyde-warren-slash-the-office-of-james-burnett> Acesso em: 21 set 2021.

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Universidade Federal de Goiás Introdução ao Urbanismo Profa. Dr. Erika Kneib Goiânia, dezembro de 2020 Ana Beatriz Ferreira Stringhini Carla Esper Spíndula Pedro Henrique de Castro Xavier


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