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Escola Secundรกria Gabriel Pereira

O Palรกcio de Versalhes

Ano letivo 2014-15 Disciplina de Histรณria A Trabalho de Ana do Mar Ribeiro nยบ1 11ยบD


O Palácio de Versalhes

Índice

Introdução…………………………………………………………………………………………………………………………….. 3

Inserção no contexto histórico……………………………………………………………………………………………….. 4

Palácio e Jardins……………………………………………………………………………………………………………………… 5

Grand Trianon………………………………………………………………………………………………………………………… 6

Versalhes como centro do poder absolutista………………………………………………………………………… 6

Banco de Imagens……………………………………………………………………………………………………..……7, 8, 9, 10

Conclusão……………………………………………………………………………………………………………………………… 11

Bibliografia/Webgrafia…………………………………………………………………………………………………………… 11

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O Palácio de Versalhes

Introdução

Considerado pela UNESCO património mundial, o Palácio de Versalhes, perto de Paris, é um dos maiores palácios do mundo e um dos pontos turísticos mais atrativos. Mobiliza dezenas de milhares de visitantes todos os anos e é certamente um ex-libris de França e da História da Europa. Foi construído por Luís XIV (Fig.3), conhecido como Rei-Sol, o maior dos reis absolutistas em França (a ele atribuída a frase “l’État c’est moi”) e usado como o centro do poder real durante o absolutismo. Símbolo da vida da corte, da extravagância e do brilho, palco de revoluções e mudanças onde desfilaram milhares dos mais requintados senhores e donzelas, onde se fez História e se lançaram modas. Dissertar sobre o Palácio de Versalhes é submergirmo-nos nas densas cabeleiras postiças da alta sociedade francesa do século XVIII e toda a sua ostentação, é conhecer os mecanismos do sistema absolutista, os seus ideais e o seu protagonista: Luís XIV.

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O Palácio de Versalhes

Inserção no Contexto Histórico

Nos finais da Idade Média (séculos XIV e XV), houve uma centralização do poder no Rei, que procurava governar sem a interferência da Igreja. A ideia do Direito Divino (o rei recebe diretamente o poder de Deus) possibilitou que o Rei criasse taxas, impostos e leis sem aprovação da sociedade; concentrando em si todos os poderes. Em 1660 procurou-se um sítio onde o monarca pudesse organizar e controlar o Governo longe dos tumultos e doenças da cidade de Paris, que crescera nas desordens da guerra civil. Luís XIV elegeu o pavilhão de caça de Versalhes, e foi lá que ergueu o que viria a ser o maior palácio do mundo, e um símbolo da centralização do poder – o Palácio de Versalhes. Luís XIV reinou de 1643 a 1715 e foi responsável por uma série de guerras com o objetivo de dominar a Europa, mas o seu reinado significou também uma época de desenvolvimento para a França: o país conheceu um enorme poder militar, prosperidade científica e desenvolvimento artístico. Como mostra a figura abaixo, o mercantilismo associado ao absolutismo deste período, incitou o aumento das exportações e por conseguinte dos excedentes, possibilitando aos países que adotaram o absolutismo grandes gastos. De nada servia ter um enorme e luxuoso palácio se o Rei não manifestasse a sua grandeza em festas, espetáculos, danças e tudo o mais, a fim de entreter os cortesãos. Desde as estátuas, passando pelos quadros e pela decoração, até aos pormenores do jardim, tudo visava enaltecer Luís XIV, o Rei-Sol.

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O Palácio de Versalhes

Palácio e Jardins

Luís XIV desenvolveu uma aversão por Paris e os seus cidadãos, que apelidou de “ralé parisiense”. Na década de 60 do século XVII, decidiu fazer no pavilhão de caça de Versalhes o seu magnífico palácio. Uma vez que todas as suas ordens tinham de ser cumpridas, contratou os maiores talentos de França: o arquiteto Louis Le Vau (e, mais tarde, Jules Mansart); o decorador Charles Le Brun e o paisagista André La Nôtre, que encarregou com o desenho e planeamento dos jardins, que eram, na opinião do Rei, tão importantes como o próprio Palácio. Ambas as construções (dos jardins e do palácio) se iniciaram em simultâneo, demorando 40 anos a completar. Os 700 hectares que o envolvem não parecem ser suficientes para conter o esplendor e o exagero. Possui mais de 2 150 janelas, 700 quartos e 1 250 lareiras. Luxuosamente decorado com peças de arte, lustres de cristal, detalhes em ouro e pisos em mármore; com focos de atração principais como os quartos do Rei e da Rainha (Grand Appartement du Roi, Grand Appartement de la Reine) as capelas e a Galeria de Espelhos (Galerie des Glaces). Foi um trabalho extremo: a terra era transportada em barris de madeira (centenas deles), e “carrosde-mão” rudimentares traziam árvores de todas as províncias da França. Exigiu uma vasta mão-de-obra, milhares de homens, autênticos exércitos. Luís XIV não poupou em ostentação e em arquitetos, pelo que há 1400 fontes magnificentes espalhadas pelo jardim, com as suas próprias piscinas e quedas de água, quase todas de diferente autoria. Há colunas, labirintos e anfiteatros decorados ao ínfimo pormenor com conchas oriundas da costa de África. Para criar um reservatório de água para o Palácio, represou-se um ribeiro vizinho do Sena, que ficava a mais de 8 km. 5


O Palácio de Versalhes Mas no meio de tamanha grandiosidade, erguia-se o problema da habitabilidade: apesar das muitas lareiras era impossível aquecer o palácio, desprovido de condições sanitárias.

Grand Trianon

Por maior que fosse o palácio, o espaço para a privacidade e o descanso era pouco com os milhares de pessoas alojadas: uma imensa população de guardas, criados, pintores, médicos, dramaturgos e músicos cujas funções eram servir, entreter e cuidar do Rei. Era essencial ter um alojamento no Palácio, estar no local dos acontecimentos. Por conseguinte; em 1670, Luís XIV decidiu arrasar a aldeia de Trianon, a Noroeste do Palácio de Versalhes, para aí construir um edifício que lhe permitisse refugiar-se da corte. Encarregou a obra a Jules de Montspan e não mostrou menos empenho do que na construção do Palácio. É também ele majestoso e ajardinado. Desde o início que o rei consagrou os domínios do Grand Trianon aos seus amores com Madame de Montspan - sua amante favorita por mais de uma década, que lhe viria a dar sete filhos. (fig.8). Conhecido como o “Trianon de marble” por ser feito quase inteiramente de mármore, o Grand Trianon era como o palácio privado de Luís XIV. (fig.10)

Versalhes como centro do poder absolutista

Versalhes tornou-se centro do poder político durante o reinado de Luís XIV, no auge do absolutismo do século XVII. Era lá que assentava o Governo, era lá que tomavam decisões, era lá que se encontrava a corte e todas as pessoas importantes nos meios da Arte, da Medicina e do exército. Corte esta que vivia mergulhada em futilidades, em críticas e em regras de etiqueta. Havia múltiplos rituais (como o lever du 6


O Palácio de Versalhes roi – o levantar do Rei) que juntavam dezenas de pessoas da corte, que viviam em função do Rei e da sua família. Tanto as regras, o código de vestuário e a conduta de comportamento estava submetida a uma enorme rigidez. Pelos espaçosos e cristalinos salões se esboçaram grandes bailes e festas, longos banquetes, espetáculos de teatro e música. Era onde convergiam os embaixadores, os duques, condes e toda uma elite internacional. Todo este contacto permitiu á França alcançar dimensões colossais enquanto potência europeia, o que ainda se verifica na atualidade. Luís XIV foi um modelo para os seus sucessores: criou alianças, liderou guerras e conquistou cidades; privilegiando sempre a sua imagem e enaltecendo sempre o seu poder e fortuna – investida em estravagâncias e luxos.

Quando o Rei morreu, em 1715, uma aldeia de 30000 pessoas tinha crescido em redor do ainda inacabado palácio, que, em 1837, é convertido em museu de história.

Banco de Imagens

Fig.1 Grande fachada do Palácio

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O Palácio de Versalhes

Fig.2 Os jardins do Palácio (Orangerie)

Fig. 3 Luís XIV “O seu nome nunca poderá ser pronunciado sem respeito e sem evocar a imagem de uma época eternamente memorável” Voltaire

Fig. 4 Fonte de Bacchus 8


O Palรกcio de Versalhes

Fig. 5 Fonte de Apolo

Fig. 6 Fonte de Neptuno

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O Palรกcio de Versalhes

Fig. 7 Galeria de Espelhos

Fig. 8 Madame de Montspan e os seus filhos.

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O Palácio de Versalhes

Fig. 9 Vista aérea do Palácio

Fig. 10 Grand Trianon

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O Palácio de Versalhes

Conclusão

O Palácio de Versalhes é um símbolo do poder absolutista do século XVII, cujo principal representante foi o rei Luís XIV. É de uma enorme dimensão, rodeado por jardins imensos, com uma infinidade de quartos e extravagantemente decorado com estátuas, quadros, candelabros de cristal, salões de mármore onde decorriam inúmeros espetáculos e bailes que entretinham a vasta corte do Rei. Nada é deixado ao acaso, tudo no Palácio tem como função enaltecer o poder do Rei-Sol, que está no centro das vidas de todos. Consagrado aos arquitetos Louis Le Vau e Jules Mansart, foi a base do poder político em França, que viu tempos prósperos sob o comando de Luís XIV. Merece certamente a fama que obteve e que, nos dias de hoje, não parece desvanecer: é a segunda maior atração turística da França a seguir á Torre Eiffel. Todos os visitantes do palácio (cerca de oito milhões por ano) ficam deslumbrados com a magnificência do Palácio de Versalhes que, não só é um dos maiores e mais belos palácios do mundo, como também um requintado marco histórico dos séculos XVII e XVIII.

Bibliografia e Webgrafia

Enciclopédia da História Universal; Seleções do Reader’s Digest; 1ª edição; 1996 GOMBRICH, E.H.; Uma Pequena História do Mundo; 1ª edição; 2006 http://en.chateauversailles.fr/the-palacehttp://en.chateauversailles.fr/gardens-and-park-of-the-chateauhttp://espacodahistoriasempre.blogspot.pt/p/historia-do-palacio-de-versalhes.html http://pt.wikipedia.org/wiki/Pal%C3%A1cio_de_Versalhes http://www.suapesquisa.com/monumentos/palacio_versalhes.htm http://pt.wikipedia.org/wiki/Grand_Trianon http://www.cdcc.usp.br/cineclube/31-05-14.html http://www.sabercultural.com/template/especiais/PalacioDeVersalhes.html

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