(TCC1) ALÉM DO PALCO: Desenhando a Parachutes Tour 2020

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ALÉM DO PALCO

DESENHANDO A PARACHUTES TOUR 2020

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Universidade Federal de Goiás Faculdade de Artes Visuais Curso de Arquitetura e Urbanismo Trabalho de Conclusão de Curso I

ALÉM DO PALCO

DESENHANDO A PARACHUTES TOUR 2020

Ana Elisa Chaves Melo Jawabri Orientadora Marcelina Gorni Julho 2019

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So on a concrete canvas under cover of dark On a concrete canvas I'll go making my mark Coldplay, 2012


SETLIST 6


AGRADECIMENTOS A cada dia que passa percebo o quão sortuda sou por todas as pessoas presentes em minha vida. E, especialmente em um momento tão importante e delicado como este, pude sentir mais uma vez a eterna gratidão por todos que, da sua maneira, me auxiliaram a concluir mais esta etapa. Costumo dizer que tudo na vida acontece por um motivo, e o meu para conseguir chegar até aqui foi vocês. Agradeço a minha mãe, Ana Maria, por todo o cuidado e amor e todas as oportunidades proporcionadas. Obrigada por sempre me apoiar e acreditar em mim, mesmo quando até quando eu não acreditei. À minha orientadora, Marcelina, que como eu sempre digo, foi um anjo que entrou na minha vida. Obrigada por todo carinho, preocupação, ajuda, e principalmente, por sempre me motivar a ir além e a investir no que me faz feliz. Agradeço também ao meu co-orientador Benedito, por ter me inspirado e aberto meus olhos para um mundo diferente daquele que eu conhecia. E por me mostrar o quanto é contagiante amar aquilo que se faz. À minha ‘duplinha’, Marília, aquela que mais me apoiou, não só neste trabalho, mas em minha vida. Obrigada por ser exatamente quem eu precisava, até quando eu mesma não sabia. Obrigada pela paciência, pela nossa parceria e por ser meu oposto mais perfeito. As palavras que você (diferente de mim) tanto gosta de usar, não são suficientes para descrever o tamanho da minha gratidão por você. À Bruna, por sempre ser tão presente e amiga. Obrigada por toda a ajuda, gentileza e companheirismo. Por ser exatamente quem você e por me fazer acreditar que, por pessoas como você, o mundo pode ser um lugar melhor. E à Júlia, pela disposição e preocupação em me ajuda fazer o meu melhor. À todos os amigos e companheiros de formação, que estiveram por todos esse tempo compartilhando as frustrações e alegrias junto comigo, principalmente à Ana Carla, Ana Clara, Gabrielle, Giovana, Guilherme e Suzy. Ao Chimper, por saber que posso contar com vocês e por todo o apoio e torcida sempre. À minha família e amigos, pelos incentivos e por estarem sempre presente na minha vida. À todas pessoas que encontrei no meio do caminho, pela contribuição, ajuda e aprendizado. 7


SUMÁRIO

01

02

03

04

APRESENTAÇÃO

IDENTIDADE DO COLDPLAY: BANDA E PÚBLICO

DEFININDO A ESPACIALIDADE DE UM SHOW

ANÁLISE DE SIMILARES

2.1. a banda

3.1. direção de arte do afeto

1.1. introdução p. 11

1.2. justificativas p. 12

1.3. alcances p. 13

p. 16

2.2. perfil do espectador p. 24

p. 32

3.2. Estruturas e Arquitetura Portátil p. 40

3.3. principais tipologias de palco para show p. 46

8

4.1. 360° tour p. 52

4.2. boy meets world tour p. 56

4.3. joanne world tour p. 60


05

06

07

08

PROGRAMA DE NECESSIDADES

PARTIDO

REFERÊNCIAS

ANEXO

6.1. partido arquitônico

7.1. referências bibliográficas

8.1. gráficos do questionário

5.1. condicionantes p. 67

5.2. setorização e fluxograma

p. 72

6.2. partido da direção de arte p. 81

p. 96

p. 102

7.2. lista de figuras p. 98

p. 68-69

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(coldplay, 2002)

01. 10

Conhecendo o trabalho: suas ideias, motivaçþes e alcances. Essa parte Ê importante para fundamentar toda a ideia e projeto aqui desenvolvido.


RES P A <

E

ÇÃ NTA

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figura 01

11


figura 02

12


INTRODUÇÃO

Todas as nossas experiências são mediadas pelos nossos sentidos. Portanto, tudo o que vivenciamos é associado com algum contexto espacial, seja através de um som, de um cheiro, de uma textura, de uma imagem, enfim, sempre que lembramos de algum momento de nossas vidas, nós o associamos à algum lugar específico, físico ou não. Em vista disso, a função do arquiteto é ser treinado para organizar esses lugares que irão gerar essas experiências, seja em uma casa, uma praça, ou em um espaço de show. A Arquitetura e Urbanismo é um campo de estudos e trabalhos amplamente diversificado, e que bebe da fonte de muitas outras áreas de atuação. Sendo assim, a atuação de um arquiteto pode ir além do que se aprende na graduação ou do que se espera convencionalmente no mercado de trabalho. Diante disto, e a partir das vivências presenciadas e aprendidas ao longo do curso de Arquitetura e Urbanismo, juntamente com o conhecimento adquirido em outras áreas ainda durante a faculdade, tais como a Cenografia e a Direção de Arte, que surgiu o desejo de explorar melhor outros viés que nossa área de atuação pode oferecer. Desta forma, proponho conceber o Projeto de Arquitetura Cenográfica de um Palco para um Show da banda britânica Col-

dplay, em que atuarei como “arquiteta-encenadora”. Segundo Jean-Jacques Roubine, reconhecido teórico do teatro, o encenador é quem “determina e mostra os laços que interligam cenários e personagens, objetos e discursos.” (ROUBINE, 1982, p. 41). Dessa maneira, este trabalho lida com grandes discussões e problemáticas da arquitetura, como: se apropriar de um espaço pré-existente, pensar na estrutura e desenho para um palco, imaginar e projetar as estruturas adjacentes, definir um programa de necessidades pertinentes e trabalhar com arquitetura portátil. Porém, envolve também o desenvolvimento de questões de áreas tangentes à Arquitetura, tal como a Direção de Arte, a qual é um fator essencial em um espetáculo de música ao vivo. Isso pois, é ela quem concebe todas as questões relacionadas à cenografia, ao desenvolvimento de atos e setlist, às cenas e ao desenhos de palco, às luzes, aos telões, e a todos os elementos necessários para que o show possa transmitir sua mensagem. Além disso, consequentemente, será feito um estudo a fim de compreender o público deste tipo de projeto, bem como a importância da relação entre ambos neste tipo de evento. É importante assinalar que todos esses elementos aqui citados serão revisitados e destrinchados diversas vezes ao longo desta discussão. 13


JUSTIFICATIVAS

As justificativas para a escolha desse tema são diversas, e podem ser divididas entre o porque essa tipologia de projeto e o porque dessa banda em específico. A primeira pergunta que nos deparamos é: por que um Show? Existe aqui, uma parcela de motivação pessoal, visto pois um show envolve e explora o âmago de todas as nossos sentidos, criando momentos únicos e verdadeiros, sendo um grande desejo ser capaz de projetar algo que desperte isso em outras pessoas. Além disso, esse tipo de evento envolve discussões pertinentes do campo da arquitetura atualmente, como é o caso da arquitetura portátil, uma tipologia arquitetônica que está crescendo cada vez mais em no mundo onde ocorre mudanças rápidas e contínuas a todo instante. É importante lembrar que arquitetura portátil consiste em uma estrutura em que todos seus elementos precisam ser montados/desmontados e transportados rapidamente e para várias partes do mundo. Em segundo lugar, mas não menos importante, as motivações que me levaram a escolher a banda Coldplay para trabalhar foram uma sequência de fatores. O primeiro deles, é o fato da banda se caracte14

rizar como sendo um grande artista já consolidado, havendo a capacidade de atrair um grande público e lotar estádios. Não obstante, o fato deles serem “artistas completos”, ou seja, que pensam muito além apenas da parte musical, se preocupando com questões conceituais e toda a identidade comunicação visual de seus trabalhos, foram outro grande atrativo para o que me proponho a desenvolver aqui. Além disso, o Coldplay é uma das bandas que mais trazem inovações e inventividade para seus shows, abrindo um grande leque de possibilidades e experimentações a serem desenvolvidas. Ademais, têm a questão de serem extremamente preocupados com a interação com a plateia, que além de poder tratar das questões que envolvem a relação com o espectador, traz também uma nova riqueza espacial ao projeto. É importante também destacar o fato de que em seus shows, eles trabalham as músicas e os arranjos de forma diferente do que nas gravações, se preocupando realmente com a experiência “ao vivo”. Por último, entra novamente a questão pessoal, a qual envolve uma profunda admiração pela banda - tanto por sua complexidade lírica e musical, tanto por usarem de sua plataforma e alcance para tratar de assuntos relevantes e ajudar causas importantes.


ALCANCES ar com ERAIS tendo alcanc um re p OBJETIVOS G ue q o l, ira gera jeto para De uma mane e a proposta de um pro proporcionar a o lh o d a escovo, de mo este trab o. O objeto musica ao vi concerto de ia sinestesica ao usuari rne do album nc uma experie matica e a hipotetica tu comemorcao te o m ldplay, em lhido co a banda Co ento, a serem comemora d ”, es ut ch m a “Para nc la e anos d aos seus 20 . 0 2 0 2 dos em SPECÍFICOS lico OBJETIVOS E s e de seu pub ta is rt a s o d l perfi em um - Entender o papel deste o e r o d ta ec com o esp - A relacao show de arte re a Direcao b so o a ss cu ara - Dis s de palco p ais tipologia ip nc ri p s a d - Estudo para shows ra concebida tu te ui rq a a ecifica d - Analise esp ento “ao vivo”. ev em atender um s que ocorre o de sentido a uc d ro p a re - Analise sob to w o sh um tipo de even espaço desse o a es nt ne erti - Questoes p ra Portatil re Arquitetu b so o ud st E idades ma de necess ra g ro P um e od ple a - Elaboraca to que contem je ro P um e ento d - Desenvolvim a Direcao de Arte e ra Arquitetu

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(coldplay, 2014)

02. 16

Visto que o presente trabalho se trata de um show do Coldplay, faz-se necessário, neste caso, compreender tanto o perfil desta banda específica, quanto o perfil do espectador, que será o público-alvo deste evento.


PLAY D L CO O D E O> D C I A L D I PÚB ENT E D I A D < BAN

:

figura 03

17


ANDA B A . 1 . 2

CHRIS MARTIN

fig.04

N WILL CHAMPIO

JONNY BUCKLAND

fig.05

GUY BERRYMAN

fig.06

fig.07

18


O COLDPLAY A banda de pop-rock britânico conhecida como Coldplay é composta por quatro integrantes, sendo eles Chris Martin (vocal e piano), Jonny Buckland (guitarra), Guy Berryman (baixo) e Will Champion (bateria). Entretanto, ela conta com um quinto integrante - apelidado assim pelos próprios membros da banda conhecido como Phil Harvey, que é amigo de infância de Martin e atua como empresário e diretor criativo do conjunto. Tudo começou em 1996 na Universidade de Londres, frequentada por eles e foi onde se conheceram, sendo que os primeiros ensaios foram realizados no dormitório que Martin dividia com Buckland. Entretanto, a formação atual só foi definida em 1997, quando Champion começou a tocar junto com o restante, sendo que só realizaram seu primeiro show como atração principal em 1998, ainda sob o denominação de “Starfish”. O nome conhecido atualmente foi concedido por um amigo da banda e faz referência à um livro de poesias de Philip Horky, onde se pegou parte do nome do primeiro poema, “Child’s Play”, com parte do nome do último poema, “Cold Reflections”, formando a palavra “ColdPlay”. 19


Por se tratar de uma banda com uma carreira consolidada e diversas turnês ao longo dos anos, é importante, em um primeiro momento, entender a evoluçã das turnês e da estética da banda. Entretanto, por este trabalho se tratar de um concerto hipotético e inédito, é interessante, analisar também quais as características e elementos principais que a banda utiliza em seus shows.

FIGURA 08: INTEGRANTES DO COLDPLAY

FIGURA 09: ESTÁDIO NAS CORES DA BANDEIRA LGBTQI+ E FORMANDO OS DIZERES “BELIEVE IN LOVE” NO SHOW PARA O SUPERBOWL 50

FIGURA 10: FIGURINO DA BANDA PARA TURNÊ DE VIVA LA VIDA

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O Coldplay é uma banda composta por integrantes que possuem perfis mais discretos, os quais sempre procuraram manter sua vida pública longe dos holofotes da mídia, se distanciando do perfil mais extravagante de muitos dos grandes astros da música de atualmente, sendo que isso reflete no perfil da banda como um todo. Por mais que seus shows e álbuns venham sendo cada vez mais mirabolantes, é possível perceber que eles defendem ideias ligadas aos direitos humanos, gratidão e igualdade, adotando um discurso bastante humanitário. Inclusive, Chris Martin (vocalista do Coldplay) é um dos principais divulgadores do movimento “Global Citizen”, pela erradicação da pobreza extrema até 2030. Não obstante, a banda também se posiciona em favor de causas ideológicas e políticas, como o apoio aberto à comunidade LGBTQI+, por exemplo. Em sua última turnê a banda distribuiu botons com a palavra “Love” como forma de divulgação de seu projeto “Believe in Love”, em defesa dos direitos LGBTQI+. Por fim, os figurinos dos shows também são discretos, trazendo consigo traços da identidade visual de cada álbum. Um exemplo é o uso de jaquetas militares nos shows da turnê de Viva La Vida, que faz alusão à estética do álbum, toda embasada na Revolução Francesa.


LINHA DO

TEMPO: ALBUNS

PARACHUTES 2000

A RUSH OF BLOOD TO THE HEAD

X&Y

VIVA LA VIDA

2005

2008

2014

2011

2002

LINHA DO

GHOST STORIES

MYLO XYLOTO

A HEAD FULL OF DREAMS 2015

TEMPO: SHOWS

PARACHUTES A RUSH OF TWISTED TOUR BLOOD TO LOGIC 2000 - 2001 THE HEAD TOUR TOUR 2002 - 2003

2005 - 2007

VIVA LA VIDA TOUR 2008 - 2010

MYLO XYLOTO TOUR

GHOST STORIES TOUR

2011 - 2013

2014

AHFOD TOUR 2011 - 2013

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Buscando entender um pouco melhor as características principais das turnês do Coldplay, percebi que a banda possui, de maneira geral, três momentos mais marcantews de sua carreira, os quais estabelecerei as análises a seguir.

FIGURA 11: REGISTRO DE UM SHOW DA ÉPOCA DA TURNÊ PARACHUTES

FIGURA 12: TELÃO DA VIVA LA VIDA TOUR

FIGURA 13: ELEMENTOS CENOGRÁFICOS DA VIVA LA VIDA TOUR

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O primeiro momento seria o do início da sua carreira, o qual engloba seus três primeiros álbuns, Parachutes, A Rush Of Blood To The Head e X&Y, respectivamente. Nesse período a banda tinha uma visualidade que pode ser definida em “escalas de cinza”, com uma estética mais simples e minimalista, sem o uso do multicolorido como elemento visual. Os shows adotavam estruturas menores, com poucos ou nenhum elemento ou produção cenográfica, músicas mais introspectivas, muitas vezes acústicas e produzidas com instrumentos simples. Nessa época, além de passar a imagem de uma banda “de garagem”, eram considerados uma banda de rock alternativo. O segundo momento começa com o lançamento do quarto álbum da banda, conhecido como Viva La Vida - Or Death And All His Friends. Neste momento, por mais que ainda se assemelhe mais com suas origens do que com o rumo que tomou atualmente, a banda já começa a mostrar novos timbres e melodias mais animadas para suas músicas, além das primeiras parcerias com nomes renomados do mundo da música popular. Além disso, começa aqui uma preocupação maior com toda a estética do álbum, e consequentemente, das turnês. Sendo que agora já começava a aparecer os primeiros traços de preocupação com a direção de arte do show, tanto no que diz a respeito de elementos cenográficos - como um grande painel de LED reproduzindo as artes das músicas por todo o fundo do palco - quanto à figurinos, iluminação especializada e paleta de cores a ser utilizada. Percebendo que todos esses elementos faziam referência ao conceito adotado do álbum o qual estavam trabalhando.


O terceiro momento dura até os dias atuais. Devido ao grande sucesso do álbum citado anteriormente, o seu próximo e quinto álbum, intitulado Mylo Xyloto, mudou os rumos do Coldplay como um todo. Nesse álbum, juntamente com a mudança para músicas mais dançantes e populares, surgiu também todo o caráter multicolorido da banda, o qual é uma de suas características mais marcantes atualmente. Nesse momento, seus shows cresceram não só em tamanho, mas também em forma, quantidade de elementos e preocupação com a comunicação visual. Além de um palco principal que contava com cinco telões imensos e uma extensa passarela, dois palcos “satélites”, todos os elementos e instrumentos eram marcados por pichações vibrantes, fazendo alusão ao álbum que também tinha esse conceito. Foi nesse momento de reinvenção e inovações da banda que apareceu, pela primeira vez, dois dos principais elementos que são mais são utilizados e caracterizam seus shows. O primeiro deles são as pulseiras de LED, que ficaram conhecidas como “xylobands”, e são distribuídas para todos os membros da plateia, iluminando e enchendo o estádio com diferentes cores e padrões ao longo do espetáculo. O segundo foram as explosões de papéis picados que ocorrem em diversos momentos, sendo que o diferencial aqui é que cada um destes papéis possuem uma forma que remete a um momento da história ou música da banda, sendo o mais conhecido deles o papel em formato de borboleta. Ademais, esse momento ainda trouxe inovações como o uso de lasers e a iluminação multicolorida usada a favor de criar uma atmosfera especial e contar narrativa de cada canção. Foi a partir desse momento que o Coldplay ficou famoso por seus concertos de música ao vivo, atraindo ainda mais espectadores para essa experiência lúdica e fortemente visual que criaram. Com um álbum fortemente visual e cada vez mais colorido, hoje em dia, a banda se firmou de vez como artista de “pop-rock”, fazendo forte uso das cores em vários momentos do espetáculo, bem como em seus videoclipes. Além de fazer uso de inovações tecnologias cada vez mais avançadas e diversos elementos cenográficos em suas apresentações.

FIGURA 14: VISÃO GERAL DO PALCO DA MYLO XYLOTO TOUR

FIGURA 15: BACKDROP COM GRAFITES COLORIDOS E VIBRANTES, MESMO PADRÃO VISUAL DO ÁLBUM, COBRINDO TODO O FUNDO DO PALCO

FIGURA 16: EFEITO PRODUZIDO PELAS XYLOBANDS DURANTE UM SHOW DA MYLO XYLOTO TOUR

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EFEITOS ESPECIAIS COMO CHUVA DE PAPEL PICADO EM FORMATO DE BORBOLETA

MESMO DEPOIS DE TODO O SUCESSO, CONTINUAM COM A MESMA HUMILDADE DE SUA ÉPOCA “PRETO & BRANCO” (INÍCIO DA CARRERIA)

GLOBO PRESENTE NA CAPA DE PARACHUTES - O 1º ALBUM DA BANDA

FIGURA DE ELEFANTE QUE FICOU BASTANTE RECONHECIDA NO CLIPE DE “PARADISE” E FOI UM

É importante conhecer quais seriam os elementos visuais prinicpais que fazem parte da história e carreira do Coldplay. É nesse sentido, e para ajudar no processo de elaboração de um futuro show, que foi elaborada a colagem ao lado. Nela, estão representados esses elementos e ideias que não podem faltam em um hipotético show da banda. 24

MARCO NA HISTÓRIA DA BANDA


XYLOBANDS (PULSEIRAS DE LED)

LOVE BOTTOM

ESTAMPA COBERTA DE GRAFITES VIBRANTES, A QUAL MARCOU O INÍCIO DO CARATER MULTICOLORIDO DA BANDA

REPRESENTAÇÃO DA LUfigura 17

DICIDADE E IMAGINAÇÃO PRESENTE EM SUAS ÚLTIMAS TURNÊS


figura 18

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TADOR C E P S E O D 2.2. PERFIL


O COLDPLAYER Primeiramente, é importante deixar claro que o objetivo dessa caracterização não é rotular o usuário de um show do Coldplay, e sim, buscar entendê-lo melhor, com o intuito de desenvolver um projeto que lhe ofereça a experiência mais adequada possível. Além disso, é necessário entender que o público-alvo de um projeto como um show, é muito mais do que apenas um usuário, alguém passivo diante das músicas tocadas: o espectador de um show é também um fã (conhecido como coldplayer), alguém que se identifica, conhece e traz uma bagagem prévia a respeito do artista e do espetáculo proposto. Desse modo, foi realizado então uma pesquisa através de um questionário virtual para tentar compreender melhor o perfil desse “espectador-fã” do Coldplay, sendo que o resultado final obtido pode ser observada através da representação ao lado. OBS.: O questionários e todos seus gráficos e resultados se encontram no Anexo 01, presente no final deste caderno. 27


YER A L P D COL O D L I inino te: fem PERF n a in m predo Gênero anos 17 e 30 e r t n e Idade: itais de: cap a d ir li a c Lo ade de m vont e t u o i fo y ade: já Coldpla Curiosid à um show do

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Através da pesquisa, a qual contou com mais de 550 respostas, foi possível concluir então, de maneira geral, que grande parte deste público se identifica como pertencente do gênero feminino, possuindo majoritariamente de 17 a 30 anos e habitando grandes centros urbanos (capitais) do país. Além disso, ao se perguntar como conheceram a banda, as respostas mais recorrentes foram, respectivamente, que foram apresentados à ela por meio dos pais e/ ou familiares e conhecidos, ou então por meio de mídias da comunicação, como televisão e rádio, e/ou por meios das mídias sociais. Além disso, ao questionar quando conheceram o Coldplay, foi possível notar que três períodos se destacaram, sendo eles: o ano de 2003, com o sucesso do álbum A Rush of Blood to the Head, o ano de 2009 proporcionado pelo sucesso do hit Viva La vida, e posteriormente, de 2012, com o álbum mais diferente da banda até então, o Mylo Xyloto, o qual trouxe um novo nicho de fãs para a banda, que perdura e continua aumentando até os dias atuais. Ademais, foi possível perceber que as pessoas que escutam essa banda em específico, tem preferência, principalmente, por gêneros musicais como rock/ rock alternativo, pop, MPB e indie - porém também atinge quem goste de gêneros desde o eletrônico/trance/house até o sertanejo - e escuta, principalmente, artistas como U2, Imagine Dragons, Oasis, Maroon 5, Red Hot Chilli Peppers, Beyoncé, Queen, The Killers, dentre diversos outros. Em outras palavras, foi possível compreender que o Coldplay, além de ter uma base de fãs relativamente antiga, continua atraindo cada vez mais pessoas para seus espetáculos, e abrange um público diversificado, porém neutro, o qual não está inserido em nenhuma “tribo urbana” específica, ou seja, que não possui nenhum tipo de estereótipo ou código visual e de comportamento bem estabelecido ou específico e que seja bem claro ou marcante.

FIGURA 19: FÃ EM UM SHOW DA BANDA EM 2017

FIGURA 20: DA ESQUERDA PARA DIREITA: VOCALISTAS DAS BANDAS U2, COLDPLAY E THE KILLERS PERFOMANDO JUNTOS

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Além disso, quanto às perguntas focadas na experiência do concerto ao vivo propriamente dita, algumas respostas foram importantes na definição do partido de projeto, enquanto outras me ajudaram na definição da setlist e divisão dos atos da proposta de projeto. Nesse caso, a pesquisa revelou que grande parte do público já foi ou gostaria de ir a um show da banda, sendo que para eles, enquanto espectadores, o tipo de configuração espacial que acharam mais interessante foram as que fugiram do palco com proscênio frontal convencional, sendo elas, respectivamente, às tipologia de palco circular e linear. Muitos associam a banda à uma paleta de cores multicolorida. A maioria dos que responderam ao questionário disseram preferir como elementos principais que se pode associar a um show do Coldplay, as pulseiras de LED (xylobands), o uso das cores e o show de luzes. Quanto aos elementos que visualmente mais chamam a atenção em um show, os mais votados foram, novamente, os efeitos especiais coloridos, como chuva de papéis picados, por exemplo, o estádio todo iluminado pelas xylobands e elementos cinéticos com iluminação. Por fim, quando questionados a respeito do que não poderia faltar em um show do Coldplay, as respostas que mais apareceram foram a vontade de um show mais extenso, que possuísse mais momentos acústicos e mais músicas antigas, além de uma int eração maior dos artistas com a plateia. Chamou a atenção também a preferência da maioria por um palco mais central ou uma quantidade maior de palcos, de modo a proporcionar um contato e proximidade maior com a plateia, sobretudo daquela que se encontra nos locais mais afastados do estádio. 30

FIGURA 21: ESTÁDIO TODO ILUMINADO PELAS XYLOBANDS EM UM SHOW DE 2017

FIGURA 22: EFEITO ESPECIAL DE CHUVA DE PAPEIS PICADOS FORMANDO AS CORES DO ARCO-IRIS DURANTE UM SHOW DO COLDPLAY EM 2017

FIGURA 23:EFEITO DE ILUMINAÇÃO DURANTE A MÚSICA “YELLOW”


PALAVRAS-CHAVES

ACONCHEGO

ALEGRIA/ POSITIVADE

EMOÇÃO/ SENTIMENTO

INTROSPECÇÃO

ENERGIA

LEVEZA

AMOR

FANTÁSTICO/ SENSACIONAL

AUTENTICIDADE

FELICIDADE

CALMA

COR

IMAGINAÇÃO/ CRIATIVIDADE

LIBERDADE

LÚDICO

MÁGICO

NOSTALGIA

ORIGEM INOVAÇÃO TECNOLOGICA TRAJETÓRIA

VIDA

INSPIRAÇÃO

Essas “palavras-chaves” surgiram a partir do questionário, quando foi pedido para que descrevesse a banda em apenas uma palavra. Ao analisar as respostas, foi possível notar que certas palavras se destacaram. Estas, por sua vez, foram uma ferramenta importantes para ajudar a entender tanto qual a relação que o público tem com a banda, quanto qual a mensagem e sentimentos que o Coldplay passa para seu público. 31


(coldplay, 2014)

03. 32

Em um show, a composição e a performance devem estar intrinsecamente conectadas de modo a proporcionar uma experiência imersiva e magicamente única para cada usuário. E, a direção de arte é um dos principais componentes visuais responsáveis por fazer essa mágica acontecer.


AD D I L A I

PAC S E OA W> D N O I H N S I F M <DE DE U

E

figura 24

33


ART E D O Ã Ç 3.1 DIRE TO DO AFE

figura 25

34

E


Como o presente trabalho se trata de um concerto de música ao vivo, popularmente conhecido como show, é fundamental compreender, em primeira instância, o elemento básico envolvido aqui, ou seja, a música. “Para Caetano e Gomes (2012), a música é uma forma de expressão, é manifestação de sentimento, um meio de comunicação existente na vida dos seres humanos.” (MELO & JUNIOR, 2016, p. 06). Entretanto, segundo estudos do campo da psicologia, essa manifestação de sentimentos é dada a partir da “afetividade humana”, a qual pode ser definida “como sinônimo de entrega no ato de repartir com alguém uma experiência e sendo, portanto, um estado de sentir, sem receios e sem defesas internas. “(CAMPOS, 2000, n.p. apud MELO & JUNIOR, 2016, p. 04). O “afeto” se caracteriza como um “conjunto de fenômenos psíquicos que se manifestam sob a forma de emoções, sentimentos e paixões, acompanhados sempre de impressão de dor ou prazer, de satisfação ou insatisfação, de agrado ou desagrado, de alegria ou de tristeza” (CODO & GAZZOTTI, 1999, p. 48-59). Dessa forma, é possível perceber que a música faz parte desse afeto pois “com ela podemos alegrar, acalmar e até entristecer, contemplando de certa maneira os sentimentos e as emoções” (BIANCHI, 2013, p. 7), devendo-se portanto, pensar na direção de arte para um show de música como aquela que aproxima e cria uma série de sentimentos, proporcionando uma rede de afetividade com o público, ou seja, deve-se pensar em uma direção de arte do afeto. OBS.: Todas as traduções presentes neste material foram realizadas pela autora. 35


Além disso, outro aspecto a ser levado em conta é a necessidade de entender o que é esse evento conhecido como “show”, o qual nada mais é do que uma performance ao vivo. O dicionário online Michaelis ¹ define performance como “uma apresentação pública de qualquer natureza, em que o artista tem total liberdade de criação e atuação”, sendo que pelo fato de acontecer ao vivo pode ser caracterizada como “uma experiência que simultaneamente conecta sensações dos ouvidos, dos olhos, da pele e dos pulmões (...)” ² (KRONENBURG, 2012, l. 286 - 287). Ou seja, um show é quando a comunicação entre o artista e seu público, ocorre de forma mais direta e pessoal.Cada aspecto de um show deve ser muito bem pensado e envolve diversos componentes e elementos, sendo que o mais visível deles, depois do formato arquitetônico e estrutural do palco em si, é a direção de arte. Direção de arte é um termo recente, originado docinema, e surgiu a partir de um momento em que as produções estavam ficando cada vez mais complexas, com a necessidade de haver uma categoria responsável por coordenar, unir e compatibilizar toda a equipe de produção artística, a fim de haver maior consonância entre elas. Segundo o diretor de arte brasileiro Anísio Medeiros (2008), “A direção de arte atua sobre um dos componentes centrais de construção de linguagem cinematográfica: seu aspecto visual.” Em outras palavras, é ela a responsável por criar todo o conceito estético e visual do projeto, “escrevendo” visual, musical, narrativa e espacialmente o espetáculo, estabelecendo a lingua-

gem visual a ser trabalhada, definindo o caráter e a identidade geral do show. Além disso, a direção de arte também é responsável por coordenar e gerenciar todas as outras equipes artísticas envolvidas no processo de criação, como por exemplo, as de cenografia, iluminação, produção, figurino e caracterização. Ou seja, é ela que transmite a mensagem do show para os espectadores, através da concepção, planejamento e desenho de todos os elementos citados anteriormente. No campo dos concertos de música popular ao vivo, a preocupação com a direção de arte do espetáculo começou principalmente a partir do fenômeno que ficou conhecido como “Efeito MTV”. Tudo começou, primeiramente, com as mudanças tecnológicas ocorridas entre as décadas de 50 e 70, as quais foram responsáveis pela popularização dos televisores. Em 1981 surge então o canal televisivo musical conhecido como “MTV”, televisionando performances e videoclipes, possuindo como alvo agora o sentido da visão do espectador, e não mais apenas a audição. Tal emissora foi responsável por consolidar e disseminar a carreira de incontáveis artistas, sendo que dessa forma, esses performers tiveram que se reinventar esteticamente, dando início a essa preocupação com os aspectos visuais dos shows. Quanto aos palcos, “o efeito MTV foi responsável por dois acontecimentos. O primeiro deles foi o aumento dos números de fãs através da consolidação de super artistas. O segundo é o desenvolvimento de uma estética própria para cada artista, refletindo no tipo

-----------------<1> acesso disponível em: https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/ <2> do original “Live performance is a physical experience that simultaneously links sensations of the ear, the eye, the skin and the lungs (...) ” 36


de palco e elementos de cenografia.” (REIS, 2019, p. 18). Além disso, com advento do avanço tecnológico e dos aparelhos eletrônicos do final do século XX e início do XXI, todos os ângulos e momentos do espetáculo podem ser capturados, sendo necessária uma preocupação maior ao se pensar não apenas o palco, mas na direção de arte e na concepção do espetáculo como um todo. Essa evolução estética e visual dos shows pode ser percebida comparando o primeiro show a ser realizado em estádio, que ocorreu em 1965 pela banda britânica “The Beatles”, que contava apenas com uma minúscula plataforma para os artistas e os instrumentos e pequenas caixas de som. Neste caso, praticamente não houve uma conexão entre público-artista, e a experiência demonstrou a necessidade de equipamentos e instalações próprias para esse tipo de evento. Em contrapartida, ao se observar um show atualmente, é possível perceber o crescimento e diversidade nos formatos e dimensões dos palcos. A utilização de grande quantidade de elementos, de luzes, de telões e efeitos cênicos, de equipamentos técnicos de última geração, dentre outros artifícios visuais, construtivos e artísticos, configuram estratégias para conectar a plateia com o artista e chamar a atenção da mesma para o espetáculo.

FIGURA 26: VISÃO GERAL DE UM SHOW DA 'A HEAD FULL OF DREAMS TOUR'

FIGURA 27: CHRIS MARTIN DURANTE PERFOMANCE EM UMA DE SUAS APRESENTAÇÕES AO VIVO'

Um dos principais elementos a serem trabalhados pela direção de arte é a cenografia. O termo cenografia é comum e erroneamente usado para se referir a direção de arte, portanto, faz-se necessário entender que a primeira é apenas uma esfera da segunda. No artigo “O Papel da Direção de Arte no Cinema”, Medeiros expõe essa diferenciação, onde conceitua que: FIGURA 28: SHOW DOS BEATLES EM ESTADIO EM 1965

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O diretor de arte define, por meio da cenografia, o desenho do espaço, e a organização dos pontos referenciais para a ação (por meio de sua arquitetura e disposição de objetos) constrói relações de perspectiva e condições para enquadramentos e movimentos de câmera, estabelece elos entre cenários de interior e vistas de exterior, propõe paletas de cores e texturas, e define fontes e entradas de luz ainda na prancheta” (MEDEIROS, 2008, p. 21)

A cenografia, por sua vez, é definida por J. C. Serroni, um dos maiores cenógrafos brasileiros da atualidade, objetivamente como sendo “a dramatização do espaço”, completada por: “O valor da cenografia não está certamente na quantidade de efeitos ou de elementos no palco. (...) interessa que essas formas tenham conteúdo, significados, que criem espaço dramático.” (SERRONI, 2013, p. 28. Ou seja, é ela que vai “dar vida”, animar e emocionar, , despertar o afeto do público em relação à narrativa proposta para o show. Não obstante, é importante deixar claro que “A cenografia acontece sempre na interação com os demais elementos que compõem o espetáculo. É preciso que ela se relacione com a direção, com os atores, figurinos, sonoplastia, espaço, produção e, especialmente, com a iluminação” (SERRONI, 2013, p. 29). É essa cenografia, ou em outras palavras, a “grafia da cena”, que vai, a partir da linguagem ou do desenho definido pela direção de arte, criar os elementos que melhor transmitem a mensagem e a narrativa do show, completando a estética da apresentação. De forma prática, ela faz isso, primeiramente, a partir da divisão do espetáculo em cenas (ou atos), que nada mais são do que momentos que

contém uma mesma característica dentro do show, de modo a facilitar a compreensão da mensagem que se quer passar. A partir da definição de cada ato, se faz a “decupagem” do mesmo , ou seja, são definidos os artistas, os objetos, os desenhos de palco (cenários), as músicas, a iluminação, os efeitos, o figurino e a caracterização de cada ato especificamente. .“O trabalho do cenógrafo é projetar estes ambientes em que as ações ocorrerão. O cenário pode e deve sugerir o estilo e o tom da produção inteira, ele define o humor e a atmosfera, indica a época específica e o lugar da ação, oferecendo possibilidades complementares para o movimento e a sinergia dos atores.” (URSSI, 2006, p. 93). De uma forma geral, é importante entender que a cenografia sempre é feita para alguém e que a mesma não desempenha totalmente sua função até o momento da ação do performance sobre ela e dos espectadores para com ela. Isto pode ser observado na dissertação de Nelson José Urssi (2006, p. 77), onde ele diz que “O ator interage com informações físicas e simbólicas que vão compor a cena em uma poética de realidade.” Nosso trabalho concentrar-se-á também na chamada “cenografia fina”, que é caracterizada como “todos os elementos que compõe a cena do espetáculo, principalmente aqueles que estão soltos em relação à estrutura do palco.” (REIS, 2019, p. 43). Basicamente, os elementos que constituem esse tópico são: os telões, os “props” ³, os urdimentos, os efeitos especiais e as cenas. No show da turnê Mylo Xyloto Tour ⁴ do Coldplay, notamos a presença de cinco telões circulares por toda a extensão do pros-

-----------------<3> “props”: do inglês properties, representa os elementos soltos em relação à estrutura do palco. <4> Mylo Xyloto Tour foi uma turnê mundial realizada pela banda britânica Coldplay, entre os anos de 2011 a 2013, para promover o quinto álbum de sua carreira. 38


cênio; a presença da pichação em cores vibrantes cobrindo todos os elementos de palco, do fundo e do chão - fazendo referência à identidade visual do álbum homônimo à turnê. Existiam props que eram filtros dos sonhos neon sobre o palco, fazendo referência a um mundo utópico criado no álbum. e Temos ainda efeitos como chuvas de papéis recortados em referência às músicas e histórico da banda. Por fim, observamos a divisão clara em cenas e momentos do show. Cada cena ou momento desses se caracteriza por um tom ou qualidade visual de acordo com o sentimento que deseja ser transmitido. Contudo, é necessário entender o que caracteriza essa linguagem e essa mensagem a ser transmitida em uma performance ao vivo. De acordo com o teórico da informação, Marshall McLuhan, “o meio é a mensagem”, ou seja o veículo, o suporte de comunicação, determina e altera o conteúdo e o caráter final da mensagem transmitida. Assim sendo, neste caso, o “show é a mensagem” sendo essa mensagem transmitida através da interação e entrosamento de diferentes manifestações de linguagens, incluindo a visual, auditiva, performática, espacial. E quem concebe e determina como todas essas linguagens vão estar entrosadas e sincronizadas de modo a produzir uma “obra de arte total” é a direção de arte. Ou seja, é esse espaço do show, trabalhado pela direção de arte e todos o elementos que a compõe, que vão servir como catalisadores dos sentidos humanos, formando uma narrativa visual (e também espacial), que caracteriza aquele show e o artista. Por fim, é importante destacar que “Em todo esforço compositivo, as técnicas visuais sobrepõem-se ao significado e o reforçam; em conjunto, oferecem ao artista e ao leigo os meios mais eficazes de

FIGURA 29: TELÕES POR TODA EXTENSÃO DO PALCO NA MYLO XYLOTO TOUR

FIGURA 30: É POSSÍVEL PERCEBER TODO O PALCO E INSTRUMENTOS COBERTOS POR PICHAÇÕES VIBRANTES

FIGURA 31: FILTRO DOS SONHOS DE LED AO FUNDO

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criar e compreender a comunicação visual expressiva, na busca de uma linguagem visual universal.” (Dondis, 2000 p.160 apud URSSI, 2006, p. 88) Não obstante, tudo o que foi exposto anteriormente é meramente um conjunto de conceitos e objetos genéricos sem a figura fundamental de um show: o espectador. E, essa relação entre o espectador e o performer , onde ambos se afetam mutuamente, ocorre em duas instâncias principais. A primeira é a que o show atua sobre esse público, produzindo sensações, emoções e memórias no mesmo. E a segunda é a que esse espectador atua como parte ativa do show, compondo e acionando a direção de arte, ao passo que é acionado por ela, dando o tom e a energia necessária para o show acontecer Dessa maneira, “o espetáculo, resultado final da soma de diversos elementos da produção teatral, só encontra reais dimensões em contato com o espectador e varia consideravelmente a cada representação conforme muda o espectador e sua resposta à cena, ampliando o texto original e seus significados. (C. F. AUMONT, 2004, n.p. apud URSSI, 2006, p. 80 )”. Além do espectador construir uma enorme cadeia de significados em sua mente, a partir das mais diversas informações que recebe por meio do cenário, iluminação, figurinos, gestos, falas, músicas, dentre outros, as quais vão ser traduzidas em sensações em uma memória afetiva, a música ao vivo também “cria cenas locais e um senso de

identidade para aqueles que estão ali: um elo social entre o performer e a audiência, o qual reforça o elo entre a música e o espaço.” ⁵ (CONNELL & GIBSON, 2003, p. 280 KRONENBURG, apud 2012, l. 309 - 310) . Já no segundo caso, todo o show é previsto, mas essa previsão conta com a participação efetiva da plateia para promover toda a expressão artística e sensorial esperada. “As pessoas cantando junto as nossas músicas ou qualquer tipo de interação [das pessoas] é a parte mais importante do show, ao invés de existir essa linha divisória entre a banda e a plateia. O que aprendemos ao longo dos anos é que se tem esse senso de comunidade, se todo mundo cantar, jantar, e se não se tiver essa sensação dessa grande divisão entre as pessoas e a banda, então todo mundo vai ter uma experiência melhor. Todos fazem parte do show.” ⁶ (BERRYMAN, Guy, Live 2012) “Todo show é diferente. Quando as luzes se apagam são 30.000 vidas distintas colidindo para aquele momento único. Todas as pessoas que estão ali trabalhando, estão trabalhando por aquele momento, todas as pessoas que estão assistindo, estão assistindo por aquele momento. É quando todos chegam em um acordo sobre o que todos estão fazendo naquele momento específico. É um incrível sentimento de união e possibilidades. Eu amo esse momento e [o show] é sobre tentar agarrar àquela energia.” ⁷ (MARTIN, Chris, Live 2012)

-----------------<5> do original “[...] live music creates local scenes and a sense of identity for those who are there: a social link between performer and audience, which reinforces the link between music and place”

<6>

do original “people singing along to our songs, any kind of [people’s] interaction is the most important part of the show; rather then being this kind of dividing line between the band and the audience. what we’ve learn over the years is that if there’s this kind of sense of community, if everyone can sing along, and it doesn’t feel like there’s this big divide between the people and the band, then everyone is gonna have a better time. Everyone is part of the show”

<7>

o original “Every show is different. When the lights go down that’s 30.000 people lives colliding, for that one moment. Everyone who’s there working, is working for that moment, everyone who’s there watching, is watching for that moment. It when you all come to an agreement about what are you all doing at that time. It’s a wonderful feeling of togetherness and possibilities. I love that moment, and it’s about trying to hold that energy.”

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Por fim, citando a renomada diretora de arte britânica Es Devlin ⁸, “o espaço que eu estou projetando, como uma diretora de arte, é o espaço dentro da cabeça das pessoas” ⁹ (Head Space: Es Devlin at TED Talk Youth @Manchester, 2012). Ou seja, é importante pensar em como a plateia vai receber, traduzir, interpretar e assimilar toda a informação proposta. Além disso, ela também diz que a imaginação é a “rainha do espaço infinito”, e é com essa imaginação que se deve procurar atingir e trabalhar, uma vez que o show mexe com o sensorial das pessoas, ten-

sionando a noção do “real x imaginário”. Isso tem o propósito básico de formar uma “teia de conexões” entre as pessoas, uma vez que se perdendo no mundo do imaginário juntos, “se tem a sensação de fazer parte de algo que só aconteceu ali naquele momento e com as pessoas que estavam ali, como se fossem todos parte de um só ou parte de algo muito maior.” (Head Space: Es Devlin at TED Talk Youth @ Manchester, 2012), proporcionando ao espetáculo ao vivo esse caráter tão único e especial.

FIGURA 33: ESPECTADOR COMO FORMA ATIVA DA ILUMINAÇÃO DO SHOW

FIGURA 32: FOTO PELO PONTO DE VISTA DO ESPECTADOR DE UM SHOW DO COLDPLAY EM 2017

FIGURA 34: CENOGRAFIA DE DETERMINADO MOMENTO DO ÚLTIMO SHOW DA BANDA NO BRASIL

-----------------<8> Es Devlin já produziu a direção de arte de dezenas de shows de grandes proporções de artistas muito conhecidos, tais como Beyoncé, U2 e Kanye West.

<9> do original “(...) the space I’m designing for, as a theater maker, is the space inside the head of the audience.”

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SE A R U T U R 3.2 EST TÁTIL R O P A ETUR ARQUIT

figura 35

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A característica básica de um show é ser itinerante, viajar por diversas localidades em intervalos regulares de tempo ao longo de uma turnê. Desse modo, todos os elementos que o compõem, desde o palco, até as estruturas treliçadas, as estruturas de suporte, os equipamentos técnicos, as centrais de controle, as áreas de serviço e de apoio, enfim, todas as suas partes devem ser portáteis, transportáveis, montáveis e desmontáveis. Ou seja, uma performance de música ao vivo requer uma “Arquitetura Portátil”, a qual, por sua vez, “consiste em estruturas que são facilmente construídas/montadas em um local remoto a sua fabricação.” 10 (KRONENBURG, 2008, p. 8). Segundo o autor, essas construções transportáveis, devem adaptar-se às características de praticamente todo edifício permanente, podendo ser reutilizadas e implantadas em locais que não são adequados para uma construção convencional. Ademais, é importante lembrar que essa característica da transitoriedade é algo determinante no projeto, influenciando diretamente o caráter, estruturação e forma do partido a ser desenvolvido. Alguns exemplos desse tipo de arquitetura portátil nos quais pode ser identificar a diversidade dessa tipologia construtiva, são: pavilhões, quiosques, lojas, cinemas itinerantes, casas e abrigos temporários, museus, salas de aula, e é claro, estruturas para performances de música ao vivo. -----------------<10> do original “Portable architecture consists of structures that are intended for easy erection on a site remote for their manufacture.”

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A noção de construção “portátil” remonta os primórdios da humanidade, em que a sociedade se organizava de maneira nômade, se mudando de tempos em tempos e carregando consigo as suas moradias, as quais eram basicamente abrigos com função de proteção básica. Mesmo no mundo contemporâneo atual, é possível encontrar traços e influências dessas construções antigas, como por exemplo as tendas beduínas, que “(...) incorporam suportes compressivos e membranas de tração que utilizam os mesmos princípios que os modernos sistemas de engenharia de tração.”11 (KRONENBURG, 2008, p. 8). No universo dos shows ao vivo, o caráter portátil das construções foi introduzido a partir de 1960, com a criação de conjuntos de palco temporários, para bandas como os Beatles e os Rolling Stones. Isso aconteceu pois, com o crescimento da popularidade dessas bandas, e consequentemente, o aumento do número de fãs, seus espetáculos tiveram que mudar para locais maiores, tais como arenas e estádios,os quais, em sua maioria, não possuíam a infraestrutura necessária para atender a magnitude desse tipo de evento. Não obstante, essa arquitetura portátil tem cada vez mais valor e ganha mais relevância em um mundo como o que vivemos atualmente, quando as reflexões sobre o impacto ambiental e social das construções torna-se cada vez mais pertinente e preponderante. A arquitetura portátil caracteriza-se por “uma forma de arquitetura flexível, leve em construção, possui impacto mínimo em terrenos sensíveis e responde a novas oportunidades tecno-

lógicas.” 12 (KRONENBURG, 2008, p. 7) O trabalho com materiais leves e flexíveis, que proporcionem uma ´forma´ mais eficiente, e uma grande atenção aos detalhes, são alguns dos pressupostos da chamada ´arquitetura portátil´. Dessa maneira, essa arquitetura transportável “é manifestada em diversos padrões, muito dos quais são audaciosos em tamanho, engenhosos na estratégia e dramáticos na forma.” 13 (KRONENBURG, 1998, p.3). Além disso, uma outra característica intrínseca dessa arquitetura, , especialmente relacionada a um show de grandes proporções, é a necessidade de haver uma mão de obra especializada, sendo necessárias inúmeras equipes de pessoas especializadas nos mais diversos campos viajando sempre junto com o espetáculo. Por ser um tipo de arquitetura que deve ser montada e içada, é importante ter atenção quanto ao tipo e características dos materiais utilizados. O item mais importante a ser analisado é o peso de cada componentes, ou do total da instalação, sendo necessário ser o mais leve possível, para garantir um bom funcionamento da estrutura e da . Por este motivo, movimentação da mesma. Os materiais possuem uma forte expressão estética, principalmente os estruturais, uma vez que utilizar algo para escondê-los é apenas acrescentar um peso desnecessário ao conjunto. É importante dar uma atenção especial para “(...) as partes móveis, a flexibilidade e durabilidade dos materiais, os equipamentos de

-----------------<11> do original “[The Bedouin tent] incorporates compressive struts and tensile membranes that utilise the same principles as modern tensile engineering systems.”

<12> do original “(...) a form of architecture that is flexible, lightweight in construction, has minimal impact on sensitive sites, and is responsive to new technological and aesthetic opportunities has great value.” 44


aparelhamento e à equipe técnica e de funcionários.” 14 (KRONENBURG, 2012, l. 1866), Assim, utiliza-se frequentemente peças pré-fabricadas, padronizadas e modulares, o que facilita tanto na montagem e desmontagem, quanto no transporte e reutilização, o que possibilita manter os custos os mais baixos quanto possível. Por fim, deve-se haver um cuidado e atenção maior com o planejamento logístico e construtivo, sendo que cada vez mais são utilizados métodos logísticos e de construções ex-

perimentais e exploratórias. Segundo Mark Fischer, o principal nome da arquitetura do entretenimento atualmente, “Em essência, todos os conjuntos de rock têm os mesmos programas, embora sua aparência possa ser radicalmente diferente. Em uma indústria em que tudo deveria, pelo menos, parecer novo a cada vez, muitas vezes é o rearranjo de componentes padrão, em vez da introdução de novos que dão essa impressão.” 15 (KRONENBURG, 2008, p. 90).

FIGURA 36: EXEMPLO DE CONJUNTO DE PALCO TEMPORÁRIO PARA A TURNÊ 'A BIGGER BANG', DOS ROLLING STONES

FIGURA 37: ESTRUTURA DA TURNÊ '360°' DO U2 EM PROCESSO DE MONTAGEM

-----------------<13> do original “Transportable architecture is manifested in diverse patterns, many of which are audacious in size, ingenious in strategy and dramatic in form.”

<14> do original “Mobile stage and performance set design requires special attention to be given to (...) moving parts, assembly techniques, flexibility and durability of materials, and rigging equipment and crew.”

<15> do original “In essence, all rock sets have the same programs though their appearance may be radically different. In an indus-

try where everything should at least appear fresh each time, it is often the rearrangement of standard components rather than the introduction of new ones that gives that impression.” 45


É necessário ainda compreender como ocorre o processo de montagem, e desmontagem, das estruturas e peças em um concerto de música ao vivo. Geralmente, esse processo ocorre de cima para baixo, com a parte superior sendo montada no nível do chão e içada até a altura de funcionamento. Posteriormente, todos os elementos verticais e a base do conjunto são montados em etapas e níveis , de modo a deixar a maior quantidade de piso p livre para as outras atividades que precisam acontecer simultaneamente naquele local. Após essa etapa, acontece a montagem do urdimento de sustentação e suporte para elementos como iluminação e som, seguido juntamente da montagem dos elementos cenográficos, como telões ou qualquer outro objeto que o show possua. . Por fim, acontece a montagem das centrais de controle e das áreas de apoio e serviços necessárias. Essa montagem deve ocorrer levando-se em conta que no dia do show tudo deve

FIGURA 38: ESQUEMA DE LOGISTICA DO SISTEMA DE ALTERNÃNCIA DOS CONJUNTOS ESTRUTURAIS QUE GERALMENTE OCORRE EM UMA TURNÊ

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estar pronto, de modo que todos os elementos possam ser previamente testados e ajustados. A desmontagem começa logo após o final do show, levando até dois dias para ser finalizada, o que varia de acordo com a complexidade e dimensões do show. Quanto ao cronograma, toda a logística funciona segundo um sistema de alternância do conjunto das estruturas. Visto que em uma turnê com a magnitude de artistas como U2 e Coldplay, por exemplo, dispõem-se de três conjuntos principais de estruturas e equipamentos viajando a todo momento, o que permite que a banda realize shows em noites consecutivas. Isso é possível pois, enquanto a “Estrutura 1” está em transporte para a “Cidade 01”, a “Estrutura 2” está sendo montada na “Cidade 2” e o show está acontecendo no “Na cidade 3”, utilizando-se da “Estrutura 3”. (ver figura tal)


FIGURA 39: MOMENTO DE DESMONTAGEM E ARMAZENAMENTO DAS ESTRUTURAS E COMPONENTES DO SHOW, PARA SER TRANSPORTADO ATÉ A PRÓXIMA LOCALIDADE

47


OGIAS L O P I T IPAIS C N I R P SHOW A 3.3 R A P OS DE PALC

figura

48

40

A concepção do que conhecemos hoje como palco possui tem sua origem na Grécia Antiga, juntamente com o surgimento do Teatro, por volta dos anos de 550 a.C. a 220 a.C. Esse elemento cenográfico surge juntamente com a noção de ator e platéia e ator, por sendo quando aparecem as primeira noções de um local que abrigasse cada uma dessas funções. Ou seja, a arquibancada e o palco, respectivamente. Para este trabalho em específico, darei o enfoque nas três tipologias de palco clássicas e mais utilizadas em um espetáculo de música ao vivo. As outras variações existentes são apenas variações e combinações destas apresentadas aqui.


PALCO GREGO OU DE ARENA CIRCULAR

3/4 DE CÍRCULO

SEMICIRCULAR

DEFASADO

FIGURA 41: EXEMPLO DE PALCO CIRCULAR - 360 ° TOUR DO U2

TRIANGULAR

figura 43

QUADRADO

Historicamente foi o primeiro modelo que se tem conhecimento. Como diz o nome, surgiu na Grécia, e possuem diferentes formatos. Forma: a mais comum deles é a circular Localizado: centralizado Plateia: ocupa toda a área circular ao seu redor Característica principal: geralmente possui certa declividade em relação à plateia FIGURA 42: EXEMPLO DE PALCO CIRCULAR - 360 ° TOUR DO U2

Exemplo de show: um exemplo de show que utiliza essa tipologia é o 360 ° Tour do U2

49


PALCO ELIZABETANO RETANGULAR

Possui esse nome pois corresponde a tipologia que mais foi utilizada durante o reinado da rainha Elizabeth I, da Inglaterra. Além disso, era a tipologia que William Shakespeare, sendo este principal representante. Atualmente, é o modelo de palco mais utilizado em concertos de música ao vivo. Forma: inicialmente retangular Localizado: nas extremidades do local em que o show é realizado Plateia: distribuída pelos 3 lados do palco Característica principal: palco avança por meio de uma passarela Exemplo de show: Mylo Xyloto Tour - Coldplay

MISTO

FIGURA 45: PALCO ELIZABETANO MISTO NA TURNÊ DE 2012 DO COLDPLAY.

figura 44

CIRCULAR

FIGURA 46: PALCO ELIZABETANO MISTO NA TURNÊ DE 2012 DO COLDPLAY.

50


É a tipologia mais tradicional e comum que existe. Surge no período do Renascimento, e é caracterizada por possuir uma grande noção de perspectiva. Forma: retangular e de frente única

PALCO ITALIANO RETANGULAR

Localizado: nas extremidades do local em que o show é realizado Plateia: linearmente oposto ao palco, na única frente que este possui Característica principal: rigidez e hierarquização da platéia, pois quem está mais próxima e/ou centralizado possui uma visão mais privilegiada do espetáculo Exemplo de show: Festivais em geral, como Lollapalooza Brasil e Rock In Rio

MISTO

FIGURA 47: PALCO ITALIANO NO ROCK IN RIO 2016.

figura 49

SEMICIRCULAR

FIGURA 48: PALCO ITALIANO NO LOLLAPALOOZA 2015.

51


(coldplay, 2005)

04. 52

As analises de similires representaram uma importante ferramentas de apoio, utilizadas a fim de melhor compreendermelhor o universo dos concertos de música ao vivo, bem como o que é necessário para produzir um evento desse porte. Neste caso, optei por estudar casos que me auxiliassem nos âmbitos de configuração espacial, comunicação visual e elementos cenográficos.


<AN

ES D E S ÁLI

ARE L I M I

S>

figura 50

53


36 0Âş TO UR

ficha tecnica: > ano: 2009-2011

> projeto: Mark Fischer (Stufish Entertainment Architects) > direcao de arte: Willie Williams

> quantidade de apresentacoes: 110

> estrutura: Tait Towers & Stageco

> artista: U2

> esta referenciado neste trabalho pelo palco com experiencia 360°, solucao estrutural e processo de montagem 54

figura 51


PALCO CIRCULAR

MAIOR PROXIMIDADE COM A PLATEIA

FIGURA 52: IMPLANTAÇÃO PALCO NO ESTÁDIO.

FIGURA 53: VOLUMETRIA DO PALCO CIRCULAR FIGURA 54: CONEXÃO DO PALCO COM O BACKSTAGE

SAÍDA PARA BACKSTAGE

No período que antecedeu essa turnê, o U2 estava saindo de uma fase em que realizaram shows apenas em arenas e locais de menores proporções, sob o argumento de sentir a necessidade de resgatar a proximidade e conexão com seu público. Assim sendo, a 360° Tour surge para representar uma nova fase para a banda, na qual havia um desejo dos artistas de voltar a tocar para uma plateia maior e em espaços de maiores proporções, ainda que sem perder o contato com o público, o qual tinham acabado de reconquistar. Logo, a solução para esta questão, como o próprio nome da turnê já indica, advém da escolha da adoção do palco circular e centralizado, ou seja, que possui uma abertura de 360° para com o público e destes para com a banda. O palco circular foi a solução ideal pois permite que uma quantidade muito maior de pessoas fiquem bem mais próximas do palco, estabelecendo uma relação mais pessoal com o artista, uma vez que o público ocupa toda a sua circunvizinhança. Outro ponto positivo desse tipo de configuração espacial é o fato de aumentar a capacidade de público do show, visto que libera o uso do espaço que geralmente ficaria fechado pela parte traseira de um palco com proscênio frontal tradicional. Morfologicamente, o palco 360° é constituído por um palco circular interno e um anel circular externo, sendo que a ligação entre os dois ocorre por meio de duas pontes cinéticas, que giram como os ponteiros de um relógio, permitindo o acesso a qualquer um dos palcos à qualquer posição ou momento. 55


“THE CLAW” FIGURA 55 - 61: DETALHES IMPORTANTES DO CONJUNTO

MEMBRANA DE POLIPROPILENO

figura 59

figura 55

figura 57

figura 60 TURA ESTRU IAL ESPAC

figura 56

O elemento mais marcante do projeto ficou conhecido como “The Claw”, ou a “Garra”, a qual consiste em uma estrutura que foi criada especialmente para solucionar a falta de apoio para elementos aéreos - como equipamentos de som e iluminação - que é um problema comum que ocorre em configurações de palco circular ou no caso de shows em ambientes abertos, como estádios. Pela preocupação em criar algo que não bloqueasse a linha de visão do espectador, o sistema de apoio da “Garra” consiste em quatro pernas esguias, as quais se expandem sobre um vão de 64 x 49 m e suporta até 200 toneladas de equipa56

figura 58

figura 61

mentos. Essa estrutura ainda é revestida com uma membrana tensionada especial de polipropileno, caracterizando e dando proteção ao conjunto estrutural. Por fim, no centro da “Garra”, foi colocado um poste metálico, que chega a atingir até 50 metros de altura, por onde são anexados contáveis luzes e lasers, produzindo diferentes padrões ao longo do espetáculo. Ademais, toda essa estrutura, devido a sua monumentalidade, cria uma imagem marcante e estende a identidade da performance através de uma forma arquitetônica.


PROCESSO DE MONTAGEM E DESMONTAGEM

PRIMEIRO MONTA A PARTE DE CIMA

PERNAS DELGADAS SUSTENTAM A A CÚPULA

figura 62 FIGURA 62: ESQUEMA VOLUMETRICO DA ESTRUTURA E OS CAMINHÕES UTILIZADOS PARA TRANSPORTAR SUAS PEÇAS

A montagem de toda a estrutura ocorre ao longo de cinco dias, sendo que os três primeiros são dedicados, primeiramente a montagem da “Garra” e depois do palco, enquanto o quarto é quando ocorre toda a montagem dos equipamentos de produção, para no quinto dia então realizar o show. Essa montagem ocorre de maneira que primeiro se monta a parte superior da “Garra” no nível do chão, em que então é içada até sua altura máxima de 28 metros, com ajuda de guindastes contratados localmente. O próximo passo é montar as quatro delgadas pernas de apoio, para que a cúpula, até então suspensa, possa ser acoplada. Os próximos passos é acoplar os equi-

pamentos de som, iluminação, e equipamentos cênicos, de modo que tudo possa ser testado previamente ao show. A desmontagem pode demorar até dois dias para ser totalmente concluída e as peças poderem então seguir viagem para a próxima localidade. Quanto a questão de cronograma, foram necessários três estruturas distintas, onde enquanto uma estava na estrada em direção a cidade 1, a segunda estava em montagem na cidade 2 e a terceira estava ocorrendo o show na cidade 3. Foi por esse motivo, inclusive, que foi possível acontecer shows em noites consecutivas. 57


BO Y ME ET S WO RL D

figura 63

ficha tecnica: > artista: Drake > ano: 2017 > quantidade de apresentacoes: 09

> projeto/direcao de arte: Steve Kidd > iluminacao: Guy Pavelo > estrutura: GP-SK

> esta referenciado neste trabalho pelo modelo de palco, pela iluminacao, e pelos elementos cenograficos

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PALCO & ILUMINAÇÃO

EFEITO DE LASERS DE LUZ

PALCOS CIRCULARES INTERLIGADOS POR UMA PASSARELA

FIGURA 64: IMAGEM EM QUE É POSSÍVEL VER A CONFIGURAÇÃO ESPACIAL E OS EFEITOS DE ILUMINAÇÃO.

A turnê realizada por Drake, influente cantor de rap americano, ao longo de 2017 passou por diversas localidades, onde foram realizados mais de quarenta shows no total. No entanto, foram os shows que aconteceram em partes da Austrália e da Nova Zelândia que mais chamaram atenção, e serão estudados mais profundamente neste trabalho. Isso se

deve ao fato de, para apenas esses nove shows em específico, ter sido adotada uma configuração espacial diferente para o palco, que consistiu em 3 palcos circulares conectados por uma passarela. Dessa forma, ao se optar por tocar em 360° em relação com o público, foi possível tornar o show mais intimista, estabelecendo uma conexão maior com o público. 59


ESFERAS DE LED Entretanto, o que mais chama a atenção para essa produção foram as esferas de LED cinéticas que atuaram também como seu elemento visual mais marcante. Consistindo em aproximadamente mil unidades suspensas e espalhadas ao longo de um grid treliçado que cobria toda a arena, essas esferas de plástico com um chip de LED acoplado internamente, deixavam os espectadores hipnotizados, uma vez que dançavam e se movimentavam acima de suas cabeças, criando padrões e emitindo cores variadas ao longo da apresentação. O sistema utilizado nessas esferas consiste de um fio cinético que é responsável por toda sua movimentação, acoplado ao grid de treliças por meio de ganchos.

Isso economiza tempo de montagem, uma vez que não é preciso fixá-las a cada apresentação. Sua iluminação ocorre de duas maneiras: a primeira por meio do chip de LED, que foi desenvolvido especialmente para essa ocasião, responsável por iluminar individualmente cada uma das esferas; e a segunda por meio de um sistema de rastreamento que permite que os lasers de apoio, também apoiados no grid, pudessem acompanhar o desenho das esferas. Essa solução, além de criar o caráter e a atmosfera do show - por meio de um elemento visual - também tem a capacidade de envolver todo o público na arena, não importando se o espectador está mais ou menos próximo do palco. Traz assim, uma experiência visual diferente dependendo da posição em que se encontra, mas igualmente impactante.

O DE MOVIMENT MA ACORDO CO MÚSICA

LED NA LATERAL DO PALCO

figura 65

figura 66

figura 67

figura 68

60


GLOBO

FIGURA 69: GLOBO NO INÍCIO DA APRESENTAÇÃO, COM TONALIDADES MAIS QUENTES

O outro elemento visual marcante nesta turnê consiste em um globo inflável de aproximadamente 14 metros de diâmetro. O globo surge apenas por um momento específico do show e é iluminado por 8 projetores de laser, começando em uma tonalidade mais quente e terminando com cores mais frias. Esse elemento, juntamente com a escolha das projeções feitas nele, remetem ao título, e consequentemente, ao conceito da turnê: ilustram um rapaz (o artista) conhecendo e conquistando o mundo (o globo) através de sua música. 61


figura 70

JO AN NE WO RL D TO UR

ficha tecnica: > artista: Lady Gaga > ano: 2017-2018 > quantidade de apresentacoes: 49

> projeto/direcao de arte: LeRoy Bennett > produtor: Robert Mullin > estrutura: Tait Towers

> esta referenciado neste trabalho pela configurcao espacial dos palcos, autenticidade dos elementos e inovacoes tecnologicas

62


PALCO METAMÓRFICO

FIGURA 71: ESQUEMA GRÁFICO DE TODAS AS PEÇAS QUE COMPÕEM O CONJUNTO DE PALCO

PALCO METAMORFICO FIGURA 72: PALCO METAMORFICO EM MOVIMENTO

FIGURA 73: PALCO METAMORFICO EM MOVIMENTO

Turnê de divulgação do álbum “Joanne”, o mais recente da cantora até o momento. A principal característica do projeto é o fato do conjunto de palco tomar conta de toda a extensão da arena ou estádio. Esse conjunto consiste em um palco principal com características metamórficas, dois palcos satélites circulares, um palco secundário com LED integrado e três pontes, as quais também servem como telão em alguns momentos. O mais importante a se destacar aqui é o fato de todos esses elementos, além de terem características funcionais, também desempenham funções visuais, ou seja, o projeto foi desenvolvido de modo a gerar uma integração entre seus componentes, otimizando os gastos com estrutura e tempo de montagem, e criando soluções inovadoras. O palco principal é caracterizado por um proscênio frontal tradicional de 26 metros de comprimento. Entretanto, esse palco foi comparado a um jogo de “Tetris”, pois apresenta uma característica metamórfica, uma vez que apresenta até cinco configurações espaciais diferentes, sendo elas: plano, elevado, cruzado, diagonal e em escadaria. Isso foi possível devido ao seu sistema, que consiste em três elevadores automatizados com mais cinco elevadores para artistas, em que três destes apresentam 5 metros de comprimento, enquanto os outros dois possuem 15 metros de comprimento. Além disso, foi colocado placas de LED na frente de cada um desses elevadores, de forma que quando levantam, sua estrutura não fica à mostra, e no lugar ainda são exibidas imagens e padrões que complementam toda a direção artística do show. 63


B-STAGE & PALCOS SATÉLITES

No lado oposto ao palco principal, está localizado o palco secundário. Este por sua vez, é todo integrado com luzes de LED e possui um formato de geométrico de diamante. É neste palco que ocorrem os momentos mais acústicos e íntimos do espetáculo, e abriga, portanto, um piano. Este, por sua vez, lembra o formato de um coração e é todo revestido por uma mistura de acrílico espelhado e policabornato dicróico. O motivo para essa escolha de materiais ocorreu de modo a melhorar e incrementar o show de lasers que ocorre neste momento, o qual consiste em disparar feixes de luz com cores vibrantes a cada tecla que a artista toca. Por fim, dispostos entre os dois elementos apresentados acima, existem dois palcos satélites, em formato circular com 8 metros de diâmetro. Acionado através de um tesoura hidráulica em sua base, estes palcos sobem até a 4 metros de altura em determinados momentos da apresentação. Além disso, eles aumentam o contato da artista com o público, proporcionando uma experiência de maior proximidade entre ambos, e auxiliando na composição de todo o conjunto performático existente no show. 64

TO DE TIMEN REVES ICO COM ÍL ACR ONATO ICARB E POL

O OMÉTRIC PALCO GE ED E COM L

FIGURA 74: PALCO SECUNDÁRIO GEOMÉTRICO

FIGURA 75: PALCO SATÉLITE CIRCULAR


CASULOS DE LUZ & PONTES OM CASULO C

ÃO ILUMINAÇ

PONTE ÃO COMO TEL

PON

TES/

TELÃ O

figura 76

figura 78

Entretanto, os elementos visuais mais marcantes do espetáculo são os casulos de luz e as passarelas “outdoors” que se localizam a mais de 18 metros de altura do chão. Primeiramente esses chamados “casulos”, abrigam grande parte dos lasers e refletores responsáveis por toda a iluminação do espetáculo. Porém, além e mais importante que isso, eles abrigam telões, no estilo de outdoors, os quais podem descer até 15 metros de altura de encontro com os

figura 77

figura 79

palcos satélites, se transformando em plataformas em formato de pontes, sendo a forma de ligação entre todos os palcos existentes. Além disso, eles também abrigam, em alguns momentos da performance, a artistas e seus dançarinos, onde voam por cima da cabeça do público, tudo sincronizado com as luzes e com a música. Uma particularidade é que foi utilizado programas de mapeamento de superfície para ser possível a projeção nos casulos e nas pontes. 65


(coldplay, 2002)

05. 66

Em um show, existem diversas equipes especializadas nas mas mais variadas funçþes. Cada uma dessas equipes, ou "setores de funcionamento" possuem exigencias a serem atendidas, as quais serviram de base para estabelecer uma lista de condicionanres a fim de proporcionar o bom funcionamento do espetåculo.


C E NE D MA A R OG <PR

ES

DE A D I S

S>

figura 80

67


figura 81

ENTENDENDO O SHOW:

Por motivos de segurança, pelo fato do show ser um evento de caráter público, o seu programa de necessidades, assim como os desenhos técnicos, não podem ser divulgados. Dessa forma, há uma certa dificuldade de compreender minuciosamente quais as necessidades de tal projeto. Além disso, é importante lembrar que o projeto de um show é composto por diversas equipes especializadas, sendo que são essas equipes que passam para o set designer, ou arquiteto do projeto, seus limitantes. 68

Por esse motivo, a forma que encontrei de precisar quais as necessidades e condicionantes do meu projeto, foi, através do estuda e análise de similares, entender qual a ordem de acontecimentos para a produção de um espetáculo. Essa ordem pode ser vista no esquema acima. A partir desse esquema então, consegui perceber o que cada etapa da realização de um show necessita, desenvolvendo a lista de condicionantes para o meu projeto, a qual pode ser observada ao lado.


CONDIC

IONAN

TES 1. Doca s p a r a 2. Aces acesso so p s de ve Ă­culos e 2.1. Eq ara guinda uipame stes 2.2. Fu n ncionar tos 2.3. Art ios e pr oducao 2.4. Pla istas t e ia 3. Depo sito 3.1. Eq s para : u 3.2. Eq ipamentos es trutura uipame 3.3. is ntos 4. Cam Equipamento cenografico s lumino s arim, c om ban tecnico 4.1. Par h s e ir a oe os mento de roup artistas princ copa: as ipais, c 4.2. P om esp 5. Espa ara demais m aco, tro co para embros ca e ar mazena : importa 5.1. Loc n t a e c s a (manag o de RA 5.2. Lo CKs e g er, fam cacao c Ă­ eradore lia, etc) 5.3. Sis irculac t 5.4. Eq emas mecanicao vertical (eles u vadores 5.5. Int ipamentos de os & escad as) 5.6. Ins alacao de imp efeitos espec iais 5.7. Ap talacao de se rensa o g 5.8. Ba io dos funcion urancas nheiros arios e 5.9. produca o 6. Cent Refeitorio rais 6.1. Tec de controle d e: 6.2. Ilu nico minaca 6.3. So o m 6.4. Vid eo 6.5. 7. Palc Sistemas Mec o anicos 8. Pass (s) a r e la s de lig 9. Zona a Corred de seguranca cao entre os p ores de a e os palc circulac circulacao en lcos os a o d e 11. Telo equipamtre o palco e aa entos e 10. Set es de transmis equipes rea do publico orizaca s a o tEcnica s imultan sua rela o das a s sob e 11. Bar cao com o pa reas do public a lco para o o no Es publico tadio, d e acord o com 69


EMBAIXO DO PALCO(S)

ÁREA PRIVADA DO PALCO(S)

ÁREA PÚBLICA / ESTÁDIO

SETORIZAÇÃO

DOCAS

HOUSE MIX

C. CONTROLE SOM

CENTRAL CONTROLE ILUMINAÇÃO

SETORES DO ESTÁDIO

BAR

CENTRAL CONTROLE DE VIDEO

INSTALAÇÃO P/ IMPRENSA

APOIO FUNCIONÁRIOS

BANHEIRO FUNCIONÁRIOS

REFEITÓRIO

EQUIPAMENTOS DE EFEITOS ESPECIAIS

ESPAÇO RACKS

ESPAÇO GERADORES

DEPÓSITO EQ. LUMINO CNICO

DEPÓSITO EQ. ESTRUTURAL

CIRCULAÇÃO VERTICAL

CAMARIM ARTISTA

CAMARIM SUPORTE

INSTALAÇÃO SEGURANÇAS

C. CONTROLE SIST. MECÂNICO

C. CONTROLE TÉCNICO

DEPÓSITO EQ. CENOGRÁFICO

DEPÓSITO EQ. LUMINOTÉCNICO

DEPÓSITO EQ. ESTRUTURAL

CIRCULAÇÃO VERTICAL

CIRCULAÇÃO VERTICAL 70

PASSARELAS LIGAÇÃO

PALCO(S)

ARMAZENAMENTO

CONTROLE/TÉCNICO

APOIO E SERVIÇO

PÚBLICO


FLUXOGRAMA

OBS.: Geralmente, a maioria dos apoios ficam em trailers portáteis ou veículos especialmente projetados para isso, e/ou em módulos.

71


(coldplay, 2012)

06. 72

Todas os estudos, analises, discussões, exposições e definições, foram necessários para enfim começar a desevolver de forma prática o projeto propriamente dito. Aqui, está presente a fase de partido.


<O

TID R A P

O>

figura 82

73


NICO

figura 83

6.1.

ITETÔ U Q R A PARTIDO

1. Palco circular central

2. Definição de três momentos distintos na história da banda

3. Deslocamento em busca de uma maior aproximação para com todos os setores da plateia

74

4. Experimentações com a forma de conectar os palcos econfiguração espacial das passarelas

5. Definição da tipologia espacial de palco a ser utilizada, a qual foi baseada na trajetória da banda e desejo de porximidade maior deles para com o publico.


CONCEITO Como já visto anteriormente, este projeto se trata de uma turnê em comemoração ao álbum Parachutes, o qual irá completar 20 anos no próximo ano. Entretanto, mais do que isso, essa turnê se trata também de uma homenagem ao Coldplay e ás sua origem, trajetória, e carreira. Assim sendo, é importante que o palco, através de seu desenho, também conte essa narrativa. Por isso, a ideia inicial foi de trablhar com a tipologia de palco circular e centralizado, como forma de aproximar a banda o máximo possível de seu público. Essa tipologia, além de permitir uma maior proximidade e conexão com a plateia, uma vez que esta consegue ocupar todo o seu perímetro, também é o tipo de palco mais "justo" que existe,uma vez que o espectador tem praticamente a mesma visão de qualquer local do estádio. Ou seja, não ocorre uma hierarquia espacial como é comum com um palco italiano ou elizabetano tradicional . Tendo isso em vista, e segundo analises feitas a respeito da banda, foi possível perceber que existem três momentos marcantes na carreira do Coldplay. Desse modo, surgiu a ideia de trabalhar com três palcos circulares, onde cada um representa um momento de sua história. O próximo passo foi encontrar uma disposição espacial

desses circulos de forma a garantir a proximidade com a maior quantidade de pessoas possível, principalmente daqueles emáreas mais afastadas das arquibancadas. A solução foi deslocar os dos dois palcos da extremidade no eixo y. Por fim, a ideia foi utilizar as passarelas de ligação entre os palcos como artifício para, mais uma vez, entrar em contato com a maior quantidade de público possível. A forma final é composta então por três palcos circulares e duas passarelas curvadas. O primeiro palco foi nomeado de "Parachutes", e, além de acontecer os momentos mais introspectivos do show, também é por onde realiza o ao backstage. O segundo palco foi chamado de "Central", que assim como o próprio nome já diz, está localizado no eixo central do gramado e pode ser considerado como o palco principal. O terceiro e último palco foi intitulado de palco do "Futuro", e tem esse nome pois é onde ocorre os momentos mais dançantes e tecnológicos do show, remetendo a identidade da banda atualmente. Não obstante, como se pode perceber, o palco foi criado de forma a contar a história do Coldplay ao decorrer do show, começando de sua origem, caminhando até chegar o momento de sucesso e finalizando no proximo passo a ser dado, ou seja, o futuro. 75


PENSANDO NA ESTRUTURA

1. A ideia inicial foi tentar pensar em alguma estrutura linear que pudesse utilizar uma membrana tensionada. A ideia era criar um forma que fosse visualmente interessante porem que bloqueasse o menos possível a linha de visão do espectador. figura 84

2. Surgiu a ideia de seguir o mesmo conceito dos palcos, ou seja: utilizar três elementos verticais para estruturação, como se fosse as linha dos três pontos de inflxão da história da banda. Além disso, seria interessante manter a ideia deformas com traços circulares. figura 85

76


3. Tentativa de implantação dos três arcos de modo que passasse pelo centro de cada um dos palcos, para garantir uma melhor estruturação e compatibilização do urdimento para com o palco.

figura 86

4. Esboço da forma final. A ideia seriados três arcos partirem de um mesmo ponto, remetendo, mais uma vez, ao fato de que a banda pode ter diferentes momentos, porém todos partiram de uma mesma origem. Além disso, foi a forma encontrada que menos ocupou espaço da plateia para fundação da estrutura.

figura 87

77


VOLUMETRIA PARTIDO estrutura principal, de treliça espacial para sustentação de equipamentos

telão 360° em formato de globo urdimento

telões transparentes e cinéticos

figura 88

house mix

78

bar para o publico

palco, composto por três palcos circulares e duas rampas-passarelas arqueadas

grades de segurança para controle de multidão


cobertura de polipropileno tensionada, trabalhando a forma da estrutura e permitindo projeções em sua superfície

spots de luz nas extremidades da cobertura da estrutura, com objetivo de enriquecer visualmente o espetáculo

FIGURA 89: DETALHE COBERTURA ESTRUTURA telões transparentes que sobem e descem em altura através de um cabo de aço, interagindo de diferentes maneiras e momentos com o show.

Estrutura esférica apelidada de “Globo”, a qual funciona como um telão 360° durante o show, além de fazer referência à capa do album Parachutes (o qual dá nome a esta turnê.)

telões transparentes cinéticos, que desenrolam em diferentes momentos e alturas durante o show, sendo um atrativo sem prejudicar a permeabilidade visual

FIGURA 90:DETALHE TELÕES TRANSPARENTES

conectado a um trilho, o que permite que se desloque por todos os três palcos e passarelas ao longo do show

FIGURA 91: DETALHE GLOBO 79


PEÇAS GRÁFICAS

figura 92

CORTE ESQUEMÁTICO 80

2,50

3,50

2,50

20

30

IMPLANTAÇÃO

figura 93


PEÇAS GRÁFICAS

12

13 13

12

13 13

14

6

14 palco central

5 14

6 6

4

7 6 8 6

3

7 9 7 6 8 6 6

6 10 6 68 9 7 11

86 7

6

6 palco futuro

6

2

13 13

palco parachutes

1

12

13 13 14 0 5 10

20

30

figura 94

PLANTA DE SETORIZAÇÃO 1. Banheiros funcionários (28m²) 2. Apoio e Refeitório funcionários (74m²) 3. Gerador (7,4m²) 4. Espaço para RACKS (51m²)

5.Instalações Imprensa (39m²) 6. Depósito equipamentos (534,5 m²) 7. Central de controle (119,5m²) 8.Elevador (60m²) 9. Camarim Artistas (53m²)

10. Camarim Suporte (36m²) 11. Instalação seguranças (36m²) 12. House Mix (300m²) 13.Bar (154m²) 14. Fundações (75m²)

PÚBLICO

CONTROLE/TÉCNICO

ARMAZENAMENTO

APOIO E SERVIÇO

CIRCULAÇÃO

FUNDAÇÕES

obs.: toda setorização da área ocupada pelos palcos e passarelas ocorre sob eles.

obs 2.: estão inclusos banheiro em todos os camarims

81


PEÇAS GRÁFICAS

18

17

15

16

14

13 12 11 10

19 20 21

22 23 24

9 8 7 1

3

4

SETORES DO ESTÁDIO

ACESSOS E FLUXOS

figura 95

figura 96

PISTA (EM PÉ)

FLUXO DO PÚBLICO

CIRCULAÇÃO PRIVADA

FLUXO DOS ARTISTAS

ARQUIBANCADA INFERIOR

FLUXO FUNCIONÁRIOS

ÁREAS VIP E CAMAROTE ARQUIBANCADA SUPERIOR

82

2

X

PORTÃO DE ACESSO

5

6


figura 97

DA O D I T R A 6.1. P RTE A E D O DIREÇÃ

1. Definição da narrativa do show

2. Definição da setlist e decupagem dos atos

3. Concepção dos elementos cenográficos

83


SETLIST

BRASIL

JUL/20

PARACHUTES (intro) DON’T PANIC SHIVER SPARKS/SPIES (medley) HIGH SPEED WE NEVER CHANGE SWALLOWED IN THE SEA GREEN EYES LIFE IN TECHNICOLOR ii (intro) IN MY PLACE 42 GOD PUT A SMILE UPON YOUR FACE SQUARE ONE POLITIK VIOLET HILL CLOCKS (intro extendida) THE SCIENTIST VIVA LA VIDA PARADISE CHARLIE BROWN SPEED OF SOUND “O” (intro) TROUBLE US AGAINST THE WORLD FIX YOU MAGIC UP & UP A SKY FULL OF STARS MIDNIGHT (intro) LOST! EVERY TEARDROP IS A WATERFALL HYMN FOR THE WEEKEND SOMETHING JUST LIKE THIS YELLOW encore EVERYTHING’S NOT LOST

}

84


SETLIST A hipotética Parachutes Tour 2020 é uma turnê comemorativa que faz homenagem à história e trajetória da banda, através do resgate de suas origens. Além disso, ela surge também com a ideia de ser um tributo aos fãs, tanto àqueles que acompanham o Coldplay desde seu início, quanto aos que chegaram depois. Dessa forma, os atos foram divididos em cinco momentos diferentes: origem, ascensão, sucesso, reconhecimento e futuro. Cada ato reúne, além de diferentes momentos e músicas de diversos álbuns, um conjunto de palavras chaves, que sintetizam as emoções e atmosfera daquele momento específico do concerto. É importante ressaltar que essas palavras-chaves foram incorporados a partir dos próprios fãs da banda, por meio de um questionário virtual em que era pedido que se resumisse o Coldplay em uma só palavra. OBS.: A s legendas dos ícones das palavras-chave se encontram na pagina 29. 85


MÚSICAS (intro) PARACHUTES DON’T PANIC SHIVER SPARKS/SPIES HIGH SPEED (acústicas) WE NEVER CHANGE SWALLOWED IN THE SEA GREEN EYES

PALAVRAS-CHAVE

figura 98

ATO 01 - ORIGEM NARRATIVA: Nesse primeiro momento a ideia é retratar de fato a origem da banda, proporcionando aos espectadores uma viagem no tempo para um show original da turnê Parachutes, realizada nos anos 2000. Além disso, é onde acontece um grande momento acústico, característica marcante desse período da banda. CORES: Escala de cinzas e tons terrosos. EFEITO GERAL: Poucos efeitos, com uma iluminação mais simples e melancólica. PALCOS UTILIZADOS: Começa no Central e vai para o Parachutes . 86


MÚSICAS (intro) LIFE IN TECHNICOLOR ii IN MY PLACE 42 GOD PUT A SMILE UPON YOUR FACE SQUARE ONE POLITIK VIOLET HILL

PALAVRAS-CHAVE

figura 99

ATO 02 - ASCENSÃO NARRATIVA: Nesse momento é representada um pouco da história e busca pelo sucesso. Dessa forma, conta com grandes hits do passado, mas ainda continua com momentos mais introspectivos e acústicos. CORES: Cores frias, mas com um pequeno vislumbre em alguns momentos de uma alguma quente. EFEITO GERAL: Destaque para os telões e efeitos de iluminação. PALCOS UTILIZADOS: Começa no Parachutes e vai em direção ao Central, podendo chegar até o Palco Futuro em alguns momentos. 87


MÚSICAS (intro extendida) CLOCKS THE SCIENTIST VIVA LA VIDA PARADISE CHARLIE BROWN SPEED OF SOUND

PALAVRAS-CHAVE

figura 100

ATO 03 - SUCESSO NARRATIVA: Aqui é o momento em que “estouram” e se consolidam como grandes artistas reconhecidos globalmente. Por isso, são performados alguns dos maiores sucessos da banda, juntamente com explosão de cores, efeitos e luzes. CORES: Multicolorido. EFEITO GERAL: Lasers, explosões, pirotécnicas e efeitos de iluminação. PALCOS UTILIZADOS: Central e Futuro.

88


MÚSICAS (intro) “O” (acústico) TROUBLE US AGAINST THE WORLD FIX YOU MAGIC UP & UP A SKY FULL OF STARS

PALAVRAS-CHAVE

figura 101

ATO 04 - RECONHECIMENTO NARRATIVA: Esse é o momento de agradecimento da banda aos fãs, reconhecendo pelo amor e carinho, como também pelo fato de que só estão onde estão devido a eles. A ideia desse momento é proporcionar uma interação maior entre a banda e o público, bem como um momento mais íntimo e de introspecção dos artistas para com essa platéia. CORES: Core quentes e multicolorido EFEITO GERAL: Chuva de papéis, efeitos de iluminação, telões e interação com a platéia. PALCOS UTILIZADOS: Todos os três. 89


MÚSICAS (intro) MIDNIGHT LOST! (remix) EVERY TEARDROP IS A WATERFALL HYMN FORTHE WEEKEND SOMETHING JUST LIKE THIS (encore) YELLOW EVERYTHING’S NOT LOST

PALAVRAS-CHAVE

figura 102

ATO 05 - FUTURO NARRATIVA: Chega então o último momento do show, que busca representar como a banda posiciona artísticamente hoje em dia, trazendo um momento mais eletrônico e dançante, juntamente com inovações tecnológicas e diversos efeitos visuais. É aqui também que pode serpercebida a liberdade e autenticidade que possuem banda, sempre se reinventando e trazendo novos rumos para seu trabalho. CORES: Multicolorido EFEITO GERAL: Muitos lasers, explosões de papéis, pirotecnia e inovações tecnológicas PALCOS UTILIZADOS: Começa no Futuro e termina no Parachutes, como forma de mostrar que mesmo com todo o sucesso, a banda ainda lembra e celebra suas origens. 90


figura 103

91


REFERÊNCIAS PROJETUAIS

03

01

02

01. Parte inferior dos arcos da estrutura coberto por telas de LED.

92

figura 107

figura 105

figura 106

figura 104

02. Telões transparentes cinéticos, que sobem e descem, e desenrolam em altura até a superfície do palco.

03. Telão 360° em formato de Globo (remetendo a capa do álbum homonimo à turnê)


REFERÊNCIAS PROJETUAIS

05 06 05

04

04. Palco metamórfico, aumentando de altura em certos momentos.

figura 57

figura 110

figura 109

figura 108

05. Estruturas em treliça espacial metálica.

06. Referência para cobertura de polipropileno tensionado.

93


ATO 01

FIGURA 111: REPRESENTAÇÃO DO ATO 01 OCORRENDO NO PALCO PARACHUTES

94


ATO 03

FIGURA 112: REPRESENTAÇÃO DO ATO 3 OCORRENDO NO PALCO FUTURO

95


(coldplay, 2014)

07. 96

Compilado com todas as fontes e referĂŞncias presentes neste trabalho, que me auxiliaram no seu desenvolvimento e conhecimento do tema.


FE <RE

R

IA ÊNC

SE

XO E N A

S>

figura 113

97


LISTA DE FIGURAS CAPÍTULO 01 > FIGURA 01: Fonte: https://timeline.coldplay.com/show/the-roadhouse-5/. acesso em 29/06/2019 >FIGURA O2: Fonte: https://timeline.coldplay.com/article/the-first-coldplay-list/. acesso em 30/06/2019 CAP´ITULO 02 > FIGURA 03: Fonte: https://coldplaying.com/gallery/coldplay/coldplay-portraits/nggallery/page/11#gallery/03e1476039b05045fbcd970b7e2703a1/3797. acesso em 29/06/2019 > FIGURA 04: CHRIS MARTIN Fonte: https://br.pinterest.com/pin/242701867388529515/ acesso em 30/06/2019 > FIGURA 05: JONNY BUCKLAND Fonte: https://newscoldplay.com/post/177991253756/ happy-41st-birthday-to-our-best-friend-jonny. acesso em 30/06/2019

> FIGURA 10: FIGURINO DA BANDA PARA TURNÊ DE VIVA LA VIDA Fonte: https://coldplaying.com/gallery/. acesso em 22.06.2019) > FIGURA 11: REGISTRO DE UM SHOW DA ÉPOCA DA TURNÊ PARACHUTES Fonte: https://timeline.coldplay.com/. acesso em 22.06.2019 > FIGURA 12: TELÃO DA VIVA LA VIDA TOUR Fonte: https://www.avinteractive.com/news/production-company-xl-video-supplies-coldplay-viva-la-vida-world-tour-19-10-2009/. acesso em 22.06.2019 > FIGURA 13: ELEMENTOS CENOGRÁFICS DA VIVA LA VIDA TOUR Fonte: https://www.barco.com/pt/customer-stories/2009/ q2/2009-06-10. acesso em 22.06.2019) > FIGURA 14: VISÃO GERAL DO PALCO DA MYLO XYLOTO TOUR Fonte: http://www.spyderuk.com/news/?year=2012. acesso em 30.06.2019

> FIGURA 06: WILL CHAMPION Fonte: https://newscoldplay.com/post/147057965086/will-champion-for-rhythm-magazine-august-2016. acesso em 30/06/2019

>FIGURA 15: BACKDROP COM GRAFITES COLORIDOS E VIBRANTES, MESMO PADRÃO VISUAL DO ÁLBUM, COBRINDO TODO O FUNDO DO PALCO Fonte: http://coldplay.com/live-blog-from-hannover-today/. acesso em 22.06.2019

> FIGURA 07: GUY BERRYMAN Fonte: https://www.classicdriver.com/en/article/cars/ coldplays-guy-berryman-secret-car-collector. acesso em 30/06/2019

> FIGURA 16: EFEITO PRODUZIDO PELAS XYLOBANDS DURANTE UM SHOW DA MYLO XYLOTO TOUR Fonte: http://coldplay.com/live-blog-from-hannover-today/. acesso em 22.06.2019

> FIGURA 08: INTEGRANTES DO COLDPLAY Fonte: https://www.cardstunts.com/super-bowl-50-halftime-show/. acesso em 22.06.2019

> FIGURA 17: acervo pessoal

>FIGURA 09: ESTÁDIO NAS CORES DA BANDEIRA LGBTQI+ E FORMANDO OS DIZERES “BELIEVE IN LOVE” NO SHOW PARA O SUPERBOWL 50 Fonte: https://www.cardstunts.com/super-bowl-50-halftime-show/. acesso em 22.06.2019) 98

> FIGURA 18: CHRIS E O PÚBLICO Fonte: https://variety.com/2017/music/news/one-love-manchester-concert-backstage-ariana-grande-1202453692/. acesso em 30/06/2019 > FIGURA 19: FÃ EM UM SHOW DA BANDA EM 2017 (\ Fonte: https://www.instagram.com/coldplay/. acesso em 23.06.2019


> FIGURA 20: DA ESQUERDA PARA DIREITA: VOCALISTAS DAS BANDAS U2, COLDPLAY E THE KILLERS PERFOMANDO JUNTOS Fonte: https://www.flickr.com/photos/laralc/3304941318. acesso em 23.06.2019

to. acesso em 30.06.2019

> FIGURA 21: ESTÁDIO ILUMINADO PELAS XYLOBANDS EM UM SHOW DE 2017 Fonte: https://www.instagram.com/p/BbYUUldBoUx/ acesso em 29/06/2019

> FIGURA 32: FOTO PELO PONTO DE VISTA DO ESPECTADOR DE UM SHOW DO COLDPLAY EM 2017 Fonte:Ana Elisa Jawabri (2017)

> FIGURA 22: EFEITO ESPECIAL DE CHUVA DE PAPEIS PICADOS FORMANDO AS CORES DO ARCO-IRIS DURANTE UM SHOW DO COLDPLAY EM 2017 Fonte:https://www.instagram.com/vivacoldplay/. acesso em 29/06/2019 > FIGURA 23: EFEITO DE ILUMINAÇÃO DURANTE A MÚSICA “YELLOW” Fonte: https://timeline.coldplay.com/show/friends-arena/ acesso em 29/06/2019 CAPÍTULO 03 > FIGURA 24: XYLOBAND Fonte: https://timeline.coldplay.com/show/friends-arena/ acesso em 29/06/2019 > FIGURA 25: CORTINA DE FLORES Fonte: https://www.artem.com/portfolio/717. acesso em 30/06/2019 > FIGURA 26: VISÃO GERAL DE UM SHOW DA 'A HEAD FULL OF DREAMS TOUR' Fonte: https://techmdinc.com/about-us/tech-md-inc-coldplay-pasadena-rose-bowl/. acesso em 30.06.2019 > FIGURA 27: CHRIS MARTIN DURANTE PERFOMANCE EM UMA DE SUAS APRESENTAÇÕES AO VIVO' Fonte: http://coldplay.com/buenos-aires-live-blog-tonight/. acesso em 30.06.2019 > FIGURA 28: SHOW DOS BEATLES EM ESTADIO EM 1965 Fonte: https://www.mlb.com/cut4/the-beatles-played-shea-stadium-50-years-ago/c-142739738. acesso em 30.06.2019 > FIGURA 29: TELÕES POR TODA EXTENSÃO DO PALCO NA MYLO XYLOTO TOUR Fonte: https://www.techietalk.co.uk/news/xl-video-steps-stadiums-coldplay/. acesso em 22.06.2019 > FIGURA 30: É POSSÍVEL PERCEBER TODO O PALCO E INSTRUMENTOS COBERTOS POR PICHAÇÕES VIBRANTES Fonte:http://pt.fanpop.com/clubs/coldplay/images/27766014/title/mylo-xyloto-tour-december-9-2011-pho-

> FIGURA 31: PROP: FILTRO DOS SONHOS DE LED AO FUNDO Fonte:https://weheartit.com/entry/52837852. acesso em 30.06.2019

> FIGURA 33: ESPECTADOR COMO FORMA ATIVA DA ILUMINAÇÃO DO SHOW Fonte:Ana Elisa Jawabri (2017) > FIGURA 34: CENOGRAFIA DE DETERMINADO MOMENTO DO ÚLTIMO SHOW DA BANDA NO BRASIL Fonte:Ana Elisa Jawabri (2017) > FIGURA 35: MONTAGEM DO PALCO Fonte: http://www.stageco.com/references/coldplay-a-head-full-of-dreams-tour-2016-17/522. acesso em 30/06/2019 > FIGURA 36: EXEMPLO DE CONJUNTO DE PALCO TEMPORÁRIO PARA A TURNÊ 'A BIGGER BANG', DOS ROLLING STONES Fonte:https://www.designboom.com/books/more-mobile-portable-architecture-for-today/. acesso em: 30.06.2019 > FIGURA 37: ESTRUTURA DA TURNÊ '360°' DO U2 EM PROCESSO DE MONTAGEM Fonte:http://www.bollmeiercrane.com/u2360.html. acesso em: 30.06.2019 > FIGURA 38: ESQUEMA DE LOGISTICA DO SISTEMA DE ALTERNÃNCIA DOS CONJUNTOS ESTRUTURAIS QUE GERALMENTE OCORRE EM UMA TURNÊ Fonte: acervo pessoal > FIGURA 39: MOMENTO DE DESMONTAGEM E ARMAZENAMENTO DAS ESTRUTURAS E COMPONENTES DO SHOW, PARA SER TRANSPORTADO ATÉ A PRÓXIMA LOCALIDADE Fonte:http://coldplay.com/wembley-photoblog-overflow-saturday/. acesso em: 30.06.2019 > FIGURA 40: acervo pessoal > FIGURA 41: MONTAGEM PALCO 360º U2 Fonte: http://www.metalica.com.br/pg_dinamica/bin/ pg_dinamica.php?id_pag=316. acesso em 29/06/2019 > FIGURA 42: PALCO 360º U2 ILUMINADO DURANTE SHOW Fonte: https://www.u2.com/media/photos/143/From_ The_Ground_Up__U2_Com_Music_Edition. acesso em 29/06/2019 > FIGURA 43: acervo pessoal 99


LISTA DE FIGURAS > FIGURA 44: acervo pessoal

acesso em 29/06/2019

> FIGURA 45: PALCO ELIZABETANO MISTO NA TURNÊ DE 2012 DO COLDPLAY. Fonte: http://www.eps.net/en-au/event/references-film-tv/music-entertainment/coldplay/. acesso em 22.06.2019

> FIGURA 56: Fonte: https://www.behance.net/gallery/15818239/ U2-360-Stage-Visualization. acesso em 29/06/2019

> FIGURA 46: PALCO ELIZABETANO MISTO NA TURNÊ DE 2012 DO COLDPLAY. Fonte: http://the-crystal-gazer.blogspot.com/2012/06/ coldplay-manchester-10th-june-2012.html. acesso em 22.06.2019 > FIGURA 47: PALCO ITALIANO NO ROCK IN RIO 2016. Fonte: http://multishow.globo.com/especiais/rock-in-rio/ materias/conheca-os-numeros-curiosos-do-rock-rio-2017. htm. acesso em 22.06.2019 > FIGURA 48: PALCO ITALIANO NO LOLLAPALOOZA 2015. Fonte: https://noticias.bol.uol.com.br/fotos/entretenimento/2015/03/29/veja-fotos-do-2-dia-do-festival-lollapalooza-brasil-2015-em-sao-paulo.html. acesso em 22.06.2019 > FIGURA 49: acervo pessoal CAPÍTULO 04 > FIGURA 50: acervo pessoal > FIGURA 51: Fonte: Live Architecture: Venues, Stages and Arenas for Popular Music. acesso em 29/06/2019 > FIGURA 52: Fonte: http://stufish.com.hyssop.arvixe.com/project/360. acesso em 29/06/2019 > FIGURA 53: Fonte: https://www.behance.net/gallery/15818239/ U2-360-Stage-Visualization. acesso em 29/06/2019 > FIGURA 54: Fonte: https://www.u2.com/media/photos/106. acesso em 30/06/2019 > FIGURA 55: Fonte: http://stufish.com.hyssop.arvixe.com/project/360. 100

> FIGURA 57: Fonte: https://br.pinterest.com/pin/700591285752401333/. acesso em 29/06/2019 > FIGURA 58: Fonte: https://www.behance.net/gallery/15818239/ U2-360-Stage-Visualization. acesso em 29/06/2019 > FIGURA 59: Fonte: https://br.pinterest.com/pin/480759328944098001/. acesso em 29/06/2019 > FIGURA 60: Fonte: https://br.pinterest.com/ pin/377176537536381994/?lp=true. acesso em 29/06/2019 > FIGURA 61: Fonte: https://br.pinterest.com/pin/480759328944098001/. acesso em 29/06/2019 > FIGURA 62: Fonte: https://www.behance.net/gallery/15818239/ U2-360-Stage-Visualization. acesso em 29/06/2019 > FIGURA 63: Fonte: https://integrate-expo.com/entertainment-technology/drakes-boy-meets-world-tour/. acesso em 29/06/2019 > FIGURA 64: IMAGEM EM QUE É POSSÍVEL VER A CONFIGURAÇÃO ESPACIAL E OS EFEITOS DE ILUMINAÇÃO. Fonte: https://www.semipermanent.com/articles/Drake-Stage-Design. acesso em 23.06.2019 > FIGURA 65: Fonte: https://cellcode.us/quotes/light-concert-stage-design-ideas.html. acesso em 29/06/2019 > FIGURA 66: Fonte: https://www.prg.com/nl/en/news/news-blog/ drake-boy-meets-world-tour-designers-steve-kidd-guy-


-pavelo_af57bf93415f42fc8833984ac5a445db. acesso em 29/06/2019 > FIGURA 67: Fonte: https://www.glowmotiontechnologies.com/ what-we-do#drake-boy-meets-world-tour8. acesso em 29/06/2019 > FIGURA 68: Fonte: https://www.semipermanent.com/articles/Drake-Stage-Design. acesso em 29/06/2019 > FIGURA 69: GLOBO NO INÍCIO DA APRESENTAÇÃO, COM TONALIDADES MAIS QUENTES Fonte: https://www.theguardian.com/music/2017/nov/09/ drake-review-boy-meets-world-tour-reflects-the-tension-at-the-heart-of-the-pop-star. acesso em 23.06.2019 > FIGURA 70: Fonte: https://www.livezone.be/396-2/tait-lady-gaga-joanne-world-tour-2017-3-1/. acesso em 29/06/2019 > FIGURA 71: Fonte: https://twitter.com/taittowers/status/893183234896523264. acesso em 29/06/2019 > FIGURA 72: Fonte: https://superstarfloraluk.com/2327557-Lady-Gaga-2017-Tour-Stage.html. acesso em 29/06/2019 > FIGURA 73: Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=gu9pq-WvCP4. acesso em 29/06/2019 > FIGURA 74: Fonte: https://www.disguise.one/en/showcases/concert-touring/lady-gaga-joanne/. acesso em 29/06/2019 > FIGURA 75: Fonte: https://www.lntvglobal.com/gb/article/marvel-at-these-stunning-photos-of-lady-gagas-joanne-world-tour/. acesso em 29/06/2019 > FIGURA 76: Fonte: https://www.pinterest.com/ pin/689050811714310465/. acesso em 29/06/2019 > FIGURA 77: Fonte: https://irkajavasdream.tumblr.com/ post/163823945783. acesso em 29/06/2019 > FIGURA 78: Fonte: https://www.disguise.one/en/showcases/concert-touring/lady-gaga-joanne/. acesso em 29/06/2019 > FIGURA 79:

Fonte: https://www.livedesignonline.com/concerts/lighting-plots-lady-gagas-joanne-world-tour. acesso em 30/06/2019 CAPÍTULO 05 > FIGURA 80: Fonte: http://coldplay.com/live-blog-from-hannover-today/. acesso em 30/06/2019 > FIGURA 81: acervo pessoal CAPÍTULO 06 > FIGURA 82: Fonte: https://coldplaying.com/gallery/coldplay/coldplay-portraits/nggallery/page/2#gallery/03e1476039b05045fbcd970b7e2703a1/3494. acesso em 29/06/2019 > FIGURAS 83 a 102: acervo pessoal > FIGURA 103: Fonte: https://twitter.com/coldplay/status/928411804027498496. acesso em 30/06/2019 > FIGURA 104 e 108: acervo pessoal > FIGURA 105: Fonte: https://hiveminer.com/Tags/installation24. acesso em 30/06/2019 > FIGURA 106: Fonte: http://www.taittowers.com/portfolio/justintimberlake-manofthewoodsstage/. acesso em 30/06/2019 > FIGURA 107: Fonte: http://www.stufish.com/zh/project/beijing-olympics-opening-ceremony. acesso em 30/06/2019 > FIGURA 109: Fonte: https://www.lntvglobal.com/gb/article/marvel-at-these-stunning-photos-of-lady-gagas-joanne-world-tour/. acesso em 30/06/2019 > FIGURA 110: Fonte: https://fox13now.com/2018/04/10/piece-of-u2s-world-tour-set-the-claw-finds-permanent-home-at-utah-aquarium/ acesso em 30/06/2019 > FIGURA 111 e 112: acervo pessoal > FIGURA 113: Fonte: https://www.coldplaying.com/forum/showthread. php?t=68357. acesso em 29/06/2019 101


S

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> BARKER, Christopher. Designing Drake’s ‘Boy Meets World’ Tour. semipermanent.com, 15 nov. 2017. Disponível em: https://www.semipermanent.com/articles/Drake-Stage-Design. Acesso em: 22 jun. 2019. > PRG Works with Drake’s Team to Deliver Lighting and Video Solutions for Boy Meets World Tour. prg.com, 3 out. 2017. Disponível em: https://www.prg.com/news_media/ news/drake-boy-meets-world-tour-designers-steve-kidd-guy-pavelo_af57bf93415f42fc8833984ac5a445db. Acesso em: 22 jun. 2019. > STROM, Cat. THE AV BEHIND DRAKE?S BOY MEETS WORLD TOUR. integrate-expo.com, 20 nov. 2017. Disponível em: https://integrate-expo.com/entertainment-technology/drakes-boy-meets-world-tour/. Acesso em: 22 jun. 2019. > We Spoke To Drake’s Production Team About The World-First Stage Get-Up You’re About To Witness. mushroom. com, 14 set. 2017. Disponível em: https://mushroom.com/ features/drake-production-team-a-boy-meets-world-tour-australia-new-zealand/. Acesso em: 22 jun. 2019. > GP-SK Design. gp-sk.com, 2017. Disponível em: http:// www.gp-sk.com/. Acesso em: 22 jun. 2019. > HEAD Space: Es Devlin at TEDxYouth. [S. l.]: TEDxYouth, 2012. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=h0s6Hmw4S3c&t=357s. Acesso em: Abril 2019. > U2 360° - Creating The 360 Tour [The production of The Tour] (With Subtitles). [S. l.]: Sklu2mx, 2011. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=mpk8wRhoRnQ&t=196s. Acesso em: 22 jun. 2019. 103


ANEXO 01: GRÁFICOS QUESTIONÁRIO 01) Em qual gênero você se identifica?

12,1%

24%

> 16 anos

Masculino

04) Qual desses esquemas de cores você mais associa ao Coldplay?

8,8%

21 - 25 anos

Sim

26 - 30 anos

24,2% Feminino

42,2%

17 - 20 anos

40,4%

76%

31 - 35 anos 36 - 44 anos > 45 anos

Não, mas gostaria de ir

48,9%

Não

05) Qual configuração espacial de palco que você, como espectador, acha mais interessante?

29,8%

70,6%

40,3%

17,3%

Multicolorido

8,8%

Escala de cinzas Tons terrosos Cores pasteis

104

03) Você já foi em algum show do Coldplay??

02) Qual a sua idade?

Circular

30%

Linear Tradicional (Italiano)


06) Quais gêneros musicais você mais escuta?

Rock/Rock Alternativo Pop Indie Progressivo Punk/Emo Metal/Heavy Metal Rap/Hip-Hop Eletrônica/Trance/House Clássico MPB Sertanejo

81,6% 81,8% 51,3%

6,1% 7% 10,6% 22,4% 30,7% 18,8%

52,2% 24,9%

07) Visualmente, quais imagens/elementos te chamam mais atenção?

24,5%

Globos de LED

23,6%

Lasers Chuva de Papéis Coloridos

50,4%

Balões

22,2%

Xylobands Telão

44,8% 12,3%

08) Dentre estes, quais os 03 elementos principais que você associa ao show do Coldplay? Cores

65,7%

Xylobands Balões Chuva de Papel

73,1% 25,3% 41,5%

Luzes Acústicos

56% 35% 105


IN THE END, EVERYTHING IS ONLY GOING TO EXIST IN THE MEMORIES OF PEOPLE Es Devlin 106


107


108


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