Zine Capim #00

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#00/2013 capa: vulnĂĄvia, joĂŁo farias e grama www.zinecapim.com.br | facebook.com/zinecapim contato@zinecapim.com.br


É TUDO QUÍMICA por ana francotti

O amor não é uma emoção, mas sim um impulso que orienta nosso comportamento para atingir uma necessidade biológica.

A dopamina determina o foco e a energia que investimos na pessoa amada, produz sensação de felicidade, estágios de euforia e induz a uma dependência semelhante à das drogas. A norepinefrina causa falta de sono, perda de apetite e foco único. Essas sensações de prazer duram de 2 a 3 anos.

Depois, a vasopresina e a oxitocina mediam o sentimento de ligação que nutrimos pela pessoa que convivemos ao longo do tempo e produzem uma sensação de calma, paz e segurança. Os níveis de serotonina ficam mais baixos, da mesma forma que em pessoas com transtorno obsessivo-compulsivo.


por grama



por ana francotti


por jo達o farias



por stm


por ana francotti



PAIXÕES ? BIZARRAS ? Pensei em diversas formas de amores esdrúxulos. Confesso que pensei em várias tipologias, entre homens e partidos políticos, anões, terceira idade, animais, sapatos, chulé, axilas, me espanta a gama de amores possíveis, porém, o que mais chama minha atenção é o amor entre torcedor e seu time do coração. É um amor que enfrenta quaisquer intempéries. O que faz um homem heterossexual abandonar sua esposa, família e filhos para ir assistir as partidas em estádios com aqueles belos homens de coxas torneadas, cabelos estilosos e gritando palavras de baixo calão? Ou quando assistem os jogos em bares e botecos com aquele cheiro de suor e cerveja e banheiro sujo. Por esses motivos, duvidas e ambiguidades existente credito a este o amor bizarro. Amor bizarro? Qual a definição? O que leva os demais a considerarem extravagante enquanto para o individuo praticante é um amor singelo e normal? Esta dúvida me leva a questionar qual o cúmulo da bizarrice. Será que conhecemos os limites do coração? Realmente existe um limite? O que ontem era bizarro,

um cúmulo do absurdo hoje é moda, tornou-se banal. As cirurgias íntimas de subcelebridades não causam espantos a nossa geração como causariam em nossas avós. Será que com o passar do tempo nos tornamos resistentes à bactéria da bizarrice? O que realmente é bizarro para nossos padrões atuais? Ainda não defini. “E Ele enviou Seu único Filho para morrer por nossos pecados” esta frase resume bem o amor mais bizarro da humanidade. Como pode o Todo Poderoso ao criar seus filhos marionetes (somos seres que ao morrermos passaremos a eternidade ao lado do Criador cantando hinos e salmos em louvar a quem?? A Deus, nosso Criador). Ao perceber uma rebelião nunca vista na história da humanidade encaminha Seu Filho protegido que estava sentando a destra Dele em Seu Reino. Que amor é esse mais bizarro de nosso Irmão que doou-se em prol da nossa salvação eterna, e em troca só pede nossa Eterna Gratidão e que cantemos perenalmente sacros hinos no Paraíso. Esse com certeza é o amor mais bizarro da humanidade.

por raposa do asfalto [convidado uzine]


por ana francotti


editorial A arte é uma das melhores maneiras de desapegarmos de nossos conceitos adquiridos e ganharmos liberdade para saborear a vida. A ideia do Zine Capim partiu da percepção de que vivemos uma época saturada de conceitos adquiridos e carente de liberdade pessoal. Nossa experimentação gráfica, convertida em zine, tem a pretensão de deixar de ser um mero espaço impresso para ler-ver e se transformar em um espaço de provocação, reflexão, sensação.

joão farias

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Nesta primeira edição escolhemos falar sobre “Paixões Bizarras” e percebemos que grandes paixões é um assunto que atinge à todos, independente da geração, preferência sexual, religião ou classe social. Integrantes de primeira viagem, investigamos e manipulamos a paixão de diversas maneiras. O debate, o contraditório e o dissenso foram ferramentas úteis para a revelação do nosso trabalho. Para você, leitor curioso, eis aqui a nossa primeira de muitas edições, seja bem-vindo, divirta-se e se sentir vontade, escreva- nos, contato@zinecapim.com.br. Zine Capim

grama

uma pessoa com mais canetas do que precisa e mais cadernos do que usa.


vulnavia

jovem mulher politicamente correta, semi hipocondríaca, apreciadora do rock’n roll, da praticidade, do sossego e do descomplicado.

ana francotti

webdesigner, baterista frustrada, ativista de sofá, metida a artista, adora café e qualquer drama de amor.

STM mãe, onívora, sofre de motefobia, não quer ter um milhão de amigos, “lê” as pessoas pela barra da calça.


www.zinecapim.com.br sem capim n達o tem churrasco


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