PUBLISHED JUST FOR
10 ANO 3 - EDIÇÃO 10 2012
DIVINAS! AS JOIAS QUE VOCÊ
PRECISA TER
Parure de pedras brasileiras: quem resiste? • África do Sul • Um navio de mil anos • O encanto de Lalique
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www.emarbatalha.com.br São Paulo • Alameda Lorena 2028 Jardins 11 3081.4529 Salvador • 71 3344.0760 Vitória • 27 3315.9201
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EDITORIAL
RESOLUÇÕES COM ALTA AUTOESTIMA
Esta revista é uma publicação da 4 Capas Conteúdo distribuída via correio exclusivamente aos moradores da Vila Nova Conceição e Jardins BETTY VIDIGAL: as joias da realeza
VENDA PROIBIDA
PÁGINA 70
Diretor Executivo – Georges Schnyder georges@4capas.com.br Diretora Editorial – Mariella Lazaretti mariella@4capas.com.br Diretores de Arte – Ana Lucia Caldas - analucia@4capas.com.br Fabio Santos - arte@4capas.com.br Editora Executiva convidada - Ruthi Dabbah COLABORARAM NESTA EDIÇÃO: Ana Paula Kuntz, Betty Vidigal, Camila Duarte, Marco Antonio de Rezende, Sheyla Miranda (texto); Ricardo D´Angelo, Sérgio Coimbra (fotos); Patrícia Calazans (revisão)
MARCO ANTONIO DE REZENDE: a África do Sul pós-Copa PÁGINA 26
Projeto Gráfico: 4 Capas Conteúdo Rua Andrade Fernandes, 283 CEP 05449-050, São Paulo, SP Telefax: (11) 3023-5509 E-mail: 4capas@4capas.com.br
PARA ANUNCIAR
Tel. +5511 3815-1557 Diretor Executivo – Doron Sadka Cel. +5511 8366-1444 doron@mundoa.com.br Produção Gráfica – Doron Central de Compras Gráficas, tel. +5511 3813-9799 doroncentral@uol.com.br
RICARDO D’ANGELO: cliques preciosos de fazer brilhar os olhos PÁGINA 56
ANA PAULA KUNTZ: barco, hotel, móveis e outras coisinhas bacanas
Essa edição de fim de ano foi feita para você exercitar sua autoestima. Esperamos que ela esteja em alta. Se não estiver, estamos aqui para resolver o problema. Tudo o que selecionamos para esta revista que prevê Natal, festas e férias, merece estar em seus planos e em sua vida. Essa capa, por exemplo. Dobre-a e leve-a no bolso da sua bermuda de linho na hora de pular as sete ondas no Réveillon. Iemanjá é mulher e há de se sensibilizar com seu pedido. Se a joia da capa não é exatamente seu estilo, vá à pàgina 36 e veja o caderno especial. São mais de 100 peças escolhidas a dedo dentro dos mais modernos, clássicos e renomados estúdios de joias do país. E não estamos falando só da parte prática da joalheria, que implica em admirar e desejar a joia pronta, mas também das histórias que esses tesouros costumam envolver. Pedras brasileiras, por exemplo. Temos uma noção menor do encanto que as pedras brasileiras exercem nos círculos da realeza universal. É o que conta a reportagem da jornalista Betty Vidigal, que ensina, inclusive, o que vem a ser uma parure - algo que toda mulher deveria ter pra se sentir um pouco mais rainha. Da mesma maneira que conhecer um pouco da história do joalheiro francês Lalique - o que pode ser feito indo à reportagem de Sheyla Miranda na página 66 - é uma ajuda e tanto antes de uma próxima viagem aos antiquários parisienses. Além das joias, há várias ideias inspiradoras de presentes de Natal. Um vinho especial que para ser desarrolhado precisa da autorização e das ferramentas da vinícola; uma série de gadgets que fazem qualquer homem virar os olhos de alegria; e pode colocar também aí nos planos: uma visita à África do Sul e um cruzeiro de navio. Mas não um navio qualquer. Uma embarcação toda de madeira e filigranas das naus indonésias de mil anos atrás, só que com todos os confortos da tecnologia atual. Quer mais? Tem. Boa leitura, boas festas, ótimas férias!
IMPRESSÃO E ACABAMENTO Van Moorsel Gráfica e Editora A revista não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados. As pessoas não listadas no expediente não estão autorizadas a falar em nome da revista ou a retirar qualquer tipo de material sem prévia autorização emitida por carta timbrada da redação.
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JUST IN CASE Caso você queira alterar seu nome, seu endereço, dar sugestões, manifestar-se ou deixar de receber esta publicação, entre em contato com justfor@4capas.com.br
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sumário
10. TENTAÇÕES inovadores - O possante da Cadillac, o mais caro narguilé e o vinho na ampola
16. ÍCONE remake - A inauguração do navio com estilo retrô para passear pela Indonésia e o melhor resort do sudeste asiático
Foto: Ricardo D´Angelo Colar de ouro, brilhantes brancos e Jonquille, ametista bicolor, Clara Joias
22. JUST TO KNOW design natural - A arte de fazer colheres de bambu e móveis de madeira desvitalizada
26. VIAGEM depois da copa - África do Sul para se apaixonar pelos vinhos e pela natureza exuberante
34. PERFIL gastronomia - A chef norte-americana Alice Waters ensina que chique é ser sustentável
76. tecno alta performance - Suporte para iPad, GPS, TV ultra-HD e monitor para jogar golfe
78. CALENDÁRIO com o pé em 2013 - Dicas de cultura e entretenimento pelo mundo para este e o próximo ano
82. CLICK viaduto do chá - As cores de São Paulo por Eduardo Sardinha
Caderno just by joias Foto capa: Sergio Coimbra
38. vitrine
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escolha a sua - Uma seleção de peças incríveis, com anéis, colares, pulseiras e brincos de despertar a cobiça
1- Pulseira de ouro rosa, tanzanitas, topázio imperial, morganitas, água-marinha, safiras cor de rosa e diamantes, Emar Batalha
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48. fashion praia
2- Anel de ouro, ródio negro, cabochon de safira azul, rubis e diamantes, Ana Tinelli
já chegou o verão - Preciosidades que vão dar cor e brilho ao look da estação
56. fashion doces
3- Anel de ouro com cabochon central de ônix, esmeraldas e diamantes, Ana Tinelli 4- Anel de ouro, diamante Jonquille central, ródio negro, safiras amarelas e diamantes chocolate e brancos, Emar Batalha 5- Anel de ouro, safiras cor de rosa, safiras amarelas e diamantes chocolate, Montecristo
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bonito e gostoso - O encontro do refinamento e da diversão numa exibição do bom gosto
66. BRANDS lalique - O luxo em vidro nas peças da marca francesa que transformou o conceito das joias
capa
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70. HISTÓRIA parure de pedras brasileiras - O sucesso das águas-marinhas entre a realeza europeia
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Por Camila duarte
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O possante mais possante A Cadillac fabrica carros há 110 anos. De upgrade em upgrade, chegamos ao modelo CTS-V Coupé 2013, de motor 6.2 de 653 cavalos de potência, que chega a 100 km/h em quatro segundos. O modelo oferece transmissão de seis marchas manuais ou automáticas por algo como 70 mil dólares. Mas quem não se contentar com o resultado da experiência centenária da montadora pode recorrer à criatividade e ousadia de John Hennessey, dono da fábrica texana de personalização de veículos Hennessey Performance, e conhecido por criar versões agressivas de Corvettes e Camaros. Ele já desenvolveu o projeto de customização do modelo: nas suas mãos, o Cadillac CTS-V Coupé é trans-
formado no VR 1200 Coupé Twin Turbo, com motor 7.0 de 1226 cavalos de potência que chega a 100 km/h em apenas 2,9 segundos. Para segurar tanta força, o carro teve suas estruturas alargadas capazes de receber rodas maiores, a suspensão é rebaixada e recebeu apliques aerodinâmicos no capô. Tudo isso para manter o bólido no chão enquanto em alta velocidade. John não deixou de pensar na segurança dos pilotos, claro, e equipou o modelo com cintos de segurança de seis pontas. A edição é limitada, com previsão de finalizar apenas 12 exemplares para o próximo ano. O preço da versão Hennessey sob consulta. www.hennesseyperformance.com
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Trago elegante Os narguilés criados pela designer sueca Emile Desvall fazem desejar o vício. O cachimbo foi lançado em três edições numeradas – feitas de cerâmica, ouro 24 quilates e cristal – e limitadas em 50 peças de cada uma. São as mais caras do mundo, custando entre US$ 60 mil a US$ 100 mil cada. A Desvall aceita encomendas de narguilés personalizados, e todos são entregues embalados em uma caixa forrada em couro feita à mão. www.desvall.com
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tentações
o vinho que vale a garrafa
A Penfolds, vinícola australiana fundada em 1844 pelo médico Christopher Penfolds, lançou no mercado o vinho mais caro do mundo – até o momento. Produto da safra de 2004 das mais antigas videiras de cabernet sauvignon da propriedade, ele pode ter qualidade suprema, mas vale ainda mais dentro da garrafa. Com a forma de uma ampola e design intrigante, ela é fabricada artesanalmente e não tem rolha. Abri-la, aliás, não é uma tarefa simples. Tanto que é preciso chamar um integrante sênior da equipe Penfolds para libertar o vinho da garrafa com ajuda de uma ferramenta especial, confeccionada em prata esterlina. Por isso, é bom escolher uma ocasião de pompa para degustar esse vinho de US$ 160 mil. Penfolds limitou a produção em apenas 12 ampolas, sendo uma para o museu da vinícola e outra destinada a um leilão beneficente. As outras 10 estão à venda no site da vinícola. A confecção das ampolas pode ser assistida em vídeo no YouTube.
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www.penfolds.com www.youtube.com/user/Penfolds1844
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publi editorial
Dra. Aurea Lopes (ao lado) explica que uma sessão é capaz de levantar as sobrancelhas, reposicionar as maçãs do rosto e definir melhor o ângulo da mandíbula
O novo aparelho de Ultrassom focado é o mais eficiente procedimento para reposicionar a musculatura
Ulthera,
e tratar a flacidez
rejuvenesce
sem cortes e sem marcas
T
oda mulher sonha chegar aos 50 anos de idade com uma pele saudável e firme, livre de flacidez. E sem dor ou cortes, por favor. Os avanços da tecnologia estão tornando essa possibilidade cada vez mais real. Já está no mercado o Ulthera, o primeiro aparelho com tecnologia baseada em ultrassom microfocado, que dispensa qualquer processo cirúrgico ou invasivo para o rejuvenescimento da pele. A doutora Aurea Lopes, da All + Derma e Clínica, explica que uma única sessão é capaz de levantar as sobrancelhas, reposicionar as maçãs do rosto e definir melhor o ângulo da mandíbula. “O ultrassom aquece as camadas mais profundas da pele, estimula a formação do colágeno, retarda a flacidez, tonifica e melhora a elasticidade da pele”, explica. Ao contrário dos tratamentos feitos com laser, que penetram na pele de fora para dentro, o Ulthera ignora a superfície e age nos tecidos estruturais, onde acontece a formação do colágeno. O equipamento permite a visualização em 2D desses tecidos em até oito milímetros de profundidade e, utilizando o ultrassom, cria pontos de coagulação do sistema superficial do músculo aponeurótico (SMAS) capazes de tratar a flacidez do rosto e do pescoço, incluindo a linha da sobrancelha, buço e área abaixo dos olhos. O aparelho atinge três níveis de profundidade para as diferentes áreas da face, oferecendo melhor resultado. “O tratamento com ULTHERA pode se tornar mais confortável com o uso de anestésico tópico”, diz a dermatologista. “E
não existe contraindicação, existe bom senso. A partir dos 35 anos, quando surgem as primeiras rugas, indicamos começar o tratamento, tanto em mulheres quanto em homens,” explica. O tratamento completo com resultados visíveis pode ser feito em uma única sessão de 45 a 60 minutos e é considerado o ideal para pacientes com flacidez leve à moderada. “O Ultherapy é o mais moderno tratamento de reposicionamento muscular que não requer nenhum procedimento antes da sessão e que permite
Fotos: Fábio Santos
“A partir dos 35 anos, quando surgem as primeiras rugas, indicamos começar o tratamento, tanto em mulheres quanto em homens” Aurea Lopes
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ao paciente permanecer no circuito social. Não causa descamação, marcas ou vermelhidão na pele: o paciente sai da clínica para suas atividades normais”, diz a médica. Caso necessário, a sessão pode ser repetida após o sexto mês em pacientes com rugas mais profundas e maior flacidez da pele. O tratamento Ultherapy foi indicado e aprovado pelo Food and Drug Administration EUA (FDA), agência federal que regulamenta os alimentos e os medicamentos, e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). www.aurealopes.com.br - 11 3045.9792
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por ana paula kuntz
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NA onda, o retrô Embarcação da Indonésia inspirada nos modelos
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de mil anos atrás é hospedagem hype
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Casa na água: a embarcação, que comporta até 10 passageiros, tem quatro suítes, sala de jantar (abaixo) e biblioteca
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Alila Hotels and Resorts, rede especializada em hospedagens de luxo na Indonésia, lança seu mais novo empreendimento: uma embarcação a vela de dois mastros, toda feita em madeira, nos moldes que os antigos das ilhas singravam mares mil anos atrás. Mas por dentro dela, há conforto e recursos tecnomodernos. Com capacidade para até 10 passageiros, servidos por uma equipe de 16 funcionários, o navio tem 46 metros de comprimento e apenas quatro cabines. O dono da suíte máster fica com a possibilidade de uma vista de 270 graus. A bordo, spa, biblioteca e deck com espreguiçadeiras e guarda-sóis são espaços para relaxar durante a navegação entre ilhas. Almoços e jantares, feitos ao sabor dos hóspedes, são servidos no salão com ar-condicionado ou ao ar livre – à noite, em especial, a experiência torna-se inesquecível sob as estrelas e a luz da lua. Não é à toa que o barco foi batizado de Purnama, que significa lua cheia. Nas paradas, os hóspedes podem realizar mergulho, pescar e visitar fazendas de pérolas, descer nas praias para uma massagem ou um piquenique com champanhe. A viagem inaugural vai realizar o roteiro Raja Ampar Expedition, um tour por algumas das 1500 ilhas na província de Papua e está marcada para o dia 15 de dezembro. O Purnama zarpa da cidade de Sorong. Na volta, os passageiros passam uma noite no hotel Alila Villa Uluwatu, em Bali. O preço do pacote que inclui seis noites no navio mais a hospedagem em terra, com refeições e bebidas não alcoólicas incluídas, é cerca de US$ 62 mil para 10 pessoas. A temporada vai até 8 de março de 2013. De abril a outubro, o roteiro será outro: segue para a região de Komodo, onde vivem os mais famosos répteis pré-históricos. www.alilahotels.com/purnama
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por ana paula kuntz
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pé na areia, majestade Eleito o melhor resort do sudeste asiático do momento, Tanjong Jara recebe e trata os hóspedes como reis
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As suítes Anjung (ao lado): vista para o mar esmeralda, arquitetura dos palácios malaios e serviços do spa
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ssim como uma moldura enaltece uma pintura, ver a natureza do sudeste asiático é ainda mais inebriante através das janelas no Tanjong Jara Resort, na Malásia. De cara para o Mar do Sul da China, o complexo já foi premiado pela sua arquitetura, teve seu spa diversas vezes eleito como o melhor da região e é o vencedor do Hospitality Asia Platinum Awards 2011-2013. Habitada em sua maioria por malaios, chineses e indianos, a Malásia honra a cultura de servir magistralmente os visitantes e tratá-los como reis. Para entrar no clima, o resort foi decorado para remeter aos palácios da realeza malaia do século XVII. São 99 acomodações, várias delas com vista para o mar cor de esmeralda, que brilha como diamante à luz do sol. Pé na areia, contudo, são apenas 10. Cada uma dessas suítes, chamadas Anjung, tem 88 metros quadrados e um jardim particular com piscina. As diárias custam em torno de mil reais. Há outras opções de acomodação e vários pacotes, com massagens, banhos, tratamentos para cabelos e para a pele. Afinal, tudo ali foi pensado para atender aos preceitos do Sucimurni, algo como um tratado filosófico, que enfatiza o a pureza de espírito e o bem-estar físico, buscando o rejuvenescimento da mente e do corpo. Para os casais apaixonados, o pacote Treasure Moments inclui ainda algumas experiências pitorescas, como a cerimônia Mandi Bunga, um tipo de bênção casamenteira, com piquenique romântico na praia, jantar com champanhe e
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o plantio de uma árvore. Juntos, os pombinhos plantam uma árvore para contribuir com a área verde do hotel e enraizar o seu amor, registrado em placa que leva o nome do casal e a data do evento. O resort fica na costa leste da ilha. O aeroporto mais próximo é o de Kuala Terengganu, a cerca de um quilômetro e meio de distância, servido pelas linhas aéreas Malaysia Airlines, Air Asia e Firefly, que voam a partir da capital, Kuala Lumpur, e de Singapura. O traslado oferecido pelo hotel é feito de limousine. Nada menos.
www.tanjongjararesort.com
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Foto: Bento Abreu
Por ANA PAULA KUNTZ
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O homem da colher de pau “F
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aço colheres para ganhar elogios, não dinheiro.” Ao contrário do bambu usado como matéria-prima para esculpir seu objeto favorito, o artesão Alvaro Abreu é inflexível sobre esse assunto. “Não vendo. Quero continuar livre”, diz. “Vender criaria um compromisso, acabaria com a magia.” O capixaba expôs cerca de 500 peças no Museu da Casa Brasileira, em São Paulo, entre agosto e setembro, com a mostra “Colheres de Bambu”, onde também foi lançado o livro Alvaro Abreu - Bamboo, do fotógrafo alemão Hans Hansen. “Olha que história maluca: o cara se encantou e fez um livro! Trilíngue! Para comemorar os 50 anos de carreira dele, mas tem o meu nome!”, diverte-se. A publicação, traduzida em alemão, português e inglês, tem 20 imagens das colheres
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Fotos colheres: Diana Abreu
Toda sorte: para ter uma colher é preciso ganhá-la do artesão. O livro (abaixo) está à venda, mas há apenas 300 exemplares
de bambu, impressas em tamanho real (algumas têm mais de 1 metro de comprimento e estão em páginas dobradas). Hansen conheceu o trabalho de Alvaro ao ver as colheres que estão em exposição permanente no Museu Internacional de Design de Munique desde 2002. “Foi uma amiga alemã que fez as colheres chegarem à curadoria do museu e acabei sendo convidado para expor lá.” Alvaro, engenheiro mecânico por formação, que ganha a vida trabalhando light em uma empresa de software para produção industrial, nem sonhava com isso quando começou a esculpir em bambu. Em 1995, depois de passar um tremendo susto ao sofrer um infarto, pegou sua velha foice e outras ferramentas simplesinhas, como canivete e caco de vidro, e passou a se dedicar ao que foi sua terapia ocupacional durante a recuperação. E por que colheres? “Já me peguei pensando em explicações cretinas, mas a verdade é que há tara para tudo. E um tarado por colheres deu uma explicação para sua fissura que fez sentido para mim: é um dos primeiros objetos que aprendemos a usar e que nos acompanha por toda a vida.” Realmente, tão fundamental quanto banal. E assim, o artista nutre com sua obra uma relação de amor e desdém. Até hoje, ele calcula ter produzido mais de quatro mil colheres. E não vendeu nenhuma. “Devo ter algo em torno de duas mil, em uma caixa, fora da vista. Guardo
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lá e não mexo mais”, afirma. “As outras, os bichos comeram ou eu perdi por aí. Ou dei de presente.” Essa, aliás, é a única maneira de ter uma colher de bambu feita por Alvaro. “Adoro presentear com as minhas colheres. Posso levar até 10 horas produzindo uma peça, e passo esse tempo pensando na pessoa para quem vou dar. Ah, sim, porque eu não dou coisa que fiz no passado, crio sempre uma nova colher mentalizando a pessoa que vai ganhá-la. Não há duas colheres iguais, assim como não há duas pessoas iguais.” Ter o livro também não é muito fácil. Os que estão disponíveis no Brasil são os 300 exemplares cedidos ao artesão, que precisam ser conquistados na conversa, diretamente com ele ou suas filhas. Vai tentar? www.facebook.com/alvaro.abreu.92 www.bambuzau.com.br - www.mandacarudesign.com.br
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POR ANA PAULA KUNTZ
JUST TO KNOW
NATURALMENTE UM LUXO O
Individualidade: a natureza é quem manda nas formas, por isso não há peças iguais
que pode ser mais exclusivo do que a individualidade de um ser vivo? O processo de produção da Arte Floresta, loja de móveis feitos com madeira desvitalizada, preserva veios, cores e formas de pedaços de árvores já caídos no chão. Por exemplo, o toco de um tronco que caiu de velho pode virar uma mesa de centro, e um galho parrudo torrado por um raio durante uma tempestade pode ser transformado em um banquinho. “Não é madeira de demolição, é madeira recolhida direto da natureza. As peças são elaboradas valorizando-se cada nó, curva e saliência, transformando-se em obras únicas”, explica Guilherme Guerra, que com o sócio Oswaldo Barros inaugurou a marca em setembro, com a abertura da loja em Moema. Os dois eram profissionais de administração e finanças, mas se lançaram como empresários ao notarem uma oportunidade: em conversa com amigos que são donos de fazendas no Mato Grosso, ficaram sabendo do potencial que existia na matéria-prima “abandonada” em suas propriedades. “Temos como parceiros donos de fazendas de cacau e de gado, que em suas terras possuem áreas de mata preservada”, diz Oswaldo. Em menor proporção, há fornecedores da Bahia e até da Tailândia, que abastecem a criatividade dos arquitetos e marceneiros que desenvolvem os móveis com madeiras Teca, Bálsamo, Peroba Rosa, Vinhático, Ximbaúva, Ipê, Cerejeira, Jacarandá e Acácia. “Apesar de já estar caída no cão, para pegá-la é preciso ter autorização dos órgãos ambientais responsáveis. E isso é um dos fatores que encarece o produto”, afirma Guilherme. Na coleção de lançamento, que conta com bancos, mesas (de centro, de jantar e laterais), aparadores e acessórios, como champanheiras e esculturas, os produtos estão com preços entre mil e 10 mil reais. Encomendas são possíveis. “Assim como as pessoas, cada árvore tem uma história. É possível encomendar determinado móvel em uma madeira específica, mas como o designer é a natureza, uma peça nunca fica igual à outra”, diz Guilherme. “O luxo está aí, na possibilidade de fazer do proprietário o único e feliz detentor de uma peça que jamais será replicada.” www.artefloresta.com.br
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no eXtRemo SUL do Continente, UmA PRovenCe ACoLhedoRA e SURPReendente eSPeRA oS AmAnteS dA nAtUReZA, do vinho, do mAR e dA FLoRA eXUBeRAnte
PoR MARCO ANTONIO DE REZENDE
O sabor da paisagem
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Vista aĂŠrea geral da Cidade do Cabo, com a Table Mountain ao fundo
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Píer victoria & Alfred e o bairro Bo-Kaap
cidade de Ikapa, como é chamada pela população da etnia xhosa, é o maior destino turístico da África. Atrai mais visitantes do que a mítica Marrakech, os parques do Quênia ou as pirâmides do Egito. Ela é um pouco menor do que Campinas e tem atributos de outros lugares mágicos, como Rio de Janeiro, São Francisco e Nápoles: o urbanismo caleidoscópico, a natureza esfuziante e o mar como moldura. A Cidade do Cabo, ou Cape Town, é um choque. Em um espaço contido, convivem o mundo cosmopolita de um centro financeiro e portuário, a sofisticação dos bairros ricos e das zonas turísticas à beira-mar e o encanto da natureza varrida por ventos fortes, abraçada por dois oceanos - triunfo de uma geografia manhosa e única. Em 2010, a Copa do Mundo colocou Cape Town em evidência. Mas, hoje, os motivos para viajar para lá são outros: gastronomia, vinhos, design, história, arte, esportes radicais, compras e a força da natureza. Faça a sua própria lista. Seja qual for seu interesse, a atração número 1 é a Table Mountain, com 1.080 metros de altura e o topo completamente plano. Um teleférico cômodo e rápido faz em poucos minutos o trajeto até o alto, onde a vista da cidade e arredores é incomparável e onde mantém-se intocado um mundo de flores e vegetação exótica, pássaros e animais selvagens (nenhum capaz de comer um turista). Em uma de suas encostas fica o Jardim Botânico Nacional de Kirstenbosch, criado há 100 anos. Se você não sabe por onde começar, é uma boa ideia fazer a visita com um guia: aprende-se muito sobre as mais de 7 mil espécies nativas de plantas que lá vivem protegidas, em companhia de 125 espécies de cobras, mamíferos, sapos e invertebrados. Há áreas ajardinadas especialmente para piquenique e, no verão, há concertos ao ar livre e mostras de arte. Quem tem um bom nariz não deve perder o jardim de ervas aromáticas.
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gosTo de ÁfRicA É difícil achar uma cidade importante que não seja também um polo gastronômico e Cape Town confirma a regra, mostrando que lá comida é coisa séria, muito além da tendência foodie que avassala o mundo. Mais ainda, confirma a tradição de que onde há bom vinho costuma haver boa comida. Para um almoço despretensioso ao ar livre, o píer Victoria & Alfred pode ser um bom lugar. É uma espécie de Puerto Madero poliglota: o velho porto reurbanizado abriga nos armazéns reformados ou em construções novas duas dúzias de restaurantes, nenhum deles notavelmente bom mas nenhum especialmente medíocre. O lugar é lindo, porém, perfeito para comer sushis, pizza, comida africana, portuguesa, indiana, e por aí vai - sob os ombrelones, com vista espetacular para a montanha, o mar, os barcos e, ocasionalmente, algumas focas preguiçosas que chapinham na água à sua frente. A área gastronômica que está mais na moda é a região litorânea de Camps Bay, morada dos ricos, onde é fácil achar um bom prato de frutos do mar. Em um fim de tarde, o Café Caprice, com sua multidão de gente bonita, é simpático
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para uma taça de sauvignon blanc, enquanto esquadrões de parapentes e armadas de surfistas evoluem bem perto. Para a alta cozinha contemporânea, há o premiado Aubergine, diante dos jardins do parlamento. Mas estamos na África, certo? Vamos comer como os africanos! O que significa ir a um lugar cheio de turistas, que querem conhecer o melhor da cidade que visitam (assim como Figueira Rubayat ou Brasil a Gosto, em São Paulo, que atraem muitos estrangeiros). A primeira possibilidadde é o Marco´s Africa Place, no bairro de Bo-Kaap (espécie de mini-Vila Madalena, com casinhas coloridas, que abrigam artistas abonados). Abre de quinta-feira a domingo, tem música ao vivo e dançarinos fantasiados. Naquela confusão, a comida é excelente: grelhado misto de caça, língua de boi e fígado de galinha, acompanhado de angu
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mole e feijão. Noutro estilo, em Gugulethu, bairro pobre e longe do centro (vá com alguém da cidade ou tenha um táxi esperando), fica o curioso Mzoli´s. É para quem gosta de carne. São três ambientes: no primeiro, você escolhe as carnes que vai comer; no segundo, estão as churrasqueiras e a cozinha; e no terceiro, as mesas. Como todo lugar bom e barato, atrai multidões, com garantia de filas e congestionamento nos fins de semana. Para um gosto de África mais elaborado, o endereço é 108, Short Market Street, em pleno centro. A antiga mansão colonial restaurada abriga, de um lado, o Museu do Ouro (vale a pena visitar) e, do outro, o gastronômico Gold Restaurant, da chef Cindy Muller. Também tem seu momento folclore, com um rápido mas intenso show de dançarinos e percussionistas, interpretando canções e ritmos de diversas etnias sul-africanas. O notável mesmo é o menu degustação fixo, de 12 pratos (miniporções, naturalmente). A cozinha das três principais etnias sul-africanas (xhosa, zulu e ndebele), dominam o festim, mas há pratos da chamada cozinha Cape Malay, trazida por imigrantes indonésios há 200 anos. A comida Cape Malay é parecida com a indiana, com curry e toques picantes de todas as intensidades e com delicadezas como os bobotie samosas, pasteisinhos de massa folhada (de origem persa) recheados com carne moída e curry. Os vegetarianos podem se regalar com o que no cardápio aparece como african spinach, uma erva nativa chamada ora de imfino, ora de morogo ou moroho. Deliciosa! Cindy Muller a prepara cozida com tomates frescos e sementes de abóbora salteadas.
Acima, à esquerda, o badalado Camps Bay. Acima, o premiado restaurante Aubergine e o parlamento. Abaixo, o Gold Restaurant, para comer african spinach
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viagem
Um tiro de canhão
good food and wine show Acima, cenas da feira gastronômica À direita, os vinhedos de Stellenbosch
Quem for a Cape Town no fim de maio pode visitar o Good Food and Wine Show, uma extravagância que dura cinco dias e parece a soma do Salão do Automóvel com uma frenética quermesse. Nos quase 200 estandes do hipermoderno Cape Town International Convention Centre estão expostos fogões, fornos, churrasqueiras e gadgets hi-tech para chefs e aspirantes, além de barracas de produtores de embutidos, pimentas, queijos, flor de sal do deserto africano e do Himalaia, polpas de fruta, chocolates, destilados (inclusive aguardente de cana!), além de franquias de restaurantes servindo o seu melhor. O show continua com minicozinha experimental para crianças e ainda cursos e work shops para adultos. O ingresso custa o equivalente a 25 reais, mas, pagando extra, é possível ver de perto chefs celebridades cozinhando ao vivo. No ano passado, esteve lá o britânico Heston Blumenthal, chef do estreladíssimo The Fat Duck. Este ano, na falta de um nome desse porte, reuniu-se um time com uma pegada mais pop: a garota fanhosa Whitney Miller, vencedora do reality show MasterChef America; Ariana Bundy, cozinheira das estrelas de Hollywood; e, de Londres, o italiano Giorgio Locatelli e o indiano Reza Mohammad. O capítulo vinhos não é o forte do Salão, embora haja bons produtores vendendo suas garrafas (você pode provar antes de comprar). Se estiver interessado em vinhos, vá às zonas de produção, num raio de 80 quilômetros ao redor da cidade. O jeito mais simples de conhecer o vinho sul-africano é fazer o Blue Mini Peninsula Tour, naqueles ônibus conversíveis ingleses de dois andares, com o sistema hop-on hop-off, suba e desça à vontade, nas paradas previstas no roteiro. Os vinhedos visitados são os de Constantia Valley: Groot Constantia Wine Estate e o Beau Constantia Wine Estate, com ótimos Pinotage, Chardonnay e Sauvignon Blanc. A Eagles’ Nest Wine Farm é uma loja de vinhos especializada no terroir local, que oferece degustação de tintos e, se estiver frio, sopas restauradoras. Com um bom motorista de táxi, faça por sua conta um tour vinícola mais exclusivo: Stellenbosch, a 45 minutos de Cape Town, é como uma Provence fora da França, com estradinhas arborizadas, vinhedos plantados com capricho em colinas ondulantes. Quase todas as vinícolas acolhem visitantes, inclusive as mais exclusivas como a Kanonkop, que produz o premiado Paul Sauer (veja quadro ao lado).
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Do alto da colina, no século 17, o canhão disparava toda vez que uma nau entrava na baía do Cabo. Era o aviso para os fazendeiros levarem seus produtos até o porto. O canhão não dispara mais, mas os vinhos Kanonkop - que significa “cocoruto do canhão” -, produzidos na região de Stellenbosch, na propriedade dos irmãos Paul e Johann Krige, são uma atração internacional, os equivalentes sul-africanos dos Bordeaux franceses. Agende a degustação por telefone. São quatro os vinhos da casa Krige/Kanonkop, representada no Brasil pela Mistral. O mais conhecido é o Kanonkop Pinotage, intenso no corpo, na cor e nas notas de frutas, típicas dessa uva, inventada na África do Sul em 1925, com o cruzamento da casta pinot noir com a cinsault, conhecida no país como hermitage. O Kanonkop Cabernet Sauvignon é um clássico, maturado dois anos em barrica de carvalho francês. A linha popular é o Kanonkop Kadette, um blend de pinotage, cabernet sauvignon, merlot e cabernet franc, que rende por ano de 25 a 30 mil caixas com 12 garrafas. Na extremidade oposta, está o Kanonkop Paul Sauer, do qual são produzidas apenas 4 mil caixas. É um fabuloso blend de mais ou menos 70% de cabernet sauvignon, 15% de cabernet franc e 15% de merlot, também maturado em carvalho francês por dois anos. É o chamado vinho elegante, premiado com notas altas por críticos e revistas especializadas. Definitivamente, para poucos.
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começo e fim Poucas cidades combinam tão bem beleza e peso histórico. Em meia hora, é possível entender um pouco do contexto recente, sintetizado no Apartheid, a fórmula engenhosa pela qual a minoria de quatro milhões de brancos conseguiu dominar a maioria de 40 milhões de negros e mestiços por décadas. O chamado District Six era um bairro misto da baixa classe média, onde moravam negros, indianos, muçulmanos e brancos, aos pés da Table Mountain. Nos anos 60, para forçar a separação racial, o bairro foi demolido e os 60 mil moradores perderam tudo. Até hoje, a área está vazia, mas o District Six Museum, instalado em uma antiga igreja, eterniza as provas da destruição, as pessoas e os objetos do bairro que desapareceu. Do píer Victoria & Alfred partem passeios de helicóptero, de lancha e até de navio pirata à la Disney. Aquele que realmente vale a pena é o que leva a Robben Island, a ilha-presídio na qual o advogado Nelson Mandela passou 18 de seus 29 anos de cadeia. O Cabo da Boa Esperança fica a 50 quilômetros da Cidade do Cabo. Como todo mundo vai perguntar se você foi lá, é melhor ir. A sensação é parecida com a de outros pontos extremos do mundo, como Ushuaia (no extremo sul do continente americano) ou Vladivostock (onde termina a Rússia asiática, diante do Mar do Japão) ou, ainda, o Cabo da Roca, perto de Sintra, em Portugal. Resultam em um suspiro reflexivo diante do mar sem fim e o gosto do dever cumprido e trazem à lembrança os versos de Camões que enfeita o marco do Cabo da Roca: “Aqui onde a terra District Six: o bairro do Apartheid se acaba e o mar começa...”
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Quando a localização é tudo: The Table Bay Hotel, com vista para o mar, a montanha e a baía
Voar e dormir Voar: nenhuma companhia brasileira disputa com a South African Airways (SAA) a rota São Paulo-Johannesburg. São 10 voos por semana, alguns em um espetacular Airbus 340600 e uma classe executiva com vocação de primeira classe. dormir e comer: há meia-dúzia de grandes hotéis em Cape Town, entre eles o venerável The Mount Nelson, que já hospedou de Winston Churchill a Nelson Mandela e tem fama de oferecer o melhor chá da tarde da África em seus jardins à sombra da Table Mountain. Mas, se forem seguidos os três critérios dos viajantes conspícuos (location, location, location), a escolha é o The Table Bay Hotel, no píer Victoria & Alfred. Com espaços amplos e vista fabulosa para a baía, o mar e a montanha, oferece mimos, como um bar com cigar room e um chá da tarde animado por um tenor especialista em árias verdianas. No capítulo gastronômico, o hotel também excede: a cozinha é tocada pelo chef Dallas Orr, capaz de combinar com ousadia, no restaurante Atlantic Grill, peixe-espada grelhado com pancetta.
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perfil
A chef norte-americana, que esteve no Brasil em novembro, PREGA NO MUNDO TODO a maneira sustentável de se alimentar
A insurreição de
A comida é preciosa. É isso que a chef norte-americana Alice Waters quer ensinar ao mundo. Ela não fala a respeito de receitas sofisticadas, de pratos com ingredientes raros preparados com técnicas elaboradas em restaurantes estrelados, mas da comida em sua concepção mais singela e primitiva, tão simples quanto um vasinho de manjericão na varanda. Vice-presidente mundial do movimento Slow Food e autora de oito livros de culinária, ela defende o consumo de ingredientes locais e sazonais, de forma sustentável. “É um conceito relativo. Em geral, considero locais as frutas, verduras e carnes que vêm de lugares que ficam a até duas horas de distância.” Nascida e criada no país do fast-food, Alice descobriu a possibilidade de seguir no caminho contrário quando, aos 19 anos de idade, foi viver na França. Sua casa fi-
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Plantando educação: Alice é criadora do projeto Edible Schoolyard, que estimula o cultivo de horta nas escolas
cava no fim da rua onde acontecia uma feira que reunia produtores da região de Paris - agricultores simples, com produções em pequena escala. Nessa época, ela já era uma brava ativista política, do tipo rebelde com causa, que se metia em manifestações contra, por exemplo, a guerra do Vietnã. A temporada na França serviu para incutir novos motivos de protesto: a alimentação saudável, as tradições à mesa e a vida em comunidade. “Foi um despertar, senti como se nunca tivesse comido de verdade. E percebi que política é mais do que votar, é o modo como vivemos a vida”, declarou. Hoje, com 68 anos, ela roda o mundo mostrando que o maior tesouro de todos pode estar no nosso quintal. No Brasil, ela esteve pela primeira vez em novembro, participando do evento Semana Mesa SP, promovido pela revista Prazeres da Mesa em parceria com o Senac São Paulo. O primeiro passo para começar a difundir seus ideais foi abrir seu próprio restaurante. Inaugurado em 1971, o Chez Panisse fica em Berkeley, na Califórnia. Ela e seus parceiros de negócios levantaram dez mil dólares, mas precisavam de muito mais para comprar o imóvel da Shattuck Avenue. Alice pediu ajuda ao pai, que topou pagar o aluguel por cinco anos – prazo que ela tinha para fazer o restaurante decolar. Parece que deu certo: a casa, de estilo provençal, tornou-se um ícone da gastronomia sustentável e é frequentado por gente poderosa, como Bill Clinton, Dalai Lama e Francis Ford Coppola. Ela conta que não buscava uma revolução quando abriu o restaurante, queria apenas reproduzir a experiência que teve na França, cozinhando com alimentos saborosos por natureza. “Fazíamos nosso próprio pão, cultivávamos nossa própria horta e tínhamos como fornecedores agricultores e pescadores sustentáveis”, afirmou. “Se vejo que o cardápio de um restaurante é fixo o ano todo, não como lá. É preciso respeitar a época dos ingredientes para ter comida de boa qualidade.” Alice defende que os pequenos produtores, portanto, merecem mais valor – e deve-se, sim, remunerar bem quem cuida da terra e pagar mais por essa comida. É um pensamento que muda a percepção de luxo: chique não é matar a vontade de comer trufas brancas do Piemonte em abril, mas ter acesso a tomatinhos cultivados sem agrotóxicos, que saíram da horta direto para seu prato. Caro por caro, então, o politicamente correto é investir no sustentável. Seu projeto Edible Schoolyard, que já existe há 18 anos, planta sementes de consciência no terreno mais fértil: o coração das crianças. Com o plantio de hortas no pátio de escolas públicas dos Estados Unidos, Alice vem conseguindo educar futuros consumidores a exigir comida de qualidade.
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Foto Andrey Garcia
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Colar de diamantes navete brancos com detalhes de brilhantes negros e gota de esmeralda colombiana, Sílvia Furmanovich
COLARES
Colar Tassel, fios clone de prata com peça em quartzo branco e pirita, Bialice Duarte
Colar de esmeraldas intercaladas com favas pavées de diamantes chocolate, Talento Joias
Colar Rock de ouro 18k e águamarinha bruta, Yael Sonia
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PULSEIRAS
Bracelete de osso, diamantes negros e malaquita, Talento Joias
Foto Almir Pastore
Pulseira Fantasy de ouro branco, safiras cor de rosa, tanzanitas, turmalinas paraĂba e berilos amarelos, Antonio Bernardo
Foto Almir Pastore
Bracelete de ouro rosa e diamantes rough Marco Marchese
Bracelete de diamantes e safiras, Renata Camargo
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1- Anel de ouro rosa, ródio negro, diamantes e madrepérola, Emar Batalha 2- Colar de pérolas barrocas, ouro e brilhantes, Patricia MB Gotthilf 3- Bracelete de ouro, ródio negro, mini e micropérolas, Laura Hueb 4- Anel de ouro, ródio negro, ágata branca central e safiras cor de rosa, Ana Tinelli 5- Pulseira de fios de pérolas e fecho de ouro branco e ouro com ródio negro e diamantes, Silvia Furmanovich
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1- Pulseira de ouro rosa, tanzanitas, topázio imperial, morganitas, água-marinha, safiras cor de rosa e diamantes, Emar Batalha 2- Anel de ouro, ródio negro, cabochon de safira azul, rubis e diamantes, Ana Tinelli 3- Anel de ouro rosa, granada central, turmalinas cor de rosa, diamantes chocolate e brancos, Emar Batalha 4- Anel de ouro com cabochon central de ônix, esmeraldas e diamantes, Ana Tinelli 5- Brincos de ouro com banho de ródio negro, tanzanitas, safiras cor de rosa, safiras amarelas, topázio imperial e diamantes, Emar Batalha 6- Anel de ouro, diamante Jonquille central, ródio negro, safiras amarelas e diamantes chocolate e brancos, Emar Batalha
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1- Colar de hematitas, Renata Camargo 2 - Colar de pérolas South Sea brancas, douradas e Tahiti, Grifith 3- Colar de pérolas brown, Momussk 4- Colar de cobre bruto, quartzo lapidado, cristal e fios clone gold, Bialice Duarte 5- Colar de pérolas do Tahiti, Momussk 6- Colar de pérolas do Tahiti com círculos vazados de ouro, Carol Kauffmann 7- Colar de conchas bicolores e pérolas, Chislaine Lanza
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1- Brincos de maxipérolas barrocas, diamantes, rubis e safiras, Momussk 2- Anel de ouro, ródio negro, diamantes com centro de pérola barroca, Talento 3- Anel de ouro, diamantes e maxipérola South Sea, Izabel Esteves 4- Colar Perpetual Motion de ouro branco e pérolas do Tahiti, Yael Sonia 5- Brincos de ouro, diamantes e pérolas do Tahiti, Antonio Bernardo
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1- Bracelete de ouro branco e diamantes brancos, Laura Marchi 2- Colar de pérolas barrocas com fecho de ouro e brilhantes, Chislaine Lanza 3- Colar de pérolas com fecho de água-marinha, Adeguimar Arantes 4- Anel de ouro com pérola South Sea, rubis e brilhantes, Marisa Clermann 5- Anel de ouro branco com pérolas South Sea brancas e Tahiti, Renato Guelfi
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1- Colar de ouro e pérolas palito, Francine Adida 2- Colar Bloom de ouro e pérolas, Yael Sonia 3 - Colar de pérolas douradas South Sea, Julio Okubo 4- Colar de ouro branco, pérolas South Sea e brilhantes, Izabel Esteves 5- Brincos de ouro branco, pérolas South Sea e diamantes, Julio Okubo
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1- Brincos de ouro e ágata branca, Adriana Delmaestro 2- Colar de ouro, fios de pérola e ágata branca, Patricia MB Gotthilf 3- Brincos de ouro, brilhantes e ágata branca, Priscila do Vale 4- Brincos de pérolas douradas e diamantes, Julio Okubo 5- Anel de ouro e ágata branca, Carla Amorim 6 - Anel de ouro, ródio negro, diamantes negros e brancos, centro em baguetes de diamantes branco e Jonquille, Marco Marchese
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1- Anel de ouro, citrino e diamantes, Clara Joias 2- Anel de ouro, diamantes e citrinos, Montecristo 3- Brincos de ouro e citrinos, Yael Sonia 4- Anel de ouro, citrinos e safiras, Mirandouro 5- Brincos de ouro, diamantes e citrinos, Montecristo 6- Anel Pipa de ouro e citrino, Yael Sonia
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1- Brincos de ouro, ródio negro e prasiolita, Ana Tinelli
2- Anel de ouro branco, diamantes e esmeralda, Laura Marchi
3- Anel de ouro branco, prasiolita e diamantes navette, Pantalena
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4- Anel de ouro e água-marinha bruta, Yael Sonia
5- Brincos de diamantes e turmalinas paraíba, Renata Camargo
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1- Colar de รกguas-marinhas, Renata Camargo
2- Anel de ouro, brilhantes e pedras coloridas, Montecristo 3- Brincos Jangada de quartzo incolor e ouro rosa, Carla Amorim
4- Anel Cherry de ouro rosa de morganita e safiras brancas, Carla Amorim
5- Anel de ouro e brilhantes com centro em carre Jonquille e carre de diamante branco, Laura Marchi
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1- Brincos de ouro, r贸dio negro, diamantes e cabochons de quartzo rosa, Ana Tinelli
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2- Colar de quartzo rosa, cristal, r贸dio negro e diamantes, Renata Camargo 3- Anel de ouro, r贸dio negro, diamantes e morganita oval, Marco Marchese 4- Anel de ouro, diamantes e quartzo rutilado, Julio Okubo
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1- Brincos de ouro, r贸dio negro, gotas de kunzita e diamantes, Julio Okubo 2- Brincos de ouro, diamantes e opala rosa, Priscila do Vale
3- Brincos com aros de ouro e aros de kunzita com diamantes, Griffith 4- Anel de ouro nobre, ametista e rubelitas degrad锚s, H. Stern
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5- Pulseira de ouro, fios de rodocrosita e drusa, Patricia MB Gotthilf 6- Anel de ouro, r贸dio negro, diamantes brancos e chocolates, e morganita, Emar Batalha
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COMBINANDO DIAMANTE E PEDRAS SEMIPRECIOSAS, O FRANCÊS RENÉ LALIQUE REVOLUCIONOU A JOALHERIA NO SÉCULO 19 E, NO SÉCULO SEGUINTE, TRANSFORMOU PEÇAS DE VIDRO EM OBRAS DE ARTE
homem, duas revoluções um
Por Sheyla Miranda
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arah Bernhardt, a grande diva do teatro europeu do século 19, era fã das joias de René Lalique. Em 1891, a atriz já havia encenado mais de 40 espetáculos, entre eles, clássicos como A Dama das Camélias, de Alexandre Dumas, La Tosca e Cleópatra, escritas pelo grande dramaturgo Victorien Sardou especialmente para ela. E é nesse ano em que Bernhardt, nome mais célebre da efervescência artística de Paris – à época o centro cultural do mundo – conhece as joias de um artista ainda próximo do anonimato, embora já aclamado por sua ousadia entre a elite artística e os intelectuais da época. Em seu próprio ateliê, montado cinco anos antes, Lalique produziu uma extensa série de colares, tiaras e outros acessórios desenhados sob medida para a atriz. O sucesso constante de Bernhardt garantiu prestígio e visibilidade a Lalique, então um jovem com 31 anos, uma esposa e uma filha, Georgette. Esses números estariam duplicados menos de um ano depois: o joalheiro, em harmonia com os hábitos sociais da boemia artística francesa, teve outra filha, Suzanne, com a amante Augustine Alice-Ledru. Sempre rodeado por mulheres, Lalique fez das formas femininas uma inspiração decisiva para sua arte. A ousadia admirada por seus contemporâneos deriva do espírito extremamente livre e revolucionário do artista, responsável por aplicar e popularizar as mudanças sugeridas pelo Art Nouveau ao mundo das joias. O movimento propunha, tanto para a arquitetura quanto para as artes em geral, a valorização de processos artesanais e do trabalho manual, além de exaltar a importância do contato com a natureza e do uso de matérias-primas simples, como madeira, cerâmica e ferro. Lalique não hesitou em misturar elementos até então ignorados pela joalheria tradicional, como pedras semipreciosas, metais esmaltados, chifres de animais, marfim e vidro com materiais preciosos e conceituados, caso da platina, do ouro e do diamante. Para ele, o ideal de inovação e o resultado final deveriam ser mais importantes do que os materiais que compunham as peças, independentemente do valor individual de tais componentes. Atentos às propostas do Art Nouveau, Lalique e outros joalheiros que se destacaram nesse período, como Georges Fouquet e Lucien Gaillard, apostaram nas formas da fauna e da flora para modelar suas peças. Inspirados nas curvas do corpo feminino, os artistas imprimiam delicadeza e sensualidade a suas criações. Espécie de broche em forma de libélula, geralmente usado na altura do decote e confeccionado em ouro, esmalte, pedras semipreciosas e pequenos diamantes, Pectoral à la libellule (18971898), a joia mais famosa criada por Lalique, conjuga os temas mais essenciais do Art Nouveau aplicado à joalheria: natureza,
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It girl: a atriz Sarah Bernhardt adorou, usou e transformou em tendência de moda as joias de Lalique
Art Nouveau: matériaprima simples e forma inspirada na natureza para peças chiques, como o broche Cléopatre
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Forma e conteúdo: os perfumes, antes embalados em frascos de farmácia, ganharam glamour
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transformação e erotismo. Basta pensar na imagem de uma libélula emergindo entre seios parcialmente desnudos; mulher e joia praticamente se fundem em uma criatura da natureza, imagem etérea, exuberante e, para alguns, ameaçadora. A aura de mistério, fantasia e perigo dos ornamentos de Lalique, reflexo das incertezas que dominavam o período de transição entre os séculos, conquistou pouco a pouco o público em geral. O broche em formato de libélula estava entre as peças que o artista apresentou na Exposição Universal de 1900, importante evento artístico que o tornou conhecido internacionalmente. A virada do século foi movimentada para Lalique: nasceu seu terceiro filho, Marc, o segundo com Ledru, e o joalheiro passou a receber encomendas de várias partes do mundo e participou de feiras de arte em outros países da Europa e nos Estados Unidos. O sucesso trouxe dinheiro e estabilidade, mas também uma consequência nefasta para um artista vaidoso: suas obras passaram a ser muito imitadas e reproduzidas ao redor do mundo, o que o desestimulou profundamente. Como detestava ser copiado, mudou o curso de sua carreira buscando materiais que o inspirassem a criar peças inéditas. E assim o vidro tornou-se o protagonista de uma nova fase da trajetória de Lalique, que alcançou ainda mais prestígio e antecipou tendências artísticas e mercadológicas do novo século.
Mestre vidreiro Ainda que o artista já tivesse feito alguns experimentos com vidro no começo da década de 1890, foi só nos primeiros anos do século 20 que resolveu explorar a fundo as potencialidades do material. Criou vasos e esculturas usando a técnica cera perdida (cire perdue, em francês), que permite trabalhar detalhadamente a superfície do objeto – daí suas criações em vidro serem tão delicadas e com desenhos tão ricos. Pouco depois, já estava confeccionando peças em que fundia vidro e moldes feitos de prata, especialmente vasos, que hoje são disputados em leilões ou galerias que cobram pequenas fortunas por um “autêntico Lalique”. Em 1907, Lalique iniciou uma prolífica parceria com François Coty, um dos maiores produtores de fragrâncias do começo do século 20, e mudou completamente o funcionamento da indústria da perfumaria. Naquela época, a maioria dos perfumes ainda era vendida em potes de produtos farmacêuticos. A pedido de Coty, o artista começou uma produção em série de frascos em vidro com design elegante, que procuravam recriar, a partir de curvas, cores e relevos, a essência que continham. Lalique ajudou a formular o conceito do perfume como artigo de luxo, e marcas francesas já famosas, como Guerlain e Molinard, começaram a ter seus perfumes envasados por ele. Em conjunto, a produção industrial dos frascos e sua
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Beleza e sensualidade Pectoral à la libellule, ícone da Lalique: seios desnudos instigando erotismo e mistério. Ao lado, broche usado por Sarah, retratada no quadro
experiência de joalheiro abriram caminho para que o artista diversificasse suas criações – Lalique desenhou e confeccionou peças decorativas em vidro para trens, como o Expresso do Oriente, para transatlânticos, como o Normandie, e para igrejas, caso da suntuosa Arquidiocese de Reims, localizada no norte da França. Esculpiu também objetos decorativos para carros luxuosos e para construções particulares e públicas, como as Arcadas da Champs Élysées. Além de conservar os motivos do Art Nouveau, Lalique também testou outras referências em seu trabalho com vidro e desenhou peças com linhas puras, muitas vezes geométricas e de ares modernos, reflexo da ascensão do movimento Art Déco na década de 1920. Na fábrica que construiu na região da Alsácia, Lalique iniciou a industrialização de objetos decorativos em vidro, combinando sempre as inspirações que o consagraram em sua época de joalheiro com as novas tendências artísticas. Lalique também desenvolveu e patenteou novos processos de fabricação de vidro, como o satinado Lalique ou o vidro opalescente. Exportou suas peças para o mundo todo, tornou-se sinônimo de originalidade e sofisticação e, até hoje, quase 70 anos após sua morte – o artista faleceu em 1945, em Paris –, segue como um dos mais influentes artistas de seu tempo. A inquietude e o ideal de constante renovação que marcaram suas obras parecem estar no código genético da família: Suzanne e Marc deram continuidade à empresa do pai, assim como a neta Marie-Claude. Desde 2003 sob comando de uma companhia suíça, a Lalique segue produzindo joias e peças de vidro com as inspirações de seu primeiro criador. Cores, curvas, mistério e sedução. Está tudo lá.
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NA PARURE REAL Conheça os conjuntos de joias feitas com pedras brasileiras para rainhas e princesas da Europa
Tradição: Elizabeth II usa os famosos Boucheron Aquamarine Clips, que ganhou aos 18 anos
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Por Betty Vidigal Uma parure, em francês, é um conjunto composto por três ou mais peças de joalheria. Se você tem – digamos – colar, anel e pulseira combinando entre si, pronto: você tem uma parure. Mas é pouco provável que a sua inclua uma tiara, como a famosa Brazilian Parure de águas-marinhas de Elizabeth II da Inglaterra. Não são insígnias de Estado, mas ela as usa em ocasiões oficiais. O conjunto de pedras brasileiras se compôs aos poucos e foi sendo modificado ao longo do tempo. Em 1953, a então jovem princesa Elizabeth recebeu do presidente e do povo do Brasil um conjunto de colar e brincos de águas-marinhas e brilhantes, enviado como presente por sua coroação. A escolha das pedras perfeitas, selecionadas por tamanho e tonalidade, levou mais de um ano. O colar tinha nove pedras retangulares, sendo que a maior delas, a central, era montada em um pingente. As peças foram confeccionadas pelos joalheiros brasileiros da Mappin & Webb, do Rio de Janeiro.
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Tudo combinando: o conjunto da rainha tem brincos, pulseiras, colar e uma coroa encomendada para completar a coleção
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Mas essas não foram as primeiras águas-marinhas que ela recebeu: quando completou 18 anos, em 1944, ganhou de seus pais, o rei George VI e a rainha Elizabeth I – a quem nos referíamos como “rainha-mãe” –, os famosos Boucheron Aquamarine Clips, broches art-déco feitos pela Maison Boucheron, de Paris. Ela usa-os com frequência, tanto no dia a dia quanto em ocasiões oficiais, como a abertura das Paralimpíadas deste ano. A rainha gostou tanto das joias recebidas do Brasil que, em 1957, encomendou à joalheria Garrard & Co. uma tiara para combinar com elas. A maior pedra do “nosso” colar tornou-se a peça central da tiara e foi substituída por outra, um pouco menor. No ano seguinte, o governo de São Paulo presenteou Elizabeth II com uma pulseira e um broche. Em 1968, ela recebeu outro presente: uma tiara menor, a qual os ingleses se referiam como “tiarinha”, achando graça nos nossos diminutivos. Em 1971, as duas tiaras foram desmanchadas e combinadas para formar uma única, maior, com a forma que tem até hoje. Elizabeth I também tinha sua própria tiara de águas-marinhas, encomendada à Cartier pelo rei George VI como presente de aniversário de casamento. As pedras são arranjadas no formato de duas pinhas, ladeando uma
pedra central cercada de diamantes. Conhecida como Tiara Flor de Pinheiro, foi dada mais tarde à princesa Anne e também passou por uma releitura: a pedra central, oval, foi retirada para ser usada como pingente em um colar e substituída por outra, retangular, conferindo um ar mais contemporâneo à joia da vovó. Toda a família real britânica tem ou teve peças com nossas águas-marinhas. Sophie, a condessa de Wessex, esposa do príncipe Edward, o caçula da rainha, estreou uma tiara na coroação do príncipe Alberto de Mônaco, e a usa também como gargantilha. Camila, ex-Parker-Bowles e duquesa de Cornwall, desde seu casamento com o príncipe Charles, tem um colar com três voltas de pérolas e uma água-marinha engastada em ouro (que é sua joia-assinatura), e também um longo, com brilhantes, que apareceu em seu pescoço depois que se casou com o Príncipe de Gales. A joia favorita de Wallis Simpson, duquesa de Windsor, era uma pulseira com cruzes de pedras preciosas, que faz lembrar os ornamentos contra mau-olhado. A de águas-marinhas tem a inscrição “God Save the King for Wallis” e a data 16 de julho de 1936, quando seu marido Edward sofreu um atentado. A princesa Diana possuía um anel com uma grande pedra quadrada combinando com uma pulseira de pérolas e água-marinha além de um par de brincos que usava com a tiara de brilhantes dos Spencer, sua família. As joias da princesa Margareth foram leiloadas pela Christie’s em 2006, quatro anos depois de sua morte. Quatro delas tinham águas-marinhas e foram vendidas por valores muito superiores aos da avaliação. O broche, estimado em 4 mil dólares, foi vendido por 60 mil dólares.
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atricia MB Gotthilf é uma artista arrojada. Trabalha sua arte em várias linguagens, como pintura, gravura e escultura. As peças são produzidas sob o olhar auspicioso de uma designer multifacetada. As joias, peças únicas, em ouro, prata e pedras preciosas, são compostas pela mistura criteriosa de diferentes materiais. As formas são a parte mais intrigante. Inspiradas em formas da natureza, são peças fortes, marcantes, que não passam desapercebidas e dão a quem as usa uma postura diferenciada, única.
ENQUANTO ISSO, NO RESTANTE DA EUROPA... Não são só as inglesas que levam nossas pedras na cabeça, no pescoço e nos punhos, tampouco só elas reformam tiaras. A da rainha Vitória Eugênia da Espanha, presente do marido, o rei Afonso XIII, já passou por duas repaginações. Feita pela joalheria Ansorena, favorita da realeza espanhola, copiava o desenho do diadema da duquesa Maria Pavlovna da Rússia, adornada de pérolas e esmeraldas, que hoje pertence à coroa britânica. Sua principal característica é permitir que as pedras sejam destacadas. A tiara espanhola foi feita inicialmente com pérolas. Na primeira reforma, Ena, como a rainha era chamada pela família, substituiu-as por grandes águas-marinhas em forma de gotas facetadas. Quando a princesa Beatriz, sua filha, se casou, Ena deu-lhe a tiara de presente, dizendo que “joias não são coisas mortas, devem mudar de dono de vez em quando para se manterem vivas”. Beatriz a achava suntuosa demais, excessivamente “real’” e deu-lhe um design mais leve. A última vez em que foi vista, foi nos cabelos de Olímpia, filha de Beatriz, no seu casamento com o conde Clemente Lequio di Assaba – sem as águas-marinhas. Mas usou a tiara com elas em outras ocasiões, como no casamento do príncipe Frederico da Dinamarca, em 2004. No mesmo ano, sua irmã Sandra, mãe da princesa Sibila de Luxemburgo, usou no casamento de Felipe, Príncipe das Astúrias, uma das gotas da tiara, presa a um longo colar de águas-marinhas que também foi de Beatriz. As irmãs dividem o uso das outras joias da parure materna – principal-
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Coisa de princesa: Camila, da Inglaterra, (à esq.) usa o colar que virou sua marca registrada; e Máxima, da Holanda, ostenta a tiara de gotas invertidas
Conjunto de anel e brincos de ouro, brilhantes e coral Peau D´ange gomado
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mente os brincos, mas também a pulseira e o broche. O rei Juan Carlos, outro neto de Ena, completou 50 anos de casamento em maio deste ano e queria surpreender a rainha Sofia com algo que tivesse um significado histórico e sentimental. Concluiu que o conjunto de águas-marinhas da avó seria o presente perfeito, mas as primas se recusaram a vender qualquer das peças. Ele ainda tem esperança de consegui-las de volta para a coleção do palácio real. O povo espanhol torce para que isso aconteça, pois a rainha tem mais ocasiões oficiais para usar as joias e todos gostam de vê-las. Já a parure da rainha Juliana da Holanda não poderá ser dividida entre os herdeiros, pois foi comprada há alguns anos por uma fundação da dinastia de Orange-Nassau, assegurando, assim, seu uso pelas futuras gerações da casa real. A primeira peça do conjunto foi um presente que a princesa Juliana recebeu dos pais, o rei Henrique e a rainha Guilhermina, em 1927, pelos seus 18 anos: uma tiara de águas-marinhas brasileiras montada em platina, com pedras retangulares na base e gotas invertidas em toda a volta, executada pelos joalheiros holandeses Kempen, Begeer & Vos. Mais tarde, a rainha-viúva Emma, avó da princesa, deu-lhe uma meia parure formada por um broche e um colar de águas-marinhas retangulares, em estilo eduardiano. O colar, feito pela joalheria Burnier, de Haia, pode ser encurtado e usado como pulseira. Em 1937, Juliana recebeu mais um colar de seu marido, o príncipe Bernard, com um grande pendente de água-marinha em forma de pera. Da sogra, ganhou um par de brincos com pedras no mesmo formato das da tiara. Durante a Segunda Guerra, a família real holandesa refugiou-se no Canadá, onde nasceu a princesa Margriet. Na volta, a rainha Juliana, que antes preferia usar as joias em separado, passou a usar a parure completa. Suas filhas, as princesas Irene e Margriet, e a atual rainha Beatrix também usam as peças da parure da mãe. Mas elas têm sido vistas com maior frequência na loura princesa Máxima, a esposa argentina de Guilherme-Alexandre, príncipe de Orange-Nassau, o filho mais velho da rainha Beatrix e herdeiro do trono. Outra tiara memorável com águas-marinhas, combinando com brincos, foi usada pela atriz italiana Isabella Orsini quando se casou com o príncipe Eduardo de Ligne de La Trémoille, no castelo da família dele em Antoing, na Bélgica, em 2009. Fique de olho nos próximos eventos reais e, se vir joias de pedras azuis, pode imaginar que ali tem um pedacinho do Brasil.
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Hora da Ópera
A exposição Charles Landseer: desenhos e aquarelas de Portugal e do Brasil – 18251826 está em cartaz no Centro Cultural de Cascais, em Portugal. Trata-se da maior exposição individual das imagens feitas por Landseer como artista oficial da missão diplomática britânica por Portugal e pelo Império do Brasil. Estão em exposição 178 desenhos e aquarelas de paisagens, mosteiros, igrejas, castelos e palácios, camponeses, artesãos e criados de Lisboa e do Rio de Janeiro. A fundação fica aberta de terça-feira a domingo, das 10h às 18h. Entrada gratuita.
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RIO DE JANEIRO 2 OUT
Brasil 13 JAN Impressionado
São paulo 21 SET
23 DEZ
Arte do Vaticano A Oca do Ibirapuera recebe pela primeira vez na América Latina a exposição Esplendores do Vaticano: Uma jornada através da fé e da arte. São 200 obras de arte sacra e objetos históricos da coleção do Vaticano, que datam desde o auge do Egito até os dias atuais, passando pelo Renascimento e Barroco. As obras estão divididas em 11 galerias e, no segundo andar, haverá uma projeção da Capela Sistina e uma coleção de vídeos que mostram detalhes da arquitetura do Vaticano. De segunda a sexta-feira das 10h às 20h, e sábado e domingo das 9h às 19h. A entrada custa R$ 44. Oca do Ibirapuera - Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, Portão 3 www.premier.ticketsforfun.com.br
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Paris 1 OUT
31 JAN
Todo esse jazz Até janeiro dá para ir ao French Quarter Jazz Festival. Realizado no Duc des Lombards, o festival conta com apresentações do pianista René Urtreger, que já tocou ao lado de lendas do jazz como Stan Getz, Chet Baker, Gillespie Dizzie, Lester Young e Miles Davis. O passe para três shows custa € 60; e para cinco, € 90. Duc des Lombards 42 Rue des Lombards www.ducdeslombards.fr
A exposição Impressionismo: Paris e a Modernidade, Obras-Primas do Acervo do Museu d’Orsay de Paris, leva ao Rio de Janeiro parte da mais importante coleção de obras de artistas como Renoir, Monet, Manet e Van Gogh. Sob os cuidados do presidente e da curadora chefe do Museu d’Orsay, Guy Cogeval e Caroline Mathieu, e do diretor geral do Instituto de Cultura da Fundación MAPFRE, Pablo Jiménez Burillo, 85 obras do acervo estarão em exposição. De terça-feira a domingo, das 9h às 21h. Entrada gratuita. Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro - Rua Primeiro de Março, 66, Centro www.bb.com.br
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PARIS 10 OUT
28 JAN
Arte americana São paulo
Conhecidas por retratarem a evolução da sociedade americana no século XX, as obras do pintor nova-iorquino Edward Hoppes estão expostas no Grand Palais, em Paris. São 130 quadros pintados em aquarela, que datam entre 1900 e 1960. Entre eles, o de maior destaque é Nighthawks, pintado em 1942, que mostra clientes sentados no balcão de um restaurante. Fechado às terças-feiras. Aberto de quarta-feira a sábado, das 10h às 22h; e domingos e segundas-feiras, até 20h. A entrada custa 12 euros. Grand Palais - Avenue Winston Churchill www.grandpalais.fr
BUENOS AIRES 13 OUT
9 JAN
50 anos plásticos Uma retrospectiva das obras do artista plástico suíço Alberto Giacometti está em exposição na Fundación Proa. Sob curadoria de Véronique Wiesinger, diretora da Fondation Alberto et Annette Giacometti, em Paris, a exposição traça o percurso do artista ao longo de 50 anos, desde a formação na oficina de seu pai, na Suíça, até as últimas produções monumentais projetadas para as ruas de Nova York. Estão em exibição 200 obras, entre pinturas, esculturas, desenhos, gravuras e arte decorativa.De terça-feira a domingo, das 11h às 19h. Entrada gratuita. Fundación PROA - Av. Pedro de Mendoza, 1929, La Boca www.proa.org
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20 out
17 fev
NOVA YORK
retrato fiel
24 out
A Pinacoteca do Estado de São Paulo apresenta a exposição O Mais Parecido Possível – O Retrato, com 40 fotografias realizadas entre 1970 e 2011 por Adenor Gondim, Arnaldo Pappalardo, Camila Buctcher, Claudia Guimarães, Cristiano Mascaro, Fernando Lemos, Fifi Tong, Eduardo Simões, Eduardo Vilares, Fernando Lemos, Klaus Mitteldorf, Loren McIntyre e Ricardo Alcaide. As imagens retratam a dureza e a esperança do cotidiano brasileiro. De terçafeira a domingo, das 10h às 17h30; e às quintas-feiras, até às 22h. A entrada custa R$ 6. Pinacoteca do Estado de São Paulo, Praça da Luz www.pinacoteca.org.br
25 out
abr
29 abr
Grito exposto Obra de Edvard Munch, O Grito ficará em exposição no quinto andar do Museu de Arte Moderna de Nova York. Das quatro versões da obra de Munch, produzidas entre 1893 e 1910, a que ficará em exposição foi pintada em 1895 e emprestada ao museu por um colecionador particular (as outras três estão em museus na Noruega). Todos os dias, exceto às terças-feiras, das 10h30 às 17h30. A entrada custa US$ 25. MoMA – 11 West 53 Street www.moma.org
barcelona
Uma exposição que não é de Pablo O Museu Picasso realiza uma exposição em celebração ao trigésimo aniversário da doação de 41 peças de cerâmica feitas entre 1947 e 1965 por Jacqueline, a segunda esposa de Pablo Picasso. Quando jovem, Jacqueline trabalhou como ajudante no ateliê de cerâmica Madoura, em Vallauris, uma comunidade francesa. Foi neste período que ela conheceu o pintor e se tornou uma de suas musas. O museu fica aberto das 10h às 20h. Fecha às segundasfeiras. A entrada custa 11 euros. Museu Picasso - Carrer Montcada, 15-23 www.museupicasso.bcn.es
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por camila duarte
calendário
São paulo
28 nov
Em outras línguas
A cantora americana Stacey Kent, conhecida no Brasil por suas interpretações e releituras em francês de clássicos da MPB, Samba da Benção (Samba Saravah) e Águas de Março (Les Eaux des Mars), apresenta-se no Teatro Abril. Stacey já gravou oito discos e foi indicada ao Grammy pelo álbum Breakfast on the Morning Tram, de 2007. A cantora interpreta canções do seu último disco, Dreamer in Concert, acompanhada pelo seu marido, o saxofonista Jim Tomlinson, e pelo Trio Corrente, formado por Fábio Torres, no piano, Paulo Paulelli, no baixo, e Edu Ribeiro, na bateria. A apresentação acontece às 21h30. A entrada custa R$ 400. Teatro Abril - Avenida Brigadeiro Luís Antônio, 411 Ingressos: premier.ticketsforfun.com.br
RIO DE JANEIRO
29 NOV
Gerações de sucesso pop
Uma das vozes mais famosas da música popular americana e do jazz, com estrela na Calçada da Fama, de Hollywood, Tony Bennett se apresenta no espaço Vivo Rio. O cantor deu início à sua carreira na década de 50 e desde então empilha 17 prêmios Grammy. Tony Bennett está na lista dos cantores que mais venderam discos nos Estados Unidos, chegando a 50 milhões de cópias de seus mais de 70 discos. Aos 85 anos, ele continua fazendo shows. Apresenta-se com a turnê XYZ Live, na companhia de sua filha, também cantora, Antonia Bennett. A apresentação acontece às 21h30. A entrada custa entre R$ 350 e R$ 750. Vivo Rio - Av. Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo www.vivorio.com.br
NOVA YORK
28 NOV Luzes de Natal O tempo de festas em Nova York tem início no dia 28 de novembro, com inauguração da Rockefeller Center Christmas Tree. A iluminação da árvore é um espetáculo, com mais de 30 mil lâmpadas de LED e uma estrela de cristal Swarovsky no topo. A cerimônia conta com a presença de músicos e celebridades americanas. A festa, de mais de 70 anos de tradição, terá início às 19h.
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Rockefeller Plaza, Manhattan www.rockefellercenter.com
Paris
8 DEZ Música clássica brasileira O pianista Nelson Freire apresenta-se com a Orquestra Sinfônica de Luxemburgo. O músico brasileiro já tem uma história com a França: foi homenageado com o título de Commandeur des Arts et des Lettres pelo governo francês em reconhecimento pela sua importância para a música clássica. Está programada a execução de Piano Concert, de Robert Schumann, e A Hero’s Life, de Richard Strauss. O espetáculo começa às 20h. O ingresso custa entre 10 e 60 euros. Salle Pleyel 252 Rue du Faubourg, Saint-Honoré www.sallepleyel.fr
NOVA YORK
5 DEZ Andrea Bocelli in Concert O tenor italiano Andrea Bocelli sobe aos palcos do Barclays Center, recém-inaugurada casa de shows do Brooklyn para apresentação única, às 20h. O concerto tem no repertório as famosas canções românticas de Bocelli. O ingresso custa entre US$ 206 e US$ 796. Barclays Center – 620 Atlantic Eve, Brooklyn www.barclayscenter.com
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31 deZ noVa YorK
réveIllOn de gala
rio de Janeiro
16 deZ
MÚsIca para Os cOrações partIdOs A cantora, pianista e compositora norteamericana Norah Jones apresenta-se no espaço Vivo Rio. Desde a sua estreia como cantora, em 2003, Norah já venceu 12 Grammys e agora está apresentando seu novo disco, o Little Broken Hearts. O ingresso custa entre R$ 160 e R$ 520. O show está marcado para às 20h. Vivo rio - Av. Infante Dom Henrique, 85, parque do Flamengo www.vivorio.com.br
O hotel Mandarin Oriental de Manhattan celebra o Ano-Novo promovendo um jantar de gala black-tie no salão de festas, localizado no 36º andar, com vista para o Central Park. A festa começa às 20h com um coquetel e open bar. Após o jantar, a Hank Lane Orchestra promete colocar todos para dançar muito na virada do ano. O convite custa US$ 1.250 por pessoa mais taxa de serviço. Mandarin oriental – 80 Columbus Circle at 60th Street www.mandarinoriental.com pacotes, reservas e informações: Teresa perez Tour www.teresaperez.com.br
noVa YorK
dança para espantar 23 fev O frIO 15 Jan
O New York City Ballet abre a temporada de inverno homenageando Tchaikovsky. São nove produções com músicas do artista russo, entre elas O Lago dos Cisnes e A Bela Adormecida. O ingresso para cada apresentação do Celebration Tchaikovsky vai de US$ 29 a US$ 155.
15 Jan
5 aBr noVa YorK
poesia eM foTos A exposição de fotografias Beat Memories, de Allen Ginsberg, será exibida na Grey Art Gallery. Conhecido também por suas poesias em palavras, o americano capturou imagens em preto e branco de lugares e amigos, dentre elas, retratos de William S.Burroughs, Neal Cassady, Gregory Corso, Jack Kerouac e autorretratos. As fotografias revelam personalidades e transmitem um estilo de vida único e o espírito Beats. O ingresso custa US$ 3. De terça a sexta-feira, das 11h às 18h; e aos sábados, das 11h às 17h. Fechada aos domingos e segundas-feiras. Grey Art Gallery – New York University, 100 Washington Square East www.nyu.edu
David H. Koch Theater - 20 Lincoln Center plaza, Manhattan www.nycballet.com
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Click EDUARDO SARDINHA Ele é designer, músico e fotógrafo adepto do que chama de “phonography” – termo usado para se referir às fotos tiradas com o telefone celular. No seu caso, as imagens são sempre captadas pelo iPhone, que ele também usa para editá-las e compartilhá-las na internet. No Instagram, rede social de fotografias, sob o nome de usuário @Sardinha17, ele tem mais de 11.500 seguidores, que curtem e comentam fanaticamente suas postagens. As fotos de Eduardo Sardinha mostram cores e detalhes da cidade de São Paulo, como esta, tirada no Viaduto do Chá.
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Belo Horizonte • Brasília • São Paulo www.talentojoias.com.br
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