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ADENILDA SILVA SOUZA - Caturama, BA
NAS ENTRELINHAS…
Ah, Vida! Que mistérios tu escondes. Anda por aí, sem perceber, com todas as manifestações de um eu inflado. Quão paciente és; resiste ao mais duro olhar e grito de desagrado, sua força está em não deixar que digam a ti por onde deves ir.
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Quem dera vissem teu brilho, teu pedido, teu suspiro, mas eles acham-se melhores com os seus propósitos inovadores e surpreendentes. Querem o todo visível e não veem nas suas entrelinhas, ainda acreditam serem diferentes; perguntou-se o que fazem com os sentimentos? Eles camuflam com o desejável, deixam transparecer o que parece melhor.
Ah, se houvesse como mostrar a barbaridade dos atos, seria eu a melancólica? Uma tristeza perseguida, uma alegria fingida. Seguem falando palavras bonitas e animadoras, no entanto, competem e derrubam todos os que podem no caminho, seria isso mal? Não se forem eles.
Ó sentimento feliz e sincero, onde andas? Queria encontrar-te em uma esquina, uma rede, um abraço, um olhar, um alguém… como te abandonaram? Se os teus problemas não os agradam, como pode a dor eterna os satisfazer?
Entendo os jeitos, percebo os desejos, mas sei que não há justo que possa satisfazer-te, Vida acalma os dias, pois ainda não leram a tua poesia.