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CARMEN MARIANA SANTOS DE BARROS - Piraquara, PR
POESIA NO VIVER
Sempre me senti deslocada nesse mundo, como uma peça extra num quebra cabeça, uma carta estranha num baralho qualquer, uma pedra de dominó que não cabe num jogo sequer.
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Sempre fui solitária, meus melhores amigos eram personagens de livros, a literatura sempre foi minha companheira, a escrita uma fiel escudeira.
Escrever é um meio de motivação, pra fugir de realidade de tanta desilusão. A vida nunca me sorriu à toa e sem lição. As conquistas, vem pela garra e muita determinação.
Sou extremamente sensível, isso é uma característica, não sei se é qualidade ou é defeito, creio ser as duas coisas ao mesmo tempo.
Escrever faz parte do que sou, e daquilo que almejo ser, uma alma quebrantada que compreende os seus porquês.
Peço desculpas por minha escrita obscura e deprimente, sei que preciso ir com calma ao expressar meu grito ardente.
Os labirintos da minh’alma são tortuosos e cogentes, amedrontam a existência de uma essência descontente.
Muitas vezes seu caminho segue por trilhas inerentes às verdades mais ocultas que não se compram e nem se vendem.
A poesia está nisso, em não fazer compreender, o que nos move, nos comove e às vezes faz retroceder.
Poesia é vida, é alegria, é desconforto e desprazer, é a transparência dum’alma que transborda em seu viver.
Incoerente essa existência que coabita o meu ser, é o eu poético que desperta a cada novo anoitecer.
Poesia é amar, e odiar, é ser criança e crescer, a poesia se encontra no processo de viver, é coragem e covardia, desamor e compaixão, é verdade e mentira, companhia e solidão. Ser poesia é existir em meio a incompreensão, e na loucura desse mundo, se encontrar na escuridão.