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JP SANTSIL – Ásia - Israel / Nes Zyonna - Ásia Ocidental (Oriente Médio

Desenvolvedor Sustentável.

MÍSTICA REALIDADE INTELECTUALMENTE OFUSCADA

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Encontrava-se no assoalho de madeira no sótão da sua casa destemidamente radiante, ouvia os respigares da chuva forte, sobre as finas placas de metais brancas preenchidas de isopor, que substituiu as antigas avermelhadas telhas de cerâmica, em que seu isolante termoacústico não conseguia conter os muitos estalares das gotículas de águas celestinas. Percebia-se confortavelmente protegido do molhado e úmido escuro frio externo.

De repente, algo clareara em seus externos pensamentos, se via em uma paz de simplicidade e momento, indescritivelmente descontraída, livre de tudo que o prendera pelos dias ociosos e ansiosos que distraidamente o arrastaram por longas avalanches de tormentos internos. Em um estado de êxtase profundo que o dominara, indo além de sua vontade, obteve a graça de ouvir a sinfonia das esferas celestiais. E dos mundos e dimensões superiores a este, criaturas luminosas incandescentes e fosforescentes esverdeadas lhe falaram em melodias insonoras, que ressoaram o maravilhoso coral musical do infinito universal multiverso.

Essa música ressoava no lótus do sol e da lua, pelo perfume luminoso refletido em seus raios de luz, ao tocar os brotos fechados. Que mesmo pela sua distância, o beijo luminoso de ouro e prata que o tocava, emanava seus acordes no desabrochar de suas pétalas, pelas ondas que pululam se precipitando em uma catarata sinfônica de vibração amorosa pelo ar.

Assim, compreendeu que a música é a base constante e permanente de toda matemática geométrica da criação.

Despertara a mística intuição interior, assim sua razão de realidade mundana que se assentava no campo das escolhas e opções, fora ofuscada pela mística intuição em que a ferramenta do raciocínio já fora ultrapassada. Dessa forma, fora coroado com a clarividência de ver os seres inefáveis que não pode ser nomeados ou descritos, em razão de sua natureza mística, beleza inebriante e indivisível encanto indescritivelmente maravilhoso.

De vítima das circunstâncias passara para o estado inabalável da maestria existencial. Percebia crescendo em seu ser, estados latentes de poderes formidáveis e paz infinita de um vazio iluminador. A sua personalidade fragmentada, individualizada, limitada, confusa, medrosa e insolente fora instantaneamente compreendida, e assim desintegrada nesse iluminado absoluto vazio. Sentira que era o tudo de todo que sempre foi, é e será. Fundiu-se a unidade unilateral da vida livre em movimento. Era a pétala que suavemente caiu da flor. A cana arrastada pelo rio cristalino que repousava no mar da

tranquilidade. A ave, o peixe, o verme. Era tudo, menos um indivíduo.

Dessa forma, montara na personalidade em vez da personalidade montar nele. Vencera o diálogo entre o intelecto racional e a consciência mística, na linguagem intuitiva superlativa do ser, em sua resposta rápida e sem palavras, que se adiantou à dialética do raciocínio lógico e banal, em sua essência intelectual. Ofuscando, portanto, todos os poderes formativos e formulativos de conceitos precoces e lógicos da bestialidade cartesiana, e euclidiana humanidade civilizada. Que apenas se torna útil, nos planos terrenos e fenomenais dos fatos, e atos práticos da idiossincrática existência de páreas patrióticas, personificadas na formalidade cidadã.

Vira o tempo e o espaço se dissolver na multiplicidade dos eventos fantasmagóricos que constituía ele mesmo. Deu em questão de milésimos de segundos, se fosse basear no ilusório tempo na sua mente em prisão, uma volta de trezentos e sessenta graus, se também, tivesse base no espaço corporal de matéria solidificada em partículas subatômicas. Ira e voltará em si mesmo em ondas no interior e o exterior, percebendo estar ele fora e dentro de si mesmo, ao mesmo tempo, saindo e entrando em tudo do que era existente nele mesmo, e por ele mesmo exteriorizado, se vendo de uma dimensão maior, em um salto de dentro para fora e de fora para dentro. Não tendo como descrever em palavras, imaginar em pensamentos, ou expressar em sentimentos o que agora pouco sentira e presenciara. E, se viu limitado pelas expressões e dialéticas em descrever o indescritível. E viu o torpe, subjetivo incoerente da pesada realidade objetiva. E, diante da verdade e do real… a única expressão confiável era o absoluto silêncio do vazio iluminador.

Em todo caso, depois do nostálgico acontecido, a sua mente, se é que agora a possuía, esforçara-se inutilmente na normalidade dos seus sentidos, para relembrar a experiência do sagrado em si. E, depois de severas racionais análises, sentiu a necessidade de ratificar em papel tal conceito, mas seu pensamento e sentimento imbuído do intelecto racional, apenas, limitou toda magia da experiência existente em delirantes loucas palavras, agregadas, consequentemente, a uma forma peculiar humana de intelectualismo místico religioso. E no caso mais grave, no que se refere aos preconceitos alheios, enquadrou-se no psiquismo da loucura, ou a ingestão psicodélica de alucinógenos.

Percebendo ele, que o intelectualismo não passa de um pobre, medroso e arrogante pensamento mecânico filosófico machista, egoísta, aristocrático, e inteligente tenebroso, que ofuscara em palavras toda a sua sagrada feminina mística compreensão iluminada. Em que, esse mesmo intelectualismo, se sustenta em uma singular corda bamba, temendo a queda em um dos extremos lados do dualístico abismo bilateral, imbuído de metas e objetivos de alcançar a segura plataforma pluralizada de uma sociedade predadora civilizatória, sustentada na ponta do pêndulo balançar constante, de um obelisco falo ereto, onde a ignorância miserável de muitos sustentava o sucesso e o prestígio social, econômico, filosófico, artístico, religioso e político de, uns tantos, poucos.

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