COESÃO NA MÉDIA LIDERANÇA Ana Paula Simões1 Katya Gomes2 Maud Passarela3
RESUMO
O presente artigo apresenta um estudo sobre o papel da coesão no grupo que compõe a média liderança organizacional, tem como objetivo geral identificar os fatores que contribuem para o desenvolvimento da coesão entre os profissionais que compõem a média liderança nas organizações, sendo os objetivos específicos: a) Identificar características do contexto organizacional típico da média liderança que podem afetar a coesão deste grupo; b) Identificar nas fases da vida do grupo e nas propriedades estruturais dos grupos os fatores que interferem na coesão; e c) Propor uma ferramenta para identificação do nível de coesão entre líderes intermediários. Com o estudo foi possível concluir que a identificação das barreiras ao desenvolvimento da coesão permite o planejamento de intervenções para o desenvolvimento interpessoal da média liderança, favorecendo o desenvolvimento da equipe e organizacional. Palavras-Chave: Gerência intermediária. Propriedades estruturais dos grupos. Desenvolvimento interpessoal.
ABSTRACT
1
Ana Paula Simoes: Mestre em Arquitetura (UFRJ), Pós-graduada em Gestão Estratégica de Pessoas (FGV), Pós-graduada em Dinâmica dos Grupos (SBDG), Graduada em Arquitetura e Urbanismo (UnB), capacitação em metodologia de ensino superior e tutoria (FVG Online). Professoratutora da FGV Online e Diretora da Consvita T&D. E-mail asimoes@consvita.com.br. 2 Katya Gomes: Pós-graduada em Dinâmica dos Grupos (SBDG), Pós-graduada em Consultoria Interna em RH (Unicenp), Graduada em Psicologia (UFPR). 12 anos de experiência na área de Recursos Humanos. E-mail katyadriana2003@yahoo.com.br. 3 Maud Passarela: Especialista em Administração de RH (UNIVEL), Pós-graduada em Dinâmica dos Grupos (SBDG), Graduada em Contabilidade (Unioeste), capacitação em Organização de Arquivo Profissional de Nível Superior na ITAIPU Binacional. Atua na área de Remuneração e Movimentação de RH. E-mail passareladuam@hotmail.com.
This paper presents a study on the role of cohesion in the group that constitute the organizational intermediary leaders, its general objective is to identifying the factors that contribute to the development of cohesion among the professionals that compose the intermediary leaders in organizations, the specific objective are to: a) Identify the characteristics of organizational context typical of the middle leadership that can affect the cohesion of this group, b) identify on the stages of group life and on the structural properties of the groups the factors that affect group cohesion, and c) propose a tool to identify the cohesion level between intermediary leaders. It is concluded that the identification of barriers to the development of cohesion allows the planning of interventions to interpersonal development among intermediary leaders, encouraging team development and organizational change. Keywords: Middle management. Structural properties of the groups. Interpersonal development.
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho visa identificar os possíveis fatores intervenientes no nível de coesão em grupos de gestores que compõe a média liderança das organizações. Os desafios empresariais, tais como competição, mudanças constantes, sejam elas tecnológicas, econômicas, políticas ou culturais, afetam o desempenho da empresa e de seus colaboradores. A equipe gerencial tem profundo impacto sobre o clima laboral através do exemplo e atitudes em seu cotidiano. Desta forma, uma comunicação fluida, delimitação de tarefas e atuação em equipe favorecem aqueles em posição de liderança, mas também toda a organização. A média liderança, que exerce a função de traduzir a estratégia para orientar as equipes operacionais, sente a pressão desses desafios na forma das cobranças para conciliar objetivos organizacionais de curto, médio e longo prazo. Nesse processo de conciliação de objetivos enfrentam as dificuldades das negociações internas entre áreas que muitas vezes apresentam desunião entre colaboradores e defesa de territórios.
Por estas razões esse artigo se propõe a tratar do seguinte problema fundamental: que fatores levam ao desenvolvimento da coesão entre os profissionais que compõem a média liderança nas organizações? Os membros da equipe têm especial interesse neste tema porque todas convivem no ambiente organizacional e vivenciam diretamente estas relações, seja ocupando posição de liderança ou coordenando atividades para esses grupos. O objetivo geral desta pesquisa é identificar os fatores que contribuem para o desenvolvimento da coesão entre os profissionais que compõem a média liderança nas organizações. Os objetivos específicos da pesquisa são: a)
Identificar características do contexto organizacional típico da média
liderança que podem afetar a coesão deste grupo. b)
Identificar nas fases da vida do grupo e nas propriedades estruturais
dos grupos, os fatores que interferem na coesão. c)
Propor uma ferramenta para identificação do nível de coesão entre
líderes intermediários.
2 METODOLOGIA
Na elaboração deste trabalho foram realizadas pesquisas bibliográficas para revisão da literatura sobre o tema e proposição de um questionário para identificação da coesão no grupo com base nos autores pesquisados. As abordagens teóricas e considerações elaboradas tomam por base o contexto da média liderança nas empresas, ou seja, o grupo de gestores responsáveis pelo nível tático, independentemente do porte ou setor da organização.
3 REFERENCIAL TEÓRICO
Esta fundamentação teórica apresenta o conceito de coesão, o contexto organizacional da média liderança e desafios para sua coesão, a relação entre as
propriedades estruturais dos grupos e a coesão, e finalmente as fases da vida do grupo e o desenvolvimento da coesão.
3.1 O conceito de coesão
Neste trabalho adota-se a definição de coesão como sendo a força de atração que o grupo exerce sobre seus membros, segundo Yalom (2006, p. 62) “Os membros de um grupo coeso sentem afeto, conforto e um sentido de pertencimento no grupo. Eles valorizam o grupo e sentem que são valorizados, aceitos e amparados pelos outros membros”. Para Cartwright e Zander (1967) um grupo coeso é aquele com um forte sentido de “nós” e não de “eu”, no qual todos são amistosos, há grande lealdade, todos estão prontos a aceitar a responsabilidade pelo trabalho coletivo, havendo disposição de suportar dor ou frustração pelo grupo. Considera-se ainda o grau em que os componentes do grupo aceitam as mesmas normas de comportamento e de crença como indicador de coesão. Um agrupamento de pessoas, só se torna grupo, quando seus integrantes sentem a necessidade de evolução e mudança (LEWIN apud MAILHIOT, 1985). Ao concluírem conjuntamente por essa necessidade de mudança, desenvolve-se a coesão do grupo, uma fase que os membros do grupo têm que desejar. Para Kurt Lewin apud Mailhiot (1985, p. 54) “o grupo constitui o terreno sobre o qual o indivíduo se mantém”. A coesão do grupo pode ser influenciada pela forma como diferentes papéis são exercidos dentro do grupo. Segundo Argyle (1974, p.144-145): As organizações consistem num grupo de posições relacionadas, cujos ocupantes desempenham papéis entrelaçados. Um papel é o padrão de comportamento compartilhado pela maioria dos ocupantes de uma posição e que se passa a esperar deles. Muitos membros de organizações sofrem conflito de papéis, que pode apresentar-se sob várias formas. Uma pessoa pode achar-se sob pressões conflitantes de diferentes grupos de pessoas na organização.
O conflito interpessoal que emerge deste contexto pode servir tanto para a desagregação do grupo quanto para o aprofundamento das relações, a depender da maneira como é manejado. Segundo Moscovici (1985) o conflito pode ter várias
funções positivas, desde a prevenção da cristalização do grupo num ponto de equilíbrio confortável, até o estímulo pelo interesse e curiosidade diante do desafio constante da oposição, desta maneira funcionando como catalizador de mudanças pessoais, grupais e sociais. Para Walton (1972) a existência de conflito interpessoal contribui para influências construtivas, pode aumentar a capacidade de inovação das pessoas e do sistema, possibilita a compreensão melhor da posição dos membros, força a articular melhor suas idéias e acaba por obrigar a conscientização de sua própria identidade. Também é um instrumento de revelação dos conflitos internos dos participantes. Sem o conflito há estagnação (FUSTIER, 1982), o conflito, portanto, tem um importante papel no desenvolvimento da coesão, a depender da forma como o grupo lida com ele. Walton (1972) define o conflito como discordâncias inter-individuais a respeito
de
problemas
pessoais
e
diferenças
em
relação
às
estruturas
organizacionais, políticas e conjunto de medidas administrativas, com referência ao antagonismo de caráter pessoal e emocional das relações de interdependência da pessoa no que tange ao trabalho. Fustier (1982) apresenta nove causas para o conflito no ambiente organizacional: pressão da produtividade (gera a fatiga); ausência de motivação (não há acordo quanto aos objetivos); desinteresse pela obra comum; condições de trabalho insatisfatórias; resistência à mudança (ansiedade diante do futuro); desejo de mudança (por estar enfadado); gestão empresarial (falta de segurança); assédio moral, humilhação e maus-tratos; falta de reconhecimento (desvalorização da tarefa). No ambiente organizacional, Cohen e Fink (2003) destacam 8 fatores que aumentam a coesão em grupos de trabalho, facilitando a resolução dos conflitos: a frequência das interações, as semelhanças de atitudes e valores, a definição de um ou mais objetivos comuns, a existência de um concorrente ou inimigo comum, o êxito em alcançar objetivos e status grupais, a baixa frequência de interações externas, a boa capacidade de solucionar diferenças e a abundância de recursos.
3.2 O contexto organizacional da média liderança e desafios para sua coesão
A liderança intermediária nas organizações nasceu a partir do aumento da quantidade de trabalhadores, especialmente nas indústrias, tornando necessária a criação de uma figura de conexão entre a alta cúpula e a massa de trabalhadores (JUDGE e STAHL, 1995). Atua, portanto, no nível tático, sendo responsável pela ligação
entre
as
proposições
estratégicas
da
alta
liderança
e
a
sua
operacionalização no dia a dia. Para tanto tem como atribuições a definição e acompanhamento de planos de ação e de políticas de gestão de pessoas, remuneração, marketing e comunicação (BULGACOV et al., 2007). Para melhor entendimento do conceito de líder intermediário é relevante citar os níveis organizacionais, seus compromissos e a relação existentes entre eles (MOREIRA, 2010), conforme demonstrado no Quadro 1.
Nível organizacional
Habilidade requerida
A fim de poder conceber estratégias, é necessário que
ESTRATÉGICO acionistas, conselheiros,
Conceitual
diretores, superintendentes
Interpessoal
ou áreas, supervisores,
necessidades, os interesses e as atitudes das pessoas a fim de engajá-las para o trabalho em equipe e o atingimento de objetivos comuns.
coordenadores OPERACIONAL
especialistas, operários
na complexidade existente na organização e no
Os gestores táticos precisam identificar as
líder intermediário -
encarregados, analistas,
o gestor deste nível saiba compreender e agir baseado
contexto onde atua.
TÁTICO
gerente de departamento
Características
O profissional deve mobilizar conhecimentos, métodos Técnica
e equipamentos para cumprir tarefas dentro de seu campo de especialidade.
Quadro 1: Níveis organizacionais, seus compromissos e a relação existentes entre eles. Fonte: adaptado de Moreira (2010, p. 67).
O líder intermediário tem como principal objetivo traduzir as decisões estratégicas em ações a serem executadas, cabendo a ele o alinhamento entre áreas ou departamentos internos. Seu papel é fundamental para evitar que cada área estabelece seus planos específicos sem a preocupação de alinhamento como objetivo estratégico da organização e que pode gerar a formação de ilhas e conflitos (MOREIRA, 2010).
Por isto a habilidade nas relações interpessoais é importante para o líder intermediário, que tem o papel de patrocinar a comunicação entre a cúpula e a equipe operacional. Tais habilidades traduzem-se na capacidade de inspirar as pessoas a oferecerem o seu melhor, supervisão de pessoas ou processos, capacidade de ouvir; capacidade de lidar com público (empatia e simpatia), construção de relacionamentos, influência e persuasão de pessoas, capacidade para lidar com reclamações de clientes e consumidores, criação de alianças internas e externas, negociação e administração de conflitos, espírito de equipe (MOREIRA, 2010). Segundo Ram Charan (2007), a abertura dos canais de comunicação entre a alta e a média gerência é um fator relevante para o melhor aproveitamento das experiências das lideranças intermediárias nos ajustes necessários para a realização dos objetivos estratégicos. Destaca-se ainda a necessidade de empoderamento desses líderes e aproveitamento das sinergias entre líderes intermediários (WRIGHT et al., 2000). Outro aspecto relevante para a atuação da liderança intermediária é o consenso deste grupo quanto às competências centrais da organização para gerar vantagem competitiva. Em pesquisa com 17 empresas encontrou-se uma correlação direta entre o desempenho dessas empresas e o conhecimento e consenso relativo às competências essenciais por parte dos gestores intermediários, concluindo-se ser fundamental que este grupo tenha uma visão alinhada sobre a utilização de tais competências para os diferenciais competitivos da organização (KING et al., 2002). Neste sentido, King et al. (2002) consideram fundamental a qualidade das relações interpessoais entre os líderes intermediários, como forma de obter o consenso sobre as competências essenciais da empresa. A qualidade destas relações constitui uma habilidade difícil e custosa de imitar pela concorrência, podendo tornar-se uma fonte de vantagem competitiva sustentável para a organização (BARNEY e HESTERLY, 2008). Aspectos pessoais e interpessoais afetam as práticas dos líderes intermediários em relação à estratégia da organização, tais como conflitos no ambiente interno e externo da empresa, expectativas desalinhadas entre os gestores, diferentes níveis de compromisso e tomada de risco, posição na rede de gestores, capital social e relacionamento com a alta liderança (WOOLDRIDGE et al., 2008). Há ainda fatores que levam a um comportamento de resistência dos líderes
intermediários: o medo do desconhecido, insegurança ao risco, gestão centralizada, comunicação deficitária, presença de conflitos e medo de punições perante erros (MOURA, 2008). Para Heil, Bennis e Stephens (2002, p. 62), as equipes gerenciais, constituídas por líderes intermediários, enfrentam problemas que tem origem em sua formação, e apontam 10 falhas comuns dessas equipes: 1. 2.
Todos os subordinados diretos devem fazer parte da equipe (...). As metas da equipe são as metas da empresa. (...) metas demasiadamente amplas para serem abordadas com eficácia por uma equipe. 3. As metas dos membros de equipe não estão alinhadas. Fala-se em agir como equipe, mas o desempenho continua a ser gerenciado individualmente (...). 4. Os sistemas apóiam mais os comportamentos competitivos do que a cooperação (...). 5. As pessoas são selecionadas de acordo com o cargo que ocupam, não por seu potencial de contribuição. 6. As diferenças de posição diminuem a disposição dos membros para desafiar ideias e pensamentos. 7. Todos devem ser envolvidos em toda decisão para que não se sintam excluídos (...). 8. Administrar a percepção do chefe é a meta básica de alguns gerentes. 9. A ilusão do acordo geralmente é a meta implícita do grupo ou do „pensamento do grupo‟. Aqueles que enfrentam os outros em geral são considerados „membros antiequipe‟. 10. Inexistência de feedback sistemático sobre a eficácia da equipe.
Considerando-se o contexto vivido pela liderança intermediária, e assumindo este como um grupo dentro da organização, que necessita de níveis elevados de coesão para aumento da sua eficácia, são apresentadas a seguir as propriedades estruturais e as fases dos grupos e sua relação como o desenvolvimento da coesão.
3.3 Relação entre as propriedades estruturais dos grupos e a coesão
São oito os elementos estruturais dos grupos: composição, tamanho, papeis, influência, tarefas, objetivos, coesão e normas (CARTWRIGHT e ZANDER, 1967). A coesão em si foi tratada no início deste artigo, seguem, portanto, as considerações em relação aos demais elementos estruturais dos grupos.
3.3.1 Composição
Em relação à composição, alguns dos dados que podem ser avaliados são variáveis em relação a sexo, etnia, idade, anos de experiência entre outros. Quanto mais homogêneo o grupo, mais rapidamente ocorre a integração, ao passo que nos grupos heterogêneos, a tarefa pode ser realizada com maior lentidão, no entanto, tende a fazer-se com maior profundidade (MAILHIOT, 1973). Segundo Yalom (2006), dentro de um grupo, os membros com maior compatibilidade interpessoal usufruem de maior popularidade com resultados positivos para os objetivos de aprendizagem intragrupal.
3.3.2 Tamanho
Segundo Mailhiot (1973), quanto maior o tamanho de um grupo de trabalho, mais difícil para ele se torna participar de modo funcional nos três momentos essenciais de todo o trabalho de grupo: a discussão, a decisão e a execução. O número mínimo de integrantes para um grupo está relacionado à necessidade de formar uma massa crítica para que o conjunto de indivíduos se torne um grupo interativo (YALOM, 2006). Em grupos pequenos demais (3 ou 4 integrantes) os membros diminuem a interação e ocorre mais dificuldade para estabelecer coesão; por outro lado, em grupos grandes demais ocorre uma tendência dos membros se sentirem desprivilegiados e se formarem subgrupos disruptivos: “uma comparação de grupos de resolução de problemas com 12 e 5 membros indica que os grupos maiores experimentam mais insatisfação e menos consenso” (YALOM, 2006, p. 236).
3.3.3 Papeis
Para Moscovici (1985), os membros de um grupo poderão desenvolver papéis facilitadores da tarefa, poderão também, no nível sócio-emocional,
desempenhar papéis construtivos ou facilitadores, ou ainda poderão desempenhar papéis não construtivos, dificultando a tarefa do grupo, criando obstáculos sem contribuir para a realização dos objetivos do grupo. Os papéis dos membros podem ser (Moscovici, 1985): a) No nível da facilitação da tarefa: Instrutor/Demonstrador, Especialista, Orientador,
Conselheiro,
Observador/Confrontador,
Pesquisador/Indicador, Elemento de ligação, Planejador, Gerente, Diagnosticador, Avaliador. b) No nível sócioemocional: Conciliador, Mediador, Animador, Ouvinte interessado. c) Papéis não construtivos: O dominador, O dependente, O criador de obstáculos, O agressivo, O vaidoso, O reinvindicador, O confessante, O gozador. Moscovici (1985) ressalta também que um papel facilitará ou inibirá as atividades e o desenvolvimento do grupo, podendo, desta forma ser considerado construtivo ou não construtivo, dependendo das necessidades do grupo ou de seus membros naquela ocasião específica.
3.3.4 Influência
A influência diz respeito à percepção relativa da posição dentro do grupo, ou seja, os diferentes graus de influência que uns membros têm em relação a outros, conforme sua capacidade de atender às necessidades do grupo e seguir as suas normas, segundo Cohen e Fink (2003, p. 100) “os participantes que mais contribuem para a realização das tarefas do grupo são mais respeitados, e aqueles que contribuem mais para a parte social (desenvolvimento de relacionamentos) são os que recebem maior simpatia do grupo”. Em grande parte a liderança consiste na capacidade de um membro influenciar outros, tanto direta quanto indiretamente, em virtude de sua posição na estrutura de poder, onde se inclui a estrutura de autoridade legítima. Assim, a liderança pode ser distribuída entre muitos membros ou concentrada em apenas alguns (CARTWRIGHT e ZANDER, 1967).
As pesquisas de Cartwright e Zander (1967) identificaram as seguintes relações entre poder e influência: um membro do grupo tem maior tendência a sofrer “contágio” do comportamento de um membro com o mesmo poder; as tentativas para influenciar os membros com muito poder tendem a ser mais não-diretivas; os membros com muito poder atribuído recebem mais comportamento de deferência de outros membros do que aqueles que têm pouco poder; os membros com muito poder atribuído, iniciam maior número de tentativas de influência social do que os membros com pouco poder e obtém mais êxito; os membros com muito poder atribuído são mais diretivos nas suas tentativas de influência do que os membros com pouco poder. No que diz respeito à relação entre influência e coesão do grupo, Cartwright e Zander (1967, p. 183) consideram que: Um conjunto cada vez maior de provas experimentais indica uma estreita relação causal entre a coesão de um grupo e a quantidade de influência mútua exercida pelos membros de um grupo. Em termos muito simplificados, o fundamento teórico para esta relação é, essencialmente, o seguinte: na medida em que, por qualquer razão, os participantes desejam permanecer num determinado grupo, tenderão a criar e aceitar pressões, com o intuito de preservar o grupo ou levá-los a seus objetivos. Portanto, pode-se dizer que quanto maior a coesão de um grupo, quanto maior seu poder para modificar seus participantes. Propomos uma simples extensão dessa teoria afim de que possa abranger outros fenômenos além da pressão da influência: quanto mais coeso um grupo, tanto maior a tendência de seus membros para proporcionar e aceitar o apoio destinado a ultrapassar as limitações que impõem a remoção de alguma ameaça ao grupo, ou que, de alguma forma, impeçam o avanço do grupo para o seu objetivo. Em outras palavras, podemos dizer que a coesão aumenta, tanto a “capacidade” quanto o “poder” do grupo.
3.3.5 Tarefas
A realização de tarefas consiste na canalização da energia do grupo para a resolução de problemas, objetivo de sua formação. Segundo Mailhiot (1973), a participação da liderança na execução da tarefa é decisiva em sua execução, pois deve preocupar-se em sensibilizar os membros para a primazia da tarefa ao invés de suas necessidades pessoais. Mailhiot (1973) apresenta quatro critérios que favorecem a eficácia ao nível da tarefa: utilização funcional dos recursos, tomadas de decisão por consenso, maleabilidade dos processos e criatividade no plano da tarefa:
a) Utilização funcional dos recursos: O líder de um grupo de trabalho, ao assumir os papéis de coordenador ao nível da tarefa, obtém o resultado de tornar os membros do grupo desejosos e capazes de explorar todos os recursos que lhes são acessíveis na execução da tarefa. Desta forma, cada solução ou sugestão é aceita ou rejeitada em função de seu valor objetivo. b) Tomadas de decisão por consenso: O líder funcional, segundo este critério, incita os membros a não tomarem suas decisões senão quando todas as opiniões e as objeções forem verbalizadas. Todos estão conscientes de que este acordo deve ser explícito e autêntico. c) Maleabilidade dos processos: Flexibilidade do grupo em introduzir processos na troca entre os membros. d) Criatividade no plano da tarefa: A criatividade aflora através de um equilíbrio estável no grupo que se estabeleceu entre as exigências da tarefa e as necessidades de solidariedade, desta forma as tarefas se sobrepujam às necessidades individuais. Uma vez absorvidas as rivalidades, o clima de grupo e o moral do grupo, existe a polarização positiva na execução da tarefa e cada um dos membros se engaja e consagra o melhor de suas energias.
3.3.6 Objetivos
Cartwright e Zander (1967) descrevem alguns determinantes hipotéticos da eficácia do grupo. São eles: a relativa clareza de um objetivo; o grau em que o objetivo do grupo mobiliza as energias dos seus membros para as atividades do grupo; o grau de conflito, entre os membros, quanto ao objetivo que, entre vários, deve controlar as atividades do grupo; o grau de conflito, entre os membros, quanto aos meios empregados pelo grupo para atingir seus objetivos; o grau em que as atividades dos diferentes membros se coordenam, segundo a maneira exigida pelas tarefas do grupo; a disponibilidade de recursos necessários para o grupo, sejam econômicos, materiais, legais, intelectuais, e assim por diante.
A busca de uma definição de objetivos de grupo passa por uma avaliação do que seriam os objetivos individuais de cada membro do grupo. A dificuldade fundamental na concepção de um objetivo de grupo como uma reunião de objetivos individuais semelhantes pode ser apresentada da seguinte maneira de acordo com Cartwright e Zander (1967): o aspecto essencial de um objetivo é especificar um estado preferido e orientar a ação para atingir este estado; um objetivo individual especifica um estado preferido de um indivíduo e orienta sua ação a fim de atingi-lo; um objetivo de grupo especifica um estado preferido pelo grupo, como uma entidade, e orienta a ação do grupo para sua realização; o simples fato de os indivíduos terem, isoladamente, estados preferidos e semelhantes, não significa que exista um estado preferido por um grupo.
3.3.7 Normas
As normas de um grupo são os parâmetros, explícitos ou implícitos, que definem o comportamento desejável ou não dentro do grupo, segundo Cohen e Fink (2003, p. 64) “normas são regras não-escritas, crenças compartilhadas pela maior parte dos integrantes do grupo a respeito do comportamento adequado e atingível para ser um participante respeitado do grupo”. A definição das normas de um grupo tem relação com os valores individuais e compartilhados no grupo, entendendo-se como valores noções fundamentais de comportamento ideal (COHEN e FINK, 2003). Segundo Schein (1972), o comportamento e os sentimentos dos membros do grupo são determinados em conseqüência das normas implícitas ou explicitas do grupo, relacionadas ao que é considerado certo, bom, apropriado, permitido ou não. Os membros do grupo que violam as normas são censurados e punidos de maneira velada ou abertamente condenados e até expulsos do grupo. Importante é ter conhecimento de que as normas surgem de experiências vividas em outros grupos. À medida que o grupo desenvolve sua relação é que fica evidente se a norma é adequada ou não ao grupo ou ao seu momento, podendo ser ajustada a seu modo de sentir (SCHEIN, 1972).
É importante relacionar as normas de grupo e coesão, especialmente no que diz respeito aos grupos organizacionais, pois segundo Shepherd (1969), a relação entre coesão e produtividade encontra-se na natureza das normas criadas pelo grupo, se as normas do grupo apóiam de fato os objetivos organizacionais, a coesão levará a produtividade: “Os grupos de baixa coesão são bloqueados em seus esforços produtivos pela inaptidão em cooperar, e os grupos de alta coesão valorizam mais o conforto interpessoal do que a produção de trabalho” (SHEPHERD, 1969, p. 93).
3.4 As fases da vida do grupo e o desenvolvimento da coesão
Segundo Schutz (1989) a existência do grupo passa pela sua capacidade de definir-se como tal, a partir da estipulação de limites (quem está dentro, quem está fora?). Além disso, deve haver um procedimento que defina a inclusão grupal e vínculos pessoais entre os membros, de maneira a atender adequadamente as necessidades interpessoais de seus membros. Os membros do grupo integram-se apenas a partir do momento que suas necessidades fundamentais são satisfeitas pelo grupo. Segundo Schutz (1989), são necessidades interpessoais, no sentido de que somente em grupo e pelo grupo elas podem ser satisfeitas adequadamente. As necessidades são de inclusão, controle e afeto (MAILHIOT, 1973).
3.4.1 Inclusão
Nesta fase da vida do grupo os membros manifestam desejo de atenção, interação e distinção em relação aos demais, é quando decidem se querem fazer parte do grupo: “o problema da inclusão é ficar dentro ou fora. As interações de inclusão concentram-se nos encontros. A ansiedade de inclusão é a de que eu seja insignificante” (SCHUTZ, 1989, p. 107).
3.4.2 Controle
Segundo Schutz (1989, p. 107-108) “Assim que o grupo está formado, começa a se diferenciar. Pessoas diferentes assumem ou buscam papeis diversificados e as lutas pelo poder, a competição e a influência passam a ter uma importância central. A interação típica para enfrentar tais questões é o confronto”. O comportamento de controle está ligado à auto-percepção de competência: aquele que se sente incapaz ou inadequado tem um comportamento de controle extremado e ansioso, por um lado afastando-se de posições de poder e responsabilidade, ou tentando dominar autocraticamente os demais (SCHUTZ, 1989). O controle refere-se, portanto, ao processo de tomada de decisão entre pessoas na área do poder, influência e autoridade, sendo que “O problema do controle é estar por cima ou por baixo. A interação primaria do controle é o confronto. A ansiedade do controle é ser incompetente.” (SCHUTZ, 1989, p. 108).
3.4.3 Afeto
Estrutura-se na construção de vínculos emocionais conforme a autopercepção da capacidade de dar e receber afeto, essa fase define a relação proximidade/distância que irá prevalecer nas relações do grupo, sendo que “O problema da afetividade é estar próximo ou distante. A interação afetiva é o abraço. A ansiedade afetiva é ser ou não capaz de ser amado” (SCHUTZ, 1989, p. 110). A resolução no grupo das ansiedades interpessoais típicas de cada fase (significância, competência e ser amado) ao mesmo tempo favorece e amplia a coesão grupal, potencializando a aprendizagem interpessoal e a produtividade do grupo (YALOM, 2006).
4 PROPOSTA DE FERRAMENTA PARA IDENTIFICAÇÃO DA COESÃO NO GRUPO
O conteúdo pesquisado permite-nos considerar que a utilização da comunicação como forma de manejar o conflito é um fator determinante na conquista da coesão dentro de um grupo. Nesse sentido, Mailhiot (1973) identifica três critérios através dos quais o exercício da autoridade dentro de um grupo favorece sua integração: a) A validade das comunicações, com a definição de uma linguagem comum, o desenvolvimento da atenção e do interesse mútuo real e a conquista de uma relação autêntica, igualitária e complementar (não de subordinação), favorecendo a comunicação aberta, circular e funcional. As relações humanas rigidamente hierarquizadas são uma barreira para a comunicação e coesão do grupo. b) A coesão ótima é resultante da validade das comunicações e indício de que a integração está concluída, presença da empatia, solidariedade e lealdade e capacidade de coordenar, sincronizar e sintonizar os esforços em relação à tarefa, construindo um clima de interdependência entre os membros. c) A permeabilidade das fronteiras também é resultante da validade das comunicações e caracteriza-se pela profunda integração e solidariedade e ponto do grupo não se ver ameaçado pela saída ou ausência de membro ou chegada de novos membros, que são integrados com rapidez, além disso há um acolhimento do que vem do exterior sem que o grupo tema perda de identidade. Segundo Argyle (1974) o feedback é o mecanismo regulador presente na comunicação que possibilita o alcance da coesão do grupo. Através do feedback o grupo pode trabalhar o equilíbrio entre aproximação e fuga e a dinâmica de dominação/submisssão – afiliação/hostilidade (GOUGH, apud ARGYLE, 1974). Com base nas considerações de Mailhiot e Argyle, a característica dos grupos coesos e do contexto vivido pela média liderança propõe-se um questionário como ferramenta para identificação do nível de coesão deste grupo (apêndice 1). A seguir são apresentadas as perguntas propostas para o questionário e sua justificativa.
Na questão 1 são apresentadas 20 afirmações relativas ao comportamento do membro do grupo em relação aos demais, para as quais o respondente deve marcar a frequência com que age de uma determinada maneira. A resposta às questões permitirá localizar o comportamento predominante do membro na matriz dominação-afiliação (GOUGH, apud ARGYLE, 1974) e identificar as principais demandas do grupo em sua resolução dos confrontos, conforme se observa na Figura 1.
Figura 1: afirmações relativas ao comportamento do membro do grupo Fonte: adaptado de Gough, apud Argyle (1974, p. 66).
Nas questões 2 e 3 busca-se identificar a prática de relacionamento entre áreas na resolução de problemas, inicialmente questionando-se a prática pessoal (questão 2) e em seguida como o respondente percebe que os demais membros do grupo agem (questão 3). A resposta a essa questão permitirá identificar a dinâmica de aproximação-fuga presente no grupo. A questão 4 questiona os tipos de cobrança mais presentes na relação do respondente com superiores, pares, subordinados e clientes. As respostas a essa questão permitirão identificar os comportamentos desejáveis (normas implícitas ou explícitas) demandados por diferentes interlocutores e que possivelmente modelam o comportamento dos líderes intermediários em suas relações.
Na questão 5 é solicitada a relação dos comportamentos valorizados e rejeitados especificamente pelo grupo que compõe a liderança intermediária da qual o respondente faz parte. As respostas a essa questão permitirão identificar as normas de grupo explícitas ou implícitas que regulam as interações no grupo. Na questão 6 é solicitada a opinião do respondente a respeito dos fatores que facilitam e dificultam a coesão do grupo da média liderança, e na questão 7 é solicitada a descrição do papel da área do respondente no alcance dos objetivos estratégicos da organização. As respostas à questão 7 permitirão identificar a clareza e natureza da percepção dos respondentes em relação ao seu papel no contexto organizacional, permitindo uma análise da resolução da fase de controle vivido pelo grupo. A partir da análise às respostas do questionário proposto, pretende-se levantar as principais demandas de resolução de ansiedades e conflitos presentes no grupo que representam barreiras ao desenvolvimento da coesão. Dessa forma esse instrumento fornecerá um diagnóstico para planejamento de intervenções para o desenvolvimento interpessoal do grupo que compõe a liderança intermediária, favorecendo o desenvolvimento da equipe e da organização como um todo.
5 CONCLUSÃO
Conforme os objetivos específicos desta pesquisa seguem as conclusões sobre a identificação dos fatores que contribuem para o desenvolvimento da coesão entre os profissionais que compõem a média liderança nas organizações.
a) Identificar características do contexto organizacional típico da média liderança que podem afetar a coesão deste grupo. O presente estudo permite considerar que o trabalho da média liderança é fundamental na tradução da estratégia para orientar as equipes operacionais, estabelecer relações externas, desenvolver as competências centrais do negócio, sendo a qualidade do seu relacionamento considerado essencial para a obtenção de vantagem competitiva.
Neste sentido, conflitos no ambiente interno e externo,
expectativas desalinhadas entre a média liderança e diferentes níveis de
compromisso e tomada de risco são consideradas barreiras para o nível de coesão desse nível hierárquico.
b) Identificar nas fases da vida do grupo e nas propriedades estruturais dos grupos os fatores que interferem na coesão. Nas fases da vida do grupo e nas propriedades estruturais dos grupos foi identificado que os conflitos que afetam a coesão do grupo derivam da pressão por produtividade, ausência de motivação, desinteresse pelo objetivo comum, condições de trabalho insatisfatórias, resistência ou desejo de mudanças, gestão empresarial, assédio moral, humilhação, maus-tratos e falta de reconhecimento. Como fatores que favorecem o desenvolvimento da coesão do grupo, facilitando a resolução dos conflitos foram identificados: a frequência das interações, as semelhanças de atitudes e valores, a definição de um ou mais objetivos comuns, a existência de um concorrente ou inimigo comum, o êxito em alcançar objetivos e status grupais, a baixa frequência de interações externas, a boa capacidade de solucionar diferenças e a abundância de recursos.
c) Propor uma ferramenta para identificação do nível de coesão entre líderes intermediários. Para identificar o nível de coesão na média liderança foi proposta uma ferramenta para analisar: as demandas do grupo na resolução de confrontos; o relacionamento das áreas na resolução de problemas; os tipos de cobrança mais presentes no cotidiano da média liderança; os comportamentos valorizados e rejeitados pela média liderança para regular a coesão do grupo; os fatores que facilitam e dificultam a coesão a partir da percepção da própria média liderança; e o papel da área gerenciada pela média liderança participante da pesquisa e seus possíveis impactos nos objetivos estratégicos da organização. Para futuras pesquisas recomenda-se a aplicação do questionário proposto para verificar sua efetividade como instrumento de identificação do nível de coesão de grupos de líderes intermediários e como ferramenta para levantar as demandas de desenvolvimento interpessoal destes grupos. A partir deste estudo é possível identificar que a coesão tem importância fundamental na capacidade do grupo desenvolver-se e ser produtivo, sendo essencial a identificação do nível de coesão presente no grupo de líderes
intermediários devido ao papel central que estes exercem na realização dos objetivos organizacionais e sua liderança. Esta pesquisa contribui para o estudo dos grupos, na medida em que esclarece alguns fatores que norteiam a coesão na média liderança, os conflitos de poder existentes e meios de desenvolver a coesão. Desta forma trouxe este panorama organizacional à luz da teoria de grupos. Assim, a pesquisa contribui para o setor produtivo ao favorecer a compreensão da coesão como um fator de aumento da eficácia organizacional e também para a sociedade uma vez que tem relação com a qualidade de vida dos indivíduos e grupos em seu ambiente de trabalho.
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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APÊNDICE 1 – Questionário sugerido para identificação do nível de coesão
Características pessoais Nome (opcional):
Idade:
Cargo:
Tempo no cargo:
Formação acadêmica: Tempo que faz parte do grupo de líderes intermediários:
Sempre
sempre
Quase
vezes
Muitas
vezes
Poucas
mente
Rara-
Ações no grupo
Nunca
1. Na sua relação com os demais líderes intermediários você (marque um “x” na opção desejada)...
1 Abandona discussões improdutivas 2 Aconselha outros membros em relação a atitudes e decisões 3 Admite decisões no grupo mantendo discordâncias para si mesmo 4 Analisa fatos e comportamentos 5 Assiste os demais membros em suas necessidades 6 Concorda com as decisões e meios de discussão 7 Consente com as opiniões 8 Coopera na busca de soluções grupais 9 Coordena o rumo das discussões 10 Critica opiniões e comportamentos 11 Desaprova modos de agir e resultados 12 Dirige as conversas 13 Esquiva-se quando um posicionamento parece inviável 14 Guia a tomada de decisões 15 Inicia as discussões quebrando o gelo 16 Julga dados e fatos 17 Recua diante de oposições frontais 18 Resiste a mudança de posicionamento 19 Retira-se quando suas contribuições não sao consideradas 20 Serve aos demais membros
2. Na sua opinião, na sua relação com os demais líderes intermediários, você... Busca soluções negociadas visando a realização dos objetivos da sua área e da organização
Busca soluções dentro da sua área visando a realização dos seus objetivos e da organização
3. Na sua opinião, na sua relação com os demais líderes intermediários, os demais líderes... Buscam soluções negociadas visando a realização dos objetivos da própria área e da organização
Buscam soluções dentro da própria área visando a realização dos objetivos da área e da organização
4. Liste três tópicos que representem as cobranças que você mais recebe dos: Superiores
Pares
Subordinados
Clientes
1.
1.
1.
1.
2.
2.
2.
2.
3.
3.
3.
3.
5. Liste três comportamentos que são valorizados e rejeitados pelo grupo dos líderes intermediários: Comportamentos VALORIZADOS
Comportamentos REJEITADOS
1.
1.
2.
2.
3.
3.
6. Cite três fatores existentes no grupo líderes intermediários que facilitam ou dificultam a coesão do grupo: Fatores FACILITADORES da coesão
Fatores DIFICULTADORES da coesão
1.
1.
2.
2.
3.
3.
7. Descreva abaixo o papel da sua área no alcance dos objetivos estratégicos da organização: