Catalogo Memoria grafica 2013.2 - UFPE

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REVISTAS PERNAMBUCANAS Investigação Do Universo Gráfico (1900 - 1930)



REVISTAS PERNAMBUCANAS Investigação Do Universo Gráfico (1900 - 1930)

Grupo de Estudo Memória Gráfica Pernambucana 2013.2 | dDesign | UFPE


Apresentação


Este catálogo é resultado de um trabalho de pesquisa realizado pelo grupo de estudo Memória Gráfica Pernambucana, turma 2013.2, do curso de Graduação em Design da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que tem como objetivo promover uma investigação da linguagem gráfica de periódicos antigos, constituindo-se em mais um suporte para a memória gráfica pernambucana. O resultado da pesquisa está exposto nas próximas páginas e reflete o sucesso e as dificuldades dessa experiência. Nem todas as revistas foram encontradas; as que foram localizadas nem sempre apresentam bom estado de conservação e, a assimetria nos achados das informações contidas nas análises de cada revista se deve às diferenças de projetos gráficos - uns mais imagéticos, outros mais verbais -, e a bagagem de conhecimentos de cada aluno, uma vez que neste grupo de estudo não há pré-requisitos para participação. MARIA TERESA DE CARVALHO POÇAS

Coordenadora da pesquisa de memória gráfica pernambucaNA 2013.2 UFPE Organizadora do catálogo



Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Departamento de Design Coordenação da Graduação Hans Waechter Diagramação Carolina Cavalcanti, Jonas Carlos, Lucas Demery, Nathália Moura (coordenação editorial), Soraya Holder, Tamyres Siqueira. ALINE LEÔNCIO • ANDERSON NORBERTO • ANDERSON GOMES BRUNO CAVALCANTI • CAROLINA CAVALCANTI • CAROLINE TORRES CLARISSA PESSOA • DIEGO RODRIGUES • EFRAIM JOSÉ • GABRIELA MACHADO • HEITOR SILVA • JENNIFER MONTE • JONAS CARLOS LUCAS DEMERY • LUCAS MENDES • MANUELLA OLIVEIRA • MARIA JULIA SANTOS • MILENA FERNANDES • MIRELA GUIMARÃES • NATHÁLIA MOURA • SORAYA HOLDER • TAMYRES SIQUEIRA • THAÍS PINHEIRO WILLIAM PEREIRA. Recife, fevereiro de 2014.


A-E 12 20 28 36

AVANÇA! CINEMA CRI-CRI COBRA (A)

F-J 46 54 62

FALLADOR (O) FEITOZENSE (O) FROU-FROU


Sumário K-P 74 82 90 98 106 114

LYRIO (O) NOSSA TERRA NOTA (A) P’RA VOCÊ PILHERIA (A) PIMPÃO (O)

Q-Z 124 132 140 148

REVISTA DA CIDADE REVISTA DE PERNAMBUCO RUA NOVA TACAPE (O)



A-E AVANÇA! CINEMA CRI-CRI COBRA (A)


Avança (1924-1926)

O foco da revista são relatos políticos, vida cotidiana e cultura. Usa-se o recurso de sátiras, charges, ilustrações e poemas para o desenvolvimento do periódico. Análise por Anderson Gomes, Heitor Silva e Jonas Carlos



ASPECTOS GERAIS Gênero Crítica e humorística. Subtítulo Semanário Ilustrado. Aspectos Semânticos A revista é rica em charges e ilustrações que, desde quando começou a circular, é um dos principais recursos usados para atrair os leitores e expor o seu lado satírico e humorístico, fazendo isso com diversos acontecimentos e aspectos da época. Sua proposta é ser uma ótima fonte de entretenimento para a sociedade. Vigência De 15 de agosto de 1908 até 13 de março de 1909 (nº 28). Periodicidade Semanal.

Preço Valor avulso 200 rs, assinatura anual 10$000, até o nº 7. Valor 300 rs, assinatura anual 15$000, do nº 8 em diante.

Número de páginas Vária a cada edição, mas costuma ter entre 18 e 28 páginas. Casa de impressão Não informado. Sistema de impressão Não especificado. Publicidade Aparece em quantidade variada a cada edição, geralmente no início, final da revista e no rodapé, não há mistura entre conteúdo e publicidade.

Formato 31x21 cm.

Página com ilustração que representa um diálogo apresentado logo abaixo em itálico. AVANÇA! Nº 3, 29 de agosto de 1908.

Página de uma seção frequente na revista onde é apresentada uma partitura (geralmente em página dupla). AVANÇA! Nº 10, 17 de outubro de 1908.


14/15 AVANÇA

Seções recorrentes Partitura1 / Texto em Código2 / Torneios3 / Charge Política4 / Movimento Literário PE/ Economia5 / Os Nossos Artistas / Seção Infantil.

Direção e propriedade Dr. Picareta. Ilustração Guapy, Diogo Barradas, Raphael Togo e Spitzer.

1-5

Nomes dados pelos pesquisadores para as seções, já que as mesmas não apresentavam título.

Página de anúncios, geralmente monocromática e com ampla variedade de tipos. AVANÇA! Nº 11, 24 de outubro de 1908.

Seção frequente na revista, onde é apresentado um texto em código contendo uma mistura de ilustrações e letras em lettering.


PROJETO GRÁFICO CAPA A revista apresenta duas capas contendo as mesmas informações, entretanto segunda mostra uma ilustração diferente seguida de uma frase ou texto pequeno logo a baixo e sempre em uma única cor. O logotipo da primeira e segunda costuma ser diferente. Logotipo Vária bastante durante as sessões, mas costumam ser tipo serifado, lettering, com desconstrução sintática e com ornamentação.

Linguagem verbal No texto referente ao número da revista, data, preço e subtítulo, é utilizada uma tipografia serifada. Em algumas edições é usado tipo sem serifa, em outras é usado lettering.

Sistema cromático Até o nº 7 é usada apenas uma cor, do nº 8 em diante as capas são bastante coloridas.

O logotipo da segunda capa não costuma ter desconstrução sintática, e se mostra menos variado que o logotipo da primeira capa.

Informações sobre preço e edição Sim. Linguagem visual Ilustração predominantemente realística.

Capa colorida, logotipo em lettering e inclusão pictográfica. As informações são em fonte com serifa. Nº 11, 24 de outubro de 1908.


16/17 AVANÇA

Logotipo em lettering com ornamentação e inclusão pictográfica, ilustração realista, textos e informações da revista em tipografia serifada. AVANÇA! Nº 11, Recife, 24 de outubro de1908.

Capa com ilustração realista, titulo em lettering; Uso de apenas uma cor. AVANÇA! Nº 7, Recife, 23 de setembro de 1908.


PROJETO GRÁFICO MIOLO Grid Formal.

Recuo de página Positivo.

Colunas Duas colunas.

Espaçamento de paragráfo Não.

As duas primeiras edições têm três colunas.

Título Tipo sem e com serifa / Caixa alta e baixa / Lettering / Estilo normal, bold e light. Subtítulo Tipo serifado / Caixa alta e baixa / Estilo normal. Corpo do texto Tipo serifado / Estilo normal / Itálico.

Editorial Legenda / Cabeçalho / Assinatura / Capitular / Notas de Rodapé / Expediente. Objetos gráficos Barras / Boxes / Fios / Grafismos / Vinhetas. Sistema Cromático Bicromia. Algumas edições chegam a ter três cores.

Alinhamento Justificado. Algumas vezes aparece alinhado à direita, outras alinha à esquerda.

Página com duas colunas, tipografia serifada, texto justificado, recuo positivo e sem espaçamento entre parágrafos. Presença de capitular, fios, e vinhetas. AVANÇA! Nº 9,10 de outubro de 1908.


18/19 AVANÇA ACERVO Biblioteca Pública Estadual (BPE) 1908: nº 1 (agosto) ao nº 20. 1909: nº 21 ao nº 28 (março). Referência: 782. Além da pesquisa com as fontes primárias, esta análise também utilizou informações constantes no livro “História da Impressa de Pernambuco”, de Luiz do Nascimento, volume 8, páginas 233, 234, 235 e 236.

Página com charge monocromática, ilustrações realistas e texto serifado. AVANÇA! Nº 12, 31 de outubro de 1908.

Página da seção Os Nossos Artistas, com uma ilustração do rosto do artista homenageado. Texto serifado, alinhado à esquerda. Nome da seção no estilo bold.


Cinema (1910-1927)

Revista de variedades semanal distribuída nas portas dos principais cinematógrafos da capital pernambucana. De teor literário e humorístico/ sarcástico, apresenta colunas sobre comportamento, moda, cotidiano, política e cinema. Lançada inicialmente em 7 de janeiro de 1910 até a sétima edição em 4 de abril do mesmo ano, a revista volta a ser distribuída no início de 1927, apresentando grandes mudanças editorias e gráficas. As mudanças são tantas que leva-nos à hipótese de serem duas revistas distintas, embora não tenhamos base teórica para esta afirmação. Análise por Anderson Norberto



ASPECTOS GERAIS Gênero Cinema e variedades. Subtítulo Não há.

Vigência 7 de Janeiro de 1910, sendo o nº7, o último, publicado em 4 de Abril de 1910.

Aspectos Semânticos Em 1910 a revista apresenta um projeto gráfico ora ousado ora comedido. Apesar da publicidade parecer ser bem distribuída em um único espaço (suas três primeiras páginas) aparecem com frequência no decorrer da publicação. Sempre três colunas justificadas e com uma grande figura em seções específicas. Em 1927 algumas grandes mudanças marcam esse novo período editorial como a aparição de mais cores e imagens no decorrer da publicação. Já não existem mais as páginas especificas sobre a publicidade (as quais agora disputam os melhores posições dentro da própria publicação) e volta-se mais ao cinema em si.

Janeiro de 1910. Página social com dupla coluna. A ornamentação se faz muito presente no projeto gráfico do miolo com muita utilização de vinhetas.

A revista volta a ser publicada em 1927 mas devido a falta de matrial no acervo de uma bibliografia precisa, não se sabe ao certo a data de inicio e fim desta publicação.

Periodicidade Semanal. Preço 1910: Distribuição gratuita. 1927: 300 contos de reis. Formato 29x19cm. Impressa em papel couche.

Número de páginas 24 páginas.

Setembro de 1933. Anúncio de “serviço de gaz”. Percebe-se a utilização de duas cores (o azul e vermelho) em sua composição gráfica.


22/23 CINEMA

Casa de impressão 1910: Imprensa Industrial, na rua Visconde de Itaparica (atual do Apolo) nº 49/51. 1927: Diario da Manhã. Sistema de impressão 1910: tipográfico. 1927: tipográfico e litográfico.

Direção e propriedade 1910: Honoaldo Silva e Alfredo Cunha. 1927: Não informa. Ilustração Não informa.

Publicidade 1910: apresenta três folhas dedicadas exclusivamente aos anúncios. 1927: apresenta anúncios espalhados pelo decorrer da publicação. Seções recorrentes Em 1910: Notas de um maluco / Carta em rima / Ditos e brinquedos / Nossos escula-pios / Ai! Laife / Modas e fanfreluches / Preciosidades / Modas masculinas / Colis Postaux / Operador / Filmes engrossativos.

Outubro de 1931. Detalhe de anúncio de página inteira com utilização de fotografia recortada d’As Lojas Paulistas.

Janeiro de 1910. Página de anúncios com ornamentação com linhas e signos de leitura para facilitar a divisão dos textos.


PROJETO GRÁFICO CAPA Logotipo 1910: Tipografia em caixa alta e serifada.1927: Muda sua logo a cada edição – ora apresenta tipo formal e não serifado ora apresenta tipo desenhado e específico. Só apresenta uma única repetição no decorrer das publicações.

Informações sobre preço e edição 1910: Sim. 1927: Nas primeiras edições sim, após a terceira edição para de informar em sua capa e volta a informar apenas o preço na edição 6.

des fatos e paisagens do estado. 1927: A capa ressurge com força e intensidade. Estampa em cores vivas as grandes divas do cinema-americano. Linguagem verbal 1910: Segue sempre um padão. 1927: Grande variedade de tipografia e mudanças no decorrer das edições. Sistema cromático 1910: Impressão em duas cores. 1927: Impressão em até 3 cores.

Na edição 7, a ultima que consta no acervo, não apresenta mais nenhuma dessas informações.

Linguagem visual 1910: Apresentava tímidas imagens fotográficas e ilustrações geralmente relacionadas ao cinema ou a gran-

Capas: Ano I, nº 4, de 1927. Gloria Swanson em 3 cores / Outubro de 1931 com Marlene Dietrich em “A vênus loura”. Nota-se a mudança na logo da revista se comparada com outras edições / Setembro de 1933 com Ulma Landi. Processo de colorização do fotograma (técnica que insere cores no negativo antes da impressão).


24/25 CINEMA

Capa de outubro de 1933. Apresenta construção e apelo gráfico diferente das outras edições, possivelmente influenciada pela semana de arte moderna de 1922.

Capas de 1910: 7 de janeiro e 4 de abril com utilização de fotografia e ornamentação em estilo arte nouveau.


PROJETO GRÁFICO MIOLO Grid Formal. Colunas 1910: 2 a 3 colunas, esta com pouca frequência. 1927: 3 colunas.

Editorial Apresenta legenda e alguns cabeçalhos. Objetos gráficos Barras / Fios.

Títulos Tipografia sem serifa e estilo bold.

Sistema cromático Monocromático.

Subtítulo Não apresenta.

Em 1927 algumas propagandas apresentavam cor em sua composição.

Corpo do texto Tipografia serifada / Estilo normal. Alinhamento Justificado. Recuo da página Positivo. Espaçamento do parágrafo Sim.

Outubro de 1933. Detalhe de anúncio e proto-sinopse do filme King Kong.

Novembro de 1933. Critica e Sinopse do filme King Kong.


26/27 CINEMA ACERVO BPE – Biblioteca Publica Estadual 144pp –E3 – p4 – 011 14spp – E3 – p4 – 011 433pp – E4 – p3 – 08 690pp – E15 – p1 – 01

Janeiro de 1910. Anúncio do cinema Pathé envolto por moldura ornamentada.

Além da pesquisa com as fontes primárias, esta análise também utiliza informações constantes no livro “História da Imprensa de Pernambuco”, de Luiz do Nascimento, volume 7, páginas 266-267.

Dezembro de 1927. Crítica de filme em textos de 3 colunas marca a volta e a reformulação gráfica da revista a partir deste ano.


Cri-Cri (1902-1904)

Tendo como público alvo a parcela feminina da população, a revista trata de assuntos diversos, desde sessões informativas a contos e poesias, na maior parte levando o conteúdo exposto para o lado do humor e do entretenimento. Análise por Clarissa Pessoa



ASPECTOS GERAIS Gênero Humorística Subtítulo Semanário humorístico e noticioso.

Tiragem Tiragem de 5000 exemplares. Preço Avulso (primeira edição): $400, Avulso (demais edições- 2 à 18): $300, Assinatura por ano: 16$000, Assinatura por semestre 10$000.

Aspectos Semânticos A revista possui uma grande gama de ilustrações e fotos que tentam aproximar o leitor daquilo que é abordado em determinada sessão (poema, conto, personalidade, etc). A partir da forma como a imagem é ilustrada (mais realista ou mais caricaturista), pode ou não enfatizar o teor humorístico da passagem, guiando o leitor à uma determinado nível de descontração.

A partir da edição de numero 14, o número de páginas variava entre 20 e 25 páginas, muitas usadas para publicidade.

Vigência Agosto de 1908 à Dezembro de 1908 (nº18).

Casa de impressão Agência Jornalística Pernambucana.

Periodicidade Semanal.

A partir do nº 8, passou a ser impressa na Livraria Contemporânea, de Ramiro M. Costa & Filhos.

Capa de número 1, Ano 1, da revista semanal Cri-Cri. Recife, Agosto-1908. Capa impressa em duas cores.

Formato 28x19 cm. Número de páginas 20 páginas

Página de abertura da revista Cri-Cri, número 1, Ano 1. Recife,Agosto-1908. Presença de linhas e vinhetas.


30/31 CRI CRI

Sistema de impressão Litográfica e Tipográfica.

Direção e propriedade Agência Jornalística Pernambucana.

Publicidade Cerca de 4 páginas destinadas à publicidade (segunda, última, e outras duas dentro do miolo).

Ilustração Guapy (Herculano de Albuquerque)/ Pivot/ Pierre/ Til.

É possível encontrar anúncios presentes em páginas da revista dividindo espaço com as sessões. Tabela de anúncios: página inteira custava 50$000, meia página custava 30$000 e um quarto da página custava 15$000.

Til era o redator artístico e ficou encarregado das diversas alegorias das capas, sempre impressas a cores.

Seções recorrentes Sports / Rapidos / Correspondencia / Para Creanças / Folhinha do Cri Cri / Postaes Masculinos / Revista Teatral / O Recife de Relance / Sphynge.

Pagina da Revista Cri-Cri, Ano 1, Recife, -1908. Apesar de focar no campo das ilustrações, também há a presença da fotografia.

Pagina da Revista Cri-Cri, Ano 1, Recife-1908. Apresenta uma das sessões frequentes da revista, “O Recife de relance”.


PROJETO GRÁFICO CAPA Logotipo Caligráfico com serifa, até o nº13. Cáligráfico sem serifa com ornamentação, a partir do nº14. O nº7 foi o único em que o logotipo foi feito a partir da técnica de lettering.

Sistema cromático A maior parte das edições expõe monocromia e dicromia. Há também edições especiais como número 13, que apresenta uma policromia.

Informações sobre preço e edição Sim. Linguagem visual Desenhos estilo caricatura. Algumas capas apresentavam ilustrações mais realistas.

Linguagem verbal A maior parte dos textos de apoio da capa são em tipografia caligráfica sem serifa, mas com relação as informações de ano e número, o tipo caligráfico e serifado se repete.

Capa de nº 13, Ano 1, 1908. Fugindo da dicromia presente nas outras capas da revista, o nº13 apresenta uma capa com 4 cores.

Capa de nº 13, Ano 1, 1908. Logotipo feito a partir da técnica de lettering. Capa monocromática.


32/33 CRI CRI

Capa final da Cri-Cri, Ano 1, Dezembro, 1908. Capa dicromรกtica, impressa pelo processo de litografia.


PROJETO GRÁFICO MIOLO Grid Formal. Colunas Duas colunas.

Editorial Presença de Capitular, folio e legenda.

Título Tipo com serifa / Caligráfico / Bold.

Objetos Gráficos Barras / Fios / Vinhetas / Painéis.

Subtítulo Com e sem serifa / Estilo normal.

Sistema Cromático Monocromia.

Corpo do texto Tipo serifado / Estilo normal. Alinhamento À esquerda / Justificado. Recuo de Parágrafo Positivo. Espaçamento de Parágrafo Não. A não ser no caso dos poemas.

Pagina da Cri-Cri, Ano 1,1908. Diagramação da revista caracterizada por possuir um Grid formal, com duas colunas, alinhamento à esquerda e justificado.

Capa de nº14, Ano 1,1908. Utilização de grafismos no logotipo.


34/35 CRI CRI ACERVO Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ) Coleção completa; 1908: nº 1 ao 18. Biblioteca Pública Estadual (BPE) Coleção completa; 1908: nº 1 ao 18. Além da pesquisa com as fontes primárias, esta análise também utilizou informações constantes no livro “História da Imprensa de Pernambuco”, de Luiz do Nascimento, volume 7, páginas 231 a 233.

Pagina da Cri-Cri, Ano 1, 1908. Página destinada à publicidade.


A Cobra (1903)

O foco da revista é o bom humor. As crônicas, poemas e matérias em geral têm em comum o humor elegante e a sátira às questões da sociedade e da política local. Até os anúncios têm um tom bem-humorado. Análise por Milena Fernandes



ASPECTOS GERAIS Gênero Humorística. Subtítulo Revista Illustrada e Humoristica. Aspectos Semânticos Páginas internas recheadas de desenhos e ilustrações. Alguns anúncios são rodeados por boxes. As matérias têm separadores delicados. A maioria das páginas tem vinhetas nas bordas. A capa, além das vinhetas, apresenta por vezes fios e outros elementos decorativos, como carimbos litografados. Vigência De 21 de fevereiro de 1903 a 14 de agosto de 1903 (nº 17). Periodicidade Semanal. Formato 36x25cm.

Exemplos das ilustraçõescontidas na revista.

Número de páginas Até o número 12, apresenta 8 páginas. A partir do nº 13 passou a ter 12 páginas, contando com as quatro da capa. Casa de impressão Agencia Jornalistica Pernambucana, localizada na Rua Quinze de Novembro, nº 31. Sistema de impressão Litográfico e tipográfico. Publicidade Uma página de anúncios logo após a capa e mais alguns anúncios misturados às matérias. Seções recorrentes A semana (crônica em versos) / Correspondência / Folhetim d’A Cobra / Receitas d’A Cobra / Teatro d’A Cobra.

Página de publicidade.

Detalhe de alguns anúncios.


38/39 COBRA (A)

Direção e propriedade Propriedade de uma sociedade anônima. Direção de Juca Palheta. Ilustração Benevenuto Teles e Euclides Fonseca.

Folha de rosto da edição nº 17.


PROJETO GRÁFICO - CAPA Logotipo Tipo com serifa na primeira capa. Lettering sem serifa com inclusão pictográfica na segunda capa. No início das edições o tipo era serifado, mas no nº 17, o último, nota-se o logotipo sem serifa.

Linguagem verbal Tipo serifado. Sistema cromático Monocromia até o nº 12. A partir do nº 13, tricromia.

Informações sobre preço e edição Consta apenas o número da edição. Linguagem visual Nas primeiras edições, apresenta uma ilustração grande. A partir do nº 13 além das ilustrações, aparecem vinhetas, por vezes acompanhadas das ilustrações e outras sozinhas.

Capa da edição nº 9.

Capa da edição nº 17.

Capa da edição nº 13 em tricromia e um inacreditável degradê.


40/41 COBRA (A)

Quarta capa da edição nº 13.


PROJETO GRÁFICO - MIOLO Grid Formal.

Recuo de página Positivo.

Colunas Três colunas.

Espaçamento de paragráfo Sim.

Título Tipo serifado / Caixa alta e caixa baixa / Estilo normal e estilo bold.

Editorial Presença de cabeçalho / Assinatura / Folio / Expediente.

Subtítulo Tipo serifado / Caixa baixa e caixa alta / Estilo normal.

Objetos gráficos Boxes, barras, fios, vinhentas.

Corpo do texto Tipos serifados / Caixa baixa / Estilo normal e estilo bold.

As páginas eram impressas todas em uma cor só, preto ou vermelho, intercaladas.

Sistema cromático Dicromia.

A variedade de fontes é grande, mas todas elas são serifadas.

Alinhamento Centralizado e justificado.

Um dos ornamentos usados pra decorar as páginas.

Exemplos dos ornamentos utilizados para demarcar a mudança de matéria/anúncio.


42/43 COBRA (A) ACERVO Arquivo Público de Pernambuco (APE) 1903: nº 1, 2, 3, 4, 9, 13 e 17. Dos números 3 e 4 constam apenas fragmentos da capa. Além da pesquisa com as fontes primárias, esta análise também utilizou informações constantes no livro “História da Imprensa de Pernambuco”, de Luiz do Nascimento, volume 7, páginas 93-95.

Página tipo da revista.



F-J FALLADOR (O) FEITOZENSE (O) FROU-FROU


O Fallador (1913-1914)

Durante o primeiro ano de existência manteve o foco em poesias, textos de humor e algumas notícias. Tinha uma linguagem licenciosa, divulgando reportagens de escândalos, seções debochadas e desenhos de cenas amorosas com legendas imorais. No segundo ano manteve estas características, mas de uma forma mais crítica. Analise por Thaís Pinheiro Mendes



ASPECTOS GERAIS Gênero 1913: Literário, humorístico e noticioso. 1914: Humorístico, crítico, buliçoso, noticioso e literário. Subtítulo 1993: Periódico literário, humorístico e noticioso.1994: Periódico humorístico, crítico, buliçoso, noticioso e literário. Aspectos Semânticos Pode-se encontrar ilustrações por toda a revista, com apenas 2 ou 3 páginas apresentando apenas textos. As ilustrações servem pra deixar a revista, que já tem um aspecto humorístico, mais divertido e dinâmico. Vigência De 21 de Julho de 1913 a 17 de Fevereiro de 1914.

Preço Avulso 100 reis. Formato 38x25cm. Número de páginas 8 páginas. Casa de impressão Tipografia de A. Lins Vieira, à rua do imperador nº20. Sistema de impressão Litográfico e tipográfico. Seções recorrentes Telegrammas / A Berlinda d’O Fallador / Fico Damnado / Palpites d’O Fallador / Fiquei Cobra / Feira da Encruzilhada / Carta Achada / Theatro.

Periodicidade Bissemanal.

Dentro da revista algumas ilustrações são encontradas em páginas alternadas.

Em todas as edições aparecem anúncios diversos, como por exemplo o do cigarro Talisman. Em algumas partes também se fala de filmes de sucesso da época.


48/49 FALLADOR (O)

Direção e propriedade No início: Zé K. Lunga e Chico Gordo. No meio: Olho Elétrico e Lord. No fim: Sociedade Anonyma.

Ilustração que aparece na 3ª edição de 1913.

Nesta página está umas das sessões mais recorrentes da revista, “Theatro”. Percebe-se que as páginas seguem o modelo de três colunas.


PROJETO GRÁFICO CAPA Logotipo 1993: tipo serifado. 1994: tipo sem serifa. Informações sobre preço e edição Sim. Linguagem visual Sempre tem uma ilustração, predominantemente realística. Linguagem verbal Tipo serifado. Sistema cromático Monocromia.

Esta é a capa da 2ª edição de 1913. As informações básicas da revista ficam acima e mais embaixo fica uma ilustração com alguns dizeres.


50/51 FALLADOR (O)

Capa da 3ª edição do ano seguinte. Segue o mesmo modelo do ano anterior, mudando apenas a fonte do título e algumas das informações básicas.

Na 6ª edição de 1913 encontramos a única fotografia que aparece em toda a vigência da revista.


PROJETO GRÁFICO MIOLO Grid Semiformal.

Alinhamento À esquerda e justificado.

Colunas Três.

Recuo da Página Positivo.

Título 1913: Tipo Serifado / Caixa Alta / Estilo Bold. 1914: Tipo Serifado / Caixa Baixa / Estilo Normal

Espaçamento de Parágrafo Não.

Subtítulo Não apresenta subtítulo.

Objetos Gráficos Fios / Barras / Grafismos.

Corpo do texto Sempre tipo serifado em caixa baixa, estilo normal.

Sistema Cromático Monocromia.

Texto retirado de uma das sessões mais recorrentes, “Lyra Popular”, são quase sempre poesias sobre amor e sofrimento.

Editorial Legenda e cabeçalho.

Raramente encontramos páginas que fogem do modelo tradicional, como esta que apresenta apenas duas colunas.


52/53 FALLADOR (O) ACERVO Arquivo Público de Pernambuco (APE) 1913: nº 1 ao nº 7 1914: nº 1 ao nº 5. Além da pesquisa com as fontes primárias, esta análise também utilizou informações constantes no livro “História da Imprensa de Pernambuco”, de Luiz do Nascimento, volume 7, página 335.

Ilustração achada no miolo da 1ª edição do ano de 1914.


O Feitozense (1913-?)

O Feitozense é um periódico literário e noticioso. O foco da revista são os poemas, estórias, histórias e notícias da vida dos pernambucanos, como batizados, falecimentos e casamentos. Ocorreu uma mudança em relação à direção do periódico, a qual foi trocada após a edição de 30 de dezembro de 1913. Análise por Manuella Oliveira Silva



ASPECTOS GERAIS Gênero Literária e Noticiosa. Subtítulo Revista Literária, Recreativa e Noticiosa. Aspectos Semânticos Ao menos até a edição 17, do dia 31 de julho de 1914, que foi a última disponível e que se tem acesso no Acervo Público do Estado (tendo em conta que o periódico não se encontra em nenhum outro local, a revista não possui imagens (a única encontrada foi a foto do seu primeiro diretor que deixou o cargo, como forma de homenagem). A linguagem é predominantemente verbal, a revista é ‘ilustrada’ com muitos poemas, poesias, incluindo uma sessão de charadas para entreter os leitores, há também três partes da revista dedicadas a História (A mania das novidades, Roma e Cota), normalmente de cunho político-social.

Vigência Teve ínicio em 18 de outubro de 1913, sendo um periódico quinzenal, foram encontrados apenas algumas edições, sendo a última de 31 de julho de 1914. Não foram encontrados mais exemplares, não há notícias se houve ou não continuação das publicações.

Preço Fixo Assinatura Trimestral : 1$000 Formato 33 x 23 cm 4 páginas em papel Couché.

Casa de impressão Oficina Gráfica de Júlio Agostinho Bezerra. Redação instalada na Rua Nova Feitosa, nº 67. Sistema de impressão Tipográfico.

A tipografia dos títulos é feita em lettering, não havendo um padrão, normalmente com ornamentos abaixo do título e corpo do texto justificado.


56/57 FEITOZENSE (O)

Publicidade Há apenas a divulgação de outros periódicos da época, provavelmente nenhuma propaganda paga. Seção da revista chamada “Pela Imprensa”. Seções recorrentes A mania das Novidades / Baptisados / Cota / Matando o Tempo / Página Azul / Pela Imprensa / Pensamentos / Roma / Urna da Mágoa. Direção e propriedade Inicialmente era de Joaquim de Souza, e posteriormente passou a ser de Augusto Mendes.

Estava presente no final do texto a assinatura do seu redator.


PROJETO GRÁFICO CAPA Logotipo Lettering com serifa, no segundo ano da revista o logotipo muda um pouco e são adicionados duas ornamentações. Informações sobre preço e edição Sim. Linguagem visual Apenas uma foto e vinhetas tipográficas. Linguagem verbal No texto referente ao endereço da redação, edição da revista, proprietários e preço são utilizadas duas tipografias ambas serifadas e uma caligráfica. Sistema cromático Monocromia.

Logotipo da revista bastante ornamentado, com vinhetas e grafismos, mas seguindo a mesma estrutura de todos os outros, com subtítulo e informações a respeito do periódico.

Acima encontra-se o logotipo, que em comparação aos outros é o mais simples, sem ornamentos, apenas o lettering.


58/59 FEITOZENSE (O)

Ed. 4, 30 dezembro de 1913. Esta é a única imagem que foi encontrada no periódico até onde se tem registro atualmente, trata-se do ex sócio e diretor da revista, que havia deixado o cargo. Acima encontra-se o logotipo, que em comparação aos que se seguem, é o mais simples, sem ornamentos e apenas o lettering.


PROJETO GRÁFICO MIOLO Grid Formal.

Espaçamento de parágrafo Não

Colunas Três.

Editorial Há cabeçalho, legenda e folio.

Título Tipo com e sem serifa / Caixa alta / Estilo normal.

Objetos gráficos Boxes / Fios / Grafismos / Vinhetas.

Subtítulo Tipo serifado / Caixa alta / Estilo normal.

Sistema cromático Monocromia.

Corpo do texto Tipo serifado / Caixa baixa / Estilo normal. Alinhamento À esquerda. Recuo da página Sim, positivo.

Ed. 4, 30 dezembro 1913. A tipografia usada era serifada. Separavam-se os tópicos com barras/fios (as vezes ornamentados) e títulos com tipografias diferentes para cada seção.

Ed. 4, 30 de Dezembro de 1913. O periódico era dividido em três colunas.


60/61 FEITOZENSE (O) ACERVO Arquivo Público do Estado (APE) Ano I - Edição 4 de 30 dezembro de 1913; Ano II - Edição 13 de 30 de maio de 1914 ; Edição 15 de 30 de junho de 1914; Edição 16 de 15 de julho de 1914 e Edição 17 de 31 de julhode 1914. Além da pesquisa com as fontes primárias, esta análise também utilizou informações constantes no livro “História da Imprensa de Pernambuco”, de Luiz do Nascimento, volume 7, na página 341.

Ed. 4, 30 de Dezembro de 1913. Haviam folio e o título da revista no topo de cada página. Na seção Matando o Tempo, encontravam-se charadas para entretinimento dos seus leitores.


Frou-Frou (1908-?)

A revista trata de assuntos variados e não possui um foco específico de temas abordados. Apresenta colunas que tratam de literatura, cinema, notícias do cotidiano, crônicas e até mesmo “bons partidos” para formar casais. Além disso, é possível encontrar poemas, sonetos e ilustrações ao longo das páginas. Análise por Soraya Holder e Tamyres Siqueira



ASPECTOS GERAIS Gênero Variedades. Subtítulo Não há. Aspectos Semânticos Todo o conteúdo da Frou-Frou é passado de uma forma limpa e organizada, além de manter uma regularidade de suas características e elementos gráficos desde o primeiro número, o que foi essencial para manter a unidade de todas as edições. O cabeçalho vinha logo na primeira página trazendo o nome da revista numa fonte caligráfica e ornamentada com fios. Logo abaixo, todas as informações referentes à edição, tais como preço, número, data e ano. Os títulos (e subtítulos, quando presentes) de cada sessão/coluna eram diferenciados entre si:

Primeira página da edição de lançamento da Frou-Frou. Podemse observar todas as informações referentes à edição e a página ornamentada com fios e ilustrações.

alguns eram tipografias mais “trabalhadas”, outros eram tipografias mais simples e sem serifa. Apesar dessa variação entre os títulos dentro de um mesmo número, a revista mantinha a regularidade de determinada fonte para uma sessão específica. No que diz respeito às matérias, todas usavam a mesma tipografia serifada e algumas apresentavam capitulares. Bastante ilustrada, a Frou-Frou trazia em muitas de suas páginas fotografias que homenageavam pessoas conhecidas ou parentes dessas mesmas pessoas, e todas essas imagens apresentavam legenda (salvo ilustrações). Já as ilustrações, vinham como meio de ilustrar alguns textinhos divertidos ou estorinhas que apareciam no decorrer da revista.

Os estilos de fontes utilizadas nos títulos de cada matéria são distintos entre si, assim como os elementos gráficos de ornamentação como grafismos, fios e molduras.


64/65 FROU-FROU

O projeto gráfico também apresentava título recorrente (nome da revista se repete no topo de todas as páginas) e o uso de muitos elementos de ornamentação, como grafismos (ao final de cada matéria), fios, molduras (para destacar alguma informação) e barras (para acentuar a divisão das colunas, uma vez que todo o conteúdo da revista é dividido em duas colunas). A publicidade sempre vinha em páginas reservadas somente para elas (página atrás da capa e última página e quase nunca dentro da revista). As poucas vezes que alguma publicidade aparecia dentro do miolo, ela vinha discreta e no canto da página para que não “invadisse” o espaço textual de alguma matéria.

No geral, a Frou-Frou era uma revista que mesmo recorrendo a muitos elementos decorativos, o fazia de maneira tão planejada que conseguiu manter a sensação de elegância trazida por seu projeto gráfico desde a primeira edição. Vigência De 29 de outubro de 1908 até (data indeterminada). A última edição encontrada foi a de número 5, lançada no dia 26 de novembro de 1908.

Periodicidade Semanal Preço Assinatura anual: 14$000. Assinatura semestral: 7$000. Avulso: Capital: 300. Estados: 400. Números atrasados: 400 RS. Formato 21x31cm.

Homenagem póstuma ao filho de um negociante. Apresenta ornamentos e tipografia caligráfica e decorada e fonte simples sem serifa.

Ilustrações são recorrentes na revista e geralmente utilizadas para ilustrar pequenos textos que são trazidos com um aspecto mais divertido para o leitor.


Número de páginas Algumas edições apresentam 22 páginas e outras 24 páginas. Casa de impressão J. Agostinho Bezerra, onde também se localizava a redação (Rua do Imperador, nº 31). Sistema de impressão Tipográfico. Publicidade Apresentam-se sempre no verso da capa e nas duas últimas páginas. As poucas publicidades que aparecem no decorrer da revista não vêm em um lugar fixo e são discretas para que não entrem em conflito com o conteúdo informativo do miolo da Frou-Frou.

Seções recorrentes Pela Urbs / Concursos / Correspondência Frou-Frou / A melhor das cavações / Concours enigmatique / Máximas Sentenças / Palestras Musicais / Acadêmicos / Lápis em punho / No jardim / Sessão Smart. Direção e propriedade Herculano de Albuquerque (Guapy). Ilustração Erlano; H. A maioria das ilustrações não eram assinadas.

A publicidade é trazida em páginas reservadas especialmente para divulgar propagandas. As poucas vezes que aparecem dentro de páginas com conteúdo é de uma maneira discreta, sem invadir o espaço textual.


66/67 FROU-FROU PROJETO GRÁFICO CAPA Logotipo No primeiro e segundo número: lettering sem serifa. No terceiro e quarto número: fonte serifada com ornamentação. No número cinco: fonte caligráfica com ornamentação Informações sobre preço e edição Sim. Apenas preço. Linguagem visual Uso de molduras e/ou fios é constante e há sempre uma ilustração na capa da revista. Linguagem verbal Na primeira e segunda edição, a linguagem verbal é composta apenas pelo título que é um lettering sem serifa e pelo subtítulo “Semanario Illustrado”, que é escrito também por um lettering não serifado. Além

disso, o preço da revista aparece na capa numa fonte semelhante à usada no subtítulo. A partir da terceira edição houve uma mudança completa no estilo de fonte. O título agora se apresentava numa tipografia serifada enquanto o subtítulo era escrito numa fonte caligráfica. De certa maneira, essa mudança transmitiu uma aparência mais madura à revista. Também foi a partir desta edição que a Frou-Frou começou a trazer pequenas chamadas sobre algum assunto específico que seria abordado dentro da revista, embora a tipografia utilizada não fosse especificamente a mesma para a edição seguinte. Nesse terceiro número, a chamada misturava tipografia com e sem serifa para dar destaque

Detalhe da Capa da Revista Frou-Frou.


em especial a algum nome. Ainda na terceira edição, a capa trazia o nome do local de impressão da revista e em contrapartida já não apresentava o preço do exemplar.

pequeno texto que acompanha a ilustração de capa e esse texto utiliza a mesma tipografia das matérias da revista: com serifa. Sistema cromático Dicromia

No número seguinte (nº4), o título não sofreu alterações mas o subtítulo, apesar de permanecer numa fonte caligráfica, o estilo da mesma era diferente. Ainda apresenta chamadas, desta vez numa tipografia serifada e sem destaque para alguma parte específica. No quinto e último número analisado, o título se torna caligráfico e é o mesmo que o apresentado no cabeçalho dentro da revista. Essa edição não apresenta subtítulo e nem uma chamada específica. Ao invés disso, há um

Capas das edições 3, 4 e 5 respectivamente. Na 3ª e 4ª edição a fonte do títitulo passa a ser serifada e na 5ª caligráfica. O uso de ornamentos e ilustrações continua presente e passou a apresentar pequenas chamadas nas capas.


68/69 FROU-FROU

Capa da edição de lançamento da Frou-Frou. Utilização de lettering no título e subtítulo da revista. Os ornamentos gráficos – característica marcante - é um recurso utilizado desde o início da revista.


PROJETO GRÁFICO MIOLO Grid Formal

Editorial Legenda / Cabeçalho / Assinatura.

Colunas Duas colunas

Objetos gráficos Fios / Boxes / Grafismos / Fotografias.

Título Tipo com e sem serifa / Caixa alta e caixa baixa / Estilo normal e bold / Caligrafia.

Sistema cromático Monocromia.

Subtítulo Não tem. Corpo do texto Tipo serifado. Em tirinhas/ilustrações o corpo é sem serifa.

Alinhamento À esquerda e justificado. Recuo da página Positivo. Espaçamento de parágrafo Não.

Exemplos de elementos gráficos (barras, box, etc.) utilizados no projeto da revista.


70/71 FROU-FROU ACERVO Biblioteca Pública Estadual (BPE) 161 PP – E3 – P4 - 014 1908: nº 1 (29 de outubro) nº 2 (05 de novembro) nº 3 (12 de novembro) nº 4 (19 de novembro) nº 5 (26 de novembro) Além da pesquisa com as fontes primárias, esta análise também utilizou informações constantes no livro “História da Imprensa de Pernambuco”, de Luiz do Nascimento, volume 7, páginas 240 E 241.

pagina dupla trazendo partitura, uma das sessões recorrentes da revista.



K-P LYRIO (O) NOSSA TERRA NOTA (A) P’RA VOCÊ PILHERIA (A) PIMPÃO (O)


O Lyrio (1902-1904)

É a primeira revista feminina do nordeste. Escrita somente por mulheres, circulou por 2 anos (1902-1904). Defende a educação das mulheres e a igualdade de direitos. Redigida e editada por Sra. D. Amélia de Freitas Bevilaqua. Análise por Carolina U. Cavalcanti



ASPECTOS GERAIS Gênero Contos, crônicas e críticas literárias. Subtítulo Não há. Aspectos Semânticos A revista é rica em linguagem gráfica esquemática. Utiliza muitos fios, firulas e também diversas tipografias diferentes, especialmente no título de cada sessão. É bem diagramada, embora seja um pouco pesada, pela falta de ilustrações ou fotos, com exceção apenas da edição especial de 1904 em que constam diversas fotos das mulheres que fazem o periódico. Vigência De 10 de dezembro de 1902 à 15 de setembro de 1904 (21 edições).

Periodicidade Mensal. Tiragem Não há. Preço No início das edições, paga-se assinatura trimestral de 2$000. O preço continua estável até a última edição, embora haja adição de assinatura semestral de 4$000 nas edições finais da revista. Direção e propriedade Sra. D. Amélia de Freitas Bevilaqua. Formato 27x21cm

Houve uma edição dupla de aniversário do periódico (n° 13-14 em 1903).

Capa do periódico. O logotipo e os detalhes da revista mantémse dessa forma por diversas edições. O sumário e a prosa são presentes em todas as edições, com exceção apenas da última.

Fotos tem raras aparições n’O Lyrio. Aqui, o exemplo da edição 21 do periódico é uma exceção. Tem o uso mais extenso de fotos e ornamentos dentro da revista.


76/77 LYRIO (O)

Número de páginas No início das edições, contem de 10 a 11 páginas (sem contar com a capa e contracapa), no meio das edições o número fica constante de 10 páginas e no fim das edições esse número sobe para 20 páginas.

Direção e propriedade Sra. D. Amélia de Freitas Bevilaqua. Ilustração Não há.

Casa de impressão Emp. d’A Província. Sistema de impressão Tipográfico. Publicidade Há 3 publicidades, sempre iguais. Há uma na página atrás da capa e duas na contracapa. Seções recorrentes Passatempo / Palestra / Recados / Lyrio na Liga / Errata / Lyrio nos Estados / Carta Aberta / O Lyrio no Lar / Caridade / Prosa na capa, geralmente variando a autora a cada edição.

Dentro da revista, o detalhe para fios separando o folio do resto do conteúdo da revista, o detalhe de uma fonte diferente para cada seção, e o uso de letras capitulares ajudam a construir a identidade do periódico.


PROJETO GRÁFICO CAPA Logotipo Na maioria das edições iniciais das edições é em caligrafia. Nos números 9 e 12 o logotipo é tipo display, as ornamentações já são presentes no próprio tipo. Na edição 21, o logotipo é um tipo caligráfico, mas com ornamentações no tipo (essa também é a única edição que tem subtítulo). Todas as edições tem ornamentação na capa.

Sistema cromático Monocromia.

Informações sobre o preço e edição Não.

Há também tentativas de usar papel colorido para diversificar o projeto, mas não tem um padrão que explique essa mudança, geralmente fica-se alternando entre verde, rosa e branco.

Essas informações ficam na última página da revista.

Linguagem visual Desenho, com exceção da revista n° 21, que contém fotografia.

Observações Gerais Sobre a Capa A capa não muda muito durante as edições. Há os números 9 e 12 em que o logotipo muda, mas o aspecto restante da capa continua o mesmo. A única real diferença está na edição 21, em que muda todo o projeto da capa.

Linguagem verbal Tipo serifado. Na capa, além do sumário, há uma prosa.

Em algumas páginas da revista é possível achar pequenas ilustrações que não são maiores do que o espaço determinado para uma das 2 colunas que compõem o periódico. Assim como todo o resto da revista, essas ilustrações são impressas em Monocromia.


78/79 LYRIO (O)

Capa da edição número 2 d’O Lyrio. Esta é a única capa (com exceção da edição 21) que não segue o mesmo padrão das demais.

A revista utilizou papel colorido na capa de algumas edições, utilizando as cores rosa ou verde


PROJETO GRÁFICO MIOLO Grid Formal.

Espaçamento de Parágrafo Sim.

Colunas Duas colunas.

Editorial Cabeçalho / Capitular / Sumário / Folio / Assinatura.

Título Caligrafia / Caixa alta / Estilo bold / Tipo serifado / Lettering / Estilo light. Há muitos tipos diferentes nos títulos, embora sejam todos recorrentes.

Subtítulo Não Há. Corpo do Texto Tipo serifado. Alinhamento do Texto Justificado, com exceção dos poemas.

Objetos Gráficos Fios / Marcadores / Vinhetas / Boxes / Grafismos / Pequenas ilustrações. Sistema Cromático Monocromia. Observações Gerais Sobre o Miolo Bem organizado, com margens generosas. Tem bastante texto, mas os detalhes dos fios e das firulas deixam a revista mais leve e graciosa.

Recuo de Parágrafo Positivo.

Na edição 21 da revista, encontra-se na última página uma partitura de uma valsa para piano.

Propaganda na contra-capa do periódico. As propagandas se mantêm praticamente as mesmas durante as edições da revista.


80/81 LYRIO (O) ACERVO Biblioteca Pública Estadual (BPE) 166 a 168 PP Além da pesquisa com fontes primárias, esta análise também utilizou o texto escrito pela chefe do Setor de Obras Raras da Biblioteca Pública Estadual, Poliana Nascimento, para o site da mesma. (http:// www.biblioteca.pe.gov.br/?pag=&cat=34&art=143)


Nossa Terra (1921)

A revista Nossa Terra tem como objetivo mostrar e enaltecer o estado de Pernambuco exaltando o cotidiano do Estado, citando fatos históricos do estado, dando espaço a artistas pernambucanos, vida política e social, esportes, etc Análise por Diego Rodrigues



ASPECTOS GERAIS Gênero Variedades e Atualidades. Subtítulo Revista Illustrada de Actualidades. Aspectos Semânticos A revista apresenta um largo uso de fotografias nas suas edições. Usa-se de ornamentos (molduras, vinhetas, etc) em partes da revista, principalmente acompanhando algum soneto escrito por escritores da revista. Vigência Iniciada em 01 de Agosto de 1921. A última edição encontrada foi de 30 de outubro de 1921 (7ª edição). Dá-se a entender que a revista deve ter continuado pelo menos até Dezembro de 1921, já que preço exibido para a assinatura mostra ser até a edição de 30 de Dezembro de 1921.

Periodicidade Dias 10, 20 e 30 de cada mês. Há um erro na edição número 6, dizendo que ela saiu no dia 30, mas é corrigido na própria edição, retificando que a revista é do dia 20.

Preço Assinatura até 31 de Dezembro: 5$000 (capital); 6$000 (estado, Brasil e exterior); Avulso: 400rs. Número de páginas 20 páginas. Formato 21x30. Casa de impressão Typografia da Livraria Franceza - Recife. O nome é impresso nas capas da 3ª e 4ª edições, mas não é citada nas outras.

Propaganda das primeiras páginas da primeira edição de NOSSA TERRA falando sobre a exibição de uma luta de box no THEATRO MODERNO, com uso de fotografia e ornamento na página. Cada página foi impressa em uma cor diferente.


84/85 NOSSA TERRA

Publicidade Há publicidade na revista desde o primeiro número, tendo páginas dedicadas apenas a publicidade. Seções recorrentes A´ Luz do Proscenio / Mixed Pickles / O Mundo Político / Nossa História / Nossa Página / Sociaes / No Mundo Maçonico / Página da Fé / Arte Pernambucana.

Ilustração Eustorgio Wanderley1. 1

O artista é citado na primeira edição sendo dito que teria artes dele publicadas somente naquela edição, mas por problemas técnicos seriam publicadas na edição seguinte. É publicada uma caricatura assinada apenas por “E.W”, e na terceira edição aparece um quadro assinado por ele na seção “Arte Pernambucana”.

Direção e propriedade Dr. Thomaz de Aquino e Astrogildo de Carvalho.

Editorial da revista na primeira edição mostrando uma impressão em dicromia. O logotipo da revista assume uma forma diferente da utilizada na capa se utilizando de lettering..

Página da seção de fotos da revista na edição 5. É visível o uso de ornamentos e legendas junto as fotos. A página relativa aos “professorandos de 1921” da Escola Normal Official foi impressa em dicromia, com as fotos em preto e branco e os ornamentos da página em vermelho.


PROJETO GRÁFICO CAPA Logotipo Ao longo das edições, o logotipo é usado de várias formas diferentes. Na primeira, terceira e quarta edições, são usados lettering com o uso de ornamentos. Na Segunda edição é usado desconstrução sintática. Da quinta em diante é usado um tipo sem serifa acompanhado de ornamentos. Informações sobre preço e edição Não. Linguagem pictográfica A revista sempre vem com uma foto estampada na capa. Linguagem verbal Lettering (primeiras edições); Tipografia sem serifa (5ª edição em diante).

Capa da quinta edição da revista. A impressão feita em tricromia apresenta um logotipo diferente do usado nas edições anteriores, com tipografia mais simples, sem serifa, com moldura elaborada onde ficam as informações da revista: ano, data e número da edição.


86/87 NOSSA TERRA

Capa da segunda edição da revista. Apresenta uma composição completamente diferente da sua capa anterior com desconstrução sintática do nome da revista.

Capa da 1a edição da revista, de 1921. Impressa em 2 cores com logotipo ornamentado.


PROJETO GRÁFICO MIOLO Colunas Três. Títulos Tipo com e sem serifa / Caixa alta e baixa.

Editorial Legenda / Presença de capitulares / Assinatura.

Os títulos não seguem um padrão, sempre aparecendo de uma forma diferente

Objetos gráficos Boxes / Vinhetas / Fios.

Subtítulo Caixa baixa / Sem serifa / Estilo normal.

Algumas páginas do miolo apresentam impressão em dicromia, como na página que mostra os professorandos da Escola Normal Official.

Corpo do texto Texto serifado.

Sistema cromático Monocromático.

Alinhamento do texto: À esquerda e justificado. Recuo de parágrafo Positivo. Espaçamento de parágrafo Não.

Página interna da primeira edição da revista na seção “O Mundo Político”. Mostra o texto disposto em três colunas e uma foto,sem nenhuma relação com o conteúdo, acomodada dentro dessa disposição.

Página da edição 7 de uma matéria sobre o “forte do Buraco”. A página é dividida em três colunas e é possível ver as fotografias organizadas dentro dessa estrutura.


88/89 NOSSA TERRA ACERVO Biblioteca Pública Estadual (BPE) 1921: nº 1 (Setembro) ao nº 7 (Outubro). Além da pesquisa com as fontes primárias, esta análise também utilizou informações constantes no livro “História da Imprensa de Pernambuco”, de Luiz do Nascimento, volume 8, páginas 118-119.

Página interna da edição 3 dedicada somente a propaganda, com uso de molduras para cada propaganda separada.

Entrevista na primeira edição da revista. Texto diagramado em três colunas com a estrutura de título e linha de apoio sem serifas, e o lead, texto e legenda serifados.


Nota (A) (1916-1921)

Periódico que traz em seu conteúdo poemas, notícias sobre esportes, teatro, moda e notas sobre a sociedade. Análise por Maria Julia e Mirela Guimarães



ASPECTOS GERAIS Gênero Revista de atualidades. Subtítulo Não há. Aspectos Semânticos As ilustrações usadas ao longo da revista servem de suporte para as matérias que retratam o cotidiano e falam sobre artes (poesia, teatro). Nos tópicos sobre moda é constante o uso de ilustrações e fotografias para retratar os estilos. Vigência 9 de agosto de 1916 a 1 de outubro de 1921. Periodicidade Semanal. Formato 24x14 cm.

Número de páginas Conta com 16 páginas, chegando em algumas edições ao número de 20. A edição número 47 de 9 de Agosto de 1917 contou com 26 páginas, tratava-se de uma edição comemorativa do primeiro ano da revista.

Casa de impressão Oficina do Jornal do Recife. Ao atingir o nº 212, de 6 de novembro, passa a ser confeccionada na Oficina da Imprensa Industrial. Sistema de impressão Litográfico e tipográfico. Publicidade Geralmente no início e fim da revista com seis páginas completas. A partir da edição de número 51 encontra-se publicidade presente na parte inferior das capas.

Ilustrações de moda que retratam figurinos típicos e mostram tendências da época. Na parte inferior da página há a seção de cartas que é simbolizada pelo uso do desenho de um pombo correio e pela uso do itálico no tipo do texto da carta.


92/93 NOTA (A)

Seções recorrentes Vida Elegante / Partindo a cachola / Perfis (Varzeanos ou Afogadenses) / Theatros / Desportos / Aniversários. Direção e propriedade Não é possível identificar o nomes dos diretores e a propriedade. Os redatores foram identificados, eram eles: Genesio de Souza, Odilon de Araujo e Chagas Ribeiro. Ilustração As ilustrações presentes na revista não eram assinadas.

Os anúncios presentes na revista são bem estruturados, divididos em duas colunas e delimitados por boxes.

A revista utiliza na maior parte de suas páginas uma estrutura de três colunas, geralmente cortadas por fotos.


PROJETO GRÁFICO CAPA Logotipo Tipo com serifa e com ornamentação. Informações sobre preço e edição Sim. Linguagem visual As capas apresentam ilustrações que ocupam a maior parte da página. Linguagem verbal No texto que contém informações sobre edição e preço é utilizada uma tipografia com serifa e em caixa baixa. Sistema Cromático A maioria das capas são impressas em duas cores, apenas algumas apresentam policromia.

Podemos observar nesta página aspectos do logotipo da revista. É constituído pelas palavras “A Nota” em fonte serifada e bold que era incorporadas ao desenho de uma partitura e notas musicais.


94/95 NOTA (A)

Capa comemorativa em homenagem ao Dia do descobrimento do Brasil, publicada em 3 Maio de 1919.

Nesta capa de Setembro de 1919 são utilizadas apenas duas cores para a impressão. Na parte inferior da página é possível identificar informações como número, data da publicação e valor da revista.


PROJETO GRÁFICO MIOLO Grid Formal.

Editorial Cabeçalho / Expediente / Capitular.

Colunas Duas ou três.

Objetos gráficos Boxes / Barras / Marcadores / Grafismos.

Título Lettering / Tipo serifado / Estilo Bold. Subtítulo Caixa alta e baixa / Estilo normal / Tipo Serifado.

Sistema Cromático Monocromia.

Corpo do texto Tipo serifado. Alinhamento Justificado. Exceto em texto de poesias, em que os alinhamentos não seguiam padrões.

Recuo de página Positivo. Espaçamento de paragráfo Sim.

Destaca-se o uso de capitulares no início dos textos publicados, tipos extremamente adornados onde era possível notar a presença de elementos do Art Nouveau.

Em algumas seções são utilizados letterings, como na seção “Theatros”. Já outras são apenas destacadas como seções por usarem tipos bold.


96/97 NOTA (A) ACERVO Biblioteca Pública Estadual (BPE) 1919: Janeiro a Dezembro. Referência: 554PP E7 P2 O4 Além da pesquisa com as fontes primárias, esta análise também utilizou informações constantes no livro “História da Imprensa de Pernambuco”, de Luiz do Nascimento, volume 8, páginas 28-33.

Em detalhe um curioso caracol que é utilizado para preencher os espaços vazios que sobram nas páginas.

Colunas moldadas para que haja espaço para as fotos. Há presença de linhas e grafismos para preencher os vazios.


P’ra Você (1930-1932)

Revista de entretenimento popular, que trata de temas variados relacionados à moda, poesias, cinema, temas mundanos, festas (exemplo do Carnaval) e casamentos, além de concursos de beleza e política. Análise por Lucas Demery e Lucas Mendes



ASPECTOS GERAIS Gênero Entretenimento popular. Subtítulo Não há. Aspectos Semânticos A revista, em sua capa, se utiliza de um sistema em tricromia, diferente do miolo que utiliza a monocromia e em algumas fotos pode-se observar a dicromia. Na capa eram utilizados somente desenhos, tanto abstratos quanto realísticos e o título da revista, sem outras informações sobre o miolo. No miolo, utilizam-se tanto desenhos (a grande maioria), nas seções relacionadas à moda, poesias, carnaval, como imagens impressas em offset, principalmente nas seções que se aborda o tema cinema, mostrando cartazes de filmes.Nos concursos e festas, apresentam-se fotos das misses de cada Estado e também dos bailes de salão.

Uma das sessões recorrentes da revista, trata de assuntos sobre estética e beleza. apresenta no seu título sempre a mesma ilustração de potes de creme de beleza, e a sua tipografia muito bem ornamentada.

Vigência De 22 de fevereiro de 1930 ao dia 21 de Junho de 1930 (nº 18); e de 31 de Outubro de 1932 ao dia 29 de Julho de 1933 (nº 33). Periodicidade Semanal até a edição de nº18 (em 1930); Quinzenal do nº 19 ao nº 33 (a partir de 1932). Formato 30x22cm. Número de páginas Inicialmente continha 32 páginas em papel couchê e a partir de 1932 continha 40 páginas sendo metade de papel couchê.

Uma fotografia pintada no negativo dentro da revista. Os fortes contornos do cabelo e batom são uma marca clássica desse tipo de técnica.


100/101 P´RA VOCÊ

Casa de impressão Empresa ‘‘Diário da Manhã’’. Sistema de impressão Offset. Publicidade Em média 2 ou 3 páginas de anúncios formatados em boxes no final da revista. Seções recorrentes Adagios Illustrados / A Boa Cosinha / Para conservar e adquirir a belleza / A Sociedade / Bom humor dos outros / O Brasil anedótico. Direção e propriedade Empresa ‘‘Diário da Manhã S.A. Ilustração Euclides, Hélio Feijó, Nestor Silva, J. Ranulfo e Vilares.

Na sessão das poesias, apresenta-se um desenho em monocromia do poeta escritor da poesia. O poeta dessa edição é Castro Alves, e a ilustração foi feita por Hélio Feijó.

Dois aspectos chamam a atenção: o estilo da mulher no foco da ilustração e a tipografia do título, ambos bem modernos para época. A maquiagem e o cabelo curto fogem do padrão e o vestido decotado é ousado.


PROJETO GRÁFICO CAPA Logotipo Lettering sem serifa com desconstrução sintática e com ornamentação. Tipografias muito variadas e,às vezes, dispostas tanto em horizontal como na vertical.

Informações sobre preço e edição Não. Linguagem visual Desenhos variando entre o predominantemente abstrato e o predominantemente realístico. Linguagem verbal Nada além do título. Sistema cromático Tricromia.

Capa da edição nº 20 impressa em tricromia. Segue o padrão de conter apenas o título e uma ilustração. Esta apresenta um estilo mais abstrato, que se repete na maioria das capas da 2ª fase da revista.

Ilustração que brinca com primeiro e segundo plano atiçando a imaginação e a ludicidade do leitor.


102/103 P´RA VOCÊ

Seguindo o estilo abstrato das ilustrações da 2ª fase, a capa da edição nº 24 reforça o padrão desse momento da revista, que traz o mesmo logotipo variando apenas a posição na capa.


PROJETO GRÁFICO MIOLO Grid Formal. Colunas Algumas páginas com 2 e outras páginas com 3. Título Lettering / Tipo serifado / Caixa alta.

Editorial Legendas / Folio / Capitular / Notas de rodapé / Expediente / Olho. Objetos gráficos Boxes / Fios / Vinhetas. Sistema cromático Monocromia e bicromia.

Subtítulo Tipo com e sem serifa / Caixa alta / Estilo normal. Corpo do texto Tipo com e sem serifa. Alinhamento Justificado. Recuo de parágrafo Positivo Espaçamento de Parágrafo Sim.

Interessante sessão de monogramas, na qual o leitor enviava uma carta com seu nome para o endereço da revista e na edição seguinte, era publicada um monograma em forma de animal ou utilizando as iniciais.


104/105 P´RA VOCÊ ACERVO Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ) 1930: Nº 2 ao nº 18. 1932: Nº 19 ao nº 33. Além da pesquisa com as fontes primárias, esta análise também utilizou informações constantes no livro ‘‘História da Imprensa de Pernambuco’’, de Luiz do Nascimento, volume 8, páginas 324-327.

Coerente com os temas da revista, a página apresenta diversos anúncios, com boxes, fios e vinhetas. Tipografias diversificadas e entre eles, somente um utiliza imagem.

Mais uma sessão recorrente, onde apresenta-se contos cômicos da sociedade Pernambucana. Com grid formal de três colunas, utiliza também um desenho sobre o conto e uma pequena vinheta.


A Pilheria (1923-1930)

A revista trata de diversos assuntos, desde ilustrações referentes à venda de produtos domésticos a homenagens às pessoas importantes que se destacaram no Recife. Possui anúncios de venda e compra de produtos variados, desde produtos de limpeza a carro importado, como o Ford. Também contêm poemas e ilustrações que chamam a atenção do público feminino, com textos mais românticos, desenhos com riqueza de cor e homenagens a várias mulheres que agem com notoriedade na cidade, bem como outras mulheres que fazem parte da colaboração da revista. Análise por Caroline Torres



ASPECTOS GERAIS Gênero crítico, humorístico, informativo, artístico e, literário. Subtítulo Varia. De início tem-se o subtítulo: “Semanário que não é de graça...por 300 rs”. Nas demais capas os subtítulos fazem referência à ilustração acima exposta.

Aspectos Semânticos A revista, no decorrer das edições, aumenta os detalhes das ilustrações e adiciona fotografias nas capas. O interior chama atenção por suas capas duplas com riqueza de detalhes, não importando qual seja o tema tratado, como uma fábrica agro mercantil, ou uma canção que fala de um cabaré. Vigência 13 de Junho de 1923 a 5 de Julho de 1930 – Sete anos.

As edições que constam no acervo da FUNDAJ começam do número 85 e vão até o 440 com alguns intervalos entre as edições, sendo última capa do ano 9. Ou seja, há dois anos antes da primeira edição que consta no acervo da instituição. Dessa forma, a revista teve uma vigência de nove anos.

Periodicidade No início e meio das edições as revistas são semanais, mas o final das edições não consta nas revistas. Preço No início e meio das edições o preço era 300 réis. No final, passou a ser 500 réis. Formato A4 pequeno. Número de páginas No início cerca de onze páginas. No meio das edições: dezessete. E ao final, média de vinte páginas.

A imagem mostra uma página da revista. Nela contém apenas um poema e uma ilustração em monocromia que o representa. Há detalhes feitos em hachura para as sombras.


108/109 PILHERIA (A)

Casa de Impressão Oficinas Gráficas do Jornal do Recife. Sistema de Impressão Litográfico.

Direção e Propriedade Colaboração Franca. Ilustração Victoriano, Conselheiro XX, Zuzú Recife, Finanza e Pombal.

Publicidade Anúncios de todos os tipos, desde desinfetante à loja de joias. Os anúncios, ou são de página completa, ou vários em uma única página. Seções recorrentes Registro Social / Gaz-Calor-Higiene / O quí nós vê na capital / A deusa da moda / A Sympathia / Nash / Adeus rugas / Quebra cachola / Telephonemas / A gaveta de ourives / O fogão a gás / Concurso das rosas / Commentários / Bataclan / Uma glória Nacional.

Página dupla com homenagens a pessoas e acontecimentos importantes no Recife. Fotografias dispostas aleatoriamente na página, cada uma com um breve comentário do que se trata. Em monocromia e sem ornamentos.

Detalhe de página com três fotos, contornadas por uma grande ornamentação, ocupando o centro da página. As únicas informações escritas são os nomes das pessoas.


PROJETO GRÁFICO CAPA Logotipo Tipo com e sem serifa / Tipo com ornamentação. Informações sobre o preço e edição Em algumas edições do começo aparecem os preços, nas demais até o final, não. Em todas aparecem a edição e o número da revista. Linguagem visual Desenho predominantemente realístico e fotografias. Linguagem verbal Caligrafia e tipo predominantemente serifado.

Observações gerais sobre a capa Em todas as edições a capa sempre possui uma ilustração grande ao centro da página. A revista sempre oscila entre desenho realístico e fotografia. Na maioria das edições é uma mulher a ser representada, tanto focando apenas o rosto, quanto o corpo inteiro. Do meio para o final das edições, a capa focaliza nas fotografias. O subtítulo: “Semanário que não é de graça... por 300rs” é abolido, e em seu lugar aparece uma frase que define a fotografia; o momento em que foi retratada.

Sistema cromático Predominantemente três cores.

Representada por uma mulher maquiada, a ilustração é uma policromia. Nota-se a presença forte de ornamentos. O título aparece centralizada abaixo da figura, sem ornamentação.

Capa com fotografia de uma mulher emoldurada por um circulo simples. Esse tipo de capa sempre faz homenagem à alguma pessoa famosa ou que faça parte da revista.


110/111 PILHERIA (A)

A capa da revista tem três cores, ilustração representa uma mulher baseada no tema ‘Inverno’. Estão presentes informações de número da edição (207), o ano em que foi publicada (seis) e a data: Recife, 12 de Setembro de 1925.


PROJETO GRÁFICO MIOLO Grid Formal. Colunas Predominantemente três colunas. Título Tipo sem serifa / Caixa alta / Estilo bold. Subtítulo Tipo sem serifa / Estilo normal / Caixa baixa. Corpo do texto Tipo serifado / Caixa baixa / Estilo light.

Editorial Legenda / Cabeçalho / Fólio / Assinatura / Olho. Objetos gráficos Vinhetas. Sistema Cromático Duas cores. Observações gerais sobre o miolo Predominantemente em três colunas; Títulos com e sem subtítulo; Textos de duas páginas; Muitas fotografias e ilustrações; Possui muitos anúncios.

Alinhamento do texto À esquerda. Recuo de parágrafo Sim. Espaçamento de parágrafos Sim.

A capa da revista, não faz uso de ilustrações ou fotos, apenas um conto, centralizado na página e com as informações sobre a mesma. O cabeçalho está localizado no topo da página.

Página dupla com um lado dedicado ao texto e o outro a imagem com ornamentações e bordas detalhadas. Título caligráfico, serifado e em caixa alta. O texto apresenta partes em caixa alta e baixa.


112/113 PILHERIA (A) ACERVO Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ) As edições que constam no acervo da FUNDAJ começam do número 85 e vão até o 440. Porém, há alguns intervalos entre as edições, e a última capa foi do ano IX (nove). Ou seja, há dois anos antes da primeira edição que consta no acervo da instituição.

Publicidade de um Ford T. Abaixo da foto do carro há descrições sobre o mesmo. O texto e imagem aparecem em monocromia e são contornados por uma borda.

O texto é escrito em três colunas, serifado e em caixa baixa. A coluna do meio contém uma publicidade, separada do texto por fios. O texto aparece rodeado por uma borda simples, em preto.


O Pimpão (1913)

O foco central da revista é seguir uma linha debochada da época com ilustrações pouco recomendáveis e textos que quase sempre satirizavam algo. Contudo, há, no periódico, um lugar exclusivo (em todas as edições) para algumas publicações sérias. Também trata de vários assuntos como curiosidades, variedades, versos e avisos. Análise por Efraim José



ASPECTOS GERAIS Gênero humorístico, crítico, boliçoso, noticioso e literário. Subtítulo Periódico humorístico, crítico, boliçoso, noticioso e literário.

todas as edições existem ilustrações de cunho humorístico no começo e geralmente no final.

Aspectos Semânticos A revista foi basicamente redigida para debochar e criticar fatos da época, como, por exemplo, a sessão “o pimpão na missa” no qual sempre havia uma piada construída em que um padre era o personagem central e acontecia alguma situação inusitada e engraçada. Seguindo essa linha, a revista “noticiava” alguns escândalos acontecidos na época, sempre de forma humorística e debochada . Em contraponto, existiam algumas publicações sérias como “o pimpão de monóculo”, de Marcus Vinicius, e “Posta Restante”, por Petrônio. Em

A revista teve um tempo muito curto com apenas 4 edições apesar de não ter sido essa a ideia inicial, na última edição há pontos que afirmam que haveria uma quinta edição.

Em todos os números da revista a publicidade do Dr. Fraga Rocha aparece sempre no meio do conteúdo do periódico.

O Pimpão também trazia alguns assuntos que seriam tratados na próxima edição.

Vigência 14 de novembro de 1913 a 12 de dezembro de 1913.

Periodicidade Bissemanário. Preço 10$000 Assinatura anual, 5$000 Assinatura semestral, 100 reis Avulsos. Formato 38x25. Número de páginas 8 páginas.


116/117 PIMPÃO (O)

Casa de Impressão A Lins Vieira, na Rua Barão de Lucena. Entre os textos da revista em todas as edições há sempre uma publicidade voltada para essa casa de impressão.

Sistema de Impressão Tipografia.

Direção e Propriedade Sociedade anônima. Na realidade, o proprietário era o acadêmico Oscar Cavalcanti

Ilustração Não foram divulgados os autores das ilustrações.

Publicidade Sempre há entre 2 a 5 publicidades nas edições, sempre no meio ou no final do periódico. Seções recorrentes Expediente / Concurso de esportes / O pimpão de monóculo / Escândalos / Variedades / Curiosidades / O pimpão na missa / Bastidores / Vida jornalística / Recife por fora / Notas / Posta / Restante e várias colaborações literárias alternativas.

Havia, nesse periódico, a publicidade dele próprio, tentando, de alguma forma, chamar a atenção de quando sairia a próxima edição. Obs.: Na última edição, essa forma de publicidade também apareceu.


PROJETO GRÁFICO CAPA Logotipo Tipo sem serifa com ornamentação. Informações sobre o preço e edição Sim. Só a informação sobre a edição, o preço é divulgado na sessão “Expediente” na contracapa.

Linguagem visual Há sempre um desenho predominantemente realístico na capa da revista. Linguagem verbal Tipografia serifada. Sistema cromático Monocromia.

Na seção frequente que tinha como título “Escândalo”, o Pimpão sempre trazia alguma fofoca de um ocorrido na época.

Na seção, também frequente, “Bastidores” se falava sobre as estreias do cinema Helvética, e também as que continuavam em cartaz, das peças teatrais e filmes nos cinemas e teatros do Recife.


118/119 PIMPÃO (O)

As capas desse periódico sempre no mesmo estilo no qual o título e a ilustração eram os componentes que chamavam mais atenção.


PROJETO GRÁFICO MIOLO Grid Formal. Colunas Três Colunas. Título Tipo com serifa / Estilo bold / Caixa baixa.

Editorial Assinatura / Expediente / Olho / Folio. Objetos gráficos Barras / Marcadores / Vinhetas / Painéis. Sistema cromático Monocromia.

Subtítulo Não há. Corpo do texto Tipo serifado. Alinhamento do texto Justificado. Recuo de parágrafo Positivo. Espaçamento de parágrafos Não.

Nas seção “Variedades” e “Curiosidades” eram trazidos assuntos inusitados e que não eram muito tratados em periódicos. Seguin-do essa linha, na seção “Curiosidade” mostrada na foto, a revista faz uma comparação entre menstruação e o “pecado” de Eva.


120/121 PIMPÃO (O) ACERVO Arquivo Público Estadual (APE) 1913: nº 1 ao nº 4. Além das pesquisas com os próprios periódicos, a análise em questão também foi realizada utilizando informações reais e constantes encontradas no livro “História da imprensa de Pernambuco”, de Luiz do Nascimento, volume 7, página 344.

Em todas as edições é frequente também essa seção intitulada “O Pimpão na missa” no qual se fazia de forma humorística e “boliçosa” a reação a atitude de um padre em situações inusitadas.



Q-Z REVISTA DA CIDADE REVISTA DE PERNAMBUCO RUA NOVA TACAPE (O)


Revista da Cidade (1926-1929)

Periódico que relata notícias sobre importantes figuras da sociedade, anedotas, poemas, contos, música e teatro. Registra as atividades sociais, culturais e estéticas da cidade do Recife, constituindo uma preciosa fonte iconográfica sobre aspectos sociais e urbanísticos da época. Análise por Maria Julia e Mirela Guimarães



ASPECTOS GERAIS Gênero Revista de variedades. Subtítulo Não há. Aspectos Semânticos O principal objetivo da revista é retratar a vida e o cotidiano dos habitantes da cidade, assim, o uso das fotografias é frequente e fundamental para complementar o texto. Além disso, também traz elementos do teatro, da música e da poesia e para representa-los são usadas ilustrações. Vigência 29 de Maio de 1926 a 5 de Outubro de 1929. Periodicidade Semanal. Formato 27x18cm.

Número de páginas Inicialmente tem 28 páginas, em meados de 1927 passa a ter em média 32 páginas. A edição número 63 de 28 de Maio de 1927 contou com 68 páginas, tratava-se de uma edição comemorativa do primeiro ano da revista.

Casa de impressão Gráfica própria – Officinas da Revista da Cidade. Sistema de impressão Offset. Publicidade Geralmente apresenta uma peça publicitária de página inteira nas contracapas e na última página. No miolo, as publicidades se localizam em boxes, entre os textos ou no fim das páginas.

O título das sessões está sempre centralizado no alto e, na maioria das vezes, possui três colunas. Em alguns casos, como no final da página à esquerda, são utilizados grafismos a fim de preencher os espaços vazios.

As propagandas da indústria farmacêutica Bayer estão presentes em todas as contracapas e geralmente são ilustradas.


126/127 REVISTA DA CIDADE

Seções recorrentes O que ficou na poeira da semana / Theatro / Conto Semanal / Notas Fúteis / Um pouco de cinema / Our English Page. Direção e propriedade A proprietária é a Empresa Gráfico-Editora de Morais, Rodrigues & Cia, transformada depois em Sociedade Anônima Revista da Cidade. Ilustração Villares, Zuzu, Mário Túlio, Lula, Guevara. A maior parte das ilustrações é feita por Villares (ilustrador oficial da revista), em raro substituído por outros ilustradores.

Detalhe de uma ilustração da capa na qual estão presentes diversas cores sólidas pouco saturadas. Para sombrear são utilizadas hachuras e pontilhismo. O autor é desconhecido.

Sessão que apresenta personalidades da época, a foto da página aparece adornada. A legenda é centralizada em uma coluna.


PROJETO GRÁFICO CAPA Logotipo Lettering. Tipo sem serifa com ornamentação. O logotipo não é fixo, tendo diversos modelos ao longo das edições

Informações sobre preço e edição Sim. Linguagem visual A partir da edição de 2 de Outubro há uma mudança nas capas, passando a apresentar ilustrações que ocupam a maior parte da página. Linguagem verbal No texto que contém informações sobre edição e preço é utilizada uma tipografia sem serifa e em caixa alta. Sistema cromático Policromia.

Nesta página, o título da revista está incorporado a uma ornamentação floral. Ao redor estão presentes informações sobre a data de publicação, o número da edição e os principais envolvidos em sua concepção, como o diretor. Abaixo há um pequeno conto.


128/129 REVISTA DA CIDADE

Capa da edição 67, de Setembro de 1927. Ilustração feita por Villares, um dos principais ilustradores da revista.


PROJETO GRÁFICO MIOLO Grid Semiformal.

Espaçamento de paragráfo Sim.

Colunas Não há um número fixo.

Editorial Presença de capitulares / Cabeçalho.

Título Tipo com e sem serifa / Caixa alta / Estilo normal.

Objetos gráficos Boxes / Barras / Marcadores / Grafismos.

Subtítulo Caixa alta e baixa / Estilo normal e bold.

Sistema Cromático Policromia.

Corpo do texto Tipo serifado. Alinhamento Justificado. Exceto em texto de poesias, em que os alinhamentos não seguem padrões.

Recuo de página Positivo.

Nas seções dedicadas à poesia, o texto na maioria das vezes adquire uma formatação diferente que acompanha o tema.

Nas páginas acima, a ilustração está sobreposta à fotografia. Nos primeiros anos de publicação da revista os textos possuem bordas e, a fim de acompanhar as imagens, têm uma formatação irregular.


130/131 REVISTA DA CIDADE ACERVO Biblioteca Pública Estadual (BPE) 1928: n° 84 ao 136. Referência: 483PP E4 P5 O7 Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ) 1926: n° 1 (Maio) ao n° 31 1927: n° 32 ao n° 83 1928: n° 84 ao 136 1929: n° 137 ao n° 176 Além da pesquisa com as fontes primárias, esta análise também utilizou informações constantes no livro “História da Imprensa de Pernambuco”, de Luiz do Nascimento, volume 8, páginas 221-225.

Um dos poucos momentos no qual uma sessão ocupou duas páginas contínuas. É a única vez que o conteúdo é apresentado verticalmente.

Curiosamente, a ilustração acima aparece duas em duas edições diferentes. Na primeira vez, é a imagem da capa. Na segunda, faz parte de um texto que critica o uso do cigarro entre as mulheres.


Revista de Pernambuco (1924-1926)

Vasto Repertório de informações gerais do nosso Estado, desde a vida da capital à dos nossos mais longínquos municípios, desde o que há feito a iniciativa particular ao que vai criando a economia pública, mostrando ainda os nossos aspectos naturais, divulgando Pernambuco em todos os ramos de atividade, e preparando para o nosso Estado esse ambiente de admiração e simpatia através de tantas obras relevantes, A Revista tem logrado, por toda parte, a mais carinhosa acolhida dos amigos de Pernambuco. Análise por Gabriela Paula, William Pereira



ASPECTOS GERAIS Gênero Variedade/Utilidade Pública Subtítulo Não há. Aspectos Semânticos A revista é muito rica em fotografias, ilustrações, vinhetas. Existem muitas matérias sobre o andamento de obras, nas quais eram tratadas como cobranças políticas e sociais. Destaque também para os mais variados tipos de molduras nas matérias dos colunistas. Vigência 2 de Julho de 1924 até Outubro de 1926 (O dia não é informado na última edição), num total de 28 edições.

Preço Inicialmente, o valor avulso é de 2$000. Em seus últimos volumes, passa a custar 3$000. As assinaturas anuais custam 25$000, e para o exterior, 30$000. final de 1926: 1$000. Formato 32 x 25 cm. Número de páginas No primeiro volume, 36 páginas, dobrando a quantidade nas edições seguintes, e estabelecendo-se numa média de 80 páginas. No Nº.13, excepcionalmente, contem 108 páginas, sendo um terço de anúncios. Casa de impressão Não informado.

Periodicidade Mensal.

Sistema de impressão Não informado.

Imagens de rios e fontes que abastecem Recife. A cor amarela apenas na parte interior do box foi uma ocorrência incomum na publicação.

Vinheta muito representada na Revista. Geralmente se encontra em olho-de-matéria.


134/135 REVISTA DE PERNAMBUCO

Publicidade Sempre no início e fim de cada edição, numa média de 16 páginas. Em papel acetinado branco ou de cor. das páginas.

Editada pela Repartição de Publicações Oficiais do Estado de Pernambuco. Luiz do Nascimento refere-se a Carlos Rios como gerente.

Seções recorrentes Uma seção de telegrama aparece com bastante frequência. À partir da edição 9, a revista passa a dedicar uma página por edição para divulgar informações geográficas de Pernambuco; Já próximo aos volumes finais, inicia-se uma seção denominada “Página de Recreio”, com passatempos como palavras cruzadas. Por vezes, são informados dados estatísticos, como o de número de acidentes de trabalho.

Ilustração Heinz Moser (ilustrações de capa, páginas do texto), Nestor Silva (páginas do texto), Jaime Oliveira, Pena, Cardoso, Joaquim. No último volume, de acordo com Luiz do Nascimento, há participação da Empresa de Artes Decorativas, que também desenha a única capa não realizada por Moser.

Direção e propriedade Pertencente e elaborada pelo corpo redacional do Diário do Estado.

Foto da construção do Quartel do Derby. As fotos são recursos visuais muito presentes na Revista.


PROJETO GRÁFICO CAPA Logotipo O logotipo mantêm-se em tipo serifado em todas as edições. Em segundo plano, atrás do texto, existe uma gravura de um leão, aparentemente fazendo referência à expressão “Leão do Norte”.

Linguagem verbal O texto que acompanha a parte visual é ora serifado, ora não serifado. Sistema cromático Em geral, com 2 canais de cores, podendo ser policromático em edições mais especiais.

Informações sobre preço e edição Sim. Linguagem visual Predominantemente ilustrações, de autoria de Heinr Moser. Em alguns poucos volumes, são utilizadas fotografias. “... Capas sugestivas, nas quais o mesmo desenhista focalizava as comemorações mais efusivas de cada mês...”

Capa com fotografia retratando o governador Sérgio Loreto. A maioria das capas continha ilustrações, fotografias não eram tão comuns.


136/137 REVISTA DE PERNAMBUCO

Belíssima capa da edição 06, com ilustração de Heinr Moser, com temática natalina. A qualidade da impressão parece ser algo à frente de seu tempo.

Capa que representa a Independência brasileira. É a primeira capa a usar mais de uma cor na impressão.


PROJETO GRÁFICO MIOLO Grid Formal.

Espaçamento de paragráfo Não.

Colunas Em média 3colunas, podendo variar para 2 ou 4 dependendo da quantidade de texto da matéria, de seu posicionamento e espaço ocupado dentro da página.

Editorial Assinatura / Sumário / Expediente.

Título Tipo sem serifa / Tipo serifado / Caixa alta / Caixa baixa.

Sistema cromático 2 cores.

Subtítulo Variável de acordo com a matéria. Corpo do texto Tipo serifado. Alinhamento Justificado.

Objetos gráficos Barras / Fios / Vinhetas / Boxes / Painéis.

Observações sobre o miolo O tipo de papel utilizado é couchê, na maioria das vezes de cor branca. Em algumas ocasiões, o papel é de cores aparentemente arbitrárias, como amarelo, rosa, azul, verde.

Recuo de página Positivo.

Página de Recreio, com o passatempo da edição atual e a solução dos enigmas da edição anterior.

Destaque para o Expediente da Revista de Pernambuco, incluindo o logotipo, o texto padrão, e os valores de assinaturas anuais.


138/139 REVISTA DE PERNAMBUCO ACERVO Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ) 1924: nº.1 (julho) ao nº.6 (dezembro) 1925: nº.7 (janeiro) ao nº.17 (novembro) 1926: nº.19 (janeiro) ao nº.28 (outubro) Interessante notar que a FUNDAJ possui em seu acervo praticamente todas as edições da Revista de Pernambuco, faltando apenas o número 18, todas em bom estado. Além de pesquisa com as fontes primárias, esta análise também utilizou informações constantes no livro História da Imprensa de Pernambuco de Luiz do Nascimento, volume 8, páginas 184–186.

Box/Moldura assinado por Heinr Moser.

Anúncio de gás. Primeiro anúncio a ter mais de uma cor impressa e tipos com duas cores.


Rua Nova (1924-1926)

Apresenta matérias mundanas variadas: “matérias e artigos sobre arte, literatura e notícias sociais, registrando o cotidiano da sociedade recifense, inclusive com charges políticas” (FUNDAJ). Também é possível encontrar diversos poemas e contos ao longo da revista. Análise por Nathália Moura e Jennifer Monte



ASPECTOS GERAIS Gênero Arte, literatura e notícia. Subtítulo Não há.

Iniciada em maio de 1924, substituiu o periódico O Fogo, com indicação de “ano II”.

Aspectos Semânticos A revista faz bastante utilização de fotografia, geralmente retratando uma pessoa importante ou algum lugar. Também se utiliza de charges políticas, em menor escala, satirizando assuntos da época. As capas são majoritariamente ilustradas, fazendo muito uso de cores e traços fortes, mantendo uma linguagem divertida e gerando identidade estética. O uso de ornamentos florais e elementos gráficos permeiam o interior da revista, na intenção de identificar textos/matérias diferentes e de trazer leveza para o leitor.

Periodicidade Quinzenal até a edição de nº 46. Semanal a partir do nº 47.

Vigência Maio de 1924 até outubro de 1926 (no 75).

Preço Até a edição de nº 46: 500 réis exemplar e 7000 reis anual. Do nº 47 em diante: 400 réis exemplar. Formato Edições de nº 4 à 19 e 47 à 75: 28,5x20cm. Edições de nº 33 à 46: 26x18cm. Número de páginas Até a edição de nº 19: em torno de 48 (24 folhas). Do nº 331 em diante: em torno de 36 (18 folhas). 1

No acervo visitado só constam as edições de nº 4 -10, nº 19 e 33 e nº 42-60 / nº 62-68 / nº 71, 73 e 75.

Exemplo de página dupla com diagramação pouco usual, posicionando a fotografia no meio das páginas. Notam-se clichês e molduras contornando as imagens e a página.


142/143 RUA NOVA

Casa de impressão Até a edição de no 46: Oficina do Jornal do Recife. Do nº 47 em diante: Oficina do Diário do Estado.

Direção e propriedade Até a edição de nº 17: De Sá Leal. Do nº 18 em diante: Oswaldo Santiago.

Sistema de impressão Litográfico e tipográfico. Essa informação não foi encontrada oficialmente.

Ilustração Belmonte, Amaro Gravuras, J.R. Anulpho.

Publicidade Sempre presente nas primeiras e últimas páginas da revista, ocupando páginas inteiras.

As ilustrações na parte interna da revista não apresentavam assinatura/identificação, sendo estes ilustradores citados identificados pelo desenho das capas.

A partir da edição de nº 51 encontra-se publicidade presente na parte inferior das capas.

Seções recorrentes De Monoculo / Correio da rua nova / Ver, ouvir e... contar / Futilidades / Aspectos do Recife / Do elegante protocolo / Gritos do meu silêncio / Pelos desportos / A pagina das creanças / Semana politica.

Exemplo de página com charge política. Nota-se também a presença de clichês ornamentais contornando o título e o poema.

Duas páginas contínuas de propagandas encontradas sempre no início e final da revista. Percebe-se sempre o uso de molduras e clichês contornando os textos.


PROJETO GRÁFICO CAPA Logotipo Até a edição de nº 47: grande variação de estilos, apresentando títulos caligráficos e tipográficos com e sem serifa. Do nº 48 em diante: padronização do título com lettering sem serifa com desconstrução sintática e presença de ornamentação naturalista. Informações sobre preço e edição Sim.

Linguagem verbal Grande variação nos textos referente a preço e número da edição até a edição de nº 47. Do nº 48 em diante essas informações estão integradas ao logotipo numa fonte sem serifa. Sistema cromático Até 3 cores por capa.

Linguagem visual Além da ornamentação presente no título da revista (a partir do nº 48), a maioria das edições contém ilustração. Também é possível encontrar fotografias contidas em molduras ornamentados ou com outro tipo de intervenção.

Capa de n°7 de 1924, com ilustração por “Amaro Gravuras”. Percebem-se personagens do cotidiano fazendo uma moldura à imagem central.

Detalhe da capa de n°49. Em abril de 1926, as capas ganham logotipo com lettering sem serifa e ornamentação discreta e incorporação de informações da edição no mesmo conjunto.


144/145 RUA NOVA

Capa de n°46. Em 1926, as capas aparecem com título em tipografia serifada em caixa alta, no topo da página, e ilustração na parte inferior.

Capa da edição de n°66 com fotografia impressa em 2 ou 3 cores, dando um aspecto de policromia.


PROJETO GRÁFICO MIOLO Grid Informal.

Recuo da página Positivo.

Colunas Duas colunas.

Espaçamento do parágrafo Não.

Também são encontradas páginas com 1 e 3 colunas.

Títulos Tipos com e sem serifa / Caixa alta / Estilo normal e bold. Subtítulo Tipos com e sem serifa / Estilo normal. Corpo do texto Tipo serifado / Estilo normal e itálico.

Editorial Presença de legenda e folio, este contendo apenas o nome da revista. Objetos gráficos Barras / Fios / Vinhetas. Sistema cromático Até 2 cores. Algumas revistas utilizam até 4 cores, mas no máximo 2 por página.

Alinhamento Justificado e à esquerda Também são encontrados alinhamentos centralizados com menor frequência, normalmente em poemas, e até alinhamento à direita.

Página com fotografias, sobrepostas e moldura ornamentada. No título, tipografia vazada bastante utilizada em diversas edições.

Página dupla, com o uso de fios, clichês e presença de duas e três colunas. As fotografias têm posição e recorte variados.


146/147 RUA NOVA ACERVO Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ) 1924: nº 4 (junho) ao nº 10. 1925: nº 19 e 33. 1926: nº 42 ao nº 60 / nº 62 ao nº 68 / nº 71, 73 e 75. Além da pesquisa com as fontes primárias, esta análise também utiliza informações constantes no livro “História da Imprensa de Pernambuco”, de Luiz do Nascimento, volume 8, páginas 177-182.

Folha de rosto do n°33, com molduras contornando o texto. O alinhamento do texto também varia assumindo, nesse exemplo, a forma de um triângulo invertido.

Exemplo de fotografia com recorte em elipse (estilo comum na revista). Nesse exemplo, vemos ainda a aplicação de ornamentos florais.


O Tacape (1928-1929)

Apresentava matérias mundanas variadas: “matérias e artigos sobre arte, literatura e notícias sociais, registrando o cotidiano da sociedade recifense, inclusive com charges políticas” (FUNDAJ). Também é possível encontrar diversos poemas e contos ao longa da revista. Análise por Lucas Mendes



ASPECTOS GERAIS Gênero Entretenimento e educação popular. Subtítulo Não há. Aspectos Semânticos Focaliza a fisionomia histórica do povo brasileiro e suas deficiências nos setores cívicos sociais e educacionais para concluir que adotaria uma “política ao mesmo tempo construtiva e defensiva”, esta última “contra velhos hábitos, velhos preconceitos que não mais comportam os anseios da consciência contemporânea; contra os embustes, as mistificações de um liberalismo de fachada; contra toda e qualquer tirania - mental, política ou ecônomica.

o operário, o funcionário público, o pequeno comerciante, o pequeno industrial, o pequeno proprietário, quem quer que necessite de defesa ou queira fornecer elementos que se relacionem com o viver dessas classes, reservado, porém, à redação o critério que lhe convém manter de só aceitar uma causa quando reconhecidamente legítima, de só se utilizar de informações rigorosamente exatas. Também não foi acolhido neste periódico o escrito que contiver insultos ou insinuações malévolas contra quem quer que seja, ou pecar pela sua extrema parcialidade. Vigência 1 de janeiro 1928 ao dia 15 de dezembro de 1929;

A revista consagra uma parte das suas colunas ao que diz respeito a interesses e direitos das classes populares; podem, pois, dirigir-se a ela

Periodicidade Quinzenal.

A publicidade do O Tacape sempre vem na contra capa. A tipografia do título é serifada e em caixa alta. Nas informações publicitárias temos uma combinação de tipografias. A posição é sempre a mesma, na parte superior.

Página do editorial da revista, apresenta uma tipografia que se repete toda edição, assim como a da capa. Apresenta textos escritos pelo diretor e que atendem aos anseios das classes mais populares.


150/151 TACAPE (O)

Formato 25x18cm. Número de páginas Periódico de duas colunas de 24 páginas. Casa de impressão Impresso inicialmente na Tipografia Central. A partir do nº 14, segunda quinzena de julho, fez uma oficina própria, instalada, com redação e escritório na Rua Marquês de Herval. Sistema de impressão Offset. Publicidade Publicidades ao longo do miolo. Normalmente em boxes com tipografia sem muitos ornamentos e com algumas ilustrações.

Seções recorrentes Não foi encontrado seções recorrentes. Apenas na contracapa, há uma publicidade da própria revista com os preços das assinaturas que se repete em todas as revistas. Direção e propriedade Empresa ‘‘Diário da Manhã S.A. Ilustração As únicas ilustrações do periódico são as duas da capa. Inicialmente é um mapa do Brasil com um tacape em cima, depois surge o busto de um homem segurando um tacape. Não temos referências de quem às produziu. As outras ilustrações podem ser vistas nas publicidades na qual também não temos informações sobre os autores.

Ainda de acordo com os novos anseios da sociedade contemporânea, a revista continua trazendos textos com temas que até pouco tempo eram tabu, como o próprio divórcio, demonstrando cada vez mais a liberdade da mulher.


PROJETO GRÁFICO CAPA Logotipo Lettering sem serifaacompanhada de um símbolo. Informações sobre preço e edição Sim. Linguagem visual Desenhos variando entre o predominatemente abstrato e o predominantemente realístico. Linguagem verbal Além do título, todas as edições possuem um boxe com alguma citação. Em cada edição há um texto diferente. Sistema cromático Tricromia.

A logo do O tacape é a mesma em todas as edições, alterando apenas a cor. As letras em caixa alta com um símbolo ao lado torna bem específico para quem quer ver.


152/153 TACAPE (O)

A capa normalmente é colocrida em dicromia e tricromia. um busto de um homem com o tacape na mão e um box de texto na parte inferior.

Detalhe do box que aparece na capa da edição 25 do ano 1.Com temas relacionados aos da revista, variava toda edição os escrittores. Na edição em questão o escritor é Raul Azevedo.


PROJETO GRÁFICO MIOLO Grid Formal. Colunas Páginas com 2. Título Lettering, tipo serifado e caixa alta. Subtítulo Tipo com e sem serifa, caixa alta, estilo normal.

Editorial: Legendas, folio, capitular, notas de rodapé, expediente e olho. Objetos gráficos Boxes, fios e vinhetas. Sistema Cromático Monocromia.

Corpo do texto Com serifa. Alinhamento Justificado. Recuo de parágrafo Positivo. Espaçamento de Parágrafo Sim.

Publicidade em dicromia. Em várias edições da revista podemos encontrar essa publicidade.

Outra publicidade comum na revista são anúncios de venda de carros. Simbolizando o desenvolvimento da época.


154/155 TACAPE (O) ACERVO Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ) 1928: nº 24. 1929: nº 26 ao nº 28. 1929: nº 32. 1929: nº35 ao nº39. Além da pesquisa com as fontes primárias, esta análise também utiliza informações constantes no livro ‘‘História da Imprensa de Pernambuco’’, de Luiz do Nascimento, volume 8, páginas 262-265.

Miolo da Revista O Tacape Ano2º (1929) Nº 36. Lettering com estilo gótico e com ornamentos nas letras em caixa alta. Subtítulo em negrito e itálico. Outros ornamentos como as linhas e a divisão do subtítulo com o texto. O texto é separado em duas colunas.



Este catálogo foi projetado para publicação digital e utiliza as fontes Fedra Sans, Frutiger e PMNCaecilia.


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