TRANS
© PIOTR RUSNARCZYK
Editores: Ana Frederiksen Thiago Santilli
Orientador: Anderson Penha
CONTEÚDO CULTURA DIGITAL TRANS TIMELINE HOME OFFICE & CO-WORKING WEARABLES NOVA CONSUMO HANDMADE TRATAMENTO DE DOENÇAS FAST FOOD TRANSCONSCIÊNCIA CIBERNETICA PROLONGAMENTO DE VIDA EXPLORAÇÃO DE NOVOS PLANETAS PROBLEMAS-CHAVE AUTORES REFERÊNCIAS
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cultura trans digital trans1. exprime o significado de além de, para além de, em troca de, através, para trás 2. também pode indicar travessia, deslocamento ou mudança de uma condição para outra O QUE É TRANS? Transitivo: é o tempo/época considerado incompleto, que exige um complemento que lhe integre o futuro. Esse pode ou não vir revelado de qualidades e/ou defeitos. O transitivo é o caminho, o ‘’ enquanto ‘’ situado entre o antes e o depois. É a conexão com o resultado. Período de transformação.
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DEFINIÇÃO DE CULTURA DIGITAL TRANS Transição da “cidade industrial”, centrada na produtividade, nos conflitos de classe e na dialética política, para a “metrópole comunicacional”, marcada pelo pluricentrismo e pela modificação da percepção espaço-tempo. A cultura digital modifica a “divisão comunicacional do trabalho” (expressão inspirada no conceito de divisão social do trabalho, proposto por Marx) entre quem narra e quem é narrado. Surge daí a ideia de autorrepresentação: as pessoas querem se representar, e não mais serem representadas. E, de qualquer lugar do mundo, elas têm os meios tecnológicos e as condições culturais para fazer isso, para nunca mais conceder a um terceiro o direito de representá-las. Entra em cena, assim, a crítica ao status de “quem tem o poder de representar quem”. 5
Caiu a dicotomia entre quem representa, de um lado, e quem é representado, de outro. Trata-se do direito que cada pessoa tem de representar a si mesma politicamente e esteticamente e de representar também quem a representa. Isso significa colocar em crise permanente a visão dualista e dicotômica entre natureza e cultura, masculino e feminino, bem e mal, quem representa e quem é representado. Diante disso, precisamos desenvolver lógicas diferenciadas de pensamento que permitam aproveitar as potencialidades que a cultura digital nos oferece. A descentralização ubíqua do indivíduo trata-se de um tipo de identidade característica da cultura digital. O desejo de viver uma alteridade interna era compartilhado apenas em momentos específicos, como no carnaval. Atualmente, com a explosão da cultura digital, esse desejo de alteridade, de multivocidade pode ser vivido o tempo todo, em qualquer momento. Basta o sujeito entrar na internet para poder exprimir diferenças coexistentes e heterônomos estilos de escrever, de se representar, de se conectar. É claro que a cultura digital também traz problemas de segurança, de fraude, que devem ser enfrentados. Porque a cultura digital é parte de um conflito, de uma dialógica, de uma tensão que precisamos resolver.
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TIMELINE 2020 home office & co-working 2025-2050 wearables 2027 novo consumo 2030 handmade 2035 tratamento de doenças 2040 fast food 2060 transconsciência 2100 cibernética 2117 prolongamento de vida 2150 exploração de planetas
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HOME OFFICE & CO-WORKING LINHA DO TEMPO 2020 São seis horas da manhã e mais um dia começa. o despertador ainda nem foi desligado e na cabeça de Elisa já começam a entrar pensamentos de cobrança e estresse. A música do despertador propositadamente colocada da melhor banda de todos os tempos da última semana, para ela acordar rápido e desligá-lo o quanto antes, pois aos fins de semana, aliás no único dia de folga da semana aos domingos, ela coloca Elvis Presley “Can’t Help Falling In Love” ou “My Way”, para acordar de bom humor e continuar durante o dia. Entretando voltando à realidade da rotina de Elisa, que aliás já está atrasada porque decidiu dormir mais cinco minutinhos, que mais parece um roteiro. Vejamos: Tomar banho, se vestir correndo e enquanto isso comer algo apressadamente, juntar tudo dentro da bolsa, pegar os materiais da faculdade, que ela já trancou milhares de vezes, dar um beijinho no gato (animal, claro sem vida social), sair correndo para o ponto mais próximo, ir esmagada na condução para dar aquela socializada forçada (afinal ela tinha que escolher entre ter carro ou faculdade), chegar no trabalho, pegar fila no elevador, 8
fila no armário (para guardar seus pertences, afinal ela e os 90% da empresa que foram contratados passaram por exames psicológicos, mas não são de confiança), fila na hora de passar o crachá, fila na hora de bater o ponto, sentar na mesa que divide com uma “colega” de outro horário, que aliás ela é obrigada a olhar todos os dias a milhares de fotos que sua “colega” colocou não deixando um espaço para ela claro, responder emails, abrir o site da empresa na parte de reclamações e responder a todas, sair para o almoço, sentar e continuar até as 17:00, fila na hora de bater o ponto, fila na hora de passar o crachá, fila no armário, pegar fila no elevador, fila do ponto de ônibus, chegar na faculdade, lanche da tarde (mas antes desse “lanchinho” já foram comidos muitos docinhos e chocolates), tentar prestar atenção enquanto cochila várias vezes. As 23:00 condução de novo e chega em casa à meia noite, beijinho no gato, tomar banho, comer alguma besteira, afinal sem tempo para cozinhar, dormir... INTRODUÇÃO Por isso a Elisa e tantas outras pessoas são necessárias, pois é preciso ter pessoas criativas, e que trabalham e estudam possibilidades de facilitar a vida de todos. Pesquisando tendências de design e mercado e futuro, propondo novas formas de pensar, pois nem sempre é o seu trabalho que é chato ou estressante e você não vê a hora de sair ou chegar ao final de semana, mas a forma como está sendo colocado talvez esteja num 9
formato que não é mais produtivo. Existem formatos que são obrigatório a presença do funcionário, devido a maquinários etc., por outro lado outros precisam ser corrigidos e modernizados, gerando uma melhor qualidade de vida ao funcionário, ao meio ambiente, e a circulação das grandes cidades. Um funcionário que responde e-mails e trabalha com internet pode tranquilamente sem comprometimento da produtividade: acordar, ir ao mercado, preparar seu café , responder seus e-mails, almoçar, continuar o trabalho, ir a faculdade e quem sabe até fazer outros trabalhos simultâneos. SINAIS Flexibilidade do professional, profissionalização independente e constante, qualidade de vida, custo-benefício para empresas. MEGATRENDS Novos modelos de trabalho e carreiras, produção descentralizada, auto formação e novas formas de aprendizagem. IMPLICAÇÕES • Descentralização das cidades e melhor circulação. • Custos com previdência social e privada. • Melhor circulação de renda. • Possibilidade de formação e trabalho em qualquer ramo social. • Horários flexiveis em mais áreas de trabalho. 10
• Maior possibilidade de trabalhar com várias áreas ao mesmo tempo, e a possibilidade de cada vez mais haver empreendedores, com suas microempresas. • Maior qualidade de vida com a família e horários flexíveis para evitar sedentarismo e outras doenças. • Maior expectativa de vida, tendo em vista problemas futuros relacionados a previdência, cada um cuidaria da sua. • Menos veículos ou trânsito de pessoas em horários de pico. • Maior competição para as empresas, vários profissionais trabalhando para a mesma empresa.
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WEARABLES LINHA DO TEMPO 2025-2050 PESQUISA Tecnologia e Moda costumavam ser um assunto bastante vago quando unidos. Hoje, indo além da pesquisa de materiais, procura-se chegar em níveis bem mais altos com o avanço da computação embutível, assim eliminando barreiras e permitindo que designs inusitados possam surgir. Roupas inteligentes, à base de nanotecnologia, podem ter diversas características como, por exemplo, conduzir eletricidade; facilitar o equilíbrio térmico e manter o corpo seco; bloquear raios UVA e UVB; fios bacteriostáticos podem deter o crescimento das bactérias; tecidos tratados com nanotecnologia podem repelir líquidos, tornando-se impermeáveis e a prova de manchas; roupas especiais podem detectar a presença de armas químicas e fechar os poros (do tecido) de maneira automática. Dar 10 vezes mais força ao homem. Os nanotubos de carbono são até 17 vezes mais resistentes que o kevlar - material do colete a prova de balas e 100 vezes mais resistentes do que o aço. Eles podem ser utilizados na fabricação de roupas mais duráveis, tecidos a prova de balas e podem portar tecnologia eletrônica e de armazenamento de energia. 12
Falando mais sobre materiais, a Organza de seda é ideal para roupas computadorizadas porque é feita de duas fibras que a torna condutora de eletricidade. A primeira fibra é justamente um fio de seda comum, mas na direção oposta do fio da fibra está a linha de seda que é envolvida em uma fina lâmina de cobre. É esta lâmina de cobre que dá à organza de seda a capacidade de conduzir eletricidade. Cobre é um bom condutor de eletricidade e, alguns fabricantes de microprocessador, estão começando a usar o cobre para acelerar estes equipamentos. O fio metálico é preparado como o fio telefônico de núcleo de pano, de acordo com os pesquisadores do MIT. Se cortarmos um cabo telefônico em espiral, encontraremos um condutor que é feito de uma lâmina de cobre rodeando um núcleo de fios de náilon ou de poliéster. Pelo fato de os fios metálicos poderem resistir a altas 13
temperaturas, eles podem ser costurados ou bordados com o uso de maquinário industrial. Esta propriedade os torna muito promissores para a produção em massa de roupas computadorizadas. A organza de seda não é apenas um bom condutor elétrico, sendo as suas fibras espaçadas em intervalos adequados. Desse modo, elas podem ser individualmente endereçadas. Uma tira do tecido pode, basicamente, funcionar como um cabo de fita. Cabos de fita são usados em computadores para conectar drivers de disco aos controladores. Um problema em se usar organza de seda pode aparecer se os circuitos tocarem uns aos outros. Por esta razão, os cientistas usam um material isolante para encapar ou sustentar o tecido. Uma vez que o tecido é cortado no formato desejado, outros elementos precisam ser anexados, como resistores, capacitores e bobinas. Esses componentes são costurados diretamente no tecido. Componentes adicionais, como LEDs, cristais, transformadores piezoelétricos e outros componentes montados nas bases, se necessário, são soldados diretamente nos fios metálicos. Outros equipamentos eletrônicos podem ser presos no tecido usando-se uma espécie de garra, que fura a linha para criar um contato elétrico. Estes equipamentos podem ser facilmente removidos para limpar o tecido. Na Georgia Tech, pesquisadores desenvolveram outro tipo de linha para fazer roupas inteligentes. Esta camisa inteligente, que iremos estudar na próxima seção, é feita de fibras ópticas de plástico e de outras fibras especia14
lizadas, costuradas no pano. Estas fibras condutoras ópticas e elétricas vão permitir à camisa comunicar-se, sem fio, com outros equipamentos, transferindo dados dos sensores embutidos nela. Muitas companhias já estão explorando a possibilidade de nos vestir com roupas computadorizadas. Podem ser citadas a IBM, Levis, Philips, Nike e Sensatex. Na Europa, a Levis já está testando a jaqueta musical desenvolvida pelo MIT Media Lah. Guarda-roupa digital do futuro O desenvolvimento de fios digitais abriu oportunidades para toda uma indústria de roupas computadorizadas. Na próxima década, provavelmente veremos uma grande variedade de trajes digitais entrando no mercado consumidor.
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A jaqueta musical é feita com organza de seda e é controlada com um teclado capacitivo de tecido. Este teclado foi produzido em massa, usando linha condutora e técnicas de bordar comuns. O teclado é flexivel, durável e responde ao toque. Um circuito impresso é usado para dar ao teclado uma habilidade sensitiva. Desta forma, os controles reagem quando pressionados. O teclado pode perceber o toque devido ao aumento na capacitância do eletrodo quando tocado. Os teclados são conectados a uma miniatura de um sintetizador MIDI, que toca música. A potência pode ser fornecida por uma fonte parasítica de energia, como a energia solar, eólica, térmica ou energia mecânica proveniente de pulsos ou de caminhadas. Enquanto a jaqueta musical é um exemplo de como roupas computadorizadas podem ser usadas para o en-
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tretenimento, pesquisadores no Instituto de Tecnologia da Georgia desenvolveram uma finalidade prática e medicinal para esta tecnologia. A camisa inteligente pode monitorar índices cardíacos e respiratórios, usando fibras de condutividade óptica e elétrica, que são trançadas no tecido dela. A camisa inteligente, projetada na Georgia Tech, foi inicialmente financiada pela Marinha Americana, a partir de 1996. Agora, estas camisas são destinadas aos soldados em combate, para que o pessoal médico possa encontrar o local exato de um ferimento à bala. Para identificar com precisão o local de penetração da bala, um sinal luminoso é continuamente enviado da ponta de uma fibra óptica para um receptor, na outra ponta. Esta fibra também é conectada a um monitor pessoal de status, usado no quadril. Se a luz de um emissor não atinge o receptor no monitor, o soldado foi alvejado. O sinal luminoso então salta de volta ao ponto da penetração, o que auxilia o médico a achar a exata localização do ferimento à Bala.
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ENTREVISTA Doutor Philipe Leitão Ribeiro - médico cardiologista do Hospital Albert Einstein com especialização em hemodinâmica. As roupas sofreram muitas mudanças ao longo da história da medicina? Sim, antes de Pasteur os médicos se vestiam elegantemente até em momentos cirúrgicos. A preocupação era totalmente estética. Não havia segurança com a saúde do paciente. Posteriormente as roupas no centros cirúrgicos ficaram similares as dos atuais açougueiros. Por que os cirurgiões, anestesistas e auxiliares usam roupa azul ou verde? Embora poucas pessoas tenham pensado nisso, existe uma razão importante para essa regra. As cores azul e verde são opostas ao vermelho (a cor do sangue) na “roda das cores” e por isso são adequadas para melhorar a visão durante os procedimentos. Como se essas cores atualizasse o cérebro dos médicos para a cor vermelha. Isso causa um conforto na visão dos profissionais e aumenta sua concentração. Assim, olhar para cores frias como verde e azul de vez enquando atualiza o cérebro e nos faz ficar mais sensíveis ao vermelho. Como tem sido a evolução da robótica na medicina? Tanto nos prontos socorros quanto nos centros cirúrgicos as mudanças estão acontecendo principalmente nos 18
EUA e Japão. No Brasil a robótica já está sendo utilizada na cirurgia cardíaca com ajuda do robô batizado de Da Vinci. E em quais áreas e países já se aplicam a tecnologia avançada nas roupas que os profissionais utilizam? Tecidos hipoalergênicos, roupas de renovação da derme para queimados feito com a pele da Tilápia. Exoesqueleto que ajudaram pessoas a voltarem andar. Roupas com efeito bactericidas e ainda está em desenvolvimento robôs que nos ajudaram a evitar o contato com a radiação. HIPÓTESES Aqui resolvemos trabalhar com uma ideia que servisse como “carro chefe” para o desenvolvimento dos wearables do futuro. Essa ideia seria um redesign completo das famosas roupas dos astronautas e, focando na tão esperada viagem para Marte. A partir daí mostrando como a tecnologia usada nos trajes poderiam vir até os civis ou dos civis para os trajes. Esse compartilhamento ocorre graças ao desenvolvimento exponencial da indústria. Vale ressaltar que trabalhamos também com a observação dos outros trabalhos para que pudéssemos criar links na timeline de 2030 a 2150 que fossem uma ação ou reação. 19
Pontos negativos: mal uso, adaptação militar, segurança, espionagem e visão empresarial de lucro que pode acabar não fazendo um produto que respeite o usuário final. Um traje espacial é um sistema complexo de vestimentas, equipamentos e sistemas ambientais projetados para manter uma pessoa viva e confortável no difícil ambiente do espaço exterior. Isto se aplica a atividades extra veiculares (EVA) fora de uma espaçonave orbitando a Terra e em caminhadas na superfície da Lua e outros planetas.
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Um traje espacial moderno permitiria o uso de um único traje em diversas situações, algo que o antigo não é
capaz e assim sendo necessário mais de 2 trajes por tripulante. Isso será muito útil nas colônias de Marte e Europa e nas futuras. O que há de novo no redesign do traje: Câmera em primeira pessoa - Indo além da questão de entretenimento, é de muito valor para os auxiliares em terra poderem ter a mesma visão do astronauta. Visor com realidade aumentada - Num mundo onde óculos de Realidade Virtual ou Realidade Aumentada não são bem projetados, não confortáveis e esquecem que metade da população mundial tem problema de visão, o grafeno vem pra ser o material que muda todo esse jogo (se bem usado). 21
Esse display trabalha junto com a própria Inteligência Artificial do indivíduo que tem como raiz um micro chip que foi implantado logo no seu nascimento, ela o ajuda em diversas situações e durante o desenvolvimento natural do ser, ela também se adaptou e evoluiu com ele formando uma bela dupla já que ela também tem consciência própria. Também há Internet Das Coisas para manter a conectividade constante sem quedas e, ambos ligados ao Big Data Pessoal do astronauta que coleta dados tanto dele quanto do seu traje. O display também dispõe de um sistema operacional com interface gráfica para fácil usabilidade através de comandos direto da rede neural e da movimentação dos olhos assim, deixando as mãos livres para qualquer necessidade. Adaptação para civis - A tecnologia chegaria aos civis na forma de um óculos comum como um Ray Ban. Este poderia ser usado de forma normal e com adaptações para pessoas com problemas de visão como miopia. Possibilitaria outros meios de observação entre as pessoas e facilidade para trabalhos. Pontos positivos: acessibilidade, facilidade de uso, melhor desenvolvimento de projetos, tipos, formas e cores de carcaças para personalização e comunicação. Links: Handmade, transconciência, home office e Co-Working. Sensores - Monitorar a saúde, alertas constantes, manter a temperatura, níveis de oxigênio e dióxido de 22
carbono, porcentagem de energia disponíveis no traje e no corpo. Essas são as situações que os sensores terão que detectar para o sucesso da Missão. Vestimenta Se aproveitando de materiais novos interligados com grafeno e nanotecnologia, a vestimenta de várias camadas também se adapta ao corpo por meio de elasticidade e pulsos elétricos, controla a temperatura corporal de forma automática ou controlada. Ela alerta e mostra áreas com possíveis lesões podendo se antecipar para evita-las e monitorando a saúde geral do sistema corporal. Vestimenta e Sensores se juntam na hora de fazer um produto para usuários comuns. Na hora do treino. No uso normal durante o dia. Em quaisquer circunstâncias o 23
objetivo principal vai ser a saúde do corpo, desde o monitoramento dos batimentos cardíacos até a correção da postura, podendo também contatar um médico de preferência. Inclusive a saúde do seu pé e o seu conforto geral no ato de andar. Este é um tênis para deficientes visuais. Ele utiliza sensores para mapear os arredores e auxiliar na movimentação. Pontos positivos: saúde, adaptação, personalização, viabilidade, confiabilidade e acessibilidade. Links: tratamento de doenças e prolongamento de vida. Exoesqueleto O exoesqueleto ajuda em trabalhos pesados e movimentação em terrenos de extrema dificuldade.
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Amortece quedas, ajuda a escalar e andar sem nenhum esforço e trabalha com ajustes constantes para se adequar ao corpo do ocupante. Uma pergunta: consegue imaginar um mundo sem cadeira de rodas? Não será colocado aqui em pauta a questão de trabalho pesado, pois há robôs para fazerem esses trabalhos. Contudo, trazer uma independência para aqueles que foram marginalizados pela própria sociedade devido á alguma deficiência, é quebrar barreiras. Aqui no caso é a física. Isto pode ficar entra a própria cadeira de rodas e as células tronco. Pontos positivos: mobilidade, salvamento e/ou restauração de vidas. Links: tratamento de doenças e prolongamento de vida. LINKS GERAIS Nova Economia e Exploração de Novos Planetas.
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NOVO CONSUMO LINHA DO TEMPO 2027 INTRODUÇÃO Com o acesso a internet em qualquer lugar, dar um retorno sobre um serviço ou atendimento se tornou algo imediato. Você não precisa mais esperar chegar em casa para avaliar o estabelecimento onde está. O poder de influência cresceu com as redes sociais, além do crescente interesse e procura por produtos sustentáveis, com embalagens reutilizáveis ou feitas a partir de reciclagem. O consumidor está olhando mais para o meio ambiente e é trabalho das marcas acompanharem o desejo de seus clientes. Mais do que apenas possuir o produto, os consumidores estão cada vez mais interessados em ter uma relação com o mesmo, que desperte algo, que faça sentido. PESQUISA A marca COMAS, da estilista uruguaia Agustina Comas, resolveu produzir suas roupas com a técnica de upcycling, que é a recuperação de produtos que foram descartados e após sua transformação, são recolocados no mercado, evitando a utilização de novos materiais e o acumulo de lixo. Ela acredita que a forma de consumir 26
precisa ser repensada, já que em 50 anos consumimos um volume muito grande dos recursos da natureza. Pensando nisso, criaram um novo projeto chamado ORICLA, que consiste na criação de novos tecidos feitos a partir dos resíduos gerados no corte, ou seja, as bordas laterais dos tecidos. Só na região do Brás e do Bom Retiro, são gerados, diariamente, 20 toneladas de retalhos e boa parte vai parar em lixões, sem uma devida atenção. Ao mesmo tempo em que acha incrível poder criar uma roupa que dura, que vai acompanhar cada um por 30 ou 40 anos, não deixa de ser um comercio, estão produzindo e vendendo. Mas Agustina gostaria de ir além, já que procura colocar na Comas todas as formas de pensar o consumo, e por isso ela quer achar uma forma diferente de oferecer a roupa para as pessoas. Como ela mesma fala, as pessoas não precisam comprar roupa, elas precisam usar.
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Nova economia Uma nova maneira de ter acesso a músicas, filmes e roupas, gerou uma nova economia. Tornou-se comum bibliotecas de roupas, brechós, sites de aluguel e de venda de roupas usadas, onde qualquer um pode ser vendedor e cliente. A roupa não é mais descartada logo após o seu primeiro dono, ela é passada adiante mas para que isso funcione a roupa precisa durar, ou seja, ter qualidade. Começar a entender que nossos recursos são limitados é o ponto de partida para procurar desenvolver algo novo. Pensando nisso que dois irmãos suíços desenvolveram um jeans totalmente biodegradável. Um tipo de fibra de celulose e linho, cultivada próximo a fábrica e que exige menos água para ser cultivada do que o algodão. Você apenas retira os aviamentos para colocar em uma nova peça e o antigo jeans pode virar adubo no seu quintal. Como lucrar quando o seu produto tem uma duração maior? Ao criar um produto com uma vida maior você fideliza o seu cliente mas o mantém longe de seus produtos. Pensando nisso, é preciso desenvolver meios para que o cliente retorne para conhecer novos produtos. Uma boa forma é oferecendo um serviço de reparo, ele leva a peça antiga para arrumar e por consequência, conhece a nova coleção. Outra opção é oferecer novos produtos, como kit de tingimento natural para as peças adquiridas. Assim, além de possuir uma peça única, o cliente se sente parte dessa criação, já que ele dará o acabamento a sua peça. 28
Uma empresa grande e que já aderiu ao reparo de produtos como meio lucrativo, é a gigante Eletrolux, mas até o momento a ideia só foi firmada na Ásia, segundo o diretor Ronaldo Portella. No Brasil e na Europa o lucro continua sendo de venda de produtos, mas é algo que tende a mudar futuramente. Ao perceberem que o modelo funciona, novas marcas com o mesmo ideal surgirão e as pioneiras na área já estarão mais desenvolvidas e seu trabalho mais popular. Com o novo modelo de produção e de consumo em alta, as marcas que não se adaptarem as necessidades dos clientes, acabarão passando por dificuldades e até mesmo fechando.
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IMPLICAÇÕES POSITIVAS • Ocorrerá a diminuição de lixo, uma vez que as roupas terão uma durabilidade maior. O descarte será menor e mais tardio, fazendo com que todos realmente usem as peças adquiridas. • O aumento no preço do produto: ao produzir algo sustentável, de qualidade e com um salario justo aos funcionários, o preço da peça tende a aumentar para cobrir todos os gastos. Isso fará com que os consumidores pensem melhor ao comprarem alguma coisa, já que estarão investido um valor mais alto na peça. Isso não ocorre em lojas fast fashion, já que tudo é tão barato, as pessoas compram por impulso e, as vezes, descartam sem nem usar aquilo que foi comprado. Só investirão em peças quando realmente precisarem ou quererem muito, o que causará um descarte menor de resíduos têxteis. • Consciência sustentável: outros setores, além do têxtil, podem seguir o novo modelo de produção ao perceberem que os consumidores mudaram sua postura em relação ao meio ambiente e preferem produtos sustentáveis. • Novos empregos: com o setor têxtil em constante mudança, as empresas precisarão sempre se reinventarem, seja com novos produtos, matérias primas ou iniciativas. Para isso, precisarão de pessoas criando possibilidades, novos setores e ideias. Tudo isso pode gerar novos cargos dentro da empresa.
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IMPLICAÇÕES NEGATIVAS • O aumento no preço do produto: ao produzir algo sustentável, de qualidade e com um salário justo aos funcionários, o preço da peça tende a aumentar para cobrir todos os gastos. Isso excluirá cada vez mais a população de baixa renda, já que tirar do pouco do que possuem para sustentar uma nova economia. • Novo consumo: ao mesmo tempo em que o consumo pode diminuir, pode acontecer o contrário, ele pode aumentar. A possibilidade de consumir produtos ecologicamente corretos, pode gerar uma tranquilidade na hora de fazer compras e acabar gerando a mesma quantidade de produtos que consumimos atualmente. Os consumidores podem ver como uma nova forma de forma de consumo, não como uma forma de economia, liberdade e colaboração ao meio ambiente. • Número de trabalho diminuirá: ao produzir menos, as empresas precisarão de menos funcionários, o que acarretará na demissão de muitos funcionários que precisam da vaga para sustentar a família. HIPÓTESE A sociedade viverá com menos produtos e os usarão mais, gerando menos lixo. Isso se deve a qualidade que será melhor, já que ao consumir menos, terão mais tempo para focar onde o seu dinheiro foi investido e fazer bom uso disso. O futuro será tecnológico com vivências do passado, onde tudo será muito simples de ser executado mas com 32
relações afetivas maiores e mais duradouras. Um contra ponto ao que estamos vivenciando no momento e ao criarmos uma consciência sustentável e possuirmos produtos com uma qualidade maior, a nossa necessidade irracional de consumir, diminuirá.
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HANDMADE LINHA DO TEMPO 2030 SINOPSE A estória será contada em um futuro não muito distante, em que a sociedade estará dividida em duas partes: a parte da população em que acredita que trabalhar com produtos fabricados manualmente traz uma originalidade e singularidade ao produto, mesmo sabendo que a produção em grande quantidade é algo muito difícil de se atingir. Outra parte da população, acredita que: produtos fabricados manualmente são muito bonitos, mas só se ganha dinheiro, produzindo em fábricas com grande quantidade de produtos. Diante disso, criamos duas personagens: Carolina, que tem sua lojinha de roupas bordadas à mão e acessórios confeccionados por ela mesma. E do outro lado encontramos Roberto que criou sua própria marca de sapatos que acredita e defende firmemente a ideia de que só vai conseguir ganhar dinheiro se seus sapatos forem produzidos em uma fábrica de grande porte. Carolina começou sua marca faz apenas 3 anos e explica o porquê de ter escolhido confeccionar seus próprios 34
acessórios e bordar suas próprias roupas a mão: “Há muitos anos que eu venho analisando e vivendo em um mundo em que as pessoas só pensam em si próprios, em seu próprio ganho, doa a quem doer, e o que eu Carolina enxergo com isso é que quem está perdendo com tudo isso é o planeta Terra, ou seja nós mesmos porque vivemos nele e dependemos dele para continuarmos vivos. É um fato comprovado que a fabricação de tecidos, acessórios, sapatos e tudo relacionado a moda atinge grandemente a camada de ozônio, a prejudicando e diminuindo nossa qualidade de vida aqui na Terra. Decidi então fazer diferente: com o passar dos anos, o aumento da tecnologia, percebemos uma produção em massa para atender um consumo desenfreado de diversos itens e também percebemos a procura incessante pela singularidade em produtos. Notei também o grande desemprego gerado pelas fábricas, já que não precisam mais de mão de obra quando se tem uma máquina que produz para você. Foi então que decidi juntar o útil ao agradável, já que as pessoas querem singularidade, eu me importo e quero ajudar o planeta Terra da maneira que posso e quero gerar novos empregos para pessoas que precisam de um, decidi abrir minha própria marca de produtos fabricados a mão. E digo uma coisa, posso não estar milionária e posso nunca ser, mas da maneira que posso tenho ajudado pessoas a comprarem produtos únicos e diferentes como procuram e ainda por cima tenho ajudado a Terra.” Do outro lado da moeda temos Roberto: que sempre teve um talento especial para desenhar sapatos mas 35
também nunca se importou muito com problemas que não o atingisse diretamente. Roberto começou sua marca há 5 anos e abriu uma pequena fábrica de sapatos para que pudesse atender uma maior quantidade de pessoas. Sua fábrica não difere de nenhuma outra, libera gases poluentes, desemprega pessoas. Muito diferente do caso de Carolina que optou por fazer o bem. Em um encontro entre Roberto e Carolina, feito por uma escola para que discutissem seus diferentes modos de produção, Roberto disse: “Escolhi essa maneira porque é o que gera lucro, o que faz o mercado girar e não me arrependo. Existem milhares de fábricas e pessoas que prejudicam o meio ambiente de diversas maneiras, por que logo eu tenho que agir diferente e deixar de ganhar meu dinheiro?”
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PESQUISA Vanessa Montoro é um exemplo de handmade repaginando duas técnicas milenares, o tricô e o crochê, e confecciona peças do vestuário feminino, com fios de seda especiais fiados em roca e tingidos manualmente com pigmentos naturais, criando assim peças com conceito de obra de arte: originais, atemporais e de edição limitada. Para desenvolver trabalhos com estas duas técnicas, é preciso ter criatividade, talento e profissionalismo, características que a brasileira Vanessa Montoro tem de sobra. Isto pode ser conferido nos produtos que desenvolve para a marca Vanessa Montoro. O objetivo principal é confeccionar peças feitas à mão (handmade) do princípio ao fim. As criações transmitem um caráter natural e esbanjam bom gosto, para atender 37
um público requintado, com estilo e que valorizam a originalidade. Fiados em rocas manuais, os fios utilizados prezam pela essência de produtos nobres como a mais pura e suave seda que dão o toque único as peças. O tingimento é totalmente manual feito com pigmentos extraídos da natureza tais como, erva mate, urucum, casca de cebola, pó de café, eucalipto e folhas de amoreira, que garantem às peças uma tonalidade ímpar e fazem com que o produto se torne único. Para tornar possível a produção das peças com todos estes predicados, a Vanessa Montoro não produz em série e nem se utiliza de qualquer tipo de método industrial. Cada peça tem sua particularidade, seu charme e sua sofisticação. São peças luxuosas, porem versáteis, são atemporais e fogem de qualquer modismo. Dentre os produtos que cria há blusas, casacos, vestidos, pelerines e o que mais vier à cabeça de Vanessa Montoro onde o processo se inicia. Desenvolvida e aprovada a peça piloto, serão reproduzidas pouquíssimas unidades do mesmo modelo, e ainda assim com alteração de cor e de um ou outro detalhe. O casamento do tricô e crochê com a fiação manual e tingimento com pigmentos naturais dá o conceito das peças da Vanessa Montoro, que foi buscar nas raízes da história esta forma de arte e a trouxe à tona em pleno século XXI, em meio a parafernália da industrialização e informatização. O processo é rustico e belo, predicados que realmente fazem a diferença e se destacam no ambiente atual. 38
Operação de curtume Anos de vida perdidos: 1,93 milhões Quando você compra um cinto de couro provavelmente não imagina o processo de produção por trás do acessório. Muito antes de chegar às lojas (ou às suas calças), o material que constitui esse e outros produtos similares passou por um conjunto de procedimentos que recebe o nome de curtimento. É através deste processo que as peles de animais são tratadas e transformadas em couro. E, como você pode imaginar, transformar a pele dos bichinhos em matéria prima para produção de sapatos requer o uso de uma quantidade grande de produtos químicos. Enquanto em fábricas regulamentadas o impacto ambiental é controlado, em operações informais o risco de contaminação cresce. Na Índia, por exemplo, 75% dos curtumes foram produzidos em operações de pequena escala em 2011, em locais onde geralmente faltam recursos para investir em mecanismos de controle eficiente da grande quantidade de resíduos produzidos. Lixões industriais e municipais Anos de vida perdidos: 1,234 milhões Lixo doméstico, pilhas, sucata e resíduos agrícolas, hospitalares e de processos industriais. Em aterros sanitários regularizados há controle e separação dos resíduos – encaminhando materiais cancerígenos, corrosivos, tóxicos ou inflamáveis para tratamento. Mas nos lixões e locais de despejo irregulares tudo está junto e misturado. O resultado não poderia ser outro se não a ampla contamina39
contaminação do solo, dos lençóis freáticos e da população. A maior parte destes lixões está localizada na África, no Leste Europeu e nos países do norte da Ásia e os impactos na saúde causados por estes poluentes incluem câncer pulmonar, problemas neurológicos e doenças cardiovasculares.
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TRATAMENTO DE DOENÇAS LINHA DO TEMPO 2035 SINOPSE A estória é ambientada em um cenário futurístico onde a tecnologia predomina em todas as esferas da sociedade, porém há claramente uma divisão entre ela: os que são a favor da tecnologia e os que são contra. O primeiro grupo acredita que a substituição total do trabalho manual humano pelas máquinas impulsionam o progresso da humanidade e o segundo grupo acredita que a substituição podem gerar: desemprego em massa, alterar as limitações físicas e mentais dos humanos (tornando-os quase que ‘semideuses’) e a seletividade baseado no seu poder aquisitivo (tornando o mundo muito mais desigual). Um tópico de grande influência sobre a opção do indivíduo é a segurança de dados, pois a partir do momento que é aceito o modo de vida tecnológico, seus dados serão compartilhados com as empresas, que terão total acesso, além do rastreamento de informações em tempo real relacionadas ao organismo. Diante deste lema moral, apresentamos três personagens onde todos eles terão destinos diferentes a partir de suas decisões pessoais. Maria e Ana são irmãs que 41
grande onde presenciou a evolução dos conceitos tecnológicos durante toda a sua vida. Já Ana fora criada em uma cidade pequena do interior onde as grandes invenções tecnológicas não foram introduzidas totalmente e casou-se com João, uma pessoa extremamente conservadora e é evidente o seu posicionamento contra o modo de vida tecnológico. Durante um certo momento da vida, Maria foi diagnosticada com câncer contraído hereditariamente e resolveu experimentar uma nova tecnologia da área médica onde a mesma poderia fazer o diagnóstico e tratar a
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doença por conta própria. Um aparelho contendo um scanner busca por rastros de inúmeras doenças degenerativas mandando as informações à um centro de diagnóstico e em questões de segundos as informações contendo o seu quadro clínico é enviado de volta ao aparelho e imediatamente a máquina faz o seu serviço eliminando qualquer indício da doença. Em caso de medicamentos, um sinal é enviado à central e em seguida os remédios são enviados à residência via drone, quase que instantaneamente. Além disso o aparelho contém uma impressora 3D, podendo reconstruir qualquer membro do corpo. Porém o câncer é uma doença terrível pois o cancro pode voltar a qualquer momento, portanto, Maria é aconselhada a implantar um microchip em seu corpo onde ela seria monitorada 24 horas por dia e seria avisada antecipadamente sobre qualquer suspeita de doença. Sem pensar duas vezes ela decide implantar o microchip. O tratamento durou pouco tempo, tendo rastreado a doença em fase inicial, utilizou de medicamentos e se mostrou 100% eficiente sem a necessidade de tratamentos mais invasivos ou cirurgias, contudo foi bem custoso no sentido financeiro. Ana, que estava em uma outra cidade, ficou sabendo da doença da irmã e ao mesmo tempo se mostrou aliviada e preocupada. Aliviada pelo fato da irmã não correr o risco de morte e preocupada pois se tratava de uma doença hereditária significando que eram grandes as chances de contrair a doença. Imediatamente ela contou o caso da irmã ao seu marido e o mesmo demonstrou 43
uma postura conservadora afirmando que ela deveria fazer o diagnóstico e o tratamento (caso contraísse a doença) pelo método tradicional, porém, essa opção ainda se mostrava um tanto quanto ineficiente se comparando com o novo método pois o método tradicional não era 100% detectável, ou seja, o resultado não era muito preciso mesmo que se façam vários exames e o método que Maria se tratara detectava qualquer indício de cancro com 100% de precisão. Após ser pressionada pelo marido, Ana decide adotar o método tradicional e passou a fazer exames de prevenção a cada seis meses. Em um dos exames foi apontado que Ana estava com câncer, o mesmo que Maria tivera alguns anos atrás. Ela passou a tratar a doença pelo método tradicional com radioterapia e quimioterapia, tratamentos que claramente estavam desgastando-a fisicamente e emocionalmente. Desesperada, Ana diz ao marido que estaria pensando na possibilidade de se mudar para a cidade da irmã e passar a tratar a doença pelo mesmo método que Maria
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usara para curar o câncer mas João reprovou a ideia e insistiu por diversas vezes para que não recorresse ao método da irmã. Ana decide acatar a opção de João e após anos de sofrimento ela recebe a notícia de que estava curada. O câncer desapareceu porém ela foi alertada de que a doença poderia voltar pois, como dito anteriormente, o câncer é uma doença que mesmo eliminado há uma pequena possibilidade dela voltar a se manifestar. Passados alguns anos, Ana se mostrava saudável, mas recebe uma notícia triste: de que João estava com um câncer muito mais agressivo em comparação ao qual tivera há alguns anos atrás. Como um bom conservador, João decide se tratar pelo método tradicional contudo o tratamento não se mostrou eficiente e faleceu poucos meses depois. SINAIS Auto-diagnóstico, prevenção de doenças com o monitoramento do corpo, auto-medicação, estudos sobre impressão de membros do corpo. MEGATRENDS Cibernética, alongamento do tempo de vida, self tracking, hiperconexão, intervenção e prevenção de doenças. PROBLEMA CENTRAL Aceitar e aderir ou não os novos métodos tecnológicos ligados a medicina. 45
IMPLICAÇÕES POSITIVAS Novos núcleos de trabalho surgirão, como a associação entre profissionais da área de tecnologia 3D e médicos. Assim, haverá um grande câmbio de informações entre duas áreas distintas em prol da saúde humana. Muitas doenças possuem seu processo de tratamento muito longo e sofrido. Com as novas tecnologias, o tratamento passa a ser mais eficaz e rápido, já que a maioria das doenças serão detectadas em seu período inicial.
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IMPLICAÇÕES NEGATIVAS Haverá um maior individualismo e menor conexão “caraa-cara” entre as pessoas. A falta de privacidade, o acesso ilimitado por partes das empresas sobre seus dados e uma possibilidade de hackeamento de sistemas. Sentimento de não pertencimento aos que não aderem ao novo estilo de vida.
ENTREVISTAS 1 – Pedro Idade: 36 Escolaridade: cirurgião-dentista pós-graduado e especialista em Ortodontia e Ortopedia pela Universidade de São Paulo – USP. Você acha que no futuro as máquinas tomarão o lugar do homem em profissões relacionadas a saúde? Penso que não , mesmo porque é necessário a presença do homem para manipular as máquinas, principalmente na área da saúde onde temos vários tratamentos específicos. Acredito que as máquinas vieram para nos auxiliar, facilitar e acelerar diversos tratamentos, mas isso não substitui o conhecimento dos profissionais na área da saúde em geral. Você disponibilizaria todos os seus dados pessoais para obter determinada tecnologia que ajudaria você na área da saúde (detecção de doenças e tratamentos no futuro)? Sim. Disponibilizaria sem problemas, afinal estamos caminhando para um período onde as máquinas auxiliarão na qualidade de vida e aumento da expectativa de vida do ser humano. 2 – Fernanda Idade: 18 anos Escolaridade Universitária 47
Você acha que no futuro as máquinas tomarão o lugar do homem em profissões relacionadas a saúde? Acredito que estamos caminhando para uma sociedade cibernética, será difícil desvincular as máquinas dos homens em um futuro próximo. Mas acho que os dois caminham juntos um auxiliando ao outro em muitas profissões, talvez algumas profissões desapareçam, mas acho que não seja o caso do profissional da saúde. Você disponibilizaria todos os seus dados pessoais para obter determinada tecnologia que ajudaria você na área da saúde (detecção de doenças e tratamentos no futuro)? Acho que hoje em dia já temos nossos dados disponibilizados de uma forma velada. Então não vejo problemas nesta questão, ainda mais se for para me ajudar a detectar e sanar um problema de saúde. 3 – Vanda Idade: 59 anos Escolaridade Educação Fundamental (4ª série) Você acha que no futuro as máquinas tomarão o lugar do homem em profissões relacionadas a saúde? Acho que sim, várias máquinas tiraram os empregos dos homens. Você disponibilizaria todos os seus dados pessoais para obter determinada tecnologia que ajudaria você na área da saúde (detecção de doenças e tratamento no futuro)? 48 Se for para melhorar minha saúde sim.
4 – Renata Portelada Idade: 28 anos Escolaridade: Formada em Arquitetura e Urbanismo (FAUMACK) Empresa: LAS – Lab for Architectural Singularity Diante da sinopse, você optaria por aderir as novas tecnologias? Sim. Como você acha que o cenário de EMPREGOS/MERCADO irá mudar? Acredito que as profissões serão segmentadas em sub áreas especializadas e irão surgir galhos diversos ligados a cada profissão. Você acha que haverá um desemprego de médicos? Haverá uma relocação de empregos? Não, serão especialidades diferentes onde cada qual terá uma função específica. Em seu conhecimento, o que já é possível na área de tecnologias 3D? Cada tecnologia é aplicável a um processo diferente, as possibilidades são infinitas dependendo da escala daquilo que se quer desenvolver. Dentro do campo da medicina já está se desenvolvendo novas ferramentas com custo menor devido ao uso da impressora e da modelagem tridimensional. Na indústria da moda o escanea49
mento tridimensional atrelado a programação faz a projeção do design direto no corpo do cliente, possibilitando através do código uma variação do design em tempo real, o mesmo se aplica à indústria de joalheria. Na arquitetura o uso de scripts faz com que se produza edifícios inteligentes que têm suas volumetrias testadas junto as técnicas de prototipagem rápida (impressão 3d, corte a laser, fresa router). Qual a sua opinião sobre a interação humana diante do contexto da sinopse? Acredito na teoria de Raymond Kurzweil e no seu livro “Singularity is Near”, a tecnologia tem se desenvolvido cada vez mais e existirá um momento em que a curva do desenvolvimento tecnológico estará paralela a curva do tempo. Não existe maneira de evitar tal acontecimento, porém cabe aos indivíduos acompanharem o processo para entendê-lo e dominá-lo e fazer uso dele de maneira que sua ação seja positiva socialmente. Qual a sua opinião sobre a privacidade de dados e informações diante do contexto da sinopse? Acredito que alguns dados devem ser sigilosos e invioláveis, até porque a política da quebra de privacidade por parte de empresas como a Google e o Facebook são usadas como estratégia de dominação de mercado. Não tenho uma perspectiva ou opinião de como evitar isso.
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5 – Maria de Fátima Brito Santana Idade: 56 anos Escolaridade: Fundamental completo Como era ter que frequentar hospitais diariamente? Muito triste, você vê as pessoas doentes em estágios avançados em corredores e macas, com dores, e não existe eficácia no tratamento. Essa rotina é muito cansativa, para quem está doente, pois não tem força, ânimo, disposição para ir aos hospitais todos os dias, como para o acompanhante que não tem onde ficar nos hospitais. Você aceitaria colocar um chip que detectasse doenças antes? Por quê? Não, porque eu não cederia minhas informações para um programa.
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PESQUISA Estamos na era da informação e da tecnologia. As máquinas vêm ocupando espaço onde outrora eram dominados pelo trabalho manual humano e com a medicina não será diferente. Esses novos conceitos unem as novas tecnologias que estão surgindo com a interação em tempo real a partir da internet. Apresentaremos alguns conceitos novos que revolucionará a medicina e qualidade de vida da população. Diagnóstico Atualmente há um grande problema nos diagnósticos de doenças causando a morte de quase 12 milhões de pessoas por ano, segundo os estudos dos pesquisadores do Hospital John Hopkins e publicada pela revista British Medical Journal. Além dos diagnósticos não serem precisos, há o risco do profissional da saúde cometer equívocos fazendo com que o paciente pereça. Para tentar solucionar esse problema, os engenheiros biomédicos estão usando aplicativos para monitorar a saúde e os médicos poderão acompanhar o estado clínico do paciente em tempo real. Essa nova técnica consiste em implantar pequenos sensores no corpo do paciente onde o mesmo fará uma leitura checando os batimentos cardíacos, pressão, temperatura corporal, etc... e as informações poderão ser acessadas por um médico, ou pelo próprio paciente via software, onde ele poderá alertar possíveis doenças antecipadamente apenas baseando-se no diagnóstico em tempo real. Além disso o diagnóstico po52
derá ser acessado pelo smartphone em qualquer canto do planeta. Pacientes vão controlar mais a própria saúde. A imensa disponibilidade de informações e a habilidade dos indivíduos em coletar seus próprios dados vão empoderar a população para realizar seu cuidado – diz Steven Steinhubl, cardiologista diretor de Medicina Digital do Scripps Translational Science Institute, um centro de pesquisa na Califórnia que estuda novas tecnologias digitais aplicadas à medicina. Radiologia Brevemente estaremos presenciando uma revolução da área da radiologia. Trata-se de um aparelho escaneador capaz de detectar quase todas as doenças degenerativas com praticamente 100% de acerto, como é mostrado no filme “Elysium”. Ambientado em um mundo futurístico do ano de 2159, Frey Santiago (interpretada por Alice Braga) usa um escaneador (chamado de Med-Bays) para curar a leucemia de sua filha, Matilda (interpretada por Emma Trembay). Impressora 3D Milhares de pacientes estão nas filas dos hospitais à espera de uma doação de órgãos. É um processo demorado, burocrático e agoniante para os pacientes que estão meses na fila de espera. Para solucionar esse problema os cientistas estão desenvolvendo órgãos imprimidos por uma impressora 3D imunes à rejeição unindo a tec53
nologia da impressora com os avanços da células-tronco. Em um futuro não distante os pacientes poderão imprimir órgãos e membros compatível com o seu corpo sem a agoniante sensação de esperar meses nas filas dos hospitais. Robôs cirurgiões e Nanotecnologia As informações são compartilhadas em tempo real. Duas pessoas de continentes diferentes separados por um oceano podem se comunicar sem o menor problema com o avanço tecnológico. Foi-se o tempo onde uma informação demorava meses para atravessar o globo. Partindo desse pressuposto os cientistas desenvolveram um novo conceito na área cirúrgica: A cirurgia feita a distância utilizando robôs. O cirurgião em um ponto A controla o robô que está em um ponto B usando um software e o mesmo realiza uma cirurgia sem a necessidade do deslocamento excessivo do profissional, ou do paciente. Além disso, os cientistas estão desenvolvendo nano robôs para serem implantados no corpo do paciente e combater anomalias como células cancerígenas ou controlar a hipertensão.
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Chips inseridos dentro do organismo para tratar hipertensão já estão em desenvolvimento. Eles conseguem medir a pressão arterial e, dependendo do resultado, mandar impulsos elétricos em direção ao sistema nervoso para o sistema circulatório ajustar-se aos níveis no parâmetro programado – afirma Paulo Caramori, cardiologista chefe do Centro de Diagnóstico e Tratamento Intervencionista do Hospital São Lucas da PUCRS. Drones Os drones vêm ganhando bastante espaço na vida do ser humano e na medicina não será diferente. Esses pequenos aparelhos voadores servirão como uma ambulância para entregar medicamentos ou pequenos aparelhos como por exemplo o desfibrilador sem a necessidade do paciente ir até um hospital, clínica ou drogaria.
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FASTFOOD LINHA DO TEMPO 2040 INTRODUÇÃO Fast food quer dizer, literalmente, comida rápida. Trata-se de um setor da alimentação que tem como características principais a padronização, a mecanização e a rapidez. O surgimento da cultura do fast food é um dos fenômenos do século 20. Entretanto, também pode ser considerado um dos males do século. Desde seu início até os dias de hoje, a cultura do fast food afeta a sociedade em dois pontos que permanecem duelando entre si: a saúde e a economia. De forma a mediar ambos os interesses, o governo entra como agente fundamental para gerir questões relacionadas ao seu consumo, a qualidade de produção dos alimentos - desde seu cultivo até chegar na mão dos consumidores - e o mercado que este está inserido. A cada dia que passa, leis e normas são implementadas pelos governantes ao redor do mundo de modo que visse o consumo consciente dos fast foods por parte da sociedade, com o intuito de reduzir seus impactos negativos no âmbito da saúde, bem como no sistema de saúde em geral.
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HISTÓRIA A história do fast food tem início nos Estados Unidos em 1921 com o surgimento da primeira rede de hambúrgueres: o White Castle. A rede foi fundada por Billy Ingram e Walter Anderson que empreenderam seu primeiro restaurante em Wichita. A rede possuía um pequeno cardápio com hambúrgueres baratos, e eles eram vendidos em larga escala. O White Castle mudou o gosto do público em relação a carne moída e tornou os hambúrgueres populares.O primeiro McDonald’s a servir fast food foi aberto pelos irmãos McDonald’s em 1948. Antes disso, eles funcionavam com outras características. Logo após eles, outros começaram a abrir suas redes de fast food, tais quais: Burger King e Taco Bell na década de 1950 e Wendy’s em 1969. 57
Carl’s Jr., KFC e Jack in the Box começaram suas atividades em outros moldes que não os caracterizavam como fast food, contudo, assim como o McDonald’s, de acordo com o fast food tornando-se cada vez mais popular, eles se reorganizaram. Hambúrgueres não são só o único tipo de fast food a serem vendidos pelo mundo. Comida chinesa, sanduíches, sushi, frango frito, batata frita, onion rings, nuggets, tacos, pizza, cachorro-quente, sorvete, entre outros tipos, compõe a gama de variedades que o fast food oferece. A indústria do fast food ainda cresce, apesar de alguns indicadores mostrarem que ao longo dos anos ela vem perdendo espaço para os restaurantes “casuais”. O McDonald’s está, por exemplo, presente em 126 países nos 6 continentes e tem cerca de 31.000 restaurantes pelo mundo.
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O fast food no Brasil A história do fast food no Brasil começa no Rio de Janeiro na década de 1950. A primeira rede a se instalar no país foi a Falkenburg Sorvetes Ltda., que vendia exclusivamente sorvetes de baunilha, trazida pelo jovem empreendedor Robert Falkenburg, ex-campeão de tênis no Torneio de Wimbledon (1948 e 1949). Em 1952, abriuse as portas da primeira loja Bob’s, lançando o primeiro fast food no país a ter no cardápio cachorro-quente (hot dog), hambúrguer, milk-shake e o sundae. A primeira investida estrangeira de sucesso veio somente em 1979, com a abertura da primeira loja do McDonald’s no Brasil, também no Rio de Janeiro. Para entender a proporção do crescimento do mercado de fast food no Brasil e sua aceitação em meio ao público, temos como exemplo um estudo realizado pela EAE Business School, onde na América do Sul ninguém gasta mais em fast-food do que os brasileiros, que estão apenas atrás de Estados Unidos (290,2 bilhões de reais), Japão (162,3 bilhões de reais) e China (130,2 bilhões de reais) em gastos no setor em todo o mundo. Desde então, estabeleceram-se no país outras redes de fast food, tais quais: Subway, Burguer King, Habib’s, Giraffas, Spoleto, Pizza Hut, Domino’s, Baked Potato, China in Box, Ragazzo, Casa do Pão de Queijo, entre outras. IMPLICAÇÕES NEGATIVAS • Efeitos negativos para saúde, aumentando a chance de desenvolver uma série de doenças cardíacas até o câncer. 59
• Baixa qualidade da comida: ingredientes industrializados e de baixa qualidade, às vezes chegando a ser impróprios para consumo humano. • Exploração dos trabalhadores: baixos salários e altas jornadas de trabalho. • Degrada a cultura local: desvaloriza a culinária local. • Tratamento cruel com os animais. IMPLICAÇÕES POSITIVAS • Baixo custo. • Prático. • Rápido. ENTREVISTA
Dra. Janete Neves, nutricionista esportiva da Clínica Esportiva. 60
Atualmente, muitas pessoas optam pelo fast food na hora de fazer uma refeição. Como esse hábito afeta a sociedade? Normalmente no consultório, poucos são aqueles que realmente falam sobre o fast food. Quando falam, citam de uma forma cautelosa com medo de qualquer reação da minha parte, como se houvessem feito algo errado. Muitas vezes, os pacientes omitem seu consumo. Esse habito está ligado à sua praticidade, a recompensas do tipo “eu mereço” -, e ao convívio social, sempre de uma forma prazerosa, juntamente a uma geração que não sabe e não quer cozinhar. Quais problemas de saúde o consumo de fast food em excesso pode causar? Baixa densidade nutricional, muito valor energético - o que é comum de comidas industrializadas - e vício da palatabilidade, tornando a pessoa incapaz de sentir o gosto de coisas que o sabor não seja tão forte ou com tanto sal, como legumes ou outros alimentos, tornando-os insosso para aqueles com a hiperpalatabilidade atiçada. Na sua opinião, o governo deveria tomar alguma medida com o intuito de desestimular o consumo de fast food? Se sim, qual(is) medida(s) você propõe? É difícil estabelecer medidas radicais em um país que ainda se pensa em fome. Porém, políticas que controlem e ataquem a indústria e a produção de alimentos ricos em 61
açúcar ou farinha refinada, bem como os que exageram na quantidade de sal, deveriam ser tomadas por parte dos órgão regulamentadores. Que cenário você enxerga a cultura do fast food daqui a 20 anos? Pessoas dependentes em comprar comida e incapazes de preparar um alimento cru.
Dr. Henrique Lane Staniak, Cardiologista e Clínico Geral. Doutor em Ciências Medicias pela FMUSP e Médico Assistente do HU-FMUSP. Como você vê o consumo de fast food nos dias atuais? Atualmente com as pessoas vivendo em cidades cada vez mais populosas, com trânsito, trabalhando em um ritmo mais acelerado sobra pouco tempo para que se dediquem à alimentação de forma saudável e consciente. As pessoas estão sempre com pressa, não dedicam tempo ao planejamento, compra dos ingredientes e preparo das refeições, tornando o fast food uma solução prática para o estilo de vida. Quais problemas de saúde o consumo de fast food em excesso pode causar? Alterações metabólicas como obesidade, diabetes, dislipidemia, hipertensão, aumento do risco cardiovascular e aumento da incidência de determinados tipos de câncer. 62
Quais desdobramentos para o sistema de saúde público a cultura do fast food gera? Gera aumento de custos ambulatoriais para tratamento das doenças metabólicas (obesidade, diabetes, dislipidemia) e hipertensão. Aumento de internações e atendimentos de emergência causados por doenças cardiovasculares, principalmente infarto e AVC. Aumento de internação e tratamento de alguns tipos de câncer, principalmente do trato gastrointestinal. Na sua opinião, o governo deveria tomar alguma medida com o intuito de desestimular o consumo de fast foods? Se sim, qual(is) medida(s) você propõe? Sim, o governo poderia fazer campanhas de conscientização para a população alertando dos malefícios do fast food nos mesmos moldes que já existe para o cigarro. Desonerar as empresas que trabalham com produtos saudáveis, proibir ou limitar os ingredientes sabidamente cancerígenos ou que causam aterosclerose (entupimento dos vasos sanguíneos). Exigir que as redes de fast food ofereçam algumas opções saudáveis em seu cardápio. Que cenário você enxerga a cultura do fast food daqui a 20 anos? Acredito que daqui 20 anos, existirão mais normas regulamentadoras, maior concorrência entre as redes de fast food e que haverá uma adaptação das redes para o crescente número de pessoas que tem se conscientizado 63
que para viver e envelhecer com saúde é necessário ter uma alimentação saudável, equilibrada e consciente. PESQUISA O GOVERNO COMO ÓRGÃO CONTROLADOR DOS HÁBITOS ALIMENTARES “Restaurantes e outros espaços de atendimento ao público na França foram proibidos de oferecer bebidas açucaradas ilimitadas. A medida do governo francês faz parte de esforço para reduzir a obesidade no país. A nova lei foi publicada na última quinta-feira (26 de janeiro de 2017) no Diário Oficial francês e passa a valer a partir de hoje. A regra inclui refrigerantes, isotônicos com adição de açúcar ou de edulcorantes (substância adoçante).” “Foi aprovada nesta sexta-feira (03 de março de 2017) em Portugal uma lei que obriga restaurantes públicos a colocarem ao menos uma opção de prato sem nada de origem animal. A iniciativa, apresentada pelo partido PAN – Pessoas-Animais-Natureza, garantirá alimentação adequada para vegetarianos em hospitais, universidades, escolas, sedes de administração pública e até no sistema prisional.” “A lei 14.677, aprovada pela Assembleia e sancionada pelo governo do Estado em fevereiro de 2012, obrigou todas as redes de fast food do Estado de São Paulo a informar aos consumidores as tabelas nutricional e calórica das refeições. A partir de então, tornou-se obrigatória a divulgação de informações sobre a quantidade de carboidratos, proteínas 64
gorduras e sódio de cada alimento em painéis, embalagens, cardápios ou folhetos. A multa foi estipulada, à época, em R$ 7 mil e seria aplicada àqueles estabelecimentos que descumprissem a norma.” Pesquisa feita com 835 pessoas via Facebook, sendo 84,4% mulheres e 15,6% homens. A pesquisa mostrou que 79,2% do público que consomem fast foods está na faixa etária de 18 a 25 anos, sendo que 86,8% deste público possui uma dieta carnívora. 29,2% das pessoas possuem doenças relacionadas aos seus hábitos alimentares. O principal motivo por qual 45,7% do público da pesquisa opta pelo fast food é porque gostam da comida, seguido de 37,8% que escolhem por se alimentar de fast foods pela sua praticidade e rapidez. 34,4% das pessoas comem fast foods de 1-3 vezes por semana e o período do dia que mais consomem é o 65
noturno (61,3%). Entre as redes de fast foods presentes no Brasil, as 5 preferidas são: Burger King, McDonald’s, Subway, Pizza Hut e Habib’s. HIPÓTESES Fast food: o novo “cigarro”: • Estabelecimentos possuem horário de funcionamento restrito (não podem ser 24h); • Preços menos acessíveis (maiores impostos); • Maior controle sobre a qualidade dos ingredientes utilizados nos lanches; • Não possuem refil de bebidas e molhos como ketchup / mostarda; • Saches de molhos são controlados; • Contra indicações nas embalagens dos lanches como possíveis doenças que uma má alimentação pode causar; • Maior opções de saladas e lanches naturais do que 66
lanches ‘pesados’; • Coberturas / molhos extras não fazem mais parte do cardápio; • Campanhas contra o seu consumo. 67
TRANSCONSCIÊNCIA LINHA DO TEMPO 2060
“Of Hyperion we are told that he was the first to understand, by diligent attention and observation, the movement of both the sun and the moon and the other stars, and the seasons as well, in that they are caused by these bodies, and to make these facts known to others; and that for this reason he was called the father of these bodies, since he had begotten, so to speak, the speculation about them and their nature”. — Diodorus Siculus Ano de 2060. O mundo está completamente hiperconectado a uma SUPRA REDE que controla toda a sociedade. O sistema denominado COMMUNITY OF CONSCIENCE é uma inteligência artificial criada para unificar todos os sistemas (segurança, saúde, bancário, educação, político, etc), e gerir a sociedade como um todo, de modo que se diminuíssem as desigualdades sociais, introduzindo conceitos humanitários e de comunidade unificados. Tais conceitos são implantados através de nano chips, que são programados de acordo com uma lógica programada no core system do “COMOFCON” - que é a denominação mais comum da supra rede, e introduzidos na hora 68
do nascimento. Todos os humanos são submetidos a esse procedimento. Apenas um grupo nômade, excluído da sociedade se negou a integrar essa nova realidade. Retornaremos a eles mais tarde. Nessa sociedade, as noções de moral, ética e propósito de vida são introduzidos pelo COMOFCON, que aparelha os seres humanos com informações a todo o momentos, sempre visando a harmonia e o bom convívio entre os habitantes. Quando estímulos contrários a essa moral são gerados no sistema nervoso, o sistema envia impulsos eletrônicos através do chip, que inibem tais comportamentos antes mesmo de acontecerem. Assim, não existem razões para a utilização de órgãos de segurança pública. Tudo ocorre em plena harmonia, quando um vírus gerado no sistema, se instala no cérebro de um trabalhador do sistema central de informações. Ele vira o hospedeiro de um vírus que o toma conta de sua consciência. Ele desativa o COMOFCON e programa um novo sistema de informações, introjetando informações nas consciências das pessoas, que se tornam violentas e começam a praticar crimes. O caos é instaurado; pessoas roubam, torturam e matam umas às outras, pois não estão mais com as noções de moral e ética do COMOFCON e tudo é liberado: todos os estímulos mais profundos, antes inibidos pelo sistema - que atua como fornecedor de informações e também como EGO, são explorados. Lembram do grupo nômade? Os Diagrafetei são os excluídos da sociedade e habitam um deserto à margem da capital do mundo conectado, Hyperion, lugar 69
em que está alojado o core system do COMOFCON. Eles mantêm contato com outros grupos nômades ao redor do globo, através de uma rede dissociada da supra rede mundial, inspirada na antiga Darknet. Apenas os mais velhos têm o poder de utilizar tais mecanismos. Eles são chamados de Olímpios pelos demais. Durante uma conversa entre membros do conselho dos olímpios, a mensagem é interrompida por algo como um glitch, uma imagem de câmera de segurança com interferências, invade a tela dos computadores do conselho. Eles agora têm conhecimento do caos em que Hyperion e as outras hiper cidades estão imergidas. Uma reunião emergencial é iniciada e eles decidem por intervir em Hyperion e impedir que o vírus acabe com a própria sociedade que os repeliu. A ideia é invadir a cidade por um antigo túnel que leva ao centro do COMOFCON, única estrutura que não possui sistemas de segurança conectados ao sistema central. É um antigo sistema de esgotos que foi abandonado, pois todos os detritos se tornaram reutilizáveis. Um grupo liderado por Helios, um homem de 40 anos, líder do conselho dos olímpios, seguem pelo túnel. Eles chegam à beira do centro de controle por uma saída de esgoto e observam a cidade em chamas: pessoas correndo com sangue em suas roupas, com objetos roubados, grupos de homens estuprando uma mulher na frente de um outro grupo que observa. Eles tentam passar desapercebidos, mas um homem grande, com as roupas rasgadas e portando um cano de metal, 70
vai em direção ao grupo. Inicia-se uma luta entre Helios e o bruto. A luta dura pouco, na medida que Hélios consegue escapar de um dos golpes e aplica um golpe na nuca do agressor, que cai desacordado. O grupo consegue adentrar ao centro de controle, desativando a segurança com um dispositivo que hackeia o sistema sem que a nova inteligência artificial perceba o erro. Eles arrombam a sala do core system do COMOFCON e retiram o chip do hacker hospedeiro do vírus com uma faca. Hélios então reprograma COMOFCON, e conecta todos os habitantes do mundo. Helios faz um pronunciamento que é sentido por todos. Ele prega a harmonia entre as pessoas, mas com liberdade, sem imposições. Ensinando todos a não abrirem mão da própria consciência e de suas indi71
vidualidades, mesmo que seja para um bem comum. Uma nova ordem é estabelecida; baseada na cooperação voluntária, respeitando as diferenças entre os seres humanos. Um sistema de leis é estabelecido, que sugere a forma com que as pessoas devem se comportar para garantir a integridade e continuidade dessa nova civilização. A segurança, assim como todos os outros órgãos que compões a sociedade, retorna às mãos dos membros da sociedade que escolhem esse ofício. O mundo recomeça. De novo. INTRODUÇÃO Até meados de 1965 não havia nenhuma previsão real sobre o futuro do hardware quando o então presidente da Intel, Gordon E. Moore, fez sua profecia, na qual o número 72
de transistores dos chips teria um aumento de 100%, pelo mesmo custo, a cada período de 18 meses. Essa profecia tornou-se realidade e acabou ganhando o nome de Lei de Moore. Esta carta serve de parâmetro para uma elevada gama de dispositivos digitais, além das CPUs. Na verdade, qualquer chip está ligado a lei de Gordon E. Moore, até mesmo o CCD de câmeras fotográficas digitais (sensor que capta a imagem nas câmeras nuclear; ou CNCL, sensores que captam imagens nas câmeras fotográficas profissionais). Esse padrão continuou a se manter, e não se espera que pare até, no mínimo, 2015 O primeiro a arriscar uma teoria evolucionista a respeito de hardware foi Alan Turing em 1950, prevendo que na virada do século teríamos computadores com memória na casa de 1 GB. Quinze anos depois dessa afirmação, em um artigo de cunho científico na revista Eletronic Magazine de 19 de abril de 1965.
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IMPLICAÇÕES POSITIVAS Adorno, Benjamim e Kracauer foram os primeiros a estudar empiricamente a cultura de massas que estava nascendo. Adorno se dedicou à análise do rádio, do cinema, da música, da personalidade autoritária. Era um filósofo que não estava apenas pensando, pois fazia pesquisa empírica. Kracauer, ao estudar o cinema dos anos vinte, já tinha entendido que a autorrepresentação era um novo paradigma que a nova tecnologia reproduzível cinematográfica oferecia. Tomar a teoria crítica a partir do conceito de homologação é uma leitura superficial. Assim como é superficial entender a indústria cultural como uma forma absoluta de massificação. Em Kracauer e Benjamin, por exemplo, tratava-se da possibilidade de inserir a tecnologia de reprodução em processos de libertação das classes sociais pobres, que poderiam, a partir desse recurso tecnológico, usufruir da cultura estética. Nos últimos anos, vem nascendo na Alemanha e nos Estados Unidos uma corrente inovadora que faz uma leitura diferente da teoria crítica. O que é a mídia de massa atualmente? O conceito de massa está morto, assim como a ideia de mídia como mediação entre a indústria cultural e o público. Na cultura digital, cada um pode elaborar sua própria narrativa. O problema fundamental, agora, é como fazer uma pesquisa empírica criticamente orientada sobre a cultura digital — uma cultura que está modificando a mídia de massa e prefigurando o conceito de autorrepresentação. - Massimo Canevacci 74
IMPLICAÇÕES NEGATIVAS • A hiper conectividade aliada a uma cultura “trans”, poderá ser alienante, na medida em que os indivíduos, como produtores e consumidores de informações que podem ser geradas por eles mesmos ou por membros de um determinado grupo com o qual eles se identificam, escolham apenas essas fontes, ignorando e/ ou negando outras fontes advindas de grupos com os quais esses indivíduos discordam. • Como as bases de dados de todas as pessoas estarão conectadas, empresas e governos poderão utilizá-las para benefício próprio, sem o controle das pessoas, influenciando suas decisões num grau ainda mais extremo do que o que vivemos hoje. 75
O alto fluxo de informações compartilhadas nas redes, fará com que a atenção das pessoas para um determinado assunto que exija uma atenção maior seja reduzida, pois todos estarão saturados com informações superficiais e líquidas, em que não haja a necessidade de uma maior reflexão; apenas a absorção imediata, seguida do descarte dessa informação. A capacidade de compreensão de um livro denso, por exemplo, poderá se tornar uma commodity valiosa. ENTREVISTA O inventor e futurista Ray Kurzweil ampliou a teoria de Moore, dizendo que sempre que uma tecnologia encontra um tipo de barreira que interrompe ou desacelera seu desenvolvimento, surge uma outra tecnologia que rompe com essa barreira.
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Kurzweil acredita que a humanidade deve atingir a singularidade tecnológica em 2045 - a singularidade é o nome que se dá ao momento em que a civilização atingirá níveis tecnológicos tão rápidos, avançados e que mudarão tão profundamente os paradigmas da sociedade como um todo, que a inteligência artificial vai superar a inteligência humana, e nossa mente limitada de hoje é incapaz de prever exatamente o que isso significará. A evolução tecnológica, então, não é linear, e não dá para esperar que nos próximos 20 anos nós avancemos tanto quanto nos 20 anos que passaram. Na verdade, o mundo será completamente diferente: levando em conta a projeção de Moore e as análises de Kurzweil, que é um dos mais respeitados futuristas do mundo, em 18 ou 20 anos a tecnologia será centenas de milhares de vezes mais avançadas do que é hoje. Por isso, é muito difícil prever os paradigmas que serão rompidos nesse período. Peço uns segundos de reflexão para o seguinte: o aparelho de telefone que você tem no bolso tem o poder de processamento e a capacidade de armazenamento várias vezes maiores do que o computador gigante que você usava pra entrar no ICQ em 2003. Aliás, o seu celular é mais poderoso do que o computador da NASA que levou o Apollo 11 à Lua. A velocidade com que a tecnologia avança é observada pela Lei de Moore, uma “profecia” de 1965 do então presidente da Intel, Gordon Moore. A Lei de Moore diz que o número de transistores em um chip dobra a cada 18 meses, e esse padrão se mantém desde então. 78
HIPÓTESE Num mundo hiper conectado, a tecnologia avançará num nível de progressão tão rápido, que as inteligências artificiais irão ultrapassar a capacidade de raciocínio do cérebro humano, podendo organizar a sociedade por meio de uma central de informação, que controlará todos os aspectos da vida humana de acordo com uma programação pré-determinada, inserindo dados através de um nano chip introduzido no corpo humano. Num mundo em que todas as informações são controladas por um sistema central conectado diretamente com cada indivíduo, o poder que as corporações e governos terão para conduzir a sociedade, se mostrará aparentemente benéfico, pois a ideologia pregada por esses órgãos será introjetada de forma orgânica, fazendo com que as pessoas assimilem isso sem contestação, pois mesmo propagando ideais universais, respeitarão as diferenças regionais de cada povo, unificando todos em suas diferenças.
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CIBERNÉTICA LINHA DO TEMPO 2100 AFTER NOW SHOCK¹ Estocolmo é uma cidade em que o velho e o novo se evitam. Os arranha-céus modernos, lojas e casas luxuosas ficam no lado leste; os prédios antigamente tombados e levados como patrimônio que foram abandonados e ocupados por “squatters” - em sua maioria - ficam a uma distância “segura”. É necessário atravessar uma ponte para atravessar para ambos os lados, mas a ponte não é apenas física. Heráclito disse a 1500 anos atrás que a única constante é a mudança, e não existe maior verdade do que essa, quando olhamos para o passado. Um passado mais simples, talvez, mas ainda cheio de caos. Karina acorda todo dia às 5 da manhã para ir trabalhar. Graças a segregação social, não existem linhas de transporte de sua casa até o seu trabalho, então, a única opção é ir andando. Todo dia. A mesma ponte. O mesmo receio. É fácil saber o porquê. Karina é um ciborgue. Karina é uma jovem de 24 anos. Ela foi oficialmente legalizada como uma transumana aos 15, após escolher retirar seus dois braços normais por novos, completamente mecanizados. Já faz quase 10 anos que ela decidiu se transformar em um ciborgue. Uma opção que, no tempo, parecia sensata. Todos os seus amigos 80
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estavam se mutilando, ou evoluindo, dependendo do que você acredita. Algo que 100 anos atrás era uma solução para pessoas que perderam partes do corpo, virou um atestamento de poder aquisitivo; e com isso, uma exclusão social. Quem tem poder o suficiente para comprar as melhores peças e atualizações estão dentro de uma parte privilegiada. Quem não tem dinheiro, bem, são as pessoas que também vivem à margem da sociedade. A única constante é a mudança. Os conflitos de opiniões sobre a evolução do ser humano entram em várias questões éticas. Karina não pode passar em alguns lugares dentro de sua cidade, onde a maioria consiste de puristas que rejeitam qualquer modificação artificial do corpo. Antes interessada em uma transformação completa de seu corpo, Karina se vê perdida em um futuro que avança tão rapidamente, que deixa o presente para trás. Uma vítima da sua própria era. Todas as máquinas sabem quem você é. Se 100 anos atrás, quando ainda se discutia a eticidade do colhimento de informações pessoais por corporações e governos, hoje, é uma realidade inquestionável e irreversível. Modificações corporais se tornaram acessíveis, algo que pode ser comprado e instalado em questão de horas, entretanto, algo que pode ser conseguido tão facilmente pode ser manipulado facilmente. É corriqueiro ver notícias sobre pessoas que sofrem hacks e ransomware. As cidades estão se adequando mais e mais a essa realidade, mas não para todos. Esse é o mundo de Karina. A humanidade continuará evoluindo, mas a que preço? 82
¹: Adaptado do termo “Neo Shock.” O choque causado pelas mudanças rápidas que acontecem em um determinado período de tempo. Relacionado com Future Shock. MEGATRENDS Cibernetica, hiperconexão, urbaneering, novas fronteiras legais. SINAIS Pessoas com próteses mecânicas como ciborgues; uso cada vez mais rotineiro de tecnologias em uso de transições monetárias (bancos virtuais, Bitcon…); leis recém implantadas para uso preferencial de fontes renováveis de energia, assim como intervenções urbanísticas sustentáveis; maior interferência governamental e corporativa na coleta de informações sobre o indivíduo; cientificismo; ceticismo; o estudo cada vez mais afundo para a superação das limitações físicas; biomimética. PROBLEMA CENTRAL Transumanismo IMPLICAÇÕES POSITIVAS • Aumento de capacidades físicas e mentais humanas • Correções de falhas químicas humanas instantâneas, como por exemplo, depressão • Pessoas com deficiência terão opções mais eficazes • Globalização 83
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IMPLICAÇÕES NEGATIVAS • Questões éticas sobre transumanos, seus direitos e posições na sociedade, até onde o ser humano é humano para cumprir seu papel de cidadão? • Dependência maior sobre tecnologias, não teremos outra escolha a não ser se adequar às últimas tecnologias para sobreviver na sociedade na qual gera o impacto econômico entre classes sociais, pois os menos beneficiados terão que usufruir dessa tecnologia e não terão recursos, o lado emocional dessas pessoas que não foram inclusas na sociedade e o papel do governo de incluir essas pessoas na cadeia social. • Quebra de privacidade, se hoje em dia nos preocupamos com nossas redes sociais, contas bancarias e sites que contêm conteúdo suficiente para saber nossa intimidade sendo invadidas por hackers e até mesmo o governo, teremos que rever o conceito de ter partes tecnologias que fazem parte do nosso corpo, como por exemplo um chip de memória que guarda lembranças de sua vida, e se por algum acaso essa rede for invadida e seus dados alterados ou apagados? • Os seres humanos são livres para fazer o que quiserem dentro de éticas e leis que o fazem um cidadão, mas até onde que ele é livre para escolher não ter essas tecnologias, como a sociedade e o governo lidarão com a inclusão de hippies, por exemplo. • Manipulação mental • Perda de empregos em massa • Manipulação de informações 85
PESQUISA Há muito tempo o tema transumanismo vem sendo discutido. O primeiro exemplo que se tem conhecimento ocorreu em 1883, quando o cirurgião e médico britânico Wiilliam Arbuthmot Lane desenvolveu um sistema que acabou servindo para auxiliar no tratamento de fraturas ósseas: eram nada mais que pinos metálicos e placas para fixação interna dos ossos. Desde então, vários outros exemplos da interação entre homem-técnica foram sendo desenvolvidos: • Aparelho de comunicação do físico Stephen Hawking: foi responsável para superar as consequências de sua doença degenerativa, possibilitando não apenas que ele pudesse se comunicar como também que ele pudesse dar continuidade à sua pesquisa acadêmica no campo cosmológico. • Implante de vértebra impressa em 3D: um garoto de 12 anos teve a vértebra do pescoço substituída por uma peça impressa em 3D, o que possibilitou que os médicos eliminassem um tumor maligno em sua medula espinhal. • Exoesqueleto: criado pelo Neurocientista Miguel Nicolelis, o exoesqueleto gera movimentos através de impulsos cerebrais do usuário. Com isso, Nicolelis fez com que pacientes com algum nível de paralisia conseguissem se locomover. • Implante de olho biônico: ocorreu em 2014, através de estudos feitos sobre visão artificial através de estimulação neuronal, que possibilitou que um paciente que 86
• era oficialmente cego há mais de 30 anos pudesse voltar a enxergar. Desta forma, o olho biônico detecta a luz, converte-se em impulsos elétricos, que são interpretados pelo cérebro em imagens. • - Primeiro humano a ser reconhecido por um governo como um legítimo “ciborgue”: o inglês Neil Harbisson é daltônico e por isso instalou um dispositivo no cérebro que detecta cores e as transforma em sons, fazendo com que ele pudesse ouvir as cores através do som que é enviado para o seu crânio por uma antena.
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PROLONGAMENTO DE VIDA LINHA DO TEMPO 2117 Da janela da sua sala, no octogésimo sexto andar de um dos edifícios mais luxuosos do complexo residencial, uma jovem de 109 anos de idade conseguia ver a muralha que a separava daqueles que não eram tão afortunados. O céu estava particularmente belo naquela noite, limpo e estrelado de tal maneira que mesmo a poluição da cidade não conseguia ofuscá-lo. Ela observava cada detalhe com os olhos que substituíram seu par original há cerca de duas décadas. “Até que não fiz tão mal”, admitiu para si mesma ao lembrar de sua longa trajetória como bioengenheira, na qual conseguiu dar uma segunda chance àqueles que precisavam de um órgão novo para sobreviver. Ela tinha substituído seus olhos, mas não conseguia ver o mundo com o otimismo de uma jovem de vinte anos. O coração tinha pouco mais de uma década, mas ela não era tomada pela energia de uma criança em desenvolvimento. Para todos os outros, entretanto, ela era uma mulher que tinha muita sorte. A sorte de ter vivido num tempo no qual ela pôde escolher cada detalhe genético de seu primogênito, mesmo 88
nunca tendo visto aqueles olhos verdes abertos ou aqueles fios de cabelos loiros formando cachos sobre a testa. “Puxou a família do pai!”, uma resposta que ela planejara dar aos amigos enquanto aguardava na sala de espera de um dos maiores especialistas em manipulação genética do país. Mas isso já fazia tempo e a família que imaginara tinha se desfeito por completo.
Uma leve vibração a trouxe de volta para o presente. Ela sentia fome, mas o alerta não era dado pelo seu estômago, e sim pelo sofisticado sistema de monitoramento interno implantado em seu organismo, que notificava quando, do que e em qual quantidade ela deveria se alimentar. A sugestão da noite, que levava em consideração os ingredientes encontrados na geladeira, era um filé de salmão grelhado, legumes frescos e um coquetel de vitaminas e suplementos que mantinham seu corpo funcionando plenamente. 89
Apesar da fome não ser suprida - ou até mesmo percebida - de maneira prazerosa, ela não podia deixar de agradecer pela qualidade dos alimentos que consumia, cultivados e vendidos apenas para uma elite que não aceitava transgênicos dentro de casa. Afinal, os intestinos eram novos, porém não indestrutíveis. Ela voltou sua atenção para a janela fechada e se assustou com o próprio reflexo pairando sobre a cidade escura. “Meu Deus, você está cansada!”, as palavras que ouvira constantemente de seu ex-marido e colega de trabalho vieram como um tiro. O que outrora parecia uma expressão genuína de preocupação e afeto, agora causavam um misto de nojo e raiva vomitados por uma pessoa que, após anos de reflexão, ela nem chegou a conhecer. Como ela poderia ter sido tão cega? Por trás de cada órgão produzido, um valor monetário; por trás de cada avanço em pesquisas, mais espaço no mercado; e por trás de cada vida recuperada, um anúncio ambulante. Para ele, a bioengenharia era um negócio - e dos bons -, algo que ficou comprovado no momento em que ele a abandonou. De casa, levou apenas algumas roupas e objetos pessoais, do laboratório, levou os principais acionistas e grande parte do time. Os últimos anos tinham sido difíceis. A sensação de impotência frente às principais concorrentes, que anunciavam seus serviços como um menu de restaurante, tornavam seu negócio menos atrativo para os consumidores que caçavam as melhores ofertas. 90
E foi com o fechamento definitivo da famosa “muralha”, em 2095, que ela viu seu sonho de democratização do processo esvaecer de vez, tornando o transplante tradicional de órgãos a única opção para aqueles que estavam do outro lado. Ela abriu a pesada janela de correr, permitindo que o ar quente e úmido tomasse conta da sala. “Nós somos menos humanos que eles”, pensou, desejando ter a inocência de considerar apenas o aspecto biológico de seus conterrâneos. Ela colocou a cabeça lentamente para fora e começou a olhar para baixo. São Paulo, 15 de outubro de 2117. Jornal O Globo Bioengenheira Alina Baptista é encontrada morta A cientista e bioengenheira Alina Baptista, de 109 anos, foi encontrada morta na comunidade Vale dos Pinheiros, na capital paulista, na madrugada desta sexta feira (15). A morte, que foi registrada como suicídio no boletim de ocorrência, será investigada pelo 13º Distrito Policial. Segundo o corpo de bombeiros, pouco antes das 3h, a corporação recebeu um chamado para atender a queda de uma mulher do 86º andar de um condomínio de luxo. A morte foi constatada no local.
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Trajetória Filha de pai brasileiro e mãe sueca, Alina Baptista nasceu em São Paulo no ano de 2008, mas se mudou para a Europa para dedicar-se à área científica aos vinte e dois anos de idade. Pioneira no uso de células tronco para reprodução de órgãos e tecidos em laboratório, Alina lecionou e foi pesquisadora em universidades como Harvard e Stockholm’s Karolinska, onde contou com a ajuda de outros cientistas e estudantes para o aprimoramento da técnica que a tornou famosa mundialmente. Em 2077, ela fundou a Bio-Réplica junto com seu parceiro e então marido, Jorge Casablanca, o primeiro laboratório brasileiro a produzir órgãos e tecidos bioidênticos com fins lucrativos. Polêmica, tornou-se uma necessidade básica para uma elite que buscava o prolongamento da vida. Sempre procurando a humanização dos processos e uma democratização do serviço que fornecia, Alina entrou em conflito com os outros acionistas do laboratório, ocasionando a ruptura com Casablanca em 2089 e a perda da maioria dos investidores para a concorrência, que mantinham seus serviços acessíveis apenas para uma pequena parcela mais rica da sociedade. Desde então, problemas como falência de órgãos e anomalias genéticas têm manchado a reputação da empresa, que enfrenta cerca de quatro mil processos na justiça. Apesar da hipótese de sabotagem interna encomendada pela concorrência, os advogados de Alina não conseguiram provar culpabilidade por parte de membros da 92
equipe. Alina passava os últimos cinco anos reclusa, mantendo contato apenas com amigos e familiares. MEGATRENDS Inteligência artificial: Novos modelos de hospitais, exames e tratamentos, e necessidade de competências tecnológicas dos profissionais de saúde. Corpo à venda: livre comércio de órgãos e tecidos criados a partir das células tronco do consumidor. Manipulação genética de embriões: Permitido por um certo período de tempo, foi novamente considerado ilegal pelo conselho nacional de bioética. Alimentos geneticamente modificados: alimentos criados em laboratório para suprir a necessidade de uma população crescente, enquanto os naturais serão acessíveis apenas para uma elite que pode pagar por eles. Contraste social aumenta, provocando uma divisão territorial clara entre a elite e a massa. SINAIS • Ainda em fase de testes estão aparelhos que conseguem coletar material para exames e gerar diagnósticos à partir de algoritmos programados nas configurações, diminuindo ou até dispensando o trabalho de um profissional da medicina em alguns dos processos. Aparelhos cirúrgicos com maior precisão também podem substituir cirurgiões em alguns processos, fazendo com que esses profissionais tenham um papel de maior observação, pesquisa e consultoria. 93
• Pesquisas usando células tronco estão resultando em dispositivos que proporcionam uma recuperação mais rápida a pacientes com queimaduras severas, e também têm resultado na produção de órgãos e tecidos em laboratório, usados em transplantes. • A manipulação genética de embriões gera debate ético no mundo todo, uma vez que a procura pela eugenia pode ser tornar uma realidade e acabar criando uma intolerância às diferenças por parte das pessoas “perfeitas”. No Reino Unido, foi aprovada a manipulação genética de embriões no caso de aborto espontâneo, em 2016, permitindo o estudo da “neutralização” dos genes defeituosos. • Teorias indicam que os alimentos sofrerão grande mudança nas questões: produção e variedade. Com a população crescendo gradativamente com o passar dos anos e as produções ficando cada vez maiores e mais 94
rápidas. Pesquisas apontam que formas rápidas e medidas laboratoriais serão uma das novas formas de produção de alimentos, e até mesmo produções independentes nas cidades urbanas. • A desigualdade social é uma questão que está presente na sociedade desde séculos passados, como por exemplo os donos de terras em relação aos escravos. Com o passar dos anos, a desigualdade só mudou a forma de viver, mas ainda muito presente na sociedade, como a diferença de classes em bairros nobres, e periferias, cargos altos de trabalho e cargos mais baixos. A desigualdade sempre vai existir, acompanhando o crescimento social e tecnológico da sociedade, favorecendo os que possuem maior poder aquisitivo. IMPLICAÇÕES POSITIVAS • Alimentação: Melhor aproveitamento e reaproveitamento de alimentos.
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Redução do consumo de água nas áreas agrícolas. Novos tipos de alimentos introduzidos no mercado. Produções independentes de alimentos providos de plantações. Introdução de tecnologias avançadas como produtores de alimentos. Gerenciamento de produção por aplicativos. • Desigualdade: Melhoria na educação e geração de novos empregos em novas áreas de atuação. • Novas tecnologias podem tornar diversos exames, análises de resultados e cirurgias mais rápidos e, consequentemente, diminuir o tempo de espera para exames e procedimentos. • Tecnologias inovadoras exigem novas habilidades dos profissionais da saúde, uma vez que é preciso conhecimento específico para operar as máquinas que auxiliam no processo. Com isso, será exigido um maior grau de especialização e maior tempo de estudo por parte desses profissionais, além da criação de cargos inexistentes atualmente. • Com a facilidade de manipulação das células tronco por parte dos laboratórios comerciais, é possível que a livre concorrência possa baratear a venda de “serviços” que incluem essas tecnologias, que podem acabar se tornando mais acessíveis para a população. • Medicamentos poderão ser testados em tecidos idênticos aos do corpo humano, mas criados em laboratório, o que fornece uma avaliação mais precisa de seus efeitos sem interferir com o homem. • Caso aprovada, a manipulação de embriões pode livrar os seres humanos de doenças genéticas, consequen96
temente, prolongar a vida. IMPLICAÇÕES NEGATIVAS • Alimentação: Alimentos transgênicos cada vez mais presentes. Alimentos prontos de rápido e fácil consumo. Alto custo de investimento em tecnologias. Alimentos orgânicos só para uma parte da população que tiver maior poder aquisitivo. • Desigualdade: Tecnologia avançada e produtos de melhor qualidade, só para parte da população com maior poder aquisitivo. • A criação de novas tecnologias pode acabar eliminando a necessidade de parte da mão de obra humana em alguns exames e procedimentos cirúrgicos. • Manipulação de embriões pode acabar se tornando um privilégio para os mais favorecidos economicamente, fazendo com que o financiamento de pesquisas para tratamento e cura de doenças genéticas seja desacelerado. PESQUISA Em relação à nutrição, dados indicam que alimentos como a carne passarão a ser produzidos em laboratórios (geneticamente idêntica, mas sem a necessidade do sacrifício de animais inteiros para consumo), uma vez que o método atual para sua produção exige muita água, espaço e ração, o que futuramente tornará o processo cada vez mais caro e mais poluente. Nas questões marítimas, a pesca já chegou a seu limite, uma vez que a demanda de 97
recursos naturais da terra já ultrapassou em 50% seu potencial, e aquacultura poderá ser uma alternativa na criação de peixes e crustáceos. De acordo com pesquisas realizadas pela Agência de Descarte do Reino Unido, os insetos podem ser uma alternativa sustentável para obtenção de proteína no futuro e já estão sendo utilizados em farinhas comercializadas na América do Norte. A medida, segundo o diretor de sistemas de alimentos sustentáveis da Wrap, Richard Swannell, será essencial para combater o aquecimento global e proporcionar alimento para uma população que continua crescendo – além, é claro, de utilizar menos terra e água do que a criação de gado. Além disso, as algas marítimas serão cada vez mais valorizadas, uma vez que são capazes de servir como ração para animais, alimento para os humanos e bio98
biocombustível; uma outra utilização dessa matéria foi iniciada, em 2013, pelas empresas Algopack, do Reino Unido, e AMAM, do Japão, que encontraram um processo natural de transformar algas agar em embalagens com resistência semelhante ao do plástico derivado do petróleo. Alimentos transgênicos estarão cada vez mais presentes do cardápio da população: pesquisas realizadas em 2013 já mostravam que, nas próximas décadas, a produção de alimentos geneticamente modificados continuará crescendo, principalmente devido aos avanços na produção e ao aumento da lucratividade do setor. Previsões indicam que, em cinquenta anos, a população mundial atingirá 10 bilhões de pessoas, gerando uma demanda de alimentos será cada vez maior e mais rápida e, consequentemente, fazendo com que o setor agro-cultural invista em novos métodos de produção, qualidade e segurança nos processos de armazenamento e distribuição dos alimentos. Assim, tendências como Smart Farming - ou “Agricultura inteligente” – pregam a utilização drones, sensores, GPS e Big Datas para ajudar no processo. Um outro fator relevante é o fato do crescimento das hortas verticais, que permitem que pequenas cultivações passem a ser produzidas em partes urbanas, como por exemplo, estufas privadas e telhados de casa. Em relação à desigualdade social, estudos indicam que esse problema tende a se agravar no Brasil, em especial devido à falta de investimento em educação, controle po99
pulacional e outras medidas econômicas. De acordo com o economista Fabio Waltenberg, “Tributar mais o patrimônio; tributar menos o consumo; reduzir os juros; manter ou ampliar políticas de distribuição de renda; aumentar os investimentos sociais” são as medidas a serem tomadas para a ajuda na redução da desigualdade. Em relação à tecnologia, a ideia de que as máquinas possam substituir completamente o trabalho humano ainda é uma pouco distante quando o assunto é o cuidado com a saúde, mas novas tecnologias têm ajudado profissionais da área nos últimos anos. O método Da Vinci, por exemplo, é um sistema que permite que o cirurgião possa operar com mais precisão e melhor visão de seus movimentos, por meio de um aparelho que proporciona uma visão tridimensional interna do paciente e também um equipamento que possui movimentos mais precisos que as mãos de um ser humano. No controle do equipamento durante o procedimento inteiro, urologistas, cardiologistas e neurocirurgiões conseguem minimizar os riscos e as cicatrizes deixadas pelo procedimento. Tecnologias com esse propósito também estão sendo criadas para serem usadas em exames rotineiros, como é o caso do dispositivo criado pela VascuLogic para obter amostras de sangue: o VenousPro escaneia os vasos sanguíneos do paciente e coleta a amostra sem erros e em menor tempo. Na Conferência Internacional de Robótica e Automação de Estocolmo, em 2016, pesquisadores do MIT, da Universidade de Sheffield e do Instituto de Tecnologia 100
de Tóquio apresentaram o protótipo de um robô origami que, após ser engolido pelo paciente, é capaz de remover pequenos objetos engolidos acidentalmente, medicar e fazer suturas na parede interna do estômago. Pesquisas utilizando células tronco têm deixado cientistas otimistas em relação ao futuro: recentemente, o uso dessas células resultou na criação de tecidos idênticos ao do corpo humano. Em 2011, um paciente com câncer de traquéia teve o órgão totalmente substituído por outro, criado em laboratório, fazendo uso de suas próprias células e de da tecnologia de impressão em 3-D - que, no caso, foi essencial para sua estruturação. Na Universidade de Berkley, na Califórnia, cientistas conseguiram reproduzir um tecido muscular idêntico ao do coração humano, que se organizaram em pequenas câmaras e apresentaram movimento. Apesar do fato de que a criação do órgão por completo só ter sido possível no caso da traquéia, tecidos dos rins, pulmões e estômago já foram reproduzidos à partir de células tronco, e já estão sendo 101
usados em pesquisas. Uma outra maneira de usar as células tronco na medicina foi criada pela empresa de biotecnologia RenovaCare, que desenvolveu um spray capaz de cicatrizar queimaduras severas rapidamente, ao usar uma mistura dessas células com uma solução aquosa. Thomas Bold, presidente do laboratório responsável pela criação, afirma que todo o processo é natural e usa células saudáveis do próprio paciente no processo. Apesar de polêmica, a manipulação genética de embriões pode se tornar uma aliada na prevenção de doenças e salvar vidas no futuro. Ao alterar um genoma humano, por exemplo, é possível corrigir o defeito causador da beta-talassemia, doença sanguínea potencialmente fatal. Em 2016, o Reino Unido se tornou o primeiro país do ocidente a autorizar a manipulação embrionária por meio do método conhecido como Crispr-Cas9, como parte de uma pesquisa sobre abortos espontâneos.
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EXPLORAÇÃO DE NOVOS PLANETAS LINHA DO TEMPO 2150 SINOPSE A estória é ambientada após a Terceira Guerra Mundial, que foi travada por conta da acirrada disputa pelas últimas reservas dos vitais recursos naturais. Fato que forçou a criação de uma colônia chamada F.U.T.U.R.E., que reunia os poucos sobreviventes da guerra, mas que posteriormente começou a enfrentar problemas com sua população, situação que agrava a cada dia que passa a relação de economia dos recursos naturais. O mundo se encontra em meio ao próprio caos, cidades antes consideradas por muitos como pilares de nossa sociedade, encontram-se reduzidas a escombros, países que fundamentavam as relações econômicas, foram devastados por doenças, e os principais recursos necessários para a vida humana estão cada vez mais escassos e tomados pela radiação. Tudo por conta da Grande Guerra, que exterminou mais da metade da população mundial e contaminou as terras e o ar de todo o planeta. O que levou os governos dos 103
EUA e Canadá a se unirem para criar uma enorme reserva para preservar o que restou da sociedade humana, uma gigante colônia que se estendia de Nova Iorque até as periferias de Toronto, chamada de F.U.T.U.R.E., onde com o auxílio de cientistas, conseguiram desenvolver uma nova formula química, WX78, que seria capaz de reduzir os efeitos da radiação, permitindo assim que pudessem abrigar o máximo de pessoas que conseguissem, fazendo
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que a humanidade tivesse esperança novamente, mesmo que por um breve instante... Acaba de se passar 50 anos desde o fim da Guerra e da criação da F.U.T.U.R.E., mas a situação se agrava a cada dia que se passa e a esperança de sobrevivência parece estar cada vez mais distante. A reserva enfrenta um crescimento populacional inesperado, estreitando ainda mais a relação de economia dos recursos naturais que já estão criticamente escassos, além de ter que lidar com aqueles que chamam de Geração de Guerra, um grupo de pessoas que sobreviveram as catástrofes da guerra, mas sofreram sequelas devido a exposição à radiação, similares a aqueles que presenciaram o ocorrido em Hiroshima 105
e Nagasaki. Com o agravamento contínuo dessa situação, os governantes de F.U.T.U.R.E. se voltam totalmente para o desenvolvimento da SX (Space Explorer), uma enorme nave que teria a função de explorar o universo em busca de novos planetas que pudessem abrigar vida humana. Em meio a essa conturbada sociedade, envolvido por todos os estressantes barulhos da colônia, um homem aparentemente calmo, que possui o braço esquerdo e o antebraço direito robóticos, está sentado em uma velha cadeira enferrujada no fundo de sua garagem, cercado por diversas ferramentas espalhadas pelo chão, concentrado totalmente no movimento que realiza com a chave de fenda para desrosquear o parafuso que sustenta o chip de reconhecimento de seu braço esquerdo, faz isso pois desconfia que por conta do crescimento populacional o governo irá começar a reduzir o número de pessoas da reserva, e tem certeza que irão começar por aqueles que pertencem à Geração de Guerra, da qual ele faz parte. Após retirar o chip do braço, ele o esmaga lentamente com sua mão mecânica depois o joga no chão enquanto abre um leve sorriso. Imediatamente ele se dirige para o terraço de sua casa, onde fica por alguns instantes admirando a vista da caótica periferia de F.U.T.U.R.E., onde ascende um cigarro e leva seu olhar em direção as estrelas. Quando se põe a pensar que precisa de qualquer maneira entrar na tripulação da SX. Até sua reflexão ser interrompida pelo toque de recolher, e com a expressão 106
de descontentamento apaga seu cigarro e desce com passos firmes e lentos a escada de volta para o interior de sua residência. MEGATRENDS Exploração espacial, avanço na medicina, chips de monitoramento, controle populacional. SINAIS Busca por novos planetas que possam abrigar a vida humana, surgimento de cyborgs, tendências offline. PROBLEMA CENTRAL Esgotamento dos recursos naturais da Terra, essenciais para a vida humana.
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IMPLICAÇÕES POSITIVAS A necessidade de sobrevivência gerada pela falta dos recursos naturais em nosso planeta, cria uma consciência nas pessoas sobre a importância de economizar, além de novas tecnologias surgirem dessa mesma necessidade. IMPLICAÇÕES NEGATIVAS A falta desses vitais recursos desencadeia a morte de grande parte das pessoas do mundo, além de gerar uma disputa inescrupulosa pelo controle do restante desses recursos. ENTREVISTAS Ao conversar com a profissional Marina Silva, Partner Manager de Marketing do Facebook Brasil, podemos notar que até numa empresa de social media o impacto da falta de recursos naturais é grande. Numa conversa informal, pedimos para que ela nos contasse o que acha inicialmente e o que sabe dessa escassez. Ela nos contou de que essa falta vem muito da Revolução Industrial, onde os recursos naturais foram vistos como uma forma de enriquecer uma empresa, uma marca, um setor. Mas que isso se prolongou até hoje e que não parou desde então. Outro fator da escassez é um fator puramente demográfico: o aumento da população. Logo, construções feitas pelo homem que invadem e varrem totalmente a fauna e a flora, muitas vezes pondo essas em extinção. 108
O consumo capitalista do século 20 e 21 também explicam esse esgotamento; os Estados Unidos consomem cerca de 1/4 de recursos naturais do planeta todo, o que explica a contínua falta de recursos, mesmo num novo mundo cheio de tecnologia que muitas vezes consegue substituir substâncias, ainda é difícil com o ritmo de consumo da população. Marina nos dá uma visão de qual é o impacto da falta de recursos naturais na empresa que trabalha. “Social Media depende de eletricidade, logo, de água, energia, coisas básicas mas que a longo prazo com todo o consumo que nós seres humanos temos, o jogo pode mudar. Parece fácil quando pensamos em logar no Facebook ou Instagram e já estamos nos feeds. Mas para isso acontecer requer muito trabalho de energia, eletricidade, cabeamento, tudo que vem de recursos naturais, seja pra conectar, para fazer o suporte de cabeamento, etc...”. Concluímos que até uma empresa virtual, da rede, fica face a algumas dificuldades com essa falta de recursos naturais, o que é seriamente preocupante e nos faz perguntar se isso impacta tudo e todos? Eloísa Artuso, Professora de Design e Sustentabilidade no IED São Paulo “Essa semana tive a feliz oportunidade de ouvir o Satish Kumar, uma pessoa incrível, ativista e cofundador do Schumacher College, que estava de passagem pelo Brasil. Em dado momento, ele comentou sobre uma conversa 109
com um professor responsável pelo departamento de economia de uma faculdade importante da Inglaterra: Satish perguntou onde ficava o departamento de ecologia e o professor, surpreso, respondeu que não existia um departamento de ecologia, porque ali se ensinava economia. Satish então, defendeu que se eco significa casa, logia significa estudo/ciência e nomia significa administração, nada fazia mais sentido do que atrelar o estudo da casa à administração da casa. Se a nossa casa (eco) é o nosso planeta, nós só seremos capazes de administrá-la com responsabilidade, se tivermos um conhecimento sério e profundo sobre seus recursos. Então, de modo geral, se estamos sofrendo com a escassez de recursos é porque não estamos sabendo usar o que o planeta nos oferece da maneira correta. Não se trata de falta de recursos e sim da administração errada dos recursos errados. Como é possível, por exemplo, sofrer com a falta de água e seca no Brasil, o país com a maior potência hídrica do mundo? Como podemos deixar que a floresta Amazônica continue sendo desmatada em uma velocidade inacreditável para favorecer a extração de madeira ou vastas pastagens para o gado ou para a soja transgênica
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que vai alimentar esse gado? Sem contar o volume de inseticidas e pesticidas usados na agricultura que não só prejudicam o meio ambiente, mas atingem de maneira agressiva a nossa saúde. Os recursos naturais (e humanos) estão sendo usados à exaustão, sem que se planeje as consequências a médio e longo prazo para a vida no planeta. Tudo isso para que o modelo econômico atual seja mantido através de um constante ciclo de produção e consumo que precisa cresce a cada dia para continuar se sustentando. Nesse cenário, vemos também que 1% da população mais rica do mundo concentra a mesma riqueza que os outros 99%, ou seja, além de má utilizados, esses recurso são extremamente mal distribuídos. Precisamos questionar e repensar esse sistema através de uma abordagem mais holística, precisamos de uma economia que leve também em consideração as pessoas e a natureza. Uma economia baseada em recursos - nos recursos disponíveis e renováveis - onde a distribuição e produção garantam eficiência e sustentabilidade em todas as suas áreas. Os recursos renováveis são abundantes, podemos abandonar uma economia baseada no petróleo e investir na construção de uma baseada em energia limpa, como a solar ou eólica. Podemos deixar para trás o pensamento linear, que nos guia há muito tempo, e abraçar uma mentalidade circular, onde não há lixo e todo o descarte passa a ser nutriente para novas produções, como propõe a teoria de Cradle to Cradle e a emergente economia circular. 111
Termino citando novamente o Satish Kumar, que acredita que a resposta não está somente nos círculos políticos e tecnológicos, mas em questões mais profundas, filosóficas e éticas. Ele apresenta uma visão mais ampla da nossa trajetória para o futuro e propõe uma nova trindade para o nosso tempo: solo, alma e sociedade.” PESQUISA Culturas sofisticadas, normalmente ligadas à economia e consumo capitalista, tendem a ser mais frágeis e necessitarem de recursos naturais em abundância, causando grande impacto e criando pouco a pouco a falta desses. Uma pesquisa feita por um professor da Universidade de Maryland mostra que uma das causas do “fim do mundo” seria a falta de recursos hídricos que são a base da grande parte das sociedades do séc. 21. Assim como produtividade agrícola e energia. Ou seja, uma sociedade impossível de se alimentar, pois está acostumada com alimentos processados e industriais, e uma sociedade que não conseguirá viver sem adaptação de mudanças climáticas, pois existem um vício na energia para esse uso que é constante. A economia também tem sua parte nisso: “Quanto maior for a desigualdade social entre as nações, maiores são as chances de um desastre. Se classes pobres não tiverem condição de obter recursos, entrarão em guerra civil com classes de alto poder a fim de conseguirem uma porcentagem do que é adquirido mais facilmente 112
pelas pessoas de poder aquisitivo elevado.” Pesquisa muito conhecida falando que se todos adotassem os hábitos de consumo dos norte americanos, seriam necessários 5 planetas para atender essas necessidades de consumo.Política de crescimento populacional, distribuição equitária de recursos naturais e conscientização da sociedade são fatores que podem ajudar a recuperar e reverter levemente os danos causados.
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MENOS EMPREGOS
MODERNIZAÇÃO
NOVOS MÉTODOS TECNOLÓGICOS
AUTORREPRESENTAÇÃO
IDENTIDADE TRANSUMANISMO QUALIDADE DE VIDA MAIOR CAPACIDADE FÍSICA E MENTAL CORREÇÃO DE FALHAS BIOLÓFICAS EXPECTATIVA DE VIDA
SUPERPOPULAÇÃO MOBILIDADE MANIPULAÇÃO DE INFORMAÇÕES 114
MENOR ATENÇÃO
DEPENDÊNCIA DA TECNOLOGIA
HIPERCONECTIVIDADE MANIPULAÇÃO GENÉTICA INTOLERÂNCIA ÀS DIFERENÇAS ESGOTAMENTO DE RECURSOS
SUSTENTABILIDADE
CONSCIÊNCIA AMBIENTAL
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL CONTROLE DAS MASSAS
MANIPULAÇÃO MENTAL
QUEBRA DA PRIVACIDADE
PRATICIDADE
TRANSGÊNICOS FLEXIBILIDADE PROFISSIONAL 115
AUTORES INTRODUÇÃO/CULTURA DIGITAL TRANS André Dragoni/DM2AM, Rafaela Cossielo/DP2AM, Laura Dias/DM2AM HOME OFFICE & CO-WORKING Cristiane Ferreira/DM2AM HANDMADE Julia Marques Gomes/DM2AM, Tatiana Farkouh/DM2AM, Caique Previato/DM2AM TRATAMENTO DE DOENÇAS André Chá/DG2BM, Siliane Costa/DP2AM, Tatiane Iizuka/DM2BM, Talita Santana/DM3BM FAST FOOD Beatriz Proença/DG2AM TRANSCONSCIÊNCIA André Dragoni/DM2AM, Rafaela Cossielo/DP2AM, Laura Dias/DM2AM CIBERNÉTICA Luísa Zanetta/DM2AM, Wesley Miranda/DG2AM, Catharina Martini/DM2AM, Beatriz Boccato/DP2AM
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PROLONGAMENTO DE VIDA Fernanda Melro/DM2BM, Matheus Baz/DM2BM EXPLORAÇÃO DE NOVOS PLANETAS Tiago Debiasi/DG2BM, Clarissa Caetano/DG2BM, Gustavo Munhoz/DP2BM, Rarion Oliveira/DM2BM NOVO CONSUMO Nikolly Gonçalves/DM2BM, Katherine Morales/DM2BM WEARABLES Leonardo Borges/DM2BM, Patrícia Della Torre, João/DP2BM, Matheus Oliveira/DG2AM
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REFERÊNCIAS TRATAMENTO DE DOENÇAS • HTTP://ZH.CLICRBS.COM.BR/RS/VIDA-E-ESTILO/ VIDA/NOTICIA/2016/06/SAIBA-COMO-SERA-O-FUTURO-DA-MEDICINA-5935889.HTML • HTTP://OFUTURODASCOISAS.COM/11-MUDANCAS-QUE-A-TECNOLOGIA-IRA-PROVOCAR-NA-MEDICINA-PARTE-1/ • HTTP://OFUTURODASCOISAS.COM/22-POTENCIAIS-TECNOLOGIAS-QUE-IRAO-IMPACTAR-O-FUTURO-DA-MEDICINA-PARTE-2/ • HTTP://PORTALTELEMEDICINA.COM.BR/MEDICINA-DO-FUTURO-6-TENDENCIAS-PARA-AREA-DA-SAUDE/ • HTTP://WWW.FUTUREFORALL.ORG/FUTUREOFMEDICINE/ MEDICAL_TECHNOLOGY.HTM • HTTPS://SETORSAUDE.COM.BR/COMO-OS-DRONES-EA-TELEMEDICINA-PODEM-AJUDAR-A-SAUDE/ FAST FOOD • HTTP://ZH.CLICRBS.COM.BR/RS/VIDA-E-ESTILO/ VIDA/NOTICIA/2016/06/SAIBA-COMO-SERA-O-FUTURO-DA-MEDICINA-5935889.HTML • HTTP://OFUTURODASCOISAS.COM/11-MUDANCAS-QUE-A-TECNOLOGIA-IRA-PROVOCAR-NA-MEDICINA-PARTE-1/ • HTTP://OFUTURODASCOISAS.COM/22-POTENCIAIS-TECNOLOGIAS-QUE-IRAO-IMPACTAR-O-FUTURO-DA-MEDICINA-PARTE-2/ 118
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