Zine + Design Experimental

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Editores: Felipe Genda Fernanda Bezerril Patricia Petri Thais Salles

Orientador: Anderson Penha


SUMĂ RIO

1.Cultura da economia do compartilhamento

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2.Compartilhamento criativo

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3.Sociodinamica

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4.Compartilhamento familiar

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5.Horta coletiva

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6.Coworking

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7.Condominios

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8.Troca de material

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9.Drogas compartilhadas

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10.Poliamor

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11.Religiao

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12.Brecho

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13.Spotify

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14.Car sharing

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15.Por que compartilhamos?

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16.NĂŁo compartilhamento

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CULTURA DO COMPARTILHAMENTO

A Economia Compartilhada é uma mudança comportamental da geração Y. É uma outra cultura. “Aquilo que até muito recentemente só podia ser feito de forma localizada ganhou uma escala absolutamente inédita com as mídias digitais”, resume Ricardo Abramovay, professor Departamento de Economia da FEA-USP.

Nessa economia colaborativa, ganha mais quem é mais confiável. Rachel acredita que a confiança virtual está acontecendo em ondas: a primeira foi quando passamos a compartilhar informações online, a segunda no momento em que começamos a oferecer nossos cartões de crédito na rede, e agora estamos presenciando o surgimento de uma terceira onda: estamos dispostos a fazer conexões com estranhos para compartilhar nossas coisas, produtos e serviços.

mais diversos itens acabaram recebendo um empurrãozinho extra para deslanchar: a crise do sistema financeiro. “A posse de algumas coisas ficou mais distante das pessoas”, diz Marcelo Coutinho, doutor em sociologia e professor da FGV. “Mas também há a conscientização de que a posse de um bem de consumo, que muitas vezes fica ocioso, tem um impacto ambiental. E uma das maneiras de reduzir esse impacto é aumentar a utilização, ou reduzir o ócio, desses bens.” A economia do compartilhamento está mudando não só o modo como entendemos oferta e demanda e a nossa relação com os bens materiais, mas também nossas relações pessoais. De tempos em tempos novas revoluções emergem, revoluções capazes de mudar tudo, do modo como trabalhamos ao modo como nos relacionamos. Para não insistirmos em modelos obsoletos, o melhor é enxergar as oportunidades que a economia do compartilhamento nos dá para não só sobrevivermos, como sairmos ainda melhores das crises econômicas que vem colocando em xeque o modo como entendemos mercados e a economia.

“Em 2008, deixar desconhecidos ficarem na sua casa parecia uma ideia maluca. Só agora as pessoas estão compreendendo que a tecnologia tem o poder de ‘destravar’ o potencial ocioso de várias coisas, desde habilidades e espaços até bens materiais, de um jeito que não era possível antes”, explica Rachel. Essas trocas, usos compartilhados ou “locações” dos 2


COMPARTILHAMENTO CRIATIVO A ideia de espaços compartilhados sempre existiu, antes eram uma necessidade, mas agora são uma escolha, por ser mais econômica, inteligente ou sustentável. Você não precisa possuir algo, mas ter o direito de usá-lo. Apesar de não conseguirmos definir um perfil de usuário nos espaços compartilhados de São Paulo, percebemos que não atende alguns públicos, por exemplo os DESIGNERS DE MODA. LAB FASHION em SP é um ambiente “novo” relativamente, onde a proposta e integrar um público diferente aos movimentos coworking.

Qual a real função dos espaços compartilhados? Acho que além de networking, é um espaço com um ambiente diferente de trabalhar em casa. E o espaço está ficando raro, e o custo alto. É um conceito em expansão. Em locais com esse, há maior aproveitamento do espaço. Como foi sua experiência lá? (networking, trabalhos com outros, problemas, etc.)

Vantagens do compartilhamento criativo:

Eu ia trabalhar lá quando eu sabia que o projeto requisitaria mais gente, normalmente trabalho sozinha. Nunca aconteceu de trabalhar com alguém lá, fiz contatos, mas nunca

* Estrutura: possibilidade de trabalhar em ambientes diferenciados, e uso de equipamentos

parcerias. Algumas vezes enchia muito, e era barulhento, mas isso varia, a quantidade de pessoas flutua.

* Economia: redução de custos comparado a uma estrutura individual

ENTREVISTA

* Espaço: cada dia se torna mais raro

Visita ao Fab Lab Olido, uma das 12 unidades dos Fab Labs Livres de São Paulo. É um projeto escalável, parte de um fenômeno mundial. Os Fab Labs públicos são inéditos, inauguram esse ano. Mas o privado, é um fenômeno que já tem uns 15 anos. Eles não foram implantados a esmo, houve um estudo preliminar dos locais que mais necessitavam.

* Networking: conhecer e trabalhar com profissionais de outras áreas, ou que não conheceria em seu dia-adia usual. Para o mundo da moda também tem opção de garagens de trabalho em grupo. Agora em São Paulo há uma ótima iniciativa chamada “ATELIÊ VIVO”, é um coletivo especifico do campo da moda, que se reúne para criar as próprias roupas usando as modelagens doadas por alguns estilistas. A ideia é levar uma vida mais consciente é reconquistar sua autonomia, poder construir sozinho aquilo que a indústria não te oferece.

ENTREVISTA * Andrea Bandoni, coordenadora do curso de Design de Produto, frequentou um CoWorking localizado na Água Branca. 3

* Diego, técnico de fabricação digital do Fab Lab Olido. Qual a real função dos espaços compartilhados? Empoderamento das pessoas, para mostrar que elas podem fazer e devem fazer. Ocorre muito networking. Se vemos que um trabalho tem a ver com outro, e nós meio que intermediamos isso. É um contra ponto, nós entendemos que alguns maquinários estavam no controle da indústria, e a ideia é que essas tecnologias podem ser disponibilizadas para o público geral. Como foi é a sua experiência aqui?


ENTREVISTA Visita ao Fab Lab Olido, uma das 12 unidades dos Fab Labs Livres de São Paulo. É um projeto escalável, parte de um fenômeno mundial. Os Fab Labs públicos são inéditos, inauguram esse ano. Mas o privado, é um fenômeno que já tem uns 15 anos. Eles não foram implantados a esmo, houve um estudo preliminar dos locais que mais necessitavam. * Diego, técnico de fabricação digital do Fab Lab Olido. Qual a real função dos espaços compartilhados? Empoderamento das pessoas, para mostrar que elas podem fazer e devem fazer. Ocorre muito networking. Se vemos que um trabalho tem a ver com outro, e nós meio que intermediamos isso. É um contra ponto, nós entendemos que alguns maquinários estavam no controle da indústria, e a ideia é que essas tecnologias podem ser disponibilizadas para o público geral.

Como foi é a sua experiência aqui? É muito bom, mas você tem que estar preparado e se adaptar um pouco. É um ambiente onde o ócio e o oficio se misturam. É aquilo que você gosta de fazer, mas também o que as pessoas gostam de fazer, então vocês têm que lidar com esse tipo de, não chegar a ser um problema, mas um certo conflito. A quanto tempo existe esses FabLabs aqui em São Paulo? O público é inédito, inaugurou esse ano. Mas o privado, é um fenômeno que já tem uns 15 anos. Nós temos como empreendedores nesse sentido o Garagem, a Garoa o INSPER. Tem alguns dentro de universidades, mas quando os alunos chegam aqui, eles falam que tem algumas restrições dentro das universidades. Até esses aqui também, que foram lançados esse ano. Não tem muita gente que sabe. Por conta da própria divulgação, foi uma divulgação bem razoável. Não houve um investimento na divulgação, pela questão da demanda. Nós vamos subir aos poucos, para ficar bem conhecido.

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SOCIODINÂMICA DA ECONOMIA COMPARTILHADA Imagine uma comunidade de 100 pessoas onde apenas uma possui um carro, mas todas as outras dirigem o mesmo veículo, ou então uma comunidade que não compra frutas, verduras e legumes, mas sim os colhem numa horta onde todos colaboram. Esse modelo econômico/social propõe exatamente isso: que todos se ajudem e se preocupem com questões como compartilhamento, sustentabilidade, meio ambiente etc, fazendo com que as pessoas não precisem adquirir cada vez mais para desfrutar de um bom estilo de vida. No Brasil, esse modelo vem ganhando cada vez mais força - e visibilidade, visto que existe desde que o ser humano criou o ato de emprestar/compartilhar algo que o pertencesse à todos os outros. Porém, apesar de parecer um modelo econômico incrível, ele tem suas limitações. Propomos analisar o que ninguém fala sobre economia compartilhada: problemas na infraestrutura, e principalmente geografia social, preconceitos e cultura.

ENTREVISTA William Brito – Parnaíba, Piauí Pertence à classe C, mora numa parte mais periférica da cidade e contou que lá há alguns tipos de economia de compartilhamento mais acessíveis para a população. Seus tios têm duas casas de praia numa cidade próxima que tem muitos turistas e ás vezes eles alugam os quartos. A divulgação é feita “boca-a-boca”. O tio dele tem uma pousada, lá ele divulga para os hóspedes e os mesmos divulgam para quem precisa. Há também uma placa na frente da casa deles.

Em Parnaíba tem uma casa que aluga roupa e sapato social. Por ser uma cidade simples, as pessoas não costumam ir muito a festas chiques. Portanto não acham necessário comprar uma roupa social para usar tão pouco. Essa casa é muito acessível, pois os preços são baixos. William, por exemplo, alugou um sapato e uma camisa social por apenas 35 reais. Um amigo de seu pai começou a alugar o seu carro divulgando para amigos. Hoje em dia ele tem uma empresa no ramo. Sua vizinha começou a alugar um pula-pula divulgando para vizinhos e pelo Facebook. Hoje em dia ela aluga outros brinquedos. Por fim, perguntei ao William o que ele achava da economia de compartilhamento na cidade dele e ele disse: “Eu acho muito legal, mas podia melhorar. A desigualdade social impede isso, afinal se desigualdade não fosse tão grande nem seria necessária essa economia.”. José Martins – São Paulo, SP Pertence à classe A, mora em São Paulo capital e contou que sabe o que é, mas não utiliza nenhum tipo de economia de compartilhamento. Mas por quê? Ele disse que apesar de achar a ideia muito legal, não utiliza porque no momento não tem necessidade. Ele até poderia utilizar para economizar, mas ele não precisa tanto quanto outras pessoas. Comentei que a economia compartilhada era mais elitista e perguntei qual era sua opinião nisso. Ele disse: “devia ser principalmente para as classes mais baixas, porque elas precisam mais.”. José disse que conhece algumas pessoas que usam o site/app Airbnb, que é um serviço online comunitário onde as pessoas anunciam e reservam acomodações. 6


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HORTA COLETIVA Hortas comunitárias estão cada vez mais populares nos centros urbanos graças a busca por uma alimentação mais saudável através dos orgânicos, já que através dessas hortas é possível ter um maior controle sobre o seu alimento. São mais populares nas grandes cidades já que a possibilidade das pessoas terem um espaço para plantio são menores, fazendo com que as hortas comunitárias sejam a solução. Além disso elas apresentam diversas outras vantagens, como a limpeza de terrenos e bairros visto que grande parte dessas hortas acontecem em locais que estavam abandonados, também criam oportunidade de trabalho e integração social uma vez que além do espaço, conhecimento e experiências são compartilhados.

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COMPARTILHAMENTO FAMILIAR Nos dias atuais, a definição de família é muito discutida, porém a economia familiar ainda é pouco pensada pela maioria da população. As novas e antigas relações familiares influenciam diretamente na forma como a sociedade consome, uma vez que a formação dos valores, incluindo os de consumo, é iniciada no núcleo familiar. Assim como o conceito de família muda, a maneira como as famílias consomem também muda.

temporária ou permanecem morando com os progenitores por mais tempo em busca de estabilidade financeira. Segundo Camila Tomo, 33 anos, esse tempo para organizar as finanças pessoais, e guardar dinheiro, diminui a chance de retorno a casa dos pais depois de ir morar sozinho. Outra forma de organização familiar é o intercâmbio de estudantes, seja para outros países ou cidades, que moram em casas de famílias para economizar. Essa forma de economia, embora seja mais comercial, também afeta a dinâmica da casa, uma vez que dividisse com o estudante luz elétrica, wi-fi e água, ainda que ele pague de forma indireta ou troque por serviços essas conveniências.

Atualmente o consumo familiar tem se tornado cada vez mais dinâmico, principalmente devido as novas mídias pagas que são compartilhadas, como por exemplo Netflix e Spotfy. Essas formas de compartilhamento vão além da família tradicional, já que não precisa que seja o pai ou a mãe que pague o serviço para o filho, mas qualquer membro da família, como Por fim podemos dizer que essa forma de economia primos ou até mesmo o filho que pague para os pais e está ligada ao guardar dinheiro e economizar para projetos futuros. irmãos mais novos, gerando uma nova forma de ver esse público que cada vez mais compram em conjunto. Essa nova forma de contratar serviços é decorrente das novas organização e divisão da economia familiar, como por exemplo a Geração canguru, na qual adultos retornam a casa dos pais de forma

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COWORKING A ideia de reeducação do comportamento observado por um aplicativo, tem surgido com forças ultimamente. O aplicativo “Fabulous” é um deles, junto com vários aplicativos da categoria “educação adaptativa”. São aplicativos que geram a economia comportamental, mas que interagem diretamente com a economia do compartilhamento. O aplicativo ensina a como remodelar os seus hábitos atuais para os melhores possíveis. Ele utiliza teses e estudos universitários para compor a sua rotina. Cada hábito vai sendo inserido aos poucos, assim você vai se acostumando com as tarefas e fica mais fácil de segui - las diariamente. Depois de entender o que o aplicativo “Fabulous” faz, vamos para uma reflexão sobre a economia comportamental. Como se chegou a ideia da economia do compartilhamento? Quem começou com essa ideia? Como surgiu essa ideia? Vamos lá. Questione. Depois de pensar, pule para o parágrafo seguinte. Alguém teve que parar para pensar sobre a vida atual

guiada pelo caos, e agir logo em seguida, certo? Surge aí a economia comportamental para nos ajudar a pensar. Quando digo pensar, digo forçar-nos a pensar por nós mesmos. Usar o nosso cérebro. Um músculo que muitas vezes deixamos de lado e não o fortalecemos. Quando não fazemos esse exercício diário, os nossos comportamentos são manipulados por sistemas que nos prejudicam. Por isso adquirir hábitos é o primeiro passo. Qualquer empresário ou criativo de sucesso, possui hábitos que quebram as correntes de sistemas que tentam manipular os nossos dias. Na era da informação, pouco se comenta sobre a formação, quando é ela que rege a informação. Elas são duas coisas diferentes, como o ter e o ser. Portanto, sem a economia comportamental, não existe a economia do compartilhamento. Talvez, depois de ter lido esse artigo, para começar com o pé direito na economia comportamental seria interessante você testar um aplicativo chamado Fabulous.

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CONDOMÍNIOS O condomínio ocorre quando existe um domínio de mais de uma pessoa de um determinado bem, ou partes de um bem. Os condomínios e loteamentos fechados, antes destinados à moradia da classe alta e localizados em grandes áreas das zonas periféricas da região Metropolitada de São Paulo, atualmente atendem outras classes sociais e possuem características bastante distintas (gleba, uidade habitacional, serviços coletivos). Apesar disso o termo é utilizado com frequência para definir o direito exercido por pessoas sobre suas unidades privativas e sobre as dependências de uso comum de edificação. CONDOMÍNIO VERTICAL O termo vertical pode ser usado para informar que se trata de um edifício de apartamentos no formato de torre, que pode ser formado por apenas uma torre ou várias torres irmãs.

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CONDOMÍNIO COMERCIAL E os condomínios comerciais são destinados a construção de prédios para a exploração da atividade comercial ou industrial por exemplo. Em muitos casos eles são fomentados pelas prefeituras que visam atrair empresas, em outros casos são criados por iniciativa privada para CONDOMÍNIO HORIZONTAL Já o condomínio horizontal é aquele onde as construções são feitas no plano horizontal ou uma ao lado da outra e não em cima da outra como acontece plano vertical.


CORTIÇOS

- São habitações marginalizadas

- Habitações urbanas e coletivas marginalizadas geralmente organizadas em prédios abandonados que foram invadidos por pessoas sem-teto

- A cultura do compartilhamento já esta instaurada há muito tempo nas favelas/comunidades

- Cada quarto é alugado por uma família ou um grupo de pessoas - A sala de jantar e o banheiro é comum para todos moradores

- É comum vizinhos conversarem uns com os outros e trocarem objetos e favores entre si - Não possui a figura do síndico TRIBOS INDIGENAS

- Condições precárias

- Forma de organização social e cultural

- Superlotação

- É um exemplo de condominio ainda mais antigo do que os outros onde também é comum o compartilhamento

-Grande concentração de cortiços no centro de SP pela quantidade de edifícios abandonados. -Possui uma figura de controle semelhante a do sindico, que seria a pessoa para quem o aluguel é pago FAVELAS - Conjunto de habitações populares precariamente construídas e desprovidas de infraestrutura (rede de esgoto, de abastecimento de água, de energia, de posto de saúde, de coleta de lixo, de escolas, de transporte col etivo etc.).

- Os homens da tribo geralmente são responsáveis pela caça e a guerra e as mulheres são responsáveis pela agricultura. - - - Tudo obtido e produzido é consumido por todos da tribo - Tem uma figura de controle representada pelo cacique

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ENTREVISTA 1. Pegando empresas grandes que utilizam serviços de compartilhamento como a uber, netflix e airbnb, qual você mais usa? Maioria respondeu entre uber e neflix 2. Já teve algum problema com alguma? Grande maioria não teve problemas

“Eu acho que poderia ter a opção de assistir filmes/ séries sem internet, igual spotify.” – Isabella Zappa, 19 anos. 5. Fiz uma pesquisa com meu grupo e conheci alguns outros serviços: bliive, ezpark, tripda, quintal de trocas, entre outros. sendo menos conhecidas, é normal que você não tenha ouvido falar, mas são iniciativas interessantes que dizem respeito há compartilhamento de carros, brinquedos infantis, conhecimento ou coisas em geral. por acaso se interessaria em pesquisar mais sobre?

“Só lembro de ter tido problema uma vez com airbnb, porque o apartamento não tinha coisas que era pra ter segundo a descrição no site.” – Agnaldo Mendes, 18 anos.

Maioria se interessaria.

3. Qual você mais recomendaria, e por que?

6. Pensando em uma iniciativa que teria como propósito compartilhar materiais escolares em instituições de ensino tendo os alunos alugando materiais e deixando os seus próprios para alugar. você acha que daria certo? por que?

“Uber, por conta do custo benefício. Em grandes cidades se compartilhado compensa mais que transporte público, por conta do preço e segurança que confere.” – Álvaro Danezine, 19 anos. “Uber porque é o que mais me ajuda. Mas pra pessoas de cidades maiores, porque esse app não atende qualquer região. Se tiver que ser pra qualquer um, aleatoriamente, diria netflix.” – Giovana Ueda, 19 anos. 4. Acha que algo pode melhorar? se sim, o que? “Netflix poderia ter mais opções e Uber poderia aceitar cartão de débito.” – Isabela de Andrade, 21 anos. 15

“Compartilhamento de conhecimento, sim.” – Isabella Zappa, 19 anos.

“É uma ideia muito maneira que pouparia a produção excessiva desses produtos. Os pais não teriam que gastar tanto em papelarias, também. Pensando no lucro, alugar é importante mas poderia existir a opção de doação pra galera que não tem muito dinheiro.” – Ana Julia Carlquist, 19 anos. “Sim, desde que houvesse incentivo e regras claras quanto ao compartilhamento. A conscientização quanto a temática de compartilhamento tem grande importância e urgência numa sociedade consumista.” – Leandro de Novais, 19 anos.


TROCA DE MATERIAS

Benchmark: Staples Estudo sobre a construção de um ambiente de trabalho inspirador e motivacional A partir das pesquisas feitas pela Staples em empresas dos Estados Unidos, que engloba a percepção dos funcionários em termos de motivação num ambiente de trabalho inspirador, e o comportamento dos “millennials”, construímos alguns aprendizados que podemos traduzir para a nossa realidade. Uma universidade é o campo de experimentação e descoberta dos alunos. E em um ambiente inspirador e motivacional, o desempenho pode ser aprimorado, tornando-se mais produtivo e promovendo a felicidade.

Com a criação de um serviço de troca de materiais escolares (no caso da Staples, a empresa oferece o serviço de abastecimento de materiais e organização corporativa), a ideia é projetar um espaço dentro da universidade em que os próprios alunos gerenciem coletivamente e desenvolvam responsabilidade e apreço por aquela pequena economia colaborativa. 16


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DROGAS COMPARTILHADAS Existem dois tipos de usuários de drogas: os que compartilham e os que não compartilham.

DEPOIMENTO:

Não compartilham

“Sempre fui cercada de pessoas que usam drogas de forma sociável e pra mim isso nunca foi um tabu! E justamente por isso tinha muita curiosidade de experimentar pra vivenciar os efeitos (da maconha). A primeira vez foi com amigos numa festa e a princípio foi um pouco decepcionante, não senti basicamente nada. Depois de passado um tempo, aproximadamente um ano, decidi comprar devido o acesso fácil por amigos e usei de forma diferente, fui me acostumando a usar e apartir daí fui aumentando a quantidade semanal. Quanto à compra, o acesso é feito de forma compartilhada também. Juntamos grana entre amigos, compramos juntos (da biqueira) e dividimos entre a galera. Maconha dá umas brisas certas e umas erradas, mas quando bate a “bad” o máximo que eu faço é dormir. Eu costumo perceber mais as coisas, analisar as coisas de uma maneira mais lenta e sob outra perspectiva. Eu gosto muito!”

Quando uma pessoa atinge certo nível de vício, a droga se torna vital para sua sobrevivência. O crack, por exemplo, em um mês, geralmente, torna o usuário dependente. Com o desenvolvimento desse vício, impossibilita o sujeito de compartilhar, tendo em vista o desespero pela compra e consumo da droga. É comumente encontrar pessoas com esse perfil na Cracolândia, onde podem consumir livremente, sem fiscalização.

Compartilham Os usuários que compartilham, geralmente usam para fins recreativos, ainda não causando prejuízos evidentes na vida do sujeito e que, normalmente, é um uso eventual, sendo alguns deles:

Nomes: Kaio Martins, Julia Arcangeli, Thais Novaes.

-ÁLCOOL: economicamente compartilhado na maioria das vezes em festas, bares e baladas. -MACONHA: o baseado tende a ser dividido entre amigos com o intuito de relaxamento e diversão. Existe até um aplicativo intitulado “Who Is Happy”, feito por um brasileiro, em que o usuário pode fazer o “check-in” no local em que está usufruindo a droga. -POPPERS: compartilhado, normalmente, com o intuito sexual, ajudando o relaxamento da musculatura.

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POLIAMOR A crescente discussão sobre as diversas faces do compartilhamento tem levantado diferentes teorias sobre os possíveis motivos que impedem as pessoas de não compartilharem. O sentimento de “posse” é praticado desde os primeiros meses de vida. O apego emocional traduzido em “segurança” é supostamente vantajoso para o apegado. O apego é um modelo de vínculo no qual o senso de segurança de alguém está estreitamente ligado à pessoa ou objeto de apego. Um estado interno que seleciona e limita as possíveis experiências que poderiam ser vividas pelo apegado. O relacionamento amoroso pode ser considerado o nivel máximo de apego. O indivíduo que compartilha o parceiro(a) está apto a compartilhar qualquer objeto. O Poliamor começa a crescer na década de 60 nos Estados Unidos junto com os movimentos de contracultura popularmente conhecidos como “”alternativos”. Do bígamo machista aos swingers, sem traição e menos hipocrisia. Um novo conceito de casamento baseado em parceria assim como uma sociedade, com divisão de despesas, produtos e espaços. Tendo ainda incerto o real impacto psicossocial em gerações futuras, começam a surgir alguns estudos epidemiológicos que ajudam a identificar, dimensionar e problematizar em números o “movimento”. Um estudo feito pela revista “Loving More” em parceria com a National Coalition for Sexual Freedom (NCSF) em 2012 em indivíduos que se consideraram “poliamorosos” evidenciou que 49% eram mulheres, 35% homens e 15% se intitularam “outro gênero” – transexual, questionável ou outros. 28% dos entrevistados sofreram discriminação nos últimos 10 anos, contra 5,5% da população norte-americana no mesmo período. O estudo ainda apontou que os praticantes do poliamor tiveram uma frequência sexual maior e um maior número de parceiros. Envolvendo também a prevenção de saúde, foram submetidos a muito mais testes “anti-HIV” que a população geral. Mesmo que embrionários, os estudos para reconhecimento e melhor caracterização do poliamor podem embalar e incentivar o diálogo sobre políticas

de inclusão social e quebra de preconceitos arcaicos. ajudando assim na inserção de mais uma “classe” de minoria na sociedade. O mercado mudou e os relacionamentos também. O sepultamento de valores conservadores impostos pela igreja aliado a uma voz ativa e progressista da liberdade individual culminam numa maior representatividade “poliamorosa”. Com o desapego ganhando espaço e o compartilhamento sendo debatido e contextualizado, o poliamor se torna cada vez menos “inadequado, diferente e obscuro” e mais “real, esclarecido e natural”.

ENTREVISTA Tatiana Szabo, 30 anos, solteira Você tem 2 ou mais relacionamentos no momentos? Apenas 1. Você se considera em um (ou mais) relacionamento(s) aberto(s)? Se não, como descreveria cada um de seus relacionamentos? Sim, é um relacionamento aberto. Você e seu(s) parceiro(s) mantêm um namoro com outra(s) pessoa(s) ou a penas casos? Meu parceiro namora outra menina. w A quanto tempo você está namorando? Um pouco mais de dois anos. Você conhece o outro relacionamento de seu namorado? Se sim, chega a ter algum tipo de vínculo com ela? Sejá profissional ou até mesmo uma uma amizade. Conheço, as vezes saímos juntos, mas não diria que é uma amizade, ainda. Para você, o que é um relacionamento aberto? É um relacionamento no qual as pessoas podem ter mais de um parceiro, sempre respeitando os outros.

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RELIGIÃO Religiões e a economia compartilhada A pesquisa busca encontrar de que maneira as religiões abordam a economia compartilhada, sendo ela um simples evento de arrecadação cristão a uma oferenda de maconha para algum espírito da Santeria. Foram selecionadas diferentes religiões, como o Cristianismo, a Cientologia, Satanismo de LaVey e Santeria, para um estudo comparativo de como cada uma delas trata o compartilhamento. Eis uma breve explicação de cada uma das religiões: -Cristianismo: é uma religião abraâmica monoteísta centrada na vida e nos ensinamentos de Jesus de Nazaré, tais como são apresentados no Novo Testamento. A fé cristã acredita essencialmente em Jesus como Cristo, Filho de Deus, Salvador e Senhor. A economia de compartilhamento na igreja cristã se encontra tanto dentro quanto fora da comunidade. A palavra correta deste tipo de economia, para os cristãos, seria compaixão. Dentro das igrejas possuem ministérios que visam à doação de roupas, alimentos e ajuda para internação :(em caso de usuários químicos, que é paga pela igreja). Já entre eles, essas ajudas se expandem também para o serviço prestado uns com os outros. Esta visão é frequente porque a própria bíblia, livro de regra e prática do cristianismo, diz para que a igreja viva em comunhão e partilhe do pão. -Cientologia: a Cientologia é uma religião criada na metade do século XX. Na década de 1950, o escritor Lafayette Ron Hubbard tornou-se famoso por seus livros de ficção científica. No entanto, suas ideias repercutiriam de um modo muito mais forte, fazendo do escritor o mentor de uma nova religião. Hubbard desenvolveu um sistema de crenças a partir de suas publicações e, em 1952, deu origem à religião que seria conhecida como Cientologia. Para atingir o autoconhecimento e a purificação, os membros da religião passam por processos científicos, por entrevistas, por exames e detectores de mentiras para rev-

elar aspectos de suas almas. No entanto, o avaliado só toma conhecimento desses resultados muitos anos mais tarde, para verificar a evolução. Assim como outras religiões, a Cientologia possui culto aos domingos, batismos, casamentos, cerimônias religiosas e ações de caridade. Mas suas práticas possuem um valor financeiro muito elevado. A Cientologia prega o individualismo, sendo assim não é uma religião que compartilha algo, até porque ela é considerada secreta e apenas pessoas de poder aquisitivo alto conseguem fazer parte dela. -Satanismo: existam dois tipos de satanismo: o teísta (ou tradicional) que vê o diabo como uma entidade, assim como o cristianismo vê Deus como um coisa real. Nesse tipo de satanismo, são feitos os rituais de sacrifícios de crianças e animais. Existem também o satanismo ateísta de LaVey que acredita no diabo como uma figura de liberdade e defende você como dono do seu próprio corpo e estimula você a fazer as suas vontades desde que você não interfira na liberdade de outra pessoa (a não ser que ela te ataque ou perturbe). O satanismo teísta diz que não há nada de errado em compartilhar algo se for da sua própria vontade. -Santeria: é um conjunto de sistemas religiosos relacionados que funde crenças católicas com a religião tradicional iorubá, praticada por escravos e seus descendentes em Cuba, no Brasil (onde o Candomblé apresenta semelhanças com a Santeria), em Porto Rico, na República Dominicana, no Panamá e em centros de população latino-americana nos EUA. “Santeria”, é, originalmente, um termo pejorativo aplicado pelos espanhóis à devoção excessiva aos santos. O ritual da santeria é altamente secreto e transmitido principalmente por via oral. As práticas conhecidas incluem sacrifício animal, dança extática e invocações cantadas aos espíritos. A música do tambor, atabaque e dança são usadas para produzir um estado do transe nos participantes, que podem incorporar um orixá. Os antepassados são tidos em alta estima na Santeria. 22


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BRECHÓ Esse estudo investiga a mudança que vem ocorrendo na percepção e recepção da sociedade em relação ao compartilhamento e consumo de artigos do vestuário comercializados em lojas de roupas usadas, os brechós. Constatamos que o uso e consumo desse tipo de vestuário são motivados por fatores diferentes, ligados a questões como necessidade, status, individualismo e memória. Os brechós passaram por mudanças nos últimos anos. A organização do espaço, a limpeza, higienização das roupas e acessórios, a boa apresentação do local e das roupas foram fatores que contribuíram para diminuir a resistência da sociedade em relação a esse tipo de consumo. O brechó como loja de roupas e acessórios exclusivamente vintage é algo recente na cultura brasileira. Comprar em brechós virou uma tendência geral. Antigamente, só artistas, intelectuais e pessoas que gostavam de peças exclusivas, visitavam esses lugares de moda e arte. Os brechó já são uma referência e se destaca entre as grandes e sofisticadas lojas pela variedade em seu estoque de produtos diferenciados e exclusivos. Em muitos países os brechós já fazem parte do circuito chique da moda.

BRECHÓ ONLINE - Pamela @acervo.lvm “comecei quando vi que uma amiga (@brecho.13) começou a desapegar das próprias roupas pois era muito consumista, tinha muita coisa. Logo quando entrei, comecei a comprar roupas de bazares, aumentei a divulgação, observei o que estava em alta e aumentou o número de fornecedores. Acho que compartilhamento é muito importante em épocas de crise, facilita muito.” - Janny @flowbrecho “Abri o brechó no começo de junho. As maiores dificuldades são conquistar público por conta de concorrência, encontrar roupas boas para revender e encontra pessoas para doar. Acho importante compartilhar aquilo que não usamos mais.”

MARCA MUD JEANS A Marca Holandesa MUD Jeans tem como propósito a locação das roupas ao invés da venda. As peças são feitas de tecidos orgânicos, pensando na reciclagem, e tem como objetivo, após um ano de uso, recolher os jeans para reproduzirem novas peças com o material das antigas MUD Jeans é a única marca que funciona completamente de acordo com os princípios da economia circular e do compartilhamento.

DEPOIMENTO “Não faz sentido manter em seus guarda roupas jeans que não irão mais usar e também não faz sentido jogá-los fora. Ainda pensando na ideia de repassar os utensílios, lembro de amigas da Europa, retirando móveis e deixando do lado de fora para alguém que precisasse poder levar consigo aquele objeto, as mesmas que haviam me dito, que amam o compartilhamento de roupas, pois não seriam somente uma peça. Se nossas roupas falassem, contariam histórias de uma vida que deixou inúmeros rastros pelo caminho. Assim podemos fazer uma ligação a muitos que compram em brechós, alguns por economia, outros por sustentabilidade, e também, por acreditarem que junto com a roupa vem uma essência.” 24


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COMPARTILHAMENTO DE MÚSICA

SPOTIFY Desde o início de 1999 serviços de streaming de músicas vêm se popularizando, o napster foi o primeiro, logo depois em 2007 veio o Deezer. Depois de muitos avanços vieram o Google Play e o Apple Music, porém nenhum oferecia o serviço gratuito com qualidade, foi aí que o Spotify surgiu, oferecendo o serviço de graça, com o serviço Preemium, em que usuários podem usar o serviço sem pagar nada, porém com algumas poucas limitações que não prejudicam muito a experiência do usuário. Desde que o Spotify surgiu, alguns dados interessantes foram levantados, como a diminuição da pirataria, usuários preferem usar o app com suas limitações do que piratear as músicas.

O serviço vem crescendo cada vez mais, a proposta é de que o serviço ofereça uma experiência perto as dos pagantes, e assim conseguir a confiança do usuário que paga para obter funções adicioinais, oferencendo músicas e playlists atualizadas para todos a distância de um clique. O Spotify é tão popular que ele concorre até mesmo com emissoras de rádio, ela é a quinta maior “emissora de rádio” em São Paulo em termos de alcance semanal. Aqui no Brasil, o App é o maior serviço de música utilizado e está presente em todas as regiões do país, principalmente em São Paulo, Salvador e Recife. Além disso, o app ajudou a dar um aumento significativo no alcance das emissoras de rádio no Estado de São Paulo.

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CAR SHARING FLEETY Para se cadastrar é necessário informar que tipo de veículo você está colocando para aluguel, a marca, informações sobre ele como por exemplo se está em boas condições, se o seu carro possui seguro, os itens que ele possui, como gps, ar condicionado e etc, suas regras (ex: se você permite que fumem no seu carro, se você permite que entrem animais e etc). É necessário também cadastrar dados pessoais, como nome, rg, cpf, endereço que o veículo se encontra e assim por diante. Como funciona o seguro do Fleety Toda vez que um veículo é alugado por meio do Fleety, ele está automaticamente segurado durante o período da locação. Independente da duração da reserva – sejam algumas horas ou semanas – tanto o veículo como os envolvidos estarão protegidos em caso de sinistro ou avaria, cabendo ao motorista da locação arcar apenas com o custo da franquia. Cobertura No Fleety, motoristas e veículos estarão segurados em qualquer uma dessas situações, em todo o território nacional, Argentina, Paraguai e Uruguai: * Colisão parcial ou total; * Danos causados à pintura ou aos pneus por acidente; * Furtos ou roubos; * Incêndios; * Inundação; * Pane Elétrica; * Pane Mecânica; * Pane Seca. Assistência 24h gratuita: * Reboque em caso de acidente; * Reboque/auxílio em caso de Pane Mecânica ou Elétrica; * Reboque em caso de Pane Seca; * Transporte emergencial; * Panes no veículo; * Colisões, furtos ou roubos; 27

Por que o veículo precisa ter um seguro próprio? Para que um veículo possa fazer parte do Fleety, é obrigatório que ele já possua um seguro próprio completo. Entretanto, durante o período em que for alugado, o único seguro acionado será o disponibilizado pelo Fleety. Trata-se de uma exigência de nossas seguradoras parceiras, principalmente por não haver uma vistoria específica para o seguro Fleety. Com o que preciso me preocupar? Com nada! A apólice do seguro é emitida automaticamente assim que um carro é alugado e é válida durante o período de aluguel formalizado no Fleety entre o motorista e o proprietário. O seguro do Fleety protege o veículo e os envolvidos em casos de sinistro ou avarias e pode ser acionado pelo motorista da locação mediante o pagamento de um valor fixo de franquia.


UBER O Uber também é uma empresa de compartilhamento, porém, ao andar de Uber não é você quem dirige, e sim um motorista proprio do Uber, semelhante aos taxis, porém muito mais barato e confortável, além de trazer consigo a ideologia do compartilhamento. Muitas pessoas se filiam ao Uber oferencendo corridas mais baratas e confortáveis, e assim, acabam juntando uma renda extra. Segundo uma pesquisa feita pelo Benenson Strategy Group com 601 pessoas de diversas cidades dos Estados Unidos, o maior motivo de atrair tantos novos parceiros é que gera uma renda extra e de serem seus próprios chefes, podendo fazer seu próprio horário e conciliar com outras atividades, sendo que 59% desses parceiros possuem outro emprego, e 71% diz que suas rendas realmente tiveram um grande aumento. Os motoristas do Uber que já trabalharam em companhias de taxis sentiram uma grande diferença, 88% deles abandonaram as companhias e 49% ganham mais trabalhando para o Uber, em media 4 dólares por hora a mais. Uma grande importância é o aumento de mulheres motoristas, representando 14% do total do Uber, enquanto nos taxis a porcentagem de 1%.

Existem 4 tipos de motoristas diferentes: - os profissionais, 18%, costumam dirigir mais que 30 horas por semana, e é composto pela maioria de homens entre 30 a 49 anos, que possuem uma família com filhos e trabalham com o Uber a mais de 6 meses. - os de transição, 18%, motoristas que já trabalharam anteriormente com taxis e como motoristas particulares, maioria homens acima de 50 anos, que também possuem famílias com filhos e trabalham a menos de 6 meses com o Uber. - novos pilotos, 12%, motoristas que nunca trabalharam na área, tem uma idade variada, e seu principal objetivo é gerar renda, já que trabalham mais de 30 horas por semana. - parceiros, 52%, motoristas mais jovens que trabalham poucas horas por semana, sendo 75% deles conciliam com o seu emprego, trabalham no Uber a menos de 3 meses e a maioria tem como principal objetivo pagar coisas específicas como carro, viagens e faculdade.

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POR QUE COMPARTILHAMOS? * Para definir nossa identidade frente aos outros * Construir e fortalecer relações * Para ajudar a outros * Para apoiar causas ou organizações * Para nos entreter e entreter os outros * Para gerar empatia

* 73% dizem que processam informações mais profundamente, completamente e cuidadosamente quando compartilhadas. * 68% compartilham para dar às pessoas uma melhor noção de quem eles são e com o que eles se preocupam. * 84% compartilham porque é uma forma de apoiar causas ou questões que preocupam.

* Para informar * Para promover * Para partilhar bens e serviços

“A partilha é uma unidade básica de engajamento social. ” “Compartilhar é relacionar”

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NÃO COMPARTILHAMENTO

Veja os contras de alguns tipos de compartilhamento e responda: Você está realmente preparado para mudar o modo como se relaciona com as coisas e com os outros? TRANSPORTE Quem quer compartilhar o próprio carro deve estar disposto a ser pontual e a levar na esportiva situações como encontrar pequenos arranhões no veículo. Se você é o tipo de pessoa que coloca apelido carinhoso no carro e não deixa o sobrinho de dois anos comer biscoito lá dentro, talvez não seja uma boa ideia. HORTA COMUNITÁRIA Você estava sonhando com aquele molho de tomate com manjericão fresquinho mas assim que chega na hora do prédio, descobre que o vizinho do 72 pegou todo o manjericão disponível para fazer um molho pesto. Dez por cento dos condôminos não querem contribuir com a horta porque afirmam não cozinharem em casa. Conflitos de interesse, falta de comprometimento e de noção de grupo podem fazer o sonho da horta comunitária minguar.

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HOSPEDAGEM DE ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO Quem abre a casa para receber um bichinho, precisa gostar mesmo de animais e ter o espaço preparado para a estadia dos peludos, como ter telas de segurança nas janelas, por exemplo. Outra dica é receber animais do porte certo para você e seu local. COWORKING Sua mesa parece uma praia pós-tsunami? Talvez compartilhar um espaço de trabalho não seja a sua. Para isso, organização e respeito com o colega são fundamentais. Pontualidade é outro detalhe importante: se você contratou os serviços por seis horas, é deselegante ficar mais três horas por lá sem acertar as contas no final. HOSPEDAGEM Se você valoriza demais a privacidade, pode ficar desconfortável em ter alguém estranho usando seu chuveiro e abrindo a geladeira. A mesma regra vale para o aluguel de um imóvel ocioso – é preciso ter jogo de cintura para lidar com situações como louça quebrada ou o guarda-sol fora do lugar habitual.


ENTREVISTA A “Horta Compartilhada” é um projeto que visa promover a troca de saberes, de experiências e dicas de plantio orgânico, a construção de uma horta envolvendo e inspirando a comunidade para o plantio coletivo e voluntário. Porém, nem sempre tudo funciona como planejado. Carolina Lis, 18 anos, afirma que em seu condomínio “Residencial Clube Tuiuti” a ideia não funcionou.

“Aproximadamente 2496 pessoas vivem no condomínio e a iniciativa da horta foi da própria construtora e não teve nenhum custo. No começo o jardineiro do condomínio plantava lá. Houve uma iniciativa no dia das crianças, para elas irem até a horta plantar uma plantinha, mas só. Eu ia lá algumas vezes para pegar manjericão, mas atualmente ninguém planta, e ela está lá, um canto com terra. Eu acho que se tivesse alguém administrando, ensinando como usar a horta, e criando regras para o uso, acho que iria para frente, mas a construtora do condomínio ter simplesmente criado a horta e jogado na mão dos moradores não funcionou.”

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