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apresenta
Curadoria PAULO GALLINA CAIXA Cultural Rio de Janeiro 01 de abril a 24 de junho de 2018
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Onde nasceu o Brasil? Nas margens do rio
fantásticas humanas. Afinal, era ao inventar
Ipiranga ou na voz-trovão do herói que de-
que os gregos forjaram sua mitologia e funda-
clarou independência? Ou o país nasceu da
ram uma identidade comum entre nações dife-
madeira vermelha que pode ser transformada
rentes.2 Ao criarem narrativas inverossímeis,3
em pigmento rubro? Foram as terras que for-
os povos antigos forjavam empatia entre seres
maram a nação ou foi o idioma que subjugou
humanos, abrindo caminho para a compreen-
as mentes ao entendimento de que este é um
são de unidade nos habitantes de determinada
país e ali é outro? Porque, convenha-se, não
região. Mas por que apenas a literatura se be-
existem linhas fronteiriças no mundo, o que
neficiaria da potente relação entre fantasia e
existem são rios, matas, árvores e animais
realidade?
convivendo de maneira tópica, em contato. Então, onde nasceu o Brasil? Foi da explora-
Contar uma história – qualquer história – é tecer
ção natural ou foi na alegria do povo que aqui
uma trama com propósitos próprios e particu-
chegava e ficava?
lares. Tal é o caso da narrativa projetada na exposição TERRA EM CHAMAS, do artista Vítor
Se muito se pode especular sobre a identidade
Mizael. As labaredas que nomeiam esta exposi-
desta jovem nação, há que se saber: também é
ção aludem e ressignificam o nome do país onde
possível inventar, especular a fantasia e fun-
o artista nasceu. Brasil, assim, deixa de fazer
dar uma identidade nacional. O crítico literário
referência a terra onde nasce o pau espinhoso,
Antonio Candido define a literatura como “uma
possível de transformar-se em pigmento vermelho
relação misteriosa entre o senso de realidade e
e transmuta-se no chão tomado por brasas. Um
a necessidade de fantasia”. Ou seja, o intelec-
terreno feito de chamas morrendo, sem fogo ou
tual enxergou reflexos reais nas construções
labaredas, mas ainda capaz de queimar a pele e
1 Na palestra “Brasil século XXI: cultura, produção e representação simbólica da sociedade”, apresentada em 7 de novembro de 1988. Vídeo disponível em https://www. youtube.com/watch?v=q0TGra46eck
2 Na Grécia clássica cada cidade era uma nação ainda que todos os habitantes da região se entendessem como parte de um conjunto cultural comum. 3 Mitos, fábulas, lendas, etc.
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tostar a carne. A nação, então, é transformada
com algumas exceções oriundas do mundo
na somatória dos indivíduos capazes de torna-
vegetal, mas todos igualmente alterados pela
rem-se fogueirinhas.
caneta e linha do artista em sua busca de corpos que não se libertaram completamente uns dos
Esta leitura sobre o conjunto da obra do artista
outros. Seres em constante contato e sem a
Vítor Mizael nasceu dos desenhos técnicos
opção da alienação, proximidades que por vezes
subvertidos pelo artista. Ao apropriar-se de
impedem a realização de funções vitais. Como
imagens de manuais de biologia, no início de
poderiam comer os pássaros reunidos pela ponta
sua carreira, Vítor também modificava signos
de seus bicos?
comuns: renomeando ossos ou partes do corpo animal com adjetivos e sensações humanas. Da
A postura em revoada dos pássaros, não obs-
confusão entre as partes do corpo e as sensa-
tante, reitera a presença de vida nos indivíduos.
ções, o artista parecia interessado na formação
São desenhos simplesmente porque essa ma-
desse novo animal capaz de sincretizar a comu-
neira de construir imagens tem a capacidade
nicação emocional na porção física de seu corpo.
de enganar o olho e forjar uma representação
Uma criatura notada apenas por Vítor e alheia à
verossímil do mundo com melhor clareza do
linguagem, ainda que podendo ser tanto lingua-
que as linhas que formam as letras de um texto.
gem, quanto corpo. Como os seres humanos, as
Não poderiam ser fotos, seriam demasiado falsas.
criaturas eram circunscritas de emoções, mesmo
Também foram pinturas. Mas os desenhos foram
que fossem diferentes.
eleitos como representantes neste recorte porque exploramos uma recente pesquisa pictórica
Depois de estudar a representação de manuais
que segue outra vocação, igualmente engajada,
científicos, o artista entendeu como suas ima-
a partir de outro ponto. Então, o desenho veio
gens, assemelhando-se a algo com o rigor das
suprir o quanto a natureza pode-se alterar, mu-
ilustrações científicas, também apontam para o
dando tão pouco. Papel e canetas construindo
caráter linguístico que o distancia da represen-
fauna e flora impossível, um desenho constante
tação de ser rigorosamente o que representa.
que reconstrói o que é dado como conhecido.
Criando através de imagens alusivas ao mundo, mas que a um olhar atento, revelam-se distan-
Como se as relações entre os indivíduos e seu
tes da realidade.
entorno habilitassem a alteração de morfologias de imediato, Vítor Mizael retrata indivíduos
Os desenhos sobre variados suportes formam
alterados por seu convívio. Um processo que
indivíduos cuja forma foi alterada pelo toque e
naturalmente levaria milhões de cruzamentos
pelo convívio social. Animais em sua maioria,
de genes é criado com agilidade pelas mãos do
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artista. A sociabilidade na obra deste artista,
Em oposição ao sincretismo cultural suspenso
portanto, é capaz de criar bichos adaptados ao
das peças de nova azulejaria brasileira, o artista
meio selvagem na terra cujo solo é tomado por
finca prumos nas paredes. Prumos, que informam
fogo. Estes desenhos não obedecem às regras
o nivelamento de paredes na construção civil, re-
estipuladas na observação natural ou nas teorias
cebem a intervenção do artista com inscrições de
evolutivas mais proeminentes no presente.
saudações às entidades e aos orixás presentes
Contrariando teorias científicas consagradas,
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na umbanda. Essas peças são fincadas na pare-
as criaturas criadas por Vítor são fisicamente
de pela parte comumente suspensa. Saudando a
entrelaçadas: um tipo de simbiose ao mesmo
todos, o artista traz para o centro de sua obra a
tempo estranha e fascinante.
reunião de referências europeias, afrodescendentes e regionais, tal qual é o país em que vive. Vítor
As relações entre criaturas apresentadas nesta
apruma o mundo ao escolher saudações dessa
exposição são de caráter epidérmico. As coloridas
religião, porque a crença serve como alegoria
cobras desenhadas sobre azulejaria, montadas
para o povo brasileiro. Nas palavras do artista: “ao
suspensas como pêndulos, falam também do
saudar as entidades da umbanda, estou saudando,
perigo do toque mesmo o mais sutil por retirar
também, o povo brasileiro”.
a estabilidade das peças. Delicadas e pesadas peças suspensas acima do chão sempre na imi-
Ao garantir o eixo do mundo, Vítor reitera a
nência de movimentar-se. Aludindo a ambientes
produção ético-estética como algo tangível,
domésticos das construções das décadas de
ainda que invisível. A religiosidade
1960, 1970 e 1980, as peças se constroem sobre
escolha mordaz de alguém que aceita seu en-
variadas estampas de azulejaria.
torno pelas melhores possibilidades que sua
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é uma
nação pode produzir, as possibilidades humaO conjunto, assim, revela uma vocação em nar-
nas. Essa humanidade que se manifesta no
rar um tempo longo, enraizado nos fios, que
contato, na aceitação do desconhecido como
prendem e derramam-se por trás das peças. Os
parte de si, também é revelada nos trabalhos
animais vitorianos passam a integrar essa téc-
em que o artista aplica enxertias, um processo
nica tradicional importada por herança às terras
de regeneração ancestral, para reunir plantas
tupiniquins. A história da colônia portuguesa no
diferentes entre si. Na junção do que é biolo-
além-mar é também a história desta nação fla-
gicamente diferente, o artista parece reunir
mar criada dentro da sala de exposição.
também aquilo que é etéreo. Esse dado imaterial reunido por Vítor também está manifesto
4 Como a teoria da evolução desenvolvida por Charles Darwin e toda uma academia ocidental subsequente aos textos desse autor.
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5 Implicada no idioma das saudações, fala tanto da biografia quanto da obra deste desenhista virtuoso.
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na eleição de plantas ritualísticas e medicinais
Na continuidade do levante contra a opressão de
que recebem as enxertias.
uns sobre outros, Vítor Mizael reitera que a pintura é uma construção de composição cromática
Bandeiras negras para uma pátria sem nação
e estética, uma efusão de formas e movimentos
também ocupam o espaço expositivo. Porque
geradores tanto de prazer quanto de reflexão. Os
nessa nova pátria, onde as terras pegam fogo,
tecidos estampados que recebem as pinceladas
construída a partir das obras de Vítor Mizael,
foram eleitos por suas estampas ordinárias, de
há espaço para construir-se algo com a igual-
gosto comum, até kitsch. Nas primeiras peças
dade mais distribuída, quem sabe simplesmente
dessa pesquisa, Vítor retoma os animais duplos,
aceitando o que o toque criou como um duplo.
vivendo em seu eterno ciclo sem nada conhecer
Ao trazer bandeiras enormes em pequenos
fora da tela.
mastros, o artista indica a opressão que o Estado pode criar, sem ignorar as possibilida-
A seguir, o artista iniciará o retrato de cidadãos
des de construir uma máquina burocrática em
marginais, estigmatizados pelo mito civilizató-
um senso comunal.
rio e transformados em caricaturas graças à
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incompreensão daqueles que observavam algo
portuguesa, imaginado antes das pessoas con-
completamente novo e desconhecido. Esses es-
seguirem tocá-lo com seus pés, mesmo que
cravos e selvagens camuflados com o tecido são
por um segundo. Afinal, são poucos os que têm
reproduções de retratos encontrados pela história
vocação a faquir nas Américas. Essas imagens
da arte brasileira e europeia, que se propôs a
criadas por Vítor criam um passado mitoló-
apresentar o trópico de Capricórnio. O desco-
gico, com o chão como labaredas e paragens
nhecido é escondido por seu entorno, relacionan-
impedidas aos seres não preparados: um Brasil
do-se às tentativas frustradas de se criar uma
selvagem, uma natureza imaculada, sem a con-
estética tropical brasileira sobreposta às idiossin-
taminação decorrente dos viveres humanos
crasias que criaram este país. Afinal, sem o morro
excessivamente distantes da vivência natural.
carioca, o samba seria outro. Camuflados, os se-
Por mais puro que seja este terreno selvagem,
res humanos se tornam algo mais. As estampas
nele não existem regras definidas e não existem
que os escondem, também é digno de destaque,
limites para as formas das coisas: tudo o que há
reiteram certa atitude inventiva de artistas famo-
são interações cinéticas de tudo que se pode
sos à época da colonização das Américas.
tocar. Uma tensão sempre procurando novas formas. Um contato nascido na pele, se preferir-
Vítor Mizael trabalha com retratos dessa condi-
mos, mas igualmente profundo aos oceanos do
ção entre ver e ser visto. Apresentar o estigma
pensamento, da linguagem e da razão.
cultural da injustiça é também reiterar que a humanidade está em contato. Esta eleição é
Por fim, esta mostra também trata das vidas
também um gesto crítico em relação aos artistas
contemporâneas e do estado atual das coisas.
do passado, os quais, não raro, criavam criaturas
Em sala anexa, o artista apresenta ainda pássa-
e vegetais fantásticos por terem como fonte os
ros cegados por panos, transformados em formas,
relatos imaginativos de viajantes deslumbrados.
mas ainda em revoada. O bando avança em dire-
Assim como os artistas de outrora, aquele que
ção à reprodução de um dos quadros fundadores
cria as estampas utilizadas por Vítor como su-
da história da arte brasileira. Na reprodução de
porte não possui qualquer compromisso cientí-
Independência ou morte (1888) de Pedro Américo,
fico ou com qualquer senso de realidade.
Vítor Mizael cola pequenas oferendas ritualísticas
Atitude que incorpora imagens aceitas pelo
feitas em chumbo, retratando também figuras
senso comum na composição considerada bela,
míticas como o preto velho, diferentes exus,
mesmo que essas imagens sejam corrompidas.
Pombajiras e, mesmo, a rainha das águas, Iemanjá. O retrato de homens brancos montando seus
A terra em chamas que dá nome à exposição é
corcéis cercados por agricultores viris e crian-
o país tupiniquim, o chão americano da colônia
ças felizes será deformado pelas estatuetas
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durante o período de exposição, graças ao peso
El mundo
do chumbo. As evidentes pregas criadas na tela onde foi impresso “Independência ou morte” rei-
Un hombre del pueblo de Neguá, en la costa de Colombia, pudo su-
teram a distância entre a composição de beleza
bir al alto cielo.
e a realidade material, ignorada na cena funda-
A la vuelta contó. Dijo que había contemplado desde allá arriba, la
dora pintada por Pedro Américo.
vida humana. Y dijo que somos un mar de fueguitos. -El mundo es eso –reveló– un montón de gente, un mar de fueguitos.
Talvez por seu interesse nas muitas partes invi-
Cada persona brilla con luz propia entre todas las demás. No hay
síveis em uma nação, Vítor Mizael se apoia em
dos fuegos iguales. Hay fuegos grandes y fuegos chicos y fuegos de
signos como bandeiras, mastros, prumos e ou-
todos los colores. Hay gente de fuego sereno, que ni se entera del
tros materiais para transformá-los na matéria-
viento, y gente de fuego loco, que llena el aire de chispas. Algunos
-prima das chamas que tornarão a ser brasa. Ao
fuegos, fuegos bobos, no alumbran ni queman; pero otros arden la
dar a ver significados antes invisíveis, o artista
vida con tanta pasión que no se puede mirarlos sin parpadear, y
consegue aniquilar conceitos segregacionistas
quien se acerca se enciende.
e provocar não apenas a razão como também os variados sentidos e sensações. Esta exposição
Eduardo Galeano.6
é o convite para refletir a respeito de um ninho capaz de reunir o bioma e a cultura, em vez de submeter à natureza as necessidades humanas. O conjunto das obras pensado para provocar a TERRA EM CHAMAS traz consigo a história da arte brasileira ao espaço expositivo quando levanta a pergunta: se nações se forjam, qual identidade se quer forjar para o futuro? Quem sabe, o escritor uruguaio Eduardo Galeano, com sua poesia, seja capaz de indicar um caminho a respeito dos habitantes da Terra tomada por chamas:
6 GALEANO, Eduardo. O livro dos abraços. Porto Alegre: L&PM, 2005.
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O mundo Um homem da aldeia de Neguá, no litoral da Colômbia, conseguiu subir aos céus. Quando voltou, contou. Disse que tinha contemplado, lá do alto, a vida humana. E disse que somos um mar de fogueirinhas. — O mundo é isso — revelou —. Um montão de gente, um mar de fogueirinhas. Cada pessoa brilha com luz própria entre todas as outras. Não existem duas fogueiras iguais. Existem fogueiras grandes e fogueiras pequenas e fogueiras de todas as cores. Existe gente de fogo sereno, que nem percebe o vento, e gente de fogo louco, que enche o ar de chispas. Alguns fogos, fogos bobos, não alumiam nem queimam; mas outros incendeiam a vida com tamanha vontade que é impossível olhar para eles sem pestanejar, e quem chegar perto pega fogo. Eduardo Galeano.6 Talvez o que a brasa no chão indique seja a capacidade dos humanos em queimarem e tornarem-se fogueirinhas. Transformada em chamas, talvez a humanidade transforme seu entorno. Neste novo mundo, com sorte, a natureza e os seres humanos se aceitarão por suas especificidades para além daquilo que os une como imagem bela. Paulo Gallina Curador
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Sem tĂtulo, 2016 – 2017 (conjunto) Nanquim sobre papel
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Arroboboi, 2018 Caixas de madeira, azulejos, fios metalizados, tinta acrĂlica e suportes de plantas
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Sem título, 2018 Acrílica sobre tela
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Sem tĂtulo, 2018 Bandeiras negras e mastros de metal
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Sem título, 2013 (conjunto) Acrílica sobre tela
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Sem título, 2018 Acrílica sobre tela
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Sem título, 2018 Acrílica sobre tela
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Sem tĂtulo, 2016 – 2018 (conjunto) Nanquim sobre papel
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Sem título, 2018 Acrílica sobre tela
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Sem título, 2018 Acrílica sobre tela
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Sem título, 2018 Acrílica sobre tela
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Sem tĂtulo, 2018 Enxertias entre plantas de uso medicinal e plantas de uso ritualĂstico
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Patakori, 2018 Prumos de centro e palavras gravadas
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Sem tĂtulo, 2015 (conjunto) Nanquim sobre papel
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Sem título, 2016 – 2017 (conjunto) Tinta acrílica sobre madeira
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LaroyĂŞ, 2018 ImpressĂŁo digital e imagens religiosas de metal
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Sem título, 2015 – 2016 Lápis sobre madeira e pássaro taxidermizado
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Sem tĂtulo, 2017 – 2018 Imagens em gesso e tecido
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Sem título, 2015 – 2018 Pássaros taxidermizados e lâmpadas
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Sem título, 2013 Acrílica sobre tela
Sem título, 2018 Acrílica sobre tela
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Sem tĂtulo, 2016 PĂĄssaro taxidermizado e tesoura
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Ogum Yê, 2018 Espadas de São Jorge, vasos de barro e lanças
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Vítor Mizael Aquariano nascido em 17 de fevereiro de 1982, natural da cidade de São Caetano do Sul no estado de São Paulo, é artista e professor universitário. Mestre em Estética e História da Arte (2008) e Especialista em Museologia (2005), ambos pela Universidade de São Paulo (USP), e Bacharel em Artes Plásticas (2004) pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). Entre suas principais exposições e atividades, destacam-se: Diorama (Programa de exposições 2014, Centro Cultural São Paulo), A luz que vela o corpo é a mesma que revela a tela e Ficções (CAIXA Cultural Rio de Janeiro, 2017 e 2015), Scapeland, território de trânsito livre (Memorial da América Latina, São Paulo, 2018), Seis graus de separação (Projeto Fidalga, São Paulo, 2015), Diorama (BlauProjects Galeria, São Paulo, 2014), Temporada de Projetos 2013 e a exposição Eu fui o que tu és e tu serás o que eu sou (Paço das Artes de São Paulo, 2013 e 2012), Sem título – da série Diorama (Projeto Vitrina, Museu de Arte de São Paulo – Masp, 2014), Taxonomia (6+1 Galeria, Madrid, 2013), Projeto Zip Up (Zipper Galeria, São Paulo, 2013), Crônicas do devir (Museu de Arte Contemporânea do Ceará, 2013), Projeto Tripé (SESC Pompéia, São Paulo, 2006), Autorretratos (Conjunto Cultural da CAIXA, São Paulo, 2005), Ver Além – reflexões (Conjunto Cultural da CAIXA, Rio de Janeiro, 2004), residência artística RedBull house of art (São Paulo, 2011). vitormizael@gmail.com www.vitormizael.com.br
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Paulo Gallina Crítico de arte e curador independente, é formado em História pela Universidade de São Paulo (USP). Participou do Grupo de Estudos de Crítica e Curadoria da ECA-USP orientado pelo professor Tadeu Chiarelli (2009-2012). Colaborou com os espaços independentes: Ateliê OÇO (2010) e o Ateliê 397 (2013), como crítico residente. Atuou como crítico e curador no Núcleo de Pesquisa e Curadoria do Instituto Tomie Ohtake (2010-2013). Ministrou sobre história da arte em cursos de extensão no Instituto Tomie Ohtake (2013) e no Instituto Itaú Cultural (2014). Nos últimos anos curou as exposições: Nino Cais: das bandeiras e dos viajantes (SESC São Carlos, Ribeirão Preto e São Paulo, 2013); Primeira leitura (Zipper Galeria, São Paulo, 2014); O saber da linha (LAB570, São Paulo, 2014 e PINTA LONDON, Londres, 2015); Alguma coisa descartável (Museu de arte de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, 2014); Estruturas precárias (Galeria Paralelo, São Paulo, 2015); Apagamentos (CAIXA Cultural São Paulo, 2016); Soluções duradouras (Tal Galeria, Rio de Janeiro, 2017); A vida das pessoas extraordinárias (MNAV, Montevidéu, 2017); Máquina sem palavras (MFCC, Curitiba, 2017); Tudo que está coberto (Galeria Aura, São Paulo, 2017); entre outras. Publicou livros e catálogos, destacando as leituras críticas do e-book Acervo: outras abordagens Volume II, publicado pelo Museu de Arte Contemporânea da USP, e o ensaio Sobre calar elaborado para o catálogo da exposição Os primeiros 10 anos, realizada no Instituto Tomie Ohtake, da qual também foi um dos curadores. paulogallina@gmail.com
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Vítor Mizael
Paulo Gallina
An Aquarian born on February 17, 1982 in the town
An independent curator and art critic, he holds a degree in History
of São Caetano do Sul São Paulo State, he is an
from the University of São Paulo (USP). He was involved with the
artist and University lecturer. He holds a Master’s
Curatorship and Critique Studies Group at ECA-USP, guided by Pro-
Degree in Esthetics and the History of Art (2008)
fessor Tadeu Chiarelli (2009-2012), and collaborated with the Ateliê
and a Specialist Qualification in Museology (2005),
OÇO (2010) and Ateliê 397 (2013) independent initiatives as a res-
both from the University of São Paulo (USP), and a
ident critic. He also served as a critic and curator at the Research
Bachelors Degree in Fine Arts (2004) from the Pau-
and Curatorship Center, Tomie Ohtake Institute (2010-2013), where
lista State University (UNESP). Noteworthy among
he also lectured in the history of art for extension courses (2013),
his main exhibitions and activities are: Diorama
as well as at the Itaú Cultural Institute (2014). During the past few
(2014 Exhibitions Program, São Paulo Culture Cen-
years, he curated the following exhibitions: Nino Cais: das bandei-
ter); A luz que vela o corpo é a mesma que revela
ras e dos viajantes (SESC São Carlos, Ribeirão Preto and São Paulo,
a tela and Ficções (Caixa Cultural Rio de Janeiro,
2013); Primeira leitura (Zipper Galeria, São Paulo, 2014); O saber da
2017 and 2015), Scapeland, território de trânsi-
linha (LAB570, São Paulo, 2014 and Pinta London, London, 2015);
to livre (Memorial da América Latina, São Paulo,
Alguma coisa descartável (Ribeirão Preto Art Museum, Ribeirão
2018), Seis graus de separação (Projeto Fidalga,
Preto, 2014); Estruturas precárias (Galeria Paralelo, São Paulo,
São Paulo, 2015), Diorama (BlauProjects Galeria,
2015); Apagamentos (CAIXA Cultural São Paulo, 2016); Soluções
São Paulo, 2014), Temporada de Projetos 2013
duradouras (Tal Galeria, Rio de Janeiro, 2017); A vida das pessoas
and the Eu fui o que tu és e tu serás o que eu sou
extraordinárias (MNAV, Montevideo, 2017); Máquina sem palavras
exhibition (Paço das Artes de São Paulo, 2013 and
(MFCC, Curitiba, 2017); and Tudo que está coberto (Galeria Aura,
2012), Sem título – da série Diorama (Projeto Vi-
São Paulo, 2017), among others. Noteworthy among his books and
trina, São Paulo Art Museum (MASP), 2014), Tax-
catalogs are his critical construals of Acervo: outras abordagens
onomia (6+1 Galeria, Madrid, 2013), Projeto Zip
Volume II, an e-book published by the Museum of Contemporary
Up (Zipper Galeria, São Paulo, 2013), Crônicas do
Art in USP, and Sobre calar, an essay written for the catalog of Os
devir (Ceará Contemporary Art Museum, 2013),
primeiros 10 anos, an exhibition at the Tomie Ohtake Institute, of
Projeto Tripé (SESC Pompéia, São Paulo, 2006),
which he was also one of the curators.
Autorretratos (Caixa Culture Complex, São Paulo, 2005), Ver Além – reflexões (Caixa Culture Complex, Rio de Janeiro, 2004), and artist in residence, RedBull House of Art (São Paulo, 2011). vitormizael@gmail.com www.vitormizael.com.br 66
paulogallina@gmail.com
LAND IN FLAMES Where was Brazil born? On the banks of the Ipiran-
nations.2 By creating unlikely narratives,3 ancient peoples bolstered
ga river or in the thunderous voice of the hero who
empathy among human beings, paving the way for understanding
declared its independence? Or did this country
unity among the inhabitants of a specific region. But why should only
spring from the scarlet brazilwood that could be
literature benefit from the powerful link between fantasy and reality?
processed into prized crimson dye? Was it the land that formed the nation, or the language that sub-
Telling a story – any story – means weaving a plot with its own spe-
jugated minds to the understanding that this is one
cific and particular purposes. This is certainly the case with the nar-
country here and that is another over there? Be-
rative projected by artist Vítor Mizael in the exhibition entitled LAND
cause it must be agreed that there are no boundary
IN FLAMES. The flames that identify this exposition allude to and
lines in the natural world; instead, there are rivers,
re-signify the name of the country where the artist was born. Brazil
forests, trees and animals living together organi-
thus ceases to refer to the homeland of the thorny brazilwood tree,
cally, in contact. So where was Brazil born? Was it
which can be transmuted into crimson dye, here transmuted into em-
from exploitation of nature or the happiness of the
ber-covered ground. A land of dying flickers, without fire or flame, but
people who landed here and remained?
still able to singe the skin and char the flesh. The nation is thus transformed into an aggregate of individuals who can turn into bonfires.
Although speculation may be rife over the identity of this young nation, it is important to know that
This construal of the body of work produced by Vítor Mizael is under-
it is also possible to invent, a speculative fantasy
pinned by technical drawings subverted by this artist. Appropriating
that can underpin a national identity. Literary critic
pictures from biology textbooks at the start of his career, he also
Antonio Candido defined literature as: “a mys-
modified ordinary signs, renaming animal bones or body parts with
terious link between the sense of reality and the
human feelings and adjectives. Blurring the lines between body parts
need for fantasy”. In other words, this intellectual
and feelings, he seemed interested in the formation of this new animal
glimpsed real reflections in fantasies constructed
that can syncretize emotional communication in the physical part of
by human beings. Indeed, it was through invention
its body. A creature noted only by Vítor and oblivious of language,
that the Greeks dreamed up their mythology and
although able to be both language and body. Like human beings, these
established a common identity among different
creatures were circumscribed by emotions, although different.
1
After studying representations in scientific textbooks, the artist un1 In the presentation on Brazil during the XXI Century: Culture, Production and the Symbolic Representation of Society (Brasil século XXI: cultura, produção e representação simbólica da sociedade), November 7, 1988. Video available at: https://www.youtube.com/ watch?v=q0TGra46eck
derstood how their images – resembling something with the rigor 2 In Ancient Greece, each city was a nation, although all the inhabitants of this region saw themselves as belonging to a common cultural unit. 3 Myths, fables, legends, etc.
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of scientific illustrations – also hint at the linguistic aspect that
theories of evolution. Countering enshrined scientific
distinguishes him from the representation of being strictly what it
theories,4 the creatures created by Vítor are physical-
represents. Creating through images allusive to the world but with
ly entwined: a type of symbiosis that is both bizarre
an attentive gaze, they are revealed as remote from reality.
and fascinating.
Drawings on assorted supports form individual entities whose
The links between the creatures featured in this
shapes have been altered by touch and social co-existence. Main-
exhibition are epidermal. Colorful snakes drawn
ly animals, with a few exceptions rooted in the world of plants, all
on tilework and assembled in suspension like pen-
are equally altered by the pen and line of the artist seeking bodies
dulums also speak of the peril of even the most
that are not completely freed from each other. Beings in constant
subtle touch, as this could undermine the stability
contact and without the option of alienation, proximities that some-
of the items. Delicate but heavy works suspended
times hamper vital functions. How could birds eat, when connected
above the ground, always on the verge of move-
by the tips of their beaks?
ment. Alluding to domestic environments of constructions dating back to the 1960s, 1970s and
Nevertheless, the flock of birds in flight reiterates the presence of life in
1980s, these items are constructed on assorted
individuals. These are drawings simply because this way of construct-
tilework patterns.
ing images is able to fool the eye and forge a realistic representation of the world with greater clarity than lines forming the letters in
Overall, this body of work reveals a vocation for
text. They could not be photographs, they would be too false. They
narrating a lengthy period, rooted in threads that
were also paintings. But the drawings were elected as representative
bind and melt behind the items. Vítor’s animals
in this segment, because we explore a recent pictorial survey that
join this traditional technique imported to Brazil as
follows another – but equally engaged – vocation from a different
a legacy. The history of Portugal’s overseas colony
standpoint. The drawing thus shows how much nature can change,
is also the history of this flame nation created in
while altering so little. Paper and pens constructing impossible fau-
the exhibition hall.
na and flora, a constant drawing that reconstructs what is taken as known.
Contrasting with the hovering cultural syncretism of items formed from new Brazilian tilework,
As though links between individuals and their surroundings were to
the artist attaches plumb-lines to the walls.
permit alterations to immediate morphologies, Vítor Mizael portrays in-
Plumb-lines that indicate wall straightness in
dividuals altered by their co-existence. A process that would natural-
civil construction feature interventions by this
ly take millions of gene crossings is agilely created by the hands of the
artist with inscriptions acclaiming orisha divin-
artist. In his work, sociability is thus able to create animals adapted to wilderness in a land whose soil is ablaze. These drawings do not follow the rules established for observing nature, nor current mainstream 68
4 Such as the Theory of Evolution developed by Charles Darwin and all subsequent academic output derived from his writings .
ities and other entities in umbanda, a Brazilian
with equality that is more evenly distributed, perhaps simply accepting
religion rooted in African rites and rituals. These
what the touch created as a duo. By flying huge banners from small
items are bolted into the wall by the part that is
flagpoles, the artist indicates the oppression that the State can create,
usually suspended. Hailing everyone, the artist
without ignoring the possibilities of constructing a bureaucratic ma-
brings European, regional and Afro-descendant
chine in a communal sense.
references to the core of his work, reflecting the country in which he lives. He aligns the world
Forging ahead with the uprising against the oppression of some
by choosing to salute this religion, as this belief
over others, Vítor Mizael reiterates that painting is a construction
serves as an allegory for the Brazilian people. In
of chromatic and aesthetic composition, an effusion of forms and
the words of the artist: “By celebrating umbanda
movements prompting both pleasure and reflection. The printed fab-
entities, I am also greeting the people of Brazil.”
rics that receive the brushstrokes were selected for their ordinary patterns in common and even kitschy taste. In the first items of this
When steadying the world’s axis, Vítor reiterates
exploration, Vítor returns to dual animals living in their eternal cycle,
an ethical and ascetic output is tangible, although
with nothing known beyond the canvas.
invisible. Religiosity is a scathing choice by some5
one who accepts his surroundings through the best
The artist then begins to portray outlawed citizens stigmatized by
possibilities that his homeland can produce – hu-
the myth of civilization and transformed into caricatures through
man possibilities. This humanity that is expressed
the incomprehension of those observing something completely
through contact, acceptance of the unknown as
new and unknown. These slaves and savages camouflaged with the
part of oneself, is also disclosed in works where
fabric are reproductions of portraits found in the history of Brazil-
the artist applies grafts in an ancestral regenera-
ian and European Art that were intended to portray the Tropic of
tion process, gathering together plants that differ
Capricorn. The unknown is concealed by its surroundings, linked to
from each other. At the junction of what is bio-
frustrated attempts to create a tropical Brazilian aesthetic overlying
logically different, the artist seems to include also
the idiosyncrasies that created this country. After all, without the
what is ethereal. This immaterial aspect grasped
shanty-covered hills of Rio, samba would be quite different. Cam-
by Vítor is also expressed in the election of ritual-
ouflaged, human beings become something more. Also noteworthy,
istic and medicinal plants that receive the grafts.
the prints that conceal them reiterate a certain inventive attitude of famous artists at the time when the Americas were being colonized.
Black flags for a nationless homeland also fill the exhibition. Because in this new homeland where
Vítor Mizael Works with portraits of the place between seeing and
earth catches fire, built up through the works of
being seen. Highlighting the cultural stigma of injustice is also reiter-
Vítor Mizael, there is room to construct something
ating that humankind is in contact. This option is also a critical ges-
5 Implied in the language of greetings, this speaks as much of his biography as the work of this brilliant draughtsman.
ture towards artists of the past who often created fantasy plants and creatures sourced from the imaginative reports of dazzled travelers. 69
Just like these long-ago artists, the designer of the
ings fashioned from lead that also portray mythical figures such as
fabrics used by Vítor as a support had no commit-
the grizzled preto velho, assorted exu deities, spinning pombagiras
ment to science and lacked any sense of reality.
in their full skirts and even the Queen of the Waters, Iemanjá. The
An attitude that incorporates images accepted by
portrait of white men mounted on their steeds surrounded by virile
common sense in a composition considered as
farmers and happy children will be distorted by the weight of the lead
beautiful, despite the corruption of these images.
statuettes in the course of the exhibition. The obvious folds in the canvas on which Independence or Death was printed reiterates the
The land in flames that gives this exhibition its
gap between the beautiful composition and the material reality, ig-
name is Brazil, imagined before people were able
nored in this seminal scene painted by Pedro Américo.
to set foot for even a moment on the unknown ground of this Portuguese colony in the New
Perhaps prompted by his interest in the many invisible parts of a na-
World. After all, the fakir vocation is rare in the
tion, Vítor Mizael is buttressed by signs such as flags and flagpoles,
Americas. These images created by Vítor in turn
plumb-lines and other materials, transforming them into the raw
creates a mythological past, with flames as the
material of the flames that will become embers. By revealing mean-
ground and halts impeded for unprepared beings:
ings that were formerly invisible, the artist manages to annihilate
a nature untamed, a Brazil untouched, free from
segregationist concepts, provoking not only reason but also stirring
contamination by human beings far too aloof from
up a variety of meanings and feelings. This exhibition is an invita-
life in the wild. No matter how pure this wilderness
tion to reflect on a nest that can blend biome and culture, instead
may be, there are no defined rules and no limits on
of imposing human needs on nature. The carefully considered body
the shapes of things: there are only kinetic inter-
of work displayed in LAND IN FLAMES also conveys the history of
actions among everything that can be touched. A
Brazilian art to the exhibition hall when raising the question: if na-
tension constantly seeking new forms. A contact
tions are formed, what is the desired identity to forge for the future?
that is skin deep if we like, but just as profound as
Perhaps Uruguayan writer Eduardo Galeano could indicate a path
the oceans of thought, language and reason.
through his poetry for the inhabitants of the Earth swept by flames:
Finally, this exhibition also portrays contemporary lives and the current state of things. In the next room, the artist presents birds in blindfolds, transformed into shapes but still in flight. The flock is moving towards a reproduction of one of the cornerstone works in the history of Brazilian art: in his reproduction of Independence or Death (Independência ou Morte), painted in 1888 by Pedro Américo, Vítor Mizael adds small ritualistic offer70
El mundo Un hombre del pueblo de, en la costa de Colombia, pudo subir al alto cielo. A la vuelta contó. Dijo que había contemplado desde allá arriba, la vida humana. Y dijo que somos un mar de fueguitos. -El mundo es eso –reveló– un montón de gente, un mar de fueguitos. Cada persona brilla con luz propia entre todas las demás. No hay dos fuegos iguales. Hay fuegos grandes y fuegos chicos y fuegos de todos los colores. Hay gente de fuego sereno, que ni se entera del viento, y gente de fuego loco, que llena el aire de chispas. Algunos fuegos, fuegos bobos, no alumbran ni queman; pero otros arden la vida con tanta pasión que no se puede mirarlos sin parpadear, y quien se acerca se enciende. Eduardo Galeano.6 The world A man from the Neguá village on the coast of Colombia was able to climb up to the sky. On his return, he spoke. He said that that from way up there he had contemplated human life. And he said that we are a sea of bonfires. “The world is this,” he revealed: “a mass of people, a sea of bonfires. Each person gleams with their own light among all the others. No two bonfires are alike. There are big bonfires and little bonfires, and bonfires in all colors. There are people with steady fires that do not yield to the wind, and people with crazy fires that fill the air with sparks. Some fires, futile fires, offer neither light nor heat, while others blaze life with such passion that they cannot be watched without blinking, and anyone nearby is set aflame.” Eduardo Galeano.6 Perhaps the embers smoldering on the ground hint at the ability of human beings to burn up into bonfires. Transformed into flames, maybe humankind is transforming its surroundings. In this new world, with luck, nature and human beings will accept each other and their specific characteristics, extending beyond what unites them, like a beautiful picture. Paulo Gallina Curator 6 GALEANO, Eduardo. O livro dos abraços. Porto Alegre: L&PM, 2005.
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EXPOSIÇÃO | EXHIBITION Revisão de Textos | Text Revision Rosalina Gouveia
Artista | Artist Vítor Mizael
Sinalização | Signposting Ginga Design
Curadoria | Curatorship Paulo Gallina Coordenação Geral | General Coordination Anderson Eleotério
Seguro | Insurance JMS Seguros – Tokio Marine Seguradora
Produção | Production David Motta Programação Visual | Art Direction Nikolas Lorencini Assessoria de Imprensa | Press Liaison Raquel Silva
Transporte | Transportation Art Quality Chenue do Brasil Assistente de Produção | Production Assistant Felipe Paladini
Iluminação | Lighting Julio Katona
Projeto | Project Anderson Eleotério Bittencourt Produções
Projeto Expográfico | Exhibition Design Anderson Eleotério
Produção Executiva | Executive Production ADUPLA Produção Cultural Ltda.
Montagem e Cenotécnica | Art Mounting Renato Cecílio das Dores Sérgio Gomes Lima
Patrocínio | Sponsor Caixa Econômica Federal Governo Federal
PROJETO
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Museologia | Museology Cláudia Costa
PRODUÇÃO
PATROCÍNIO
CATÁLOGO | CATALOG
AGRADECIMENTOS | ACKNOWLEDGMENTS
Organização | Organization Anderson Eleotério Vítor Mizael
Albano Afonso Alice Ricci Atelier Fidalga Bruno Miguel Elinaldo Guedes Gian Bernardes Iezzo Lettemann Izabel Ferreira José Carlos Silva Márcia Rubinatti Marcus Braga Renata Nantes Sandra Cinto Stela França Sylvana Cetinic Tânia Lettemann Thiago Pomarico Vania Rodrigues Bittencourt Vinícius Teodoro Walter Mizael
Produção Editorial | Editorial Production Raquel Silva Texto | Text Paulo Gallina Design Gráfico | Graphic Design Nikolas Lorencini Fotos | Photographer Leonardo Ramadinha Raquel Silva Revisão de Textos | Texts Revision Rosalina Gouveia Versão Inglês | English Version Carolyn Brissett Impressão e pré-impressão | Printing Gráfica Santa Marta
CAIXA Cultural Rio de Janeiro - Galeria 1 Av. Almirante Barroro, 25 - Centro Rio de Janeiro - RJ CEP: 20031-003 Tel.: (21) 3980-3815
TERRA EM CHAMAS – Vítor Mizael Vítor Mizael, 1982 [organização: Anderson Eleotério e Vítor Mizael; curadoria e texto: Paulo Gallina; versão inglês: Carolyn Brisset]. Rio de Janeiro, CAIXA Cultural / ADUPLA, 2018. 72 p.: il. color. ; 20 x 20 cm ISBN 978-85-64507-34-0 Catálogo da exposição TERRA EM CHAMAS – Vítor Mizael, realizada na CAIXA Cultural Rio de Janeiro, Galeria 1, de 31 de março a 24 de junho de 2018. 1. Arte contemporânea - Século XXI (Exposições). 2. Arte brasileira - Século XXI (Exposições). 3. Pintura, Instalação, Objeto, Desenho (Artes Visuais). I. Mizael, Vítor. II. Gallina, Paulo. III. Eleotério, Anderson. VI. CAIXA Cultural Rio de Janeiro (RJ). _________________________________________________________________________
Selo FSC
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PROJETO
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PRODUÇÃO PATROCÍNIO
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA | VENDA PROIBIDA
VAMOS PRESERVAR O MEIO AMBIENTE