AGÊNCIA MACAUÁ Anderson Garcia Alves Beatriz Bonaventura Bruna Misquita Alves Carol Medina Daniel Venâncio Diego Uzuelli Jorge Luiz Priori Sorbara Karini Selerges Nogueira Leonardo Ortega do Nascimento Micky Li King Pessoa Huang Rodrigo Andreoli
EMPREENDEDORISMO EM PUBLICIDADE E PROPAGANDA: TODA BOA HISTÓRIA TEM UM COMEÇO
Universidade Metodista de São Paulo Faculdade de Publicidade, Propaganda e Turismo São Bernardo do Campo - SP
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1º semestre de 2007
AGÊNCIA MACAUÁ Anderson Garcia Alves Beatriz Bonaventura Bruna Misquita Alves Carol Medina Daniel Venâncio Diego Uzuelli Jorge Luiz Priori Sorbara Karini Selerges Nogueira Leonardo Ortega do Nascimento Micky Li King Pessoa Huang Rodrigo Andreoli
EMPREENDEDORISMO EM PUBLICIDADE E PROPAGANDA TODA BOA HISTÓRIA TEM UM COMEÇO
Trabalho realizado em cumprimento parcial às exigências do 3º semestre do curso de Publicidade e Propaganda, da Faculdade de Publicidade e Propaganda e Turismo, da Universidade Metodista de São Paulo. Professor coordenador do projeto: Altair Achetta Schneider. Professores orientadores: Lana Cristina Nascimento Santos, Ismael Costa Dias, Mario Mastrotti, Rubens Yoshio Yoshida, Lucia Helena dos S. Costa Laqua.
Universidade Metodista de São Paulo Faculdade de Publicidade, Propaganda e Turismo São Bernardo do Campo - SP 1º semestre de 2007
ALVES, Anderson, et al. EMPREENDEDORISMO NA PUBLICIDADE E PROPAGANDA: Toda Boa História Tem Um Começo. 2007. 111p. + anexos. Universidade Metodista de São Paulo / Faculdade de Publicidade, Propaganda e Turismo, São Bernardo do Campo, 2007. Orientação: Professor Altair Achetta Schneider. Tipo: Projeto Integrado profissionalismo, business plan, legislação, manual de identidade visual, branding book, publicidade, comunicação, empreendedorismo, planejamento estratégico, ética publicitária, administração financeira, pesquisa, agência de publicidade, segmento educacional.
Dedicamos Dedicamos esta monografia a todos que acreditaram na Macauá como um projeto muito além da faculdade, que ultrapassa os portões acadêmicos e caminha, com passos firmes, para a sua consolidação real.
Agradecimentos A todos os profissionais que nos ouviram nas entrevistas, pela paciência e atenção. A professora Lana Santos, que desde o início desta agência nos acompanhou e nos deu apoiou e incentivo que necessitávamos. Ao professor Rubens Yoshida, por não se negar a abrir as portas para a Macauá e proporcionar a oportunidade de conhecermos uma agência que, para nós, é fruto de admiração e respeito. Ao professor Altair Scheneider, por iniciar esta jornada conosco de forma tão ética e companheira. E aos demais professores que jamais nos negaram um pedido de ajuda e um conselho.
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"A mente que se abre a uma nova idéia
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jamais volta ao seu tamanho original." Albert Einstein
Lista de Tabelas Tabela 1 - Faixas de receita bruta ara enquadramento no SIMPLES (http://www.sebrae.com.br/br/parasuaempresa/arq_parasuaempresa/tab_trat_tribut_calcul os.htm)......................................................................................................................................50 Tabela 2 - Porcentagens para Calculo de...............................................................................56 Tabela 3 – Probabilidade de sucesso.......................................................................................61 Tabela 4 – Probabilidade de Ocorrência................................................................................62 Tabela 5 – Analise SWOT.......................................................................................................92 Tabela 6 – Lista de Preços – Materiais promocionais............................................................96 Tabela 7 – Lista de Preços – Materiais Promocionais cont...................................................97 Tabela 8 – Lista de Preços - Design........................................................................................97 Tabela 9 – Lista de Preços - Embalagens...............................................................................98 Tabela 10 – Lista de Preços - PDV..........................................................................................98 Tabela 11 – Lista de Preços – Materiais Especiais.................................................................98 Tabela 12 – Lista de Preços – Marketing Direto....................................................................99 Tabela 13 – Lista de Preços - Planejamento...........................................................................99 Tabela 14 – Lista de Preços - Internet..................................................................................100 Tabela 15 – Lista de Preços - Mídia......................................................................................100 Tabela 16 – Planilha Financeira..........................................................................................107 Tabela 17 - Planilha Financeira cont...................................................................................108 Tabela 18 - Planilha de Mídia parte 1..................................................................................109 Tabela 19 - Planilha de Mídia parte 2..................................................................................110 Tabela 20 - Planilha de Mídia parte final.............................................................................111
Índice de Imagens Imagem 1 - Etapas do Planejamento Estratégico...................................................................59 Imagem 2 – Matriz BCG - Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Matriz_BCG.png. 63 Imagem 3 – Ciclo de Vida........................................................................................................92 Imagem 4 – Estrutura da Macauá..........................................................................................93 Imagem 5 - Organograma.......................................................................................................94
Sumário INTRODUÇÃO.......................................................................................................................10 Capítulo I - Análise da História da Comunicação como Catalisador da Publicidade..........12 I.1 A Propaganda e a Publicidade.................................................................................................14 I.2 A Propaganda e os meios de comunicação..............................................................................18 I.2.1 O rádio...................................................................................................................................................18 I.2.2 A Televisão............................................................................................................................................19 I.2.3 A Internet...............................................................................................................................................20
I.3 As agências de Publicidade......................................................................................................20 I.4 A criatividade na produção das mensagens publicitárias - o processo construtivo das campanhas publicitárias.................................................................................................................26 I.4.1 I.4.2 I.4.3 I.4.4 I.4.5 I.4.6
O Planejamento......................................................................................................................................26 A Mídia..................................................................................................................................................27 A Criação...............................................................................................................................................28 Funções das agências junto aos anunciantes..........................................................................................29 Função das agências junto à mídia.........................................................................................................30 O cliente.................................................................................................................................................30
Capítulo II - “ETHOS. OBSERVANTIA LEGUM SUMMA LIBERTAS” – Como a Ética e a Legislação são partes fundamentais do Mercado Publicitário, e norteiam a implementação de um negocio................................................................................................32 II.1 A Ética e sua Aplicação na Publicidade II.1.1 II.1.2 II.1.3 II.1.4 II.1.5 II.1.6
...........................................................................33
Conceitos básicos para a Implementação de uma Agência..................................................................39 A Constituição de uma empresa – Sociedade.......................................................................................39 Criação do Nome..................................................................................................................................41 O CNPJ.................................................................................................................................................42 Tributação.............................................................................................................................................44 CLT e Remunerações...........................................................................................................................55
Capítulo III - O Planejamento Estratégico: sua importância e suas etapas.........................58 III.1 Introdução..............................................................................................................................58 III.2 O planejamento estratégico..................................................................................................58 III.2.1 III.2.2 III.2.3 III.2.4 III.2.5 III.2.6 III.2.7 III.2.8
Missão do negócio...............................................................................................................................59 Visão do negócio.................................................................................................................................60 Análise SWOT....................................................................................................................................60 Matriz de Crescimento – Participação ou Matriz de Portifólio (Matriz BCG)...................................62 Estabelecimento de metas...................................................................................................................63 Formulação de estratégias...................................................................................................................64 Elaboração e implementação de programas........................................................................................65 O feedback e o controle.......................................................................................................................66
III.3 O Plano de Marketing...........................................................................................................66 III.3.1 III.3.2 III.3.3 III.3.4 III.3.5 III.3.6
Resumo executivo e sumário...............................................................................................................67 Análise da situação..............................................................................................................................67 Estratégia de marketing.......................................................................................................................68 Projeções financeiras...........................................................................................................................69 Controles.............................................................................................................................................70 Conclusão............................................................................................................................................70
Capítulo IV - Pesquisas..........................................................................................................72
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IV.1 Profissionais de Contabilidade..............................................................................................73 IV.2 Profissionais de Publicidade..................................................................................................74 IV.3 Profissionais de Advocacia....................................................................................................75 IV.4 Segmento Educacional...........................................................................................................78 IV.4.1 IV.4.2 IV.4.3 IV.4.4 IV.4.5 IV.4.6
ARBOS..............................................................................................................................................78 OFICINA............................................................................................................................................80 EDUARDO GOMES .........................................................................................................................80 ARPS...................................................................................................................................................81 MÁRIO CARRER .............................................................................................................................82 PINGUINHO DE GENTE..................................................................................................................83
Capítulo V - Agência Macauá LTDA......................................................................................85 V.1 O empreendimento..................................................................................................................85 V.1.1 V.1.2 V.1.3 V.1.4 V.1.5 V.1.6 V.1.7 V.1.8
Dados da Empresa................................................................................................................................85 Definição do negócio............................................................................................................................85 Missão .................................................................................................................................................87 Visão ....................................................................................................................................................88 Macro – Ambiente................................................................................................................................88 Micro- ambiente...................................................................................................................................90 Análise SWOT ....................................................................................................................................92 Ciclo de Vida da Agência.....................................................................................................................92
V.2 Estrutura Organizacional.......................................................................................................93 V.2.1 Organograma........................................................................................................................................93 V.2.2 Fluxograma...........................................................................................................................................94 V.2.3 Precificação de serviços.......................................................................................................................96
V.3 A Comunicação......................................................................................................................101 V.3.1 V.3.2 V.3.3 V.3.4 V.3.5 V.3.6 V.3.7
Briefing da agência............................................................................................................................101 Análise do Mercado no segmento educacional .................................................................................103 Análise de problemas e oportunidades:..............................................................................................104 A agência Macauá tem como objetivos de comunicação:..................................................................104 Posicionamento desenvolvido para a Marca......................................................................................104 Público Alvo da Campanha (audiência-alvo).....................................................................................105 Ferramentas de Comunicação:...........................................................................................................105
V.4 Planejamento Financeiro......................................................................................................106 V.5 Planejamento de Mídia.........................................................................................................109
CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................................112 V.6 Caderno de Criação..............................................................................................................113
Anexos...................................................................................................................................118
RESUMO
A realização deste projeto teve como objetivo lançar uma nova agência de publicidade e propaganda full-service no mercado, mais especificamente voltada ao segmento educacional. Para sua concretização, foi necessário o estudo da história da propaganda, para maior compreensão de sua evolução e do cenário atual. Além de ter sido profundamente estudada a parte de ética e legislação, que tem grande peso na abertura de uma agência, pois se trata dos impostos que deverão ser pagos tanto aos funcionários como ao governo, e auxilia também no trabalho da agência, pois tudo o que for feito por ela deverá estar de acordo com o código do CONAR. Quanto ao marketing, foi realizada toda uma análise de seus macro e micro ambientes para uma melhor compreensão do ambiente atual, tornando possível uma melhor visualização das forças, fraquezas, ameaças e oportunidades da agência. Por fim foram calculados todos os possíveis gastos da empresa no período de um ano, de forma que ela não chegasse a falência. A meta foi atingida com sucesso.
Palavras-chave: profissionalismo, business plan, legislação, manual de identidade visual, branding book, publicidade, comunicação, empreendedorismo, planejamento estratégico, ética publicitária, administração financeira, pesquisa, agência de publicidade, segmento educacional.
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INTRODUÇÃO
Como atividade de Projeto Integrado para a turma do III semestre do Curso de Publicidade e Propaganda, foi apresentado o tema “Empreendedorismo em Publicidade e Propaganda”. A proposta do projeto consiste na abertura de uma agência de publicidade, com base nos meios legais, com o objetivo de projetar e administrar seu ciclo de vida, no período correspondente aos 12 (doze) primeiros meses de sua existência, chegando a um amadurecimento após este período. Amadurecimento este que será comprovado, ao observarse que o Fluxo de Caixa no final deste período, proporcione um lucro de um valor igual ou superior à R$ 1,00. Neste contexto, agencia deverá trabalhar desenvolvendo projetos para 6 (seis) clientes – sendo: 1 (um) de Porte Grande, 2 (dois) de Porte Médio, 3 (três) de Pequeno Porte – além das campanhas de lançamento e divulgação da própria agência, para o Mercado. A Agência MACAUÁ LTDA, trabalha como full service, no ramo Educacional, e tem como objetivo a penetração no ABC Paulista. Atendemos os seguintes clientes: Colégio Arbos, Escola Oficina, Colégio Eduardo Gomes, ARPS Escola de Idiomas e Informática, Escola de Música Mário Carrer e a Escola Infantil Pinguinho de Gente. A agência conta com a terceirização de alguns serviços como produção, eventos e finalização, visando uma mobilidade e velocidade maior no atendimento aos clientes. Este trabalho visa colocar os alunos diante das necessidades de conhecimento que um empreendedor precisa obter para abrir sua nova empresa e mantê-la Economicamente saudável no termino do período estabelecido, além de atender as necessidades do Curso. De forma clara, demonstra as dificuldades que o empreendedor enfrentará durante este percurso. Para a realização deste trabalho foi necessário um estudo bibliográfico sobre as diversas matérias que permeiam o curso, alem de realizaram-se pesquisas aprofundadas em livros, revistas, websites e entrevistas. Através destas referências bibliográficas, que estão de acordo com as normas da ABNT (Associação Brasileira das Normas Técnicas), podemos à base necessária para a realização deste trabalho.
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A monografia é dividida em uma estrutura de 5 (cinco) capítulos envolvendo todas as matérias do semestre. No Primeiro capítulo, é abordada a História da comunicação, apresentando sua evolução histórica, retratando o surgimento das agências de Publicidade e Propaganda juntamente com a evolução dos meios de comunicação. Este capítulo é de suma importância, pois ao observarmos o passado, tiramos lições para usarmos tanto no presente como no futuro de nosso empreendimento. No Segundo capitulo, consiste na analise dos aspectos éticos e as exigências legais para inserir a agência no mercado, bem como os encargos e tributos que recaem sobre o negócio. O Terceiro capítulo foi desenvolvido um capítulo teórico sobre as necessidades do Planejamento Estratégico na abertura de uma empresa, demonstrando a importância do planejamento na implementação de um negócio e que o muitas vezes o sucesso ou o fracasso depende exatamente deste planejamento.
No Quarto capítulo foram relatadas as pesquisas
qualitativas com entrevistas em profundidade com donos de agências, clientes, relatando suas histórias, e servindo como parâmetro para nossa agencia nortear suas ações. Temos, no Quinto capítulo foi elaborado um Planejamento Estratégico para a implementação da agência no mercado. Temos outros subitens que são o briefing de Marketing, definição do “Produto Agência”, briefing de criação e desenvolvimento da campanha de divulgação. Para finalizar o trabalho, existem as considerações finais, onde respondem aos objetivos propostos e, ainda, refletem a opinião da agência MACAUÁ LTDA. Após as considerações finais desta parte da monografia, há o caderno de criação, onde estão relatadas todas as etapas que se sucederam na criação da campanha de lançamento e divulgação da Agencia. O Caderno de Criação é constituído das peças de divulgação e papelaria da agência, portifólio de serviços e manual de identidade Visual e o Brand Book. Por fim, seguem os anexos que visam complementar as informações que foram utilizadas para a realização do projeto. Esperamos que a leitura e as informações presentes neste trabalho sejam permeadas da mesma forma empolgante, com a qual este trabalho foi elaborado. Boa leitura!
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Capítulo I - Análise da História Catalisador da Publicidade
da
Comunicação
como
No mundo da informática, cada piscar de olhos tem o tempo suficiente para que uma nova versão daquele programa que você adora - e que acabou de comprar – seja projetada. Novas versões vão surgindo a toda hora e as atuais se tornam obsoletas, e a forma como nos comunicamos hoje é a última versão desse programa, que amanhã também poderá ser obsoleto com o avanço de novas técnicas que atendam melhor às necessidades de quem a utiliza: nós. Até chegar a esse formato, o processo comunicacional já percorreu um longo caminho. O homem primitivo percebeu a necessidade de trocar informações com outros da época, e iniciou assim essa cadeia. Há cerca de quatrocentos mil anos atrás, a comunicação entre as pessoas era feita através de gestos e grunhidos, além de escritas e pinturas rupestres realizadas, na maioria das vezes, dentro de suas cavernas, feitas com sangue de animais, argila e seiva. A comunicação é um vínculo fundamental entre as pessoas, pois nos possibilita a troca de conhecimentos, e seu desenvolvimento está integrado aos processos culturais de toda sociedade. Com isso, é possível perceber que as técnicas comunicativas mudaram totalmente desde os primórdios, assim como os meios de comunicação e a tecnologia aplicada nos mesmos. Na comunicação atual, há sempre uma intenção básica da fonte: que o receptor selecione sua mensagem, a compreenda e aplique. Além disso, a fonte tem objetivos mais específicos, pois pretende se expressar, perguntar, ensinar, ocultar, informar, acusar, dar ordens, preocupar, expressar carinho, expressar raiva, chamar a atenção, indicar superioridade, etc. Segue abaixo algumas de suas funções: -Informação; -Vigilância e educação;
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-Atribuição ou legitimação de status; -Imposição e manutenção de normas sociais; -Facilitação da troca de bens e serviços na atividade econômica; -Divertimento ou função lúdica; -Participação ou acesso ao diálogo de cooperação.
A COMUNICAÇÃO EM PARTES Os tipos de comunicação são: Interpessoal, Intrapessoal, grupal, Intragrupal, Intergrupal e Comunicação de Massa. Segundo a professora Adriana Azevedo, da Universidade Metodista de São Paulo, a mensagem da Comunicação de Massa é: • Pública (todos podem ter acesso a ela, como a TV aberta); • Rápida (para consumo imediato); Comunicação de massa O público atingido pela Comunicação de Massa é: • Anônimo: os indivíduos são separados no espaço, não podem exercer influência recíproca. Você não sabe o nome de todos que verão seu anúncio, não os conhece; • Heterogêneo: o mesmo público atingido é diferente entre si, sua linguagem deve atingí-los igualmente; • Grande (fisicamente disperso): não dá para controlar quem terá acesso à mensagem. Desde a Grécia Antiga, os estudos sobre a comunicação evoluíram das questões do processo comunicacional – da retórica: intenção de persuadir o outro - para questões mais aprofundadas, como as que vêem os meios como a TV, o rádio e o jornal como instrumentos de controle das massas. Assim, vários pesquisadores, a partir do modelo Aristotélico: “locutor – discurso – ouvinte”, passaram a construir seus próprios “modelos comunicacionais” e teorias que buscavam compreender este processo. Modelos de processos comunicacionais: -Quem (análise de controle);
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-Diz o quê (análise do conteúdo); -Em que canal (análise dos meios); -A quem (análise da audiência); -Com que efeitos (análise do efeito). Informação é diferente de comunicação. A informação é matéria-prima e existe independentemente da comunicação, que para ser efetiva, exige troca - transmissão/recepção. Diferente da informação, que é o conteúdo da mensagem, o processo de comunicação permite a circulação desta informação, o encontro social, a troca, nem que seja apenas entre um indivíduo. Segundo a professora Adriana Azevedo, da Universidade Metodista de São Paulo, estudar e entender comunicação envolve o estudo científico dos elementos que integram o processo comunicativo e a análise dos fenômenos relacionados ou ocasionados em decorrência da transmissão e compreensão de informações. Cada indivíduo ou grupo de indivíduos passa então a entender o processo comunicacional segundo seu contexto social, histórico, econômico e de acordo com as teorias sociais ou pressupostos que evoca (como por exemplo a psicologia). Eis que surgem as “Teorias da Comunicação”, que servem de “óculos” para que se enxergue determinada realidade. A teoria não se opõe à prática, mas antes reflete, pesquisa, analisa, discute sobre a prática, permitindo que aqueles que trabalham em ações práticas possam utilizar o conhecimento anteriormente desenvolvido para realizar novos projetos ou para revisar projetos já existentes. Teoria e prática complementam-se, alimentam-se mutuamente, são dependentes entre si. A teoria é a reflexão sobre a prática. Portanto, quando se fala em Teoria da Comunicação, é dito sobre o conjunto de idéias que envolvem e determinam os processos e os resultados da Comunicação de Massa.
I.1 A Propaganda e a Publicidade A propaganda sempre foi introduzida no processo cultural da sociedade moderna naturalmente, embora seu entendimento não fosse tão claro no início.
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No Brasil essa história começou em 1800, através de anúncios em um jornal chamado Gazeta do Rio de Janeiro, o primeiro do país e que deu início à imprensa brasileira.
O primeiro anúncio registrado trata da venda de um imóvel, com uma linguagem informal e com pouco preparo, e dizia: Quem quiser comprar uma morada de casas de sobrado, com frente para Santa Rita, fale com Ana Joaquina da Silva, que mora nas mesmas casas, ou com o Capitão Francisco Pereira de Mesquita, que tem ordem para as vender (MARCONDES, RAMOS, 1995, p. 15).
Segundo Adolpho Queiroz, a propaganda inicia-se no Brasil, através dos bons contadores de histórias que informavam tudo o que descobriam nas suas andanças, tropeiros que levavam mantimentos, sementes e tecidos. Através dessas novidades, os habitantes conheciam sedas, perfumes, bebidas, comidas e livros. Direta ou indiretamente, era um tipo de propaganda, mas eles nem sequer sabiam aonde tudo isso chegaria. No século XIX, a sociedade enfrentava constantes mudanças em suas engrenagens, o comércio deixava de lado sua base feudal e aderia ao imponente capitalismo, o número de habitantes das grandes cidades triplicava, passavam de centenas para milhões em poucos anos. Então, a propaganda veio da necessidade do homem, de consumo, de expor ao mercado seus produtos.
Antigamente, não se tinha condições de divulgar nada e a publicidade não tinha necessidade de desenvolver-se, pois o povo não sabia ler e havia uma limitação muito grande para qualquer tipo de produção. O verbo latino publicare significa “tornar-se público”, e passa a ter mais importância depois do século XIX, quando o desenvolvimento da publicidade começa a se relacionar com o crescimento dos mercados de grande consumo e a industrialização. Segundo QUEIROZ (2005), a Publicidade não pode, portanto, prescindir da produção em série, da urbanização, dos grandes centros comerciais, dos meios de comunicação e da elevação dos níveis de vida a partir do incentivo ao consumo dos bens colocados no mercado. Para diferenciar a publicidade antiga da publicidade moderna, pode-se dividi-la em dois momentos: o 1º é o da Pré-Revolução Industrial (onde a informação predominava sobre a persuasão) e o 2º é o da Pós-Revolução Industrial (onde a persuasão predominava sobre a informação). Grande parte dos anúncios era composta apenas por textos que, em sua maioria, possuíam uma característica literária com poesia e rima, e eram feitos por grandes nomes da
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nossa literatura. “A idéia era brilhante; o rasgo genial que soava bonito e era repetido nas livrarias, nos salões elegantes, nas rodas literárias”. (BRANCO, MARTENSEN, REIS, 1990, p. 31). Em 1880, surgiu uma nova fase da imprensa, com as inovações que as indústrias ofereciam à população. Os jornais passaram a ter maiores espaços para os publicitários, que estenderiam suas criações através deles. A partir de 1821, outros jornais foram lançados aqui no Brasil, e os mais importantes foram o Diário do Rio de Janeiro e o Diário de Pernambuco. O jornal de Recife tinha, em suas páginas, propagandas e divulgações de vendas sobre ele mesmo. Distribuíam quantidades do jornal em alguns pontos-de-venda da cidade, facilitando a compra. Assim, o cliente não precisava ir até a tipografia. Em 1830, surgiu a primeira revista literária brasileira: Jornal Científico, Econômico e Literário; em 1831, a primeira revista econômica: Semanário Político Industrial Nacional ou Seleção de Memórias e Notícias Interessantes aos Fazendeiros e,
em
1869,
Ilustrada”. empresas
a
primeira
Algumas
pequenas
jornalísticas,
circulação
que
revista
ilustrada,
a
“Semana
gráficas
transformaram-se
em
cuidavam
da
da
das
produção
e
revistas.
Segundo Marcondes e Ramos (1995), aproximadamente em 1875, surgiram os primeiros anúncios ilustrados, gerando assim, um movimento no campo da publicidade gráfica. Poucos anos antes da Abolição e da República, alguns jornais desapareceram e outros ganharam força, como O Estado de São Paulo, Jornal do Brasil, Folha de São Paulo, O Globo e Zero Hora. A partir de 1900, apareceram as primeiras revistas, onde foram feitos anúncios de páginas inteiras, com ilustrações em duas cores, maiores detalhes e com uma mensagem direcionada ao público.
A mudança nas regras da publicidade é só mais uma, numa década de transformações radicais. Nos anos de 1960, o Brasil gerou uma versão para o movimento da juventude transviada nas ruas e auditórios. A Jovem Guarda, que era bem comportada, porém, tinha expressões rebeldes que mexiam com o mundo e com toda aquela época. Roberto Carlos e Erasmo Carlos lideraram o movimento que, baseou-se não só numa inspiração roqueira, mas numa estratégia planejada e mercadológica, que originou marcas e produtos próprios, que venderiam como água.
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Mais uma da propaganda: apropriação indébita do culto, para devolver aos devotos seu objetivo de adoração, na forma de anúncios e comerciais. Não é pecado. É uma dinâmica e uma inteligência, em busca da eficácia comercial e em prol do bom funcionamento da economia de mercado (MARCONDES, 1995).
No final dos anos 1970 e parte dos anos 1980, a propaganda passou por uma grande fase. Destacou-se na cena internacional, sendo considerada logo depois como uma das três mais criativas do mundo. Alex Periscinotto, presente no principal festival publicitário internacional, foi quem representou o Brasil. Foi a primeira vez que o país teve uma pessoa para representá-lo no festival.
CRIAÇÃO DA REVISTA PROPAGANDA Em Agosto de 1929, surgiu a Publix, empresa pioneira na exibição de outdoors. Essa empresa encontra-se em atividade até hoje, e foi fundada por Amadeo Viggiani e Marta Paturan de Oliveira. Trabalhavam de uma forma bastante artesanal, os anúncios eram pintados à mão, favorecendo o desenvolvimento dos letristas e ilustradores de cartazes. Esses profissionais vinham do mundo todo (trazendo ao país, que estava aprendendo o que era industrialização, toda a sua arte). Era necessário, nas empresas, que se falasse um pouco de cada língua. Nessa época, os bondes começaram a veicular cartazes em sua parte externa e interna, divulgando vários produtos. O jornal Diário de São Paulo, fundado também no ano de 1929, inovou para a cidade de São Paulo. O primeiro concurso de vitrinas de 1930 premiou a Casa Alemã. A propaganda surgiu como uma necessidade de se passar informações e, também, para procurar interessados em determinados produtos ou serviços. No século
XIX,
o
boca
a
boca
era
a
maneira
mais
fácil
encontrada
pela
população de passar informações sobre determinado assunto. No final do século
XIX,
artistas
surgiram
plásticos
da
as
primeiras
época,
ilustrações,
formando
o
trabalhos
primeiro
elo
originais entre
arte
de e
propaganda. Com a imprensa se modernizando e as propagandas se expandindo, o Brasil entra num momento de progresso cultural e econômico.
Agora é o instante da crônica social, da charge e do soneto. Os homens do governo não são mais atacados, são alvos de sátira; os fatos do dia não se traduzirem em notícia, mas vem no leve comentário; e com as rimas, que tomam largo espaço, não há um menor fascínio pela Academia. Tempo de Bilac, das fotos de senhoritas, dos ecos
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parisienses. Sustentando isso tudo, principia uma propaganda regular (MARCONDES, RAMOS, 1995, p. 22).
Assim como no rádio, a propaganda chegou aos poucos à TV. O desafio agora era dar movimento às imagens, além de proporcionar o som. Na maioria das propagandas, já que quase todos os produtos eram voltados para o público feminino e o lar, eram as mulheres que apresentavam os comerciais. As propagandas eram transmitidas ao vivo e, como não existia gravação, inúmeros acidentes e falhas engraçadas aconteciam.
I.2 A Propaganda e os meios de comunicação
I.2.1 O rádio O rádio chegou no Brasil no começo da década de 1930 e, devido à velocidade arrebatadora de seu crescimento, se tornou o primeiro veículo de audiência de massa. E nesse momento, a propaganda foi, então, desafiada. Tudo que já tinha sido criado para ela, não caberia no rádio, pois agora ela teria voz, ritmo, música, e as imagens utilizadas antes, nas mídias impressas, seriam criadas através da interpretação da propaganda pelo público.
Em dois ou três anos a linguagem publicitária no rádio criou seus primeiros formatos próprios: os jingles (músicas curtas, feitas única e especialmente para o anunciante, como uma trilha sonora) e os spot's (peças formadas pela narração interpretada de textos, podendo ou não ser acompanhadas de trilha sonora). Como se pode perceber em seus nomes, esses formatos não foram
criados
Unidos,
onde
aqui seu
no
poder
Brasil. de
Os
dois
comunicação
vieram já
fora
dos
Estados
aprovado.
Em seu início, o rádio foi um grande palavrório. Noticiários, crônicas, posteriormente radionovelas e, claro, música. “A propaganda foi tímida e, em seu primeiro momento, apenas reproduziu na nova mídia os mesmos textos desenvolvidos para os jornais e as revistas, sem graça e sem imaginação”. (MARCONDES, 2001, p. 27). Com o tempo, o rádio foi se desenvolvendo e mostrando o seu grande potencial. Ele já havia causado grande mudança na economia brasileira. As vozes por ele propagadas seduziram a população, que nunca teve contato com nada semelhante - até aparecer a televisão.
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No rádio, as indústrias brasileiras encontrariam um espaço privilegiado para desenvolverem sua comunicação. Os mesmos nomes encontrados nos jornais e nas revistas, com outros que ainda viriam também estariam presentes no novo meio, utilizando não só os jingles e os spots, como também uma nova modalidade de comercial na mídia: o patrocínio. Segundo Marcondes (2000), já se sabia então que, quanto mais próximo estivesse o nome do anunciante ao conteúdo veiculado no meio, mais eficaz tende a ser sua comunicação comercial. O patrocínio, sempre citado quando o programa fosse ao ar e ao longo de toda a sua duração, registrava com eficácia na mente do consumidor a imagem da marca, com simpatia e seriedade.
I.2.2 A Televisão A Televisão é considerada, hoje, o meio de comunicação mais usado e a mídia mais importante para a propaganda, a qual a maioria das pessoas tem acesso. Ela surgiu como um veículo de entretenimento em massa, e conseqüentemente, um grande meio de informação, além de um instrumento de desenvolvimento econômico no campo publicitário. “Como acontecera nos Estados Unidos, A TV revolucionaria – mais que o rádio – a cultura, o comportamento, a economia e, conseqüentemente, a publicidade brasileira de uma forma como nunca havíamos visto” (MARCONDES, 2000, p.x). A TV Tupi - primeira emissora brasileira - surgiu no dia 18 de setembro de 1950, graças à iniciativa do jornalista paraibano Francisco de Assis Chateaubriand. O país seria o quarto do mundo a transmitir imagens de televisão. Começou vendendo vinhetas, aberturas e ilustrações. Tinha em sua equipe desenhistas que criaram e produziram os primeiros desenhos animados e comerciais de televisão em 1951/52. E nela também foi construído o primeiro estúdio para a produção de comerciais de televisão. Conseguiu obter sucesso através dos grandes patrocinadores e anunciantes, e dentre eles estavam a Cia. Antártica Paulista, a Laminação Nacional de Metais (Grupo Pignatari) e o Moinho Santista. O varejo foi o grande utilizador desse veículo em suas ações comerciais e artísticas. As lojas começaram a investir nesse novo meio de comunicação, o que resultou no encorajamento de novos clientes a adotarem a televisão como mídia de divulgação. Percebeu-se ainda no mesmo período um pequeno, porém notável, consumismo por conseqüência da televisão. E desde então, os números começaram a subir de acordo com o aumento das vendas de televisores para a população que adquiria o aparelho e conseqüentemente os produtos que ela divulgava. Na década de 60 a TV liderava como veículo de massa, pois o meio tinha, desde sua origem, jeito para a onipresença, e a estrutura de telecomunicações desenvolvida no país pela Embratel também favoreceu essa realização. O VT começou a ser usado pelas emissoras, e logo transformou a televisão definitivamente em um paraíso para todos aqueles que se envolviam com a sua realização. A partir da invenção do VT, era possível errar e em seguida regravar o conteúdo. As fitas eram enviadas a diversos lugares para serem exibidas. Isso ajudou
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para que fosse ampliado o alcance do meio e possibilitado aos anunciantes, atingirem audiências até então “ignoradas” pela TV. É possível dizer que, para o período, o VT foi o responsável pela expansão dos negócios publicitários. Por causa dele, os comerciais entraram em uma nova fase, com precisão nas mensagens, com imagens mais bem trabalhadas e textos melhores, e não mais os depoimentos ao vivo, com seus tantos erros.
I.2.3 A Internet
No mundo, a Internet é um conjunto formado por mais de 100 mil redes em comum. Surgiu nos Estados Unidos em 1969, com o nome de ARPAnet (Advanced Research Projects Agency), no auge da Guerra Fria quando os cientistas necessitavam criar uma rede que fosse imune à bombardeios. E então surge a Internet como um conceito central. Hoje, a Internet é um meio de comunicação explorado constantemente, mas quando chegou ao Brasil, em 1970, serviu apenas às grandes instituições para que fossem realizadas pesquisas e divididos dados.
Somente após a década de 1990 é que a Internet foi liberada ao acesso público, passando por uma fase de experiência para saber qual seria sua repercussão. Com o sucesso obtido, os publicitários perceberam que esse viria a ser um ótimo meio de veiculação, pois todos os dias, milhares de pessoas estão conectadas à rede. Sendo assim, a Internet é ainda um meio em discussão, pois apesar das tentativas de veiculação de propagandas, nem sempre o público é atingido e o objetivo alcançado. O processo ainda é um pouco lento, e o retorno esperado nem sempre vem, mas com base em pesquisas estratégicas, já se consegue direcionar a comunicação para um determinado público-alvo. Por enquanto, a Internet é vista mais como mídia de apoio do que como ferramenta estratégica de publicidade. Isso acontece porque o mercado ainda não tem à sua disposição muitas pesquisas confiáveis que avaliem com segurança e clareza o que o consumidor está comprando na Internet, e mensurem o impacto de um grande investimento nesse tipo de mídia.
I.3 As agências de Publicidade Uma agência tem como função estabelecer uma conexão entre a oferta e a demanda, para projetar-se à distribuição de um orçamento, criar mensagens que liguem as pessoas aos produtos, à venda dos mesmos e a todos os tipos de propaganda existentes. “A agência de
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publicidade é uma empresa de serviços técnicos profissionais que atua como intermediária entre a empresa anunciante e a empresa meio”. (QUEIROZ, 2005). É dentro desse contexto do desenvolvimento da comunicação que nasce a primeira agência de publicidade e propaganda, no norte dos Estados Unidos, em Boston, no ano de 1900. Seu nome era agência “Publicity Bureau”, formada por três jornaleiros - George V.S. Michaelis, Thomas Marvin e Herbert Small -, que formataram a agência como uma prestadora de serviço de apresentações em geral.
Parker & Lee foi o nome da terceira agência de publicidade, inaugurada em 1904 por George Parker, que havia trabalhado por três campanhas para o candidato à presidência Grover Cleveland, empenhado na campanha dos democratas de 1904. Parker contatou Ivy Lee para auxiliá-lo porque Parker viu em Lee um admirável escritor. Segundo PUBLIC (2006), Lee abandonou seu emprego de repórter em Nova York no ano de 1903 por motivo de baixos salários e estava cansado de ter que chegar em casa às duas horas da manhã. As agências de Publicidade e Propaganda surgiram no Brasil no ano de 1914, sendo a primeira agência, a “Eclética”, fundada pelo pioneiro da publicidade, João Castaldi, em São Paulo. Atendeu as contas mais importantes, na época. Entre elas, a Ford e a Texaco. Fonte? Atendeu a Texaco fazendo mapas das principais estradas brasileiras, mostrando a localização dos postos de gasolina. Além desses dois clientes, a Eclética trabalhou para o Sabonete Lux, Guaraná Champagne, Maisena Durye, sapólio Bom Ami, Palmolive, Kolinos, Gillete, Aveia Quacker, Parker Pen, sabonetes Eucalol e Biscoitos Aymoré. Após o comando de Castaldi na agência, a empresa passa a ter um novo desenvolvimento logo na primeira fase, com a abertura de uma filial da Eclética, no Rio de Janeiro, que foi dirigida por Júlio Cosi e Eugênio Leurenrouth. Júlio Cosi conta que fez uma viagem por todo o Brasil para fazer ligações com os jornais do país, fazendo com que os agentes da empresa se juntasse à Ford. Então, surgiram os primeiros contatos com os veículos dos estados e as primeiras autorizações de anúncios, prevendo tamanho, data, preço do anúncio e envio do comprovante. Com estes contatos, surgiram reapresentações de alguns jornais, servindo, assim, a Eclética de modo leal às outras agências do ramo. Fonte??? Na década de 20, a Publicidade começa a abranger diferentes assuntos. Um deles é a preocupação com a estética, que começa a se firmar com os anúncios de sabonete, e em 1926 se firma ainda mais com o aparecimento das primeiras peças de moda. Ainda na década de 20 foi possível perceber que algumas empresas, mesmo não tendo uma agência de Propaganda, conseguiram exercer um ótimo trabalho de comunicação. Há como exemplo disso a GM, uma empresa multinacional que se instala no Brasil e forma um
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departamento de Publicidade dentro da própria empresa, o qual recebe grande investimento em aparelhagem e técnicas de Propaganda, constituindo assim uma gráfica própria, a Lanzara. No ano de 1929, a crise trouxe para o Brasil um grande marco negativo para a Publicidade, pois estagnou a atividade. Júlio Cosi cita alguns dos principais redatores e ilustradores contratados pela Eclética, para que dessem forma aos anúncios da época. Alguns deles são: o poeta Guilherme de Almeida, Menotti Del Picchia, romancistas como Orígenes Lessa, Antonio Ribeiro da Silva, Afonso Schimidt e Dieno Castanho. Ilustradores: Voltolino, Belmonte, Moura, Lanzara, Ninno Borges, Vicente Caruso, Humberto Pacce, Guimarães, Jairo Ortiz, Peter Salm, Pery Campos, entre outros. A Eclética também inovou quando passou a utilizar-se de malas-diretas que, como disse Júlio Cosi, a Eclética fazia este tipo de propaganda e tinha um aparelhamento addressograph1 para endereçar sua própria mala direta e a de seus clientes. Foi preciso acabar com o preconceito dos comerciantes na época, pois, em seus estabelecimentos, eles colocavam cartazes que diziam: “Não atendemos agentes de propaganda, nem damos esmolas”. Com isso, os profissionais sentiram-se obrigados a divulgar os seus mais importantes atributos positivos, e mostrar que, com a divulgação através da publicidade, qualquer comércio e qualquer tipo de produto poderia ser vendido com mais facilidade, devido à “fama” que eles ganhariam com a propaganda. Nessa época, as agências de propaganda não nasciam já como agências. Eram, na verdade, empresas de anúncios que evoluíam e assim passavam a ser agências, como por exemplo, a própria Eclética que primeiramente se chamava Castaldi & Bennaton. Durante a Primeira Guerra Mundial, São Paulo ganhou quatro novas agências de propaganda: a Pettinati, a Edanée, a de Valentim Haris e a de Pedro Didier e Antônio Vaudagnoti. Mesmo após o surgimento das agências, os anúncios permaneciam da mesma maneira. Podia-se notar, algumas vezes, uma pequena mudança na qualidade de visualização, como comenta Júlio Cosi, no começo da Eclética sobre os jornais: “Os jornais eram quase os mesmos de hoje, mas extremamente pobres em publicidade”. Os anúncios começam a passar por mudanças após o período de crescimento industrial brasileiro, com a instalação de empresas multinacionais e a vinda de filiais de agências norte-americanas de propaganda para o Brasil, como a Ayer, e logo em seguida a Thompson, que impulsionaram as agências brasileiras a se profissionalizarem. Uma das empresas que se instalaram no país e que se 1
Máquina utilizada para endereçar cartas.
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tornou pioneira no uso de campanhas publicitárias para melhor divulgar seus produtos foi a Bayer. Cada novo produto lançado pela empresa era acompanhado por diversas peças. Addressograph - marca de uma máquina utilizada para fazer matrizes, nomeando os endereços dos assinantes dos jornais. A Publicidade volta a se desenvolver e receber investimentos com o aparecimento da indústria nacional. Nesse período, começam a ser usados veículos diferentes, como os outdoors e os anúncios de estradas. Também apareceram anúncios em revistas, e os que eram veiculados em jornais ganham uma maior qualidade. Nessa época, também tivemos o momento em que a J. Walter Thompson veio para o Brasil atender a conta da General Motors, fechando a área de Publicidade que a GM havia criado. Desse departamento que foi fechado saíram duas pessoas: Francisco Teixeira Orlandi e Aldo Xavier da Silva que criariam a Empresa Nacional de Propaganda, que no início já tinha como cliente a Perfumaria Gessy. A Empresa Nacional de Propaganda, mesmo tendo engajamento moderno, devido às técnicas aprendidas durante o tempo em que seus criadores trabalharam na GM, tiveram suas portas fechadas pelo fato de não possuírem verba suficiente para mantê-la. Sendo assim, a agência Ayer passa a atender a conta da Perfumaria Gessy, e Francisco Teixeira e Aldo Xavier voltam a ter contato com a Gessy, pois agora eles eram funcionários da Ayer. O mercado publicitário entra novamente em decréscimo devido à Segunda Guerra Mundial, mas volta a crescer na mesma velocidade e época que o rádio, se tornando um forte veículo. Com a economia em crescimento e com a grande demanda de peças, os publicitários sentiram a necessidade de se organizarem e se profissionalizarem de uma vez por todas, como é citado no site www.acontecendoaqui.com.br: “Esse crescimento espantoso fez o mercado publicitário e seus profissionais sentirem necessidade de organização, disciplina e conceitos”. Assim surge a ABA (Associação Brasileira de Propaganda). Alguns anos depois, em 1949, surge a criação do CNI (Conselho Nacional de Imprensa) e logo em seguida, a ABAP (Associação Brasileira de Agência de Propaganda). Com o surgimento da Televisão, muitas portas são abertas para a Publicidade. Nela começa a ser veiculados os anúncios ao vivo, com destaque às garotas propaganda.
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São Paulo se torna uma cidade referência em termos de qualidade publicitária, e com isso consegue trazer profissionais do Rio de Janeiro para trabalhar e se profissionalizar no estado. As décadas de 70 e 80 foram os anos de ouro da publicidade brasileira. Os anúncios de TV, além de extremamente criativos e inovadores, se sofisticaram ainda mais com o aparecimento do VT (Vídeo Tape). Nossos publicitários e suas campanhas ganham destaque internacionalmente pela qualidade e pelos prêmios conquistados nos diversos festivais internacionais. O primeiro prêmio foi conquistado por Washington Olivetto (DPZ): um Leão de Ouro em Cannes. Nesse mesmo momento, surgiram as duplas de criação trazidas por Alex Periscinotto em uma de suas viagens à DDB dos Estados Unidos – considerada por muitos, senão pela maioria, a agência mais criativa o mundo em toda a história – que são formadas por um diretor de arte e um redator, modelo esse usado até hoje. Fica definido pela lei 4.680 que a taxa de remuneração das agências seria de 20% do valor investido em comunicação pelo cliente. Mesmo com o período de ditadura militar que durou de 1964 a 1984, o setor não sofreu grandes problemas e seguiu com em crescimento. Na década de 90, com a globalização, as agências foram obrigadas a se reestruturarem, o que amadureceu as agências e o tipo de atendimento prestado aos clientes. Além disso, elas também tiveram que recalcular seus gastos e ganhos. Essa mudança trouxe ao Brasil um grande reconhecimento internacional, o que elevou o país a terceira potencial mundial em termos de criação publicitária. Salvem os pioneiros que com garra e empreendedorismo superaram obstáculos e atingiram seus objetivos, mesmo passando por diversos tipos de preconceitos, além de conseguirem se relacionar com a indústria, o comércio, os veículos e os profissionais! A concorrência entre os profissionais do mundo publicitário aumenta cada dia mais, acompanhando o nível de exigência dos anunciantes – no retorno dos investimentos em comunicação –, e dos consumidores – em comprar realmente o que está sendo vendido. Apesar da situação favorável a que chegou a publicidade brasileira, ainda é preciso evoluir muito em termos de “poder dizer as coisas como são e não deixar que os preconceitos criem uma barreira entre nós e a realidade”, como comenta Roberto Duailibi. Sob o ponto de vista econômico, o Brasil está entre os dez maiores do mundo, e em relação ao volume de negócios publicitários gerados no país, está entre os seis. Porém, quando o assunto é a qualidade criativa da publicidade no nosso país, estamos ao lado dos estados Unidos e da Inglaterra. Os festivais internacionais de propaganda, criados
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pelas grandes nações, servem para que os desempenhos de todos os mercados publicitários do mundo sejam comparados, e mesmo que a principal intenção desses festivais seja premiar as campanhas dos países sede para gerar valor à publicidade local. O Brasil acompanha o desempenho dos mesmos, tanto que no Screen Awards Association, festival realizado em Cannes todo ano, o Brasil se consagra há, pelo menos, 20 anos, e nas últimas cinco edições ficou entre os três países mais premiados do festival. O festival de Cannes existe desde 1953 e o Brasil começou a participar nos anos de 1970, quando algumas agências enviaram seus filmes apenas pra ver se renderia alguma coisa. A DPZ ganhou o primeiro Leão brasileiro, em 1971, e seria bem premiada, destacando, ainda, a MPM e a Almap, que eram as três agências brasileiras mais criativas da época. Desde os anos de 1980 até hoje, o Brasil costuma ir muito bem em todos os festivais que disputa, e foi a partir desta década que o Brasil começou a ser visto de forma mais séria, pois conquistou muitos leões. Eram mais de cinco a cada festival. Porém, o material inscrito não tinha tanta qualidade: os comerciais eram mal fotografados, mal copiados para exibição na mostra e mal sonorizados. Ainda assim, o desempenho brasileiro conseguia sempre ser sustentado por suas idéias, por sua criatividade instigante, que mostrava bem a cara do país, apesar de serem apenas mensagens publicitárias. O Brasil recebeu prêmios por seus filmes simplórios, que não mostravam nunca uma boa qualidade de vida, expostos aos olhos de europeus e norteamericanos, e essa simplicidade toda dava um ar surpreendente para a publicidade. O humor brasileiro também era sempre diferente do humor dos ingleses, por exemplo. Brasil, o país que já foi alvo de chacota por seu humor diferente, conquistou espaço e respeito ao longo do tempo. No final desse período, em 1989, o Brasil surpreendeu, conquistando 16 Leões em Cannes, o que se tornou um diferencial considerável. Esse desempenho criativo da propaganda brasileira influenciou muito o desenvolvimento da indústria publicitária no Brasil. Os produtos e serviços foram sofisticados e diferenciados, e durante anos teve-se como opção linhas de produtos menos elaboradas em relação aos dos grandes fabricantes mundiais. Segundo Pyr Marcondes, “esse era um desafio à criatividade do publicitário brasileiro, que tirava leite de pedra na hora de anunciar coisas que nada tinham de novo e que pouca diferença apresentava em relação ao produto concorrente. A economia começou a mudar, idem a publicidade”.
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I.4 A criatividade na produção das mensagens publicitárias - o processo construtivo das campanhas publicitárias É sempre arriscado falar de criação em propaganda, pois ela é muito relativa. Algumas campanhas são criadas, todo mundo pensa que farão o maior sucesso, e nada. Nem sucesso e nem vendas. Ao contrário de outras que ninguém bota fé e acabam surpreendendo. Por isso, falar de criatividade em propaganda é sempre um risco. Porém, ela está presente em todas as etapas de criação de uma campanha. Não se pode negar que um profissional de atendimento precisa ser tão criativo quanto seus colegas diretores de arte ou redatores. É ele quem tem a
missão
de
persuadir
o
cliente
e
tirar
dele
todas
as
informações
relevantes que possam ajudar na elaboração da campanha, e é ele também quem tem a missão de apresentar e vender a campanha criada ao cliente. Alguns clientes tentam preservar em sigilo, certos dados da empresa, mesmo que estes sejam relevantes para a criação, e aí cabe ao atendimento convencê-lo a fornecer esses dados.
I.4.1 O Planejamento Não se vê a base de uma campanha nos intervalos dos programas e nem nas páginas dos jornais ou revistas, o planejamento é o grande momento de criatividade de uma campanha. As definições estratégicas e táticas que vão definir o sucesso ou o insucesso de um grande investimento de recursos financeiros, nem sempre disponíveis, são tomadas aí, no planejamento questão nem sempre levada a sério por muitas agências, pois não investigam as origens dos problemas que afetam seu cliente. Algumas acreditam que uma boa sacada para ser usada como título e uma imagem bonita resolvem qualquer tipo
de
maneira
problema está
comunicacional,
poluindo
nosso
mas
não
é
ecossistema
bem
assim.
Quem
mercadológico,
age
dessa
tirando
a
credibilidade da categoria dos profissionais e abrindo espaço para que outros profissionais conquistem as suas contas e o mercado em que atuam. A criatividade está ligada diretamente à capacidade de observação, e consequentemente de se resolverem problemas. Muitas vezes as soluções estão próximas, mas existem aqueles que só vêem os problemas. Um grande exemplo é a campanha criada pela Young & Rubicam para Brahma, “a cerveja número 1”. Essa sacada veio da observação do comportamento do publicado alvo ao pedir
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uma cerveja. O comum gesto brasileiro ao pedir uma cerveja no bar é feito com o dedo indicador levantado: “vê mais uma”. E assim foi criada a cerveja número 1.
São muitas as boas campanhas, mas infelizmente o Brasil ainda não teve o privilégio de ganhar um Leão de Ouro por seu planejamento. Situações como esta, criam mitos que influenciam na formação de um profissional de propaganda (Professor Paulo Rogério,
Universidade
Metodista
de
São
Paulo.
Disciplina:
Oficina
de
Publicidade e Propaganda, Segundo Semestre).
A pessoa que trabalha com planejamento não pode ser pessimista e nem otimista demais, os dois extremos prejudicam, pois um vê problemas demais e o outro não consegue enxergar nenhum problema. O equilíbrio é necessário, a irreverência e bom senso para criar soluções inteligentes e originais para os clientes. É necessário diferenciar-se da concorrência, mas com inteligência.
I.4.2 A Mídia Uma campanha bem planejada, criativamente planejada, com peças brilhantes não trará nenhum resultado se não chegar ao público pretendido. Quase nunca a verba do cliente é compatível com seus objetivos de marketing, e a integração entre ambos é fundamental. A mídia é um dos ferramentais do marketing, mais importantes, e sua sincronia com ele é vital para o produto e para o cliente. Marcas regionais devem ser tratadas publicitariamente por agências locais. (Professor Paulo Rogério, Universidade Metodista de São Paulo. Disciplina: Oficina de Publicidade e Propaganda, Segundo Semestre). Ninguém melhor para conhecer a realidade de um mercado do que as agências locais, as peculiaridades e as oportunidades de mídia que o mercado anunciante oferece. Porém, é preciso tratar os clientes pequenos com muito respeito, muita ética, os veículos devem ser éticos e não praticarem o canibalismo, fato comum quando se coabitam espaços pequenos. Isso acaba promiscuindo o mercado e isso em médio prazo não é bom pra ninguém, nem para a agência, nem para o cliente e muito menos para o veículo que sentirá também os efeitos nocivos de sua voracidade. A busca de alternativas para levar com eficiência as mensagens dos seus clientes até os consumidores faz surgir mídias, até então, inexploradas. Hoje em dia, fala-se tanto na Internet, mas uma placa de rua, um balão, uma faixa pintada ou um banco de praça estão
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muito mais vinculados à realidade do consumidor. Por isso, fazer mídia exige criatividade e ousadia em fugir dos padrões estabelecidos. É preciso inovar, ousar, buscar parceria com os próprios veículos. Espaços aparentemente menos nobres podem ser criativamente aproveitados, outros formatos podem e precisam ser desenvolvidos a bem da saúde do mercado publicitário. A mídia é isso, um exercício permanente de criatividade e de parcerias. (Professor Paulo Rogério, Universidade Metodista de São Paulo. Disciplina: Oficina de Publicidade e Propaganda, Segundo Semestre).
I.4.3 A Criação Acho que, profissionais da área de criação, teriam muito mais a dar á comunidade em que vivem. Não só por sua intuição criativa, mas, principalmente, pelos conhecimentos empíricos que acumulam, através dos anos, sobre a psicologia das extensas camadas da sociedade com que, tão significativamente, interagem.
(MENNA BARRETO, 2006). A criatividade na criação pode parecer estranha, mas nem sempre a criação é criativa. O que se espera de um anúncio é que ele tenha, em primeiro lugar, visibilidade, ou seja, a capacidade de ser visto diante de uma multidão formada por centenas de outros anúncios que diariamente bombardeiam os consumidores. Esse é o princípio básico, se um anúncio não é visto, não terá chances de ser compreendido, assimilando e, com isso, conduzir o consumidor à compra, como todo anunciante que paga a conta desejaria. Cumprido esse primeiro desafio, o anúncio, independente da mídia em que é veiculado, necessita conter um argumento relevante embutido na idéia genial que fez o leitor, espectador, ouvinte, ou seja lá quem for, parar e prestar atenção nele, para convencê-lo a comprar o produto. Antes, porém, o argumento deve despertá-lo para uma necessidade consciente ou latente, apresentando o produto, serviço ou marca anunciada como aquela capaz de satisfazer a referida necessidade.
O criativo é exatamente aquele que consegue andar na contramão sem se machucar e não provocar acidentes para seus clientes. A capacidade de não fugir dos riscos combinada com a prudência de fazer aquilo que ninguém ainda está fazendo
(Professor
Disciplina:
Oficina
Paulo
Rogério,
de
Publicidade
Universidade e
Metodista
Propaganda,
Segundo
de
São
Paulo.
Semestre).
O
raciocínio criativo é aquele direcionado para o sentido contrário da lógica e do convencional. Aproximar conceitos diametralmente opostos é fazer uma peça publicitária criativa. É hora de rever os conceitos sobre criatividade
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em publicidade e compreender a necessidade que ela tem em estar inserida num
país
multicultural
e
entender
que
a
boa
publicidade
é
aquela
que
respeita valores, princípios, a cultura do povo, que lhe será seu target.
I.4.4 Funções das agências junto aos anunciantes A agência de publicidade presta serviços variados aos seus clientes, que podem ser classificados em três funções: • Consultoria em comunicação: determinação de estratégias e concepção de campanhas; • Criação e produção de anúncios; • Intermediar ou negociar (comprar espaço, produção, etc.).
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I.4.5 Função das agências junto à mídia Segundo o professor Paulo Rogério, da Universidade metodista de São Paulo, junto aos meios de comunicação, o papel da agência, embora um pouco desconhecido, tem três funções: • Serviços comerciais: compra espaços nos suportes, faz orçamentos, repassa os comprovantes de inserção aos clientes; • Serviços financeiros: pagar o que foi combinado, em caso de problemas com o anunciante, garantia de pagamento aos veículos. Em caso de grande volume de ordens passadas aos veículos, dispor de estrutura financeira suficiente, para garantir a própria solvência. • Serviços deontológicos: controlar juridicamente as mensagens e campanhas, de acordo com a legislação e regulamentos em vigor. Respeitar o IVC (Instituto Verificador de Circulação), do CONAR (Código Nacional de Auto-Regulamentação), o PROCON, PRODECOM (Código de Proteção do Consumidor) e todos os que estão relacionados aos veículos suportam aos anúncios publicitários, e isso inclui o rádio, a televisão, cinema e todas as mídias digitais).
I.4.6 O cliente
É preciso conhecer o cliente e desenvolver técnicas específicas para conseguir dele uma pequena assinatura abaixo de uma palavra menor ainda: APROVADO, quando não, um simples e curto OK! (Professor Paulo Rogério, Universidade Metodista de São Paulo. Disciplina: Oficina de Publicidade e Propaganda, Segundo Semestre). Só o atendimento é capaz de saber como apresentar a campanha para o seu cliente, o que deve ser ressaltado, o que deve ser cumprido e o que pode ser argumentado sobre o tema da campanha, as chamadas criadas para os anúncios e as estratégias que foram preparadas para seu produto no ponto de venda. Quando aparece um novo cliente para a agência, raramente ele é dispensado, porém, isso não quer dizer que exista escolha também por sua parte. Assim como uma empresa seleciona a agência da qual quer receber serviços, a agência também deve escolher sobre as
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contas que ela tem a receber. Segundo o professor Paulo Rogério, da Universidade metodista de São Paulo, alguns critérios precisam ser levados em consideração na hora da seleção de clientes: - A rentabilidade da conta, que não é muito fácil de ser verificada, pois o cliente precisa decidir se a comunicação publicitária vai ser vista como prioridade em sua empresa e, para isso, é necessário que seja feita uma análise sobre a questão financeira e o crescimento do cliente. - O negócio do cliente: se a agência for famosa pela sua criatividade, elas vão precisar de clientes que optam pelo foco nesta área. O tipo de anunciante não é ideal quando a agência enfatiza a sua eficácia na sua estratégia técnica, as campanhas promocionais têm muito mais oportunidade a oferecer, se tratando de criatividade, do que o “varejo”, que é desgastante na área de criação. - Compatibilidade: estabelecer uma relação entre a agência e o cliente não é tão simples assim. Para isso, é necessária uma compatibilidade muito grande entre ambos, para evitar pequenos conflitos e discussões que possam fazer com que um “desista” do outro, e que consigam trabalhar com facilidade, atingindo todos os seus objetivos. Para se estabelecer uma boa comunicação e trabalhar com ela, é imprescindível ética e muito respeito. Na hora de conversar, entrar em contato com pessoas, é preciso muito cuidado e atenção com as palavras, pois qualquer descuido pode causar confusões. Em mídias externas, por exemplo, o cuidado deve ser redobrado quanto à maneira de se passar as mensagens e às palavras e frases usadas.
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Capítulo II - “ETHOS. OBSERVANTIA LEGUM SUMMA LIBERTAS” – Como a Ética e a Legislação são partes fundamentais do Mercado Publicitário, e norteiam a implementação de um negocio.
Na atualidade conturbada na qual vivemos, alguns preceitos como a ética e o respeito às leis são constantemente lembrados, porém, raramente são colocados em prática. Presenciamos muitas vezes a detração destes valores e o uso de meios não ortodoxos, a popular “lei de Gerson” onde o anseio de se “ter vantagem em tudo” muitas vezes supera o uso das bases éticas da propaganda. O Consumidor repudia veementemente o uso de tais artifícios e ao se dar conta deste fato, acaba servindo como instrumento de contrapropaganda do produto ou serviço o qual esta se tentando vender, conforme ser observado no trecho a seguir: “Em propaganda, a melhor política é ser absolutamente honesto em tudo o que se diz e se mostra ao consumidor. Por que um consumidor frustrado com uma promessa exagerada, decepcionado pelo não atendimento das expectativas criadas por um comercial ou revoltado com a mentira contada por um anúncio não apenas deixa de comprar ou repetir a compra do produto / serviço, como forma uma imagem negativa da marca e tende fazer comentários, negativos a respeito delas para um grande número de pessoas. ”(SAMPAIO, 2003, p. 280)
Visamos com este capitulo mostrar o quão importante é para a atividade publicitária nortear-se pelos preceitos éticos vigentes no mercado. Afinal, além de ser algo fundamental na relação com o consumidor, à ética é indispensável para que se tenha uma relação salutar no meio publicitário. No tocante a regulamentação, leis e códigos que regem o meio publicitário, este capitulo mostrará a importância e quais os passos que deverão ser dados para a abertura de
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uma agência. Quais as obrigações, tributos e atribuições necessárias para o seu pleno funcionamento conforme as leis e códigos vigentes.
II.1 A Ética e sua Aplicação na Publicidade A ética (palavra originada diretamente do latim ethica, e indiretamente do grego ηθική, ethiké) é um ramo da filosofia, e um sub-ramo da axiologia, que estuda a natureza do que é considerado adequado e moralmente correto. Pode-se afirmar também que Ética é, portanto, uma Doutrina Filosófica que tem por objeto a Moral no tempo e no espaço, sendo o estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana, o modo de ser, o caráter. Os romanos traduziram a palavra “ethos” para o latim, como “morus”, que significa costume, daí se dá a origem da palavra moral. Assim sendo, podemos afirmar que ambas as definições indicam o comportamento do homem, comportamento esse que é adquirido durante sua vida. Portanto, a ética e a regra feita a partir de valores e comportamento de um grupo social. “A ética é a ciência que, tendo por objetivo essencial o estudo dos sentimentos e juízos de aprovação e desaprovação absoluta realizados pelo homem acerca da conduta e da vontade, propõe-se a determinar: a. qual é o critério segundo a conduta e a vontade em tal modo aprovada se distinguem, ou ainda, qual é a norma, segundo a qual se opera e deve operar a vontade em tal conduta, e qual o fim que na mesma e para essa se cumpre e deve cumprir. b. “em que relações de valor estão com observância daquela norma e a obtenção daquele fim as diversas formas de conduta, individual ou coletiva, tais como se apresentam na sociedade e na época à qual pertencemos.” (NAILINI, 1996, p. 41).
Por terem quase que a mesma origem, muitas vezes os conceitos de Ética e Moral acabam sendo tomados como idênticos pela maioria das pessoas. Mas podemos nos utilizar de algumas definições de Vasquez para fazermos esta diferenciação: - A moral é o conjunto de normas, costumes e valores que orientam o comportamento do homem na sociedade que vive (2006, p.23).
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- A moral indica sempre uma consciência individual faz suas ou interioriza as regras de ação que se lhe apresentam um caráter normativo, ainda que se trate de regras estabelecidas pelo costume (2000, p.75). - Já a ética é a teoria que explica e critica a moral de uma sociedade (2006, p. 22). Ou seja, podemos definir Ética como o conjunto de regras, valores, de um determinado grupo social. Já a moral, é relativa ao individuo e como ele comporta-se em sua rotina, em atos simples do cotidiano – o porquê do indivíduo agir de uma determinada forma e não de outro modo – fazer o uso de normas e certos argumentos para algumas decisões tomadas e justificando assim a ação. No meio empresarial, também podemos aplicar o estudo e a utilização dos paradigmas éticos e morais na relação funcionário-empresa, empresa-concorrência, empresa-cliente. Todas as empresas têm suas regras para as tratativas com os clientes e para com o mercado – mesmo que às vezes as regras infelizmente fiquem apenas no papel – e estas regras servem justamente para evitar um comportamento predatório ou desleal, que possa prejudicar a imagem das empresas e dos profissionais junto ao mercado, pois como cita Sampaio (2003, p. 280), é importante, então, que o anunciante como o profissional de propaganda tenham consciência de que a melhor malandragem nessa área é ser rigorosamente honesto. Como já foi observada, a ética é aplicada a relações entre grupos sociais. E assim sendo, o “grupo-social” dos publicitários, também norteia a suas atividades baseado em códigos rígidos de ética profissional. O primeiro código que podemos citar e que é de fundamental importância dentro do ambiente de qualquer negocio é a própria definição de Missão, Valores e Visão, que devem ser seguidos na empresa. A importância destes fatores é o fato de que, todos na empresa são responsáveis por atingi-los, torna-se assim algo mais tangível à percepção do grupo. Prova disso é que para se atingir a Missão de uma agência, todos devem estar comprometidos com os objetivos finais, mas sempre se baseando nos Valores estabelecidos. Atingir a Missão sem seguir os Valores é quase sinônimo de fracasso, pois demonstra que a empresa já não esta comprometida com si mesma, quanto mais com o mercado/cliente, sendo assim muito difícil aplicar o conceito de Visão, que consiste em obter o sucesso no trabalho (Missão), não só no presente, mas continuamente em direção ao futuro. Outro fato importante é o fato de que este tipo de Código, por ser “feito” pelo “grupo-social empresa/agência”, ajuda a talhar o senso crítico-ético do profissional, fazendo com que ele
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esteja apto a opinar na busca de diretrizes que normatizem o seu nicho de trabalho, fato corriqueiro no mercado publicitário. Afinal além dos preceitos de ordem ético-normativos, o fato de se ter um código ético feito e respeitado pelos profissionais da área, acaba por valorizar mais o trabalho do profissional de propaganda como podemos verificar na citação a seguir: “A adoção de um código de Ética é uma ótima oportunidade de aumentar a integração entre os funcionários da empresa e estimular o comprometimento deles. Ademais, o código de ética permite a uniformização de critérios na empresa, dando respaldo para aqueles que devem tomar decisões. Serve de parâmetro para a solução dos conflitos. Protege, de um lado, o trabalhador que se apóia na cultura da empresa refletida nas disposições do código. De outro lado, serve de respaldo para a empresa, por ocasião da solução de problemas de desvio de conduta de algum colaborador, acionista, fornecedor, ou outros.” (WHITAKER, ARRUDA, 2005).
Sendo assim, desde o inicio da atividade publicitária organizada no país, os profissionais buscaram implementar regras e preceitos de conduta que fizessem com que a atividade publicitária tivesse um impacto positivo sob a sociedade brasileira. Em 1957, durante o I Congresso Brasileiro de Propaganda, realizado no Rio de Janeiro, foi aprovado o Código de Ética dos Profissionais de Propaganda, onde se tem pela primeira vez a definição do que é um profissional de propaganda – a regulamentação da atividade de Publicitário ou Profissional de Propaganda, só se dará pela Lei n. 4860, Cap. I, Artigo 1º., de 18 de Junho de 1965 – que traz os princípios que se devem seguir, a definição do que é uma agência de Publicidade, veículos, e clientes e recomendações para o desenvolvimento adequado da atividade profissional. Em fevereiro de 1966, através do Decreto nº. 57.690, temos a regulamentação da Lei nº.4.680, com a inclusão de alguns artigos relativos à Ética Profissional, da Remuneração do Registro da Profissão, do Recolhimento do Imposto Sindical, e do registro dos profissionais para exercício da profissão. Em 1978, durante o III Congresso Brasileiro de Propaganda, temos a aprovação de um texto de auto-regulamentação, que a partir de vários outros textos (tanto nacionais quanto estrangeiros), visa estabelecer diretrizes éticas para a elaboração de campanhas publicitárias de forma desejáveis, ou como citadas no Artigo 8º. da Seção 2: “O principal objetivo deste Código é a regulamentação das normas aplicáveis à publicidade comercial, assim entendida como toda a atividade destinada a estimular o consumo de bens e serviços, bem como promover instituições, conceitos ou idéias”.
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Um dos principais fatores para a criação deste código foi á necessidade de proteger o mercado publicitário da censura prévia dos órgãos de controle do governo militar, pois o governo federal pensava em sancionar uma lei regulamentando a submissão das campanhas a prévia censura. O Código é bastante preciso em suas definições, mas sem ter artigos que prejudiquem a capacidade criativa do profissional. Prova disso é o fato de todos os aspectos básicos da atividade publicitária estar contidos em apenas cinco capítulos. Além destes, temos 18 anexos, dirigidos a setores específicos da propaganda, como o Anexo B, que é dedicado ao Setor Educacional, que é o carro-chefe de nossa agência e regulamenta assim a publicidade nesta área: ANEXO B
Educação, Cursos, Ensino Além de atender as provisões gerais deste Código, a publicidade a que se refere este Anexo observará as seguintes recomendações: 1. Não deverá afirmar ou induzir o público a crer que um estabelecimento ou curso e oficializado, reconhecido, autorizado, aprovado, ou que tenha sua situação legal definida, a menos que o anunciante esteja em condição de comprová-lo; 2. Tendo em vista que nem todos os estabelecimentos e cursos que podem ser anunciados estão sujeitos à autorização de funcionamento e fiscalização das autoridades do ensino. Recomenda-se aos anunciantes que tenham a sua situação legal definida, que facilitem a sua identificação, informando em sua publicidade o nome da escola ou curso e o respectivo ato oficial de autorização ou reconhecimento; 3. Para ser aceito como documento valido capaz de possibilitar ao seu portador o prosseguimento de seus estudos, a legislação em vigor estabelece determinados requisitos a serem atendidos pelo estabelecimento ou curso para a emissão de diplomas ou certificados. Assim sendo, os anúncios não deverão insinuar, sugerir ou afirmar que os diplomas ou certificados prometidos tenham valor mais amplo do que efetivamente tiverem. De igual forma, deverá ficar claro no anúncio quando o aluno estiver obrigado a submeter-se a exame de avaliação e/ou prova de assiduidade para validar o curso;
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4. Não deverá afirmar ou induzir o consumidor a crer que a inscrição ou matrícula no curso lhe proporcionara um emprego, a menos que o anunciante assuma, no mesmo anúncio e com clareza, total responsabilidade; 5. Não se permitirá que o anúncio prometa benefícios exagerados quanto à conquista de títulos, tais como promessas de "doutoramento" quando, na verdade, o curso é de "bacharelado"; 6. Não se permitirão promessas de sucesso ou promoção garantida na carreira profissional do aluno, a não ser que tais fatos sejam comprováveis; 7. Não se admitirão alegações inverídicas sobre o nível do curso anunciado, como é o caso da frase "em nível de pós-graduação" para designar simples curso de extensão cultural; 8. O anúncio de curso ou cursinho que exigir freqüência do aluno deverá explicitar o tempo de sua duração; 9. O anúncio que fizer menção a preço, deverá indicar claramente o total a ser pago pelo aluno; 10. A utilização de testemunhas e a publicação de listas de aprovação em concursos e exames vestibulares estão sujeitas a comprovação de acordo com as provisões deste Código no que toca a "Testemunhais" (Cap. 11, Seção 5, art. 29, Parágrafo 9. º); 11. O anúncio de curso de instrução ou de preparação para o aprendizado de ofícios ou matérias que conduzam a exames profissionais ou técnicos não poderá oferecer empregos ou oportunidades irreais de remuneração, a menos que o anunciante assuma, no mesmo anúncio e com clareza, total responsabilidade; 12. O anúncio de curso de instrução ou preparação para concursos públicos ou exames vestibulares não poderá prometer a aprovação do candidato nos concursos ou exames; 13. O anúncio de curso por correspondência ou a distancia, além das recomendações contidas nos demais itens deste Anexo, atenderá ao seguinte: a) tornará explícito que o curso é ministrado por correspondência ou a distancia e de nenhum modo procurará confundi-lo com curso por freqüência; b) deverá divulgar nos anúncios impressos o nome do anunciante (ou título do estabelecimento) e o respectivo endereço completo, que não poderá se
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restringir ao numero da caixa postal. Quando contiver cupom ou similar, o endereço completo deverá figurar também no corpo do anúncio. Após a criação do código de ética, fazia-se necessária a criação de um órgão que fiscalizasse e orientasse a correta aplicação dos termos presentes no Código. Nasce o CONAR – Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária – concebido e dirigido pelas principais entidades publicitárias do país, tais como: ABA, Abap, Abert, ANJ, Aner e Central de Outdoor. A missão principal do CONAR como Instituição é de fiscalizar o cumprimento das normas do Código Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária, funcionar como um tribunal, onde qualquer cidadão ou pessoa jurídica pode notificar o meio publicitário sobre qualquer tipo de quebra de decoro às regras pré-estabelecidas pelos códigos e profissionais do meio publicitário. O CONAR é constituído pelo Conselho Superior – formado pelas entidades fundadoras – por sua Diretoria Executiva, e o Conselho de Ética, constituído por seis Câmaras sediadas em: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Porto Alegre, responsáveis por apreciar, julgar e fiscalizar qualquer denúncia ou irregularidade que for detectada no mercado. Seguindo a mesma linha de raciocínio do CONAR como instrumento de regulamentação do mercado, é criado em 1998 o CENP – Conselho Executivo das NormasPadrão – tendo como missão principal, fazer cumprir as Normas–Padrão da Atividade Publicitária. É um conjunto de regras, bastante similar aos Códigos e Leis anteriormente citados, que normatiza a atividade publicitária. Uma das exigências existentes nas NormasPadrão que devem ser cumpridas pelas agências associadas ao CENP é compra de Pesquisas de Mídia, fato este que é freqüentemente fiscalizado. Outros pontos que também são alvos de fiscalização são a forma que os serviços prestados estão sendo remunerados e se o desconto padrão esta sendo feito conforme as normas. Temos agências que não se enquadram nas normas padrão por atuarem com áreas segmentadas de mercado e por isso, acabam criando seus próprios conselhos representativos de classe. Mas a grande maioria, esta associada ao CONAR, fazendo com que, este seja o maior fórum de regulamentação, julgamento e fiscalização do meio publicitário. Não podemos deixar de citar um dos maiores avanços no tocante a relação empresa consumidor, o Código Brasileiro de Defesa do Consumidor, Lei n. 8.078, de 11 de setembro
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de 1990. Onde o consumidor pôde fazer-se mais presente na busca de seus direitos, havendo uma verdadeira revolução nas relações de consumo no país.
II.1.1 Conceitos básicos para a Implementação de uma Agência
A partir de agora observaremos quais os preceitos básicos para que se possa constituir uma Agência de Publicidade.
II.1.2 A Constituição de uma empresa – Sociedade Começar um novo negócio é uma decisão importante que necessita um planejamento adequado e a adoção de medidas que garantam o sucesso da empreitada. Entre as decisões que precisam ser tomadas para viabilizar ou mesmo ampliar as possibilidades de um empreendimento está à formação de uma sociedade. Uma sociedade é um grupo de indivíduos que formam um sistema no qual a maior parte das interações é feita com outros indivíduos pertencentes ao mesmo grupo, ou seja, é uma rede de relacionamentos entre pessoas, é uma comunidade interdependente. O significado geral de sociedade refere-se simplesmente a um grupo de pessoas vivendo juntas numa comunidade organizada. A origem da palavra sociedade vem do latim societas, uma "associação amistosa com outros". Societas é derivado de socius, que significa "companheiro", e assim o significado de sociedade é intimamente relacionado àquilo que é social. Logo, está implícito no significado de sociedade que seus membros compartilham interesse ou preocupação mútua sobre um objetivo comum. É conhecido como sociedade ou associação o agrupamento de pessoas para a realização de atividades privadas: sendo que se pode utilizar esta definição tanto à reunião com fins empresariais quanto para o conjunto que visa resultados sociais independentemente de benefícios financeiros, consoantes artigos 53 e 981 do Código Civil. Sociedade por quotas de responsabilidade limitada, em direito, refere-se à natureza jurídica de um tipo de empresa constituída por sociedade, cujo capital social é representado por cotas. A
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responsabilidade dos sócios no investimento é limitada ao montante do capital social investido. Apesar de se ter um nome coletivo, existe à responsabilidade direta de cada sócio limita-se à obrigação de integralizar as cotas que subscreveu, embora exista a obrigação solidária pela integralização das cotas subscritas pelos demais sócios, assim como à partilha dos resultados. O Registro desta sociedade é feito no Cartório de Registro Civil de Pessoa Jurídica. Segundo o Novo Código Civil, os membros de uma sociedade são titulares em comum de bens e dividas sociais. Todas as informações pertinentes a esta sociedade, conforme definido no Art. 997 do Novo Código Civil, devem ser registrados em um contrato social, auxiliados por um advogado, conforme se pode observar a seguir: “Art. 997. A sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular ou público, que, além de cláusulas estipuladas pelas partes, mencionará: I - nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios, se pessoas naturais, e a firma ou a denominação, nacionalidade e sede dos sócios, se jurídicas; II - denominação, objeto, sede e prazo da sociedade; III - capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreender qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária; III - capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreender qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária; IV - a quota de cada sócio no capital social, e o modo de realizá-la; V - as prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição consista em serviços; VI - as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e seus poderes e atribuições; VII - a participação de cada sócio nos lucros e nas perdas; VIII - se os sócios respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais. Parágrafo único. É ineficaz em relação a terceiros qualquer pacto separado, contrário ao disposto no instrumento do contrato”.
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II.1.3 Criação do Nome Para fins Legais, até mesmo para a elaboração de seu contrato social, toda empresa ao formalizar seu negócio, tem que indicar o nome empresarial. Segundo o Site do SEBRAE existem duas classificações para os nomes, que podem ser divididas em: Firma: é o nome utilizado pelo empresário individual, pelas sociedades em nome coletivo, de capital e indústria e em comandita simples. Em caráter opcional, pode ser utilizado pelas sociedades limitadas. Denominação: é o nome utilizado pelas sociedades anônimas e cooperativas e, em caráter opcional, pelas sociedades limitadas e em comandita por ações. As sociedades se caracterizam com o início do nome de um ou mais quotistas, por extenso ou abreviadamente, terminando com a expressão "& Cia. Ltda." (firma ou razão social) ou com o objeto social no nome da empresa, seguindo-se da expressão "Ltda" (denominação), nos termos do art. 1158 do Código Civil Brasileiro. Caso a palavra Limitada (por vezes abreviado por Lda. L.da ou Ltda.) não conste do nome da sociedade, presume-se ilimitada a responsabilidade dos sócios, passando a ter as características jurídicas de uma sociedade em nome coletivo. Após a escolha do nome, deve-se registrá-lo no Cartório de Pessoa Jurídica, para que se possa fazer o uso com exclusividade no estado. Além do nome, a empresa deve fazer o registro de seu logo, ou sua marca, pois são ferramentas de identificação da empresa no mercado e justamente por isso deve-se protegê-la de possíveis cópias ou “adaptações” que possam ser feitas pela concorrência. Esta identidade visual é que faz com o que tanto os seus clientes, quanto parceiros, e até a concorrência possam lembrar e atestar a sua existência no mercado. Com o passar do tempo, a marca passa a ser o referencial da qualidade daquele produto ou serviço. Para isso é importante registrar a marca, única forma de protegê-la legalmente contra prováveis copiadores. A Lei nº. 9279 de 14 de Maio de 1996 regula a concessão e o regime de marcas e patentes no território nacional. O registro de uma marca é concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), órgão governamental. O registro garante ao seu proprietário o direito de uso exclusivo em todo o território nacional em seu ramo de atividade econômica. Até a expedição do
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Certificado de Registro da Marca, que terá validade de 10 (dez) anos, o INPI não concede ao requerente à exclusividade de uso da marca solicitada.
II.1.4 O CNPJ Assim como toda pessoa necessita ter um cadastro na Receita Federal (CPF – Cadastro de Pessoa Física), para que possa gozar de todos os direitos e deveres como cidadão (abrir conta em banco, emissão de passaporte, prestar concurso público), as empresas também deverão possuir um cadastro junto a Receita, para que também possam gozar de seus direitos e deveres como pessoa Jurídica. O Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) é necessário para que a empresa seja reconhecida nas três esferas de governo. Consiste em um número único que identifica uma pessoa jurídica junto à Receita Federal, necessário para que a mesma tenha capacidade de fazer contratos e processar ou ser processada.
Este número contém quatorze dígitos, e
seguem a padronização a seguir descrita:
03.847.655 Raiz
/
0001 Sufixo
98 Digito Verificador
Raiz: Os oito primeiros números formam a "raiz", que é a identificação da empresa. Sufixo: Os quatro seguintes formam o "sufixo" que identifica a unidade de atuação de empresa, ou seja, um endereço de atividade da pessoa jurídica. Digito Verificador: e os dois últimos formam o "dígito verificador" que é resultado de uma equação com os doze números anteriores. Assim no exemplo, o número acima identifica a matriz da empresa. Como o próprio nome sugere o cadastro funciona como uma identidade e nele deverão ser informados os seguintes dados: •
Data de abertura;
•
Nome da empresa;
•
Título ou nome fantasia - se tiver;
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•
Código e descrição da atividade econômica principal - o CNAE;
•
Código e descrição das atividades econômicas secundárias - se tiver;
•
Código e descrição da natureza jurídica;
•
Endereço;
•
Situação cadastral - Na consulta realizável na página da internet da Receita Federal.
O CNPJ veio substituir o CGC, Cadastro Geral de Contribuintes. Por vezes, o CNPJ também é grafado como CNPJ-MF. A inscrição no CNPJ poderá ser feita através do Site da Receita, por meio de um formulário eletrônico, a FCPJ (Ficha Cadastral de Pessoa Jurídica). Além da FCPJ a alteração de dados cadastrais, inclusão ou exclusão do SIMPLES e a baixa no CNPJ serão formalizadas, obrigatoriamente, por meio dos seguintes documentos: a) Documento Básico de Entrada do CNPJ (DBE), ou protocolo de transmissão da FCPJ; b) Ficha Cadastral da Pessoa Jurídica (FCPJ), acompanhada, no caso de inscrição de sociedades, do Quadro de Sócios ou Administradores (QSA); Ao se fazer o Cadastro, deve-se selecionar a Classificação da área de atividade da empresa ou CNAE. A Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE é a classificação oficialmente adotada pelo Sistema Estatístico Nacional do Brasil e pelos órgãos federais, estaduais e municipais gestores de registros administrativos e demais instituições do Brasil. Com base na resolução do presidente do IBGE n° 054, de 19 de dezembro de 1994, publicada no D.O.U nº. 244, em 26 de dezembro 1994, vem sendo implementada desde 1995 e tem como referência a International Standard Industrial Classification of All Economic Activities ISIC das Nações Unidas. A partir da CNAE foram derivadas mais duas outras classificações, a CNAE-Fiscal e a CNAE-Domiciliar. A CNAE-Domiciliar, desenvolvida para ser utilizada no censo demográfico e em outras pesquisas domiciliares. A CNAE-Fiscal é um detalhamento das classes da CNAE para uso na administração pública tributária, como por exemplo, no registro do CNPJ. Nesta divisão de classificação, a atividade publicitária segue a seguinte ordem:
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A Primeira hierarquia em que se enquadra a agência, por se tratar de um prestador de Serviço é a hierarquia “K”, que se refere justamente a serviços prestados por empresas. A Subclasse de “Agências de Publicidade e Propaganda” é denominada pelo número 7440-3/01. Após o término do cadastro é gerado o Cadastro provisório de CNPJ, a partir daí podese dar continuidade no processo de registro da empresa com ações como: •
Junto a Secretaria de Fazenda: Solicitar a autorização e auditoria para emissão de notas fiscais, o alvará de funcionamento e a elaboração dos encargos os quais deverá pagar pela exploração da atividade econômica;
•
Em até 60 (sessenta) dias fazer seu registro no INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social);
•
Abrir uma Conta Bancaria na Caixa Econômica Federal, para fins de recolhimento de FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço);
•
O prazo é mesmo para que por lei a empresa se cadastre no respectivo Sindicato Patronal, competente a sua área de atuação. Deve informar também a sua existência para o Sindicato dos Funcionários da respectiva área de atuação da empresa.
II.1.5 Tributação Tributo, do latim. tribútum e tribútus, 'tributo, imposto; contribuição'. Imposto exigido de uma província ou Estado dependente por aquele que o subjuga como sinal de sua submissão. Nos dias atuais a Constituição Federal define tributo como a quantia que a sociedade entrega ao Estado, em dinheiro de forma obrigatória para financiamento dos gastos públicos. Taxas, contribuições de melhoria, empréstimos, compulsórios e contribuições especiais, são outras denominações conhecidas para tributos. O Código Tributário Nacional (CTN) define tributo em seu art. 3º, como:
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“Art.3º - Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção por ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”. Ou seja, este artigo nos diz que tributo é um pagamento compulsório em moeda, sendo de forma normal à extinção da obrigação tributária, “que não constitua sanção por ato ilícito”, e cobrado perante atividade administrativa plenamente vinculada. Logo a fiscalização só pode agir de maneira e nos estritos limites fixados em lei. Tributo é a classificação genérica dos encargos que devem ser repassados ao Estado, se a estudarmos mais detalhadamente observaremos que elas se subdividem em espécies como os impostos, taxas e contribuições. As espécies de tributo (gênero) classificam-se, em duas partes: tributos não vinculados e tributos vinculados. - Tributos não vinculados são aqueles que, uma vez instituídos por lei, são devidos, fica independente de qualquer atividade estatal em relação ao contribuinte, de competência privativa, conferida pela Constituição Federal, então é exclusivamente da União ou dos Estados ou dos Municípios ou do Distrito Federal ou como definida no art.16 do CTN: “Art.16 Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade específica, relativa ao contribuinte”. - Tributos vinculados são aqueles relativos à prestação serviços e/ou benefícios em relação ao contribuinte, p. ex.: taxas e contribuições. E que se subdividem por sua vez em: a) Tributos vinculados direta ou imediatamente à prestação de serviços ou utilidades para o contribuinte, p. ex.: taxas, contribuições previdenciárias para o custeio de aposentadoria; b) Tributos vinculados indiretamente ao contribuinte, mediante serviços ou utilidades indireta ou mediatamente referidos ao contribuinte, p. ex.: contribuições para a seguridade social, contribuição para o custeio de iluminação pública.
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Na contribuição de melhoria, somente poderão ser cobradas em virtude da obra pública, em decorrer da valorização imobiliária para o contribuinte na forma dos artigos 81º e 82º do CTN: “Art.81º A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realiza e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. Art.82º A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mínimos: I – publicação prévia dos seguintes elementos: •
Memorial descritivo do projeto;
•
Orçamento do custo de obra;
•
Determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição;
•
Delimitação da zona beneficiada;
•
Determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas;
II – fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação, pelos interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior; III – regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial.”
FATO GERADOR A definição jurídica de Fato Gerador é dada por: "é o fato ou conjunto de fatos a que o legislador vincula o nascimento da obrigação jurídica de pagar um tributo determinado". Ou seja, é o fato que dá origem à obrigação de uma pessoa jurídica pagar os tributos, podemos usar como exemplo de Fato Gerador a emissão de nota fiscal pela empresa. Fatos geradores podem ser:
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•
simples - constituídos de um só elemento;
•
complexos - constituídos por um conjunto de fatos;
•
instantâneos - quando se consuma em momento dado;
•
periódicos - quando seu ciclo de formação se completa dentro de um determinado período de tempo como, por exemplo, no caso do Imposto de Renda (anual).
BASE DE CÁLCULO Podemos definir base de cálculo como a grandeza econômica sobre a qual se aplica a alíquota para calcular a quantia a pagar. Dessa forma define-se a base de cálculo em lei complementar (art.146º da CF), a alteração está sujeita aos princípios da legalidade, anterioridade e da irretroatividade. Como exemplo disso se pode citar: •
na venda de imóveis, a base de cálculo do Imposto de Renda é a diferença entre o valor da venda e o valor declarado do imóvel na declaração anual de renda e patrimônio.
•
No ICMS, a base de cálculo geralmente é o valor da venda da mercadoria.
•
Cofias – faturamento mensal, art.2º da Lei Complementar nº70/91.
•
IRPJ – Lucro Real Presumido ou arbitrado (art.44 do CTN).
ALÍQUOTA Em Direito tributário, alíquota é o percentual indicado pelo legislador que será aplicado sobre a base de cálculo do fato gerador, determinando a quantia devida referente ou soma do tributo a ser pago. Em síntese, é o percentual (fatia do bolo), que será paga tendo como base um Fato Gerador. Ex: é gerada uma Nota Fiscal de R$1.000,00 e sobre ela incide um imposto com uma alíquota de 10%, temos: R$ 1.000,00 (N.F) X 10% (Alíquota) = R$ 100,00 (Tributo) De acordo com as suas características, a alíquota pode ser classificada em: •
fixa – quantia determinada para todos os contribuintes
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•
variável – estipulada de acordo com a base de cálculo. Geralmente é progressiva (ou seja, alíquota é positivamente proporcional à base de cálculo).
O princípio da progressividade consiste em quanto maior for à base de cálculo, maior é a alíquota. Isto implica na queda do percentual de um tributo nos seguintes casos: •
Progressividade pelo valor, o tributo possui uma alíquota variável.
•
Progressividade extra-fiscal, o tributo possui alíquotas maiores como penalidades sobre base de cálculo com valores maiores, e alíquotas menores como incentivo sobre base de cálculo com valores menores. Isto visa influenciar o comportamento do contribuinte. Por exemplo, em consumo de água e energia, após uma determinada quantidade mensal de consumo, a alíquota muda para uma maior (mais agravante), levando ao consumidor a evitar este limite.
Em certos casos, há o pagamento de mais um imposto adicional, no caso do IRPJ, a Lei nº. 9.430/96 dispõe que a parcela do lucro real, presumido ou arbitrado, que exceder a R$ 20.000,00 mensais, se sujeita ao adicional de imposto de renda à alíquota de 10%. Tecnicamente por ser uma lei federal e, portanto, só pode dispor sobre tributos federais, a Lei nº. 9.317/96 não poderia influir em taxas ou cobranças fora de sua jurisprudência. Mas mediante convênio com o Estado ou Município, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Transportes Interestaduais e Intermunicipais e de Comunicação (ICMS) e o Imposto sobre Serviços (ISS) possam também ser recolhidos em um único documento, o SIMPLES. O SIMPLES chamado assim por que unifica o pagamento de tributos federais: IRPJ, CSSL, COFINS e PIS e também o recolhimento dos encargos trabalhistas do INSS. Embora posteriormente alguns estados brasileiros criassem leis para incluir o ICMS de seus estados junto ao Simples Federal. Para efeito de enquadramento das Pessoas Jurídicas no Simples, tenham obtido no ano-calendário anterior receita bruta dentro dos limites estabelecidos em lei. Na condição de Microempresa, igual ou inferior a R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), e na condição de empresa de pequeno porte, superior a R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) e igual ou inferior a R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais). Existem na lei, alguns ramos de atividades e condições especiais (como exemplo se pode citar: ser sucursal, agência ou representação, no país, de pessoa jurídica com sede no exterior; que tenha sócio de nacionalidade estrangeira, residente no exterior; etc.), os quais impedem que a empresa possa
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optar pelo SIMPLES. Dentre estes casos especiais, estão incluídas as agencias de publicidade, como se pode observar no inciso “J”, do artigo 9º da lei nº. 9.317/1996: “j) que realize operações relativas à: locação ou administração de imóveis; armazenamento e depósito de produtos de terceiros; propaganda e publicidade, excluídos os veículos de comunicação; factoring; prestação de serviço de vigilância, limpeza, conservação e locação de mão-de-obra;”
O Simples veio para tentar suavizar a tributação das microempresas e empresas de pequeno porte e tentar tornar menos complexo o pagamento dos tributos. Deve-se ressaltar que não é qualquer empresa que pode optar pelo Simples. Existem parâmetros e limites fora dos quais não é possível usufruir do sistema. O Simples - Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte -, é um regime tributário diferenciado, simplificado e favorecido, aplicável às pessoas jurídicas consideradas como microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP), nos termos definidos na Lei nº. 9.317, de 05/12/1996, e alterações posteriores, estabelecidas em cumprimento ao que determina o disposto no art. 179 da Constituição Federal de 1988. Constitui-se em uma forma simplificada e unificada de recolhimento de tributos, por meio da aplicação de percentuais favorecidos e progressivos, incidentes sobre uma única base de cálculo, a receita bruta. Para efeito de enquadramento das Pessoas Jurídicas no Simples, considera-se microempresa a pessoa jurídica que tenha auferido, no ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais). Considera-se empresa de pequeno porte, a pessoa jurídica que tenha auferido, no anocalendário, receita bruta superior a R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) e igual ou inferior a R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais). Considera-se receita bruta o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, não incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionalmente concedidos. Como já foi visto, uma empresa de pequeno porte (EPP) é uma pessoa jurídica com receita bruta anual entre 240 mil e 1,2 milhão de reais conforme o Ministério da Fazenda. No art.30º, da Lei nº. 9.732/98 (Diário Oficial da União – DOU de 14/12/98), aumentou a abrangência do conceito de EPP até o faturamento anual de R$ 1.200.000,00 e instituiu as alíquotas para valores superiores a R$ 720.000,00 e até R$ 1.200.000,00. Considera-se receita
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bruta o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, não incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionalmente concedidos. Para determinação do percentual a ser utilizado, é necessário identificar, primeiramente, a faixa de receita bruta acumulada em que se encontra a microempresa ou empresa de pequeno porte, com o auxílio da tabela abaixo. Nesse caso, a pessoa jurídica deverá verificar o total da receita bruta acumulada, dentro do ano-calendário, até o próprio mês em que está fazendo a apuração. Os impostos e contribuições devidos pelas microempresas e pelas empresas de pequeno porte optantes serão pagos de forma centralizada, com utilização do DARFSIMPLES, até o décimo dia do mês subseqüente àquele em que houver sido auferida a receita bruta. A principal vantagem do simples é permitir o cálculo simplificado do valor a ser recolhido, apurado com base na aplicação de alíquotas unificadas e progressivas, fixadas em lei, incidentes sobre uma única base, a receita bruta mensal, facilitando assim o pagamento, evitando a incidência de erros – e o posterior pagamento de retificações a receita, e um pagamento progressivo conforme o faturamento da empresa como pode observar na tabela a seguir:
Tabela 1 - Faixas de receita bruta ara enquadramento no SIMPLES (http://www.sebrae.com.br/br/parasuaempresa/arq_parasuaempresa/tab_trat_tribut_calculos.htm)
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RENÚNCIA FISCAL É o instrumento pelo qual o Estado usa o tributo, dispensando ou reduzindo o pagamento, a fim de alcançar determinados objetivos políticos, econômicos ou sociais. Podemos citar a redução das alíquotas do Imposto de Importação, permitindo no mercado nacional a entrada de produtos estrangeiros mais baratos, assim provocando a concorrência e por conseqüência a redução de preços no mercado. Ou também citar, o incentivo fiscal relativo ao Programa de Alimentação do Trabalhador – PAT (art.585º e 586º da Regulamentação do Imposto de Renda – RIR/94), é um percentual que é debitado do IRPJ a ser pago pela empresa ao Estado, logo o Estado deixa de receber um percentual do tributo, mas, todavia a empresa deve investir no trabalhador, desonerando a empresa, auxiliando o trabalhador, melhorando a economia. Todos cedem um pouco mas acabam ganhando no final. A isenção é ponderada como um favor fiscal, de natureza temporária, excluindo o pagamento do tributo. Logo inexiste isenção definitiva, sempre estará condicionada a determinada a um período de tempo, por tipo de bem ou serviço ou a algum parâmetro que a lei fixar. O art.178º do CTN dispõe que: “Art. 178º A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, observando o disposto no inciso III do art.104º”.
A revogação ou modificação deve, pois, observar o disposto no CTN: “Art.104º Entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte aquele em que ocorra a sua publicação os dispositivos de lei, referentes a impostos sobre o patrimônio ou a renda”: III – “que extinguem ou reduzem isenções, salvo se a lei dispuser de maneira mais favorável ao contribuinte”.
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LUCRO PRESUMIDO (LP) Existem duas formas de apuração do lucro para fins de cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social, sobre o lucro das atividades operacionais das empresas: - O Lucro Real: onde os impostos são calculados com base no lucro real da empresa, apurado considerando-se todas as receitas, menos todos os custos e despesas da empresa, de acordo com o regulamento do imposto de renda. Ou como expressa o art.247º - RIR: “Art.247º Lucro real é o lucro líquido do período-base ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas por este decreto: 1º “A determinação do lucro real será precedida da apuração do lucro líquido de cada período de apuração com observância das disposições das leis comerciais”.
- E o Lucro Presumido: onde os impostos são calculados com base num percentual estabelecido sobre o valor das vendas realizadas, independentemente da apuração do lucro. A finalidade do lucro presumido é de facilitar o pagamento do imposto de renda (IR), não necessitando da complexa apuração do lucro real que pressupõe contabilidade eficaz demandando gastos e sujeita a erros (e por conseqüente multa por efetuar a declaração de modo errôneo). Estão sujeitas ao regime de Lucro Presumido apenas as pessoas jurídicas que não estejam obrigadas, por lei, apuração pelo lucro real e que manifestarem a opção mo pagamento da primeira ou única quota do imposto devido correspondente ao primeiro período de apuração de cada ano-calendário (art.14º da Lei nº. 9.718/98). I–
cuja receita bruta total (operacional e não operacional) tiver ultrapassado, no ano-calendário anterior, o limite correspondente a R$ 24.000.000,00. O limite é proporcional ao período de atividade da pessoa jurídica. Assim, o limite é proporcional ao número de meses de funcionamento quando este for inferior a 12 meses.
II -
instituições financeiras: bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras ou distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de
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crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta; III -
que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital, obtidos no exterior;
IV -
que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam benefícios fiscais relativos á isenção ou redução do imposto;
V-
que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa, na forma do art.2º da Lei nº. 9.430/96;
VI -
que exploram as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológico, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de cotas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços.
Ao optar pela tributação por lucro presumido, não poderá ser efetuada nenhuma mudança te o termino do o ano-calendário, diferente do que diz o art.26º da Lei nº. 9.430/96 onde se tem a faculdade para mudar a opção de lucro presumido para lucro real anual ou trimestral. Quando a alíquota do imposto de renda (IR) das pessoas jurídicas tributadas pelo lucro presumido, é de 15% que será aplicada sobre a base de cálculo. O art.3º da Lei nº. 9.249/95, com nova redação dada pelo art.4º da lei nº. 9.430/96, dispondo que a parcela do lucro presumido, que exceder o valor resultante da multiplicação de R$ 20.000 pelo número de meses dos respectivos períodos de apuração, se sujeita à incidência de adicional do imposto de renda, sendo a alíquota de 10%. Outra contribuição que incide sobre o Lucro da empresa á a CSLL. A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) incide sobre as pessoas jurídicas e entes equiparados pela legislação do Imposto de Renda e se destina ao financiamento da Seguridade Social, estando disciplinado pela lei nº. 7.689/88. Sua alíquota para pessoas jurídicas optantes pelo lucro presumido e pelo lucro arbitrado é de 9% aplicada sobre o lucro do empreendimento.
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Este lucro é obtido aplicando-se os percentuais de lucro presumido (e de lucro arbitrado), sendo que a base de calculo para a atividade publicitária é de 32% para prestação de serviços, intermediação de negócios, administração e locação móveis e direitos de qualquer natureza. No tocante a distribuição de lucros aos sócios, a mesma é regida por dois artigos: O art.10º da Lei nº. 9.249/95 diz que os lucros ou dividendos calculados com base nos resultados apurados a partir do mês de janeiro de 1996, pagos pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido, não ficarão sujeitos a incidência do imposto de renda na fonte, nem integrarão a base de cálculo do imposto de renda do beneficiário, pessoa física ou jurídica, domiciliada no País ou exterior. Do art.48º da Instrução Normativa da SRF nº. 93, de 24/12/97, autoriza a pessoa jurídica tributada com base no lucro presumido a distribuir lucros ou dividendos de resultados apurados através de escrituras contábeis. Com isso, a pessoa jurídica poderá, por exemplo, levantar balanços trimestrais e distribuir o resultado apurado. Também, como encargos de uma agência também se podem enumerar: - Programa de Integridade Social (PIS): que foi instituído com a finalidade de promover a integração do empregado na vida e no desenvolvimento das empresas, viabilizando melhor distribuição da renda nacional. Ao cadastrar-se no programa, o trabalhador recebe o número de inscrição no PIS, que possibilitará consulta e saques dos benefícios sociais administrados pela CAIXA Econômica Federal. Alíquota: 0,65% sobre a receita bruta (sempre tendo como base a Agencia de Publicidade); - Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS), é uma contribuição federal, de natureza tributária, incidente sobre a receita bruta das empresas em geral, destinada a financiar a seguridade social. Alíquota: 3% sobre a receita bruta (sempre tendo como base a Agencia de Publicidade);
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- Impostos sobre Serviços (ISS) e o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), o Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza tem como fato gerador a prestação de serviços por empresas ou profissional autônomo. Alíquota: 2% sobre a receita bruta (sempre tendo como base a Agencia de Publicidade – neste caso esta é a alíquota cobrada em São Bernardo do Campo, sede de nossa Agência); Também não podemos esquecer os impostos pagos para os funcionários da agência como INSS, FGTS e mais a contribuição sindical, além dos demais encargos como o décimo terceiro salário e se tiver também direito ás férias soma mais 1/3 do salário, e em cima destes valores são recolhidos impostos. E também, o Vale Transporte o qual é cobrado 6% do valor bruto do salário do funcionário, e é complementado pela empresa.
II.1.6 CLT e Remunerações A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foi criada pelo Decreto-Lei nº. 5.452, de 1º de maio de 1943. Na CLT estão as normas que regulam as relações individuais e coletivas de trabalho e as normas de direito materiais e processuais relacionadas ao direito trabalhista. Originalmente a CLT tem 922 artigos, mas muitos estão em desuso ou foram revogados. Apesar disso, a CLT continua sendo o principal instrumento para regulamentar as relações de trabalho e proteger os trabalhadores. No tocante a Profissão Publicitária, como citado no inicio deste capitulo, a regulamentação da atividade de Publicitário ou Profissional de Propaganda, só se dará pela Lei nº. 4860, Cap. I, Artigo 1º, de 18 de Junho de 1965 – onde também se estabelece quais os princípios os quais deve seguir, a definição do que é uma agência de Publicidade, veículos, e clientes e recomendações para o desenvolvimento adequado da atividade profissional. Ao se contratar um profissional pelo Regime CLT, alguns encargos são obrigatórios, como o décimo terceiro (13º salário), fundo de garantia (FGTS), férias e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O décimo terceiro (13º salário), é o salário pago a titulo de bonificação pelos os serviços prestados, e se tiver também direito ás férias existe a soma de mais 1/3 do salário e sobre estes valores é cobrado imposto. O FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), criado pela Lei nº 5107/66, posteriormente alterada e revogada pela Lei nº 7839/89. Criado em 1966 pelo então presidente
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da república Castelo Branco, para servir aos trabalhadores como forma de compensação pela extinção da estabilidade funcional em empresa privada. Funciona como uma poupança onde todos os meses o empregador deve depositar o valor referente a 8% do salário bruto desse trabalhador referente à data base, o qual é corrigido mensalmente pelko indice de correção da poupança mais taxa de 3% a.a. Quando o trabalhador é demitido sem justa causa, o empregador é obrigado a fazer o depósito a título de multa na conta do trabalhador, essa multa é no valor de 40% do saldo total do trabalhador no momento da demissão. E o por último, a contribuição ao INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social), que como próprio nome sugere, funciona como uma espécie de seguro para o trabalhador. Além de garantir o recebimento de sua aposentadoria, também garante o recebimento de auxílios na existência de doenças ou de invalidez do contribuinte. Mensalmente, o funcionário terá descontado na sua folha de pagamento o valor referente ao INSS. As porcentagens de desconto irão variar dependendo do salário de cada funcionário, até um limite máximo de desconto de R$ 318,37 (valor atual). Tabela (a partir de ABRIL/2007) Faixa Salarial Alíquota de até R$ 868,29 7,65% de R$ 868,30 a R$ 1.040,00 8,65% De R$ 1.040,01 a R$ 1.447,14 9,00% De R$ 1.447,15 a R$ 2.894,28 11,00% Tabela 2 - Porcentagens para Calculo de Contribuiçao ao INSS pelo Empregado.
Estagiários Os estagiários dependendo do programa que a empresa instalou podem ir de bolsa auxilio até salário, podendo haver um custo benefício como vale-refeição, vale-transporte ou mensalidade da faculdade. A Receita Federal definiu que se caracterizam como doação às importâncias recebidas como bolsas exclusivamente para proceder a estudo ou pesquisa. Várias entidades que concedem bolsas de estudo sem qualquer contraprestação, entretanto, continuaram considerando os valores pagos como rendimentos tributáveis por falta de manifestação em contrário da receita federal. O art.26º da Lei nº. 9.250/95 dispõe os que ficam isentos do imposto de renda as bolsas de estudo e de pesquisa caracterizadas como doação, quando recebidas exclusivamente
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para proceder a estudos e desde que os resultados dessas atividades não representem vantagem para o doador, nem importem contraprestação de serviços (art.39º, VII do RIR/99).
Pró-labore O pró-labore é o pagamento que o dono ou sócio recebe por trabalhar na empresa, no caso uma agência de publicidade. Se esse não trabalhar não deverá recebê-lo, para aquele que se dedicar á empresa o valor do mesmo não deve ser superior ao que seria pago a um funcionário na mesma posição. Os sócios não podem dizer que pelo fato de se dedicarem todo o tempo á empresa, esta tenha que suprir a renda desejada de cada um. Cada empresa a cada investimento tem um limite de geração de recursos, mesmo não suprindo a necessidade de renda dos sócios pode ser ainda um bom negócio, o valor ou percentual do pró-labore é definido no contrato social.
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Capítulo III - O Planejamento Estratégico: sua importância e suas etapas III.1 Introdução Até para as coisas simples da vida fazemos um planejamento, seja para uma viagem, programando roteiros, listando necessidades e prioridades; seja para fazer compras, listando o que é preciso comprar; ou até mesmo para organizar reuniões famílias entre vários outros exemplos. Sem um planejamento prévio, as coisas geralmente acabando saindo errado. Quando falamos em abrir uma nova empresa o planejamento é ainda mais importante, nesse caso temos o planejamento estratégico. O desenvolvimento de um planejamento estratégico é necessário para que a empresa possa lidar com mudanças e possíveis ameaças, além de auxiliar no crescimento do negócio. “O planejamento estratégico é o processo administrativo de desenvolver e manter uma viabilidade entre os objetivos organizacionais e os recursos e as oportunidades de mercado em constante mutação. O alvo do planejamento estratégico é configurar e reconfigurar o negócio da empresa e seus produtos de forma que eles combinem produção de lucros e crescimento.” (KOTLER apud COBRA, 1992, p.51).
III.2 O planejamento estratégico O planejamento estratégico necessita de ações em três áreas-chave, de acordo com Kotler (2000 p. 86): Primeira área - chave: Gerenciar os negócios da empresa como uma carteira de investimentos. Segunda área - chave: envolver a avaliação dos pontos fortes de cada negócio, levando em conta a taxa de crescimento de mercado e a posição competitiva da empresa nesse mercado. Terceira área - chave: estratégia, a empresa deve desenvolver um plano de ação para cada um dos seus negócios, para atingir seus objetivos de longo prazo.
O plano de marketing tem um papel fundamental no planejamento estratégico, ele é um instrumento central para direcionar e coordenar o esforço de marketing. Nas empresas modernas, o departamento de marketing elabora sozinho o plano de marketing, são elaborados em grupos (equipes) com a contribuição e aprovação de cada departamento importante, então são ajustados em níveis apropriados da organização, assim constitui um ciclo completo de planejamento, implementação e controle.
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Segundo Kotler e Keller (2006, p.50), o planejamento estratégico de unidades de negócios consiste nas seguintes etapas:
Imagem 1 - Etapas do Planejamento Estratégico
III.2.1 Missão do negócio A missão define o negócio e especifica seus propósitos e necessidades, além de mostrar os deveres e compromissos da empresa na busca da sobrevivência e propagação do negócio, desenvolvido em longo prazo. Uma missão específica deve ser definida para cada unidade de negócio. Conforme Lupetti (2003, p.15) há alguns itens que devem conter na missão, são eles: serviços e tecnologias oferecidos pela empresa e o segmento em que atua; o que a empresa pretende quanto a seus clientes, conceito da empresa, é a visão que a empresa tem de si mesma; e preocupações com a cultura e valores da comunidade. Ao longo dos tempos a missão pode perder um pouco do sentido, então quando a missão começar a ficar distante do que é a empresa, é necessário rever algumas questões fundamentais para uma auto-análise, segundo Peter Drucker (apud COBRA, 1992, p. 55): 1. Qual é nosso negócio hoje? 2. Quem é o nosso cliente hoje? 3. Qual é o valor do nosso negócio para o nosso cliente? 4. Qual será nosso cliente amanhã? 5. Qual deveria ser nosso negócio hoje? 6. Qual será nosso negócio amanhã?
As empresas devem fazer declarações de missão, para ser compartilhadas com os funcionários, gerentes e clientes, para assim compartilhar os propósitos, direção e oportunidades da empresa. De acordo com Kotler (2000, p. 87) as melhores declarações de
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missão são aquelas guiadas por uma visão, uma espécie de “sonho impossível” que fornece à empresa direcionamento para os 10 a 20 anos seguintes.
III.2.2 Visão do negócio É bem parecida com a missão do negócio, mas está voltada exclusivamente para o futuro, ou seja, como a empresa se vê no futuro, e o que estará fazendo. Seu desenvolvimento deve ter a contribuição de todos os interessados do negócio. “A visão define os planos para o futuro compartilhados por todos os membros da organização; ele define o que a empresa é, o que faz e, o mais importante, qual é o seu rumo.” (OGDEN, 2004, p.04)
III.2.3 Análise SWOT “A avaliação global das forças, fraquezas, oportunidades e ameaças é denominada análise SWOT. Ela envolve o monitoramento dos ambientes externo e interno” (KOTLER e KELLER, 2006, p.50). − Ambiente Externo (oportunidades e ameaças): compreende o macroambiente (sóciocultural, econômico, demográfico, tecnológico, político-legal e natural) e o microambiente (clientes, concorrentes, distribuidores, fornecedores), que influenciam no desenvolvimento e na obtenção de lucros da empresa. Quanto ao macroambiente, podemos dividi-lo em seis partes: 1. Sócio-cultural – analisa as mudanças sociais, costumes, cultura e características gerais da sociedade; 2. Econômico – analisa a situação financeira da população, sua renda, seus gastos e também estuda o mercado e seus segmentos; 3. Demográfico – analisa dados gerais da população, crescimento, taxas de natalidade, envelhecimento da população, etc; 4. Tecnológico – analisa quais são os mais novos lançamentos no setor tecnológico, para que a empresa esteja sempre moderna e avançada;
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5. Político-legal – órgãos que são fundamentais para que a empresa esteja regulamentada e grupos de pressão política que possam afetar a agência; 6.
Natural ou Ecológico – maneiras da empresa ajudar a preservar o meio-ambiente, sendo assim, uma empresa responsável. Já o micro ambiente compreende quem são os parceiros ou instituições que implicam
no trabalho da empresa. Podem ser: fornecedores, distribuidores, produtoras, sindicatos, associações, empresas de comunicação, instituições financeiras ou até mesmo instituições religiosas. É importante identificar as oportunidades, acompanhando tendências, mudanças significativas e acontecimentos, para dessa forma, fazer um bom marketing. “Um bom marketing é a arte de encontrar, desenvolver e lucrar a partir de oportunidades” (KOTLER e KELLER, 2006, p. 50). A oportunidade de marketing existe quando a empresa compreende e atende as necessidades do consumidor, seja oferecendo algo escasso, oferecendo um produto de forma nova, ou melhor, partir de pesquisas, ou ainda, levando um produto ou serviço inteiramente novo. PROBABILIDADE DE SUCESSO ALTA A T R A T I V I D A D E
BAIXA
ALTA
1. As melhores oportunidades de marketing.
2. Manter atenção. Caso a atratividade ou probabilidade de sucesso melhore.
BAIXA
3. Manter atenção. Caso a atratividade ou probabilidade de sucesso melhore.
4. Oportunidades muito pequenas.
Tabela 3 – Probabilidade de sucesso
As ameaças são classificadas de acordo com sua gravidade e probabilidade de ocorrer. São desafios gerados a partir de uma nova tendência, ou acontecimento desfavorável, que faria as vendas e os lucros baixarem.
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G R A V I D A D E
ALTA
BAIXA
PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA ALTA BAIXA 1. Grandes ameaças. 2. Manter atenção. Alta probabilidade de Podem se tornar mais ocorrência. graves. Pode prejudicar muito a Não necessita de plano empresa. de contingência. Exige plano de contingência. 3. Manter atenção. Podem se tornar mais graves. Não necessita de plano de contingência.
4. Ameaças muito pequenas. Podem ser ignoradas.
Tabela 4 – Probabilidade de Ocorrência
− Ambiente interno (forças e fraquezas): além de perceber oportunidades atraentes também é preciso saber aproveitar o máximo possível dela, para isso, é necessária uma avaliação periódica da empresa, de suas forças e fraquezas, para deixar mais claro o que está sendo feito certo e o que está sendo feito errado. Essa análise não serve apenas para entender e corrigir erros, ou aprimorar o que está certo, mas sim, para determinar se a empresa se limitará às oportunidades para a qual dispõe forças, ou se deve investir em oportunidades melhores e tentar adquirir outras forças para isso. È importante sempre analisar o ambiente da empresa, o relacionamento entre departamentos e funcionários, para que não haja disputas internas.
III.2.4 Matriz de Crescimento – Participação ou Matriz de Portifólio (Matriz BCG) De acordo com Cobra (1992, p. 62) a matriz de crescimento mostra a relação de cada produto ou negócio da empresa através de vendas de cada produto em valor monetário ou em unidades, participação relativa no mercado com relação à maior empresa concorrente, e taxa de crescimento do mercado. As classificações dos produtos dentro da matriz são as seguintes:
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Imagem 2 – Matriz BCG - Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Matriz_BCG.png
- Abacaxi: baixa participação de mercado e baixa taxa de crescimento de vendas. Não geram lucros, apenas geram o necessário para se manter. - Menino prodígio (em questionamento): baixa participação de mercado e alta taxa de crescimento de vendas. Exigem muitos recursos para manter sua participação ou mais ainda para aumentá-la. Devem ser cuidadosamente analisados. - Estrela: alta participação de mercado e alta taxa de crescimento de vendas. Necessitam de elevado investimento. Com o tempo seu crescimento vai diminuir, transformando-se em vaca leiteira. - Vaca leiteira: alta participação de mercado e baixa taxa de crescimento de vendas. Necessitam de poucos investimentos e geram bastante dinheiro.
III.2.5 Estabelecimento de metas Após a realização da análise SWOT, onde são analisadas as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças dos ambientes interno e externo que envolvem a empresa, são estabelecidas metas, ou seja, são estipulados objetivos, prazos. Utilizamos o termo meta, pois de acordo com Lupetti (2003, p.15), os objetivos abrangem os dados qualitativos e as metas referem-se a dados quantitativos, exprimindo tempo, unidades ou valores referentes ao
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objetivo. Dentre as metas geralmente pretendidas pelas empresas estão a lucratividade, aumento de mercado, crescimento de vendas, inovação, etc. Os objetivos devem atender aos seguintes critérios: 1. Devem ser organizados hierarquicamente, com ordem de importância; 2. Na medida do possível, devem ser estabelecidos quantitativamente; 3. As metas devem ser realizadas; 4. Os objetivos devem ser conscientes; Cada objetivo ou opção exige diferentes estratégias de marketing para que seja cumprido.
III.2.6 Formulação de estratégias “As metas indicam aquilo que a unidade de negócios deseja alcançar; a estratégica é um plano de ação para chegar lá.” (KOTLER e KELLER, 2006, p.54). As estratégias são preparadas para que as metas sejam alcançadas, podem ser de marketing, de tecnologia, de busca de recursos compatíveis, entre outras. De forma geral, podemos citar três tipos de estratégia: estratégia de crescimento, de estabilidade ou de redução. A estratégia de crescimento deve resultar em aumento de participação no mercado ou aumento de vendas. Pode ser atingido das seguintes maneiras: crescimento interno, crescimento horizontal, crescimento vertical e integração. O crescimento interno ocorre quando a empresa toma providências para melhorar a si mesma, como por exemplo, contratando uma pessoa com muita experiência. O crescimento horizontal ocorre quando há criação de novos negócios, preferencialmente do mesmo segmento. O crescimento vertical ocorre quando o negócio criado faz com que a nova empresa torne-se cliente e fornecedora ao mesmo tempo. A integração ocorre quando a empresa adquiri outra empresa no mesmo ramo de negócios. Outra ferramenta muito eficaz, que também não deixa de ser uma estratégia de crescimento, é a Aliança Estratégica. É muito difícil uma empresa conseguir ser líder se não tiver aliados que completem suas forças e compensem suas fraquezas, ou seja, uma união entre o útil e o agradável. Esse tipo de aliança pode ser dividido em quatro categorias:
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alianças de produtos ou serviços; alianças promocionais, promover produto ou serviço de outra empresa para vender o próprio produto ou serviço; alianças de logística, uma empresa faz serviços de logística para o produto de outra empresa; e colaboração em preços, empresas colaboram uma com a outra para determinar preços. A estratégia de estabilidade é empregada geralmente após a estratégia de crescimento ter dado certo. È a fase em que a empresa se concentra para manter tudo o que atingiu com seu crescimento, é preciso ficar atento a tudo o que foi alçado, como por exemplo, número de clientes, qualidade, etc. Após algum tempo, se houver uma situação favorável, pode-se aplicar a estratégia de crescimento novamente. A estratégia de redução ocorre quando a empresa não está tendo um desempenho satisfatório. Pode ser utilizada de três formas distintas. A rotatividade é indicada quando a empresa precisa ficar mais “limpa” e eficiente, o que inclui a eliminação de produtos ou serviços, redução de força de trabalho e de custos. Já o desinvestimento é indicado quando a empresa decide manter o foco na empresa principal. E por fim, caso nenhuma das duas estratégias de redução funcionem, apela-se para a liquidação, no qual a empresa é fechada. Por fim, Kotler e Keller (2006, p.54) nos apresentam as Estratégias Genéricas de Porter, onde encontramos três diferentes linhas de pensamento estratégico, são elas: liderança total em custos, diferenciação e foco. A liderança total em custos é quando a empresa se esforça para tentar obter os menores custos em produção e distribuição, podendo oferecer preços mais econômicos do que os concorrentes, obtendo uma maior participação no mercado. A Diferenciação é um esforço para conseguir ser superior em uma determinada área, geralmente muito valorizada por possuir grande parte no mercado. O Foco é quando a empresa concentra-se um ou mais segmentos estreitos, para melhor entendê-lo e dessa forma buscar a liderança em custos ou a diferenciação do mesmo. Para escolha da estratégia mais eficiente: “A pergunta-chave para se desenvolver uma estratégia é: ‘Como eu faço para atingir esse objetivo? ’ ou ‘O que devo fazer para conseguir concretizar esse objetivo? ’” (LUPETTI, 2003, p.18).
III.2.7 Elaboração e implementação de programas Após estarem desenvolvidas as estratégias, é necessária a elaboração de programas de apoio para que as estratégias não sejam arruinadas, mas sim eficientes. Com os programas já
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elaborados, os custos devem ser estimados a fim de produzir bons resultados que justifiquem os custos. “Existe um relacionamento dinâmico ligando os públicos interessados. Uma empresa inteligente cria um alto nível de satisfação para os funcionários, o que leva a um esforço maior, que por sua vez leva a produtos e serviços de melhor qualidade, o que resulta em maior satisfação do cliente, o que acarreta negócios mais regulares, que levam a maiores taxas de crescimento e lucros, que geram alto nível de satisfação dos acionistas, que leva a mais investimentos, e assim por diante.” (KOTLER e KELLER, 2006, p. 56).
III.2.8 O feedback e o controle Conforme as estratégias são implementadas, é necessário que haja um acompanhamento dos resultados e verificação de novos acontecimentos nos ambientes internos e externos. Alguns setores permanecem estáveis, outros evoluem de maneira lenta, mas esperada, e ainda também podem mudar de forma totalmente imprevisível. Uma coisa sempre é certa: o mercado vai mudar, mais cedo ou mais tarde. No caso de imprevistos, devese revisar, para descobrir como mudar a situação, analisando a implementação, os programas, as estratégias ou até os objetivos.
III.3 O Plano de Marketing O Plano de marketing deve ser simples, específico, realista e completo. Ele identifica as melhores oportunidades para o negócio, mostra como agir para obter sucesso e como manter as posições desejadas no mercado identificado. Deve sempre estar atualizado. “Um plano de marketing é um documento escrito que resume o que o profissional de marketing sabe sobre o mercado e que indica como a empresa planeja alcançar seus objetivos. Contém diretrizes táticas para os programas de marketing e para a alocação de fundos ao longo do período de planejamento.” (KOTLER e KELLER, 2006, p.58).
É indispensável para reagir às diversas mudanças nas condições do mercado. Conteúdo:
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III.3.1 Resumo executivo e sumário Resume as principais metas e recomendações, graças a ele é possível compreender o direcionamento geral do plano. O sumário deve seguir o resumo.
III.3.2 Análise da situação Possui antecedentes relacionados à venda, custos, lucros, mercado, concorrente e forças que atuam no macroambiente e que podem causar algum impacto sobre a empresa ou até mesmo prever algumas mudanças, além de informações históricas da para contextualizar. Ainda mais: − Resumo do mercado: demografia do mercado, necessidades do mercado, tendências do mercado, crescimento do mercado, e também as oportunidades; − Análise SWOT: forças, fraquezas, oportunidades e ameaças; − Concorrência; − Produtos; Informações sobre como o produto/ serviço é desenvolvido e o plano de como incluílo no mercado. Dentre as características que devem ser mencionadas do produto estão os benefícios, a satisfação do público-alvo, a parte estética e a marca. Com essas informações é mais fácil comparar os produtos/ serviços com os concorrentes. − Fatores chave para o sucesso; − Questões fundamentais.
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III.3.3 Estratégia de marketing Define: − Missão; “A missão descreve a condição presente da empresa, define o negócio e o setor.” (OGDEN, 2004, p.04). − Visão; Definição dos planos da empresa para o futuro, define o que a empresa é, e suas atividades e qual será o seu rumo. − Objetivos de marketing; Conforme Ogden (2004, p. 06) são metas que a organização quer ou necessita atingir. São simplesmente deduções lógicas da análise da situação e da análise de oportunidade de mercado. Podem ser tanto metas para o futuro como uma previsão para as tendências futuras, pode ainda estar relacionada com o público, com as vendas, canais de distribuição ou com qualquer valor de metas relacionadas com marketing. Podem ser tanto qualitativos como quantitativos. − Objetivos financeiros; “Todo administrador da área de finanças deve levar em conta, os objetivos dos acionistas e donos da empresa, para daí sim, alcançar seus próprios objetivos, pois conduzindo bem o negócio, cuidando eficazmente da parte financeira, conseqüentemente ocasionará o desenvolvimento e prosperidade da empresa, de seus proprietários, sócios, colaboradores internos e eternos – Stakeholders (grupos de pessoas participantes internas ou externas do negócio da empresa, direta ou indiretamente) -, e logicamente de si próprio no que tange ao retorno financeiro, mas principalmente a sua realização como profissional e pessoal”. (WIKIPEDIA – ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA, 2007). − Mercados-alvo;
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É um grupo de pessoas para o qual a empresa direciona seu plano de marketing. Essas pessoas são: dispostas a comprar o produto, possuem recursos financeiros e/ ou físicos para comprar este produto e são consumidores finais. Após já detectado o mercado-alvo da empresa, pode-se decidir entre trabalhar com grupos maiores ou menores (segmentados) do mercado. − Posicionamento, que orientará no plano de ação; − Estratégias; Depois de determinados os objetivos entram as estratégias, que são na verdade, a maneira de como atingir esses objetivos. − Mix de marketing “Definimos mix de marketing como o grupo de ferramentas táticas controláveis de marketing que a empresa utiliza para produzir a resposta que deseja no mercado-alvo. O mix de marketing consiste em todas as ações que a empresa pode empreender para influenciar a demanda pelo seu produto” (KOTLER, Philip e ARMSTRONG, Gary, 1997, p.29).
As ferramentas são resumidas nos 4ps: produto, preço, praça, e promoção. Produto é o que a empresa oferece para o mercado. Preço é a soma de dinheiro que deve ser paga pelos clientes na obtenção de determinado produto. Praça é a distribuição, atividades que tornam o produto disponível. Promoção são as atividades realizadas com o intuito de persuadir o público-alvo para adquirir o produto. − Pesquisa de marketing;
III.3.4 Projeções financeiras − Análise do ponto de equilíbrio mostra quanto deve ser vendido para compensar custos fixos e variáveis;
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− Previsão de vendas; − Previsão de despesas, custos de marketing.
III.3.5 Controles É um monitoramento das atividades da empresa e de seus resultados com o públicoalvo. As metas e orçamentos são periodicamente especificados, podendo ser analisado os resultados de cada período para que as devidas providências sejam tomadas. − Implementação dos controles; − Organização de marketing; − Plano de contingência, dificuldades e riscos. São as medidas propostas para solucionar problemas ou fazer com que a empresa volte a funcionar normalmente, ou de forma aceitável, da maneira mais rápida possível, para que não haja uma paralisação por tempo prolongado, que pode gerar muitos prejuízos a empresa. O plano de contingência (planejamento de riscos, plano de continuidade de negócios ou plano de recuperação de desastres) deve manter a atenção nos incidentes mais prováveis e não nos catastróficos que, tem uma probabilidade menor de ocorrer.
III.3.6 Conclusão Para se ter um negócio de sucesso, além de ter ousadia, organização, liderança, talento, otimismo, saber tomar decisões na hora certa, entra muitas outras características, é necessária a realização de um planejamento. Sem um planejamento prévio não é possível entender o ambiente da empresa e muito menos saber como e para onde ir.
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Com o planejamento estratégico é possível compreender as ameaças e as oportunidades da empresa no mercado, como ela pode vir a obter o sucesso desejado e evitar as ameaças. Ele é o caminho que a empresa deverá percorrer para atingir seus objetivos, para a empresa estabelecer seu crescimento, estabilidade, liderança em custos e diferenciação no mercado. A empresa que faz um planejamento estratégico tem mais oportunidades no mercado e uma maior possibilidade de alcançar seus objetivos, conquistando assim o sucesso desejado.
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Capítulo IV - Pesquisas O capítulo de pesquisas foi criado para o desenvolvimento de pesquisas com profissionais, que atuam na área de: Publicidade, Advocacia, Contabilidade, trazendo para a agência uma vasta noção do mercado de trabalho. Os entrevistados são: Publicitários Rubens Yoshio Yoshida – Dono de Agência (WELLCOMM) Samuel Mishary – Dono de Agência (Sonar Comunicações) Estanilao Sáez Pérez – Dono de Agência (ZGRAPH) Advogadas Patrícia Junqueira Franco – Advogada (DAE de São Caetano do Sul) Solange Cristina Selerges – Advogada (Fórum de São Caetano) Contadores. Américo Scucuglia – dono de um escritório de contabilidade. (SCUCUGLIA, Assessoria Contábil) João Silvio do Nascimento - dono de um escritório de contabilidade. (Contábil Nascimento) Marcelo Lazarus - Contador Paulo Henrique De Giovanni – Contador (Gol Linhas Aéreas) - Segmento Educacional Como tema, a Agência desenvolveu algumas pesquisas com escolas de vários segmentos, Artes; Música; Inglês; Informática; Ensino Médio e Infantil. Como profissionais eles auxiliaram a Agência Macauá na introdução do mercado de trabalho Dentre perguntas e respostas, cada profissional nos aconselhou de um jeito/forma.
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IV.1 Profissionais de Contabilidade Segundo o www.wikipedia.com.br ”Contabilidade é a ciência que estuda, interpreta e registra os fenômenos que afetam o patrimônio de uma entidade”. Os profissionais de contabilidade auxiliaram a agência para a construção de uma empresa jurídica no caso: “como abrir uma agência de publicidade”, tanto como pede o PI (projeto integrado) quanto na legislação assim informando com metas, direitos, tributos, taxas a serem pagas para o governo e conseqüentemente como são feitos os relacionamentos do contador para com a agência. Assim seguem os primeiros passos de abertura. Pesquisa de nome existente; Levantamento de possibilidades na prefeitura; Documentos pessoais dos sócios E a escolha do endereço referido. Depois da escolha do local e a confecção de todo o processo de abertura com o devido registro nas respectivas repartições, em seguida são levantados os impostos a serem pagos para o governo dos quais são: IR, CSLL, PIS, COFINS e ISS. A base dos salários é obtida de acordo com o piso da classe o qual vem constatado na Convenção Coletiva. Seus funcionários são registrados no Livro de Registro de Empregados. A divisão da empresa (agência) é feita por porcentagem (%) sobre o capital social da sociedade, ou seja, o capital de cada associado, que por sua vez esse valor é distribuído em quantidade de quotas. Para a abertura, a verba inicial sugerida é de R$ 800,00 reais, distribuída na cobertura de honorários e taxas junto a JUCESP, Cartório, Receita Federal, Secretária da Fazenda e Prefeitura. Com todos os processos contratuais finalizados a Agência Macauá pode exercer suas funções trabalhando de formar digna e responsável.
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IV.2 Profissionais de Publicidade Publicitário é um profissional dedicado à difusão de idéias criativas associadas a empresas, produtos ou serviços. A escolha de ser um publicitário não é nada fácil, como muitos pensam, pois a rotina desse profissional é muito corrida, diversos problemas para resolver num curto e pequeno espaço de tempo. Respostas obtidas através dos profissionais de publicidade mostram à agência como está o mercado de trabalho nos dias de hoje e como esteve um dia; informações importantíssimas foram coletadas como dados de agências, experiências com clientes, experiências com campanhas “sucesso/tragédia”, e experiências universitárias (onde estudaram; que ano; o que cursaram; etc).
Segundo Yoshida (um dos publicitários
entrevistados), os principais pontos a serem considerados na abertura de uma agência são os seus planejamentos e o seu Business Plan. Sua missão e visão também são indispensáveis, pois uma agência que não almeja algo e não faz algo para crescer “Morre”. Um de seus primeiros passos é a escolha de um nome, pois este tem de ser impactante e de fácil memorização, pois ele estará gravado na memória de vários e vários clientes e amigos. Com o nome escolhido, conceito criado e marca a divulgada, cabe a agência a prospecção de novos clientes, pois através deles é que a agência será respeitada, vista e reconhecida. As responsabilidades dos profissionais de publicidade foram citadas de forma simples e clara, das quais algumas delas são: criatividade, ousadia, e atenção, logicamente que dentro de seus limites e critérios. Dentre os custos e planejamentos sempre aparecem surpresas algumas desejáveis e outras não, por isso, é importante saber lidar com todas elas com criatividade, inteligência e responsabilidade, que é o que todo publicitário tem que ter.
“Não desistam facilmente, para sermos aprovados, precisamos passar pelas provas e quando um sonho é realizado o gosto da vitória é inigualável. Planeje, junte-se a pessoas de sua confiança, uma vez ou outra arrisque sem medo, trace pequenos alvos tangíveis, trace grandes alvos e conte com você mesmo, por que se todos te abandonarem você ainda terá você”. Samuel Mishary
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A direção é a grande escolha, começar com pequenos clientes para que cresçam juntos, mas sempre pensando grande. Para o objetivo da agência se concretizar os seus pontos fortes como criatividade para criar e gastar, prazo para entregar e o preço tem que estar em evidência. Hoje uma pequena agência cresce trazendo e mantendo fidelidade, confiança e estabelecendo relações duradouras com os clientes.
“Se eu trabalhar até as 15:00 horas como funcionário de alguma empresa, nesse período estarei me dedicando e contribuindo para o crescimento da mesma. Se eu trabalhar até as 15:00 horas na minha empresa, estarei me dedicando e contribuindo para o crescimento do meu patrimônio.” Rubens Yoshio Yoshida.
IV.3 Profissionais de Advocacia
Os profissionais de advocacia nos dias de hoje, são de Extrema importância dentro de uma Agência de Publicidade, pois todo e qualquer segmento comercial ou empresarial precisa de um corpo jurídico na frente. Na agência de publicidade, ocorrem as comuns realizações de contratos, relações trabalhistas, tributárias e, em casos em que a lei determina as questões penais. Algumas das rotinas de trabalho do advogado da agência são: licenciamento de propriedade intelectual, desenvolvimento de produtos, direitos autorais, de imagem de som, patentes, contratos de exclusividade de cliente etc. A escolha de um bom advogado sempre ajuda em ambos os lados, seja ela (empresa) de Publicidade o bom andamento dos negócios difere na escolha de um profissional sério, que tenha respeito pela aplicação da lei e, sobre tudo, que atue dentro dos preceitos ditados pelo Código e Estatuto de Ética da OAB. Em caso de Plágio ou Cópia de Direitos como, por exemplo, em uma revista é possível encontrar trechos de entrevistas onde é retirado parte do que foi dito, para promover sensacionalismo em proveito da revista. Em casos mais sérios, espionagem publicitária, com a finalidade de se aproveitar de idéias alheia dizendo que são suas.
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Geralmente promove-se uma ação judicial contra a revista, a pessoa infiltrada, é solicitada reparos de ordem moral e patrimonial (utilizando-se, até mesmo de liminares para proibir a venda ou imagem de determinada propaganda). Sabendo que, o plagiarismo inclui a reprodução não autorizada do trabalho de alguém, não importa se de um artigo, arquivo, alterar e revisar trabalhos já existentes, não mencionando ou omitindo a fonte. Assim, quando a pesquisa é externa, devem-se sempre tomar a cautela de anexar às informações: o que, onde, e como as conseguiu e as empregou. Como uso de aspas que, indica que você aproveitou aquela idéia. Já, as de domínio público (idéias que circulam geral e livremente) não necessitam do mesmo rigor do acima exposto. Em empresas de publicidade, não é raro encontrar um trabalho, onde a ética não prevaleceu e, utilizaram-se da imagem de um determinado artista, sem sua expressa autorização ou contrato. O que se sente prejudicado entra com ação contra a empresa publicitária e, ainda (depende do caso) contra a empresa que vende o seu produto. De modo geral: quem se sentiu prejudicado (autor da ação) recorre ao Estado Juiz (judiciário) em face do que cometeu o ilícito (réu). Há os processos de indenização, quando o ilícito marque tanto a vida do autor da ação, que uma das maneiras em se reparar o erro, é a indenização; seja ela de origem de dano patrimonial ou moral. No final da ação, com a sentença em mãos, outra ação começa a de execução para a quitação dos valores determinados pelo juiz, ao autor da ação. De acordo com o Código e Penal e a Lei a sonegação de impostos é algo que afeta o Estado de forma drástica, pois, o dinheiro que se deixou de arrecadar, seria utilizado na realização de projetos sociais e outras finalidades do Estado (saúde, educação, saneamento básico, construção e manutenção de rodovias, etc.). O crime de sonegação fiscal está previsto na Lei 8137/90: Assim, o artigo 1º impõe reclusão de 02 a 05 anos (Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: I, II, ...V) e multa; o artigo 2º de 06 meses a 02 anos- (outro rol expositivo que constitui crime da mesma natureza). Porém, com a Lei 9964/00, diz que é suspensa a pretensão punitiva do Estado, referente os crimes previstos na Lei 8137/90 (artigos. 1 e 2), e durante o período em que a pessoa jurídica relacionada com o agente dos aludidos crimes estiver incluída no Refins, porém, antes que tenha ocorrido o recebimento da denúncia criminal.; e , ainda, o pagamento do imposto durante qualquer fase do processo, extingue a punibilidade do agente.
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As obrigações jurídicas da empresa são determinadas entre: Contratuais; Trabalhistas; Civis e Federais. - Contratuais, são aquelas acordadas e aceitas entre as partes envolvidas, onde existem deveres, obrigações e direitos transmitidos ao contratante. - Trabalhistas, Constituem uma série de medidas que devem ser observadas pelos empregadores para a contratação legal de um assalariado. Assim, o Contrato de trabalho com todos os direitos e obrigações do empregador e empregado, registro na Carteira de Trabalho, pagamento mensal, sem atraso do salário, férias, 13º; recolhimento das contribuições sociais (Imposto de Renda, FGTS, INSS) etc. - Civis, Em termos gerais, por ser complexa e extensa, a obrigação civil é aquela que vincula determinados sujeitos – credor e devedor – onde este se encontra obrigado a realizar determinada prestação pecuniária em favor do credor. - Federais, são as obrigações assumidas pelo Estado (União) para com os Estados Membros e Municípios, bem como a população brasileira. Deste modo, amarram-se nos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil (art. 3º, CF/88): I – construir uma sociedade livre, justa e solidária; II – garantir o desenvolvimento nacional; III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. E outras mais, como saúde, educação, trabalho, previdência, salário mínimo, saneamento básico, construções e manutenções de estradas, etc. E por fim, os deveres de um advogado são: defender a agência em todas as instâncias, com todos os atributos acima especificados, porém, pode-se abster de fazê-lo se a empresa, sem o seu conhecimento, cometeu ações que vão de encontro aos seus princípios morais e legais, sendo certo que deverá avisar a empresa, a fim de que possa efetuar o substabelecimento a outro profissional do direito, que irá defender a agência.
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IV.4 Segmento Educacional 3.
Escola Arbos.
4.
Escola Oficina.
5.
Escola Eduardo Gomes.
6.
Escola ARPS.
7.
Escola de Música Mario Carrer.
8.
Escola Pinguinho de Gente
IV.4.1 ARBOS Em 1985, um grupo de professores, com larga experiência em educação, lançou as sementes de um projeto educacional inovador. Tomando como paradigma os ideais de seu patrono Pedro Cia, foi criado o Instituto Arbos, com sede no Bairro Jardim, em Santo André. Formou-se, então, no decorrer daquele ano, uma equipe pedagógica para elaborar a estrutura do curso de Ensino Fundamental, que iniciaria suas atividades no início de 1986. Reunido um grupo de educadores com preparo e disposição para levar adiante as propostas estabelecidas, começa a funcionar o curso de Ensino Fundamental (naquela época, 1º grau). Foi iniciada, em 1988, a construção de um prédio especialmente projetado a partir desse impulso, para abrigar uma escola com toda a infra-estrutura necessária ao desenvolvimento e concretização do projeto educacional, então proposto. Dando seqüência à realização do plano idealizado em 1994, foi criado o Ensino Médio, objetivando proporcionar aos alunos a oportunidade de completar na mesma escola a primeira fase de sua preparação para enfrentar os desafios futuros. Respeitando os diferentes níveis de maturidade dos alunos, foram construídos prédios separados, distribuídos pedagogicamente em três unidades, para atender aos alunos de 1ª e 2ª séries, de 3ª a 8ª séries do Ensino Fundamental, e aos do Ensino Médio. Em 2001, pelo grande número de alunos de São Bernardo do Campo que freqüentavam o Colégio Arbos e incentivados pela demanda, que aumentava sempre, em busca de novas vagas.
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Finalmente, após muita busca, surgiu o local adequado, embora necessitasse de grandes reformas para atender os padrões do Arbos. Assim foi feito e, com muito empenho de todos os envolvidos, no dia 4 de dezembro de 2001, foi inaugurada a unidade São Bernardo do Campo - Colégio Arbos com o compromisso de manter os mesmos padrões pedagógicos, de estrutura física e educacional da unidade Santo André. Hoje, para satisfação de todos quantos apostaram no projeto, o número inicial de alunos dobrou e as conquistas que vêm sendo alcançadas mostram que valeu a pena todos os esforços. E com 45% (R$494.990,86) de investimento em publicidade o colégio Arbos se destaca na mídia e na frente dos outros colégios. E, no final de 2004, a escola realizou mais um empreendimento que lhe proporcionou grande satisfação: a incorporação da já consagrada instituição educacional do vizinho município de São Caetano do Sul - o Colégio Quarup / Novo Mundo, ao patrimônio Arbos. A similaridade de propósitos, princípios e prática pedagógica da escola traz a certeza de que a soma das virtudes de ambas só poderá aumentar as possibilidades de um futuro promissor para os alunos. O Projeto Educacional do Colégio Arbos é sustentado, fundamentalmente, pelo princípio de capacitação dos alunos, através do amadurecimento intelectual e emocional. Isso auxilia na criação de condições para que o aluno desenvolva sua personalidade de forma ativa e participante construindo o seu conhecimento a partir da sua vivência no próprio meio em que interage, assimilando dele e transformando-o. Aprender, então, é entendido como um processo pessoal e intransferível, que necessita da presença do professor, facilitando os meios para que o aluno elabore o seu significado e compartilhe a aprendizagem com seu grupo social. Queremos formar o jovem solidário e criativo que, por meio da realização plena da sua individualidade, seja capaz de integrar-se na sociedade, produzir, interferir e buscar soluções adequadas para os problemas, transformando e melhorando o mundo em que vive. A escola está empenhada na educação integral do ser humano, através da integração dos conhecimentos, do equilíbrio entre a teoria e a vivência, estimulando uma visão cósmica dos acontecimentos. O Colégio Arbos é composto por uma sede em Santo André, duas filiais em São Caetano do Sul e uma filial em São Bernardo do Campo.
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IV.4.2 OFICINA Com 27 anos de mercado a Escola Oficina dispõe de três unidades, uma grande sede em Santo André e duas filiais: São Bernardo e Santos. A escola é composta por um grupo profissional de 80 funcionários e uma média de 360 alunos. Os cursos oferecidos pela escola são: Design de Interiores; Paisagismo; Desenho de Moda; Quadrinhos; Criação Publicitária; Computação Gráfica, Desenho Artístico e Pintura; Fotografia; Decoração e Desenho Mobiliário. Os custos de seus cursos variam em uma média de 200,00 reais e a duração difere de 64 a 810 horas. A escola disponibiliza 20% (R$219.995,94) de sua verba para o investimento publicitário e os seus motivos para o investimento são os de alcançar novas matrículas. Em sua publicidade são utilizadas varias mídias como: Internet, Algumas Revistas Locais, Lista Telefônica, Panfletagem, Outdoors e dentre todas as mídias a que traz um retorno considerável é a Internet. Os meses: janeiro, fevereiro, março, junho, julho e agosto são os meses onde há uma intensificação no investimento comunicacional, por que são os períodos de matrícula. A escola trabalha com Target, fazendo com que ele desenvolva em sua área desejada, e assim cresça e reconheça que investiu em um bom curso. A Agência “Opera de Papel” atende a escola desde a sua fundação, pois o dono da Agência é professor da escola e também amigo do Dono da escola. Os critérios para a escolha da Agência são: criatividade e o retorno do investimento. Na concepção da escola a vantagem é terceirizar o trabalho que tem que ser feito para diminuição de gastos e a Desvantagem é a demora das gráficas.
IV.4.3 EDUARDO GOMES Fundado em São Caetano do Sul, com atividades iniciadas no Instituto Municipal de Ensino Superior (IMES) em 11 de agosto de 1982, com a denominação de Colégio Brigadeiro Eduardo Gomes sob a direção administrativa do professor Milton de Andrade e a superintendência do rotariano Oscar Garbelotto. A partir de 1984, a denominação foi mudada para Colégio Eduardo Gomes.
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Em 1º de setembro de 1993, após reformulação de sua política administrativa, o Colégio iniciou a conquista de seu espaço no mercado educacional do município, e a partir daí instalou a Unidade II, localizada à Rua Nelly Pelegrino, 444, para onde foram remanejados os alunos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental I (1ª. a 4ª. série). Além de todos os privilégios a escola possui parceiros como o Sistema Anglo de Ensino, o Curso Cel Lep e o Portal Educacional. Completando 23 anos de existência, o Colégio Eduardo Gomes já possui uma apreciável história de trabalho dedicada à juventude sulsancaetanense. Os maiores motivos para o investimento publicitários são as concorrências entre escolas e suas tradições. De seu faturamento são destinados 17% (R$186.996,55) em publicidade. Para isso são utilizadas as mídias: impressa, folder; cartaz; outdoors; portifólio; e etc. Sua maior forma de divulgação é feita através de Eventos realizados como, por exemplo, Concurso de Miss e Mister, Festa Junina e Feira do Vestibular. Além de contar com o boca a boca que é outra ferramenta muito forte. A comunicação do colégio Eduardo Gomes é inserida no Grande ABC e nas localidades próximas. O seu planejamento (para investimento), normalmente ocorre quando se aproxima alguma festividade, evento dentro do colégio, ou nos períodos de matrícula e fim de ano que são os meses em que a Escola mais investe. O retorno (através de comunicação focada na qualidade de ensino e material) é obtido pelo resultado de matrículas e rematrículas.
IV.4.4 ARPS ARPS Inglês e Informática atua no mercado há sete anos com três filiais sendo a sede em São Bernardo do Campo e as outras duas em Diadema e Santo André. A escola possui um curso completo de Inglês com ênfase na conversação voltada para o mercado de trabalho e também possui o curso de informática que é contido de módulos como Internet, Web Design, Oficce entre outros. Os módulos são divididos em meses sendo assim de 15 em 15 meses durante três módulos e a mensalidade varia entre 35 reais mais 93,00 ao ano de material didático.
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Uma de suas metas é conciliar o curto período de aprendizado com a excelente qualidade de ensino, através de métodos não convencionais. No início a ARPS só ministrava aulas de Inglês e Espanhol, e com as mudanças no mercado, o espanhol foi retirado e a Informática foi implantada com cursos básicos e Web Design. A escola é composta por 90 funcionários e por mês em média entram 30 alunos para o curso de inglês e 25 para o curso de Informática. A verba para investimento em publicidade é de 10% (R$109.997,97).
Sua
comunicação é feita para a divulgação da marca e o motivo para investimento é a conquista de novos alunos. Normalmente suas campanhas são lançadas nos meses: fevereiro e junho, porque são meses de matrícula. São utilizadas as mídias – Panfletagem, Cartaz, Internet (www.cursosarps.com.br) e a suas comunicações são feitas em todas as regiões do Grande ABC.
IV.4.5 MÁRIO CARRER Fundada por Mário Carrer em 1969, sua inauguração foi feita na Rua Jaquei - Bairro de Rudge Ramos, através de uma única intenção, fazer com que a música e os músicos brasileiros “cresçam”. Sete anos depois (1976) a Escola se mudou para a Rua Helena Jaquei nº.260 (onde reside hoje). Sua mudança foi feita para o crescimento e expansão da escola tanto com alunos, profissionais e principalmente infra-estrutura. A Escola Iniciou com a música clássica e no decorrer dos anos cresceu e se expandiu para outros tipos de instrumentos musicais. Permanece no mercado com uma única (unidade) sede. Durante (1) um semestre são matriculados mais ou menos 130 alunos nos variados cursos na qual as mensalidades são de 75,00 reais e a duração do curso é indeterminada A Porcentagem destinada para verba publicitária é de 5% (R$ 54.998,95) e os motivos para o investimento em publicidade é a fidelidade dos alunos. As mídias utilizadas são: Panfletagem, Lista Telefônica, Guia Mais, Internet (www.violacaipira.com.br). A comunicação é Regional (localizada) no Bairro de Rudge Ramos.
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Os investimentos em comunicação são feitos nos meses de matricula, começo, meio e fim de ano, os seus principais focos são os Alunos e os principais retornos de investimento são os Novos Alunos. De acordo com Mário Carrer - “A divulgação sempre obteve um bom retorno”.
IV.4.6 PINGUINHO DE GENTE A Escola Infantil Pinguinho de Gente, localizada na Vila Duzzi, em São Bernardo do Campo, foi fundada em 1994, quando a senhora Valéria Pereira, graduada em Pedagogia, decidiu abrir seu próprio negócio, e utilizou a casa onde morava como sede. Na época, estava para receber as chaves do apartamento que tinha comprado próximo a esse imóvel, e feito isso, sua antiga moradia passou por uma grande reforma para dar o tom de escola infantil para o local. Com uma equipe pequena, formada por duas graduadas em pedagogia e uma cozinheira, a Escola Infantil Pinguinho de Gente nasceu em Julho de 1994, com 15 alunos, de faixa etária entre dois e cinco anos. Após esses 13 anos de muito trabalho e dedicação, a Pinguinho de Gente, instalada ainda no mesmo local, conta hoje com uma estrutura muito maior, e tem orgulho em dizer que emprega 15 pessoas, e tem aproximadamente 130 alunos, da mesma faixa etária. Hoje a empresa disponibiliza aos seus alunos regime de estudos de horário integral, das 7:00 às 17:00, serviço de perua escolar, quatro refeições diárias, parquinho infantil de verão, parquinho infantil de inverno, sala de vídeo, sala de informática, sala de idiomas (inglês e espanhol), 4 salas de aula, refeitório, sala do soneca, e um mini zoológico, Durante esses 13 anos de vida, a comunicação que deu certo na Pinguinho de Gente foi a do boca a boca. Começaram com poucas crianças de pais amigos de dona Fátima e hoje o bom trabalho visa um bom investimento, como o investimento em publicidade que é de 3% (32.999,40) de sua verba. O investimento em sua estrutura gerou indicações aos amigos dos amigos dos amigos, e assim a empresa cresceu muito.
Hoje, pela forte concorrência, a
Pinguinho de Gente investe mais em comunicação, com profissionais qualificados a escola explora bastante a web.
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Essa é a Pinguinho de Gente, a escola que se preparou muito bem nos seus primeiros 13 anos de vida, e que promete muito para esses próximos 13 anos.
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Capítulo V - Agência Macauá LTDA V.1 O empreendimento
V.1.1 Dados da Empresa A Agência Macauá se localiza na Avenida Francisco Prestes Maia, nº 980, 1º andar, sala 12, São Bernardo do Campo, SP e seu telefone para contato é (11) 4444-3333 ou fax para (11) 4424-2000. O endereço virtual é www.agenciamacaua.com, onde se encontram informações sobre a agência e um pouco dos trabalhos já realizados, além de possuir o correio eletrônico através do e-mail macaua@gmail.com . O início de suas atividades será em janeiro de 2008. Enquanto suas atividades não começarem, o contato pode ser estabelecido com o presidente
da
empresa,
no
caso
Rodrigo
Andreoli,
através
do
rodrigoandreoli@hotmail.com ou pelos telefones (11) 7681-8817 ou (11) 6831-0642.
V.1.2 Definição do negócio
História da empresa A agencia Macauá, nasceu de uma união de vários lideres de diferentes agencias, pessoas pro - ativas, que se juntaram para desenvolver os melhores trabalhos, assim conseguindo se destacar no mercado de trabalho. O nome Macauá, agregar as premissas existentes com valores inovadores em busca do melhor resultado para o cliente: Confiança, Inovação e Ousadia. É a fusão do antigo com o novo e a necessidade de aliar-se a criatividade com eficiência nos resultados finais, são os nossos diferenciais. A origem do nosso nome vem de encontro a estes preceitos, em um simples anagrama é explicitada a junção do que já existe com o futuro.
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Agregamos ao Marketing, ao Atendimento voltado às necessidades individuais do cliente, e a Criatividade, a procura de linguagens que transmitam idéias, sentimentos, sensações que possam atingir de forma mais efetiva e inteligente o objetivo final, um processo de desenvolver uma linguagem acessível a todos. Esta busca, também passa por Agregar todas as mídias existentes, para atingir os diversos grupos de pessoas, obtendo assim uma linguagem Universal. Aliado a tudo isso, a busca do novo, o inusitado, mas em perfeita harmonia com valores antigos de eficiência comprovada. Ser ousado sem ser aventureiro, ter a Atitude certa no momento certo. Marketing Atendimento Criatividade Agregar mídias Universalidade da Linguagem Atitude A agencia é dividida em cinco diretorias: •
Atendimento
•
Planejamento
•
Criação
•
Mídia
•
Produção Gráfica
Setores terceirizados: •
Pesquisa
•
Relações - Publicas
•
Logística
•
Serviços Gerais
•
Desenvolvimento de Web
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•
Produção Audiovisual
Área de atuação A Macauá é uma agencia full - service (360°), trabalha no setor educacional, um setor que vem crescendo muito, por conta da necessidade dos clientes de aprender uma nova língua, de se especializar em uma arte ou informática e também, pelo aumento da procura por escolas particulares, pois as escolas Estaduais e Municipais estão com seu ensino deficiente, fazendo com que pais e alunos fiquem insatisfeitos com a instituição. Inicialmente pretendemos trabalhar com escolas de línguas, informática, artes, música e escolas de ensino básico (jardim e pré – escola), fundamental e médio. Pretendemos atender seis clientes, entre grande porte, médio porte e pequeno porte.Exemplos: Grande porte •
Colégio Arbos Médio porte
•
Colégio Eduardo Gomes
•
Escola Oficina Pequeno porte
•
Escola de Musica Mario Carrer
•
Escola Pinguinho de Gente
•
Arps – Inglês e Informática
V.1.3 Missão “Apresentar soluções de forma e clara e direta, priorizando a necessidade do cliente, assegurando-os da qualidade dos serviços prestados e superando suas expectativas de modo rentável.”
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V.1.4 Visão "Estabelecer-se como um modelo de agência versátil, dinâmica e eficiente, que supera as necessidades dos clientes".
V.1.5 Macro – Ambiente
Sócio–Cultural Atualmente, conhecer línguas diferentes, saber utilizar o computador, especializar-se em uma arte e possuir uma boa base de instrução, são elementos básicos para qualquer pessoa se destacar no mercado de trabalho, e também para uma maior aceitação perante a sociedade. Por esses motivos, a população está se preocupando mais com a educação. Antigamente para possuir um bom emprego, uma boa renda, apenas uma faculdade era suficiente, atualmente a situação fica cada vez mais difícil. Para se conseguir um bom emprego nos dias de hoje é necessário além da faculdade possuir especializações, saber falar no mínimo duas línguas e ter experiência. A exigência da sociedade com relação ao ensino e o conhecimento, faz com que as escolas tenham um papel muito importante nesse processo, principalmente as particulares, que possuem uma qualidade visivelmente superior às escolas municipais e estaduais. Esse fato estimula as escolas particulares a competirem umas com as outras para serem a melhor, o que é muito bom para a população, já que para serem as melhores, os responsáveis pelas instituições procuram, sempre melhores materiais, melhores tecnologias, melhores infraestruturas e abaixam e facilitam os preços para atingir cada vez mais consumidores.
Demográfico O segmento educacional é sem dúvida muito amplo e abrange todo o território brasileiro. As escolas municipais e estaduais, seja de idiomas, informática, artes ou educação básica, estão muito defasadas com relação às escolas particulares, que cada vez possuem melhores recursos, enquanto que as chamadas “escolas públicas”, estão com o ensino cada
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vez mais deficiente. Por causa disso, a procura por escolas particulares anda crescendo muito em todas as regiões do país, que passam pelo mesmo problema. A população brasileira jovem precisa de boa educação, pois o mercado de trabalho fica cada vez menor, e quanto maior e melhor for o conhecimento, mas bem sucedida a pessoa pode ser. Além do mais, a expectativa de vida anda crescendo muito, e esses jovens futuramente farão parte da população idosa, que provavelmente terá um nível de educação muito superior a de hoje em dia. O fato da expectativa de vida estar subindo, faz com que haja um aumento considerável da população idosa, que felizmente está se interessando cada vez mais pelos estudos, afinal, nos tempos de juventude dessas pessoas, a educação não era considerada importante, muitos largavam a escola para trabalhar e outros nem se quer começavam, principalmente no caso das mulheres, que aparentemente apenas serviam para donas de casa.
Tecnológico Para obter melhor qualidade em todos os setores da agência e resultado para os clientes, a agência utiliza diversas tecnologias e está sempre atenta a novos lançamentos. Dentre as tecnologias mais utilizadas e importantes para a agência estão, os computadores, os softwares, internet, formas alternativas de comunicação (por meio da internet) e aparelhos eletrônicos. Já com relação ao segmento educacional, também podemos dizer que a tecnologia é de grande importância. As instituições de ensino devem no mínimo possuir ótimos computadores com grande diversidade de softwares e um ambiente virtual que facilita o dia-a-dia do aluno. Algumas instituições possuem até mesmo lousas virtuais e aulas com conteúdo 3D. Quanto mais inovações tecnológicas uma instituição de ensino possuir, mais atraente ela será. Esse diferencial chamará a atenção de pais e alunos interessados em um melhor e mais completo ensino.
Econômico Grande maioria da população brasileira possui baixa renda, são poucas as famílias que tem condições de pagarem por uma escola.
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As classes A1, A2 estudam sempre nas instituições mais caras, as classes B1 e B2 pagam por uma instituição com um valor mais baixo ou estudam em instituições públicas, já as classes C, D e E dificilmente estudam em instituições particulares, em geral estudam em instituições públicas. Fatos que não podemos esquecer e que ajudam muito as classes menos favorecidas, são as bolsas de estudos e as facilidades de pagamento. As bolsas de estudo em geral são adquiridas por mérito do aluno ou mesmo por caridade do governo e da instituição. Já um exemplo de facilidade seria a possibilidade de após terminar o curso pagar todo o valor em determinado período.
Político Legal Algumas associações são fundamentais para a abertura e funcionamento da agência: CENP, CONAR, ABAP, APP, e Fenapro. CENP estabelece normas padrão da publicidade e CONAR faz a auto-regulamentação da publicidade, ambas precisam ser rigorosamente obedecidas pois tem grande poder políticolegal entre as empresas de comunicação. ABAP, APP e Fenapro apresentam direitos e deveres de uma agência de comunicação e seus profissionais.
V.1.6 Micro- ambiente Fornecedores - Gráficas - Produtoras Audiovisuais - Produtoras de Eventos Demandas Sazonal:
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No setor educacional a demanda é maior no começo de ano, no qual se inicia uma nova fase, uma nova série; e também no período de meio de ano, pois com o início de um novo semestre, muitas pessoas planejam iniciar novos cursos.
Papéis de compra – B2B Iniciador: Será o gerente de marketing que conhece as necessidades da empresa. Influenciador: Administrador da empresa, pois coordena as finanças do cliente. Decisor: Diretor Geral da Instituição de Ensino Comprador: Gerente de marketing. Usuários: Departamentos da instituição que estavam com necessidades para desempenhar sua função da melhor maneira possível
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V.1.7 Análise SWOT
I N T E R N A
Ajuda Forças (manutenção) Identidade visual forte. Nome marcante. Ousada. Visamos as necessidades do cliente. Organização. Planejamento (comunicação equilibrada). Conhecimento profundo de todas as áreas do marketing.
Atrapalha Fraquezas (sobrevivência) Empresa nova Falta de apoio financeiro. Imagem institucional fraca. Estrutura em implantação Desconhecimento da existência da agência
Oportunidades (crescimento) Aumento da demanda pelo ensino superior.
Ameaças (desenvolvimento) Agências novas entrando no mercado. Prestigio e confiança das agências já consolidadas. Carga tributária. Concorrência desleal (preços impraticáveis, acordos ilícitos).
E Crescimento de escolas de língua. X T Pouca inovação na comunicação do segmento E educacional. R Aumento do número de alunos nas médias e N grandes escolas. A
Tabela 5 – Analise SWOT
V.1.8 Ciclo de Vida da Agência
Imagem 3 – Ciclo de Vida
A agência Macauá está representada no ciclo de vida por uma bolinha laranja, o que significa que está sendo introduzida no mercado e começando a se desenvolver e a crescer.
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A parte que está subindo no gráfico representa o período de crescimento, que ao passar por determinado tempo passa por um leve declínio até chegar à maturidade da empresa.
V.2 Estrutura Organizacional
V.2.1 Organograma •
Presidente (Administrativo/Financeiro)
•
Atendimento
Diego Uzueli
Rodrigo Andreoli
Daniel Venâncio
•
•
Planejamento
Bruna Misquita
Criação
Redatora: Bia Bonaventura Diretora de Arte: Karini Nogueira
•
Produção
Diretor de Web: Micky Huang • Mídia
Carolina Medina
Anderson Garcia
Jorge Priori
Leonardo Ortega
Imagem 4 – Estrutura da Macauá
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V.2.2 Fluxograma
Imagem 5 - Organograma
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Como funciona o Fluxograma O fluxo de trabalho inicia-se com a prospecção de clientes. Após a prospecção é realizado um contato inicial com o cliente em potencial, onde é feita uma exposição, mostrando a importância que a comunicação feita de forma eficaz tem no mercado e quais os benefícios que trará ao seu negócio. Ao fechar o negócio, e termos a conta do cliente sob nossa tutela, inicia-se o desenvolvimento de projetos que atendam a necessidade do mesmo. Para isso é realizado o levantamento de todas as informações pertinentes ao seu ramo de atuação, suas necessidades, desejos, e seus objetivos: o famoso Briefing. Após coletado, o Briefing é levado para a Agência aonde ocorre a Reunião de Briefing, na qual todos os setores participam. Na reunião de Briefing o Atendimento apresenta o briefing e são discutidos os detalhes e informações pertinentes ao job. Após esta reunião, o Planejamento inicia a elaboração da estratégia/ planejamento da campanha. Feito isso, o planejamento é apresentado para a agência em uma Reunião de Agência, aonde o Atendimento pode averiguar se o planejamento está saindo nos conformes do Briefing de Atendimento e dar o feedback ao cliente a respeito desta etapa. Na reunião de planejamento fica decidido, após a participação de todas as áreas, como, e de que forma ocorrerá a campanha. Após a Reunião de Planejamento, a Criação, o Mídia e a Produção partem para suas respectivas tarefas, sempre se comunicando no caso de eventuais modificações que possam ocorrer na criação. Após a criação pronta e aprovada pelo Cliente o Mídia e a Produção se encarregam da veiculação da campanha.
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V.2.3 Precificação de serviços Preços baseados na tabela de preços oficiais da AMPRO, utilizando 40% do valor. MATERIAIS PROMOCIONAIS Adesivo Bandeirola Banner Boné Botton Broadside simples (por dobra) Broadside elaborado (por dobra) Calendário simples Calendário elaborado Camiseta Caneta Capa caderno Capa carnê Capa catálogo Capa CD Capa de livro Cartão de Natal Cartão Postal Cartaz Chaveiro Cinto Cinzeiro Convite Copo Crachá Diploma Display de mesa Encarte de CD (lâmina) Etiqueta Faixa de gôndola Faixa de rua Faixeta Ficha de inscrição Flâmula Folheto simples (página) Folheto elaborado (página) Folheto técnico (página)
Criação + arte final R$ 690,00 R$ 1.380,00 R$ 1.034,80 R$ 690,00 R$ 690,00 R$ 1.104,00 R$ 1.380,00 R$ 2.760,00 R$ 3.794,80 R$ 1.034,80 R$ 506,00 R$ 620,80 R$ 310,40 R$ 690,00 R$ 690,00 R$ 5.175,20 R$ 1.724,80 R$ 874,00 R$ 1.724,80 R$ 482,80 R$ 344,80 R$ 344,80 R$ 1.034,80 R$ 414,00 R$ 552,00 R$ 1.034,80 R$ 828,00 R$ 344,80 R$ 276,00 R$ 620,80 R$ 690,00 R$ 414,00 R$ 344,80 R$ 552,00 R$ 690,00 R$ 1.034,80 R$ 1.218,80
Tabela 6 – Lista de Preços – Materiais promocionais
MATERIAIS PROMOCIONAIS
Criação + arte final
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Gráfico Inflável Lápis Leque Letreiro para TV Mapa localização ilustrado Mapa localização simples Marcador de página Móbile Papel de gôndola Placa Pôster Relatório simples (página) Risque e rabisque Sacola Santinho Selo Stopper/ testeira de gôndola Story board (quadro) Toalha Troféu Viseiras
R$ 690,00 R$ 1.380,00 R$ 344,80 R$ 414,00 R$ 552,00 R$ 896,80 R$ 552,00 R$ 276,00 R$ 1.380,00 R$ 344,80 R$ 896,80 R$ 1.724,80 R$ 414,00 R$ 1.034,80 R$ 482,80 R$ 344,80 R$ 1.034,80 R$ 1.380,00 R$ 138,00 R$ 690,00 R$ 482,80 R$ 552,00
Tabela 7 – Lista de Preços – Materiais Promocionais cont.
DESIGN Logomarca corporativa Logomarca para produto Logomarca para campanhas,relacionamento, convenções, congressos, eventos, incentivos Logomarca campanha expressa Ilustrações P&B Ilustrações Cor Manual identidade visual (lâm.) Tabela 8 – Lista de Preços - Design
Criação + arte final R$ 6.900,00 R$ 4.600,00 R$ 3.680,00 R$ 920,00 R$ 920,00 R$ 1.840,00 R$ 552,00
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EMBALAGENS
Criação + arte final
Berço simples Berço elaborado Bula Caixa de embarque Caixa para display Cartela Cartela com saco Embalagem – normal Embalagem – amostra grátis Embalagem – blister Embalagem – linha produção Embalagem – promocional Mock –ups (sem custos terceiros) Rótulo Vinheta para embalagem
R$ 1.034,80 R$ 2.070,00 R$ 1.242,00 R$ 2.276,80 R$ 2.276,80 R$ 1.724,80 R$ 3.450,00 R$ 2.668,00 R$ 2.668,00 R$ 2.990,00 R$ 20.700,00 R$ 4.600,00 R$ 4.600,00 R$ 690,00 R$ 206,80
Tabela 9 – Lista de Preços - Embalagens
MATERIAL PONTO DE VENDA
Criação + arte final
Balcão para degustação Display para exposição Display de balcão Display ponta de gôndola Display de vitrine Manual merchandising
R$ 4.020,00 R$ 4.020,00 R$ 3.100,00 R$ 4.250,00 R$ 4.250,00 R$ 13.800,00 Tabela 10 – Lista de Preços - PDV
MATERIAIS ESPECIAIS
Criação + arte final
Papel de embrulho ou presente Troféu especial Uniforme promocional Tabela 11 – Lista de Preços – Materiais Especiais
R$ 620,80 R$ 2.990,00 R$ 3.910,00
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PEÇAS MARKETING DIRETO
Criação + arte final
Berço simples cartão de crédito Berço elaborado cartão crédito Cartão de crédito ou fidelidade Cartão de relacionamento Catálogo – conceito/ layout Catálogo simples até 10 páginas (p/ página) Catálogo elaborado até 10 páginas (p/ página) Catálogos – reedição (por página) Cinta para jornal ou outro fim Cupom simples (CRC) Cupom elaborado (CRC) Envelopes simples Envelopes especiais Faturas e extratos em geral Mala direta até duas dobras Mala direta até 3 dobras Mala direta completa (envelope, mala e folder) News letter – conceito News letter simples (página) News letter elaborado (página) Papelaria básica (papel carta, envelope e cartão de visita) Pasta elaborada Relatório de diretoria ou anual Revista (house organ) Script de telemarketing Telegrama Welcome kit simples Welcome kit elaborado
R$ 620,80 R$ 931,60 R$ 6.554,80 R$ 2.760,00 R$ 9.200,00 R$ 414,00 R$ 517,60 R$ 276,00 R$ 1.034,80 R$ 1.380,00 R$ 2.070,00 R$ 620,80 R$ 896,80 R$ 1.034,80 R$ 2.208,00 R$ 2.760,00 R$ 3.450,00 R$ 6.900,00 R$ 896,80 R$ 1.172,80 R$ 2.070,00 R$ 966,00 R$ 11.500,00 R$ 6.900,00 Avaliação R$ 1.724,80 R$ 6.900,00 R$ 10.350,00
Tabela 12 – Lista de Preços – Marketing Direto
PLANEJAMENTO Ação promocional Campanhas incentivo e/ ou relacionamento Calendário promocional Convenção de vendas Eventos Inaugurações Lançamento de produtos Participação em Feiras Welcome kit simples Welcome kit elaborado Tabela 13 – Lista de Preços - Planejamento
Criação + arte final R$ 13.800,00 R$ 13.800,00 R$ 16.100,00 R$ 9.200,00 R$ 9.200,00 R$ 9.200,00 R$ 16.100,00 R$ 6.900,00 R$ 4.600,00 R$ 6.900,00
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INTERNET Banner simples Banner elaborado E mail simples (txt) E mail elaborado (html) E mail animado (rich, flash, etc.) Pop ups simples Pop ups elaborados Hot sites simples Hot sites elaborados Homepage – conceito/ layout Homepage – desenvolvimento (página) Outras peças
Criação + arte final R$ 690,00 R$ 1.380,00 R$ 1.242,00 R$ 2.070,00 R$ 3.104,80 R$ 690,00 R$ 1.380,00 R$ 920,00 Avaliação Avaliação Avaliação Avaliação
Tabela 14 – Lista de Preços - Internet
MÍDIA Anúncio revista/ jornal (¼ pág.) Anúncio revista/jornal (1/2 pág.) Anúncio revista/jornal (1 página) Anúncio revista/jornal pág. dupla Cartaz ônibus e metrô ( interior) Encartes (1 dobra) Encartes (2 dobras) Luminosos, placas externas, back ligths e painéis eletrônicos Outdoor Roteiro comerc.TV (sinopse 30”) Roteiro comerc.TV (sinopse 60”) Roteiro comerc.TV (sinopse 120”) Roteiro infomercial Roteiro de vídeo lançamento Roteiro de vídeo treinamento Spots para rádio Tabela 15 – Lista de Preços - Mídia
Criação + arte final R$ 1.552,40 R$ 2.552,80 R$ 3.242,80 R$ 4.002,00 R$ 2.760,00 R$ 3.242,80 R$ 4.002,00 R$ 2.414,80 R$ 2.414,80 R$ 2.760,00 R$ 3.680,00 R$ 7.360,00 Avaliação Avaliação Avaliação Avaliação
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V.3 A Comunicação
V.3.1 Briefing da agência Cliente: Agência Macauá Serviço: Lançamento de agência de publicidade e propaganda full-service •
O que é o serviço e quem é o seu público-alvo: A Agência Macauá é uma agência de publicidade e propaganda full-service, que será
lançada oficialmente no mercado em janeiro de 2008. Todo seu planejamento é focado no primeiro ano de vida. Nesse tempo, a agência tem como objetivo principal atender única e exclusiva o segmento educacional, prospectando seis clientes, distribuídos entre um grande, dois médios e três pequenos. Irá buscar em todo seu plano de comunicação a divulgação e solidificação da marca “Macauá”, com sua proposta, seus trabalhos e seus valores, afirmando ser a agência que vem para mudar a comunicação, fazendo propaganda só com o necessário, com o que realmente traz resultados, de maneira a não agredir de nenhuma forma o público. •
Posicionamento atual da marca É uma marca que desperta a curiosidade de todos os públicos, apenas com seu nome e
logotipo, pois consegue juntar nome, layout, cores e a silhueta de um macaco, de forma harmoniosa. São muitos os que ficam curiosos em saber o que é a Macauá. A agência busca inovação em todo seu “existir”, ou seja, seu organograma de ponta a ponta, desde seu fluxo de trabalho até a elaboração de jobs e campanhas em si, focando duas coisas: agilidade e qualidade. Macauá é uma agência de publicidade e propaganda full-service que desenvolve produtos e serviços para si e para seus clientes, preocupada com resultados satisfatórios para o cliente e para sua equipe. Prêmios são conseqüência disso tudo.
102
•
Plataforma de Comunicação É conhecida entre os alunos do Curso de Publicidade e Propaganda da Universidade
metodista e seus respectivos professores. Surgiu da união de integrantes de quatro agências diferentes do 1º semestre que tiveram experiências não muito satisfatórias ao decorrer do trabalho no mesmo, e que estavam com um objetivo em comum: o de montar, inicialmente, a melhor agência da sala, e em seguida, de se tornar a melhor agência que a Metodista já teve. •
Objetivo Comunicação e solidificação da marca, visando prospecção dos clientes de tais portes
e do segmento que irá atender, por meio de seus trabalhos, sua proposta e sua especialização na comunicação no segmento educacional. A Macauá quer gerar curiosidade e satisfação no público em conhecer uma nova empresa com uma proposta de trabalho diferente, que promete solucionar os problemas de comunicação das empresas do setor educacional. O comportamento esperado é o voto de confiança e uma chance para mostrar do que o seu trabalho é capaz. •
Estratégias/ Táticas adotadas Prospecção de clientes de seu segmento, primeiramente através de networking, e
posteriormente, através de seu portifólio e especialização na prestação de serviços para clientes desse segmento. As ferramentas de comunicação adotadas inicialmente serão anúncios em mídia impressa, a serem publicadas em veículos segmentados para a área de negócios e do segmento educacional, e muito marketing viral e ações de guerrilha. •
Verba Disponível
103
Nesse 1º ano de vida, a Macauá irá investir em sua comunicação a importância de R$ 30.000,00. •
Mercado/ Praça (para briefing de mídia) Regiões centrais do grande ABC.
V.3.2 Análise do Mercado no segmento educacional Os fatos que importam a uma agência de publicidade, o produto em questão, é seu planejamento financeiro/estratégico (principalmente em sua abertura), seu posicionamento no mercado (que segmentos irá atender, qual o valor mínimo do job e especialidades que irá oferecer), sua infra-estrutura (observar se a mesma não interfere em sua capacidade de atendimento), seu posicionamento geográfico, e os dois itens mais fundamentais: sua tabela de preços e qualidade do serviço, pois Kotler (1995, p.39) define como uma premissa implícita do produto, que as empresas devem se concentrar em produzir (ou na caso de uma agência, servir) bons produtos com preços justos. A respeito da concorrência, deve-se observar se sua capacidade de atendimento não é superior a sua, o que poderá causar a perda de um job por falta de disponibilidade de mão-deobra em sua agência. Outro fator, mais abrangente (mas que deve ser levado com a mesma importância), é se a qualidade do serviço prestado pelos seus concorrentes não é superior a sua. Um fato que pode ser decisivo, na hora de se disputar uma concorrência, é o preço praticado pelos seus concorrentes. "Os consumidores escolhem entre as marcas concorrentes, na base de sua qualidade em relação a seu preço" (KOTLER, 1995, p.39). Deve-se estar atento a concorrência o tempo todo ao planejar suas ações, como Kotler (1995, p.52) comenta que os concorrentes influenciam diretamente as escolhas que a empresa toma ao decidir seus objetivos de marketing, na escolha dos fornecedores, do composto do produto e nos composto de marketing. Quanto a análise dos fatores relevantes do mercado, pode-se citar, de acordo com as definições de Kotler (1995, p.98) dos aspectos essenciais do mercado que: na campo de agências de publicidade, o mercado compra soluções de divulgação e aumento de vendas de seus produtos ou serviços. A contratação destes serviços é necessária, pois há um elevado
104
número de concorrentes no mercado, e as empresas precisam diferenciar e expor os seus produtos/serviços de forma com que eles se sobressaiam dos demais concorrentes, para que o consumidor faça a escolha do seu produto/serviço. Os clientes de uma agência de publicidade são quaisquer empresas, instituição ou governo que venda algum produto ou serviço e necessite fazer com que os mesmo sejam divulgados, esclarecidos, conhecidos e lembrados nas mentes de seus consumidores, ou/e marcas que precisem definir seu posicionamento e conceito para seus consumidores. E a contratação deste serviço, como já esclarecido no capítulo dois desta monografia, pode ser feito através de contratos mensais ou por trabalho realizado.
V.3.3 Análise de problemas e oportunidades: Através da campanha acontecerá o lançamento da agência no mercado, de forma que o maior número possível de pessoas possam conhecê-la, principalmente o público do segmento educacional.
V.3.4 A agência Macauá tem como objetivos de comunicação: •
Lançamento da nova empresa. Com a nossa comunicação pretendemos tornar a agência Macauá conhecida,
informando ao nosso público-alvo (instituições educacionais) sobre nossos serviços. •
Criar imagem para a marca. Pretendemos tornar a agência íntima dos anunciantes, fazendo com que a marca se
torne preferência. Após a comunicação esperamos que a agência Macauá tenha maior visibilidade no mercado-alvo, para que dessa forma atinja cada vez mais clientes e aos poucos cresça para se tornar uma grande agência futuramente.
V.3.5 Posicionamento desenvolvido para a Marca
105
A marca Macauá promete ousadia e equilíbrio, pois ao se adotar um macaco como símbolo de nossa marca, que altera a configuração original da palavra "MACAUÁ" jogando o "A" para cima, deixamos claro nossa intenção de se diferenciar de outras marcas mais conservadores, que evitam a desconstrução de sua marca, enquanto a nossa marca demonstra que o conceito é que forma a marca, e não o contrário. A letra "A", localizada em uma posição matematicamente calculada, permanece em perfeito equilíbrio nas mãos do Macaco, conceito que reflete na marca. O consumidor deverá perceber ao se deparar com nossa marca, que a Macauá, como agência de publicidade, possui uma comunicação ousada e de impacto, mas que não perde seu equilíbrio, não foge de seu ótimo planejamento, não criando riscos e preocupações aos seus clientes.
V.3.6 Público Alvo da Campanha (audiência-alvo) Nosso foco, no primeiro ano da abertura da agência, serão donos ou gerentes de marketing de instituições de ensino, que assumam a proposta de criar uma identidade e um posicionamento diferenciado para sua empresa, ou deseja expor a abertura de suas instituições de forma impactante e sólida.
V.3.7 Ferramentas de Comunicação: As ferramentas de comunicação propostas para a campanha da agência Macauá são as seguintes: •
Propaganda: mídias impressas, outdoor;
•
Relações públicas: realização de eventos para nos aproximação com o mercado-alvo;
•
Comunicação Dirigida: através de mala direta e visitas aos possíveis clientes, para que conheçam a agência e a torne uma aliada em seu sucesso e desenvolvimento;
•
Comunicação Digital: site da agência com todas as possíveis informações necessárias.
106
V.4 Planejamento Financeiro
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Tabela 16 – Planilha Financeira
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Tabela 17 - Planilha Financeira cont.
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V.5 Planejamento de Mídia
Tabela 18 - Planilha de Mídia parte 1
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Tabela 19 - Planilha de Mídia parte 2
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Tabela 20 - Planilha de Mídia parte final
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CONSIDERAÇÕES FINAIS Com o término deste trabalho, conseguimos compreender a importância de um planejamento, na hora de se abrir e manter uma agência. Vimos, que somente a vontade e os recursos financeiros não são suficientes para se iniciar um negócio na área de comunicação. A experiência do mercado, a análise do ambiente, o controle dos custos e previsão de ganhos, são fundamentais para a análise da viabilidade do seu projeto. Neste ponto, as entrevistas com os profissionais foram um fator decisivo, pois com eles, podemos aprender lições que somente a experiência ensina. O estudo da situação do mercado de nosso segmento (educacional) foi outro ponto importante, pois foi necessário saber como este mercado investi em comunicação, e de que forma este comportamento econômico poderia nos beneficiar, ou, prejudicar. É claro que nada adianta saber como funciona o ambiente em que se irá ingressar, se não tivéssemos uma clara definição de quem éramos, e de como nos comportaríamos perante este mercado. O processo de desenvolvimento do Business Plan nos orientou a moldar as bases que serviriam para definir o que é a Macauá, o que queremos dela para o futuro e de que forma realizaremos este feito. Ao final de todo este processo, conseguindo fechar o planejamento financeiro anual com sucesso, aprendemos o quanto importante é ter conhecimento desta etapa no ciclo de vida de uma agência, visto que o número de agências novas cresce a cada dia, porém muitas fecham, talvez por falta de domínio das lições aprendidas este semestre por parte de seus profissionais. Este é um erro que, graças a dedicação dos professores e o empenho de todos os integrantes para o desenvolvimento deste Projeto Integrado, a Macauá não irá cometer no futuro.
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V.6 Caderno de Criação
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Bibliografia QUEIROZ, Adolpho. Propaganda História e Modernidade. Piracicaba: Degaspari, 2005. MARCONDES, Pyr. Uma História da Propaganda Brasileira: Ediouro, 2001. BARRETO, Roberto Menna. Agência de Propaganda e as engrenagens da história: Summus editorial, 2006. SANT'ANNA, Armando. Propaganda, Teoria, Técnica e Prática. 7ª Edição: Pioneira, 2005. ALDRIGHI, Vera; Sergio Dias; Magy Imoberdorf; Walter Longo; Júlio Ribeiro e Edison Benetti. Tudo que Você Queria Saber Sobre Propaganda e Ninguém Teve Paciência Para Explicar: Atlas, 1985. RAMOS, Ricardo e Pyr Marcondes. 200 Anos de Propaganda No Brasil: Meio & Mensagem, 1995. SIMÕES, Roberto. Marketing Básico: Saraiva, 1983. SAMPAIO, Rafael. Propaganda de A a Z: Afiliada, 1995. GRINOVER, Ada Pellegrini. Código Brasileiro de Defesa do Consumidor. 6ª Edição: Forense. ARRUDA, Maria Cecília Coutinho. Código de Ética: Negócio, 2001. CHILDS, Marquis e Douglass Cater, tradução Sebastião Ferreira Chaves e Oswaldo de Araújo Souza. A Ética de Uma Sociedade Mercantil: Civilização Brasileira, 1957.
WEBER, Max. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo: Universidade de Brasília Conselho Editorial ,1981. NAILINI, José Renato. Ética Geral e profissional. São Paulo: Revista dos Tribunais. São Paulo, 1996. VÁSQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética, 28° edição. Rio de Janeiro: 2006. KOTLER, Philip e Keller, Kevin Lane. Administração de Marketing. 12ª edição: Pearson Education do Brasil, 2006.
115
COBRA, Marcos. Administração de marketing. 2º edição: Atlas, 1992. KOTLER, Philip e Armstrong, Gary. Introdução ao Marketing. 4ª edição: Livros Técnicos e Científicos, 1997. KOTLER, Philip. Administração de Marketing. 10ª edição: Pearson Education do Brasil 2000. KOTLER, Philip. Marketing - Edição Compacta: tradução H. de Barros. 1ª Edição. São Paulo: Atlas, 1995. OGDEN, James R. Comunicação Integrada de Marketing: Modelo Prático para um Plano Criativo e Inovador. São Paulo: Prentice Hall, 2004. LUPETTI, Marcélia. Administração em Publicidade. São Paulo: Thomson, 2003.
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PROFESSOR DE HISTÓRIA Computador: Fonseca Filho, Cléuzio. História da computação / teoria e tecnologia / 1999 L. Disponível em: http://www.professordehistoria.com/historiadocomputador.htm, acesso em 20/03/2007 PROFESSOR DE HISTÓRIA Radio: Moreira, Sônia Virginia. O rádio no Brasil / 2000 Mil Palavras. Disponível em: http://www.professordehistoria.com/historiadoradio.htm, acesso em 20/03/2007 HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO - Carlos Bruno Rodrigues da Silva. Disponível em: http://student.dei.uc.pt/~cbsilva/histcom.htm, acessado em 20/03/2007. HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO - Rodrigo Pereira de Castro. Disponível em: http://www.rodrigopereiradecastro.hpg.ig.com.br/ComunicacaoPodereCensuraLGT.html, acesso em 20/03/2007. HISTÓRIA DA INTERNET. Disponível em: http://www.geocities.com/treitrds, acesso em 20/03/2007. VIDEO.GRAFIAS - Texto transcrito do livro "A era de EMEREC" de Jean Cloutier, Ministério da Educação e Investigação Científica - Instituto de tecnologia Educativa, 1975. Claude Lévi-Strauss, Anthropologie Structurate, Paris, Plon, 1958, p. 38. Disponível em: http://www.univ-ab.pt/~bidarra/hyperscapes/video-grafias-257.htm, acesso 20/03/2007. FACULDADE CASPER LÍBERO FACASPER – HISTÓRIA DA PUBLICIDADE. Disponível em: http://www.facasper.com.br/pp/site/historia/index.php, acesso 03/03/2007. ACONTECENDOAQUI - HISTÓRIA DA PROPAGANDA BRASILEIRA. Disponível em: http://www.acontecendoaqui.com.br/pp_hist.php, acesso em 03/03/2007. www.pt.wikipedia.org - acesso em 13, 14, 15, 21 e 22 de abril 2007 www.ampro.com.br - acesso em 30,31 de março 2007 www.appbrasil.org.br - acesso em 30,31 de março 2007 www.conar.org.br - acesso em 30,31 de março 2007 www.sebrae.org.br - acesso em 13, 14, 15, 21 e 22 de abril 2007 www.cenp.com.br - acesso em 30,31 de março 2007 www.receita.fazenda.gov.br - acesso em 13, 14, 15, 21 e 22 de abril 2007. www.saobernardo.sp.gov.br - acesso em 14 de abril 2007
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www.alap.com.br - acesso em 14 de abril 2007
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Anexos Anexos de pesquisas. Profissionais escolhidos. Publicitários Rubens Yoshio Yoshida – Dono de Agência (WELLCOMM) Dados do Entrevistado Membro do Instituto de Estudos de Hospitalidade do Lazer e do Turismo, atua como professor dos cursos de Publicidade e Propaganda e Turismo da Universidade Metodista e no curso de pós-graduação em Gestão Mercadológica de Turismo e Hotelaria da ECA/USP. Tem passagens pelas empresas Accelera Tecnologia, Passaport Brasil, Nox Brasil e pelos cartões Finasa Visa, Panamericano Visa, Nacional Visa e Credicard. Atendeu ainda clientes como ROC Férias e Hotéis, Programa Nacional de Municipalização do Turismo, FENACTUR, Dupont do Brasil, Spetaculum e MASP. •
O começo Rubens Yoshio Yoshida trabalhou muito tempo prestando consultorias de marketing.
É publicitário de formação e sempre almejou ter seu próprio negócio. “Se eu trabalhar até as 15:00 hs como funcionário de alguma empresa, nesse período estarei me dedicando e contribuindo para o crescimento da mesma. Se eu trabalhar até as 15:00 na minha empresa, estarei me dedicando e contribuindo para o crescimento do meu patrimônio.” Antes de ser inaugurada, a Wellcomm já tinha um cliente, que foi a Armando Veículos, uma concessionária da rede “chevrolet”, e a estrutura da agência não poderia ser mais simples: um computador, um telefone e uma impressora. A caminhada foi longa.
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Agora, com 11 anos de Wellcomm, Yoshida afirma que a lição mais importante deste começo foi aprender a escolher seus sócios. Para ele esta é uma questão fundamental para o sucesso do negócio. A confiança e a lealdade estão em primeiro lugar, tanto é que hoje ele só contrata pessoas que têm perfil para serem seus sócios algum dia. “A pessoa pode não ser meu sócio no papel, ainda, mas como funcionário também estará cuidando de uma parte do meu negócio, e por isso eu exijo este perfil.” O nome Wellcomm surgiu da união de “well” – melhor, “com” – comunicação, e “m” – marketing, e através de um forte planejamento estratégico, ela persegue o título - cada vez mais próximo - de melhor empresa de comunicação e marketing do país. Mas nem sempre foi assim. No começo, uma das maiores dificuldades da empresa foi a inadimplência de seus clientes e a administração de prazos para entrega dos trabalhos, o que trouxe, além de muita dor de cabeça, uma grande experiência a Rubens Yoshida e Luciano Bonetti, sócios até hoje desde a fundação da empresa. Segundo Yoshida, os principais pontos a serem considerados na abertura de uma agência são seu planejamento e seu Business Plan. O Business Plan nada mais é que a empresa descrita minuciosamente no papel, e por isso não há espaço para erros. Quanto ao planejamento, é sempre necessário ficar atento ao seu capital, a qualidade de seu serviço, a satisfação de seus funcionários, aos projetos de seus concorrentes, às tendências do mercado, e todas as outras infinitas coisas que influenciam seu negócio direta ou indiretamente. “O planejamento nunca pode ser pego de calças curtas.” Não está escrito na “placa de bronze que fica na entrada da agência”, mas segundo Yoshida, no começo a Visão da empresa era “ganhar dinheiro”, e ela não mudou, e a Missão – que é a maneira de como se fazer para atingir a Visão – sempre foi investir no planejamento estratégico da empresa. A Wellcomm se destaca pelo seu planejamento estratégico.
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Segundos passos A prospecção de clientes para a agência sempre aconteceu através do networking de
seus membros, salvo quando disputavam alguma concorrência. Segundo Yoshida esta é a maneira mais rentável de se captar clientes. “Eu posso ligar a TV a cabo e escolher dez empresas que podem ser bons clientes para a agência. Desses dez, cinco se tornam clientes, mas depois de seis meses eu não tenho mais nenhum deles comigo.” Já com os parceiros a história é diferente. “Vieram de todos os lados. Até quando eu não precisava eles apareceriam.” Para Yoshida, o tipo de contratação mais aconselhável em uma empresa recém-nascida é o de estágio, com contratos de no máximo um ano. É o tempo que a pessoa tem para mostrar serviço, e também é um tipo de contrato mais simples, que não cria muitos vínculos empregatícios com a empresa. É de fundamental importância que uma agência de publicidade de atenção máxima à sua área de planejamento, seguida do atendimento, da criação e da produção. Estes são os setores básicos de uma agência. Os outros serviços podem ser terceirizados, inicialmente. •
Atualmente A visão e missão da Wellcomm são as mesmas. O que está mudando agora nessa nova
fase da agência é sua postura. “Temos que nos encarar como uma agência grande no ABC, para que sejamos vistos como uma agência média no Brasil. Tanto que hoje nossa meta é sermos maior que a Octopus.” A Wellcomm sabe reconhecer o talento e o esforço de sua equipe, e com isso os bons resultados sempre aparecem.
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“Eu sempre distribuo 5% do meu faturamento para minha equipe.”
Insights “O que é realmente necessário para se abrir uma agência: experiência no mercado.” “Quem faz diferença no mercado é quem se especializa. Não temos tempo para sermos duas coisas.” “Quem escolhe a comunicação deve ter uma idéia clara: vai trabalhar no caos. Cliente cobrando, gráfica atrasando, tudo pra ontem. Tem que gostar.” “O ônus do ‘não’ é do cliente, não seu. Não tenha medo de ouvi-lo. Se ele disser não, paciência, está perdendo uma oportunidade de ser parceiro.” “O ponte forte da agência é o seu planejamento. O fraco não existe, nós melhoramos tudo a toda hora.”
Samuel Mishary – Dono de Agência (Sonar Comunicações) A Abertura
- Como ocorreu o início da agência? Primeiramente gostaria de contar um pouca da história da agência. A SONAR PROPAGANDO surgiu por causa de uma demanda específica, a agência tinha um cliente grande e precisava de um corpo para trabalhar sua identidade institucional, com esse trabalho novos clientes surgiram. Hoje são 3 clientes prioritários e outros secundários que compõem nosso portifólio. - Quanto tempo tem a agência? 2 anos e meio.
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- De quem foi a iniciativa de abertura? Minha, tenho um trabalho formado com parceiros. - Como foi elaborado o nome? O nome SONAR PROPAGANDO veio depois de um brain storm detalhado, sempre com uma pitada de descontração, o sonar é o aparelho de comunicação do submarino que propaga o som para se situar no fundo do mar e o propagando é pra ser ao mesmo tempo um slogan. - Quais foram as maiores dificuldade no início? Conquistar a confiança do cliente. - Na sua opinião, quais são os pontos mais importantes a serem considerados na abertura de uma agência. Compromisso com cliente, seriedade com prazos, inteligência no investimento do cliente, transparência. - Qual os pontos mais importantes, abordados no planejamento inicial? Acho que o mais importante são alvos, onde planejamos chegar e em quanto tempo? O que iremos fazer para chegarmos? A partir dessas respostas se terá um norte para um grande começo. - Os custos planejados inicialmente se demonstraram corretos, ou houve surpresas desagradáveis? Sempre têm surpresas desagradáveis, o grande lance é saber lidar com todas essas “surpresas” com criatividade, por que isso, todo publicitário tem que ter. - Na sua opinião, qual é a maior desvantagem de uma agência nova? Toda nova agência já começa com uma grande desvantagem por causa da concorrência, o grande lance é escolher os clientes começar pequeno sempre pensando grande. - Você lembra qual era a Missão e Visão criadas na época?
Primeiros Passos
- Como ocorreram a prospecção dos primeiros clientes?
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Já vínhamos fazendo contatos e pequenos serviços para nossos clientes e viu-se uma necessidade de um investimento maior em publicidade, com a demanda nossas campanhas aconteceram com muita harmonia e sucesso. - E dos primeiros parceiros? Nossos parceiros são velhos amigos de grandes outros trabalhos de outras agências. - Que tipo de contratação é melhor para uma agência que está começando (estágio, registro em carteira, prestador de serviços), visando o curto investimento inicial? Prezamos hoje o prestador de serviço, que isenta registro empregatício e otimiza os processos. - Que serviços é aconselhável tercerizar? Muitos podem ser terceirizados dependendo muito da sazonalidade e demanda. - Que especalidades são necessária possuir dentro da agência? Atendimento, criação, produção e mídia, sem isso não tem como começar.
Atualmente - Quais são os pontos fortes da sua agência? Criatividade para criar e gastar, preço, prazo de entrega. - O que pode ser melhorado?
- A visão traçado na abertura da agência foi alcançada? Houveram modificações? - A missão da agência mudou com o passar dos anos? Nossa visão tem sofrido várias mudanças ao longo dos trabalhos, mas a missão é sempre a mesma, trabalho com criatividade, alegria, compromisso e profissionalismo. - Quais são as dificuldades de se manter uma agência atualmente? Estabelecer relações duradouras e de confiança com os clientes. - Como você encara o mercado para as agência publicitárias? Está em crescimento? Há trabalho para novas agência? Sempre há trabalho para quem quer trabalhar, sempre há espaço para pequenos começo, temos que valorizar os pequenos começos, pois para pequenas agências existem os
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pequenos clientes, que se tornaram grandes e crescerão juntos com sua agência, basta estabelecer uma relação de confiança. - Baseado na sua experiência, que conselho você daria os novos empreendedores? Não desistam facilmente, para sermos aprovados, precisamos passar pelas provas e quando um sonho é realizado o gosto da vitória é inigualável. Planeje, junte-se a pessoas de sua confiança, uma vez ou outra arrisque sem medo, trace pequenos alvos tangíveis, trace grandes alvos e conte com você mesmo, por que se todos te abandonar você ainda terá você.
Estanilao Sáez Pérez – Dono de Agência (ZGRAPH) A Abertura
- Como ocorreu o início da agência? Um dos sócios trabalhava em um estúdio dentro de uma gráfica grande de embalagens com foco em criação e o outro trabalhava com atendimento e tinha uma boa base na parte técnica das embalagens, após um ano trabalhando juntos como free lancers decidimos por abrir a empresa, já tínhamos um cliente grande e muita vontade de não ter mais chefes.
- Quanto tempo tem a agência? 14 anos
- De quem foi a iniciativa de abertura? Dos dois sócios, um é formado em desenho industrial e o outro em engenharia e publicidade.
- Como foi elaborado o nome? Inicialmente a empresa iria se chamar Quattro Z, mas o Quattro era registrado pela Borland em sua planilha Quattro pró; então como queríamos utilizar a letra Z que é a terminação dos dois sobrenomes dos dois sócios, ficou ZGRAPH.
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- Quais foram as maiores dificuldade no início? A falta de experiência em administrar uma empresa, dificuldade em cobrar o valor correto pelos trabalhos e inexperiência com os fornecedores.
- Na sua opinião, quais são os pontos mais importantes a serem considerados na abertura de uma agência. Antes de mais nada, estudar o mercado, analisar como os futuros concorrentes se apresentam, o que fazem, como fazem e encontrar algum nicho de mercado ou alguma forma de fazer diferente dos demais e criar um diferencial competitivo. Elaborar um plano de negócios o mais detalhado possível, investimento inicial, planejar um período de retorno, ter metas definidas para o primeiro ano, para o 3 primeiros, para o 5 primeiros. Criar um plano de prospecção bastante arrojado que garanta novos clientes e receitas para bancar o crescimento da agência.
- Qual os pontos mais importantes, abordados no planejamento inicial? Ver item anterior.
- Os custos planejados inicialmente se demonstraram corretos, ou houveram surpresas desagradáveis? Houveram surpresas agradáveis, crescemos muito e muito rápido no início, depois passamos por um período de assimilação desse crescimento e a partir daí temos crescido a taxas de 45% ao ano.
- Na sua opinião, qual é a maior desvantagem de uma agência nova?
- Você lembra qual era a Missão e Visão criadas na época?
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Na época não escrevemos a Missão ou Visão, o que foi feito alguns anos depois. Primeiros Passos - Como ocorreram a prospecção dos primeiros clientes? Já começamos a agência com um cliente grande um laboratório multinacional para o qual fazíamos alguns trabalhos free lancer e, esse trabalho gerou indicações para outros clientes. Em paralelo fazíamos prospecção de clientes novos, mas como nosso portfolio era pequeno, era muito difícil.
- E dos primeiros parceiros? No início não tínhamos um sistema para credenciar novos parceiros, não conseguíamos trabalhar com as grande empresas de fotolitos na época, utilizávamos parceiros menores. Era um período de transição entre o sistema manual para o início dos programas de desktop publishing. Depois de dois anos e alguns problemas com parceiros, decidimos criar alianças estratégicas com parceiros maiores e exigimos qualidade, rapidez e cumprimento de prazos em troca de fidelidade e volumes.
- Que tipo de contratação é melhor para uma agência que está começando (estágio, registro em carteira, prestador de serviços), visando o curto investimento inicial? Se os sócios forem do ramo, o ideal é iniciar com um ou dois estagiários, pois serão mais ajudantes, pois no início o que conta são os sócios. Conforme a empresa cresce a contratação de novos profissionais torna-se necessária e apesar dos altos custos tributários sobre a folha, a maneira mais correta é o registro em carteira, na ZGRAPH sempre adotamos essa política, as duas únicas vezes que contratamos prestadores de serviços, tivemos problemas.
- Que serviços é aconselhável tercerizar? Na ZGRAPH temos uma política muito importante, tudo aquilo que não somos bons ou fazemos bem, terceirizamos, isso serve também para os serviços que não queremos fazer, terceirizamos. A única condição que os terceirizados sejam especializados nesses serviços.
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- Que especalidades são necessária possuir dentro da agência? Todas aquelas que são suas expertises, se você vende desenvolvimento de embalagens, você tem que ser bom nisso, se vende serviços de internet, tem que ter bons profissionais. Agora existem especialidades que são muito importantes e transcendem as qualificações profissionais, são determinação, querer fazer, disposição, dedicação aos clientes e acima de tudo, ter palavra e cumprir tudo aquilo que prometeu. Nosso lema: “Se é importante para você, é importante para a ZGRAPH”.
Atualmente - Quais são os pontos fortes da sua agência ? Criação, agilidade, foco nos negócios dos clientes buscando resultados e cumprimos o que prometemos.
- O que pode ser melhorado ? Sempre temos que procurar melhorar tudo, pois cada cliente necessita de um atendimento diferente, mas principalmente temos que melhorar o controle interno do fluxo de trabalhos, hoje existe um controle, mas nem todos têm acesso ao software. A prospecção também tem que ser melhorada com a contratação de mais um ou dois profissionais.
- A visão traçado na abertura da agência foi alcançada? Houveram modificações? Foi alcançada e superada, mas em 14 anos já tivemos que nos reinventar 3 vezes e para nós isso é muito importante, quando tudo vai bem e se acomodando, mudamos tudo.
- A missão da agência mudou com o passar dos anos? Sim pelo menos 3 vezes e em breve deverá mudar novamente, a missão da empresa acompanha as mudanças que temos que passar conforme a empresa cresce, estipulamos uma missão quando determinamos novas metas, após atingi-las, definimos novas metas e uma nova missão.
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- Quais são as dificuldades de se manter uma agência atualmente? São muitas, a primeira e mais importante é a concorrência desleal, muita gente fazendo a mesma coisa e os valores cobrados são totalmente sem sentido. Outro ponto importante, os clientes cada vez menos têm preparo para os cargos que ocupam, e cometem cada barbaridade. Os altos custos de uma agência forçam, você, a sempre ter um grande fluxo de trabalhos, caso contrário o fluxo de caixa não agüenta. A falta de conhecimento de alguns clientes força a trabalharmos com prazos cada vez mais apertados, o que aumenta o risco de erros.
- Como você encara o mercado para as agência publicitárias? Está em crescimento? Há trabalho para novas agência? As agências terão que se adaptar às novas tecnologias e àquelas que não estão voltadas aos resultados e acostumadas apenas a veiculação em tv aberta para cobrar seu BV, terão problemas. Com a chegada de novas mídias, principalmente a internet, as agências terão que buscar planos de comunicação cada vez mais direcionados para seus públicos alvo. As agências terão que se adaptar ao novo mercado, se ainda não pensou nisso,já está atrasado. O mercado tende a crescer, sim, mas deve diminuir o dinheiro que vai para a tv aberta, será mais dividido em diferentes veículos. Cada vez mais as empresas terão que manter o trabalho de construção de marcas feito até hoje. As novas agências trarão novas idéias, novas formas de atendimento e maneiras diferentes de se fazer publicidade, o que é muito saudável, pois faz com que todos evoluam.
- Baseado na sua experiência, que conselho você daria os novos empreendedores? Tenham muita certeza se querem mesmo montar uma agência, pois todos aqueles finais de semana na praia, campo ou apenas dormindo, terminam. Dormir cedo, esqueçam, mas esse período de muito trabalho pode ser maior ou menor, de acordo com o planejamento inicial da agência.
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Contrate pessoas sérias, que queiram trabalhar, não contrate amigos nem parentes, seja honesto e franco com seus clientes, se dá para fazer o trabalho, faça, se não dá para fazer no prazo pedido, negocie, mas nunca perca um negócio. Seja honesto com você e reconheça caso esteja se afastando de seus objetivos iniciais e corrija a trajetória o quanto antes e, não deixe que nada o afaste de suas metas e objetivos, seja fiel a eles e assim que os atingir, estipule novas metas e assim por diante. Tenha um controle financeiro muito rigoroso, não deixe a sensação de que o negócio vai bem e está entrando dinheiro tomar conta de você.
Advogadas Entrevistada: Patrícia Junqueira Franco (DAE de São Caetano do Sul) 01 – hoje em dia, são muitos os seguimentos comerciais que possuem um corpo jurídico para atuarem nas suas relações. Na de publicidade, não seria diferente; têm as comuns, quais sejam, realizações de contratos, relações trabalhistas, tributárias e, em casos em que a lei determina, as questões penais. Seguem algumas rotinas de trabalho do advogado da agência: licenciamento de propriedade intelectual, desenvolvimento de produtos, direitos autorais, de imagem de som, patentes, contratos de exclusividade de cliente etc. 02 – A sonegação é algo que afeta o Estado de forma mais drástica, pois, o dinheiro que se deixou de arrecadar, seria utilizado na realização de projetos sociais e outras finalidades do Estado (saúde, educação, saneamento básico, construção e manutenção de rodovias, etc). Falta de investimento que afeta o crescimento do país e o pior, o aumento da carga tributária. 03 – O crime de sonegação fiscal está previsto na Lei 8137/90: Assim, o artigo 1º impõem reclusão de 02 a 05 anos (Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: I, II,...V) e multa; o artigo 2º de 06 meses a 02 anos- (outro rol expositivo que constitui crime da mesma natureza).
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Porém, com a Lei 9964/00, diz que é suspensa a pretensão punitiva do Estado, referente os crimes previstos na Lei 8137/90 (arts. 1 e 2), durante o período em que a pessoa jurídica relacionada com o agente dos aludidos crimes estiver incluída no Refins, porém, antes que tenha ocorrido o recebimento da denúncia criminal.; e , ainda, o pagamento do imposto durante qualquer fase do processo, extingue a punibilidade do agente. 04 – Seja ela de Publicidade ou outro ramo, é essencial para o bom andamento dos negócios, a escolha de um profissional sério, que tenha respeito pela aplicação da lei e, sobre tudo, que atue dentro dos preceitos ditados pelo Código e Estatuto de Ética da OAB. 05 – Sabe-se que o plagiarismo inclui a reprodução não autorizada do trabalho de alguém, não importa se de um artigo, arquivo, alterar e revisar trabalhos já existentes, não mencionando ou omitindo a fonte. Assim, quando a pesquisa é externa, deve-se sempre tomar a cautela de anexar as informações: o que, onde, e como as conseguiu e as empregou. O uso de aspas, indica que você aproveitou aquela idéia. Já, as de domínio público ( idéias que circulam geral e livremente) não necessitam do mesmo rigor do acima exposto. 06 – De modo geral: quem se sentiu prejudicado (autor da ação) recorre ao Estado Juiz (judiciário) em face do que cometeu o ilícito (réu). Há os processos de indenização, quando o ilícito marque tanto a vida do autor da ação, que uma das maneiras em se reparar o erro, é a indenização; seja ela de origem de dano patrimonial ou moral. Em empresas de publicidade, não é raro encontrar um trabalho, onde a ética não prevaleceu e, utilizaram-se da imagem de determinado artista, sem sua expressa autorização ou contrato. O que se sente prejudicado entra com ação contra a empresa publicitária e, ainda (depende do caso) contra a empresa que vende o seu produto. No final da ação, com a sentença em mãos, outra ação começa, a de execução para a quitação dos valores determinados pelo juiz, ao autor da ação. 07 – Podemos encontra-la quando utilizam, por exemplo numa revista, trechos de entrevistas onde é retirado parte do que foi dito, para promover sensacionalismo em proveito da revista. Em casos mais sérios, espionagem publicitária, com a finalidade de se aproveitar de idéias alheias dizendo que são suas. Geralmente promove-se ação judicial contra a revista, a pessoa infiltrada, solicitando reparos de ordem moral e patrimonial (utilizando-se, até mesmo de liminares para proibir a venda ou imagem de determinada propaganda).
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08 – Aquelas determinadas, acordadas e aceitas entre as partes envolvidas, onde existem deveres, obrigações e direitos transmitidos aos contratante/contratado. Há também, cláusulas que impõem multas caso haja a quebra, a não realização ou a realização parcial do objeto do contrato. 09 – Constituem uma série de medidas que devem ser observadas pelos empregadores para a contratação legal de um assalariado. Assim, o Contrato de trabalho com todos os direitos e obrigações do empregador e empregado, registro na Carteira de Trabalho, pagamento mensal, sem atraso do salário, férias, 13º; recolhimento das contribuições sociais (imposto de renda, FGTS, INSS) etc 10 – A obrigação civil, figura como objeto de estudo do Direito das Obrigações – um dos ramos de maior complexidade e importância do Código Civil – está distribuída em sua maioria no Livro III da Parte Especial do CC. Em termos gerais, por ser complexa e extensa, a obrigação civil é aquela que vincula determinados sujeitos – credor e devedor – onde este encontra-se obrigado a realizar determinada prestação pecuniária em favor do credor. Trata-se de um vínculo jurídico conferido ao credor, de em caso de inadimplemento, exigir judicialmente o cumprimento da prestação ou o devido ressarcimento, atingindo o patrimônio do devedor. Ex: o dever de prestar alimentos aos parentes ( CC, art. 1694) 11 – As obrigações assumidas pelo Estado (União) para com as Estados Membros e Municípios, bem como a população brasileira.
Deste modo, amarram-se nos objetivos
fundamentais da República Federativa do Brasil (art. 3º, CF/88): I – construir uma sociedade livre, justa e solidária; II – garantir o desenvolvimento nacional; III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. E outras mais, como saúde, educação, trabalho, previdência, salário mínimo, saneamento básico, construções e manutenções de estradas, garantir o bom relacionamento entre Entes internacionais etc.
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12 – São regras de cunho Constitucional e de lei infra-constitucional, como o Código Eleitoral – Lei 4737, de 15 de julho de 1965, onde nós brasileiros, através destas leis, assumimos o compromisso com a democracia, através do ato de eleger e estar apto a ser eleito. Tais regras fazem parte da Lei Maior, da Constituição Federal , como no artigo 14 : A Soberania Popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto, secreto, e com valor igual para todos, e, nos termos da lei...”. E, mais ainda, não admite Emenda Constitucional, por ser considerada cláusula pétrea : artigo 60, § 4º : Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I – a forma Federativa; II – o voto direto, secreto, universal e periódico; III – a separação dos Poderes e IV – os direitos e garantias individuais. 13 – Geralmente a empresa tenta, através de seu departamento de cobrança, o recebimento do valor, sendo infrutífero, por exemplo, o título é remetido para uma empresa de cobrança, onde o corpo jurídico irá tentar uma conciliação e, em caso negativo será instaurado um processo de execução judicial, para o adimplemento da obrigação. Caso surta efeito a cobrança pelo departamento da empresa, é atribuído, multa de mora juros e, possíveis atualizações monetárias. 14 – Para formalizar, dentro dos ditames legais, o contrato social, a fim e se verificar se está tudo de acordo com a legislação empresarial, lembrando que não será necessário o visto do advogado, em contratos de micro empresas (ME). E, principalmente, porque é determinação do Código Civil a inclusão do visto do advogado em tais documentos. 15 – Tornamos a repetir que não só para a Agência em questão, mas para qualquer processo judicial, é necessário que o advogado aja com decoro, lealdade aos princípios legais, com ética e seriedade. Deveres de defender a agência em todas as instâncias, com todos os atributos acima especificados, porém, pode-se abster de fazê-lo se a empresa, sem o seu conhecimento, cometeu ações que vão de encontro aos seus princípios morais e legais, sendo certo que deverá avisar a empresa, a fim de que possa efetuar o substabelecimento a outro profissional do direito, que irá defender a agência. Direitos: de recebimento de honorários advocatícios (em caso de profissional liberal) e salário em caso de advogado que seja empregado da agência, e outros que a lei estabelece.
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Entrevistada: Solange Cristina Selerges Nogueira Advogada (Fórum de São Caetano) 1.Quais são as possíveis relações de um advogado para com uma Agência de Publicidade? Orientação relativa à celebração de contratos de prestação de serviços e na área trabalhista (vínculo empregatício dos funcionários). 2.Quais são os problemas causados pela sonegação de impostos? Para quem sonegou tem a punibilidade na área penal, por sua responsabilidade a ser apurada. Para o Estado verifica-se a corrente/sonegação – não gera divisa ao Estado, falta dinheiro para aplicar nas diversas áreas (educação, social, segurança); não gera empregos nem direta, nem indiretamente. 3.De acordo com a lei a sonegação de impostos é crime. Qual a pena? pena pecuniária com reclusão ou detenção, além da devolução do valor ou só a segunda parte. 4.Qual a importância da escolha de um bom advogado para assessorar uma Agência de Publicidade? A mesma de escolhê-lo em qualquer outra área. O profissional deve conhecer o ramo que estará atuando para melhor orientação de seu cliente (agência) porque hoje em dia se utiliza muito conhecimento específico para atuação. 5.A respeito de plagio, quais são as medidas a tomar? É necessário provar a situação, através de juntada de documentos que comprovem a criação, analisada por “perito” nomeado pelo juiz e geralmente isso é feito em uma ação de indenização. 6.Como são feitos os Processos de indenizações e pagamentos a terceiros? Mais ou menos como na pergunta anterior. É feito um processo onde se verifica o valor da indenização a ser paga. Ai o juiz julga (sentencia) o processo e diz o valor que será pago. Depois que não cabe mais recurso (a parte vencida pode não concordar com o valor e pedir revisão ao Tribunal de Justiça em São Paulo) é feita a execução do título judicial e então o terceiro recebe o que lhe é devido.
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7.No ato da concorrência onde podemos encontrar a Anti-Ética e puni-la? -
Obrigações judiciárias 8.Quais são as obrigações Contratuais? Tem a ver com o cumprimento de prazos e metas de qualidade. 9.Quais são as obrigações Trabalhistas? O nome já diz tudo, são obrigações com os envolvidos em vínculo empregatício ou prestação de serviços. – Recolhimento de fundo de garantia (FGTS), PIS, 13º salário, o próprio pagamento do salário, cumprimento de horário de jornada de trabalho e pagamento de horas extras, etc. 10.Quais são as obrigações Civis? cumprir leis, pagar impostos... 11.Quais são as obrigações Federais? Idem a 10 12.Como são feitas as cobranças de valores recebidos em atraso? Quais são as punições? Cobranças são feitas através de empresas especilizadas e/ou processos judiciais (ações de cobrança). Quando você já tem valores certos e prova escrita (contrato, duplicatas, notas promissórias) faz-se a execução de título extrajudicial. Acha que as punições são cobrança de multa, juros, honorários de advogado, em alguns casos lucros cessantes (aqueles que você receberia mas não o fez por culpa de quem não pagou). Com a ação proposta pode haver penhora de bens, bloqueio de contas bancária, seu nome pode constar no cadastro de inadimplentes (SERASA, SCPC). 13.Qual a importância da assinatura de um advogado no contrato social?
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Quando o advogado participa como representante ou colaborador de uma das partes supõe-se que ele verificou as cláusulas do contrato de forma que seu cliente não seja prejudicado por nenhuma delas. 14.Quais são os direitos e deveres de um Advogado para com a Agência? São direitos: receber seu salário ou honorários (depende do tipo de relação entre as partes). São deveres: prestar assistência nas relações de contratos realizados para que a agência não seja prejudicada. Em caso de descumprimento de contrato, representar a agência para ressarcir as perdas da mesma, promovendo ações civis ou criminais, por exemplo, ação de cobrança, indenização, responsabilidade por difamação, etc.
Contadores. Américo Scucuglia – dono de um escritório de contabilidade. (SCUCUGLIA, Assessoria Contábil) 1º Quero abrir uma agência. Quais são os primeiros passos? R: Pesquisa de nome existente. Levantamento de possibilidades na prefeitura (aprovação).
2º Quais são as responsabilidades do profissional de contabilidade nessa primeira etapa? R: Orientação com relação a nome da empresa, localização, objetivo(competência). Saber se ele está habilitado no órgão competente.
3º Como se da a relação contador – agência? R: Contrato prestação de serviços, até onde se define a responsabilidade “dele”.
4ºComo é feita a remuneração do contador pelos serviços prestados a agência? R: No contrato de prestação é mencionado o valor da remuneração e a data(honorários) Não é feita por % (porcentagem) e é estipulado um valor fixo mensal.
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5ºQuais os documentos que são de responsabilidade do contador? R: Todos que foram predeterminados em contrato e todas as obrigações necessárias como as repartições publicas, imposto de renda, balancetes de verificação.
6ºQuais os tributos pagos pela agência aos órgãos públicos para abertura da mesma e quais são os custos desses documentos? R: Taxas de cartório + ou – 250,00 (reais) + o Honorário do contador que é feito á combinar. O registro no órgão da categoria também é feito predeterminado (o valor) fixado pelo conselho.
7ºUma agência de Publicidade e Propaganda é classificada em que tipo de empresa, ex: micro empresa...? R: Classificada como prestadora de serviços (Sociedade Simples).
8ºApós a empresa aberta, quais são as obrigações do contador perante a agência e como são feitos os balancetes? R: Balancete tende ser feito no mínimo de 3 em 3 meses (trimestral)
9ºAo escolher um profissional de contabilidade para assessorar minha agência, o que deve ser avaliado e de que maneira posso fazer isso? R: Normalmente por indicação (visitando o profissional, sentindo em uma entrevista a confiança e a organização do profissional).
10ºComo é feita a divisão da agência entre sócios, ex: por quotas, porcentagem...?
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R: É feita por sócios e por quotas, a sua participação mínima não pode ser menor que 1% no montante do capital.
11ºComo são feitos os registros dos funcionários de uma agência de Publicidade e Propaganda? R: Como qualquer outro registro de qualquer outra empresa, comunicação ao ministério do trabalho, e na carteira do funcionário.
12ºQual o salário base? R: O salário pode ser fixo ou variável, de acordo com a base (piso salarial) da categoria, e de acordo com o sindicato.
13ºQual verba mínima para a abertura? R: Valor estimado mínimo de pelo menos 800,00 (reais).
14ºDepois de tudo pago e registrado, de quanto em quanto tempo devemos renovar este contrato e os outros documentos? R: A renovação só é exercida quando se muda algum termo do tipo: endereço. Capital, sócio ou fato relevante (não existe um prazo). João Silvio do Nascimento - dono de um escritório de contabilidade. (Contábil Nascimento) 1º Quero abrir uma agência. Quais são os primeiros passos? R: Local e nome do referido endereço: Contrato de Locação, IPTU, etc. Documentos pessoais dos Sócios: RG, CPF, com Luz, CORSESP, etc.
2º Quais são as responsabilidades do profissional de contabilidade nessa primeira etapa? R: Confeccionar todo o processo de abertura e o devido registro nas respectivas repartições.
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3º Como se da a relação contador – agência? R: Intermediando, assessorando, prestando serviços as relações da empresa para com as repartições publicas Municipais, Estaduais e Federais.
4ºComo é feita a remuneração do contador pelos serviços prestados a agência? R: Conforme o porte e quantidade de funcionários.
5ºQuais os documentos que são de responsabilidade do contador? R: Livros Fiscais, IR, Folha de Pagamento, etc.
6ºQuais os tributos pagos pela agência aos órgãos públicos para abertura da mesma e quais são os custos desses documentos? R: IR, CSLL, PIS, COFINS e ISS.
7ºUma agência de Publicidade e Propaganda é classificada em que tipo de empresa, ex: micro empresa...? R: Normal > Lucro – Presumido ou Real.
8ºApós a empresa aberta, quais são as obrigações do contador perante a agência e como são feitos os balancetes? R: Assessorado e realizado os serviços pertinentes a área Contábil, Fiscal e trabalhista.
9ºAo escolher um profissional de contabilidade para assessorar minha agência, o que deve ser avaliado e de que maneira posso fazer isso?
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R: Estrutura e porte do escritório, qualidade dos serviços prestado, através de indicações de outros.
10ºComo é feita a divisão da agência entre sócios, ex: por quotas, porcentagem...? R: Cada sócio tem a sua porcentagem (%) sobre o capital social da sociedade, que por sua vez esse valor é distribuído em quantidade de quotas.
11ºComo são feitos os registros dos funcionários de uma agência de Publicidade e Propaganda? R: No livro Registro de Empregados.
12ºQual o salário base? R: De acordo com o piso da categoria, o qual vem Constatado na Conveção Coletiva.
13ºQual verba mínima para a abertura? R: R$ 800,00 para cobertura de honorários e taxas junto a JUCESP, Cartório, receita Federal, Secretária da Fazenda e Prefeitura, ficando em aberto o Sindicato da classe, Registro no órgão de classe, Vigilância Sanitária e Gráfica.
14ºDepois de tudo pago e registrado, de quanto em quanto tempo devemos renovar este contrato e os outros documentos? R: Não há prazo determinado. Marcelo Lazarus – Contador 1º Quero abrir uma agência. Quais são os primeiros passos? 1º Pesquisar de nome no INPI 2º Fazer o Contrato Social
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3º Registrar o contrato na Junta Comercial 4º Tirar Inscrição CNPJ, na Receita Federal, registro na Prefeitura, para enquadrar a empresa de acordo com o serviço prestado, e registro de INSS, na previdência social. 2º Quais são as responsabilidades do profissional de contabilidade nessa primeira etapa? Tirar todos os registros, orientar a respeito da carga tributária, pesquisar de nome, etc. 3º Como se da a relação contador – agência? Através de contrato de prestador de serviços, no caso de uma empresa pequena. 4ºComo é feita a remuneração do contador pelos serviços prestados a agência? Depende do volume de trabalho, número de funcionários, etc. 5ºQuais os documentos que são de responsabilidade do contador? Inscrição de livros fiscais, apuração de impostos, folha de pagamento, obrigações acessoriais, orientação e acompanhamento da legislação. 6ºQuais os tributos pagos pela agência aos órgãos públicos para abertura da mesma e quais são os custos desses documentos? Taxa de registro na Junta Comercial (R$ 55,00 em média). 7ºUma agência de Publicidade e Propaganda é classificada em que tipo de empresa, ex: micro empresa...? Depende do porte da empresa (faturamento). Até R$ 240 mil/ano, é micro empresa. Até R$ 2.4 milhões/ano, é pequeno porte. 8ºApós a empresa aberta, quais são as obrigações do contador perante a agência e como são
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feitos os balancetes? Elaborar os balancetes através da documentação contábil, pagamentos e recebimentos e provisões mensais de impostos, depreciação. 9ºAo escolher um profissional de contabilidade para assessorar minha agência, o que deve ser avaliado e de que maneira posso fazer isso? Pode ser feita uma cotação com várias empresas, verificar o histórico das empresas, consultar o site do CRC, dando preferência a profissionais que já trabalham com agências de publicidade. 10ºComo é feita a divisão da agência entre sócios, ex: por quotas, porcentagem...? No contrato social é por quota, de acordo com o investimento de cada sócio. 11ºComo são feitos os registros dos funcionários de uma agência de Publicidade e Propaganda? Pode ser feito em livro de registro de empregado ou em fichas de registro. 12ºQual o salário base? É necessário consultar o sindicato da categoria. 13ºQual verba mínima para a abertura? Não existe, porém ela deve ser compatível com o investimento inicial, declarado no contrato social. 14ºDepois de tudo pago e registrado, de quanto em quanto tempo devemos renovar este contrato e os outros documentos?
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Só quando ocorrer a mudança de sócios, de endereço ou de objeto.
Paulo Henrique De Giovanni – Contador (Gol Linhas Aéreas) 1º Quero abrir uma agência. Quais são os primeiros passos? 1) Resp.: Arrumar sócios, contratar um contador, providenciar o contrato social e registros na receita federal, na junta comercial, alvará de funcionamento na prefeitura, no endereço de funcionamento. Após abertura contratação de funcionários, instalação de maquinários.
2º Quais são as responsabilidades do profissional de contabilidade nessa primeira etapa? 2) Resp.: Abertura da empresa, e de toda a documentação pertinente.
3º Como se da a relação contador – agência? 3) Resp.: Relação deverá ser em 1º de confiança, em 2º ser uma profissional ético e idôneo.
4ºComo é feita a remuneração do contador pelos serviços prestados a agência? 4) Resp.: Depende da contratação e dos serviços que serão realizados, mediante contrato de prestação de serviço.
5ºQuais os documentos que são de responsabilidade do contador? 5) Resp.: Todos os documentos relativos a movimentação financeira da empresa e também os livros fiscais.
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6ºQuais os tributos pagos pela agência aos órgãos públicos para abertura da mesma e quais são os custos desses documentos? 7ºUma agência de Publicidade e Propaganda é classificada em que tipo de empresa, ex: micro empresa...? Resp.: Empresa de pequeno porte 8ºApós a empresa aberta, quais são as obrigações do contador perante a agência e como são feitos os balancetes? Resp.: Manter a contabilidade atualizada juntamente com seus livros. É através dessa contabilidade atualizada que serão confeccionados os balancetes. 9ºAo escolher um profissional de contabilidade para assessorar minha agência, o que deve ser avaliado e de que maneira posso fazer isso? Resp.: Deve ser avaliado pela sua capacidade e desenvoltura profissional.
10ºComo é feita a divisão da agência entre sócios, ex: por quotas, porcentagem...? Resp.: Por quotas. 11ºComo são feitos os registros dos funcionários de uma agência de Publicidade e Propaganda? Resp.: Através de livro próprio juntamente com suas carteiras profissionais.
12ºQual o salário base?
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Tudo depende, hoje para salários tem q ter base o salário mínimo, partir deste principio.
13ºQual verba mínima para a abertura? Não tem que ter uma verba mínima mas não pode fazer uma loucura se quer começar a trabalhar, e montar sua agencia tem que ter consciência que gasta bastante no inicio até ter um estrutura boa. 14ºDepois de tudo pago e registrado, de quanto em quanto tempo devemos renovar este contrato e os outros documentos? Resp.: O contrato é feito por tempo indeterminado.
Segmento escolhido Escolas. Arbos A EMPRESA
- Breve Histórico Em 1985, um grupo de professores, com larga experiência em educação, lançou as sementes de um projeto educacional inovador. Tomando como paradigma os ideais de seu patrono Pedro Cia, foi criado o Instituto Arbos, com sede no Bairro Jardim, em Santo André. Formou-se, então, no decorrer daquele ano, uma equipe pedagógica para elaborar a estrutura do curso de Ensino Fundamental, que iniciaria suas atividades no início de 1986.
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Reunido um grupo de educadores com preparo e disposição para levar adiante as propostas estabelecidas, começa a funcionar o curso de Ensino Fundamental (naquela época, 1º grau). Foi iniciada, em 1988, a construção de um prédio especialmente projetado a partir desse impulso, para abrigar uma escola com toda a infra-estrutura necessária ao desenvolvimento e concretização do projeto educacional, então proposto. Dando seqüência à realização do plano idealizado em 1994, foi criado o Ensino Médio, objetivando proporcionar aos nossos alunos a oportunidade de completar na mesma escola a primeira fase de sua preparação para enfrentar os desafios futuros. Respeitando os diferentes níveis de maturidade dos alunos, foram construídos prédios separados, distribuídos pedagogicamente em três unidades, para atender aos alunos de 1ª e 2ª séries, de 3ª a 8ª séries do Ensino Fundamental, e aos do Ensino Médio. Em 2001, estimulados pelo grande número de alunos de São Bernardo do Campo que freqüentavam o Colégio Arbos e incentivados pela demanda, que aumentava sempre, em busca de novas vagas, que desapontados tínhamos de negar, pois não podíamos atender, começamos a pensar na possibilidade de estender o Sistema Educacional Arbos de Ensino até essa localidade. A oportunidade surgiu, naquele mesmo ano, através de entendimentos com o Colégio Vivência, que encerrava suas atividades e queria uma Instituição confiável para direcionar seus alunos. Finalmente, após muita busca, surgiu o local adequado, embora necessitasse de grandes reformas para atender os padrões do Arbos. Assim foi feito e, com muito empenho de todos os envolvidos, no dia 4 de dezembro de 2001, foi inaugurada a unidade São Bernardo do Colégio Arbos com o compromisso de manter os mesmo padrões pedagógicos, de estrutura física e educacional da unidade Santo André. Hoje, para satisfação de todos quantos apostaram no projeto, o número inicial de alunos dobrou e as conquistas que vêm sendo alcançadas mostram que valeu a pena todos os esforços. E, no final de 2004, realizamos mais um empreendimento que nos proporcionou grande satisfação: a incorporação da já consagrada instituição educacional do vizinho município de São Caetano do Sul - o Colégio Quarup / Novo Mundo, ao patrimônio Arbos.
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A similaridade de propósitos, princípios e prática pedagógica de nossas escolas dá-nos a certeza de que a soma das virtudes de ambas só poderá aumentar as possibilidades de um futuro promissor para os nossos alunos. O Projeto Educacional do Colégio Arbos é sustentado, fundamentalmente, pelo princípio de capacitação dos nossos alunos, através do amadurecimento intelectual e emocional. Isso implica criar condições para que o aluno desenvolva sua personalidade de forma ativa e participante e construa o conhecimento a partir da sua vivência no próprio meio em que interage, assimilando dele e transformando-o. Aprender, então, é entendido como um processo pessoal e intransferível, que necessita da presença do professor, facilitando os meios para que o aluno elabore o seu significado e compartilhe a aprendizagem com seu grupo social. Queremos formar o jovem solidário e criativo que, por meio da realização plena da sua individualidade, seja capaz de integrar-se na sociedade, produzir, interferir e buscar soluções adequadas para os problemas, transformando e melhorando o mundo em que vive. Nossa escola está empenhada na educação integral do ser humano, através da integração dos conhecimentos, do equilíbrio entre a teoria e a vivência, estimulando uma visão cósmica dos acontecimentos.
- Quantas filiais / unidades 4 unidades na região do ABC, sendo duas em SCS, 1 em SA e 1 em SBC
Oficina
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A empresa Tempo de mercado: 27 anos de mercado a Escola Oficina Três unidades, uma grande sede em Santo André e duas filiais: São Bernardo e Santos. A escola é composta por um grupo profissional de 80 funcionários e uma média de 360 alunos. Os cursos oferecidos pela escola são: Design de Interiores; Paisagismo; Desenho de Moda; Quadrinhos; Criação Publicitária; Computação Gráfica, Desenho Artístico e Pintura; Fotografia; Decoração e Desenho Mobiliário. Os custos de seus cursos variam em uma média de 200,00 reais e a duração difere de 64 a 810 horas. A escola disponibiliza 20% (R$219.995,94) de sua verba para o investimento publicitário e os seus motivos para o investimento são os de alcançar novas matrículas. Em sua publicidade são utilizadas varias mídias como: Internet, Algumas Revistas Locais, Lista Telefônica, Panfletagem, Outdoors e dentre todas as mídias a que traz um retorno considerável é a Internet. Meses de investimento: janeiro, fevereiro, março, junho, julho e agosto são os meses onde há uma intensificação no investimento comunicacional, por que são os períodos de matrícula. A escola é atendida pela Agência “Opera de Papel”, que atende desde a sua fundação. Os critérios para a escolha da Agência são: criatividade e o retorno do investimento. Na concepção da escola a vantagem é terceirizar o trabalho que tem que ser feito para diminuição de gastos e a Desvantagem é a demora das gráficas.
Eduardo Gomes A EMPRESA
- Breve Histórico O Colégio Eduardo Gomes, mantido pela Fundação de Rotarianos de São Caetano do Sul, iniciou suas atividades no Instituto Municipal de Ensino Superior - IMES - em 11 de agosto de 1982, com a denominação de Colégio Brigadeiro Eduardo Gomes.
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Simultaneamente começaram a funcionar a 1ª. série do Ensino Fundamental, com 12 alunos, e a 1ª. série do Ensino Médio, com 18 alunos, sob a direção administrativa do professor Milton de Andrade e a superintendência do rotariano Oscar Garbelotto. A partir de 1984, a denominação foi mudada para Colégio Eduardo Gomes. O modelo administrativo e pedagógico adotado foi o do Colégio Rio Branco, instituição de ensino mantida pelos rotarianos de São Paulo, com invejável tradição na formação de muitos jovens, hoje
figuras
de
destaque
no
cenário
nacional.
A partir de 1º. de setembro de 1993, após reformulação de sua política administrativa, o Colégio iniciou a conquista de seu espaço no mercado educacional do município. A Unidade I era instalada em privilegiada localização, próxima ao centro geográfico da cidade. Em 1997, num contínuo processo de expansão e para atender à crescente demanda, a Fundação de Rotarianos instalou a Unidade II, localizada à Rua Nelly Pelegrino, 444, para onde foram remanejados os alunos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental I (1ª. a 4ª. série). Em fevereiro de 2004 foi inaugurada a sua sede própria, à rua Major Carlo Del Prete, 1120 – bairro Santo Antônio. Numa área de mais de 8.000 m2, suas novas instalações abrigam desde amplas Salas de Aula, Laboratórios de Física/Química/Ciências e Biologia, Laboratórios de Informática, Sala de Multimídia, Biblioteca com Salas de Estudo até o Complexo Esportivo, com 3 quadras poliesportivas, salas para aulas de Dança, Judô, Xadrez e Damas,
além
de
Restaurante,
Cantina
e
Loja
de
Uniformes
e
Conveniência.
Temos como parceiros o Sistema Anglo de Ensino, o Curso Cel Lep e o Portal Educacional. A Fundação, dirigida por rotarianos preocupados com o futuro dos jovens, conta com um corpo de educadores atualizados e responsáveis que se dedicam à formação dos alunos, sem se descuidar do compromisso de prepará-los para o ingresso em boas faculdades como vem ocorrendo
costumeiramente.
Completando 23 anos de existência, o Colégio Eduardo Gomes já possui uma apreciável história de trabalho dedicado à juventude sulsancaetanense e se prepara para crescer ainda mais para comemorar dentro em breve o seu Jubileu de Prata.
- Quantas filiais / unidades Uma unidade com ampla infra-estrutura.
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- Faturamento anual (não consegui obter essa informação)
COMUNICAÇÃO
- Porcentagem que destina para verba publicitária Não existe uma verba especifica, mas sempre há gastos com materiais impressos e salários dos funcionários do setor de marketing. - Motivos para investimento em publicidade Muitas colégios de boa qualidade em São Caetano do Sul, a concorrência é forte.
- Mídias utilizadas Somente impressas, folders, cartazes, outdoors, portifólios, etc. A maior forma de divulgação do colégio é através dos eventos realizados, como por exemplo, Concurso de Miss e Mister, Festa Junina, Feira do Vestibular, entre outros. Além de contar com o boca a boca que é outra ferramenta muito forte.
- Comunicação Regional (localizada) ou Geral (toda a área de atuação)? Grande Abc e localidades próximas.
- Como é o planejamento anual da comunicação (investimento por mês)? Não existe um certo planejamento para a comunicação, ela normalmente ocorre quando se aproxima alguma festividade, evento dentro do colégio, ou nos períodos de matrícula e fim de ano.
- Quais são os meses de maior investimento em comunicação? Porquê?
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Final e começo de ano, para atrair novos pais e alunos.
- Principal foco na Comunicação Qualidade de ensino e material Anglo
- Principais retornos da comunicação Comunicação Boca a Boca, resultados de rematrículas, reuniões a cada mês.
ARPS - Breve Histórico: Nome da Empresa: ARPS Inglês & Informáticaer Tempo de Mercado: Em 1999 a escola foi inaugurada no bairro do Jardim do Mar, na Av. Índico, 863 e hoje ministra aulas em três endereços - São Bernardo : Av Índico, 535 – Jd. Do Mar (Matriz) - Santo André: Rua. Sen. Flaquer, 443 – Centro (Filial prédio Cut) - Diadema: Av. Encarnação, 290 – Piraporinha (Filial Prédio Sindicato dos Metalúrgicos)
No início a ARPS só ministrava aulas de Inglês e Espanhol, e com as mudanças no mercado o espanhol foi retirado e a Informática foi implantadas com cursos básicos e Web Design. Por Mês entram em média 30 alunos para o curso de inglês e 25 para o curso de Informática Mensalidade: 35,00 Funcionários: 31 São: 19 professores de Inglês, 4 de informática,
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4 recepcionistas, 2 auxiliares administrativos 1 diretor financeiro 1 diretor comercial
COMUNICAÇÃO Porcentagem que destina para verba publicitária: Depende do fluxo de Caixa Motivos para investimento em publicidade: Divulgar Marca / conquistar novos alunos Mídias utilizadas – Panfletagem, Cartaz, Internet(www.cursosarps.com.br) Comunicação deve ser feita somente na região do ABC Quais são os meses de maior investimento em comunicação? Porquê? Fevereiro por ser um período que todos querem iniciar um curso Julho por todos aqueles que não iniciaram em fevereiro - Principal foco na Comunicação - Alunos - Principais retornos da comunicação - Novos Alunos
Escola de Música Mário Carrer - Breve Histórico: Nome da Empresa: Escola Musical Mário Carrer Tempo de Mercado: Em 1969 a escola foi inaugurada no bairro de Rudge Ramos, na rua Jaquei (rua paralela) e hoje reside na rua Helena Jaquei nº.260 à sete anos. – No início começou a escola de música com música clássica no decorrer e no decorrer dos anos a escola expandiu para outros tipos de instrumentos musicais.
- Quantas filiais / unidades: (1) uma única unidade
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Em (1) um semestre ocorrem + ou – 130 alunos nos variados cursos. Duração do curso – Indeterminado Mensalidade: 75,00 reais Aulas individuais com hora marcada.
Funcionários: Patrícia, que trabalha à 12 anos e dá aula de todos os instrumentos. Raquel, que trabalha à 8 anos e dá aula de canto. Dono: Professor Mário Carrer, que dá aula de todos os instrumentos. Considerado Melhor aluno reconhecido pelo governador do estado em 1977. Famosos na qual estudaram na Escola de Música Mário Carrer – Vanderlei Cardoso, Sergio Reis, Almir Rogério (Fuscão Preto), Andréas Kisser, Fernando Déguer, Filho do Pião Carreiro. - Motivos para investimento em publicidade - fidelidade pelos alunos - Mídias utilizadas – Panfletagem, Lista Telefônica, Guia Mais, Internet(www.violacaipira.com.br) - Comunicação Regional (localizada) ou Geral (toda a área de atuação) ? Bairro de Rudge Ramos - Principal foco na Comunicação - Alunos - Principais retornos da comunicação - Novos Alunos - “A divulgação sempre obteve um retorno bom”. Mário Carrer
Pinguinhu de Gente A Escola Infantil Pinguinho de Gente, localizada na Vila Duzzi, em São Bernardo do Campo, foi fundada em 1994, quando a senhora Valéria Pereira, graduada em Pedagogia, decidiu abrir seu próprio negócio, e utilizou a casa onde morava como sede.
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Na época, estava para receber as chaves do apartamento que tinha comprado próximo à esse imóvel, e feito isso, sua antiga moradia passou por uma grande reforma para dar o tom de escola infantil para o local. Com uma equipe pequena, formada por duas graduandas em pedagogia e uma cozinheira, a Escola Infantil Pinguinho de Gente nasceu em Julho de 1994, com 15 alunos, de faixa etária entre 2 e 5 anos. Após esses 13 anos de muito trabalho e dedicação, a Pinguinho de Gente, instalada ainda no mesmo local, conta hoje com uma estrutura muito maior, e tem orgulho em dizer que emprega 15 pessoas, e tem aproximadamente 130 alunos, da mesma faixa etária. Hoje a empresa disponibiliza aos seus alunos regime de estudos de horário integral, das 7:00 às 17:00, serviço de perua escolar, quatro refeições diárias, parquinho infantil de verão, parquinho infantil de inverno, sala de vídeo, sala de informática, sala de idiomas (inglês e espanhol), 4 salas de aula, refeitório, sala do soneca, e um mini zoológico, que tem hoje um papagaio e um casal de chinchila, que acabaram de se tornar papai e mamãe de 6 filhotes. A escola também proporciona aos alunos duas excursões por ano em locais sócioeducativos e de lazer, além de variadas festas que contam com a participação dos pais, como a do Dia dos Pais, Dia das Mães, Festa de Fim de Ano e Festa das Férias, que ano passado contou com a participação dos palhaços Patati & Patatá. Durante esses 13 anos de vida, a comunicação que deu certo na Pinguinho de Gente foi a do boca a boca. Começaram com crianças de pais amigos de dona Fátima, e o bom trabalho e investimento em sua estrutura geraram indicações aos amigos dos amigos dos amigos, e assim a empresa cresceu. A única visibilidade externa que a escola tem é sua fachada, que é toda grafitada com temas infantis. Hoje, pela forte concorrência, a Pinguinho de Gente sente a necessidade de investir mais em comunicação, e quer começar essa nova era antenada com as últimas tendências, e deseja explorar bastante a web. Além disso, quer também uma reformulada em sua estrutura interna, passando de limpa e organizada para encantadora, e com o desejo de abrir uma nova filial, quer padronizar também todos os seus processos internos, pois já sabe o que dá certo em sua empresa, investindo também em uniformes para os funcionários. Essa é a Pinguinho de Gente, a escola que se preparou muito bem nos seus primeiros 13 anos de vida, e que promete muito para esses próximos 13 anos.