andreia moura (org.)
#ContaPraAndréia divagações jornalísticas e literárias 1a. Edição
Engenheiro Coelho
Edição de autor 2018
#ContaPraAndréia - divagações jornalísticas e literárias ©Andréia Moura (org.) 2018 Edição de autor
Projeto desenvolvido a partir de atividade realizada na disciplina de Redação Jornalística V - Jornalismo Litériario, pelo 3o. ano de Jornalismo do Centro Universitário Adventista de São Paulo - Unasp Campus Engenheiro Coelho ORIENTAÇÃO: Andréia Moura AUTORES PARTICIPANTES: Amanda Ferelli, Amilly Diniz, Ana Caroline Gonçalves, Ana Karollyne Aguiar, Andressa Viana, Claudia Brito, Cleidiane Araújo, Dalila Santana, Danielly Lopes, Eduardo Arantes, Eva Cueva, Evelina Abdyl, Fernanda Silva, Gabriel Dias, João Vitor Terres, Juliano Vitório, Kathleen Marques, Kemelly Ferreira, Kevin Dantas, Laura Cachaneski, Mariela Espejo, Michael Harteman, Priscila Vasconcelos, Sarah Dornelis, Soraya Lauriano, Thalita Gameleira, Thalita Gerez, Vitor Esperança, Vitória Ribeiro, Walace Ávila PROJETO GRÁFICO, CAPA E DIAGRAMAÇÃO: Andréia Moura (Etc. y Tal Produções) IMPRESSÃO E ENCADERNAÇÃO ARTESANAL @euandreia.moura andreiamoura007@hotmail.com
“O que chamamos de Jornalismo Literário é a conjunção de conhecimentos, saberes, savoir-faire e estilos narrativos desenvolvidos pela literatura que podem (e devem) estar a serviço de rotinas de produção jornalística. Jornalismo Literário é, portanto, o jornalismo contextualizado com vários campos do conhecimento humano. É por isso mesmo, um tipo específico do fazer jornalístico que não exclui, a princípio, nenhum recurso metodológico ou narrativo Gustavo Castro, “Jornalismo Literário: uma introdução”
Nenhuma boa história se gasta, por muitas vezes que se conte. Provérbio escocês
Autores: Amanda Ferelli Amilly Diniz Ana Caroline Gonçalves Ana Karollyne Aguiar Andressa Viana Claudia Brito Cleidiane Araújo Dalila Santana Danielly Lopes Eduardo Arantes Eva Cueva Evelina Abdyl Fernanda Silva Gabriel Dias João Vitor Terres
Juliano Vitório Kathleen Marques Kemelly Ferreira Kevin Dantas Laura Cachaneski Mariela Espejo Michael Harteman Priscila Vasconcelos Sarah Dornelis Soraya Lauriano Thalita Gameleira Thalita Gerez Vitor Esperança Vitória Ribeiro Walace Ávila
Parte 1
Explorando o novo
Olhou os textos sobre a mesa. Eram muitos, eram extensos. No fim desta jornada restava o infinito exercício da correção. Nunca se importou, de fato, com isto. Com o trabalho e o longo tempo exigido por ele. Gostava de observar os muitos crescimentos alcançados. Gostava de divertir-se com as peculiaridades dos estilos de escrita. Gostava de admirar-se com as sutilezas nas abordagens. Gostava de ler. Textos, almas, ideias.... Sua canseira era de outra natureza. Já fazia tempo que a rotina e o contínuo descaso com o processo lhe roubava a vontade de ensinar. Sempre acreditara na educação. Talvez com um pouco de arrogância (nada característica à pessoa), confiava na excelência de sua atuação professoral. Mas no passar dos dias começavam a faltar-lhe palavras, sorrisos, piadas, disposição. Voltou-se para agosto daquele ano. Sentada na escrivaninha improvisada estudava as possibilidades de exploração de conteúdo da dita disciplina. As aulas daquele assunto configuravam-se, em sua avaliação, a segunda melhor experiência em suas atividades docentes. Jornalismo Literário. A primeira grande experiência,
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nunca escondeu, sempre foram os encontros construídos em Movimentos Artísticos e Culturais. Respirou fundo. Contou os tópicos dispostos na tela. Liberdade narrativa, recursos literários narratológicos, conto-ensaio, Novo Jornalismo, Livro Reportagem, perfil, microconto. Microconto... Talvez este ano pudesse dedicar-se melhor com os alunos nesta atividade. Gostava da turma em questão. Sempre divertia-se com eles, independentemente dos percalços que enfrentavam no cenário geral. A começar pelo baforento arrastar de um processo educacional cada vez mais obstaculizado. Organizou-se mentalmente e fisicamente. Fortaleceu os conteúdos. Enfrentou a sala de aula. Ah! Ela não sabia, mas sua Chapeuzinho receberia, ali junto a seus pupilos, doces nuances e satíricas cores. D. Cacilda e Lenhador teriam seu romance elevado. Lobo Mau se tornaria ícone. As festas imaginadas por eles se tornariam raves mo-
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numentais frequentadas por controversas criaturas mágicas. Sorriu ao lembrar. Gargalhou em seguida, na solidão das lembranças e boas surpresas. Contou a eles sobre Saramago. Não tinha expectativas. Mas eles a atropelaram. Demonstraram que entendiam muito mais da vida do que ela sequer sonhou. Caminharam com ela, mesmo quando ela pensou que nunca aceitariam começar a jornada. Escreveram sobre seus sonhos de um mundo melhor, renovando a fé que ela perdia na humanidade. Trataram dos amigos e colegas de meigas e humoradas formas. Perfis, não tão bons, mas divertidos iniciantes da arte de descrever. Escreveram diálogos inesperados. Alguns profundos, outros rotineiros e alegres. Enquanto lembrava do momento em que corrigiu estes textos, veio-lhe fugaz sorriso. Eles envergonharam com tanta classe o descrédito que ela carregava no peito ao dar pontapé inicial no semestre. Aprendiam, subvertiam, lhe ensinavam inimagináveis coisas. Suas reportagens, finalmente, mostraram a ela que aquela continuava sendo a segunda melhor experiência de sua carreira docente. Ela podia ensi-
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nar, podia acreditar no ensino, podia acreditar neles. Em um brilhante futuro para seus queridos pupilos. Eles cresceram tanto. Ela também. Jamais havia sonhado que poderia encantar-lhes ao apresentar uma de suas paixões mais antigas. A literatura. Ou que eles compreenderiam a sutileza e profundidade de usar esta ferramenta em função do jornalismo. Começou a ler os feedbacks que lhe fizeram na ultima aula. Respirou fundo. Quando viu, estava chorando. De vergonha por ter começado esta viagem com tão pouca fé. Com respeito, por saber que eles viam muito mais nela do que ela mesma. Com orgulho por saber que a experiência tinha sido tão maravilhosa para eles como foi para ela. Nada, repetiu mentalmente - NADA - seria igual com eles novamente. Ela mal podia esperar para ler o que eles escreveram sobre sua vida pessoal. Quando lembrou que havia falado a eles de coisas que até alguns de seus melhores
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amigos nunca souberam, ficou meio envergonhada. Mas passou logo. Sabia que com eles isto não seria constrangedor. Enquanto digitava as ultimas linhas deste texto, se entristeceu por saber que seria o fim desta viagem. Mas então lembrou-se. Era apenas o fim de uma das muitas viagens que ela pretendia ter ao lado deles. Foi incrível! Como agradecer por isto, afinal? Talvez, dizendo-lhes as palavras que o general e cônsul romano Júlio César proferiu ao senado, enquanto apresentava os espólios de uma investida de expansão militar absolutamente vitoriosa: Vim, vi, venci. Vocês também. Vieram, viram, venceram!
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Espécie de conto muito pequeno. O microconto apresenta uma narração dentro de uma ou duas linhas. A ideia é que com o mínimo de palavras possíveis, seja apresentado todo um contexto e uma ação em torno do pouco que é revelado. No microconto muito mais importante que mostrar é sugerir, deixando ao leitor a tarefa de “preencher” as elipses narrativas e entender a história por trás da história escrita. “Microconto é a tirinha clássica, em palavras” Edson Rossatto “Quando acordou, o dinossauro ainda estava lá.” Augusto Monterroso “Vende-se: sapatinhos de bebê nunca usados.” Ernest Hemingway “Uma vida inteira pela frente. O tiro veio por trás.” Cíntia Moscovich “Que porta abrir? Qualquer uma. São todas minhas.” Renata Crispim
Parte 2
microconto: o mundo em gotas, f lashs, insigts
Contar para a Andréia? Você não sabe? Ela ama histórias. Co Almeja uma nova geração disposta a contá-las. Kemelly Ferreira
Mistérios cotidianos, ironias 18h45. Calafrio. Olhou de canto a sombra se aproximando no chão. Correu. “Em pé 13 estações? Nem a pau!” Andréia Moura No metrô. Celulares, apenas um livro. Evelina Abdyl
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Descer na parada errada também é uma forma de conhecer a cidade. Mariela Espejo A desigualdade estava descrita nas paredes da cidade. Laura Cachaneski
Deixaram a vaga vazia. Partiram tão rápido, nem me despedi. Descansam em paz. Fernanda Silva Sua vida acabou tão rápido quanto a velocidade do carro que dirigia. Vitória Ribeito
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Sempre chega antes do banco abrir e espera na porta a gerente Rosana. Sabe que se chegar depois não ganha beijinho. É cego, bobo não! Juliano Vitório Só tinha olhos para a esposa. Era o único doador de córneas compatível. Eduardo Arantes Eram 5 da ma manhã e ainda batucavam os dedos no celular. O aparelho vibra com uma nova mensagem, um sorriso. Para ele, o come começo de um romance. Para ela, só mais um amigo. Karol Aguiar Deitou-se nas redes. Mostrou-se nas redes Abriu Ab a janela para um mundo que nunca viu. Kevin Dantas
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Filmes e séries Se cair, a realidade o levará para um possível reencontro. Em pé, sera mais um sonho sem expectativa de um despertar. Walace Ávila O vento passava e arrepiava-me. Não era um vento comum. Era harmonioso e melodioso. Como o canto de um anjo. Um anjo da música. Kevin Dantas “Hey Mamma”, exclamou Sophie. Dentre os 3, escolher o certo aparentava surreal. No final, ter todos os 3 foi a opção ideal. Walace Ávila
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viagens interiores A alma chora. A tristeza agride. Ah, se eu tivesse minha mocidade. Quantas coisas pensei, tantos planos tracei. Quantas vezes sonhei e jamais me lembrei. João Vitor Terres A vida me colocou entre a cruz e a espada. Cleidiane Araújo
Naquele dia entendi que eu não tinha mais nenhuma nhuma opção. Resumindo, encontrei a liberdade. Michael Harteman Já era tarde demais, cedo demais. Sarah Dornelis
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No ritmo do compasso, vou caminhando cantando a rima que se fez dentro de mim. Querendo sabores, cavalgo em cores, perdida sem fim. Perdida nas cores, sentindo os sabores, no ritmo que a vida deixou eu ir. Ir para longe de mim, naquele momento. Cláudia Brito Se até o sol voltou, é sinal de que noites em claro não duram pra sempre... corações apertados também não. Ana Caroline Gonçalves O seu brilho vence qualquer escuridão. Thalita Gameleira A luz mais forte que existia era a que vinha de dentro dela. Laura Cachaneski
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Acordava no desespero, na pressão e pensava: “Na próxima não será assim”. A “próxima” chegou. Estou na mesma. Chegava lá, queria voltar. Agora estou aqui. Quero lá! Gabriel Dias A cama não tinha espaço para nós duas. Ainda assim, naquela noite, eu e a tristeza dormimos de conchinha. Andressa Viana Poderiam falar mais baixo? Estou tentando dormir”, disse ela para as vozes de sua cabeça. Amanda Ferelli Chovia lá fora e aqui dentro. Laura Cachaneski
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paisagens Viajou. Nas mentes, nas geografias, nas pessoas, nas comidas. Suas paisagens eram constantemente novas. No espelho, principalmente. AndrĂŠia Moura NĂŁo viajava pelo mundo, mas o mundo viajava nela. Mariela Espejo As estradas que havia percorrido atĂŠ ali mostravam o lugar em que ela deveria estar. Laura Cachaneski
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Olhou pro céu e desejou ser viajante: nuvem Amilly Diniz Passavam como se não pertencessem. E Pa quando se reuniam, trovejava. Sarah Dornelis A chuva veio regar a terra e logo refrescou a alma Amilly Diniz Aproveite suas tempestades para tomar banho de chuva. Andressa Viana
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Ela tinha grandes sonhos, mas não queria molhar os pés Vitória Ribeiro
Livros, escrita Esse microconto fala de um microconto que ainda não existe. Vitor Esperança “D’artangnan! D’artangnaaaaaaaan!!” Aff. Aq Aquela história de um por todos... Que tédio! Bufou. Nem cagar em paz ele podia. Andréia Moura Cheia de orgulhos, nunca os entendeu. Preconceitos? Tinha dezenas. Bom senso, nunca visitou-lhe. Sequer em sonhos. Nas maquinações: “PHD”. Com 5 filhas para casar? Pobres nervos, os seus. Andréia Moura
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política A bandeira deu a dica. Antes do progresso precisamos ter ordem. Vitor Esperança O 13 não está sozinho na disputa para ser número do azar. Andressa Viana “É pela família” - diz, em uma tentativa de ocultar sua intolerância. Amanda Ferelli
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Eles dizem que a gente não entende, que a gente não enxerga. Mas olha aí, eles estão vedados, prestes a cair no precipício. Michael Harteman
Ele gostaria de se esconder no barril após ver tantos sofrendo do Complexo de Dona Florinda. Eduardo Arantes Levantei cedo decidida em quem votar. Mas, s, no meio do caminho encontrei muita gente querendo me ludibriar. Cleidiane Araújo “Exatamente um mês após o dia da independência, parece que nos encontramos presos novamente” Ana Caroline Gonçalves Mergulhou em polêmicas. Afundou-se no boicote da sociedade. Eduardo Arantes
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Simbologias, espiritualidades Quero tocar os dedos de Quem em cada flor deixou uma cor Mariela Espejo
Parou para fazer um lanche com o amigos. Pão e suco de uva. Foi tão marcante que virou tradição. Kevin Dantas
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Em meio ao sombrio reconheceu a Sua voz. Arrepiou-se. Kathleen Marques
Esquinas, becos, encruzilhadas Deitada em seus braços, desenhava com a ponta dos dedos um mapa em seu peito. Traçava sua próxima fuga. Vitória Ribeiro
Chegou bem perto, Ch mas foi incapaz de se jogar. Ana Caroline Gonçalves
Eu pedi licença, ele pediu perdão. Eva Cueva
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O sol se foi mas você não precisa ir. #outubrorosa Kathleen Marques Um toque de amor. Um toque de vida. Amanda Ferelli Tinha tudo para desistir, mas resolveu fazer de cada dia um dia de luta. Um dia mais rosa Vitória Ribeiro Rosa para colorir o dia. Rosa para colorir co a vida. Rosa para salvar vidas. Amanda Ferelli A tempestade te sempre virá... se afogar é se entregar. Kathleen Marques
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amor, estranho amor Quando demos nossas mãos, o emaranhado do de linhas se completaram em um único carretel. etel. Kathleen Marques Veio onda de carinho e transbordou o meu (a)mar Amilly Diniz Piano e viola. A gente podia fazer um dueto. Um trio. Uma família, sei lá. Kemelly Ferreira Parei, refleti, escrevi. “Planejamento de uma vida inteira contigo”. Em construção. Fernanda Silva
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Ela só perebeu quão efêmero foi, quando viu que não deu nem tempo da estação de amoras chegar. Sarah Dornelis Chegou sem pedir licença, entrou e me machucou. Mas, a culpa mesmo é do danado do amor. Dalila Santana
Minha inspiração é fruto da sua recente ausência. Kemelly Ferreira Te perdi no momento que me conheci, pois percebi que você não significava mais nada para mim. Cleidiane Araújo
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Eram melhores amigos há tanto tempo. Todos já tinham notado, menos eles. Até que um dia, aconteceu. onteceu. Karol Aguiar Foram ao parque, mas nenhuma brincadeira eira era mais divertida que o amor. Ana Caroline Gonçalves No emaranhado dos teus cachos me acho, encaixo, aconchego Amilly Diniz Mesmo sem se verem todos os dias, eles sabiam: uma aliança é uma aliança! E, por incrível que pareça, não falavam de coisas visíveis. Ana Caroline Gonçalves
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Tsunami Chegou tirando onda. Nem pediu para entrar. “Meu Deus, cadê meus amigos?” Ela levou para passear. Juliano Vitório Olhou o horizonte, viu a onda se formar. “Essa é minha!”, gritou. Pobre coitado, mal sabia que aquela seria da cidade inteira. Vitória Ribeiro “Não era a onda que eu esperava” - disse agarrado em sua prancha à procura de refúgio. Amanda Ferelli
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No meio dos destroรงos nenhum passo a mais se pode dar. A triste realidade cobriu a esperanรงa como a รกgua do mar. Eva Cueva Lavou, mas nรฃo deixou nada limpo. Andressa Viana A catรกstrofe invadiu a paisagem mais bela que conhecera. Thalita Gameleira
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Aliteracoes ,~ “Xegou, xeretou, xecou. Com xarme-magia xingling, xamou o xamã. Meu olhar de xerife dizia: xispa! Xorou um sorrisinho xinfrim. Aceitei. “Tá certo Xandão!” Andréia Moura
Ah viajar! Ver, vasculhar, ventilar. Vadiar vazios. Visitar vastos. Vagar vícios. Voltar, valorizar, viver. Outra vez, velejar. Andréia Moura
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noticiรกrio
Nรฃo tomou Red Bull, mas criou asas. Dalila Santana Cresceu fazendo o quee mais amava, morreu eu onde mais queria ia estar, em primeiro. ro. Michael Harteman an Seus dribles em campo o elevaram ao trono. Dalila Santana
Bombas-H lanรงadas. Todos nรณs morremos. Eduardo Arantes
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Mistérios cotidianos, ironias Do cruzamento entre o sábado e a necessidade entre lavar roupas, nasce a chuva. Thalita Gerez “Vamos para aquele lado. Lá nao esta chovendo”. Fugiram sem perceber que estavam correndo em direção ao dilúvio. Walace Ávila “Frio é psicológico”, tentavaa se convencer mirando suas unhas has roxas. Kemelly Ferreira
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“Ridículas!”Olhou as bolas de papel no lixo. Só pensava em Fernando. Aquele português deveria saber como listas de compras também são ridículas. Andréia Moura “Ué cade o cesto de lixo? Ah, ele foi passear.. disse que tava de saco cheio” Priscila Vasconcelos Ao acordar no meio da noite com um barulho, Jorge acende seu abajur. Percebe que era melhor tê-lo deixado desligado Vitor Esperança Ele virou, correu, mas já era tarde demais Eva Cueva
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Ouviu atento a confissão da viúva. Atento até demais. Saiu da igreja e foi procurar o bispo. Precisava se confessar Juliano Vitório Foi um dia complicado, ela não passou das 120 gargalhadas. Michael Harteman Chegou ofegante com a pergunta saltando boca a fora: o professor já fez a chamada? Karol Aguiar
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Estressado com sua vida, respirou fundo antes de ser alvo de uma pomba. Eduardo Arantes
Parou de ser criança para começar a fazer criancice. Andressa Viana Encontrou no dicionário a definição que procurava. “Palhaço: personagem m cômico que provoca o riso”. “Que palhaçada!” exclamou com tom de indignação. No fundo ele só queria fazer-se rir. Fernanda Silva A graça não respirou, entorpeceu de veneno, perdeu o ar e não houve tanta nta graça assim! Danielly Lopes
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O avião feito para nunca decolar (Brasília) Thalita Gameleira Que bom que no aeroporto pesam só as malas e não os corações. Evelina Abdyl
“Gostou? Seja sincero, não meu eu amigo.” Amanda Ferelli “Eu estou sempre aqui” - disse, se, sem mesmo dizer. Amanda Ferelli
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Em ano eleitoral não perca amizades por política. Perca amizades com quem fala biscoito. Vitor Esperança Vito
“Plena segunda-feira, plena estava.” Kemelly Ferreira De tanto querer, já não quis mais Sara Dornelis Parei. Olhei. Respirei. Por fim, falei: sentirei falta. Ou só pensei mesmo... Ana Caroline Gonçalves
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viagens interiores Sempre imaginara-se excelente companhia! Ali, com nada além das próprias sombras da mente pela quinta vez, repensou-se. Sofreu. Andréia Moura O que foi, está no passado. O que será, ainda no futuro. E o que é, sinceramente, não sei. Kevin Dantas Aquela seria a última vez, jurou para si mesmo. Karol Aguiar
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Tristeza ao olhar no espelho e forjar o que você chama de utopia. Kemelly Ferreira Buscando algum sentido no espaço vazio, achei vários. Evelina Abdyl
Solução de uns, destino de outros e tristeza de todos. Dalila Santana
Não há nada pior que a solidão. Exceto quando alguém não entende o quanto eu preciso da solidão. Michael Harteman
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Somos todos escravos de nossas almas livres. Evelina Abdyl Enquanto Ele me ensinava sobre liberdade, percebi que o que julgava liberdade me aprisionava. Kathleen Marques Se eu não acreditar em mim, quem vai acreditar? Eduardo Arantes Uma nação pensante e a esperança para um amanhã melhor Thalita Gameleira
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Decidiu rir, nem que fosse por um instante. Porque ela era a soma dos instantes. Mariela Espejo Minhas lembranças não me enganam Danielly Lopes
No chão, chorando outra vez, ouço a pergunta: “quantas vezes você já deixou ir embora algo que era bom para ficar sofrendo pelo que não era?” Karol Aguiar “Cuidado, não pise!” O alerta veio tarde demais. De tanto ser pisoteado, deixou de existir (amor próprio). Fernanda Silva
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Dialogava com seu maior inimigo quando notou que sabia todas as respostas. Foi só aí que percebeu que estava falando sozinho. Kevin Dantas “Pare. Continue. Pare.” A voz da consciência nunca esteve tão confusa enquanto estudava na madrugada. Kemelly Ferreira Em silêncio gritava por socorro, mas ninguém escutava. Talvez houvesse muito ruído. Talvez só estivessem distantes. Kevin Dantas
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Tentou ser normal. Preocupou-se com sua saúde mental. Fez-se de louco. Kevin Dantas
Nem sempre é fácil conhecer alguém de verdade. Eduardo Arantes “Aos pés dela, segui os passos do caminho que sempre procurei” Ana Caroline Gonçalves Outro dia acabou. Foi do trabalho para casa, só para encontrar, mais uma vez, os últimos resquícios do cheiro que nunca mais iria sentir. Karol Aguiar A cada nova empreitada, lembrava da fala do filósofo. “Penso, logo desisto” Kevin Dantas
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política Mito: explicação fantástica ao humanamente incompreensível. Ele, realmente, é uma paródia do inexplicável. Um fenômeno desconhecido e inumano. Andréia Moura Mergulhou em polêmicas. Afundou-se no boicote da sociedade. Eduardo Arantes Já sabíamos que de “santinhos” os políticos não tem nada. Mas sabe o que impressiona toda vez? As ruas ficarem cheias de “santinhos do povo” também. Ana Caroline Gonçalves
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Tem coisa mais chata do que começar a debater um assunto e soltarem um “você tem que se informar”? Tem! Você tem que se informar. Eduardo Arantes
Fi Filmes e séries Leão, Lobo, Dragão, Veado, Urso... É tanto bicho brigando que não vai sobrar ning ninguém na floresta pra brincar com o trono. Só o frio mesmo. Andréia Moura “Se algo for pra dar errado, dará”, pensou Murphy. Anos-luz dali, Cooper estava revogando o pensamento da filha. Walace Ávila Esbarraram-se no cinema e nos olhos. Outra vez. Sorriram-se. Suspiro inseguro. “Será que ele sabe?”. Na tela o olhar dizia: “Soube em sua 15ª visita”. Andréia Moura
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paisagens “
“, gritou o silêncio. Kevin Dantas Fui confessar ao mar. O que ele disse? Nada. Eduardo Arantes Até quando olharás muito e verás pouco? João Vitor Terres
Assoprei esperando ver magia. Me deparei com uma flor vazia Mariela Espejo
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Assim que os primeiros raios iluminaram m o céu, nasce com ele - o sol - , em tom amarelado e subjetivo, a certeza. Sarah Dornelis Ela subia a montanha todos os dias paraa vê-lo nascer e morrer. Isso a mantinha viva. Dalila Santana Acordou junto com o amanhecer e sorriu. rriu. Depois de tanto tempo, mal podia acreditar editar que era tudo real. Karol Aguiar O sol brilhou para mim. A chuva derramou suas lágrimas. Para mim e para todos. Não perguntou quem eu era e não perguntou quem eras tu. Somente nos concedeu o sol seus raios e a chuva suas lágrimas. Não quis saber se merecíamos. Cláudia Brito
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Ouviu da lua que a beleza estava em suas fases Amilly Diniz Pela primeira vez, e desta vez, a vista favorita nĂŁo estava no horizonte Sarah Dornelis Se despediu da lua na certeza de que ela voltaria logo, logo Amilly Diniz
Foram ver o sol, mas naquele dia ele nĂŁo nasceu Sarah Dornelis
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Tempo. Tempo que passa e tempo que fica até o infinito. Evelina Abdyl Porque nós também somos infinitos Laura Cachaneski
Sem futuro, sem passado. Nada perdeu. Eduardo Arantes O tempo tenta, mas não reinventa. O tempo corre, mas não escorre o bom passado nos estreitos buracos imperfeitos, erodidos, das imperfeições do contratempo. Danielly Lopes
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Enquanto todos dormem, clamo por momentos de poesia silente. Naturalmente ela vem. Logo, clamo por poesia dita ao amanhecer. Kemelly Ferreira Talvez amanheça. Talvez esqueça. Talvez aqueça. Talvez floresça. Thalita Gameleira Nunca viu a escuridão, também nunca soube que era a luz. Andressa sa Viana
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Em busca do perfeito, deixou-o passar, incontáveis vezes. Kevin Dantas
As idas e vindas da vida Laura Cachaneski “Quando aquela mãozinha me tocou, envelheci.” Kemelly Ferreira Não, não podem ser apenas histórias. São vidas que deram a vida para uma vida em continuidade. Evelina Abdyl Tudo renasce e floresce, basta a percepção dos olhos de quem vê! Danielly Lopes
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Esquinas, becos, encruzilhadas Tudo está se afunilando, em um piscar de olhos estamos no quarto ano. João Vitor Terres
“Vamos resolver os problemas”, pensaram. Mal sabiam eles que na verdade entravam em um universo de incógnitas. Thalita Gameleira Gritei: Mãe por favor pára. Mas, meus pedidos de socorros foram ignorados e foi assim que morri. Cleidiane Araújo
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amor, estranho amor “Se você me amasse faria”, disseram-me. Acredite, é por amor que não o faço – pensei e não respondi. Mais uma vez permaneço em silêncio. Amanda Ferelli O tempo não pode nos fazer esquecer da aurora da união, do berço de um amor iludido e imaturo. Por isso tão perfeito. Danielly Lopez No silêncio da brisa que voa, no entardecer do sol reluzente. Lembrei-me de suas manias permanentes, sorrisos e carinhos delirantes. Nossas conversas sinceras, nossos amassos marcantes. Descanse em paz meu amor. Cláudia Brito
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Os dedos coçam fazendo esforço para não te ligar; e eu ligo mesmo assim. Não tenho autocontrole, nunca liguei para isso. Amanda Ferelli Pedi um abraço, me deu abrigo. Amilly Diniz Deitou em meu colo e passou o domingo no nos(so)ninho Amilly Diniz
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E sempre um precisa partir e o outro ficar. A saudade acaba virando rotina, mas sem virar costume... Ana Caroline Gonçalves
dívida histórica Me tornei pobre, de tanto procurar a paixão . Voei, depois, o chão tocou meu rosto com violência. Caí, mais ainda continuo de pé. Levaram, de mim o que mais queria . Choram , pelo seus filhos, chora minha África Soraya Lauriano A vida era bela. Ela foi passear. Viram m algo diferente, a chamaram de Sinhá. nhá. Sinhá limpa e recolhe, Sinhá tem que ue lavar. Sinhá pobre moça não tem tempo para sonhar. Sinhá! Escura Sinhá! Agora cuida dos filhos que a fizeram carregar. regar. Cláudia Brito
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Mistérios cotidianos, ironias “Criei a hashtag #mepaguem para ver se a moda pegava. Nada recebi por isso.” Kemelly Ferreira Não sei ao certo o que se perde com maior frequência. Se são as chaves ou a noção. Amanda Ferelli
nonsense 62.
Na loja de ferramentas: - Diga em que posso ajudar? - Eu preciso de uma porca, minha senhora. - Eu hoje saio as 5, está bom pra você? Eduardo Arantes
A bagunça do quarto era uma fração da entropia em sua mente Amilly Diniz Rotina. Laura Cachaneski
Ele me disse: “eu ou o jornalismo”. Sinto saudades dele. Cleidiane Araújo Lia tantas histórias, mas era incapaz de criar a sua própria. Evelina Abdyl
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Ela olhava de longe e não acreditava. Sua felicidade estava no câmbio automático. Eva Cueva Depois de muitas tentativas gritou: “Desta vez ninguém nos notará”. Fechou o bico. A traição foi descoberta (maritacas). Fernanda Silva
andréia
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Depois de uma hora na fila do banco é atendido por uma moça com um crachá escrito “Andreia”. Nesse momento lembra: “putz, esqueci do microconto de hoje”. Vitor Esperança
Nãosei se era para eu me sentir assim. Mas, já não posso mais controlar. E olha que tomei café da manhã. Amanda Ferelli Era noite de Natal. Desta vez tinha menos cor, menos brilho, menos um. Fernanda Silva “Chorar pelo açaí derramado torna o problema bem mais grave e emergencial. Leite é quase nada.” Kemelly Ferreira “Os deadlines a assustavam. Não queria o seu.” Kemelly Ferreira
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Apressado o dia não espera. Talvez só queira chegar ao fim. Eva Cueva Peguei a viola para tocar um modão. Porém, não consegui ao lembrar que meu coração ficou lá no sertão. Cleidiane Araújo Deixou a vida simples da roça ´para se aventurar na cidade. Hoje suas conquistas lhe trazem felicidades. Mas, no fundo da alma, sente saudade da simplicidade, da vida no campo e das amizades. Cleidiane Araújo
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Nove. São os dias que faltam para ara te ver. Também, para acabar esse desafio. Não sei mais o que escrever. er. Amanda Ferelli
Jura que a luz era sua maior Jurava companhia. Até que a energia co acabou, o PC apagou. Kemelly Ferreira
Perguntei: “Quem são vocês?” “Somos revolucionários!” responderam em coro. Ri e prossegui: “Que arma usam?” “O amor”. Fez todo sentido. Fernanda Silva
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paisagens Sua janela mais parecia uma prisĂŁo Laura Cachaneski Uma janela, uma vista, vĂĄrios sentimentos Thalita Gameleira Uma atitude positiva abre novos caminhos. Eduardo Arantes Tinha tudo para perder, mas tambĂŠm muito a ganhar. Peguei a mochila e fui me arriscar. Thalita Gameleira
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Não crie estacas antes de construir sua morada João Vitor Terres Era tarde demais, ela já estava a caminho. Mas nesta viagem, não estaria sozinha. Thalita Gameleira “Ao pensar em felicidade, me recordo que meu lar não é um lugar que se localiza em mapas” Ana Caroline Gonçalves Quando na vida surgir tempestades, mantenha-se firme na caminhada. Há sempre um pôr-do-sol depois das adversidades. Eduardo Arantes
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As canções já não retratam e o que eu escrevo não demonstra o que eu sinto por ela. E se eu desligo o rádio é porque já não faz sentido, tanto tempo a esperar, a canção se ajeitar Michael Harteman
Pra que levar a vida tão a sério, se a vida é uma aventura alucinante da qual não sairemos vivos? Eduardo Arantes
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“Para viajar, basta existir” Fernando Pessoa “Quero encontrar a Ilha Desconhecida, quero saber quem sou quando nela estiver” José Saramago “Se você voltar, não será o mesmo” Gandalf, em O Hobbit J.R.R. Tolkien “Da viagem, seu valor se cumpre na distância percorrida” François Laplantine e Alex Nouss, De um certo ponto adiante não há mais retorno. Esse é o ponto que deve ser alcançado. Franz Kafka
Parte 3
^ epĂlogos de uma experiencia
Que linda viagem! Mas este não é meu destino final. Tampouco o de vocês. Foi um privilégio compatilhar este semestre. Obrigada! Por renovarem em mim a fé na nobreza da docência e a certeza no poder transformador da eduçação.
Andréia Moura [...] Abra sua mente, saia da caixa. Dessa forma foi ficando cada vez mais interessante compreender a arte que é a literatura junto do jornalismo. [...] Entendendo a magia existente nessa forma de escrita, me vi perdido em um caos de palavras, mas em meio ao caos havia ordem. Uma ordem que precisava ser resolvida, que queria ser resolvida para encantar outras pessoas. [...] Deixar passar todo esse novo mundo literário que me foi apresentado seria, no mínimo, burrice. Por isso, eu só posso agradecer por, assim como os antigos navegadores, ter a possibilidade de descobrir esse novo mundo...
Vitor Esperança 74.
De tão belo, o Jornalismo Literário não precisa se encaixar em formatações. Pode ser um microconto no stories do Instagram, uma história ficcional sobre Reino Encantado ou a inspiração de reportagens profundas e densas de Eliane Brum.
João Vitor Terres Uma disciplina, disc alimentada e amada. Muitas aprendi aprendizagens para o cérebro, para sex semestre, levo em mim a alma. No sexto paz, tranquili tranquilidade, por aprender mais de português, de literatura.
Danielly Lopes
75.
Ah, bom lembrar que o “bem elaborado” não significa, necessariamente, que o texto seja extenso. Pelo contrário, você ensinou que histórias podem ser contadas em pouquíssimas palavras. [...]Minha recompensa: descobri faces diferentes de mim e percebi que posso fazer o que quiser, é só me arriscar. Saio do 6º semestre feliz, bem feliz com meu resultado. Jornalistmo Literário tem um espacinho bem especial na minha trajetória
Amilly Diniz Am Abso Absolutamente livre pra pensar e sentir. Não só ssentir. Trazer e levar sentimentos através das palavras, do texto. “Meu”, pára tudo. Parece Pare que agora sim eu aprendi a escrever. Obrigado Obri por me presentear com isso. Assim que me desprender de todas as amarras, todas mesmo, você vai ver como aprendi direitinho. Pode acreditar, você vai ver.
Michael Harteman
O jornalismo literário é um ensinamento que não serve apenas para o leitor, é uma lição de conhecimento próprio - para quem escreve - e também de mundo. O vasto universo de possibilidades mostra como a literatura é algo presente no cotidiano. O poder de conduzir a “sua” história está literalmente nas mãos do autor.
Andressa Viana Devo admitir que o semestre de Jornalismo Literário foi um semestre fantástico. Não apenas pelo conteúdo em si, mas pela forma como ele é apresentado. [...] Esse semestre expandiu meus horizontes e me possibilitou um crescimento pessoal aceitável. [...] Os exemplos, as atividades e sua avaliação pessoal de cada trabalho nosso foram de extrema importância para que eu crescesse como futura Jornalista e escritora.
Dalila Santana
77.
[...] Conforme o semestre ia passando, toda semana eu ansiava que chegasse a quinta-feira. Não porque era o último dia de aula, mas porque tinha a disciplina de Jornalismo Literário. Sim, Jornalismo Literário! [...] Por vezes, eu pensei “não nasci pra isso. Não me encaixo aqui. Será que não estou fazendo a faculdade io. io errada?”. O Jornalismo Literário me provou o contrário.
Ana Caroline Gonçalves Cada aula era uma experiência nova. [...] O conceito de d aula la rotineira otinei foi quebrado a cada semana. [...] Esse semestre me forçou a sair da zona de conforto. A tentar. E vi que é possível escrever de todos os jeitos possíveis. Mas claro, é preciso conhecer as ferramentas e as formas de fazê-lo. [...] Sinceramente, essa disciplina fez meus olhos brilharem. Não importava o cansaço do dia, nas quintas-feiras à noite voltava para o quarto sorrindo. [...] Eu defino a escrita como algo essencial. Para mim escrever é respirar, saem letras entra ar. E hoje posso dizer, com toda certeza, que nestas aulas aprendi melhor como respirar.
78.
Mariela Espejo
Ao longo das semanas, ela sempre passava diversos textos para lermos e criarmos uma linguagem literária. O mais legal, foi a criação de pe perfis. Sentia que a cada atividade realizada ia me so soltando mais e buscando ainda mais criatividade pa para meus textos. Fui me descobrindo nesse estilo de escrita que antes me dava tanto medo.
Eduardo Arantes Acho que fui salva al de minha concepção equivocada sobre jornalismo. [...]Jornalismo se tornou um processo mecânico chato que eu estava começando a querer evitar. [...]Quando foi me apresentado – digo, formalmente – o Jornalismo Literário, não o encarei como uma caixa limitadora de sonhos. Eu vi possibilidades para a inovação. [...] Por causa dessa específica disciplina eu ainda tenho esperança. Embora afogada com a quantidade de coisas que a vida jogou em meu ombros, me sinto como uma sereia nesse mar de possibilidades. Há jornalismo fora das redações.
Kemelly Ferreira
79.
Comecei esse semestre como jornalista hardnews e termino ele com o desejo de ser jornalista literária. Percebi que esse tipo de texto me aproxima do leitor e de mim mesmo. Essa matéria da faculdade afetou não somente a minha escrita, mas a minha percepção dos fatos. Sendo assim o que eu quero é mudar a percepção de fatos dos meus leitores.
Sarah Dornelis Jornalismo literário encheu meu coração de expectativas. Meu sonho é escrever um livro, acho que de todo jornalista. Nesta matéria consegui enxergar essa possibilidade. Me sinto mais preparada para o mercado, o, para minhas escolhas, para vida. A cada texto que era corrigido, lia os feedbacks e nos próximos fazia de tudo do para não repetir o erro. Estava disposta a aprender e acredito que aprendi muito. Vou levar essa matéria para ara a vida. Foi muito enriquecedor.
80.
Cláudia Brito
E me deparando cada vez mais com esse mundo literário, que até então não conhecia nem 1%, fui me autodescobrindo. Em cada aula, saia mais feliz em continuar esse curso. [...] As aulas de Jornalismo Literário foram, sem dúvidas, um dos principais motivos de eu voltar a me encontrar como pessoa e como futura jornalista.
Thalita Gameleira O Jornalismo Literário modificou minha forma de enxergar o mundo através de pequenos detalhes. [..] Nesse tipo de escrita es a gente viaja, imagina, cria, recorda e faz um milhão de coisas ao mesmo tempo. Essa matéria me ajudou muito a escrever de forma mais simples e menos repetitiva.[...] A vi vida é como um texto literário, é contado e escrito de várias fo formas diferentes por cada pessoa individualmente. E isso é maravilhoso. [...] Obrigada por ter me ensinado a viver a vida de uma forma mais literária e intensa.
Laura Cachaneski
81.
Nada pode ser criado do nada e ninguém pode escrever bem sem boas referências. Essa foi a primeira grande lição que aprendi. A segunda, não menos importante, foi que a prática é tão importante quanto a leitura. Li bastante e, pelo menos na minha percepção, evolui de forma contundente.
Juliano Vitório No Jornalismo Literário conheci vários estilos, consegui fugir um pouco do superficial, sair um pouco da minha caixinha e revelar um outro universo. Aquele que fazia tempo que se encontrava no íntimo do meu ser. [...] Nessa disciplina aprendi que o melhor jeito de aprender a escrever e enriquecer o vocabulário é simples: ler muitas referências, sentar e escrever.
82.
Evelina Abdyl
Foram seis meses de muito aprendizado. É uma experiência que vou levar por resto da vida. Saber que existem várias maneiras de escrever um texto, e que dentro do jornalismo literário há tanta diversidade possível. Não precisamos ficar presos em uma única forma de escrever.
Soraya Lauriano
Todas las reflexiones teóricas y prácticas que aprendió la están ayudando a definir qué es lo que quiere hacer con su vida futura. La forma como su profesora explica las lecciones del semestre la viene afectando de manera positiva. Ella está aprendiendo a observar de forma diferente la realidad, como contarla, interpretarla y leerla.
Eva Cueva
83.
Em jornalismo literário aprendi a respirar mais com calma e paciência, aproveitei cada oportunidade para entender ender que não preciso de muitas palavras para dizer algo [...] Como diz meu amigo José Saramago, é preciso sair da ilha para ver a ilha. Não sei se ainda estou na ilha, mas sei que nãoo estou no mesmo lugar que iniciei essa trajetória
Cleidiane Araújo Por ser acostumado desde o início do curso com o hard News - texto quadradinho, com lead e pirâmide invertida - era estranho tirar essa ideia da cabeça. Aos poucos fui aprendendo a deixar essa ideia de lado. [...] Nesse final de semestre estou totalmente diferente e aberto ao jornalismo literário. Abriu minha mente, ainda mais pré-início de TCC.
84.
Gabriel Dias
Começou o semestre sob uma nova proposta. Jornalismo Literário era o novo desafio. Quais seriam as armas necessárias para travar esta batalha? Leitura, leitura e mais leitura. sá Referências eram necessárias e trazidas a cada instante. [...] Ao fim daquele semestre, aprendeu que o jornalismo não é só o preto e branco nas páginas de jornais, mas tem espaço para as cores do imaginário de uma criança escondida em um estudante universitário.
Kevin Dantas Depoimento de um índio literário “Que “Quem será o professor que dará aula em Redação Jornalíst lística V neste semestre? ”, foi a primeira pergunta que fiz qu quando regularizei minha matrícula. [...] Afinidade, teoria e prática compõe a resposta da primeira pergunta do seme semestre. A pergunta que faço neste momento é: devo ou não devo continuar a produzir os microcontos?
Walace Ávila
85.
Em nenhuma aula nos últimos dois anos um conteúdo lhe chamou tanta atenção como o Jornalismo Literário. Quando desejava uma matéria que virasse o jogo para ela, não pensou em nenhum momento que seria esta. Muito menos que teria que escrever toda semana um texto diferente. Toda atividade nova era um frio na barriga. Não como as outras davam, esse era diferenciado. Um frio na barriga bom, pois, antecipava uma nova aventura a cada semana. [...] Agora a quintasfeiras são diferentes. A semana acabava sempre bem. Sabe que ainda tem mais alguns textos para entregar na próxima aula, porém sempre vai embora contente. Ela sabe que tem muito a aprender ainda, e como sabe disso. Mas, valeu a pena do começo ao fim. Cada toque e cada leitura.
Amanda Ferelli 86.
Achava todos aqueles exercícios cansativos. Toda se semana precisava escrever um texto de pelo menos duas du páginas, mas apesar de tudo, gostava de realizá-los. zá No fundo sabia que sua escrita melhorava. A cada ca aula que passava aprendia uma forma nova de escrever es textos jornalísticos e percebia que, o jornali lismo não se resumia à bancada do jornal das oito e ne nas páginas do jornal que sua mãe comprava. nem Agora, já no fim do semestre percebe o quanto os te textos, os relatórios e os desafios a ajudaram a dar mais uma chance para a profissão. Diz até que só vai trabalhar com jornalismo se puder escrever te textos tão interessantes como teve a oportunidade de escrever nas aulas.
Vitória Ribeiro
87.
O texto literário, de certa forma, me ajudou a descobrir um pouco das minhas emoções e talvez, ajudou a ser um pouco mais dramática (no bom sentido) [...] Eu aprendi muito e essa é uma escrita que quero levar pra minha vida.
Kathleen Marques A viagem semanal nas aulas ia bem além de conceitos técnicos para ara ou profissão. Possibilitou uma mudança na cosmovisão pessoal, mudou ro. a forma de enxergar a verdade construída por si próprio e a do outro. Reconstrução do ser, desbloqueios, reconhecimento, recomeços. [...] - Acabou? interrogou pausadamente com a voz ofegante. Procurava ao redor a plateia, o pódio, o prêmio. Ouviu o apito soar. Era apenas o começo. #ContaparaAndreia
Fernanda Silva 88.
89.
#ContaPraAndréia é um projeto desenvolvido a partir de atividade realizada na disciplina de “Redação Jornalística V - Jornalismo Litériario”, pelo 3o. ano de Jornalismo do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp -EC). Este livro é um apanhado de divagações jornalísticas e literárias que retratam as aventuras dos autores na jornada de descobertas narrativas e de diferentes caminhos possíveis para a informação.