TRIBUNA DE SP - 2 EDIÇÃO

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28º Max

Ed. Especial - Projeto Integrado de Mídia Impressa Lagoa Bonita, Sexta-feira, 14 de junho de 2019

Min 14º

Agronegócio movimenta economia Artur Nogueira se destaca na produção agrícola e m ovimenta 11% do PIB total do município p..04

Holambra segura

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Município no interior de São Paulo apresenta redução significativa nos índices de criminalidade em 2019 na comparação com 2018

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Tribuna de SP

DIVERSÃO VOLUNTÁRIA Ação social idealizada por morador de Engenheiro Coelho atende crianças carentes e auxilia desenvolvimento emocional, intelectual e social p.05

Celebração musical Neste mês, a Corporação Musical de Artur Nogueira celebra 95 anos de história. Evento será um concerto de grandes músicos brasileiros em Campinas p.07

Webséries Produção de webséries mobiliza alunos do curso de Rádio e TV. A estreia será no Unasp Engenheiro Coelho nesta quarta-feira (19) p.03

Hospital Bom Samaritano Hospital particular em Artur Nogueira sofre com a alta demanda após parceria com prefeitura p.06

CULTURA

ECONOMIA

ENSAIO FOTOGRÁFICO

Monstros e Cia

Empreendedorismo

Heróis do cotidiano

Teatro infantil em Cosmópolis conta com temática de terror estrangeiro para discutir questões como bullying e discriminação de forma lúdica

Mercado empreendedor com atuação de jovens na região passa por inovação em época de crise

Homenagem aos trabalhadores da área de saúde, segurança e educação, que tem papel fundamental na sociedade

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14 de junho de 2019

OPINIÃO

Espera-se, por fim, que o país do futebol não imponha limitações baseadas em preconceitos de gêneros, e que o esporte de fato esteja ao alcance de todos

Pernas cruzadas No país do futebol o futebol nem sempre é para todas LETÍCIA LEME Diz-se que o Brasil é o país do futebol e essa a•irmação, automaticamente, se re•lete nos grandes craques brasileiros da modalidade, tais como Pelé e Cafu. Nas copas a torcida vai à loucura enquanto entoa hinos de apoio ao time. No entanto, quando o assunto é seleção feminina, não se tem o mesmo engajamento. A animação vira crítica e evidencia o fato de que o futebol não é para todo o país. No meio de tanta negação, há quem diga que o esporte “brusco” não é adequado para a mulher. Esse argumento se baseia no bordão “é coisa de homem”. Apesar de ser um comentário retrógrado – carregado de ideologias formadas por nossos avós –, faz-se presente em rodas de conversas em pleno século 21. Ao navegar pela história brasileira, descobre-se que a vinda do futebol para o Brasil, em 1894, se

caracterizou pelo preconceito, visto que aconteceu pouco tempo depois da abolição da escravidão no país (1888). Naquele período, a prática era proibida aos negros, mestiços, brancos, pobres, e para elas, as “donas do lar”. Mais tarde, as primeiras participações da mulher brasileira na modalidade (1921) – ainda de forma amadora - apresentaram-se como um fato “curioso” e até “cômico” pela mídia e populares da época. Lamentavelmente, em 1941 - por decreto da Lei 3.199 -, a mulher foi novamente proibida de praticar tal esporte, e o argumento não difere em nada do usado atualmente: “Tal atividade é incompatível com as condições da natureza feminina”. Com isso, nota-se que o retrocesso não é uma nova tendência no Brasil. Só em 1988 formou-se a primeira seleção brasileira feminina. No entanto, a abordagem preconcei-

tuosa se repetiu. Em 2019, depois de muita luta, o futebol feminino ainda enfrenta problemas. Quando, •inalmente, o “sexo frágil” alcança a façanha de ter as partidas da Copa do Mundo Feminina transmitidas por uma emissora renomada, uma fotogra•ia se torna motivo de rebuliço. Dessa vez, a crítica foca-se na posição em que as atletas decidiram posar para a foto: pernas cruzadas. Segundo os argumentadores de plantão, a mesma não condiz com a igualdade que “elas [as mulheres] tanto pregam”. Para estes, o ideal seria seguir a posição tradicional dos homens. No entanto, pouco se re•letiu naquilo que a pose propunha ao público de fato. A ideia era mostrar que a prática do que outrora havia sido estabelecido como impróprio, realiza-se por aquelas julgadas incapazes: as mulheres. O ponto chave é a “revelação” de que sexo não dita capacida-

de, e costumes não são regras – muito menos verdades absolutas. Mulheres não precisam imitar comportamentos historicamente masculinos para demonstrar força. A perna cruzada, neste caso, é sinônimo de vitória. Estes exemplos buscam eviden-

ciar problemáticas que, apesar de muito debatidas, enraízam-se na sociedade. Estas, por sua vez, impedem que muitos talentos femininos vigorem por não atender crenças mal fundamentadas, visto que o processo de desmisti•icação requer tempo e a história está aí para provar. Espera-se, por •im, que o país do futebol não imponha limitações baseadas em preconceitos de gêneros, e que o esporte de fato esteja ao alcance de todos. Enquanto isso, a ‘sensível’, vulgo mulher, não passa a bola. Ela entra no campo e domina a jogada, a•inal ela é artilheira do time, cujo nome é Empoderamento.

E aí, fake?

EDITORIAL

ANA CLARA SILVEIRA O consumo da notícia é diversi•icado numa era em que os limites da busca pelo conhecimento não existem. A necessidade em transmitir conteúdo em alta velocidade ressigni•ica a responsabilidade dos meios quanto à apuração coerente. Fato é que, tendo como ponto de partida as formas tradicionais, a criação das redes sociais reestruturou o diálogo, o campo da argumentação e transformou o espectador do outro lado da tela em um possível mobilizador da opinião pública. No entanto, a nova ordem virtual mundial não apenas ativou vozes em tempos de fragilidade política e social, mas escancarou a debilidade do •iltro brasileiro de reconhecer a veracidade de uma notícia. A gama de dados

é incontrolável – e isso provoca confusões, distorções de conteúdo. A criatividade do grupo formador de opinião que mantêm certo controle de views e tweetes, além da sensatez duvidosa do público torna a internet uma alternativa abissal de transformar pensamentos pequenos em senso comum de grande apelo. Os famosos algoritmos reforçam tendências de engajamento de internautas a conteúdos pouco relevantes para o coletivo. Assim, notícias mentirosas in•luenciam as pessoas. Esse fenômeno de circulação é apenas um sintoma de uma sociedade que, facilmente, se identi•ica com conteúdo pouco expressivo, embora a internet pudesse servir como meio de fortalecimento da ação política popular.

Em tempos de Bolsonaro, decisões de grandes parte da população são in•luenciadas por personalidades virtuais. O quarto poder, que supostamente existe para de •iscalizar os demais, é colocado em descrédito, e a veiculação da informação •ica inviabilizada. Se, por um lado, os governos minimizam a atuação da imprensa quando confrontados e pressionados, por outro, •inanciam a veiculação daquilo que os bene•icia em um campo em que o controle não existe. A diminuição da transparência da gestão pública e de outros temas que deveriam ser de conhecimento popular é substituído pelo “E aí, fake?” com tanta facilidade que seria possível destruir a nação enquanto a audiência desliza o dedo pelas telas da ignorância.

O mindset do jornalista LEONARDO SIQUEIRA Já é clichê dizer que o jornalismo vive em crise. Redações cada vez mais enxutas, acúmulo de funções, e vagas que, não raras vezes, pagam pouco, mas exigem muito. Os mais experientes e os especialistas, que acharam um bom nicho e hoje ganham bem, são os que, em geral, têm estas quali•icações, mas raramente topariam trabalhar por salários nada condizentes com sua expertise. O foca que sai da faculdade entra no mercado de trabalho praticamente em modo desespero. A fama de que a pro•issão de jornalista remunera mal assusta e leva jovens talentos a topar uma vaga exigente, mas pouco recompensadora. Pelo menos num primeiro momento. Falo de um mindset pouco abordado nos cursos de jornalismo. Coisa que só a vivência nas ruas e o convívio com as fontes ensina. A primeira característica é saber que, embora ainda não tenha um diploma, no caso daqueles que buscam e não completaram uma educação formal em jornalismo, o indivíduo já é um jornalista. Desde o primeiro semestre da graduação, é preciso ver cada tarefa como um job. Cada contrato ou cada em-

pregador como uma conta ou cliente. O mindset do jornalista, especialmente nos dias atuais, deve ir além da reedição de textos de assessoria de imprensa, ou das aspas burocráticas de notas frívolas. Mesmo nos textos fechados de assessoria, no silêncio de fontes e no desinteresse de relações públicas que praticamente blindam fontes e instituições, é possível fazer bom jornalismo. O mindset do jornalista atual inclui, mas não se limita ao zelo pela apuração consistente, ao hábito de ligar e buscar fontes, ao olho atento pelos dados escondidos e a criatividade para ir além das fontes convencionais e burocráticas. Não há um currículo ou arcabouço teórico especí•ico que ensine o mindset ideal do jornalista. Mas há truques que bons pro•issionais podem repassar a seus alunos. O material que o leitor tem hoje em mãos é resultado deste mindset que tanto busco desenvolver em sala de aula. É o mindset de quem sabe que notícia boa é aquela apurada nas ruas, com boas fontes. É o resultado de jornalistas ainda em formação, mas que sabem que o interesse público é sempre soberano.

TRIBUNA DE SP

Pertence à Agência Brasileira de Jornalismo do Unasp Tribuna de São Paulo Projeto Gráfico Prof. Ma. Andréia Moura Diagramação e Arte Final Prof. Ma. Andréia Moura Prof. Esp. Felipe Rocha

Orientadores Prof. Dr. Ruben Holdorf Prof. Dr. Matheus Siqueira Prof. Ma. Andréia Moura Prof. Esp. Felipe Rocha Prof. Esp. Leonardo Siqueira Thamires Mattos Editora-Chefe: Ana Clara Silveira

Secretária de Redação: Letícia Leme Chefe de Reportagem: Letícia Leme Revisão: Letícia Cordeiro Charge: Felipe Carmo Editores: Ingrid Nietzke, Maria Renilse, Hellen Piris, Djuliane Cavalcante, Rebeca Freitas,.

Reporteres: Laís Lorrenzentti, Bryan Henriques, Rachide Incote , Lurdes Franciele Haup, Ana Caroline Queiroz, Adalie Pritchard, Sandra Conceição, Lorena Freire, Ana Paula Martins, Railson Pinheiro, Anne Marie Bossé

Endereço: Estrada Municipal Walter Boger, km. 3,4, s/n - Lagoa Bonita, Engenheiro Coelho (SP)CEP 13165-970 Telefone: (19) 3858-9072 Tiragem: 800 exemplares Impressão: Tribuna de Itapira


14 de junho de 2019

FOTO: Divulgação produtoras

UNASP

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O lançamento das webséries acontece na quarta-feira (19) e é aberto ao público

Webséries estudantis Alunos do curso de Radio e Televisão do Unasp produzem produtos audiovisuais para internet ANA PAULA MARTINS E HELLEN PIRIS

Acredito na qualidade do nosso produto e no talento das pessoas envolvidas na websérie

NEGÓCIOS

Empreendimento júnior de Engenharia Civil, Paulo Henrique Stehling, destaca que, entre as ações realizadas até a data, se encontram a hidráulica da igreja do campus e a ampliação da escola básica. O ingresso é voluntário e por meio de processo seletivo.

ESPORTE

4° rodada do Roosters da Silva. A equipe disputa sua 4° rodada do campeonato paulista e terá como adversário o time Brokenstones de São Paulo. A entrada é franca.

FOTO: Sara dos Santos

O time masculino de !lag football do Unasp Engenheiro Coelho, Roosters, joga neste domingo (14) às 13h no campo do Complexo Esportivo Paulo Roberto

MÚSICA

Musical do Academia da Voz Neste sábado (15), acontece o musical The Loving Kind, apresentado pelo coral Academia da Voz e regido pelo maestro e arranjador Lineu Soares. O evento ocorrerá no hall da Igreja do Unasp Enge-

nero. Segundo o estudante, um dos maiores desa!ios consistiu na criação do conceito da série, além das limitações !inanceiras. Ele também salienta a mudança que o semestre o proporcionou: “Eu tinha um pensamento negativo em relação à produção de uma websérie, mas, agora que vivenciei a realização do projeto, posso dizer que foi muito interessante e construtivo. Acredito na qualidade do nosso produto e no talento das pessoas envolvidas na nossa websérie”, complementa. O produto é intitulado “Lapso”.

A vice coordenadora dos cursos de comunicação Sâmela Lima a!irma que os projetos que são apresentados ao curso “se alinham as disciplinas que estão sendo cursadas naquele semestre. Isso faz com que o conteúdo tenha uma relevância maior e consiga ser aplicado na prática”. Ela também destaca o suporte que a coordenação oferece aos alunos nos desenvolvimentos dos projetos, ao dispor de estrutura técnica e equipamentos necessários para o bom desempenho dos estudantes.

Coral de Letras e Tradutor realiza recital RACHIDE INCOTE

A Empresa Júnior Vértice, desenvolvida pelo curso de Engenharia Civil do Unasp Engenheiro Coelho, atua desde 2008 e realiza projetos que bene!iciam o campus e a comunidade. O atual coordenador e professor do curso

Já a aluna e líder da 4K, Yasmin Paulino, produziu junto à equipe a websérie “O imaginário”. Ela aponta o desa!io pessoal que signi!icou assumir a diretoria da produtora, mas também conta que gostou do processo. A websérie apresenta as alucinações que atormentavam Dylan Castiel, um menino com esquizofrenia e problemas familiares. O membro da Mov João Luís Ferelli explica que a equipe optou por !icção cientí!ica pois os integrantes possuíam conhecimento prévio e um relacionamento com o gê-

nheiro Coelho às 19h, e conta com a participação especial do Coral Unasp, sob comando de Felipe Arco. O musical é baseado no álbum de Cindy Morgan e revela a paixão de Jesus pelo seu povo.

Notas por Ana Paula Martins, Rachide Incote, Hellen Piris

Os cursos de Letras e Tradutor e Intérprete do Unasp Engenheiro Coelho apresentam um concerto especial com tema “Amor em qualquer língua” nesta sexta-feira (14), às 20h, na Igreja Unasp. A 34ª edição do projeto conta com participação do Coral Universitário, Coral de Libras e Camerata do Unasp, além de outros músicos. O musical acontece anualmente e envolve estudantes e professores. A !inalidade é revelar o amor de Deus por meio da música e da arte. O repertório

contém obras de caráter pedagógico e religioso. Segundo Harley Black, professor e regente do musical, é possível expressar e transmitir o amor de Deus em diferentes maneiras e idiomas. “Teremos várias linguagens na apresentação. Linguagem da poesia, em português e inglês; e a canção tema será cantada em diferentes idiomas, com o objetivo de demostrar que é possível comunicar o amor de Deus de diversas formas”, a!irma. Para o aluno do curso de Letras Andrew Silva,

participar do evento é aplicar o aprendizado teórico. Ele comenta que “é fácil aprender com a música; com o ensino é possível consolidá-la melhor. O evento, além de ser aproveitado como horas complementares, também envolve alunos na prática da língua e os hinos espirituais fortalecem a fé”. A Coordenadora de ambos cursos, Creriane Lima, destaca o foco do Unasp no desenvolvimento holístico dos estudantes. Ela reforça que o contato dos alunos com a música é importante para

o desenvolvimento mental, já que outras formas de arte são abordadas em Letras e Tradutor e Intérprete. Entre elas, estão a poesia e a narrativa. Os cursos também enfatizam o aprendizado de Inglês. Para a coordenadora, “o recital que se realiza a cada ano proporciona aos estudantes o ambiente adequado para a prática do idioma através das músicas. Assim, eles aprendem melhor a pronúncia e o vocabulário”. O concerto é gratuito e tem classi!icação livre para todos os públicos.

Retrospectiva Champions League HELEN PIRIS A Champions League é um campeonato de futebol que imita a dinâmica da competição europeia de mesmo nome e que é organizada por alunos residentes do Unasp Engenheiro Coelho. Os residentes são estudantes que moram, durante o período de aulas, em acomodações que pertencem a instituição. O evento surgiu em 2008, por meio de um grêmio estudantil, na época liderado pelo estudante Gustavo Delgado. Na competição Unaspense, os times são construídos por meio de um leilão de jogadores. Neste ano, a atividade aconteceu em março. Na ocasião, 160 alunos foram divididos em 16 times. Ao longo dos três meses de duração do campeonato aconteceram mais de cinquenta jogos, em que os participantes demostraram suas habilidades esportivas dentro do campo.

Elcana Barreto, aluno de Direito e administrador do campeonato, comenta que um dos maiores desa!ios deste ano foi a organização dos times. Ele destaca que todas as equipes tiveram a chance de levar o prêmio, pois havia uma combinação prévia para nivelamento das equipes. Quando questionado sobre os planos para o campeonato do próximo ano, Barreto enfatiza que o objetivo é melhorar. “Nosso desa!io é efetuar um bom campeonato e corrigir os erros ocorridos nesse semestre, tornando-o melhor ainda”, explica. Guilherme Correa, também estudante de Direito e líder do Liverpool (um dos times da competição), conduziu uma equipe formada por dez jogadores à vitória e conquistou o título de campeão da Unasp Champions League. “Sinto-me muito orgulhoso e feliz. Cada um dos jogadores fez a sua

parte e deu o máximo de si”, comemora. Além disso, aconteceram outras premiações para os jogadores. O aluno de Publicidade e Propaganda e jogador do time vencedor, Felipe dos Reis, ganhou o segundo lugar

FOTO: Baldet Flickr

Os alunos do segundo ano de Rádio e TV do Unasp Engenheiro Coelho produziram três webséries. O processo de criação e produção foi de total autoria dos estudantes. O lançamento dos projetos acontecerá na quarta-feira (19) às 19h nas capelas dos residenciais. Neste semestre, foram criadas três produtoras: Mov, 4K e 0dB. Os temas são de !icção cienti!ica, drama, e suspense, respectivamente. Em cada uma das equipes, cerca de 15 alunos são respon-

sáveis por todas as etapas da produção. Isabella Campos faz parte da 0dB, e destaca a importância destes projetos para o seu desenvolvimento e formação acadêmica, além de preparar os estudantes para o mercado de trabalho. “Fiz de tudo um pouco, e creio que isso me permitiu aprender coisas que eu nunca imaginei que faria. Foi uma experiência incrível e de muita aprendizagem”, assegura. A série da 0dB, “Quarto azul”, se baseia nos transtornos mentais e na ganância de conseguir dinheiro por meios ilegais.

em duas categorias. “Jogador revelação” e “Melhor goleiro”. “Apreciei muito nossa vitória, mas o respeito é o que considero mais importante”, revela. A Champions League conta com o total apoio e suporte do Unasp-EC.


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07 de junho de 2019

ECONOMIA

Vocação agrícola FOTO: LETÍCIA CORDEIRO

Produção agrícola familiar de Artur Nogueira é a segunda maior do Região Metropolitana de Campinas DJULIANE RODRIGUES E RAILSON PINHEIRO A Região Metropolitana de Campinas (RMC) aponta Artur Nogueira como o segundo município com o maior número de produtores rurais familiares entre todas as cidades a!iliadas. Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) consideram a agricultura familiar responsável por 80% da produção mundial de alimentos e preserva 75% dos recursos agrícolas do planeta. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, produções de soja, cana-de-açúcar, feijão, café, milho e batata inglesa são as que mais crescem no Brasil. Com cerca de setenta especialidades diferentes ligadas à produção rural, Artur Nogueira apresenta crescimento signi!icativo para o setor agrícola. Em extensão territorial, o município registra a maior área ocupada para a prática: trata-se de 3.290,1 hectares (ha). Só nas plantações de caqui, o lucro chega a 67 mil reais por ano com apenas dois hectares. Rosimaldo Magossi, secretário de Agricultura, explica que o sucesso do município se deve ao “clima, conservação de solo, e práticas adequadas de manejo”. Conforme o Plano Municipal de Desenvolvimento Rural, Artur

Nogueira possui 1.023 unidades de produção, sendo que 990 delas possuem áreas inferiores a 50 ha. Isso corresponde a 96,77% do total. Para aumentar a produtividade no município, as atividades da Secretaria de Agricultura se espalham em diversos setores. Entre eles, assistência técnica, receituário agronômico, treinamentos em práticas de conservação de solo e agroecologia, extensão rural e organização de feiras livres do produtor - as famosas “feirinhas”. O setor agrícola é um dos pilares da economia nacional. Em 2017, o agronegócio brasileiro foi protagonista, com uma safra recorde de grãos que atingiu o patamar de 237,7 milhões de toneladas, avançando 13% no ano. O agrônomo Walter de Carvalho estima que esta prática contribui com cerca de 25% do PIB nacional, sendo responsável por um em cada 3 empregos. “Em momentos de crise, o agronegócio tem sido o setor que tem alavancado a nossa economia”, constata. Carvalho ainda esclarece que o Brasil possui um solo de plantação favorável. Isso se dá ao avanço tecnológico utilizado na zona rural e o clima tropical sem invernos rigorosos, facilitando, assim, o cultivo.

de de ser criativo, gerando novos métodos ou novas áreas de negócios”, lembra. Schmidt acrescenta ainda que o empreendedorismo movimenta signi!icativamente o PIB do país. Quanto maior o empreendedorismo de sucesso no longo prazo, mais desenvolvido é o território. Os empresários que começaram do zero na região coelhense alertam que não é fácil começar e manter o próprio negócio. O dono da lanchonete Ivo Foods, Ivo Mauer, aponta a situação econômica e a concorrência !lutuante como di!icultadores. Apesar dos desa!ios, Mauer !ica satisfeito ao perceber que seus maiores resultados não são !inanceiros, mas sim de um trabalho bem feito e de um produto bem servido.

Inovação no mercado empreendedor atrai juventude

Mercadorias Devido à boa qualidade do produto das plantações de Artur Nogueira, as mercadorias são enviadas para diversas regiões do país e exportadas para os Estados Unidos, Japão e China. As atividades da Secretaria de Agricultura do município variam em diversos aspectos, como treinamentos em práticas de conservação de solo, agroecologia, extensão rural e apoio à produtividade de alimentos, produzida majoritariamente pelo agricultor familiar por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e feiras livres do produtor. Além do desenvolvimento da agricultura, com manutenção da área e redução do êxodo rural, há alguns bene!ícios monetários, tais como o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o próprio PNAE. A manutenção do crescimento de produtividade através de venda direta dos agricultores para o PNAE, com maiores incentivos de compra, possibilita outras políticas públicas. Por isso Magossi reforça que a Secretaria de Agricultura trabalha na transição para o plantio de alimentos sustentáveis. Desse modo, Artur Nogueira poderá continuar a crescer.

Devido a boa qualidade do produto das plantações de Artur Nogueira, as mercadorias são enviadas para diversas regiões do país, e exportadas para os Estados Unidos, Japão e China

Economia de Artur Nogueira é movimentada pelo agronegócio

FRANCIELE BORGES Uma pesquisa da consultoria McKinsey apontou que 39% da população economicamente ativa é dona do próprio negócio. Com a chegada de estudantes universitários em Engenheiro Coelho no período letivo, o número de empreendedores aumenta. No bairro Universitário, por exemplo, em uma única rua há mais de cinco comércios autônomos ativos. A ideia surge por dois grupos: quem visa alcançar sua independência !inanceira e quem sofre com o desemprego. William Ramos abriu o próprio negócio. A in!luência vem da família, que é empreendedora. Eles tinham comércios voltados à gastronomia. “Percebi o tempo gasto nas lanchonetes. Isso

é re!lexo da demanda de clientes. Então, pensei que, ao invés de ser consumidor e ‘gastar’ dinheiro com lanches, eu poderia ser fornecedor e ganhar dinheiro. Por ser época de crise, minha ideia é vender mais barato para o produto ser acessível a todos e gerar lucro na quantidade”, explica. Inves mento Especialistas na área de empreendedorismo orientam que o empresário invista sempre na qualidade do atendimento e na satisfação do cliente. Isso pode ser alcançado com a capacitação de pro!issionais quali!icados. O doutor em Administração Wellington Schmidt frisa que criatividade empreendedora e ouvir o cliente deve ser o foco do empreendedor. “O sucesso do negócio depen-

ENGENHEIRO COELHO

ORÇAMENTO

Desemprego Engenheiro Coelho registrou saldo negativo no número de vagas de trabalho no mês de abril, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o Caged, do Ministério do Trabalho. Em abril, o município registrou 81 admissões, mas 109 desligamentos.

FOTO: LETÍCIA CORDEIRO

Donos do próprio nariz

O resultado é a perda de 28 postos de trabalho. A tendência se manteve nos primeiros quatro meses do ano. Neste período, o número de admissões foi menor que o de desligamentos. Segundo apurou o Tribuna de SP, perderam-se 215 vagas nos meses de janeiro a abril.

Notas por Franciele Borges , Djuliane Rodrigues e Railsson Pinheiro

DECLARAÇÃO

Reajuste na conta de luz

Imposto de renda

De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a conta de luz para os brasileiros !icará mais cara este ano. O reajuste tarifário para todo o país foi aprovado no último dia 21 de maio e leva em consideração

Contribuintes que não declararam imposto de renda (IR) na data limite deverão descontar do bolso a multa por atraso. De acordo com o site o!icial da Receita Federal (RF), o valor está estipulado em R$

o dé!icit hídrico do ano passado, que elevou o posicionamento da bandeira amarela e vermelha. Antes, gastava-se um real a cada 100 kwh. Com a alteração, o gasto será de 1 real e cinquenta para cada 100 kwh. O aumento é de 50%.

165,74. Para o imposto devido, o valor máximo está limitado a 20%. O lançamento da multa deverá ser impresso no site da RF e o prazo do pagamento é de 30 dias após entrega de atraso, com ocorrência de juros.


14 de junho de 2019

CIDADES

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A cidade das flores apresentou redução de índices de criminalidade entre 2018 e 2019

Holambra mais segura Indicadores de segurança apresentam melhora em 2019, entre eles o furto de veículos e acidentes de trânsito

Temos um sistema de monitoramento muito eficiente, principalmente quando comparado a outras cidades da região

Holambra teve uma redução signi!icativa em uma série de indicadores de segurança entre janeiro e abril de 2019. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, o município apresentou melhora em nove indicadores, tais como acidente de trânsito, estupro e furto de veículos. O número de acidentes de trânsito diminuiu 171,4% no acumulado até abril. Foram 14 ocorrências em 2019 e 38 em 2018. Os estupros também registraram queda. No ano passado, o município

reportou dois casos de janeiro a abril. Neste ano, nenhum. O furto de veículos – quando não há a presença da vítima – despencou 250% este ano. Ocorreram dois casos contra sete no mesmo período do ano passado. Apenas um indicador piorou. Uma lesão corporal, seguida de morte, foi reportada em 2019. Não houve relato de homicídio doloso, quando há a intenção de matar. O comandante da Polícia Civil de Holambra, Antônio Giron, explica as razões que tornam o município seguro. “Temos um sistema de monito-

Diversão voluntária RENILSE SOUZA A ação social idealizada pelo morador de Engenheiro Coelho, Messias Costa, é voltada para o público carente da comunidade local. Por meio de diversas brincadeiras, uma equipe de voluntários busca auxiliar crianças e adolescentes no desenvolvimento intelectual, emocional e social. Essa iniciativa já acontece desde de 2016, mas apenas em 2019 começou a ganhar notoriedade. Atualmente, o projeto recebe a ajuda de 15 voluntários e atende cerca de 30 crianças entre seis e 15 anos. Os encontros acontecem aos sábados às 16h no Residencial Sonho Meu. A proposta do projeto criado por Costa é distanciar o público infantil de in!luências negativas e ajudar no desenvolvimento delas. “O principal objetivo é tirar as crianças dos !luxos de drogas, prostituição e trazer orientações que ajudem no desenvolvimento intelectual e social. Buscamos levar para elas orientações pertinentes sobre respeito, valorização dos estudos escolares e instruí-las no bom caminho”, destaca.

Voluntários Os voluntários auxiliam nas atividades e dão apoio !inanceiro, mas não estão sozinhos. Pais e responsáveis acompanham e motivam as crianças. Um deles é Daniel Bueno, que reforça a importância da iniciativa. “É muito importante qualquer ajuda que motive as crianças em caminhos corretos através de brincadeiras criativas e sadias. Estou disposto a colaborar no que puder. Sou pai e sei que os pequenos precisam disso”, a!irma. O morador Joselho Pereira, membro da equipe de voluntários, destaca que decidiu ajudar no projeto por ter crescido em um lar desestruturado. Segundo ele, a ausência de uma base familiar contribui para o envolvimento das crianças com as drogas e a criminalidade. A estudante de pedagogia e voluntária, Niciane Lima, salienta que foi atraída pela iniciativa por gostar de crianças. Ela acredita que seus esforços ajudaram a construir o futuro dos menores envolvidos. “Amo ensinar e gosto de pensar nas mudanças que isso pode resultar. Cada criança sabe o valor que

tem. Sei que meus esforços irão somar para o futuro delas. Com isso, minhas horas vagas ganham um sentido”, observa.

ramento muito e!iciente, principalmente quando comparado a outras cidades da região”, a!irma. Ele ainda complementa que a polícia municipal atende as ocorrências rapidamente. “Na maioria dos casos, o tempo de chegada dura, em média, cinco minutos”, aponta. Giron também destacou a integração entre policiais militares e civis, em que a comunicação em tempo real facilita o processo. “Temos que continuar a agir na prevenção, que é a forma mais e!iciente de manter a cidade segura”, acredita. A Guarda Municipal ressalta a importância

do apoio da comunidade. “Não podemos esquecer que o papel da população por meio de denúncias torna possível a atuação rápida para uma cidade mais segura”, reforça. A universitária Mayara Santos é moradora de Holambra e não tem reclamações na área da segurança. “Minha experiência como moradora daqui é boa. É uma cidade tranquila, não possui muita violência”, argumenta. Vitória Janini atesta que foi possível notar uma melhora na segurança durante os anos em que ela reside no município. Ela percebeu visitas frequentes da polícia nos

FOTO: LETÍCIA CORDEIRO

ADALIE PRITCHARD

Outras inicia•vas Cosmópolis, Limeira e Mogi Guaçu também têm sido bene!iciadas com iniciativas semelhantes. O projeto Ajuda Urbana, uma extensão do Atos 29, é desenvolvido nessas regiões desde 2012. O projeto objetiva auxiliar pessoas em condições de vulnerabilidade social. A ação é organizada por Tiago Alves e conta com a colaboração de estudantes do Unasp, campus Engenheiro Coelho. O grupo faz a distribuição de alimentos, conversa com as pessoas e leva esperança para moradores de rua. “Entendemos que é a nossa missão, nosso propósito”, diz Alves. Além do auxílio aos moradores de rua, outras crianças participam do Projeto Mabola, que incentiva a cultura e a espiritualidade. O idealizador da iniciativa, Ricardo Afonso, utiliza o futebol para inspirar crianças carentes e incentiva a superação das di!iculdades. Atualmente a escola de futebol conta com a participação de 75 alunos. Projeto atende crianças carentes em Engenheiro Coelho

ENGENHEIRO COELHO E ARTUR NOGUEIRA

bairros. “É uma vivência positiva. Sinto-me confortável e segura”, reitera. Apesar de ser uma cidade tranquila, os holambrenses expuseram problemas que abrangem a utilização de substâncias ilícitas por moradores locais e alguns contratempos referentes ao trânsito. Dados da SSP apontam um crescimento expressivo no número de ocorrências relacionadas à posse de drogas. Em janeiro e fevereiro a Polícia Civil indicou dois casos: um em cada mês. Em março, o indicador saltou para quatro e manteve a mesma tendência em abril.


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14 de junho de 2019

SAÚDE

Bom Samaritano superlotado Em Artur Nogueira, convênio entre o hospital particular e prefeitura gera espera no atendimento

FOTO: LETÍCIA CORDEIRO

ANNE MARIE BOSSÉ

O hospital nogueirense também atende pacientes das cidades próximas

No último sábado (8), um paciente que aguardava atendimento no Hospital Bom Samaritano agrediu três funcionários do local após se irritar com a demora no atendimento. De acordo com usuários, a superlotação é frequente e causa descontentamento da população. Segundo testemunhas, na ocasião, o paciente já havia passado pela triagem, mas devido a fortes dores insistiu para que fosse atendido naquele momento. Umas das enfermeiras aconselhou-o a aguardar um pouco mais, já que o médico atendia outros pacientes. Irritado, o homem pressionou o pescoço da funcionária e desferiu um soco na boca, provocando lesão na parte interna dos lábios da vítima. Uma segurança do hospital, que tentou apartar o paciente da enfermeira, também foi agredida. Devido ao barulho incomum que veio do corredor do hospital, um médico plantonista saiu do consultório para ver o que acontecia e também se tornou alvo do paciente enfurecido. A enfermeira teve o antebraço torcido. Já os demais funcionários passam bem. Depois de medicado, a polícia encaminhou o

agressor à Delegacia de Artur Nogueira. Convênio O convênio !irmado em 2015 entre o Hospital Bom Samaritano e a Prefeitura de Artur Nogueira possibilitou que pacientes sem convênio médico recebessem atendimento por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Com isso, a demanda do pronto-socorro cresceu consideravelmente, visto que este passou a atender gratuitamente os casos primários de emergência ocorridos no município. Albina Sanguela, funcionária da enfermaria de uma universidade da região, critica a discrepância no atendimento da parte particular do hospital comparada ao setor do SUS. Segunda ela, “quando um aluno da faculdade precisa de atendimento médico, geralmente é levado para o Bom Samaritano. Se o aluno tem convênio, é atendido pela parte particular. Lá, a espera é menor e o atendimento me parece de mais qualidade. Quando o aluno não tem convênio e é atendido pelo SUS, e o atendimento parece ser feito de qualquer jeito, falta atenção por parte dos médicos”. Devido à estrutura completa do local - por se tratar de um hospital particular -, o Bom Samarita-

no atrai também pacientes de outras localidades. Dentre eles, moradores de Engenheiro Coelho, Conchal e Holambra, que escolhem o hospital para realizar exames e procedimentos médicos, sendo a maior demanda vinda de Cosmópolis. No ano passado, a maternidade abriu portas também para as pacientes do SUS, gerando superlotação no setor, com atendimento, em média, entre 150 e 200 pessoas por dia. O estudante de Engenharia, Marcelo Quinhoneiro, reside em Artur Nogueira e depende do sistema de saúde pública do município. “Falta uma orientação por parte do poder público para com a população. Entendo que a demora no atendimento muitas vezes é causada pelas triagens. As pessoas não entendem esse processo. Para passar num especialista é preciso primeiro ser atendido pelo clínico-geral. Deveria haver uma cartilha ou algo do tipo com orientações para a população”, esclarece Quinhoneiro. A equipe de reportagem do Tribuna de S. Paulo contatou a Prefeitura de Artur Nogueira, que decidiu por não se pronunciar a respeito da parceria com o Bom Samaritano. A diretoria do hospital optou por não conceder entrevista.

O convênio firmado em 2015, possibilitou que pacientes sem plano de saúde particular recebessem atendimento pelo SUS

recebemos nenhum auxílio e não há um projeto para futuro saneamento básico no bairro”, lamenta. De acordo com o morador Gabriel Sávio, o bairro não tem sistema pluvial. “Tudo funciona com o sistema de fossas. As limpezas são feitas por empresas especializadas. Isso só acontece quando os moradores ou proprietários ligam e pagam pelo serviço”, denuncia. Sávio também relatou que, em certa ocasião, as fossas estouraram em alguns prédios, causando um mau cheiro. Marcely Monteiro, que também reside na região, frisa o descaso da Prefeitura. “O Unasp trouxe visibilidade ao bairro. Acredito que isso já deveria ter sido resolvido. Saneamento básico é um direito fundamental”, reitera. O SAEEC tem uma receita superior a um milhão de reais. Por email, o procurador jurídico do SAEEC, Erismar Bastos, salienta que o atual sistema de esgoto é resultado de um processo de loteamento,

cujos equipamentos foram doados ao município. Entre os equipamentos, estão os sistemas de distribuição de água potável, coleta de esgoto, iluminação pública e drenagem de águas pluviais, conforme legislação de parcelamento do solo, explica Bastos. “A questão de equipamentos públicos, conforme lei de parcelamento do solo, não tem nada que ver com a cobrança do Imposto Territorial e Urbano, o IPTU”, esclarece. “Há casos em que o loteador opta por não pagar o tributo e prefere que estes equipamentos sejam administrados por uma associação de moradores, como é o caso do bairro Universitário”, acrescenta. Bastos atribui à di!iculdade de manutenção de serviços básicos na local ao que chamou de “grande inadimplência” por parte dos moradores. Segundo ele, o SAEEC não tem qualquer responsabilidade sobre o problema do loteamento Universitário.

Mais de um terço do total de incapacitados nas Américas é resultado da depressão

FOTO: ANA CAROLINE QUEIROZ

No bairro Universitário, em Engenheiro Coelho, não há esgoto canalizado. Apenas fossas, o que aumenta o risco de contrair doenças como a cólera e a leptospirose. Além disso, o tratamento e o abastecimento de água não são feitos corretamente. Por isso, alguns moradores contam com poços artesianos para ter acesso à água potável. De um lado, a associação de moradores do bairro e moradores reclamam da falta de auxílio da prefeitura. De outro, o Serviço de Água e Esgoto de Engenheiro Coelho (SAEEC) defende que o problema é resultado da forma como o bairro foi loteado, e que a entidade não tem responsabilidade pelos problemas na localidade. A gestora da associação dos moradores do bairro, Marcela Moraes, defende que é dever da prefeitura de Engenheiro Coelho ajudar. “Não somos responsáveis por isso. Os moradores pagam IPTU e demais tributos, mas não

FOTO: LORENA FREIRE

SANDRA SOUZA

FOTO: PAULA SANTANA

Esgoto irregular

Descaso com manutenção estrutural do CEM em Artur Nogueira causa transtornos

Precariedade em centro médico REBECA FREITAS No último dia 03, um paciente que aguardava atendimento no Centro de Especialidades Médicas de Artur Nogueira registrou em vídeo as más condições na estrutura do local. O centro médico apresentava goteiras e baldes estavam espalhados pelo chão. Em nota, a Prefeitura de Artur Nogueira, através da Secretaria de Saúde, informou que, atualmente, o CEM atende em média 200 pacien-

tes por dia dentro de 18 áreas de atuação. O encaminhamento médico é realizado pelos Programas de Saúde da Família (PSF) do município. A Prefeitura informou ainda que o problema foi causado pelas chuvas, e que um processo licitatório já foi aberto para a reforma do prédio. Este aguarda a regularização da empresa eleita para dar início às obras do local. “Eu sempre fui muito mal atendido. O Centro

não apresenta estrutura nem equipamentos adequados para atender a população”, reclama Jefferson Junior, que era usuário do CEM, mas optou pelo pagamento de um plano de saúde particular. A unidade situada na Avenida Fernando Arens realiza atendimentos normalmente, mesmo com o desgaste do local. O problema tem gerado transtorno aos usuários e funcionários.


14 de junho de 2019

FOTO: Ingrid Neitzke

CULTURA

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Orquestra da Corporação Musical, criada em 1924, é composta por alunos e voluntários

95 anos de música Corporação Musical 24 de Junho, de Artur Nogueira, comemora aniversário em apresentação no Teatro Castro Mendes em Campinas INGRID NEITZKE

praticamente um século de uma das corporações musicais mais antigas do país é uma honra e responsabilidade”, enfatiza. Edésio Lopes, Secretário de Cultura de Artur Nogueira, aponta o privilégio que a cidade tem ao contar com corporação e o Projeto Retreta. “É importante transmitir a cultura por meio do ensino. Acredito que quando uma pessoa é ensinada a tocar um instrumento, ela se torna um ser humano melhor”, a!irma. Para Lopes, a música é um espaço para importantes lições. Projeto Retreta Coordenado e idealizado por Michelino, o Projeto Retreta nasceu da convicção de que a música abre novos horizontes e transforma vidas. A iniciativa está vinculada à Corporação. O projeto oferece a

FOTO: Letícia Cordeiro

LAÍS LORRENZZETTI

Biblioteca ao ar livre começa às 9h e vai até as 12h. Livros em mal estado de conservação, materiais didáticos, apostilas, enciclopédias e cópias reprográ!icas não serão aceitos na troca. O evento tem como objetivo in-

!luenciar a população a criar o hábito de leitura. A entrada é gratuita e a programação se direciona a todas as idades. O projeto é uma realização da Prefeitura, através da Secretaria da Cultura.

CAMINHADA

Combate à intolerância do Museu. O evento é realizado pelo Fórum Inter-religioso Municipal de Limeira por meio da Secretaria de Cultura com apoio da Prefeitura. A caminhada tem como objetivo

protestar contra todas as manifestações de racismo, preconceito e intolerância religiosa, assim como defender o direito à liberdade de culto e propagação da cultura da paz. FOTO: Fernando Frazão

Neste domingo, dia 16, acontece em Limeira a caminhada contra a intolerância religiosa. A atividade está prevista para começar as 9h no Paço Municipal e deve terminar na Praça

lher e ensinar, é muito rica. Somos uma família aqui no Projeto Retreta e fazemos o que gostamos. Este é o diferencial”, re!lete. Além dele, Ana Luiza Sof!iati, professora de !lauta no Projeto Retreta, salienta o privilégio que é fazer parte do projeto, visto que ela não apenas ensina, mas aprende muito. Também aponta para o fato de que a música in!luencia o sistema cognitivo, principalmente a memória. Atualmente, o projeto conta com mais de mil e duzentos estudantes e músicos. Está presente em 35 escolas, recebe apoio de 25 empresas e ajuda de aproximadamente 30 voluntários. A iniciativa foca-se na prática da musicalização entre pessoas de todas as idades priorizando alunos da Rede Municipal de Ensino.

Monstro amigo

LIVROS

Neste sábado, 15, acontece o “Biblioteca Aberta”. O evento, que promove oportunidade de troca de livros e gibis, além dos empréstimos comuns, será na biblioteca municipal de Limeira e

oportunidade de aprendizagem gratuita de música para a população do município – com ênfase em crianças e adolescentes. A empreitada tem a missão de preservar o patrimônio histórico, cultural e difundir repertório das bandas do interior paulista. Nos últimos nove anos o Retreta já auxiliou mais de cinco mil alunos. A estudante Beatriz Barbosa, de 13 anos, é uma delas. “Faz um ano que participo e aprendi muito desde então. Não sabia tocar nenhum instrumento, mas agora já evoluí bastante”, conta. Beatriz ainda comenta que convidou as primas para participarem do projeto também. Luís Moisés, professor de viola e trombone, explica que está no projeto desde 2009. “A iniciativa do maestro Ricardo, de aco-

Nesta sexta-feira, 14, em Cosmopólis, acontece a apresentação da peça teatral Monstro e Cia. O evento será no auditório da Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) Educador Paulo Freire. O espetáculo terá três sessões. Às 9h e 14h, o evento será direcionado aos alunos da rede municipal de ensino. Já a sessão das 20h será aberta à população. A peça teatral Monstro e Cia conta a história de um menino hostilizado por outras crianças devido à sua aparência diferenciada. Ao fugir de casa, o garoto encontra outras criaturas peculiares que lhe ajudam a redescobrir sua autocon!iança e rede!inir a conotação da palavra “Monstro”, apagando seu sentido pejorativo. O espetáculo infanto-juvenil é uma releitura contemporânea de problemas sociais e faz um paralelo entre o universo de crianças e adultos. A produção da peça informa que, “apesar do espetáculo tratar de forma branda temas como bullying, discriminação e intolerância, o trabalho tem como objetivo proporcionar uma experiência lúdica com as crianças por meio do tea-

tro de formas animadas”. A encenação é um oferecimento da Cia Talagadá - Teatro de Formas Animadas. A companhia surgiu em 2011 pelas mãos de três artistas: Danilo Lopes, João Bozzi e Valner Cintra. Eles são atores e produtores do número. Além de Monstros e Cia, a companhia tem em seu repertório quatro espetáculos: “Na Boca do Lixo” e “Romeu e Julieta”, que são realizados na rua para todos os públicos; e “Cabeça Oca” e “Translúcido”, concebidos para apresentações em espaços fechados. Com estas produções, a companhia tem a intenção de falar com o público infantil. A ideia de MonsFOTO: Cia Talagadá

Celebrar praticamente um século de uma Corporação Musical é uma honra e uma responsabilidade

No dia 26 de junho, em comemoração aos seus 95 anos, a Corporação Musical 24 de junho – grupo de músicos de Artur Nogueira - realizará um concerto especial. O evento acontece no Teatro Castro Mendes de Campinas e contará com a presença dos músicos Léo Gandelman, tocando saxofone; Chiquinho Oliveira, no trompete; Derico Sciotti no saxofone e !lauta; e com a regência do maestro Ricardo Michelino. A apresentação do evento !icará sob responsabilidade da jornalista Edlaine Garcia da EPTV Campinas. Quem decidir adquirir os ingressos apenas na hora do evento, deve pagar 40 reais. Na compra antecipada, a entrada sai a 30 reais. O valor da meia entrada é de 20 reais também.

Fundada em 24 de junho de 1924 por Daniel Cezário de Andrade, presidente até o ano de 1935, a corporação não possuía um local especí!ico para ensaios. Por conta disto, as reuniões eram realizadas na Praça do Coreto, no centro da cidade. Em 1950, a instituição ganhou o próprio espaço reformado e reinaugurado em 2010, que !ica localizado na rua Dez de Abril. O trabalho realizado na Corporação só é possível através do apoio da Secretaria de Cultura de Artur Nogueira e trabalho voluntário dos diretores, professores, alunos e pais. Segundo o maestro Ricardo Michelino, atual líder do grupo, no cenário atual todas as manifestações artísticas em diferentes partes do país têm muita importância. “Celebrar

tros e Cia nasceu a partir de pesquisas e conversas em que a necessidade de trabalhar temáticas como intolerância, violência, preconceito e discriminação se mostrou evidente. O grupo procurou roteirizar uma peça que procure não cair em um discurso demagógico e moralista comum às obras populares sobre a temática. O uso de uma caracterização de “terror” não é comum em obras nacionais. Este recurso é originalmente utilizado em culturas estrangeiras, mas, no espetáculo o tema ganha um olhar contemporâneo e abrasileirado, ao relacionar a peça com as origens do país.


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14 de junho de 2019

ENSAIO FOTOGRÁFICO

Heróis do cotidiano

LETÍCCIA CORDEIRO No estado de São Paulo, mais de um milhão e trezentos mil pro•issionais dedicam tempo para atender outras pessoas por meio do seu trabalho. O Tribuna

de São Paulo decidiu homenagear bombeiros, policiais, pro•issionais de saúde, garis e professores da região metropolitana de Campinas que, assim como os super-heróis •ictícios, são capazes de

salvar vidas e orientar pessoas. O reconhecimento de tais funções é fundamental para tornar visíveis as diversas atividades desempenhadas por todas as classes trabalhistas.


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