TRIBUNA DE SP

Page 1

26º Max

Ed. Especial - Projeto Integrado de Mídia Impressa Lagoa Bonita, Sexta-feira, 07 de junho de 2019

Min 15º

Vicinal na escuridão Pouca visibilidade e buracos na Estrada Municipal Pr. Walter Boger preocupam moradores após tentativa de assalto

p.5

Saúde deficiente

TB

Falha no atendimento em posto de saúde deixa a comunidade em estado de alerta

p.6

Tribuna de SP

PREÇOS ELEVADOS Diferença nos preços dos produtos de Engenheiro Coelho comparado a Artur Nogueira chega a 63,4%. Ao menos cinco itens custam mais caro no município coelhense.

Roosters feminino Campus Engenheiro Coelho conta com equipe feminina de futebol americano. Equipe se prepara para competir na modalidade flag 5x5

p.4

p.3

Contra a depressão Vereador propõe projeto para combater depressão no município. O requerimento apresentado durante sessão ordinária aguarda sanção do executivo. p.6

Imóveis Aluguéis mantém mercado imobiliário aquecido em Engenheiro Coelho. Munícipes enxergam opção como forma de economizar. p.4

CULTURA

CIDADES

ENSAIO FOTOGRÁFICO

Festa junina

Sem lar

Belezas naturais

Arraiá, promovido pelas escolas municipais, movimenta Artur Nogueira no mês de junho. Evento contará com comidas típicas e danças apresentadas por crianças.

Número de pessoas em condições de rua diminui em Cosmópolis. Ex-moradora relata história de superação e como se envolveu em prostituição.

Paisagens de Holambra chamam a atenção de turistas. Município contribui para o desenvolvimento e a infraestrutura do país.

p.

p.

p.

7

5

8


2 TB

07 de junho de 2019

OPINIÃO

Ao contrário do que alguns afirmam, transformar filosofia, arte, ciência e cultura em balbúrdia é tão desastroso quanto calar a mulher que se posiciona

A caminho do “berço”… esplêndido Aparentemente condenado ao sono eterno, Brasil dá sinais de sair da letargia ANA CLARA SILVEIRA O protesto é livre, vivo e revolucionário. Ousar ser protagonista da mudança promove imediata reformulação dos pensamentos estáticos de uma sociedade que promete equidade, mas descarta facilmente a diversidade das vozes. Ser capaz de ouvir em tempos de “obsolescência humana” é possibilitar a livre circulação do discurso de quem teve seu espaço ativo diminuído pelas fronteiras criadas culturalmente. De fato, apoiar a pluralidade não apenas exige aceitação da coexistência de diversos núcleos, mas a propagação dos seus discursos e abertura para possibilidade de

diálogo, ainda que isso não esteja vinculado a interesses particulares. É importante esclarecer que a liberdade de expressão permite o grito e o silêncio. Mas anular-se das discussões que desconstroem, remodelam e ressigni•icam um contexto social, torna o indivíduo incapaz de revoltar-se com aquilo que o atinge diretamente. Não há coerência em se contentar com a ideia de neutralidade nos momentos de conveniência e euforia em espaços oportunos. A visibilidade ética – aquela que torna a questão fonte de re•lexão –

exige a capacidade de enxergar o protesto do outro. Após as manifestações de 2013, o Brasil rememorou conquistas feitas mediante o “ir à rua”. A cena se repetiu nos últimos dias em prol da educação e foi possível acompanhar milhares de pessoas motivadas a protestar neste ano. A causa principal surgiu a partir do comentário do atual presidente brasileiro, cuja retórica se referia às instituições de ensino do país como promotoras de balbúrdia. O cenário para todo movimento se mostrou

ainda mais intenso devido à era tecnológica. Poder compartilhar uma ideia por meio de hashtags facilitou o encontro entre pessoas que compartilham pensamentos semelhantes à distância de um clique. Assim, o descontentamento possibilitou iniciativas de caráter coletivo, seja por motivos políticos ou sociais. Ao contrário do que alguns a•irmam, transformar •iloso•ia, arte, ciência e cultura em balbúrdia é tão desastroso quanto calar a mulher que se po-

De pernas cruzadas para o preconceito ANDRÉIA MOURA com menos posses. A mensagem central do documentário pode ser resumida nas seguintes palavras: “Imagine uma vida com menos: menos coisas, menos desordem, menos estresse e descontentamento.... Agora imagine uma vida com mais: mais tempo, mais relações signi•icativas, mais crescimento, contribuições e contentamento. ” Assim, eles oferecem uma perspectiva única e um novo caminho para aqueles que estão dispostos a fazer mudanças nos hábitos, ajudando o espectador a re•letir sobre viver, em vez de comprar e possuir. O que realmente vale é o ser,e não o ter. Por mais que, na teoria, saibamos disso desde muito jovens, é apenas quando nos deparamos com algumas situações que entendemos o sentido real por trás de frases clichês que circulam por aí. Estamos o tempo inteiro sendo estimulados a comprar mais, mais e mais. Isso nos leva a uma sequência de compras por im-

pulso, que, no •inal da história, se mostram desnecessárias. Menos é mais. Para tudo na vida. Quando você consegue se colocar do lado de fora da engrenagem do consumismo, descobre que, na verdade, gastamos com coisas que não valorizamos. Todas essas coisas que acumulamos à nossa volta custam mais do que dinheiro, custam tempo, energia e qualidade de vida. O esforço para viver com menos nos faz enxergar com clareza o que antes passava despercebido. Devemos ser mais conscientes em relação ao que estamos consumindo. Podemos não ter o controle sobre todas as áreas da nossa vida, mas temos o controle sobre o quanto gastamos e o quanto precisamos para ser felizes. Que tal começarmos nos questionando como nossas vidas poderiam ser melhores com menos? Reduzindo o excesso de sua vida, você será capaz de se concentrar no que é importante.

FOTO: divulgação CBF

Atire a primeira pedra quem nunca sucumbiu à tentação de comprar algo pelo mero prazer de consumir. Essa é uma realidade latente entre nós. O resultado disso é uma sociedade acumuladora, triste, angustiada e ansiosa. O minimalismo, uma •iloso•ia que preza pela redução do consumo, conhecido e praticado na moda, na arquitetura, na música e na arte, ainda não é tão popular como estilo de vida. As pessoas que vivem o minimalismo seguem a vida sem consumo exacerbado, reduzindo suas posses de tal forma que tenham apenas itens que tragam valor à vida. Depois de lançarem um site, um podcast, realizarem duas palestras no TED e publicarem três livros, Joshua Fields e Ryan Nicodemuscriaram o documentário Minimalism: a Documentary about Important Things, constituído de entrevistas com arquitetos, sociólogos, economistas, escritores e adeptos de uma vida

siciona ou roubar o direito do refugiado de sentir que pertence a um lugar. Nenhuma luta é dispensável, nenhum poder é ilimitado, nenhum sistema é imutável. Criticar e questionar criou entremeios históricos capazes de subverter e transformar a causa em efeito. É por meio do “brado retumbante” que o •im do desrespeito, a luta pela igualdade de gênero, a extinção do maltrato de animais e não das espécies se torna possível, ainda que a passos lentos. As trans-

formações não precisam ser explosivas, mas a gradualidade não determina insigni•icância de movimento. A lei da inércia se aplica não apenas aos corpos •ísicos, mas ao mundo inteligível. Uma ideia em movimento tende a permanecer em movimento, transformando-se e em constante mutação conforme as forças que se aplicam. Quanto maior a adesão aos movimentos, mais rápido caminharemos para experimentar o “berço esplêndido” que há tanto aguardamos.

EDITORIAL

Ensinar para pensar ANDRÉIA MOURA Em 2000, quando o curso de Jornalismo do Unasp era recém-nascido, o corpo docente percebeu que para formar pro•issionais devidamente quali•icados seria preciso criar um ambiente onde os alunos pudessem praticar as teorias aprendidas em sala de aula. A Agência Brasileira de Jornalismo (ABJ), criada naquele ano, foi a resposta a esta necessidade e também o sonho de professores que desejavam incentivar uma prática ética, re•lexiva. Docentes que sonhavam mandar ao mercado indivíduos capazes de transformar o próprio entorno por meio de um jornalismo inteligente. Não é esta a função da educação? Não é este o lugar da universidade? Fazer pensar, fomentar o debate, construir espaços onde seja possível contrapor as opiniões por meio de prática e re•lexão? Hoje, depois de 20 anos, a ABJ segue atuando sob os princípios de sua fundação. Disponibilizando este espaço onde o “fazer” jornalístico pode acontecer de forma pensada, de forma pensante.

Para que o Tribuna de São Paulo - esta experiência laboratorial que você tem em mãos agora – aconteça, o grupo de alunos envolvido precisa trabalhar muito. Correria, confusão, tensão, expectativa. É tudo intenso, mas não é balbúrdia. Balbúrdia seria deixar este grupo de alunos cheio de dúvidas, opiniões, incertezas, impulsividades imaturas sem um espaço que colocasse todo o caos da vida do estudante iniciante em perspectiva. O Tribuna de São Paulo é uma experiência onde o conhecimento é colocado a prova, onde ele passa a fazer sentido, é o lugar onde os sentidos começam a ocupar novos lugares. Promover esta experiência anualmente é a missão do curso de Jornalismo do Unasp e também o legado de um corpo docente que espera formar uma nova geração de pro•issionais que possa trabalhar com e•iciência em um mundo cada vez mais caótico. Que o valor da educação que trabalha para fazer pensar seja o que •ica quando você terminar de ler o nosso trabalho.

TRIBUNA DE SP

Pertence à Agência Brasileira de Jornalismo do Unasp Tribuna de São Paulo Projeto Gráfico Prof. Ms. Andréia Moura Diagramação e Arte Final Prof. Ms. Andréia Moura Prof. Esp. Felipe Rocha

Orientadores Prof. Dr. Ruben Holdorf Prof. Dr. Matheus Siqueira Prof. Ms. Andréia Moura Prof. Esp. Leonardo Siqueira Editora-Chefe: Ana Clara Silveira

Secretária de Redação: Letícia Leme Chefe de Reportagem: Letícia Leme Revisão: Letícia Cordeiro Charge: Felipe Carmo Editores: Laís Lorrenzzetti, Hellen Piris, Djuliane Cavalcante, Rebeca Freitas, Railson Pinheiro

Reporteres: Maria Renilse, Bryan Henriques, Rachide Incote , Lurdes Franciele Haup, Adassa Guedes, Ana Caroline Queiroz, Gustavo Brício, Adalie Pritchard, Sandra Conceição, Lorena Freire, Ana Paula Martins, Ingrid Neitzke, Anne Marie Bossé

Endereço: Estrada Municipal Walter Boger, km. 3,4, s/n - Lagoa Bonita, Engenheiro Coelho (SP)CEP 13165-970 Telefone: (19) 3858-9072 Tiragem: 800 exemplares Impressão: Tribuna de Itapira


3 TB

07 de junho de 2019

FOTO: Anne Marie Bossé

UNASP

O Roosters feminino pretende participar do campeonato paulista de 2020 na categoria Flag

Mulheres no FLAG

Unasp aposta em representatividade e cria time feminino de futebol americano

PESQUISA

O Unasp Engenheiro Coelho promove atividades complementares no campo da pesquisa acadêmica. Os grupos de estudo na área de Comunicação são três. Excelsior! que discute temas relacionados à cultura, mídia e religião; Cultx que estuda Semióti-

ca da Cultura; e o Coletivo de Investigação de Novas Estéticas (Cine) que aborda a composição da imagem e do som. Este também promove encontros quinzenais abertos ao público nos quais se exibem mostras cinematográ•icas seguidas de debate.

ESPORTE

Torneio de basquete Roberto da Silva. As oito equipes inscritas jogam pela manhã, com eliminação direta. As melhores se enfrentam à noite na semi•inal e •inal. A entrada é franca.

FOTO: Free Photo on pixabay

A terceira edição do Novo Basquete Unasp (NBU X3), torneio de basquete do Unasp Engenheiro Coelho, acontece neste domingo (9) no Ginásio Poliesportivo Paulo

Avaliado com a nota máxima estabelecida pelo Ministério da Educação (MEC), a Licenciatura em Música do Centro Universitário Adventista de São Paulo, Campus Engenheiro Coelho, é destaque. Atualmente, a instituição dispõe de 54 grupos musicais, sendo 17 instrumentais e 37 vocais. Entre estes, 12 corais que auxiliam o desenvolvimento e crescimento dos alunos. Segundo o professor Gerson Arrais, diretor da Escola de Artes, o Unasp valoriza a música e apoia o trabalho desenvolvido por alunos, além de incentivá-los a aprimorar as habilidades. O aluno Leandro de Oliveira a•irma que é um privilégio atuar nos espetáculos. promovidos pela escola Ele também menciona que a participação em atividades extracurriculares se torna impor-

tante até mesmo para estudantes de outros cursos. “O Unasp proporciona a oportunidade de aplicar o aprendizado adquirido na sala de aula”, destaca. Durante o primeiro semestre de 2019, a instituição já organizou mais de cinquenta eventos musicais, entre eles a peça “Fé, esperança e amor”. O trabalho também foi apresentaado na PUC Campinas, em comemoração aos 78 anos da universidade. O maestro, professor de Música e regente do musical, doutor Jetro Meira de Oliveira, realça que a apresentação foi exclusiva. “Comemoramos o aniversário de uma importante instituição de ensino de Campinas com um repertório inesquecível.”, conta. A coordenadora do curso, doutora Ellen Boger Stencel, evidencia a alegria de conquistar a nota máxima. “No ano passado tivemos uma avaliação pre-

LORENA FREIRE

Esporte esperança pôr do sol com skates, longs, patins e a Bíblia para conversar com outros esportistas. Os participantes acreditam que tais interações tornam as pessoas mais suscetíveis a receber uma mensagem de esperança.

Notas por Lorena Freire, Rachide Incote, Hellen Piris

para as que jogadoras e equipe técnica tenham motivação para representar o Roosters. O time feminino tem como objetivo a participar do campeonato paulista de 2020. Os Roosters terão seu primeiro amistoso no segundo semestre desse ano. Tanto os técnicos quanto as jogadoras estão con•iantes em relação aos resultados. Ao ser questionado sobre as chances de vitória do time nos próximos jogos, Faria declara: “A equipe conta com meninas muito dedicadas e talentosas, e com o tempo será um time coeso e capaz de disputar grandes feitos desde seu primeiro ano de campeonato”.

legenda legenda legenda legenda legenda legenda legenda legenda

Escola de artes do Unasp promove recital de canto e flauta sencial do MEC. Realmente é uma satisfação alcançar todos os quesitos. São muitos. É um trabalho muito minucioso e quando você recebe um reconhecimento como a nota máxima

Experiência intercultural SKATE

O ministério Skate 4Him – um segmento do Atos 29, ministério de evangelismo urbano do Unasp Engenheiro Coelho – leva mensagens de amor de forma simples. Voluntários se reúnem às sextas-feiras após o

jogar para os Roosters. “Para mim, futebol americano era um esporte em que todo mundo se matava, mas a verdade é que consiste em um esporte de bastante estratégia e raciocino. No início fui só por curiosidade, mas agora passo a semana toda ansiosa pelo treino”, conta. A estrutura, o transporte, material esportivo e a•ins são elementos que o Unasp tem disponibilizado para o novo time. Além disso, as atletas receberam o patrocínio da Academia Body n’Spirit e da Cavagnini Veículos, que auxilia o time com o uniforme e as despesas gerais. O apoio da torcida também é importante, ao dar suporte

Música 5 estrelas RACHIDE INCOTE

Grupos de estudos

jogando futebol, basquete, vôlei; mas futebol americano é um esporte completamente diferente, então demanda um tempo para se acostumar com o jogo”, esclarece. A equipe feminina do Roosters se prepara para competir na modalidade •lag 5x5 e tem se capacitado para enfrentar os jogos que começarão no segundo semestre. A •iloso•ia comprova que o trabalho constante apresenta resultado mais positivo do que somente o talento. Essa proposta tem motivado as meninas do time a se esforçarem durante os treinamentos. A atleta Deborah Cardoso comenta que é muito prazeroso

O Campus do Unasp Engenheiro Coelho tem uma grande variedade de grupos étnicos. Jovens de muitos países vêm ao Brasil para realizar o sonho de estudar e fazer parte da instituição avaliada com nota máxima pelo Ministério da Educação (MEC). A peruana e estudante de Rádio e TV, Vilma Rafvi, relata o sentimento de admiração ao conhecer a instituição. “Pesquisei sobre meu curso e resolvi estudar aqui por muitos

motivos: a espiritualidade, as pessoas, o lugar, a música, entre outros. Sinto que encontro aqui tudo o que eu preciso para aprender”, a•irma. No entanto, as experiências positivas não anulam as di•iculdades sentidas pelos estudantes estrangeiros. A distância do país de origem e a comunicação, por exemplo, são obstáculos enfrentados desde o princípio. A intercambista estadunidense Michele Prodans relata que enfrentou di-

•iculdade nos primeiros dias para se relacionar. Já o estudante mexicano de Administração, Jorge Carvajal, ressalta que a comida diferente, a distância e a adaptação às novas regras foram um contratempo. Por outro lado, Carvajal exaltou a amistosidade e os eventos promovidos pela instituição. O Campus Engenheiro Coelho oferece diversas oportunidades de intercâmbio e valoriza a troca de experiências interculturais.

do MEC tem uma sensação de missão cumprida. Acredito que Deus está na condução e nós também estamos a cumprir aquilo que precisa ser realizado”, conclui. FOTO: Ascom Jornal Grande Bahia

Com o tempo será um time coeso e capaz de disputar grandes feitos desde seu primeiro ano de campeonato

estrutura do campeonato”, explica. Ainda esclareceu que foi o necessário para que ele pudesse iniciar o projeto sob sua coordenação e unir meninas que tivessem interesse. Uma vez que a decisão foi tomada, não houve di•iculdades para encontrar jovens interessadas e aptas a participar do time. A divulgação das novas vagas foi feita através de um grupo no WhatsApp. Um número expressivo compareceu ao primeiro treino. Na opinião do treinador Eric dos Santos, o maior desa•io do time é aprender a jogar o esporte do zero. “No Brasil, normalmente a gente nasce

FOTO: Ana Caroline Queiroz

LORENA FREIRE Pela primeira vez, o Unasp Engenheiro Coelho possui uma equipe feminina de futebol americano para representar o campus. A equipe foi criada há pouco tempo e é composta, em média, por 20 atletas, lideradas pelo diretor do time de •lag football Roosters, Henrique Faria. Ele também lidera a equipe masculina. Segundo Faria, a decisão de formar a equipe feminina veio após uma advertência do árbitro que apitou um dos jogos do campeonato masculino. “Nós estamos no terceiro ano do time masculino e ainda não tínhamos uma equipe feminina, mesmo tendo a melhor


4 TB

07 de junho de 2019

ECONOMIA

Feijão mais caro

Em Engenheiro Coelho, produto chega a custar 63,4% mais que em Artur Nogueira

FOTO: PAULO MAURICIO

FRANCIELE BORGES E DJULIANE RODRIGUES Ao menos cinco itens da cesta básica, como o arroz, o feijão, o macarrão, o sal e um quilo de cebola, custam mais em Engenheiro Coelho do que em Artur Nogueira. O Tribuna de SP levantou o preço destes itens em três supermercados. A diferença entre o que o consumidor desembolsaria ao comprar os mesmos produtos chega a 63,4%. É o caso do feijão. Em um supermercado de Engenheiro Coelho, um quilo do produto é vendido a R$ 10,90. Em Artur Nogueira, a mesma mercadoria custa R$ 6,65. A comparação entre os dois estabelecimentos revelou que um consumidor em Engenheiro Coelho pagaria R$ 35,72 ao colocar no carrinho de compras um quilo de arroz, cinco de feijão, um de cebola, um de sal, e um pacote de macarrão do tipo espaguete. Em Artur Nogueira, esta lista de compras sairia por R$ 28,33. Uma diferença de 26%. Aparecida Venâncio, cliente de um supermercado em Engenheiro Coelho, percebe a diferença de preços no cupom !iscal. “Está caro. Às vezes, vou para Cosmópolis, acho mais em conta comprar lá”, disse. Questionada se seria vantajoso comprar em regiões mais distantes,

que exigem o pagamento de pedágio e gastos com combustível, Aparecida esclarece que sim, mas só quando a viagem serve a outros propósitos, como visitar a !ilha. In lação Nos quatros primeiros meses do ano, a in!lação no preço dos alimentos no país, medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu de 5,4% para 7%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geogra!ia e Estatística (IBGE), o desequilíbrio é resultado da elevação da taxa de juros do mercado pelo Sistema Especial de Liquidação e Custódia, a taxa Selic. Em todo o país, a oscilação nos preços dos alimentos tem um motivo generalizado: a in!lação. Trata-se do aumento contínuo dos preços de mercado, e o índice mostra como o consumidor perde ou ganha poder de compra de acordo com o valor da moeda. E isso afeta o orçamento das famílias. Se em 2018 era possível comprar uma certa quantidade de itens com R$ 100,00, hoje seria preciso desembolsar R$ 120,00. O professor de Administração e especialista em economia, Haroldo Torres, esclarece que o índice de in!lação é composto por alimentos e bebidas, saúde, transporte, educação e

habitação. Mensalmente, o IBGE levanta dados sobre a variação de preço de cada produto que compõe o orçamento familiar e pondera essas oscilações pelo peso de cada item. Torres esclarece que a in!lação indica a variação média em relação ao aumento dos preços dos bens de serviço na economia. “A alimentação tem um peso acima de 30%. Alguns produtos e serviços são mais afetados que outros. Um exemplo é o setor de transporte, que sofre com alterações cambiais. É uma reação em cadeia: se aumenta o preço do petróleo, aumenta a variação da moeda, do diesel e o custo do frete”, diz. Para o administrador, os pobres são os mais afetados por esse ciclo, já que “a maior parte do orçamento da família pobre é direcionada para a alimentação, que tem o maior peso no índice de in!lação”. Impacto internacional Na Argentina, por exemplo, a crise econômica fez com que 95% dos consumidores caminhassem distâncias mais longas a !im de encontrar supermercados com preços mais acessíveis. Com a alta da in!lação, um produto pode ter preços extremamente diferentes de estabelecimento para estabelecimento.

Em um supermercado de Engenheiro Coelho, um quilo do feijão é vendido a R$ 10,90. Em Artur Nogueira, a mesma mercadoria custa R$ 6,65

Cesta básica em Engenheiro Coelho está 63,4% mais cara comparado a Artur Nogueira

DJULIANE RODRIGUES A comunidade estudantil tem mantido o mercado imobiliário coelhense aquecido. A presença de um centro universitário atrai jovens de todo o Brasil e de outros países. A demanda por trabalhadores rurais na citricultura também contribui para uma maior busca por imóveis para locação. “Somos uma cidade dormitório para estudantes e colhedores de laranja. A maioria das pessoas tem interesse pelo aluguel de imóveis”, a!irma Luciana Cristina Sato, proprietária da imobiliária Mikasa. Há também aqueles que buscam adquirir um imóvel no município. O empresário Pedro Torquato explica que a cidade atrai

dois per!is de compradores: o de “primeira viagem”, que terá apenas um imóvel, e o investidor. Marco Antônio Silva, morador de um condomínio em Engenheiro Coelho, é um destes compradores. Por conta da alta taxa de juros cobrada no !inanciamento de casas próprias, Silva aproveitou um momento do governo de Dilma Rousseff para comprar um imóvel. Ele conta que a ex-presidente estava prestes a bloquear as retiradas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e, por isso, aproveitou a oportunidade para adquirir um apartamento. “Minha esposa requereu o saque do FGTS. Pagamos o imóvel à vista, sem !inanciamentos. Se não ti-

aconteceria com um investimento”, explica. Aluguel em alta Entre 2018 e 2019 houve um aumento no aluguel de moradias no Sudeste do País, mesmo com o crescimento nos preços dos imóveis. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geogra!ia e Estatística (IBGE), o estado de São Paulo tem o maior preço médio de locação residencial. Alugar ou comprar Assim como Cerbasi, o corretor e empresário Torquato defende que a aquisição de um imóvel pela tabela Price - um sistema francês de amortização - não é vantajosa, pois aumenta o preço da propriedade. O sistema Price divide a dívida dos imóveis em prestações iguais.

Preço da gasolina ção ao valor anterior. Com a medida, postos de combustíveis em Engenheiro Coelho podem oferecer gasolina mais barata nos próximos dias. O preço atual é, em média, R$ 4,29.

Notas por Franciele Borges , Ana Paula Martins e Djuliane Rodrigues

Reforma da previdência

Reajuste da água O Serviço de Água e Esgoto de Engenheiro Coelho (Saeec) pretende reajustar em novembro a taxa de água na região. Entre os anos de 2018 e 2019, o reajuste foi de 29,6%. No Bairro Universitário, o pre-

Procura por aluguel em Engenheiro Coelho supera compra de casa própria

GOVERNO

ENGENHEIRO COELHO

COMBUSTÍVEL

A Petrobras reduziu para 4,4% o preço da gasolina nesta semana devido aos elevados preços do petróleo no exterior. O litro passa a custar R$ 1,95, nove centavos a menos em compara-

véssemos sacado (o FGTS) por meio da aquisição de um apartamento, nunca mais teríamos esse valor”, comenta. Comprar ou alugar? Educadores !inanceiros como Gustavo Cerbasi e Nathalia Arcuri defendem o aluguel como alternativa à compra de imóveis. Em um de seus livros, Cerbasi, considerado um guru da educação !inanceira, argumenta que comprar a casa própria não é um investimento inteligente. Ele lembra, ainda, a importância de se observar a valorização e a desvalorização do imóvel. “A ideia de quem pensa em comprar um apartamento ou casa própria não é multiplicar o montante do imóvel como

FOTO: RAILSON PINHEIRO

Aluguel para coelhenses

ço dos dois poços que abastecem as casas aumentou de R$ 6 mil ao mês para R$ 10 mil. O valor é menor que o esperado, já que, de acordo com os anos anteriores, o aumento deveria estar na casa dos 40%.

O dé!icit na Previdência de estados e municípios soma R$ 96 bilhões por ano. Um dos principais objetivos do Projeto de Emenda Constitucional (PEC) da Previdência é !ixar a idade mínima

de aposentadoria para 60 anos, o que, até então, não existe. Se professores, trabalhadores rurais e pensionistas não forem inclusos, os cofres públicos federais ainda economizarão R$ 1,1 trilhão.


07 de junho de 2019

FOTO: Jair Piloto Nunes

CIDADES

5 TB

Buracos dificultam trânsito de veículos e pedestres

Vicinal na escuridão Falta de iluminação em vicinal contribui para atropelamento e tentativas de assalto RENILSE SOUZA

Os ciclistas disputam com carros e motos, pois não tem acostamento, não tem calçada, nem iluminação

A falta de iluminação adequada na Estrada Municipal Walter Boger, localizada na área rural de Engenheiro Coelho, causa medo nos moradores. A razão para essa onda de insegurança se motiva pela ausência de iluminação em alguns pontos da estrada, contribuindo para atropelamentos e tentativas de assalto. No entanto, a falta de iluminação não é o único fator preocupante, já que os moradores também reclamam da presença de buracos na estrada, remendos, ausência de calçada, ciclovia e sinalização ‘mal feita’, que di!icultam signi!icativamente o translado, o que gera medo e descontentamento na comunidade local. O morador Muaby Miguel relembra uma tenta-

tiva de assalto que sofreu na vicinal: “Foi em uma quinta-feira à noite. Eu estava vindo da casa de um amigo e cruzei com dois caras que estavam fumando alguma coisa. Eles começaram a vir atrás de mim e eu saí correndo”. Insegurança Outro morador, que não quis ter o nome divulgado, relatou sentir insegurança ao trafegar na estrada para se deslocar diariamente. “Comecei a fazer uso dessa via faz um ano e já pude constatar que é realmente di!ícil e perigosa. Eu, que tráfego de bicicleta, enfrento os perigos de cair nos buracos por conta da falta de iluminação”, reclama. Segundo dados da Guarda Municipal, de 18 de setembro do ano passado a 5 de junho, registraram-se oito casos de acidentes de trânsito na Walter Boger e, desses casos, um por

atropelamento. Contudo, a PM esclarece que esses dados não computam todos os acidentes de trânsito ocorridos na via devido alguns serem registrados diretamente na Polícia Civil ou na Guarda Municipal, por boletim de ocorrência online ou então pelo fato de não haver nenhum registro de sinistro. O estudante Messias Costa ressalta as di!iculdades enfrentadas como motociclista por causa da pouca iluminação na estrada. “Eu quase atropelei um ciclista. No sentido em direção ao Cevisa, os ciclistas disputam com carros e motos, pois não tem acostamento, não tem calçada, nem iluminação. É impossível não estar diariamente colocando em risco a vida de pessoas”, desabafa Costa. A situação da via também causa descontentamento em André Lima. O

morador é mais um dos muitos observadores dos perigos diários: “Quando vou para casa à noite, já me deparei com uma pessoa na estrada e quase atropelei a pessoa, porque ela não vai andar no mato.” Lima também revela sofrer prejuízos !inanceiros devido à constante manutenção da motocicleta, pois as rodas do veículo entortaram-se em decorrência da “buraqueira”. A massoterapeuta Tainara de Oliveira trafega de bicicleta na via diariamente para ir ao trabalho e relata um episódio no qual quase se chocou contra uma motocicleta devido à escuridão na estrada. “Um dia desses eu estava indo do Cevisa para casa e uma moto quase me atropelou, mas consegui ir para a lateral da rua. A mulher !icou muito zangada, fez a volta e começou a me xingar, falando que estava muito es-

curo e não era para eu estar de bicicleta essas horas na rua. Eu não pude fazer nada”, lamenta Tainara. Outro lado Recentemente, a concessionária responsável estendeu e sinalizou a ciclofaixa, pavimentou os trechos mais críticos da vicinal e eliminou os panelões e crateras, não obstante algumas ondulações permanecerem. A Rota das Bandeiras a!irma assumir apenas a responsabilidade da manutenção da estrada. Mesmo com a presença da ciclofaixa exclusiva para pedestres e ciclistas, alguns continuam usando a pista dos automóveis, colocando-se sob risco. Em relação ao papel público, a reportagem procurou respostas junto à Prefeitura Municipal de Engenheiro Coelho, mas até o fechamento desta matéria não houve nenhum retorno.

Moradores de rua em Cosmópolis ANDRÉIA MOURA O Município de Cosmópolis reduziu em 70% o número de moradores de rua nos últimos três anos. Entre 2015 e 2016, 35 pessoas viviam pelas vias da cidade. Dados do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) revelam que atualmente apenas dez pessoas moram em situação de rua na cidade. Pessoas em condições de rua chegam à região por diversas razões. O uso abusivo de drogas, violência, desemprego, falta de acesso às principais políticas públicas e ruptura de vínculos familiares são alguns dos principais motivos. A total miséria na qual vivem essas pessoas faz com que os sem-teto migrem constantemente de uma cidade para outra em busca de oportunidades de trabalho, melhorar a qualidade de vida e começar uma nova história. Segundo o Creas, os programas que auxiliam moradores de rua são, em sua maioria, iniciativas de igrejas evangélicas. O Creas tem projetos visando resgatar os vínculos dessas pessoas. “O nosso objetivo é ofertar o café da manhã para essa de-

manda, durante a semana, e retomar os atendimentos individuais e grupo de apoio/ escuta. Também estamos batalhando para conseguir um local para que eles possam se higienizar (tomar banho) durante a semana, pois hoje eles conseguem fazer isso apenas no sábado em um local disponibilizado pela União Espírita da cidade”, comenta Renata Caroline Provinciatto, coordenadora do Creas. A ex-moradora de rua em Cosmópolis, Patrícia Maria, relata sua história de superação como moradora de rua. Com aproximadamente 16 anos de idade deixou um !ilho em Pernambuco e veio morar em São Paulo, em busca de novas oportunidades e na tentativa de esquecer uma decepção amorosa. Ela conseguiu trabalho em uma casa. Posteriormente descobriu que se tratava de prostíbulo. A falta de opções a submeteu ao “trabalho”. Na prostituição teve mais duas !ilhas com diferentes “parceiros”. Para não !icar na rua, Patrícia trabalhou em outra casa noturna, em Cosmópolis. Ao ver vantagens !inanceiras, preferiu morar com

algumas amigas e manter o trabalho como prostituta. Para a coordenadora do Creas, as mulheres são mais vulneráveis nas ruas “até mesmo pela questão !ísica”, porém contou que geralmente os homens procuram ajuda do Creas mais que as mulheres, pois representam “a grande maioria que se encontra em situação de rua”. A história de Patrícia em busca do sonho de uma vida melhor é o mesmo de tantas outras pessoas que chegam a Cosmópolis e acabam desiludidas. “Eu só dormia em casa abandonada, comia restos do lixo e minha roupa era descartável. Muitas vezes a polícia passava e pedia para a gente sumir”, revela a ex-moradora de rua. “Somos tratados como lixo, como nada. Eu não tive família, não tive ninguém. Recebi ajuda, primeiramente de Deus, e do Creas.” Patrícia agora tem 38 anos e mora com o marido e o !ilho caçula em um apartamento “digno para morar”, nas palavras dela. “Foi por amor à minha família que eu saí das drogas. Eu sabia que teria que escolher: ou as drogas, ou minha família. Então, escolhi a minha família”, comemora. Ex-moradora de rua celebra novas conquistas

ENGENHEIRO COELHO, ARTUR NOGUEIRA E COSMÓPOLIS


6 TB

07de junho de 2019

SAÚDE

Saúde deficiente

População do Bairro Universitário enfrenta problemas com a Unidade de Saúde Básica local

FOTO: RAILSON PINHEIRO

LAÍS LORRENZZETTI A Unidade de Saúde Básica (UBS) do Bairro Universitário, em Engenheiro Coelho, tem causado descontentamento entre moradores. Eles relatam que o posto !ica fechado em horários de atendimento, além de registrar demora excessiva no encaminhamento das consultas e falta de médicos – especialmente de clínicos gerais. De acordo com o informativo exposto na recepção do local, os pro!issionais disponíveis na unidade são: clínico geral, pediatra, ginecologista e nutricionista. Estes especialistas deveriam atender em diferentes dias da semana para cumprir a demanda. No entanto, moradores relatam sofrer com a ausência de médicos. “Quando eu estava grávida, o atendimento era bom. Recentemente, pedi para minha mãe levar meu !ilho [para a UBS] e, por três semanas seguidas, o médico pediatra faltou”, reclama Stephanie Simões, moradora do bairro. Já Arian Antônio Lima, que se dirigiu ao posto de saúde durante uma crise alérgica, também não recebeu o devido atendimento pela falta de um médico. Além disso, não havia veículo para trans-

portá-lo ao Pronto Atendimento de Engenheiro Coelho. A !im de chegar ao local da consulta, Lima necessitou de carona. Além dele, a residente Vanderléia Silva reclamou do tempo de disponibilidade do posto, pois se há algum problema mais grave e no período noturno, se torna inviável o atendimento. O procedimento padrão na UBS é ser atendido por um clínico geral, que direciona o paciente para especialistas mediante agendamento. Mas, para os moradores do Bairro Universitário, o processo encontra-se lento demais. “Dependendo do que for, pode demorar mais de um mês. Minha mãe precisava fazer exames porque ela rompeu o tendão do braço. Demorou quase um ano para ela conseguir ser atendida”, lamenta Stephanie. Além disso, a localidade não tem uma farmácia mantida pelo governo, o que leva à falta de medicamentos. Devido à demora nos atendimentos, a falta de remédios, a espera excessiva para o encaminhamento das consultas e a UBS estar fechada em horário de funcionamento, alguns residentes preferem se dirigir às unidades de saúde, pronto socorros e hospitais de

cidades vizinhas. Sttephany ainda atesta que a estrutura do posto de saúde teve leve melhora após compra de cadeiras e ar-condicionado. Entretanto, ainda não atende à demanda. “Devido ao aumento da população, a unidade atende uma área muito extensa: os condomínios residenciais, as Chácaras Primavera, Camargo e Canaã, os [bairros] Universitário e Jacarandá. Então, a demanda está realmente grande e seria necessária a implantação de uma equipe maior, como também de um clínico geral que atenda todos os dias”, analisa enfermeira da UBS, que prefere não ser identi!icada. Para atender de forma e!iciente aos cidadãos, a funcionária da unidade de saúde acrescenta que precisa de uma equipe da Estratégia de Saúde da Família (ESF). A UBS sofre com a falta destes agentes comunitários, que tem como objetivo aproximar a unidade de saúde do usuário do serviço através de visitas domiciliares. O grupo deve ouvir as queixas da população e levar as sugestões para a unidade. A Secretaria de Saúde ainda não se manifestou a !im de justi!icar o porquê dos problemas mencionados.

A demanda está realmente grande e seria necessária a implantação de uma equipe maior

Falha no atendimento do posto de saúde preocupa moradores

LETÍCIA LEME

dimento do município – a!inal, a demanda tende a crescer. Recentemente, um requerimento foi apresentado pelo Vereador Zé Carlos (Pros) durante sessão Ordinária da Câmara Municipal. O projeto tem como objetivo diminuir os casos da doença na cidade. Após aprovação unânime, a medida aguarda decisão do Poder Executivo. No entanto, já conta com o apoio de outros parlamentares, como Neyzinho da Saúde (PSB). Ele ressalta que, com o comprometimento dos setores públicos, “é possível fazer um trabalho diferenciado no município”.

FOTO: VANIA STEPHANY SARZURI CUELLAR

A depressão é um transtorno psiquiátrico crônico que atinge milhões de brasileiros. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), ela se tornará a doença mais incapacitante do mundo até 2020. Apesar do município de Engenheiro Coelho não ter um programa especí!ico que atenda esse público, a ideia tem sido estudada por parlamentares. Para isso, são necessários os serviços de pro!issionais de saúde especialistas na área, bem como sua disponibilidade de atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo a psicóloga e terapeuta cognitiva comportamental Somaira Flores, o papel da prefeitura para prevenir, tratar e conscientizar a população sobre a doença é fundamental. “Depressão é um problema de saúde pública estatisticamente prevalente. O fato do município ter essa preocupação é algo muito importante, mas, além de ter um programa, eles precisam dar tratamento de qualidade com pro!issionais capacitados”, aconselha. O assunto tem se tornado pauta das autoridades de Engenheiro Coelho, que buscam capacitar e ampliar o aten-

Mais de um terço do total de incapacitados nas Américas é resultado da depressão

FOTO: PAULA SANTANA

Engenheiro Coelho contra depressão

Vacina contra a gripe está disponível para toda a população

Protegidos da gripe BRYAN HENRIQUES A Campanha Nacional de Vacinação contra a In!luenza encerrou a distribuição em âmbito nacional e regional para grupos de risco na sexta-feira (31). Neste mês, a vacinação se dirige para os demais públicos. De acordo com a Vigilância Epidemiológica, mais de 60% dos moradores de Artur Nogueira e Engenheiro Coelho foram imunizados na primeira etapa. A vacina contém uma dose trivalente contra a doença, combatendo três subtipos do vírus: H1N1, H3N2 e In!luenza

B. Segundo o técnico em enfermagem Sebastian Issenguel, “as melhores maneiras de prevenir a doença é lavar as mãos após encostar em qualquer super!ície e evitar o contato com olhos, boca e nariz. Também, cobrir a boca quando tossir ou espirrar, mas esses cuidados não são tão e!icazes como a vacina”. A vacina começa a fazer efeito em até quatro semanas e a validade da dose durará aproximadamente doze meses. Na primeira fase da campanha, os grupos vacinados priorizaram crianças entre 6 me-

ses e 6 anos, gestantes, trabalhadores da rede de saúde, indígenas, mulheres no período pós-parto até 45 dias, idosos, professores e doentes crônicos. Para ser vacinado, o paciente precisa comparecer à unidade de saúde mais próxima que esteja vinculada ao projeto governamental. A !im de !inalizar o processo, o cidadão deve portar um documento com foto e carteira de vacinação. Caso a pessoa não o possua, emite-se o registro de imunização na hora do atendimento.


07 de junho de 2019

FOTO: divulgação colegio Evolve

CULTURA

7 TB

Crianças dançam a tradicional quadrilha em edição anterior do Circuito Arraiá

Arraiá em Artur Nogueira Secretaria de Educação e escolas do município movimentam comunidade com comemorações juninas REBECA FREITAS

Alunos, pais, professores, funcionários e gestores escolares se envolvem na organização dos eventos

Neste mês, as escolas municipais de Artur Nogueira celebram a cultura da festa junina. O “Circuito Arraiá 2019” acontece até 29 de junho e deve reunir centenas de amantes da festa de São João. Os eventos são gratuitos e abertos à população. A iniciativa é da Secretaria da Educação do município. As festas juninas têm a intenção de incentivar a cultura através de atividades educativas, como danças apresentadas pelos alunos e comidas típicas. Canjica, pamonha, milho cozido, pipoca, bolo de milho, arroz doce, quentão e pé-de-moleque estão no cardápio.

para a realização da festa, os pais contribuíram com arrecadação de prendas e até mesmo com doação de alimentos. Eles também foram voluntários nas barracas e essa parceria com a escola merece destaque”, comenta. No edição do evento realizada na EMEI Luiz Amaro Rodrigues, participaram cerca de 500 pessoas. Alunos do Pré I e Pré II apresentaram diferentes danças. Entre elas o country e a tradicional quadrilha. A festa contou com diversos voluntários. Eletricistas, técnicos de som e membros da Paróquia Nossa Senhora das Dores. A programação do “Circuito Arraiá 2019”

As festividades tiveram início em 1º de junho e já aconteceram na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Professor Amaro Rodrigues, na Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Luiz Amaro Rodrigues e na Escola Municipal de Ensino Infantil e fundamental (EMEIEF) Professora Aparecida Dias dos Santos. Josiane Delgado, diretora da EMEI Luiz Amaro Rodrigues, a!irma que a festa de abertura do “Circuito Arraiá 2019”, realizada na unidade em que comanda, contribuiu para estreitar laços entre escola e pais. “A participação da família foi fundamental

CINEMA FOTO: Deposit Photos

ADASSA GUEDES E REBECA FREITAS Nos últimos dois anos Holambra foi sede das !ilmagens do longa-metragem “Turma da Mônica- Laços”. O !ilme, que estreia no dia 27 de junho, começa a pré-venda de ingressos nesta quinta-feira (06). A maior parte das !ilmagens na Cidade das Flores aconteceu na Alameda Maurício de Nassau. A produção, baseada nos quadrinhos de Maurício de Souza, roteirizada por Thiago Dottori e dirigida por Daniel Rezende (de O Mecanismo). Uma das curiosidades do trabalho é atuação de Maurício nas !ilmagens. Rezende, em entrevista, a!irma que o trabalho foi emocionante. “Trazer para as telonas a Turma da Mônica talvez tenha sido o projeto mais di!ícil da minha vida”, enfati-

MIS” oferece à população local um !ilme por semana e aproximadamente seis o!icinas ou palestras por ano. Segundo o coordenador do programa, Guilher-

me Pacheco, “o projeto é importante, pois além de promover acessibilidade, contribui e disponibiliza conhecimento através das o!icinas e palestras oferecidas”.

FOTO: Divulgação

CARROS

Tratores em combate até 15 toneladas. Haverá equipes novas competindo vindo de Castro, Tibagi e Arapoti, Paraná e de Holambra também. Hendrik Horsch diz que haverá novidades nesta edição: todas as competições acontecerão no mesmo dia e

contará com a presença de uma dupla sertaneja que se apresentará à noite. Os ingressos custarão R$ para adultos e R$ para crianças de 6 a 12 anos. O evento está aguardado para um público de 3500 mil pessoas. FOTO: trekkertrek.com.br

O evento TREKKER TREK acontece no dia 15 de junho no Centro Esportivo Tubantia, em Holambra-SP. Trata-se de uma competição de tratores “envenenados”. Numa pista de 100m, os tratores devem puxar uma carreta de

A secretária de Educação de Artur Nogueira, Elaine Vicensotti Boer, destaca que o departamento se organiza, desde o início do ano letivo para promoção da festa cultural nas unidades escolares, e que os “arraiás” são tradição na cidade. “Alunos, pais, professores, funcionários e gestores escolares se envolvem na organização dos eventos. É um momento de integração entre todos”, frisa. No dia 29 de junho as escolas Francisco Cardona – no bairro Ouro Branco – e Sérgio Manoel Leme, no Jardim Planalto, recebem o público para as últimas comemorações juninas do circuito.

Mônica em Holambra

gabo Engenheiro Coelho, Holambra e Cosmópolis participam do programa de exibição de !ilmes nacionais promovido pelo Museu da Imagem e do Som (MIS). O “Pontos

continua no dia 8 de junho na EMEF Elisyário Del’Alamo, no Jardim Sacilotto, a partir das 18 horas. No mesmo dia também tem festa junina na EMEI Regina Aparecida Posi de Oliveira, no Parque dos Trabalhadores e na EMEF Professora Alcídia Teixeira Witaker Matteis, no Itamaraty. Os eventos devem começar as 18h30 e 19h, respectivamente. Nos dias 14 e 15 deste mês também acontecem festas juninas nas escolas Osni José de Souza, Maria Plascidina de Almeida Filippini, na EMEF Prefeito Ederaldo Rossetti, e na EMEF Edmo Wilson Cardoso.

za. O diretor rea!irma a intenção de apresentar um !ilme lindo que atenda as expectativas dos fãs de longa data da série. “Turma da Mônica - Laços” é o primeiro trabalho da Mauricio de Sousa Produções e tem como estrelas os atores mirins Kevin Vechiatto como Cebolinha, Gabriel Moura como Cascão, Giulia Barreto como Mônica e Laura Rauseo como Magali. O elenco principal conta ainda com Rodrigo Santoro como o Louco e Monica Iozzi como Dona Luísa mãe da Mônica. O live-action chega aos cinemas seis anos depois da graphic novel de mesmo nome lançada pelos irmãos Vitor e Lu Cafaggi, que recriaram os personagens visualmente e traz mais um “plano infalível” da turminha.


8 TB

07 de junho de 2019

ENSAIO FOTOGRÁFICO

Encanto para os olhos

RAILSON PINHEIRO Conhecida como “cidade das •lores”, Holambra (SP) atrai turistas por suas belezas relacionadas à arquitetura e ao paisagismo. No catálogo do

município, é apresentada grande diversidade da •lora brasileira. Pessoas de várias regiões do país estão sempre em busca de locais que carregam algo que chame a atenção pelas cores e belezas na-

turais. A formosura e imponência retrata o aspecto do paisagismo holandês em uma cidade que anualmente contribui com o desenvolvimento e infraestrutura do país.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.