Auditoria 2 (Auditing 2)

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Universidade Aberta do Brasil Universidade Federal do Espírito Santo

Ciências Contábeis Bacharelado


FERNANDO NASCIMENTO ZATTA É professor do Departamento de Ciências Contábeis (UFES). Graduado em Ciências Contábeis pela Universidade de Vila Velha (UVV-E.S). Pós-graduado em Contabilidade (EPGE-FGV), Engenharia de Produção (UFES-E.S). É mestre em Contabilidade e em Finanças e Finanças (FUCAPE-E.S). Doutorando em Engenharia de Produção (PPGEP-UNIMEP-S.P). Auditor Independente (CNAI-CFC). Auditor interno, especialista na prática de Control Self-Assessment (CSA). Consultor em Gestão de Riscos Corporativos e Controles Internos. Consultor em Implementação de Controles (SOX). Auditor interno (AUDIBRA) e The Institute of Internal Auditors (IIA-USA). Membro da Associação Brasileira de Engenharia de Produção – ABEPRO. Membro da Sociedade Brasileira de Finanças (SBFin). Membro do Instituto Brasileiro de Finanças (IBEF), Seção Espírito Santo. Auditor Sistema da Qualidade (SGQ), (QMS), INMETRO, IRCA/ IQA (UK). RAC (EUA). Atuou como assessor de diretoria, controller, contador, auditor interno, gerente de custos, orçamento e planejamento empresarial, planejamento financeiro e projetos de investimentos e reorganização societária de organizações no Brasil e no exterior. Possui diversos trabalhos científicos no Brasil e no Exterior.


U N IVER S IDA DE F EDER AL D O E SPÍRITO SANTO Núcleo de Educação Aberta e a Distância

Auditoria 2

Fernando Nascimento Zatta

Vitória 2013


UNIVERSID A D E F ED ERA L DO E S P ÍR ITO S AN TO Presidente da República Dilma Rousseff

Reitor Reinaldo Centoducatte

Ministro da Educação Aloizio Mercadante

Diretora-Geral do Núcleo de Educação Aberta e a Distância (ne@ad) Maria Aparecida Santos Corrêa Barreto

Diretoria de Educação a Distância DED/CAPES/MEC João Carlos Teatini de Souza Climaco

Diretor do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas Gelson Silva Junquilho Coordenadora do Curso de Graduação Bacharelado em Ciências Contábeis – EAD/UFES Marília Nascimento

Coordenadora UAB da UFES Teresa Cristina Janes Carneiro

Revisor de Conteúdo Eduardo José Zanoteli

Coordenadora Adjunta UAB da UFES Maria José Campos Rodrigues

Revisora de Linguagem Gabriela do Couto Baroni

Diretora Administrativa do ne@ad Maria José Campos Rodrigues Diretor Pedagógico do ne@ad Júlio Francelino Ferreira Filho

Design Gráfico LDI – Laboratório de Design Instrucional ne@ad Av. Fernando Ferrari, nº 514 CEP 29075-910, Goiabeiras Vitória – ES (27) 4009-2208

Dados Internacionais de Catalogação-na-publicação (CIP) (Biblioteca Central da Universidade Federal do Espírito Santo, ES, Brasil)

Z38a

Zatta, Fernando Nascimento Auditoria II / Fernando Nascimento Zatta. - Vitória : Universidade Federal do Espírito Santo, Núcleo de Educação Aberta e à Distância, 2013. 122 p. : il. ; 22 cm Inclui bibliografia. ISBN:

1. Auditoria. I. Título. CDU: 657.6

Laboratório de Design Instrucional LDI coordenação Heliana Pacheco José Otávio Lobo Name Letícia Pedruzzi Fonseca Priscilla Garone Ricardo Esteves

Gerência Daniel Dutra Giulliano Kenzo Costa Pereira

Ilustrações Alex Furtado

Editoração André Veronez

Impressão Gráfica e Editora GSA

Copyright © 2013. Todos os direitos desta edição estão reservados ao ne@ad. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, transmitida e gravada, por qualquer meio eletrônico, por fotocópia e outros, sem a prévia autorização, por escrito, da Direção Administrativa do ne@ad – UFES. A reprodução de imagens nesta obra tem caráter pedagógico e científico, amparada pelos limites do direito de autor, de acordo com a lei nº 9.610/1998, art. 46, III (citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o nome do autor e a origem da obra). Toda reprodução foi realizada com amparo legal do regime geral de direito de autor no Brasil.



Sumário

APRESENTAÇÃO

8

Objetivo 9 Ementa

9

Conteúdo programático

10

Metodologia e critérios de avaliação

10

1. ELABORAÇÃO DO PLANEJAMENTO E DO PROGRAMA DE AUDITORIA

12

1.1. Normas de Planejamento de Auditoria

12

1.2. Relevância

14

1.3. Aspectos do Planejamento da Auditoria

15

1.4. Objetivos do Planejamento de Auditoria

16

1.5. Conteúdo do Planejamento de Auditoria

16

1.6. Programa de Auditoria

18

1.6.1. Execução do Trabalho de Auditoria

19

1.6.2. Elaboração do Programa de Auditoria

19

2. ANÁLISE GERAL E MATRIZ DE RISCO

26

2.1. Risco de Auditoria

26

2.2. Relevância ou Materialidade

27

2.2.1. Componentes do Risco

27

Risco Inerente

27

Risco de Controle

28


Risco de Detecção

28

Risco Final

29

2.3. Programa de Auditoria de Análise de Risco

30

3. ESTRATIFICAÇÃO E AMOSTRAGEM

33

3.1. Amostragem

33

3.1.1. Objetivos

34

3.1.2. Universo ou População

34

3.2. Métodos de Amostragem

34

3.2.1. Amostragem não Estatística

35

3.2.2. Avaliação dos Resultados da Amostra

36

3.2.3. Análise dos Erros da Amostra

36

4. AUDITORIA DE CAIXA E BANCOS

38

5. AUDITORIA DE CONTAS A RECEBER

42

6. AUDITORIA DE ESTOQUES

45

7. AUDITORIA DE OUTRAS CONTAS ATIVAS

49

8. AUDITORIA DE ATIVO PERMANENTE IMOBILIZADO

52

9. AUDITORIA DE DEPARTAMENTO PESSOAL

56

10. AUDITORIA DE OBRIGAÇÕES E EMPRÉSTIMOS

60

11. AUDITORIA DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

63

12. AUDITORIA DE RECEITAS, DESPESAS E CUSTOS

66


13. ELABORAÇÃO DE RELATÓRIO DE CONTROLES INTERNOS E RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES

69

13.1. Relatório de Controles Internos

69

13.1.1. Processo de Elaboração do Relatório de Auditoria

69

13.1.2. Elaboração do Relatório de Auditoria

70

13.1.3. Critérios Para Relatório de Auditoria

71

13.1.4. Conteúdo Para o Relatório de Auditoria

71

13.1.5. Formas de relatório de auditoria

73

13.1.6. Técnicas de apresentação de relatório de auditoria

74

13.1.7. Tipos de técnicas de apresentação de relatório

de auditoria

74

13.2. Relatório de Auditoria

75

13.2.1. Normas relativas ao parecer do auditor

independente

75

13.2.2. Elementos básicos do relatório do auditor

77

13.2.3. Uniformização do relatório de auditoria

77

13.2.4. Classificação do relatório de auditoria

78

Relatório sem ressalva

78

Circunstâncias que impedem a emissão do relatório sem ressalva

81

Relatório com ressalva

81

Relatório adverso

87

Relatório com abstenção de opinião

87

14. EVENTOS SUBSEQUENTES E CONTINUIDADE

89

14.1. Eventos subsequentes

89

14.1.1. Eventos subsequentes à data do balanço que

originam ajustes

90

14.2. Continuidade

93


15. ENCERRAMENTOS DO TRABALHO DE AUDITORIA

98

15.1. Carta de Responsabilidade da Administração

98

15.2. Objetivos da carta

100

15.3. Conteúdo da carta de responsabilidade

da administração

101

16. AUDITORIA DE SISTEMAS

108

17. ENCERRAMENTOS DO TRABALHO DE AUDITORIA

114

117

17.1. Auditoria Tributária – Regularidade fiscal

REFERÊNCIAS

120


Apresentação


• O fascículo de Auditoria I apresentou os aspectos introdutórios e conceituais da disciplina. Neste fascículo o objetivo é explorar a parte prática da auditoria contábil das demonstrações contábeis ou financeiras com a finalidade de emitir o relatório do auditor independente sobre essas demonstrações. O plano de curso desenvolvido para a disciplina Auditoria II constitui-se dos seguintes tópicos:

Objetivo Desenvolver conhecimento básico sobre os conceitos, técnicas e procedimentos de auditoria, compreendendo a aplicabilidade e utilidade universal desses elementos.

Ementa A ementa constitui-se dos seguintes elementos: Princípios de Contabilidade: Revisão. Elaboração do planejamento e do programa de auditoria. Análise geral e matriz de risco. Estratificação e amostragem: aplicação de métodos quantitativos na auditoria. Eventos subsequentes. Continuidade. Elaboração de relatório e parecer. Encerramentos do trabalho de auditoria. Parecer e relatório de controles internos. Auditoria contábil de: caixa e bancos, contas a receber, estoques, despesas antecipadas, investimentos, imobilizado, diferido, obrigações e empréstimos, resultado de exercícios futuros, patrimônio líquido, receitas, despesas e custos. Auditoria de sistemas. Auditoria operacional. Auditoria tributária. 9


Conteúdo programático • Unidade 1 - Elaboração do planejamento e do programa de auditoria. • Unidade 2 - Análise geral e matriz de risco. • Unidade 3 - Estratificação e amostragem. • Unidade 4 - Auditoria contábil de caixa e bancos. • Unidade 5 - Auditoria de contas a receber. • Unidade 6 - Auditoria de estoques. • Unidade 7 - Auditoria de outras contas ativas. • Unidade 8 - Auditoria de ativo permanente imobilizado. • Unidade 9 - Auditoria de departamento pessoal. • Unidade 10 - Auditoria de obrigações e empréstimos. • Unidade 11 - Auditoria do patrimônio líquido. • Unidade 12 - Auditoria de receitas, despesas e custos. • Unidade 13 - Elaboração de relatório de controles internos e parecer. • Unidade 14 - Eventos subsequentes e continuidade. • Unidade 15 - Encerramentos do trabalho de auditoria. • Unidade 16 - Auditoria de sistemas. • Unidade 17 - Auditoria tributária.

Metodologia e critérios de avaliação A metodologia de avaliação será empregada de acordo com as diretrizes para o Ensino Superior a Distância estabelecidas pela UFES.

• 10



ELABORAÇÃO DO PLANEJAMENTO E DO PROGRAMA DE AUDITORIA 1.1. Normas de planejamento de auditoria Segundo as normas do Conselho Federal de Contabilidade (NBC TA) o planejamento da auditoria deve ser executado conforme as determinações que seguem: I - O auditor deve planejar seu trabalho consoante as Normas Brasileiras de Contabilidade e de acordo com os prazos e demais compromissos contratualmente assumidos com a entidade; II - O planejamento pressupõe adequado nível de conhecimento sobre o ramo de atividade, negócios e práticas operacionais da entidade; III - O planejamento deve considerar todos os fatores relevantes na execução dos trabalhos, especialmente os seguintes: a) O conhecimento detalhado do sistema contábil e de controles internos da entidade e seu grau de confiabilidade; b) Os riscos de auditoria; 12


c) A natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria a serem aplicados; d) A existência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas; e) O uso dos trabalhos de outros auditores independentes, especialistas e auditores internos. IV - O auditor deve documentar seu planejamento geral e preparar programa de trabalho por escrito, detalhando o que for necessário à compreensão dos procedimentos que serão aplicados, em termos de natureza, oportunidade e extensão; V - O programa de auditoria deve ser detalhado de forma a servir como guia e meio de controle do progresso dos trabalhos; VI - O planejamento da auditoria, quando incluir a designação de equipe técnica, deve prever a orientação e supervisão do auditor, que assumirá total responsabilidade pelos trabalhos executados; VII - A utilização de equipe técnica deve ser prevista de maneira a fornecer razoável segurança de que o trabalho venha a ser executado por pessoa com capacidade profissional, independência e treinamento requeridos nas circunstâncias; VIII - O planejamento e os programas de trabalho devem ser revisados e atualizados sempre que novos fatos o recomendarem; 13


IX - Quando for realizada uma auditoria pela primeira vez na entidade, ou quando as demonstrações contábeis do exercício anterior tenham sido examinadas por outro auditor, o planejamento deve contemplar os seguintes procedimentos: a) obtenção de evidências suficientes de que os saldos de abertura do exercício não contenham representações errôneas ou inconsistentes que, de alguma maneira, distorçam as demonstrações contábeis do exercício atual; b) exame da adequação dos saldos de encerramento do exercício anterior com os saldos de abertura do exercício atual; c) verificação se as práticas contábeis adotadas no atual exercício são uniformes com as adotadas no exercício anterior; d) identificação de fatos relevantes que possam afetar as atividades da entidade e sua situação patrimonial e financeira; e) identificação de relevantes eventos subsequentes ao exercício anterior, revelados ou não revelados.

1.2. Relevância Os exames de auditoria devem ser planejados e executados na expectativa de que os eventos relevantes relacionados com as demonstrações contábeis sejam identificados. 14


A relevância deve ser considerada pelo auditor quando: a) determinar a natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria; b) avaliar o efeito das distorções sobre os saldos, denominação e classificação das contas; c) determinar a adequação da apresentação e da divulgação da informação contábil.

1.3. Aspectos do planejamento da auditoria 1) obtenção de um profundo conhecimento da empresa; 2) escolha da equipe de auditoria (sênior e assistentes) mais adequada à realização do trabalho, considerando a disponibilidade do pessoal; 3) consideração da materialidade e do risco da auditoria; 4) consideração do trabalho por terceiros, independentes em relação à empresa 5) desenvolvimento do programa geral de auditoria no que concerne a: a) elaboração de um orçamento de horas a gastar por cada técnico e por cada área de trabalho; b) determinação dos períodos e datas para realizar o trabalho de campo; c) determinação dos técnicos envolvidos em cada uma das visitas; d) determinação das datas de entrega dos relatórios e do parecer.

15


ANÁLISE GERAL E MATRIZ DE RISCO 2.1. Risco de auditoria Risco de auditoria é a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre demonstrações contábeis significativamente incorretas. A análise dos riscos de auditoria deve ser feita na fase de planejamento dos trabalhos, considerando a relevância em dois níveis: a) Em nível geral, levando em conta as demonstrações contábeis tomadas no seu conjunto, bem como os negócios, a qualidade da administração, a avaliação do sistema contábil e de controles internos e a situação econômica e financeira da entidade; e b) Em nível específico, relativo ao saldo das contas ou à natureza e volume das transações. A análise de risco cabe ao próprio auditor. Ela deve ser feita na fase de planejamento dos trabalhos, mediante avaliação dos controles internos (testes de observância).

26


2.2. Relevância ou materialidade Relevância ou materialidade é a importância de um fato em relação ao objeto do exame (demonstrações financeiras). A materialidade depende do julgamento profissional do auditor. Considerando o risco e a materialidade, o auditor determina a natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria. Há uma interação entre risco e materialidade em razão inversa. Exemplificando, quanto menor o número de transações de uma conta, maior o risco de auditoria. O risco do saldo de uma conta de valor baixo estar errado é grande. Com estes poucos conceitos básicos, podemos começar a definir os tipos de riscos de auditoria. De acordo com a NBC-T-11, risco de auditoria é a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre as demonstrações contábeis significativamente incorretas. A análise dos riscos de auditoria deve ser feita na fase de planejamento dos trabalhos admitindo a relevância em dois níveis: geral (considerando as demonstrações financeiras) e específico (considerando as contas separadamente).

2.2.1. Componentes do risco Risco inerente É a possibilidade de o saldo de uma conta (ou classe) estar errado devido à inexistência ou inadequação de controles internos. Este tipo de risco é grande nas tarefas simples e rotineiras, como a contagem de inventário (exatamente por 27


AUDITORIA DE CONTAS A RECEBER Programa da auditoria Cliente:

Data:

Área/Conta: Duplicatas a receber

Ref.:

OBJETIVOS: Verificar se os saldos, movimentos e procedimentos: 1) Seguiram os princípios contábeis inerentes ao aspecto de escrituração; 2) Estão representados por moeda nacional; 3) Não representam ativo fictício ou omissão de receitas; 4) São comprovados por meio de documentação e controles internos; 5) São passíveis de atualização; 6) Representam a totalidade de direitos a receber de terceiros; 7) Estão com as perdas prováveis reconhecidas por provisão; 8) Se os títulos incobráveis foram baixados para perdas, quem autorizou, se seguiram o critério fiscal e se procedeu o ajuste no LALUR; 9) São escriturados e comprovados por meio de circularização.

42


PROCEDIMENTOS:

Ref. testes

1) Obter a relação de duplicatas a receber e confronto com o razão contábil dos principais clientes (relevância); 2) Obter a relação de duplicatas descontadas e confrontar com o extrato e com o razão contábil; 3) Verificar os recebimentos subsequentes à data de 31/12/XX; 4) Levantar a existência de venda por meio de cartão de crédito e comprovar com o extrato da instituição; 5) Verificar se existem adiantamentos recebidos de clientes registrados no passivo; 6) Verificar a baixa contábil dos créditos a receber após o efetivo recebimento; 7) Levantar os procedimentos adotados para cálculo dos juros e descontos concedidos e a formalização de autorizações; 8) Verificar a idade dos vencimentos das contas a receber e averiguar os procedimentos de cobrança e o registro de possíveis baixas para perdas; 9) Verificar o critério adotado para contabilização dos créditos de liquidação duvidosa (PDD); 10) Examinar o retorno do canhoto da nota fiscal assinado pelo cliente, dando ciência do recebimento da mercadoria; 11) Examinar a adequação da provisão para perdas com clientes em decorrência do histórico de atrasos e de perdas;

43


12) Verificar a composição das duplicatas descontadas e sua origem em faturamentos efetivos; 13) Verificar vendas de mercadorias para empresas do mesmo grupo econômico e sua condições negociais; 14) Solicitar confirmação externa dos saldos bancários; 15) Verificar a existência de manual de procedimentos. CONTROLES INTERNOS:

Ref. testes

1) Relatório de contas a receber; 2) Posição de vencimento por idade; 3) Relação de protestos e execuções judiciais; 4) Relatório de títulos em atraso e ações para cobrança; 5) Autorizações de baixas para perdas; 6) Critérios de provisão para perdas; 7) Extratos bancários com a posição de títulos descontados; 8) Extratos bancários com a posição de títulos em cobrança; 9) Contratos de fornecimentos de bens e serviços.

Comentários: Elaborado por:

Revisado por:

Tempo estimado: Tempo realizado:

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ELABORAÇÃO DE RELATÓRIO DE CONTROLES INTERNOS E RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES 13.1. Relatório de controles intenos Constitui o relatório de auditoria, a forma pela qual se leva ao administrador o produto do trabalho realizado pelo auditor. É por meio dele que a auditoria evidencia o serviço realizado, mostrando à organização suas ideias, pontos de vista e sugestões que, uma vez implementados, constituem-se numa solidez de controles. O relatório de auditoria é a oportunidade que o auditor possui para chamar a atenção sobre o trabalho realizado.

13.1.1. Processo de elaboração do relatório de auditoria A redação do relatório é essencialmente um problema de comunicação, de transmissão de informação e ideias a terceiros. Assim sendo, faz-se necessário construí-lo de maneira que melhor transmita essa mensagem, levando-se sempre em consideração as dificuldades das informações a serem expressas. O relatório de auditoria está relacionado a três espécies de informações, a saber: 1) tratar da natureza do exame sobre o qual se baseia; 2) oferecer sugestões para aperfeiçoamento do controle interno ou de procedimentos especiais; 69


São partes do relatório de auditoria: Carta de transmissão – É a primeira seção a ser vista pelo leitor e apresenta o relatório de auditoria, podendo ela estar ou não contida no relatório. Limitação imposta ao trabalho – As normas profissionais referentes a relatórios estabelecem que o escopo da auditoria deve ser exposto em todos os relatórios, assim como devem ser clara e explicitamente identificadas quaisquer restrições a ele feitas. Universo examinado – Os relatórios devem conter informações básicas suficientes para o perfeito entendimento da entidade auditada. Procedimentos de auditoria – A indicação genérica da aplicação de procedimentos de auditoria, geralmente aceitos, revela que a execução do trabalho do auditor foi conduzida de acordo com técnicas aplicáveis àquelas circunstâncias. Resumo de avaliação ou apreciação geral – Talvez seja esta seção a mais importante do relatório, pois contém um resumo da avaliação geral feita pelo auditor sobre as operações da organização, os programa ou funções examinadas. Relatório de auditoria – O relatório do(s) auditor(es) independente(es) refere-se ao parecer de auditoria. Ele é utilizado pelos auditores para expressar sua opinião a sua opinião em relação ao trabalho executado. Essa opinião pode 72


apresentar-se de várias formas, visando a proteção dos que lêem e confiam nos relatórios. O auditor não deve expressar uma opinião que não seja capaz de provar com fatos; precisa, portanto, pesar cuidadosamente os fatos que suportam sua opinião. Não há padrão que determine como o parecer de auditoria deve ser apresentado. Plano classificatório – Embora de difícil execução, o plano classificatório consiste em atribuir nota por meio de letras ou de pontos obtidos, os quais são interpretados como a opinião subjetiva do auditor em função de sua observação ao trabalho realizado. Fatores de vital importância em sua apresentação: São partes da apresentação do plano classificatório ou do relatório da auditoria: 1) condições; 2) critérios; 3) efeitos; 4) causas; 5) recomendações de auditoria.

13.1.5. Formas de relatório de auditoria Não há um padrão universal que determine a forma e o formato que o relatório deverá possuir. As formas mais comuns de relatórios utilizados são: 1) forma curta ou breve; 2) forma longa; 73


AUDITORIA TRIBUTÁRIA Programa da auditoria Cliente:

Data:

Área/Conta: Impostos indiretos

Ref.:

OBJETIVOS: Verificar se os saldos, movimentos e procedimentos: 1) Seguiram os princípios contábeis inerentes ao aspecto de escrituração; 2) Estão representados por moeda nacional; 3) Estão devidamente documentados e atualizados; 4) Estão comprovados por meio de guias (ICMS, ISS, livros de apuração e outros); 5) Estão com os pagamentos liquidados no prazo de vencimento; 6) Estão compensados com créditos registrados no ativo. PROCEDIMENTOS:

1) Obter os saldos e a composição dos impostos indiretos dos controles internos e confrontar com o razão contábil;

114

Ref. testes


f) Livro Razão em UFIR ( DL 1587/77, art. 42, $ 1); g) Livro Registro de Duplicatas (L. 5474/69, art. 19); h) Livro Registro de Atas da Administração, exceto para S.A e Comandita por Ações (NCC, art. 1062); i) Livro de Atas e Pareceres do Conselho Fiscal, exceto para S.A e Comandita por Ações (NCC, art. 1069); j) Livro de Atas da Assembleia, exceto para S.A e Comandita por Ações (NCC, art. 1075); k) Livro de Registro de Ações; l) Livro de Transferência de Ações; m) Livro de Presença de Acionistas; n) Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR); o) Livro Registro de Combustíveis. CONTROLES INTERNOS:

Ref. testes

1) Livros fiscais, societários e contábeis; 2) Certidões.

Comentários: Elaborado por:

Revisado por:

Tempo estimado: Tempo realizado:

• 119


ReferÊncias

Básica ALMEIDA, M. C. Auditoria: um curso moderno e completo. 6. ed. São Paulo: Atlas, 1996. ATTIE, Willian. Auditoria: conceitos e aplicações. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1998. ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2003. ANDRADE FILHO, Edimar Oliveira. Auditoria de impostos e contribuições: IRPJ. CSLL. PIS/PASEP. COFINS. ICMS. IPI. ISS. São Paulo: Atlas, 2005. BORGES, Humberto Bonavides. Auditoria de tributos: IPI, ICMS e ISS. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

120


BOYNTON, William C.; JOHNSON, Raymond N.; KELL, Walter G. Auditoria. Tradução de José Evaristo dos Santos. São Paulo: Atlas, 2002. BOYNTON, W.C.; JOHNSON, R. N.; KELL, W. G. Modern Auditing.7. ed. New York: Wiley, 2001. _______. UnB e a convergência do Programa Universidade Aberta do Brasil (UAB). Disponível em: <http://www.uab. unb.br/index.php/institucional/apresentacao>. Acesso em: 14 mar. 2010. BRASIL. Lei Federal nº 11.638 de 28 de dezembro de 2007. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Brasília: Congresso Nacional, 2007. Disponível em: <http://www.planalto. gov.br/ ccivil_03/_ato2007-2010/2007/Lei/L11638.htm>. Acesso em: 25 ago. 2010. BRASIL. Pronunciamento técnico CPC n.º 01 de 2007. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/>. Acesso em: 14 jun. 2010. BRASIL. Resolução CFC n.º 1.110 de 2007. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/>. Acesso em: 14 jun. 2010.

121


BRASIL. Sumário do pronunciamento conceitual básico CPC de 2008.Disponível em: <http://www.cpc.org.br/>. Acesso em: 14 jun. 2010. CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC 750, de 29 de dezembro de 1993. Dispõe sobre os princípios fundamentais de contabilidade (PFC). Princípios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade. Disponível em: <www.cfc.org.br>. Acesso em: 20 ago. 2010. CRUZ, Elias. http://groups.google.com/group/profeliascruz. Acesso em:22-maio-2012. FIPECAFI. Manual de contabilidade das sociedades por ações: aplicável às demais sociedades. Suplemento. São Paulo: Atlas, 2008. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO. Guia para normalização de referências bibliográficas: NBR 6023. 3. ed. Vitória: Biblioteca Central - UFES, 2005.

• 122



www.neaad.ufes.br (27) 4009 2208


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