Educomunicação em Língua Portuguesa e Artes

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Projeto de Educomunicação

Os educomunicadores da Escola participaram do esboço do pré-projeto (texto mártir) até encontrar caminhos de possível execução. A partir desse momento, passaram a elaborar um tema geral com sugestões de dez atividades para o bimestre. Num segundo momento, os alunos passam a interagirem na proposta, acolhendo as sugestões oferecidas pelos educomunicadores através de críticas e sugestões, suprimindo e acrescentando o que for entendido como interessante para o aprendizado autêntico da turma. Portanto, o trabalho pode ser diferente de uma turma para outra e deverá ser construído ao longo do ano escolar.

Ensino Fundamental – Ensino Médio

I – Contextualização: A educação vem passando por grandes transformações devido aos paradigmas emergentes que exigem nova postura no ato de educar. Nesse sentido, pesquisadores de todo o mundo têm apresentado chaves de leitura para o entendimento da educação e suas tendências atuais. É nesse contexto educacional e epistemológico que aporta a Educomunicação com suas áreas e eixos transversais. Se esmiuçadas e colocadas lado a lado, percebe-se a semelhança e complementaridade entre as teses defendidas pelos estudiosos em questão. 1. Dimensões da aprendizagem: Jacques Delors fala de quatro dimensões da aprendizagem: aprender a ser, a conviver, a fazer e a aprender; e como escola católica, poderíamos acrescentar o “aprender a crer”. 2. Capacidades: Outro pesquisador, Bernardo Toro, apresenta a educação como oito capacidades: “de planejar, trabalhar e decidir em grupo; de desenvolver uma mentalidade, internacional; de compreender e atuar em seu entrono social; de analisar, sistematizar e interpretar dados, fatos e situações; receber criticamente os meios de comunicação; domínio da leitura e da escrita; de fazer cálculos e de resolver problemas; para localizar, acessar e usar melhor a informação acumulada.” 3. Sete saberes: Edgar Morin aponta sete saberes para a Educação: “ensinar a condição humana: enfrentar as incertezas: ensinar a compreensão: ensinar a identidade terrena; a ética do gênero humano; as cegueiras do conhecimento; o erro e a ilusão; os princípios do conhecimento pertinente”. 4. Inteligências Múltiplas: As inteligências múltiplas de Gardner, Machado, Sinole e Goleman são as seguintes: “Emocional, Interpessoal, espacial, existencial, corporal-cinestésica: interpessoal, lingüística, lógico-matemática, musical, naturalista e pictórica”. 5. Interdiscursividade: Na construção da consciência, Bakhtin procurou compreender a formação do eu e percebeu aí três categorias: o eu – para – mim (como me vejo, a consciência que tenho de mim); o eu – para – os – outros (como sou aos olhos dos outros); o outro – para – mim (como vejo o outro). Para ele, a consciência só pode surgir e se firmar como realidade mediante a 2


encarnação material em signos; só se torna consciência, quando se impregna de conteúdo ideológico (semiótico) e, conseqüentemente, somente no processo de interação social; ainda, adquire forma e existência nos signos criados por um grupo organizado no curso de suas relações sociais. Um signo é um fenômeno do mundo exterior que contrai um índice de valor social. A palavra (signo mais puro) é um fenômeno ideológico por excelência, mas também um signo neutro, por se prestar a qualquer situação ideológic a. A palavra é o material semiótico da vida interior, da consciência. Não é a atividade mental que organiza a expressão, mas é a expressão que organiza a atividade mental que se realiza através da enunciação ou das enunciações. A interação verbal constitui a realidade fundamental da língua. 6. Sociointeracionista: O teórico Vyghoksti acrescenta pontos interessantes ao universo educativo no que diz respeito aos fatores internos e externos do desenvolvimento (privilegia o ambiente social salientando que não se pode aceitar uma visão única, universal de desenvolvimento humano); quanto à construção do real (entende que a criança já nasce num mundo social e vai formando uma visão desse mundo por meio da interação com os adultos ou crianças mais experientes; a construção do conhecimento real é mediada pelo interpessoal antes de ser internalizada pela criança, procedendo do social para o individual ao longo do desenvolvimento); quanto ao papel da aprendizagem (desenvolvimento e aprendizagem são processos que influenciam reciprocamente, de modo que quanto mais aprendizagem acontece, acontece também mais desenvolvimento); quanto ao papel da linguagem no desenvolvimento e à relação entre linguagem e pensamento (considera que pensamento e linguagem são processos interdependentes, desde o início da vida; a aquisição da linguagem modifica as funções mentais superiores: dá uma forma definida ao pensamento, possibilita o aparecimento da imaginação, o uso da memória e o planejamento da ação). Sistematiza a experiência direta das crianças e por isso adquire uma função central no desenvolvimento cognitivo, reorganizando os processos que nele estão em andamento. Interessavam-lhe os problemas relacionados com os mecanismos psicológicos da criação literária e as questões

semiológicas relacionadas com a estrutura e as funções dos símbolos,signos e imagens poéticas. Mostra-se contra a redução da arte tanto a uma função cognoscitiva, quanto a uma mera expressão de vivências emocionais. Os dois fatores, o intelectual e emocional, portanto, o pensamento e o sentimento movem a criação humana. Para ele, o sentimento mais sincero ou intenso não provoca por si só a arte. É necessário, além do sentimento, um ato criador que o supere. A arte só se realiza quando se consegue vencer o sentimento, sendo, portanto, um ato de criação que envolve aspectos da cognição e da linguagem usada para exprimi-la. Ele desejava chegar à síntese psicológica pela análise da arte. Tinha a intenção de compreender a função da Arte na vida da sociedade e na vida do homem como um ente sócio-histórico. Para ele, todo mundo da cultura é, portanto, produto da criação e da imaginação humana. 7. Paradigmas: os novos paradigmas têm se espalhado por diversas áreas da sociedade. A partir da Física tem se destacado Fritjof Capra com uma visão orgânica, holística e ecológica; da Química (Ilya Prigogine) delineia-se o ‘fim das certezas’ e aparece a pluralidade dos futuros; da integração das novas ciências (Michio Kaku), a energia não é contínua mas em pacotes discretos chamados ‘quantos’; das ciências do ser humano (Danah Zohar) surge o ‘eu quântico’ e para esse ‘eu’, nem a individualidade nem a relação é primária porque surgem simultaneamente; da educação holística (www.educacionholista.com/Mexico) é preciso valorizar outros tipos de conhecimentos como o intuitivo, poético, feminino, emocional que surgem da sabedoria da interconectividade; do mundo dos negócios (Roberto Serra), a eficiência não é mais o paradigma para o desenvolvimento de uma organização, senão o desfrute de um desenvolvimento sustentável da mesma a longo prazo; da biologia molecular (Francisco Varela) onde a criança deve crescer em uma biologia do amor e não na biologia da exigência e da obediência; da biopedagogia (Hugo Asmann) fala que a pedagogia como biociência faz possível o reencantamento da educação se conseguirmos gerar experiências de aprendizagem em nosso processar cotidiano; das ciências sociais (Nemeth Baumgastner Antonia) trabalha-se os princípios da ordem, da uniformidade, estabilidade e equilíbrio caminhando em direção aos sistemas abertos, auto-organizados,

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complexos, autopoiésicos, dinâmicos; da literatura (Jorge Volpi) – aprofunda as incógnitas do mundo atual derivadas das grandes descobertas cientificas do século XX. 8. Cidadão planetário: Na tentativa de despertar e criar condições para a formação de um cidadão planetário, pessoas conscientes de suas responsabilidades, direitos e deveres, tornando-se cidadãos participantes, Roberto Monte chama a atenção para a oferta de opções interativas que não sejam voltadas apenas para direitos humanos e suas conexões acadêmicas, mas que seja um espaço também do lúdico e do brincante. Os sistemas educacionais têm sido profundamente questionados por não buscarem fundamentos que possibilitem a efetivação da formação necessária às novas competências para o cidadão planetário. O desafio da universalização do ensino e da formação continuada impõe um raciocínio que, a meu ver, não aborda a questão por uma via aceitável. 9. Motivações para educar: Francisco Gutiérrez também tem contribuído no aprofundamento dessa questão apresentando as motivações para a educação hoje. Ele fala da importância de educar “para o gozo da vida, para a incerteza, para a significação, para a expressão, para a convivência e para apropriar-se da cultura e da história”. 10. Educomunicação: O NCE-USP (Núcleo de Comunicação e Educação) vem desenvolvendo suas pesquisas aproximando essas duas áreas de maneira intencional, crítica e ousada. O professor Ismar de Oliveira Soares, precursor da educomunicação no Brasil, tem assessorado as Irmãs Filhas de Maria Auxiliadora, desde 2000, na tentativa de delinear uma Proposta de Educomunicação para a Família Salesiana na América. Ismar também tem levado para frente, com sua equipe, dois projetos ousados em São Paulo: o educom.rádio (levando o rádio a todas as escolas municipais da cidade de São Paulo) e o TV.educom (formando professores do Estado de São Paulo). 11. Sistema Preventivo: Também, o Sistema Preventivo, em uma releitura atual realizada por Maria Cármen Castanheira Avelar e João Bosco de Castro Teixeira aponta dez princípios norteadores que o fundamenta: “primado da pessoa; referência pela via da racionalidade; visão otimista e responsável da vida e de si mesmo;

centralidade da relação-interação; atenção a globalidade da vida e das exigências do jovem; profundo respeito pela fragilidade e pelo valor do jovem; centralidade do pátio; valorização técnicoprofissional; valorização do protagonismo juvenil; opção pelo jovem, em especial o mais necessitado; necessidade de um ambiente estimulador.” Portanto, a educação precisa ser repensada não só a partir das ciências humanas e da reflexão filosófica, mas também a partir das ciências naturais e todo o entorno cosmológico passando pela ecologia para que a pessoa possa se situar na vida, na terra e no cosmo.

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II – Prioridades Construção do conhecimento de maneira coletiva; Metodologia participativa Formação de cidadãos planetários que contemplem o mundo a partir da intencionalidade. Relacionalidade Linguagem

III – Objetivos prévios: Capacitar os professores de Educomunicação (Redação e de Educação Artística) para ministrarem aulas a partir da educomunicação; Dar aulas utilizando-se da mediação tecnológica para levar aos alunos à construção coletiva dos conteúdos trabalhos numa visão cidadã; Mediar a construção de significados dessas tecnologias e colocálas a serviço dos objetivos educacionais; Desmistificar o que está por trás dos programas dos meios de comunicação através da edição de imagens. Formar um cidadão para um novo mundo fundamentado na dinâmica dos novos paradigmas humanos. Estudar os meios de comunicação (de maneira especial, rádio, tv, jornal, internet) como meios de expressão do ser humano e como objeto de leitura crítica dos mesmos.


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a) Objetivos específicos: Possibilitar ao educando o domínio de várias formas de linguagem para que ele possa transformar o meio em que vive, utilizando a Língua Portuguesa como um instrumento de mediação e interação dos conflitos ideológicos existentes na comunidade, garantindo seus direitos, cumprindo seus deveres, enquanto agente de transformação social. Mediar a formação de interlocutores capazes de compreender as intenções do texto, lendo o escrito e o suger ido; Mediar a formação de escritores competentes, capazes de criar e recriar textos coerentes, coesos e eficazes. Dar oportunidade de conhecer, fazer, pesquisar no campo das artes, descobrindo suas potencialidades e enriquecendo sua imaginação. Expressar e comunicar -se em artes, de forma pessoal ou coletiva, ligando percepção, imaginação, emoção, sensibilidade, clareza e praticidade para o desenvolvimento da dimensão holística de toda ação e vivência. Familizar-se com técnicas, instrumentos, desenvolver destrezas e habilidades de acordo com o potencial de cada aluno e interagirse com os meios de comunicação com expressão, música, plástica, teatro, folclore, circo, dança, fotografia, televisão, cinema, modelagem, produções artísticas, rádio e internet. Oferecer cursos sobre os diversos meios e maneiras de comunicação aos professores; Conhecer e utilizar os meios tecnológicos no decorrer das oficinas/aulas; Oportunizar aos alunos a criação de textos e intertextos a partir das reflexões trabalhadas nas oficinas. Tornar claro o modo como são construídos os programas de rádio, televisão, jornal e revistas, bem como internet; também os seus aspectos técnicos, como aspectos lingüísticos, gramática das imagens, planos, o processo de ocultamento/demonstração, etc. Oferecer fundamentação teórica para que o aluno se torne um cidadão crítico e interativo que saberá ler o mundo editado, para a partir dele, construir novas variáveis históricas para um mundo que valorize a intuição, a emoção, a vida. 7

IV – Justificativa A geração @, ou seja, os jovens nascidos na era do computador são extremamente sensíveis ao mundo das comunicações. Sabem pilotar as mais variadas máquinas, sentados em frente a um microcomputador. Eles não têm medo de apertar botões nem de descobrir novas funções que um aparelho eletrônico possa oferecer. São os protagonistas desse magnífico mundo de imagens, sons, textos que se complementam numa intertextualidade baseada na interlocução. No entanto, eles precisam das velhas ferramentas da linguagem para navegar por esse mundo. A Língua Portuguesa ganha força à medida que favorece o processo da construção de hipertextos fundamentados na argumentação, na coesão, na expressividade, na coerência e no bom uso do idioma. Por este motivo, o presente projeto quer fazer uma retrospectiva das diversas formas de comunicar no idioma português na tentativa de elaborar atividades conjuntas com os protagonistas das oficinas de trabalho em vista da cidadania. A educomunicação parte de um trabalho interdisciplinar passando pela construção coletiva entre alunos e professores, sendo que esses últimos são os mediadores do processo. Os meios tecnológicos são encarados como mediação tecnológica, capazes de levar os interlocutores do processo a uma educação de qualidade e à construção de textos e intertextos. No V ecosPAZ (Encontro de comunicação da insPaz), os educadores presentes levantaram alguns pontos para que a Proposta de Educomunicação da Família Salesiana fosse implantada na Inspetoria. Essa Proposta é fundamentada na interdisciplinaridade, metodologia participativa, gestão compartilhada, trabalho em equipe, acolhida das diferenças, etc. A partir desse pontos, a Escola Madre Marta Cerutti que, já vem assumindo a proposta educomunicacional com o projeto on-line que está na Internet (www.escolamadremarta.com.br), encara mais um desafio: implantar a Educomunicação nas disciplinas de Língua Portuguesa e Educação Artística. Hoje existe uma nova sensibilidade de interação com o mundo baseado na desterritorialização e destemporalização (conceitos aprofundados por Jésus Martín-Barbero, pesquisador 8


latino-americano) devido ao advento das novas tecnologias, também na escola. No entanto, é desafiante para a escola essa vivência porque ela precisará retirar “suas máscaras conservadoras e se encontrar com a sociedade do presente, ajudando a construir um futuro em que as pessoas sejam mais iguais e tenham seus direitos respeitados”, de acordo com Maria Aparecida Baccega. A escola não é mais, hoje, o único lugar onde se adquire o saber. O saber está presente em todos os recintos da sociedade, carregado pelos meios de comunicação. A questão não se concentra no uso ou não das tecnologias, mas no choque das culturas que é preciso harmonizar: a cult ura da sociedade, a cultura que os alunos trazem versus a cultura que predomina na escola de que os professores são porta-vozes. A escola é desafiada a interagir com os campos de experiência em que se processam as mudanças. Para isso, seus educadores precisam se perguntar: como inserir a escola nessa nova realidade de conhecimentos descentrados, de culturas e sensibilidades diferentes? Os principais autores dessa nova área afirmam que é preciso “incluir no planejamento” as diferentes linguagens da cultura, dar espaço à oralidade, às narrativas pessoais e audiovisuais, às diferenças no lugar do igual, ao movimento no lugar do estático. Assim, o professor passa a ser o coordenador das atividades, um sujeito pleno de interrogações, cujas respostas se constituem em processos a serem trabalhados juntamente com seus alunos. Para isso é preciso considerar como fundamental o diálogo crítico com os meios, o reconhecimento das possibilidades operacionais pelos alunos; a melhoria da infra-estrutura tecnológica da própria escola. “Não basta ter a informação diante de si para que se transforme em conhecimento” (Amélia Leite de Almeida). É preciso trabalhar “com e em ambientes interativos nos quais a tecnologia atue como estímulo à cognição social”. Nesse universo, o educador precisa atuar como facilitador e direcionando suas habilidades, sua curiosidade e sua criatividade na busca de resultados e aprendizagens eficazes, formando cidadãos plenos, com visão multidisciplinar, capacitados a entender e estabelecer novas relações. Eric de Corte, afirma que “antes de utilizar o computador, (educadores) devem se preocupar antes em criar situações que

levassem os alunos a utilizar o máximo de seu próprio potencial cognitivo.” Pois, no mundo tecnológico em sala-de-aula, a relação se torna mais desafiante, visto que o aluno (sujeito) precisa interagir com outro (alunos e professor) e todos com o objeto tecnológico, o computador (software e hardware). É nesse contato que as relações vão sendo construídas e mediatizadas em vista de uma educação humano-cidadã. “O educador precisa alicerçar seu trabalho no processo cientifico, sendo capaz de submeter o aluno à exposição cultural com o domínio dos aspectos técnico-pedagógico e a necessária apropriação das novas tecnologias”, afirma o educador Pedro Demo. Para José Manuel Morán “o professor transfere-se em estimulador da curiosidade do aluno por querer conhecer, por pesquisar, por buscar informações mais relevantes.” Sendo assim, o professor-educomunicador, articulado com seu novo papel de mediador entre saberes, aquisições e aprendizagens, entre modelos e diferentes produtos educacionais, terá que diariamente afirmar a sua percepção, o seu sistema de saberes, baixando a guarda de seus mecanismos de defesa. Terá ainda de aceitar e de ser capaz de assumir comportamentos de riscos. Vai aos poucos, tomando consciência de que “não é dono do saber, e aprende com os alunos”. Estará seguro de que sendo bom e experiente professor, jamais será substituído por uma máquina, mas poderá explorar os recursos oferecidos por ela, de forma que auxilie o seu aluno na busca e na construção do conhecimento. Uma vez bem definido para que serve a informática, resta precisar os campos nos quais sua instalação leva a reestruturar os métodos e a organização do trabalho na escola, como nos outros setores de atividades: a escolha das tecnologias; nova maneira de contabilizar o tempo – é preciso reconsiderar o espaço escolar. Além do mais, o presente programa pretende contemplar os princípios básicos da auto-organização, interdependência e sustentabilidade apontados por Francisco Gutiérrez como fundamentais para a mudança do sistema educativo.

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V – Ações Previstas a) Artes Os conteúdos de Artes estão organizados em eixos capazes de levar os alunos a uma construção ativa e ef etiva no desenvolvimento de suas capacidades. Os conceitos básicos partem da observação das obras de arte, da cultura regional, de técnicas artísticas, de artes visuais e de artes midiáticas. Produção: produzir, aprender e fazer Fruição : apreciação da arte dentro do universo a eles relacionados; arte como um produto social. Reflexão: construção do conhecimento sobre o trabalho artístico pessoal e como produto da História. b) Língua Portuguesa Desde as séries iniciais é trabalhado o desenvolvimento de capac idades cognitivas, lingüísticas e discursivas para que o educando possa ter uma participação social como cidadão num universo dialógico, presencial e virtual. A disciplina de Língua Portuguesa vai trabalhar seus textos visuais, icônicos, plásticos, gráficos, verbais, não-verbais, a expressão oral, escrita e artística como recurso indispensável ao mundo atual, rico de efeitos sonoros, visuais e eletrônicos. A educação dialógica parte do pressuposto de que os alunos têm suas experiências diárias que precisam ser socializadas para ganharem novo sentido pessoal e grupal. Até a 5ª série, por exemplo, vai partir, sempre, de textos e imagens que pertençam ao universo infantil (fantasia, magia, identificação com heróis clássicos, de quadrinhos, cinema ou videogame) e que tentam provocar no leitor a afirmação de sua identidade para levá-lo a refletir sobre o mundo... Na série seguinte, privilegiará textos e imagens de ambientes, viagens, observação do mundo, levando à expressão de opiniões e ao principio de um posicionamento crítico do jovem diante da vida. Utiliza-se o lúdico, humor, jogos, a existência não apenas de heróis, mas dos anti-heróis. Na 7ª série, Como lidar com as emoções e sensações (espanto, amizade, indignação, preconceito, amor, fome, desejo, prazer, cansaço). A partir da 8ª série e Ensino Médio, vai privilegiar a 11

tomada de posição do individuo frente a uma realidade cada vez mais multifacetada. No entanto, com o Ensino Médio serão trabalhado mais especificamente a questão da Literatura de maneira interdisciplinar. c) Conteúdos a serem trabalhados Vamos trabalhar, de maneira interdisciplinar, os conteúdos dos livros de Língua Portuguesa e Educação Artística, adotados pela escola, a saber: “Português: Linguagens”, de William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães; Arte e Habilidades, de Bruna Renata Cantele e Ângela Cantele Leonardi. São planejados em anexo, um tema para cada bimestre com dez atividades sugeridas para trabalho em conjunto entre Língua Portuguesa e Artes; e quando possível, reunir outras disciplinas afins. Nesse subsídio vão aparecer apenas os temas e atividades para o primeiro bimestre escolar. Os outros bimestres terão seus temas num livreto a parte. Os temas e atividades serão construídos no decorrer do ano pelos educomunicadores, envolvidos com as séries mencionadas, sendo assim organizados: Artes – I a IV série: Cristina; V ao Ensino Médio: Marla-Ney; Língua Portuguesa – 1ª série: Malvina; 2ª série: Deusiney e Ana Cristina; 3ª série: Deusiney; 4ª série: Madalena; 5ª e 6ª série: Adriana e Maciel; 7ª série: Madalena e Maciel; 8ª série e Ensino Médio: Arlete. I PARTE Ensino Fundamental – I a IV série I. A Arte de descobrir palavras – 1° Bimestre Educomunicadoras: Malvina Aparecida Amadeu e Cristina Alves Moreira. Série: 1ª série

Objetivos: Descobrir palavras diferentes em diferentes situações: casa, circo, palavras que rimam, poema, símbolos, formas geométricas. Atividades : 1. Escreva nomes de objetos existentes em uma casa – dobradura da casa. 2. Pense em um circo e escreva o que há nele – montando um circo. 12


3. Um dia na fazenda, o que tem lá? – Cores primárias – fazenda. 4. Recorte e cole três figuras e forme frases – quadrado: expressão livre. 5. Escreva dez palavras de acordo com a figura – giz de cera e barbante. 6. forme frases de acordo com a figura – símbolos e sinais: como representar emoções. 7. Montar uma amostra de poesias pesquisadas – poesias expressam emoções. 8. Escreva palavras que rimam – colagem de papel: desenhos que rimam. 9. Trabalhar com o poema Trem de ferro (Manuel Bandeira) – Montar um trem. 10. Varal de poesia – exposição de poesias e desenhos das mesmas e declamar. II. Minha relação com os animais – 1° Bimestre Educomunicadoras:Deusiney Pereira dos Santos, Ana Cristina e Cristina Alves Moreira.* Série: 2ª série

Objetivos: Desenvolver a capacidade de relação das crianças com a vida animal. Atividades : 1. Mural sobre seus bichos de estimação – recortes e produção de cartazes sobre os cuidados que precisa ter com os bichos de estimação. 2. Criação de uma fabular – ilustrar fábulas. 3. Criação de códigos para o dia-a-dia. 4. Criação de uma história em quadrinhos engraçada envolvendo um animal – técnica do giz umedecido: animais em quadrinhos. 5. Continuação da história em quadrinhos – montar tira em quadrinhos (recortes de gibis). 6. História com sons de animais ou ruídos – onomatopéia. 7. Descrever e desenhar um bicho maluco – linhas geométricas: bichos que possuem listras em seu corpo. 8. Criando uma história do seu bicho maluco – desenho cego: animal maluco. 9. Confeccionar cartazes conscientizando sobre os cuidados com os animais e sua importância – entrevista com uma veterinária. 13

10. Campanha adote um bicho – Cartazes sobre Animais e Eu. III. Viagens – 1° Bimestre Educomunicadoras: Deusiney Pereira dos Santos e Cristina Alves Moreira. Série: 3ª série

Objetivos: Fazer viagens físicas e mentais conhecendo vários pontos turísticos locais, mundiais e interplanetários. Atividades : 1. Viagem: linguagem oral – cores primárias e secundárias lembrando dos lugares que foi. 2. Viagem ao túnel do tempo (narrativa) – pintar com cores quentes e frias os lugares conhecidos. 3. O que levar para uma viagem (narrativa) – Roupas quentes e frias de acordo com o lugar da viagem. 4. Carta (relatando uma viagem) – Pontilhismo sobre viagens e pontos turísticos. 5. Explorando os pontos turísticos de Barra do Garças para uma exposição. 6. Narrativa – uma viagem interplanetária. IV. Entre o medo e a aventura – 1° Bimestre Educomunicadoras: Madalena Parolin Albuquerque e Cristina Alves Moreira.* Série: 4ª série

Objetivos: Relacionar o medo com a aventura com fatos ocorridos na vida cotidiana. Atividades : 1. Autobiografia – cores quentes e frias: quais se parecem comigo? 2. Relato pessoal: medo e aventura – pintura soprada em fundo preto (meus medos e aventuras). 3. Oficina de criação: projeto de viagem (a carta) – desenho de imaginação: abrindo a porta e... 4. História em quadrinhos: bichos – família das formas: criando personagens. 5. Diálogo: Família – Ponto gráfico e pontilhismo (retratando a casa e os próprios familiares). 6. Notícia: antigas e atuais – criação de manchetes em outdoor. 7. Leitura de figuras (medos e aventuras) – a linha cria formas.

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8. Poema (medo e aventuras) – criar uma imagem de medo ou aventura segundo a técnica de linhas contínuas curvas.

II PARTE Ensino Fundamental – V a VIII série I. Oficina: Feira de comunicação – 1° Bimestre Educomunicadores: Manoel João Milhomem Maciel, Marla – Ney de Jesus Reis e Adriana Colaço Ormeneze Santos * Série: 5ª A/B

Objetivos: Utilizar a linguagem verbal, não-verbal e mista, como forma de interação entre falantes/ leitores da Língua portuguesa com vista a produção de sentido a partir da confecção/redação de: cartão de aniversário; cartão postal; carta pessoal e e-mail; desenvolver habilidades artísticas–plásticas, usando a cor, a forma e a textura como elementos essenciais à produção de cartões e envelopes de forma artesanal. Atividades: 1. Coleta de endereços postais e eletrônicos com os alunos para troca de cartões postais, cartas e e-mail. 2. Confecção de sobrecapa de cartões em papel conforme o interesse da turma e produção de mensagem para os cartões confeccionados. 3. Escolha de locais de Barra do Garças para serem reproduzidos pelos alunos e produção de texto legenda para as reproduções realizadas pelos alunos.A técnica que será usada deve ser negociada com os alunos. 4. Preparação de papel para carta a partir da reciclagem do mesmo e redação das cartas pessoais. 5. Confecção criativa um cartão para a família com material diverso que a identifique e produção de mensagem adequada a ele. 6. Produção de texto, com mensagem informativa sobre assuntos variados e de interesse, apropriado para E-mail. 7. Troca de cartões e outros do gênero (cartão de aniversário, carta pessoal, e-mail) com alunos interessados de outra escola em outra cidade. 8. Montagem de painéis com os cartões montados pelos alunos. 15

9. Organização de um varal com as cartas recebidas pelos alunos (somente as que os alunos permitirem expor). 10. Organização de um grande álbum com foto das produções dos alunos. II. Oficina: Heróis de todos os tempos – 1° Bimestre Educomunicadores: Manoel João Milhomem Maciel, Marla – Ney de Jesus Reis e Adriana Coloço Ormeneze Santos * Série: 6ª A/B

Objetivos: Produzir e ilustrar textos dos alunos sobre os heróis: sua história, sua trajetória, usando o narrador-personagem ou narrador-observador. Atividades: 1. Conversas informais sobre as pessoas que os alunos consideram heróis e como elas se tornaram heróis. 2. Pesquisar sobre, o Herói e a história 3. Pesquisa sobre a história e a trajetória do seu herói. 4. Produção de texto narrativo com narrador-personagem ou narrador-observador qu e seja herói. 5. Transformação de texto narrativo em história em quadrinho e vice-versa. 6. Leitura expressiva dos textos produzidos pelos alunos para a sala. 7. Produção de um vídeo no qual os alunos apresentem suas histórias. 8. Produção de um panfleto no qual os alunos dêem dicas e questionem sobre a necessidade de ser ter ou não herói e realmente conhecê-lo. 9. Organizar as histórias em um livrão produzido na aula de artes. 10. Avaliação das atividades pelo grupo de alunos. Em Arte serão produzidas as ilustrações serão produzidas na disciplina de artes estudando: desenho, cor, luz/sombra e histórias em quadrinhos. III. Oficina: Fazer Humor e Teatro – 1° Bimestre Educomunicadores: Manoel João Milhomem Maciel, Marla – Ney de Jesus Reis e Madalena Parlin Alburquerque * Série: 7ª A/B

Objetivos: Criar, apresentar, encenar e ler dramaticamente textos, (mini-peças, monólogos, diálogos, poesias e anedotas?).

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Atividades: Elaboração de mini-peças com os alunos. Em redação, produzir a mini-peça conforme os critérios: a) a protagonista é a esposa, que mantém as despesas da casa, porque ganha melhor que o esposo. No decorrer da peça o marido e mulher se igualam profissionalmente e ambos assumem a função de “bancar” as despesas de casa; A família passa a viver feliz para sempre; b) O protagonista é o esposo que ganha melhor que a esposa e depois se igualam profissionalmente e vivem felizes para sempre. Em Artes, criar o figurino e o cenário das peças. Cada grupo deverá ler, expressivamente, a mini-peça criada para o outro grupo, interpretando cada personagem. Atividade de representação de cada personagem. Ensaio geral praticando expressividade de voz, gestos fisionomias. No decorrer das atividades, a professora de arte orientará os alunos na confecção, montagem e escolha de figurino, cenário, maquiagem, sonoplastia aplicando as seguintes técnicas: desenho de observação, desenho abstrato, desenho no computador, desenho de criação livre, desenho geométrico e desenho projetivo. Pesquisa em fontes variadas para compilação de anedotas. Leitura das anedotas copiladas, com vista ao entendimento de seu humor. Produção de anedotas pelos alunos conforme o tema de interesse e a adequação ao ambiente escolar. Ensaio geral para leitura expressiva das anedotas criadas, as copiladas e selecionadas pelos alunos. Apresentação das anedotas criadas e das copiladas pelos alunos. Avaliação das atividades feitas pelo grupo.

Atividades: 1. Leitura e debates sobre os contos lidos. 2. Debate sobre os contos pesquisados que foram transformados em cinema. 3. Análise de fotos jornalísticas carregadas de notícias. 4. Análise de músicas que retratam a utopia e desafios de uma época determinada. 5. Linguagem publicitária como criação de ‘contos’ apelativos. 6. Criação de uma boa história 7. Escrita de seus próprios contos. 8. Montagem de um livro de contos. 9. Montagem de uma amostra de contos. 10. Culminância do trabalho bimestral.

III PARTE Ensino Médio I. Variações Lingüísticas nos Gêneros literários – 1° Bimestre Educomunicadores:Arlete Alves do Nascimento e Marla-Ney de Jesus Série: 1° Ano

Objetivos: Trabalhar a interação entre criação e produção de um conto como construção de uma realidade fictícia a partir do real.

Obje tivos: Contribuir para que o aluno compreenda e use a Língua Portuguesa, desenvolvendo competências consideradas significativas para a sua integração com o mundo e a construção de sua própria identidade; oportunizar ao aluno utilizar-se de meios tecnológicos para expressar os conteúdos trabalhados em sala de aula como forma de valorizar a sua criatividade. Atividades: 1. Pesquisa e análise das variações lingüísticas presentes em diversos contextos; 2. Utilização da linguagem literária dos gêneros literários para adaptar e criar novos textos e diálogos; 3. Pesquisa e análise das letras de músicas brasileiras para identificar características das cantigas trovadorescas; 4. Comparação da linguagem das cantigas trovadorescas com a linguagem utilizada nas salas de bate-papo na Internet.

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IV. Projeto “Quem conta um conto aumenta um ponto” – 1° Bim. Educomunicadores: Arlete Alves do Nascimento Série: 8ª A/B


II. Literatura na vida diária – 1° Bimestre Educomunicadores:Arlete Alves do Nascimento e Marla-Ney de Jesus Série: 2° Ano

Objetivos: Contribuir para que o aluno compreenda e use a Língua Portuguesa, desenvolvendo competências consideradas significativas para a sua integração com o mundo e a construção de sua própria identidade; oportunizar ao aluno utilizar-se de meios tecnológicos para expressar os conteúdos trabalhados em sala de aula como forma de valorizar a sua criatividade. Atividades: 1. Identificação dos poemas e músicas de autores atuais o mesmo saudosismo e o espírito de nacionalismo presente na Canção do Exílio de Gonçalves Dias; 2. Produção de poemas líricos relacionados ao nacionalismo, característica do período literário romântico, deixando entrever a visão atual da Pátria; 3. Utilização da linguagem literária para adaptar e criar novos textos e diálogos; 4. Pesquisa e contraposição de tragédias contemporâneas ao maldo-século; 5. Pesquisa, na música popular, dos movimentos ‘beat’, ‘hippie’, ‘punk’ e gótico e relacioná-los ao contexto do Romantismo, segunda geração; 6. Pesquisa sobre a presença do negro como personagem nas várias manifestações artísticas contemporâneas: música popular brasileira, literatura, cinema, história em quadrinhos, publicid ade, etc.

“Não se aprende o que não é vivido e não se organiza o que não se aprendeu”, esta frase de Rodolfo Ilari é um incentivo ao desenvolvimento de oficinas e laboratórios em sala de aula, negociadas entre educandos e educadores, num verdadeiro processo de interlocução e interatividade. O resultado desse trabalho ganha proporção à medida que se tornar evento aberto ao público. A dinâmica circular, de construção coletiva, parte do princípio de que as redes são construídas através de ‘nós’ intencionais que se agrupam para promover intercâmbio, diálogo, colóquios, reflexão, produção, oficinas... Isso é o mesmo princípio que os educadores do Madre Marta querem vivenciar ao longo desse projeto.

d) Metodologia Os conteúdos serão trabalhados em forma de mini-projetos ligados a um projeto maior, de acordo com a série e a escolha da turma. Todos os textos (oral, impresso, digital, imagem, sonoro, etc) serão encarados como espaço de criação, estimulando os educandos à escrita, à leitura, à representação, etc.

e) Culminância Inicialmente, pensamos em realizar a culminância geral em dois dias de oficinas, preparadas pelos próprios alunos assessorados por seus professores; uma no primeiro semestre e outra no segundo. Esse dia mensal para análise crítica da televisão, rádio e internet a partir de um tema específico eleito pelos alunos e preparado por eles, em oficina. A análise começaria a partir da possibilidade de expressão e seguiria para uma leitura crítica dos mesmos. O resultado da discussão poderá ser transformado em documentário-relatório, de apoio aos demais trabalhos pesquisados e construídos. Decidiu-se fazer a culminância do 1° Bimestre, no dia 09 de maio de 2003, às 19 horas para toda a Comunidade Educativa, inclusive aberta ao público em geral. Cada série apresentará seus trabalhos em standers, assim distribuídos : 1ª série – Palavras 2ª séries – Animais 3ª séries – Viagens 4ª séries – Medos e Aventuras 5ª séries – Feira de Comunicação 6ª séries – Túnel dos Heróis 7ª séries – Teatro e Anedotas 8ª séries – Conto Ensino Médio – Variação musical e lingüística – Banda gótica

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No momento da apresentação, haverá uma abertura solene, seguida de visita aos standers, apresentação das quatro peças de teatro, anedotas e vinhetas das 7ª séries; continuando pela apresentação das novelas radiofônica e televisiva produzidas pelas 8ª séries; o Ensino Médio também apresentará os trabalhos musicais com a apresentação da Banda da Escola que eles ainda estão escolhendo nome. VI – Responsáveis e aliados A coordenadora de educomunicação da insPAZ e coordenadora local de educomunicação, juntamente com a coordenadora pedagógica são as principais responsáveis por esse projeto. Essas precisam formar uma equipe com os professores ministrantes das disciplinas para estudo, execução e avaliação do percurso da caminhada. São aliados do projeto a Ecosam – equipe interamericana de comunicação da América-FMA e o professor Ismar de Oliveira Soares, chefe de departamento do NCE-USP. (pode?) VI – Níveis de Participação Os professores part iciparam do esboço do plano (texto mártir) até encontrar caminhos de possível execução. Num segundo momento, os alunos interagirem com a proposta, criticando, sugerindo, suprimindo e acrescentando o que for entendido como interessante para o aprendizado autêntico da turma. Portanto, o trabalho pode ser diferente de uma turma para outra e deverá ser construído ao longo do ano escolar. VII – Critérios de Avaliação Semanalmente, os professores envolvidos no processo, vão fazer avaliação, programação dos cont eúdos e estudos de temas afins. Com os alunos, o processo avaliativo será no decorrer de cada projeto construído e assumido. A partir desse trabalho, queremos avaliar o nosso trabalho, partindo sempre de questões como as seguintes: “O que queremos com um novo ser humano? Formar para o mercado de trabalho? Ou queremos que o novo individuo esteja orientado à construção, à 21

preservação, ao fortalecimento do novo ser, de sua sociedade, de sua vida e da vida do planeta? Qual o perfil desse cidadão planetário? VIII – Tempo de realização O presente projeto está previsto para o ano letivo de 2003, mas com desejo de se tornar uma prática na Escola Madre Marta Cerutti, em Barra do Garças -MT.

Anexos Reflexão 01 – Processo de implantação da Proposta de Educomunicação no Madre Marta (1ª reunião para a concretização desse plano – 07/11/2002).

I – Roteiro de estudo: 1) Leia a proposta de Projeto de Educomunicação: Educomunicação em Língua Portuguesa e em Artes – Educação Infantil – Ensino Fundamental – Ensino Médio e analise: a) Como vejo os itens da contextualização? b) As prioridades elencadas condizem com o que queremos no projeto? c) Os objetivos prévios – gerais e específicos respondem a nossa realidade? d) A justificativa responde aos nossos anseios de começar essa proposta? e) O que realmente poderíamos fazer como AÇÃO PREVISTA para o estudo em Artes e Língua Portuguesa? Como falar dessas disciplinas nesse item? Que conteúdos trabalhar em cada disciplina como uma ação interdisciplinar como se fosse uma disciplina apenas? Como seria a metodologia de cada aula? E a culminância? f) Como seriam os níveis de participação dos alunos e sua avaliação?

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II – Pontos da discussão grupal: ü Quanto à contextualização foi enfocado que é importante para a condução da aprendizagem para a compreensão do aluno e leválo a uma postura consciente. ü Estamos num mundo de inovações, diferenças pessoais do ser humano na sala de aula também; ü Os nossos alunos não têm muito acesso à internet; a cultura de Barra do Garças não vê computador como um instrumento de busca de conhecimentos; isso em todas as séries. ü Foi pedido para acrescentar na contextualização elementos da teoria de Bakhtin que enfoca a questão da interdiscursividade; ainda de Vyghoksti sobre a construção do tempo e zonas de conhecimento; dar um maior enfoque aos paradigmas e a necessidade de formar um cidadão planetário. III – Carta aos alunos e professores do CCJ: Barra do Garças, 10 de março de 2003 Colegas, A Escola Madre Marta Cerutti, de Barra do Garças, está desenvolvendo o Projeto de Educomunicação. Este projeto envolve as disciplinas de Língua Portuguesa e Artes. Dentro dele temos algumas atividades e uma delas é de trocar, com alunos do Colégio Coração de Jesus, em Cuiabá, cartão pessoal (de aniversário, de agradecimento, etc) e cartão postal, cartas pessoais e e-mail. Por isso, estamos enviando esta carta na qual constam os nomes, endereços postais e eletrônicos de nossos alunos das quintas séries A e B para serem divulgados para duas quintas series daí. E, a partir disso, começarmos a nos conhecermos melhor. Esperamos ter nosso pedido atendido e, com isso, enriquecermos nosso ciclo de amizades. Abraços a todos, Alunos das 5ª séries e professores Maciel e Adriana IV – Coordenação Educom: Coordenadora de Educom – Ir. Antonia Alves Pereira Coordenadora Pedagógica – Cármen Beatriz Capitão Leal e Silva Dadalto Professores de Língua Portuguesa: 23

1. Arlete Alves do Nascimento 2. Madalena Parolin Albuquerque 3. Manoel João Milhomem Maciel 4. Deusiney Pereira dos Santos 5. Adriana Colaço Ormeneze Professores de Artes: 1. Marla-Ney de Jesus Reis 2. Cristina Alves Moreira Diretora – convidada a participar de todas as reflexões: Ir. Maria Ignez Mesquista Bicudo Convidada – Ir. Maria José de Oliveira V – Subsídios de estudo (até o 1° bimestre): Projeto: Educom em Artes e Língua Portuguesa 01 – A evolução da gestão educacional a partir de mudanças paradigmáticas 02 – O que são projetos? 03 – Tendências da Educação 04 – Educomunicação 05 – Escola para a Cidadania 06 – Quando o diretor é a alma da equipe 07 – Mediação Tecnológica 08 – A educação no panorama legal do Brasil 09 – Mediação Pedagógica 10 – Princípios norteadores do Sistema Preventivo 11 – Bakhtin – uma figura enigmática 12 – Códigos da Modernidade de Bernardo Toro 13 – Desafios da educação na sociedade do conhecimento 14 – Traçando a rede da Cibercidadania 15 – Os novos pensadores da educação VI – Horário de estudo 07/12 – sábado das 8:00h às 10:00h 29/01 – quarta: 8h às 12h para todos durante o ano: um sábado por mês

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