Livro campanha eleitoral toinho mendes 40010

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Você sabia que a proposta do Programa #donossojeito foi constituída com o apoio de mais de 320 jovens em todo o Estado de Pernambuco? Somos a única campanha a Assembleia com 10 temas que apresentam o desejo da nossa juventude!


A Educação nunca deverá deixar de ser prioridade, porque enquanto houver problemas sendo apontados por qualquer que seja o indivíduo, esse é um indicador que algo, ou muito ainda, precisa ser feito para melhorar a qualidade de vida de nosso povo. Muitos ostentam que a Educação é o instrumento fundamental para transformar a realidade do País, emancipando definitivamente milhares de famílias da pobreza, qualificando a mão de obra e preparando os jovens para o mercado de trabalho. No entanto, o que realmente percebemos é que em algumas situações a Educação está aquém de construir os cidadãos de amanhã, de ser a grande responsável pelo crescimento e desenvolvimento da humanidade! E que culpa, como educadores, devemos carregar por não conseguirmos ajudar essa tão responsabilizada Educação a atingir suas metas, principalmente quando consideramos que muito ainda precisa ser realizado para que os conceitos e resultados, tão sumariamente exigidos, se efetivem? Em menos de 10 anos Pernambuco iniciou de forma maciça uma série de investimentos nos mais diversos setores de seu governo, mas considerando a Política dos Seminários Regionais Todos por Pernambuco, que parte do princípio da escuta e atenção à população e foi uma das principais bandeiras do governo de Eduardo Campos, percebemos que foi na educação, principalmente se compararmos aos anos anteriores, que houve um maior investimento financeiro para o desenvolvimento de uma política intensa de aperfeiçoamento, com propostas de incentivo e de valorização profissional, ressaltando melhoria das escolas já existentes a construção de novas e tão aclamadas unidades – de referência e ensino técnico – em todas as regiões de Pernambuco. Estes investimentos denotam a preocupação com uma escola mutável e que precisa ser constantemente aprimorada e modernizada. Uma Escola com novas estruturas, seja em seu modelo, seja na sua gestão pedagógica. Por essa razão ocorreu uma explosão de boas iniciativas com bibliotecas, laboratórios, distribuição de tablets para todos os alunos da rede, incentivo a políticas na área de direitos humanos, intercâmbio no exterior, entre outras ações. Somam-se a isso, investimentos realizados nas áreas de capacitação em inglês para nossos professores, seja com professores nativos, seja promovendo intercâmbio destes. Aos demais, a preocupação pedagógica estimula o processo de criação por meio de programas como o Professor-Autor, que amplia a produção de conteúdo multimídia, e o Professor Conectado, que dá aos professores um instrumento que possa ser utilizado como ferramenta de trabalho. A Política de incentivo financeiro que direciona a rede para a apresentação de melhores resultados é outra importante iniciativa e isso promoveu um aumento de qualidade, percebida pelo resultado das avaliações realizadas nos últimos anos, onde as escolas estaduais pernambucanas vêm apresentando médias cada vez maiores no IDEB e IDEPE. É por esta razão que a Educação jamais foi deixada de lado, e isso considerando as lacunas de investimento em Educação foi o que deu para fazer até o presente momento, e venhamos e convenhamos, muito foi feito! Porém o acompanhamento e aperfeiçoamento dependem de continuidade, ampliação, mais investimentos, novas ideias, novas perspectivas, novas políticas, mas principalmente de gente nova. Juventude que conhece e precisa pensar uma nova escola dentro da que já existe, juventude que precisa buscar valorização nas pessoas de sua escola, se inserir no contexto de seus professores para construir o sentimento ímpar de liberdade que a faz, transforma e impulsiona essa “aurora” de um novo tempo para a educação. A “Escola do Nosso Jeito” é o segundo passo da Escola que foi possível ser construída, com muita luta, com muito esforço e com muita determinação até o presente momento. É a escola que estimula cada vez mais o vínculo entre seus parceiros e executores, seja a comuni-

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dade, seja a gestão administrativa e pedagógica, e em especial seus professores e alunos que precisam ser vistos como ferramentas potencias de liberdade para um novo tempo capaz de transformar, de forma efetiva a vida de todos os pernambucanos, em especial, nossos jovens. Muito ainda precisa ser realizado, é um passo de cada vez, construímos um novo tempo, e “não queremos que nada do que já é seja, de novo, do jeito que já foi um dia”, porque Pernambuco carrega em suas mãos a força de um trabalho que efetivamente aconteceu e ostenta em sua face a felicidade do resultado que já apareceu. Mas que venha um novo tempo! O tempo de um Pernambuco cheio de orgulho, que vem sendo carregado dentro do peito, e que apesar das mudanças possíveis e necessárias precisa ser realizada e deve ser efetivada pelas mãos de sua juventude, para a construção de um Pernambuco, do nosso jeito! Essa proposta de campanha apresenta os itens que irão merecer atenção, e para que sejam estudados deverão seguir os seguintes princípios ATÉ AGORA! – DAQUI PRA FRENTE, DO NOSSO JEITO! #ATÉ AGORA: consiste na localização histórica do tema, apresentando cronologias, conexões ou pensamentos organizados a respeito do tema contextualizando com os principais conceitos que determinaram uma situação inicial dentro da Educação em Pernambuco. É a apresentação da realidade e também inclui uma série de impressões sobre o tema, discutidas com adolescentes e jovens de escolas públicas de todas as Regiões de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco para um verdadeiro “julgamento” da realidade que foi apresentada, das suas causas e consequências, sinalizadas por algumas medidas sugeridas e exemplificadas, em alguns casos. #DAQUI PRA FRENTE, DO NOSSO JEITO! Compõe-se num esquema de propostas concretas para a matéria vista. São propostas que partem de iniciativas simples ou mais complexas, algumas serão verdadeiros desafios. É, certamente, nosso ponto de vista para implementar as propostas educacionais existentes e impulsiona, de uma vez por todas, a análise dos fatos e acontecimentos relacionados ao desejo de uma escola cada vez mais pernambucana. Uma pesquisa realizada com 350 jovens de todas as regiões do Estado de Pernambuco estudantes egressos e atuais de Escolas Públicas, que participam ou participaram do Programa Ganhe o Mundo, que participaram de programas como Jovens Embaixadores, Jovens Senadores, Jovem Parlamentar Brasileiro- fundamentaram os instrumentos legais e possibilitaram a discussão de tópicos, direcionados de forma particular a políticas de Juventude, e referenciados por programas estratégicos de inclusão social. Esses tópicos fazem parte de um conjunto de discussões coletivas e que norteiam a construção de ícones de desenvolvimento para qualquer tema de gestão educacional que são: 1) Inclusão educativa, 2) Questões de Gênero, 3) Mundo do Trabalho, 4) Cidadania e 5) Direitos Humanos. “O propósito central deste documento é abrir espaços de participação, possibilitando que todos nós, independentemente da idade que possuímos, possamos debater e trocar ideias sobre cada um dos temas considerados atuais, importantes, mas que principalmente devem servir de instrumento para a reflexão de um novo tempo”. O debate e a participação constituem práticas importantes para uma educação democrática, respeita os direitos humanos e promove cidadania crítica. Acredito que esta proposta é a oportunidade de definir e sedimentar espaços de construção para a consolidação de um Pernambuco que, definitivamente, será construído do nosso jeito!

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I. A INCLUSÃO EDUCATIVA

A Escola aprendendo a ser de todos # ATÉ AGORA! A Escola média, que foi privilégio de poucos por algum tempo, hoje expandiu-se consideravelmente, atingindo grande parte dos jovens e, segundo novos métodos, também chegando a todas as idades. Mesmo assim, ainda há muito que precisa e deve ser feito, em especial no início da vida independente, que é entendido por muitos como a juventude. Pernambuco dispõe de uma série de Programas de Inclusão e vem caminhando desde 2007 para o desenvolvimento de estratégias inclusivas educacionais, porém ainda há uma série de desafios a se superar, considerando que 85% dos adolescentes e jovens com algum tipo de necessidade especial de atenção escolhem tanto de forma forçada como livremente o trabalho, abandonando a continuação dos estudos. Isso sem contar os casos de rejeição dentro do espaço escolar e, por isso, deixam a unidade de ensino; os que não conseguem sustentar financeiramente a permanência na Escola; entre outros casos particulares que exigem criteriosa análise. Todo jovem tem direito à educação, de maneira especial, ainda são muito poucos os exemplos de estudantes de Ensino Médio com necessidades especiais que ingressam em cursos superiores e possuem a garantia de uma formação cidadã e acompanhamento para seu desenvolvimento pessoal. É uma pena que o sonho da universalização do Ensino Médio ainda não tenha se concretizado em nosso país, problema que gera números muito inferiores e que caracteriza muitas vezes a descrença no sistema e/ou a deficiência do mesmo. Todas as Escolas precisam aprender a ser de todos, sem excluir, sem delimitar suas portas segundo conveniências estatísticas. É dever social e sobretudo humano dar educação e dignidade aos que promovem e, certamente, indicarão alternativas e ações para a construção de um futuro, do progresso da nossa cultura, dos rumos das nossas riquezas. Tornar acessível a Escola é fazer dela um espaço universal e acolhedor, espaço alternativo para a juventude que além de sua necessidade especial possa apontar para políticas de educação inclusiva alternativas e para a ampla implementação das vigentes, fornecendo assim um apelo por um futuro melhor, mais justo, mais juvenil. # DAQUI PRA FRENTE, DO NOSSO JEITO! a) Universalização de programas inclusivos a todas as escolas públicas, tornando-as efetivamente acessíveis a todos os grupos; b) adequação das Escolas aos desafios da “acessibilidade” física e pedagógica; c) implementação de políticas de formação e com estímulo a carreira dos profissionais da educação inclusiva para um trabalho sensível com a juventude; d) reavaliação o sistema de ensino adotado, buscando novas experiências externas; e) envolvimento e formação para as minorias da Comunidade, garantindo a escola para todos; f) envolvimento de Marketing e Promoção de mídias para programas de conscientização popular sobre a necessidade e o benefício do ensino médio para todos.

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II. A INCLUSÃO DIGITAL

Uma tecnologia ao alcance das mãos de todos #ATÉ AGORA! A última década, enquanto despertar de um novo milênio, foi marcada por incríveis avanços tecnológicos, inimagináveis até poucos anos atrás. A interatividade cresce dia-a-dia por meio das grandes redes, que convergem o gigantesco mundo globalizado. O jovem deixou de ser mero expectador, seu antigo papel, para tornar-se protagonista na nova era, num tempo de transformações. Infelizmente, neste processo, uma parte da juventude não usa de boa participação, seja por não ter acesso às novas fontes de informação e centros de contato, seja por não usá-los da forma mais conveniente. Todos os jovens têm o direito de compor esta nova dinâmica planetária, caso contrário, tornar-se-ão os “analfabetos do futuro”. Entretanto, a introdução satisfatória nas novas tecnologias não se resume à garantia de acesso universal, mas passa pela conscientização sobre a utilidade de tais meios para o crescimento intelectual e social dos iniciantes e mesmo daqueles que já integram a realidade das inovações. Nisto, Escola e a família ganham maior destaque pela responsabilidade de oferecerem uma orientação crítica e atualizada. # DAQUI PRA FRENTE, DO NOSSO JEITO! a) Implantar laboratórios de informática em todas as Escolas e fornecer os subsídios necessários para o seu uso adequado; b) apoiar planos que garantam pontos de acesso tecnológico em todas as residências; c) incluir a formação crítica dentro da educação digital, especialmente quanto à internet; d) incentivar a criação de páginas individuais e coletivas que valorizem a produção juvenil, sobretudo, dentro das Escolas; e) promover o intercâmbio digital como acesso prático às relações internacionais; f) valorizar espaços de referência para a juventude nas páginas de relevância para a educação ou para qualquer outro segmento de interesse.

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III. OS GRÊMIOS ESTUDANTIS

Políticas para dentro e para fora da Escola #ATÉ AGORA! No contexto das lutas estudantis não existe personagem de maior relevância que os grêmios. Nasceram da coletividade de propostas, da conscientização da juventude. São, pois, reflexo da força transformadora e autenticamente jovem, organizada e movida pelas causas sociais pertinentes para uma boa educação e um futuro de progresso. Felizmente, muitas das suas reivindicações, espelhadas nas realidades locais, foram sendo alcançadas e mantidas; mas isto, por outro lado, levou a um “esfriamento” da ação otimista e mesmo das próprias organizações gremistas, que hoje têm perdido sua identidade e se rendido, em alguns casos, aos desânimos frente à missão de proteger a classe estudantil. Torna-se evidente que as forças gremistas têm caído na comodidade, mesmo diante de tantas novas reivindicações e formas de discussão com os poderes públicos e com a Comunidade Escolar de modo geral. É necessário resgatar o desejo e a identidade dos grêmios, reafirmar o seu caráter estudantil, dar-lhes novos desafios, mover estas associações para o trabalho junto à Comunidade, formá-las para a divulgação dos direitos e deveres estudantis (que se confundem com os da juventude), entre outras importantes e urgentes atitudes, que, sobretudo, dependem do empenho dos próprios interessados. #DAQUI PRA FRENTE, DO NOSSO JEITO! a) Incentivar a organização de grêmios estudantis nas várias unidades de ensino; b) formar equipes estaduais e municipais que acompanhem a eleição e implantação dos grêmios com a apresentação de subsídios formativos; c) criar articulações locais e nacionais que promovam a integração entre as associações estudantis e lhe garantam “voz” em ambos os níveis; d) promover um trabalho conciso e forte e se possível regido por estatutos próprios; e) valorizar a ação dos grêmios além das questões internas referentes à classe estudantil; f) fortalecer o contato direto entre os grêmios e as Secretarias de Educação; g) destinar maior participação gremista nas decisões que tratarem das aplicações financeiras da Escola.

Quem não se lembra da Diana?! Sempre agradou a todos e nunca foi de tomar partido em nada! Hoje em dia anda por ai perguntando se as coisas andam mesmo do nosso jeito! Quer vez e voz, criou estatutos para seu grupo na escola e anda fortalecendo as ações estudantis em sua comunidade por meio de programas que fomentam a iniciativa e a cadeia produtiva entre os jovens. Daqui há alguns dias vão decidir o novo cardápio da escola que vai ter até menu. Que bacana, Diana, esse sim é o nosso jeito!

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IV. OS PROJETOS JUVENIS

Meus sonhos agora se tornaram desejos de mudança! #ATÉ AGORA! A criatividade jovem é certamente um bem indispensável para a educação que buscamos. As Escolas, em suas mais diversas realidades, são ricas pelo que produzem, pelos seus projetos. Hoje, as realizações não se limitam a iniciativas forçadas, das quais a juventude apenas assiste ou participa passivamente; pelo contrário, os novos tempos são marcados pelo protagonismo juvenil, pela ideia criada, abraçada e desenvolvida pelos próprios estudantes, que trabalham ativamente e dividem espaço com os seus mestres, de quem aprendem e para quem ensinam. Toda boa iniciativa tem o seu valor, em especial, se nasce de uma mente preocupada com o conhecimento e com o futuro. São muitos os projetos que nascem e se constituem pelo protagonismo da juventude, no campo das letras, das ciências exatas, sociais e outras, claro que sempre amparados pelo incentivo da Comunidade Escolar. Estas iniciativas são dignas, portanto, de maior atenção da parte de todos os órgãos públicos e privados, seja para o seu patrocínio como para a sua visibilidade, a fim de que cresçam nos seus campos de ação e, se possível, sejam imitadas para o despertar de novas entidades congêneres. A educação que queremos torna-se futurista quando antecipa a possibilidade de “realizar”, para a qual se exigem a vontade e, sobretudo, o apoio. #DAQUI PRA FRENTE, DO NOSSO JEITO! a) Priorizar o protagonismo juvenil nos projetos desenvolvidos; b) organizar um fundo de apoio econômico que reúna a iniciativa pública e privada para o patrocínio de projetos estudantis comprovadamente eficazes; c) favorecer realizações que contem com a participação ativa da juventude; d) estruturar espaços com o rosto jovem nas Comunidades; e) valorizar espaços de encontros e informação, como bibliotecas e outras salas, dentro da Escola; f) encarregar profissionais para o acompanhamento exclusivo dos projetos escolares e para garantir a sua visibilidade; g) ouvir e apoiar coordenações que representem os projetos da juventude.

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É preciso lutar e fazer a diferença! Acabou essa história de política feita de todo jeito, ou pior ainda, política feita de qualquer jeito! Chegou a hora da onça beber água! Mas já que ela vai, que ela vá assim, bem armorial, bem pernambucana, bem do nosso jeito!




V. A MÍDIA PARTICIPATIVA

A gente não compra mais gato por lebre! #ATÉ AGORA! A mídia constitui na atualidade uma forma privilegiada e acessível de formar opinião, na pluralidade de suas formas e apresentações. Esta aproxima mundos outrora distantes, coloca-os em debates incisivos e questiona a ordem, podendo até mesmo direcioná-la segundo conveniência. Infelizmente, ainda tem boa parte de sua estrutura manipulada por interesses comerciais, mas isto não exclui a sua importância e a possibilidade de usá-la para um futuro nobre. As programações, para isso, deveriam priorizar espaços relevantes que mostrem a nossa esperança, que certamente não dista do ativismo juvenil. Vale lembrar que a juventude compõe uma das forças sociais mais vulneráveis às formas midiáticas, mas também a mais apta ao seu domínio, devido à sua capacidade de assimilação e interação com esses meios. Urge orientar a mídia contemporânea para a participação de todos os setores sociais, e, com zelo particular, da juventude. Isto porque são os jovens que, no presente momento, portam-se como os mais capacitados para tal iniciativa, o que também previne a alienação por parte deste segmento, que acaba rejeitando sua realidade para buscar aquela que espelha a mídia. Enquanto não se comentar, pela voz da própria juventude, a capacidade da cultura, da educação, do senso político e econômico e de outras várias temáticas, os jovens, tidos por “nosso futuro”, não serão razão de esperança, mas de perpetuação da máquina manipuladora. #DAQUI PRA FRENTE, DO NOSSO JEITO! a) Estabelecer a criatividade estudantil/juvenil em espaços concretos e fixos nos diferentes meios de comunicação; b) valorizar os trabalhos da juventude nos variados campos de atuação da sociedade; c) incentivar e qualificar a visão responsável e o senso apurado diante das programações; d) investir em programas culturais e educativos de participação comunitária; e) promover a aproximação e o uso dos meios de comunicação da Comunidade; f) criar oficinas juvenis de Comunicação e capacitação básica; g) regulamentar, segundo possível, medidas que ampliem por meio de lei a integração das várias mídias com os grupos jovens de atuação.

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VI. AS ESCOLAS TÉCNICAS

O progresso nas mãos de quem, realmente, o faz. #ATÉ AGORA! Vê-se como uma prática louvável a implantação de Escolas técnicas e/ou de caráter profissionalizante por parte dos órgãos governamentais e filantrópicos. Estes centros tronam-se rapidamente referência pelo investimento condensado e pela própria credibilidade que adquirem. Podem tanto oferecer cursos de nível técnico, ampliando os horizontes de formação e possibilitando o ingresso satisfatório do jovem no atual mercado de trabalho cada vez mais exigente, como fornecer profissionalização básica, que não deixa de contribuir eficazmente no futuro dos seus atendidos. Na sua diversidade, cada uma dispõe de um projeto de atuação e se identifica em seus interesses por uma educação de qualidade e de muitos frutos. Diante da urgência de soluções para os vários problemas que distanciam a juventude da sua missão social, devem ser aplaudidas as experiências exitosas no caminho da Escola que queremos. Não apenas aplaudidas, mas também replicadas e reforçadas na medida possível de cada contexto. Escolas técnicas e/ou profissionalizantes devem ser sugeridas e adaptadas da maneira necessária, como, por exemplo, na implantação de anexos profissionalizantes ou centros comunitários/municipais com o mesmo intuito. Todos os jovens poderiam acessar esta realidade caso ela se popularizasse, não como obras completas, mas complementares às diversas ações já empreendidas em favor da juventude. #DAQUI PRA FRENTE, DO NOSSO JEITO! a) Ampliar o número de escolas técnicas e centros de formação profissional; b) criar anexos ou polos de profissionalização junto a Escolas ou com programas associados ao planejamento de ensino; c) aumentar o número de vagas nos centros já existentes; d) descentralizar os polos técnicos e/ou profissionalizantes; e) promover intercâmbio para estudantes de escolas técnicas entre países de língua portuguesa; f) atualizar o conteúdo dos cursos oferecidos e renovar as suas metodologias; g) agir em parceria com entidades que representem os apelos do mercado de trabalho e assim colaborem para a formação, detectando carências e fornecendo estágios satisfatórios; h) repensar segundo as prioridades para a juventude os regulamentos que tratam dos estágios em idade jovem e fiscalizá-los.

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VII. O NOVO CONHECIMENTO

A escola que eu sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir #ATÉ AGORA! Os direitos humanos, a política, a economia, as relações internacionais, dentre outros... Tudo isso tem chegado com mais frequência aos livros e às salas de aula, que buscam atualizar-se no modelo de ensino que é visto hoje como o mais adequado. Realmente, cresce dia-a-dia a preocupação com a educação cidadã da juventude e sua conscientização diante da tarefa inevitável que lhes cabe já no presente, mas, de modo especial, no futuro tão aguardado. Embora a realidade do ensino enraizado na situação social do país não tenha alcançado todas as Escolas da maneira desejada, existe uma tendência perceptível. Contudo, ela depara-se com sérios obstáculos, como a falta de recursos para a atualização ou o próprio menosprezo da questão por aqueles que se beneficiam da ignorância da sociedade. Dentre os vários caminhos para a construção de uma sociedade consciente e, assim, capaz de transformar suas histórias de dor em alegria, percebe-se um atalho que aponta pela educação cidadã, marcada na análise crítica dos princípios que guiam os rumos de uma nação. Isto deveria constar em todo e qualquer projeto de ensino, pois as Escolas não estão alheias às formas e decisões da vida do seu país, já que formam os seus futuros dirigentes. No entanto, estes conhecimentos não deveriam passar como mais um “peso” da matéria curricular; eles podem tanto ser dissolvidos nos estudos das disciplinas como apresentar-se sob a forma de “encontros” de debate pensados especialmente para os seus temas. #DAQUI PRA FRENTE, DO NOSSO JEITO! a) Proporcionar o conhecimento teórico-crítico e prático: I. do Tratado sobre os direitos humanos; II. dos Estatutos voltados para a criança, o adolescente e os jovens; III. dos principais direitos de cidadania garantidos na Constituição e nos outros documentos nacionais; IV. das relações internacionais de destaque, como a do Mercosul; V. de importantes considerações sobre POLÍTICA e ECONOMIA; VI. dos principais Códigos internacionais de defesa da pessoa humana. b) repensar a escola e resgatar os Documentos de referência para os direitos e deveres da juventude; c) formular roteiros de debate e compêndios destes textos regulamentares; d) distribuir edições deste acervo nas Escolas e torná-las acessíveis por meio de uma biblioteca online.

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VIII. A POLÍTICA COMO FERRAMENTA JUVENIL É preciso aproximar-se mais desse cálice! #ATÉ AGORA! A história de todos os povos não acontece sem lutas. Elas marcam a dinâmica do crescimento, bem como explicitam a vontade popular. Na história do mundo, seja a mais antiga ou a de poucos anos atrás, está viva a figura da juventude e de suas reivindicações. Contra a repressão política, pelos direitos estudantis, pela qualidade dos serviços, enfim, são muitos os motivos que movem esta força no empenho social. A participação se dá através dos grêmios, das associações comunitárias, das cooperativas ou ainda da simples organização pela equivalência de ideais. “O que importa é lançar-se por uma boa causa!” Para isto, os jovens pintam os rostos, reúnem-se pela internet, encabeçam protestos e greves, põem-se em passeata ao milhares... Uma juventude ousada e de lutas deveria ser o orgulho do seu país. Entretanto, os alvos dos protestos juvenis são, geralmente, aqueles que podem manipular a sociedade para uma desvalorização destes esforços. Quantos jovens, homens e mulheres, tiveram seus nomes esquecidos em notáveis momentos históricos mundiais ou em outros de menor escala, mas igualmente consideráveis?!... Esquecer é abandonar seus ideais, suas vidas oferecidas. Lembrar, porém, é motivar a transformação que desejamos, injetar ânimo na juventude dos nossos dias, que certamente não perdeu por completo aquela antiga vontade de um mundo melhor, com educação digna e uma sociedade justa. Resgatar parece ser o mais conveniente no momento. # DAQUI PRA FRENTE, DO NOSSO JEITO! a) Resgatar e registrar os momentos históricos da força jovem; b) cultivar no grau “cívico” estas datas, por meio de apresentações públicas outras atividades políticas que possam ser desenvolvidas dentro e fora das Escolas; c) implantar conselhos políticos-administrativos e de gestão juvenil por meio das assembleias filiais no Estado de Pernambuco; d) editar, da forma mais acessível, cartilhas com “celebrações” da luta juvenil e fomento à participação política; e) recordar, valorizar, incentivar e fomentar os jovens personagens de relevância na história por seu papel social e político; f) enfatizar as forças juvenis que trabalham na atualidade, através de organizações variadas e por causas diversas, promovendo incentivo e gestão de seus projetos.

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IX. AS COOPERATIVAS JUVENIS Se somos juntos, somos únicos #ATÉ AGORA! A falta de experiência profissional exclui a juventude de muitas oportunidades no mercado de trabalho, o que lhe obriga a empregos informais, sem qualquer garantia de direitos e com tristes consequências para a vida estudantil. O curso de profissionalização não é suficiente para uma parcela dos jovens, dentre os quais muitos escolhem o caminho das drogas, da prostituição, da vida nas ruas. Aliadas às iniciativas de educação profissional, algumas experiências de cooperativas comunitárias são exemplares. Com um projeto que comunga dos interesses da Escola, estas cooperativas nascem do investimento de parcerias e agrupam os jovens interessados em espaço próprio para o desenvolvimento de alguma atividade que promova experiência de trabalho e renda, mesmo que simbólica. Idealizações como esta não podem, é claro, constituir-se imediatamente em todas as Comunidades, mas podem ser implementadas preferencialmente naquelas de maior urgência. O talento juvenil possibilita saberes múltiplos, dos quais muito pode ser extraído. Tais cooperativas seguiriam um processo de evolução, contando inicialmente com equipes regionais para formação administrativa e inspeção das primeiras experiências. Passada esta fase, pouco a pouco os próprios jovens poderiam assumir os rumos das cooperativas, segundo interesse e competência comprovados. Passado um tempo maior seria possível até, com o lucro alcançado, retornar os investimentos dos primeiros financiadores. O cooperativismo seria, ainda, um estágio substitutivo e privilegiado para o ingresso definitivo no mercado de trabalho. #DAQUI PRA FRENTE, DO NOSSO JEITO! a) Implementar cooperativas e programas profissionalizantes agregados às Escolas de Ensino Médio Regular, de Referência e Escolas Técnicas; b) incentivar e fornecer subsídios financeiros a formação de ações para o empreendedorismo juvenil a partir da identificação de jovens com habilidades e potenciais para o mercado de trabalho; c) oportunizar a criação de escolas-cooperativas para jovens em situação de detenção; d) estabelecer parcerias com entidades religiosas, ONG’s, empresas e outros; e) empregar instrutores/lideranças jovens e atuantes na Comunidade, estabelecendo redes e conexões; f) promover incentivos que garantam competitividade dos produtos de cooperativas juvenis profissionalizantes.

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X. A IDENTIDADE JOVEM

É viver sem ter a vergonha de ser feliz #ATÉ AGORA! O jovem é dono de uma identidade muito peculiar e de uma missão social desafiante. Logo, a juventude ultrapassa largamente o conceito de estágio para a vida adulta, pois em si mesma já constitui uma fase de grandes responsabilidades e preocupações presentes. Há quem insista tão somente que ela é o futuro do planeta, desconsiderando o seu importante encargo já no presente. Os jovens são diferentes, lançam ideologias, vivem ao extremo suas culturas, abraçam com máximo entusiasmo suas heranças, seus rostos e costumes. Mesmo tão diversos, são iguais no ânimo, na coragem, na vontade de interagir, o que deve ser o denominador comum em qualquer debate que trate da tão diversa igualdade que caracteriza esta nobre passagem da vida humana e do mundo que a acolhe. Sabendo do respeito que merece o ser humano em qualquer situação e da importância das suas diferenças, sejam étnicas, de gênero, religiosas ou ideológicas, na construção do mundo que queremos, é necessário dar espaço a todas essas expressões e valorizá-las da forma mais democrática e transparente aos olhos sociais, sem preconceitos ou compensações inapropriadas. A Escola, espaço de diferenças, é fundamental na conscientização juvenil quando prioriza o conhecimento a partir das realidades locais e forma cidadãos capazes de orgulhar-se da sua própria identidade, ainda que sendo de uma minoria e dispostos a conviver com outras. #DAQUI PRA FRENTE, DO NOSSO JEITO! a) adequar os recursos didáticos das escolas à realidade local, favorecendo a compreensão a partir do contexto vivido e possibilitando a utilização de ferramentas com identidade juvenil; b) valorizar a importância da mulher na evolução dos conhecimentos humanos e promover ações que estimulem a participação feminina em campos de atuação como a Ciência, por exemplo; c) tornar acessível as normas legais que dizem respeito à participação feminina e revisar os direitos que privilegiem o homem em detrimento da mulher; d) promover centros de assistência, especialmente psicológica, para jovens que sofrem/ sofreram problemas como o abandono, a gravidez precoce e DSTs; e) estabelecer o ensino de conhecimentos regionais e favorecer a vivência das histórias que cercam a cultura local; f) destacar a contribuição de todas as minorias no processo formativo da nação e reavaliar os conceitos aplicados quanto a esse estudo; g) promover o reconhecimento de trabalhos que tratem da identidade juvenil; h) instaurar órgãos que cuidem ativamente dos direitos das minorias e da sua fiscalização.

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