3. Árvores 3.1. Árvores de folha caduca 3.3. Árvores de folha persistente
3.1. Árvores de folha caduca Acer platanoides Nome científico: Acer platanoides. Nome vulgar: Bôrdo-da-Noruega. Família: Aceraceae. Habitat/ País de origem: Europa. Origem: Exótica com carácter invasor. Tipo: Árvore de médio a grande porte. Altura média: Até 30 metros. Diâmetro médio: 15 metros. Perfil da copa: Abobadada e dispersa. Tronco: Muito curto. Folha: Lobadas, verdes-brilhantes e glabras na página superior, mais claras e com pêlos na página inferior. Folhas de cor amarelada ou avermelhada no Outono. Flor: Em corimbos , até 8 mm de diâmetro e de cor amarelo-esverdeado. Aparecem antes das folhas e persistem até as estas se desenvolverem. Floração dá-se de Março a Abril. Fruto: Sâmara, de cor amarelada e cada par de frutos possui 6 a 10 cm de largura. As asas que o fruto possui formam um ângulo de cerca de 180 graus. Método de propagação: Por semente. Funções: Ornamental. Usada em arruamentos, jardins e parques. Observações: Espécie invasora no Norte da América. Resiste à poluição urbana. É uma árvore de crescimento rápido. Esta espécie prefere solos bem drenados e tolera o frio.
Acer platanoides Nome científico: Acer palmatum. Nome vulgar: Bôrdo-japonês. Família: Aceraceae. Habitat/ País de origem: China, Coreia do sul e Japão. Origem: Exótica. Tipo: Árvore de porte médio. Altura média: 6 a 10 metros. Porém pode ultrapassar os 16 metros. Diâmetro médio: 7 metros. Perfil da copa: Abobadada. Tronco: Muito curto, por vezes retorcido. Casca castanho-escura, com manchas claras. Nos exemplares mais velhos estas manchas uniformizam-se. Folha: Lobadas, apresentando 5 a 9 lobos muito marcados, com margens serradas. De cor verde, sendo que no Outono adquirem tons amarelados ou avermelhados. Flor: Discretas e de cor avermelhada. Inflorescências com 12 a 15 flores, com 6 a 8 mm de diâmetro cada. Floração dá-se de Abril a Maio. Fruto: Pendentes, sâmaras de cor avermelhada. Cada par de frutos tem 2 cm de largura e as suas asas formam um ângulo de 180 graus. Método de propagação: Por semente. Funções: Usada em jardins, parques e arruamentos. Observações: Espécie muito boa para fazer bonsai. O Bôrdo-japonês prefere solos bem drenados, profundos e férteis. Apesar de gostar de luz, esta espécie necessita de sombra parcial nas horas mais quentes do dia. Requer regas regulares no Verão. Aguenta bem o frio, mas não é resistente ao vento. Aprecia o clima temperado, adaptando-se ao clima tropical e sub-tropical.
Aesculus hippocastanum Nome científico: Aesculus hippocastanum. Nome vulgar: Castanheiro-da-Índia. Família: Hippocastanaceae. Habitat/ País de origem: Península Balcânica (Sudeste da Europa). Origem: Exótica. Tipo: Árvore de médio a grande porte. Altura média: Até 25 metros. Diâmetro médio: Até cerca de 15 metros. Perfil da copa: Grande e abobadada. Tronco: De cor castanho-acinzentado, fissurado e em placas destacáveis. Folha: Com 5 a 7 folíolos, em forma de cunha na base e têm cor verde. Possuem margens serradas, são glabras na página superior e tomentosos na página inferior. Adquire coloração amarelada no Outono. Flor: Panículas cónicas ou cilíndricas, de cor branca, com 10 a 25 cm de comprimento, dispostas em inflorescências. Floração dá-se em Março-Abril. Fruto: Globosos e espinhosos, com 6 cm de diâmetro e são castanhos quando maduros. Possuem uma (semente arredondada) ou 2-3 sementes (sementes achatadas) castanhas. Frutificação dá-se em Setembro. A castanha-daíndia não é comestível. Método de propagação: Por semente. Funções: Ornamental. Aproveitamento da madeira. Usada em jardins, parques e para alinhamentos em zonas urbanas. Observações: Resistente à poluição urbana. O Castanheiro-da-índia prefere solos profundos, bem drenados e ricos em húmus. Tolera a exposição solar.
Celtis Australis Nome científico: Celtis Australis. Nome vulgar: Lodão-bastardo. Família: Celestraceae Habitat/ País de origem: Sul da Europa e Sudoeste da Ásia. Origem: Flora Portuguesa. Tipo: Árvore de médio porte. Altura média: Até 30 metros. Diâmetro médio: Até 20 metros. Perfil da copa: Arredondada, ampla e muito ramosa. Tronco: Grosso, liso, direito e de cor acinzentada. Folha: Simples, alternas, caducas, peninérveas, assimétricas na base, com 7 a 15 cm de comprimento, acuminadas e arredondas na base. Ásperas e verde-escuras na página superior e pubescentes e verde-acinzentadas na inferior. Flor: Amarelas esverdeadas, pequenas, sem pétalas, hermafroditas ou masculinas e nascem nas axilas das folhas. Floração em Abril – Maio. Fruto: Drupa esférica, liso e glabro, mas com pêlos na sua base. Primeiramente assume cor verde, em seguida amarelo ou avermelhado, e por fim roxo ou negro na maturação. Maturação em Setembro - Outubro. Método de propagação: Por semente. Funções: Ornamental. Árvore muito usada em arruamentos, praças e jardins. Interesse: Fruto é comestível. Observações: Crescimento lento. O Lodão é pouco exigente relativamente aos solos, tolerando os pobres em húmus, de pH ácido ou neutro, e suporta bem os solos calcários. Aprecia o calor, resiste a climas períodos estivais secos e pluviosidade baixa, e suporta o vento.
Cercis siliquastrum Nome científico: Cercis siliquastrum. Nome vulgar: Olaia. Família: Leguminosae. Habitat/ País de origem: Sul da Europa e Este Asiático. Origem: Exótica. Tipo: Pequena árvore. Altura média: Até 10 metros. Diâmetro médio: 5 a 6 metros. Perfil da copa: Pequena, irregular e achatada. Tronco: Largo e alongado. Folha: Simples, alternas, caducas, com 7 a 10 metros cm de comprimento, de nervação digitada, verdes ou verde-amareladas na página superior e glaucas e glabras na página inferior. Flor: Hermafroditas, cor-de-rosa, com 1 a 4 cm de comprimento, Floração em Março, antes do aparecimento das folhas com conjuntos de 3-6. Fruto: Vagem deiscente, comprimida, glabra, tornando-se vermelho-púrpura e depois castanha na maturação. Método de propagação: Por semente e estaca. Funções: Ornamental. Usada em arruamentos, jardins e parques. Utilizada em bonsai. Observações: Típica de locais rochosos do mediterrâneo. A Olaia prefere solos calcários, arenosos, profundos e com textura desagregada. O cresce bem em solos rochosos, sendo o seu crescimento limitado em solos argilosos húmidos. Requer solos bem drenados e tolera solos com valores de pH de 6,5 a 9. Resistente à secura. Prefere locais ensolarados, é sensível à geada e suporta temperaturas até –15ºC. Prefere um clima Continental e não suporta o clima Atlântico.
Ficus carica Nome científico: Ficus carica. Nome vulgar: Figueira-comum. Família: Moraceae. Habitat/ País de origem: Ásia e Mediterrâneo. Origem: Exótica. Tipo: Pequena árvore. Altura média: Até 10 metros. Diâmetro médio: Até 20 metros. Perfil da copa: Baixa, Larga e densa. Tronco: Curto, grosso e com tendência a ramificar-se na base. De cor cinzento-claro e com manchas mais escuras. Folha: Alternas, pecioladas, cordadas na base, espessas coreáceas, verde-escuras e ásperas na página superior e verde-claras na página inferior. Flor: Muito pequenas, encontrando-se no interior de um receptor carnudo, denominado de socónio. Fruto: Sícone, um figo doce e carnudo. Método de propagação: Por semente e estacaria. Funções: Ornamental, usado em parques e jardins. Interesse: Fruto é comestível. A Figueira adapta-se a solos calcário. Possui grande resistência à secura e ao vento.
Fraxinus angustifolia Nome científico: Fraxinus angustifolia. Nome vulgar: Freixo; Freixo-de-folhasestreitas. Família: Oleaceae. Habitat/ País de origem: Europa e Norte de África Origem: Flora Portuguesa. Tipo: Árvore de porte médio. Altura média: Até 25 metros. Diâmetro médio: Até 15 metros. Perfil da copa: Alta e irregular. Tronco: Com fissuras profundas e estreitas, de cor cinzento-escuro. Folha: Opostas, compostas, com 7 a 13 folíolos. Número de dentes igual ao número de nervuras laterais. Verdesescuras e brilhantes na página superior e glabras e pubescentes na página inferior. Flor: Verdes ou vermelhas, dispostas em panículas auxiliares, pequenos cachos. Hermafroditas e unissexuais, sem cálice nem corola. Floração dá-se entre Maio. Fruto: Sâmara, de forma elíptica, achatada, com 3 a 5 cm de comprimento. Glabra, ficando castanha na maturação. Método de propagação: Por semente e estaca. Funções: Ornamental. Usada nas zonas ribeirinhas (recuperação), jardins e parques. Interesse: Elasticidade da sua madeira. Observações: Resistente à poluição. Existe nas margens dos cursos de água, bosques caducifólios e aluviões. Esta espécie perde a folha mais tarde que a maioria e regenera mais cedo. Fácil de transplantar. O Freixo suporta solos húmidos e com teor normal em húmus, sendo que o pH não influencia o seu crescimento e desenvolvimento. É muito resistente ao frio e aceita elevadas altitudes.
Jacaranda mimosifolia Nome científico: Jacaranda mimosifolia. Nome vulgar: Jacarandá. Família: Bignoniaceae. Habitat/ País de origem: Argentina, Peru e Sul do Brasil. Origem: Exótica. Tipo: Árvore de grande porte. Altura média: Até 20 metros. Diâmetro médio: Até 15 metros. Perfil da copa: Arredondada e irregular. Tronco: Retorcido, de casca clara. Liso quando jovem, tornando-se áspero e escuro com o passar dos anos. Folha: Opostas, bipinadas, compostas por 25 a 30 pares de folíolos e medem 40 cm de comprimento e 10 cm de largura. Possuem cor verde-claro, concentrando-se na extremidade dos ramos. A folha cai na Primavera. Flor: Grandes, perfumadas, com 1,5 cm de largura e em forma de trompete. Possuem cor roxa ou azulada e ocorrem em inflorescências dispostas em panícula. Floração ocorre em Maio - Junho. Fruto: Cápsula lenhosa, achatada, ovóide, dura e com muitas sementes. Método de propagação: Por semente. Funções: Ornamental. Usada em praças, jardins, e parques. Usada também em alinhamentos de ruas e avenidas devido à cor exuberante das suas flores. Usada mais a Sul do país. Observações: Resistente à poluição urbana. Crescimento muito rápido. A Jacarandá mimoso prefere solos arenosos, férteis, com elevado teor de matéria orgânica e bem drenados. Não tolera o frio excessivo enquanto jovem, tornando-se resistente com o tempo. Suporta alguma seca mas não as secas extensas, a salinidade do solo e os ventos fortes. Suporta bem a falta de água, mas precisa de alguma humidade. Não precisa de podas ou manutenção. Prefere temperaturas amenas e locais ensolarados, mas tolera alguma sombra.
Liriodendron tulipifera Nome científico: Liriodendron tulipifera. Nome vulgar: Tulipeiro; Árvore-do-ponto. Família: Magnoliaceae. Habitat/ País de origem: América do Norte. Origem: Exótica. Tipo: Árvore de grande porte. Altura média: Até 60 metros. Diâmetro médio: Mais de 7 metros. Há exemplares que ultrapassam os 20 metros. Perfil da copa: Estreita e simétrica quando jovem. Ampla e com ramos interiores robustos nas espécies mais velhas. Tronco: De cor cinzenta, tornando-se castanho. Por vezes alaranjados nas plantas mais velhas. Folha: Alternas, simples, 4-lobadas, truncadas, verdes e brilhantes na página superior, e verde suave e cerosas na inferior. Lobos inferiores formam ângulos rectos, triangulares ou ovados e acuminados, e os lobos superiores são triangulares e estreitos. Folha verde clara na Primavera, verde-escura no Verão e dourada no Outono. Flor: Ocorrem na extremidade dos ramos, com pétalas verde-amareladas com uma mancha glauca. Na base possui uma banda alaranjada. Os seus estames são carnudos, erectos e branco-amarelados. Os carpelos formam uma massa central cónica de cor amarelada. Fruto: Conjunto de sâmaras oblongas. Infrutescência cónica, de tons avermelhados, com 5 a 8,5 cm, em que cada fruto encerra uma asa terminal. Método de propagação: Por semente. Funções: Aproveitamento da sua madeira (é dura). Ornamental. Usada em arruamentos, avenidas e jardins. Observações: Crescimento rápido. A Tulipeira prefere solos húmidos e bem drenados
Plantanus orientalis Nome científico: Plantanus orientalis. Nome vulgar: Plátano. Família: Platanaceae. Habitat/ País de origem: Ásia até à Península Balcânica. Origem: Exótica. Tipo: Árvore de grande porte. Altura média: Até 30 metros. Diâmetro médio: Até 25 metros. Perfil da copa: Ampla, densa e irregular. Tronco: Liso, castanho-claro com manchas amareladas, castanhas e arredondadas. Ramos inferiores pendentes, que podem tocar no solo. Folha: Simples, alternas, palmadas, 5 a 7 lobadas, lobos estreitos e denticulados (central maior que os restantes), seios profundos e agudos e verde-amareladas. Folha castanha a dourada no Outono. Flor: Inflorescências esféricas sobre extensos pedúnculos. As flores femininas são vermelho-escuras, com 6 a 8 cm e em número de 2 a 6. As flores masculinas são amareladas, com 5 a 7 cm e em número de 2 a 7. Floração dá-se entre Abril e Junho. Fruto: Aquénios coriáceos e redondos. Base rodeada por pêlos rígidos e esbranquiçados. Método de propagação: Por semente e estaca. Funções: Ornamental. Usada em arruamentos, jardins e parques. Utilizado como árvore de sombra. Folhas e casca usadas na medicina. Observações: Resistente a fumos. Crescimento rápido. Dá boa madeira, para mobiliário. O Plátano resiste à insolação, pois é uma árvore de sombra. Requer humidade durante a estação seca, podendo sobreviver em solos secos
Populus alba Nome científico: Populus alba. Nome vulgar: Choupo-branco; Faia-branca. Família: Salicaceae. Habitat/ País de origem: Europa Central e Ásia Ocidental. Origem: Flora Portuguesa. Tipo: Árvore de porte médio. Altura média: Até 30 metros. Diâmetro médio: Até 20 metros. Perfil da copa: Copa larga e assimétrica. Tronco: Liso, branco ou verde-acinzentado nas mais jovens. Fendido e escuro nas mais velhas. Ramos horizontais ou ligeiramente pendentes e retorcidos. Folha: Folhas dos ramos mais longos: ovadas, alternas, com 6 a 12 cm, 3 a 5 lobos muito dentados ou com 1 a 2 lóbulos de cada lado. Verde-escuras na página superior e brancotomentosas na página inferior. Folhas dos ramos mais curtos: mais pequenas e estreitas margens dentadas, cinzento-tomentosas na página inferior. Folhas amarelas brilhantes ou douradas no Outono. Flor: Flores em amentilhos de 4 a 8 cm. Flores femininas são verdes e as masculinas são cinzentas com estames carmesins. Floração dá-se em Março - Abril. Fruto: Cápsula lisa, cónica e bivalve. Método de propagação: Por semente e estaca. Funções: Ornamental. Usada em arruamentos, jardins e parques. Usada também como árvore de protecção das orlas costeiras. Observações: Resistente à poluição. Crescimento rápido. Não se deve plantá-la junto aos campos cultivados por causa dos rebentos de toiça. O Choupo-branco adapta-se a uma larga gama de solos. Planta de locais húmidos e costas arenosas. É a mais resistente à secura desta espécie. Tolerante aos ventos, à água salgada e à salsugem.
Prunus cerasifera var. pissardii Nome científico: Prunus cerasifera var. pissardii. Nome vulgar: Ameixoeira-de-jardim. Família: Rosaceae. Habitat/ País de origem: Península Balcânica e Crimeia. Origem: Exótica. Tipo: Árvore de pequeno porte. Altura média: Até 8 metros. Diâmetro médio: 4 metros. Perfil da copa: Densa, em forma de vaso Folha: Alternas, simples, ovadas a elípticas, margens serradas, glabras, de cor avermelhada e escuras. Flor: Solitárias, de cor branca ou rosa, com cerca de 2 cm de diâmetro. Floração em Março - Abril. Flores surgem geralmente um pouco antes das folhas. Fruto: Drupa globosa, glabra, avermelhada, com cerca de 2,5 cm de diâmetro. Sabor ácido. Método de propagação: Por semente e estaca. Funções: Ornamental. Usada em jardins, parques e arruamentos. Interesse: Fruto comestível. A Ameixoeira suporta solos calcários e/ou pobres. Resiste a uma vasta gama de ambientes, suportando temperaturas altas e baixas. Prefere locais ensolarados, tolerando alguma sombra. Prefere humidade, mas tolera alguma seca.
Prunus serrulata Nome científico: Prunus serrulata. Nome vulgar: Cerejeira. Família: Rosaceae. Habitat/ País de origem: Japão. Origem: Exótica. Tipo: Árvore de porte médio. Altura média: Até 10 metros. Diâmetro médio: 4 metros. Perfil da copa: Densa, em forma de vaso Tronco: Cilíndrico, delgado, simples, curto, dor cor negro-púpura. Folha: Alternas, ovadas, acuminadas, margens serradas e nervuras bem marcadas. Inicialmente são douradas, passando para a cor ver, e finalmente tornam-se avermelhadas no Outono. Flor: Simples ou dobradas. Ocorrem em grupos de 2 a 5 inflorescências dispostas em rácemo. Possuem cor branca ou rosa (pode ter vários tons de rosa). Floração ocorre em Março - Abril. Fruto: Drupa globosa a ovóide, casca brilhante, de cor vermelha a preta. Carnudo e doce. Método de propagação: Por semente e estaca. Funções: Ornamental, muito usada no paisagismo. Usada em jardins, parques e arruamentos. O melhor efeito que se obtém com esta árvore é colocando-a isoladamente, para ser destacada. Flores usadas para chã. Interesse: Fruto comestível. Observações: Não precisa de grande manutenção, nem requer podas. Crescimento moderado. A cerejeira prefere solos neutros, férteis, bem drenado e com bom teor de matéria orgânica. É uma planta de clima Temperado.
Quercus faginea Nome científico: Quercus faginea. Nome vulgar: Carvalho-cerquinho. Família: Fagaceae. Habitat/ País de origem: Península Ibérica, Sul da Europa e Norte de África. Origem: Flora Portuguesa. Tipo: Árvore de grande porte. Altura média: 25 metros. Diâmetro médio: 20 metros. Perfil da copa: Ampla, densa e arredondada ou ovada. Tronco: Direito, de cor acinzentada, com fissuras pouco profundas nas árvores mais velhas. Folha: Alternas, coriáceas, 6 a 12 nervuras, de cor verde lustroso, marcescentes, cuja folha cai mesmo antes da rebentação. As suas margens têm recortes dentados ou ovulados. Possuem pêlos acinzentados que desaparecem. Folhas marcescentes. Flor: Flores masculinas dispostas em amentilhos pendurados e pouco firmes. Flores femininas estão dentro de uma cápsula, são solitárias e têm 3 a 6 estiletes. Fruto: Bolotas cilíndricas, com uma cápsula envolvida por escamas tomentosas. Ocorrem no meio das folhas. Método de propagação: Por semente. Funções: Grande valor Ornamental. Madeira muito usada para construção, para produzir carvão e como combustível. Interesse: Folhas e frutos são comestíveis para os animais. Observações: Capaz de recuperar solos degradados e facilitar a infiltração da água da chuva. Dá-se bem em todos os tipos de solos, até mesmo os calcários. Tem preferência por climas quentes. É uma árvore de meia-luz.
Salix fragilis Nome científico: Salix fragilis. Nome vulgar: Salgueiro-frágil; Vimeiro. Família: Salicaceae. Habitat/ País de origem: Europa e Ásia. Origem: Flora portuguesa. Tipo: Árvore de porte médio. Altura média: Até 25-30 metros. Diâmetro médio: 20 metros. Perfil da copa: Ampla e cónica. Tronco: Cinzento-escuro e fissurado. Folha: Lanceoladas, compridas, assimétricas no vértice, acuminadas, muito serradas. Glabras e verde lustrosas na página superior, glaucas e verde ou verde-acinzentadas na página inferior. Flor: Amentilhos pendentes nas folhas, cilíndricos, densos. Flores femininas são verdes e têm 10 cm. Flores masculinas são amarelas e têm 2 a 5 cm. Floração dá-se em Maio. Método de propagação: Por semente. Observações: Espécie abundante nas proximidades de cursos de águas, aluviões de várzeas e reservas de água. Tem crescimento rápido. O Salgueiro-frágil prefere solos frescos, muito húmidos e ricos. Não suporta solos calcários. Tolera a exposição ao sol e elevadas temperaturas.
Ulmus minor Nome científico: Ulmus minor. Nome vulgar: Negrilho; Ulmeiro. Família: Ulmaceae. Habitat/ País de origem: Europa, Norte de África e Sudoeste da Ásia. Origem: Flora Portuguesa. Tipo: Árvore de grande porte. Altura média: Até 30 metros. Diâmetro médio: 15 metros. Perfil da copa: Estendida e pouco densa. Tronco: Liso e castanho-acinzentado nos exemplares jovens. Mais escuro, muito reticulado-fendido e espesso nos exemplares mais velhos. Ramos principais erectos. Folha: Obovadas, ovadas ou oblanceoladas, serradas, acuminadas, 7 a 12 pares de nervuras secundárias e verde-escuras. Inserção no pecíolo é diferente em cada lado da folha. Floração ocorre em Fevereiro - Março. Flor: Vermelhas, com estigmas brancos. Fruto: Sâmara com 7 a 18 mm. A sua semente situa-se na metade superior do fruto. Maturação dá-se em Abril. Método de propagação: Por semente e estaca. Funções: Usada principalmente em arruamentos (alinhamentos) e em estradas. Observações: Torna-se, por vezes, invasora junto aos campos cultivados. Situa-se em margens dos cursos de água e vales. Espécie das matas ribeirinhas. O Ulmeiro prefere solos húmidos, férteis e profundos. O pH não afecta o seu crescimento e desenvolvimento. Resiste à insolação e à exposição ao mar, e tolera alguma precipitação .
3.3. Árvores de folha persistente Brachychiton populneus
3.1. Árvores de folha caduca
Nome científico: Brachychiton populneus. Nome vulgar: Braquiquito. Família: Esterculiaceae. Habitat/ País de origem: Austrália. Origem: Exótica. Tipo: Árvore de porte médio. Altura média: Até 12-15 metros. Diâmetro médio: Até 15-20 metros. Perfil da copa: Simétrica. Forma piramidal quando jovem. Tronco: Maciço, robusto e de cor acinzentada. Folha: De cor verde-escura, ovadas, simples e pendentes. Folhas jovens são verdes pálidas. Flor: Pequenas flores brancas ou amareladas com pontuações avermelhadas no interior, muito abundantes e em forma de sino. Possui pontuações vermelhas no seu interior e tem 8mm de comprimento. A floração dá-se de Abril a Maio. Fruto: Vagem de cor preta, lenhoso, rodeado por pêlos finos e em forma de “canoa”. Método de propagação: Por semente. Funções: Ornamental. Usada em jardins e tapadas. Esta espécie não é domável, pelo que não é usada em arruamentos em Portugal. Na Austrália é usada em arruamentos. Observações: Resistente à poluição urbana. Fácil de propagar. O Braquiquito prefere solos com humidade mediana, pobres em húmus, com textura desagregada, profundos e bem drenados. Ocorrem também em formações rochosas de calcário e granito. É tolerante à seca.
Corynocarpus leavigata Nome científico: Corynocarpus leavigata. Nome vulgar: Corinocarpo. Família: Corynocarpaceae. Habitat/ País de origem: Nova Zelândia Origem: Exótica. Tipo: Árvore perene. Altura média: até 15 metros. Diâmetro médio: 6-8 metros Perfil da copa: Muito densa. Tronco: Troco muito consistente. Folha: Elípticas, com 5 a 7 cm de comprimento e recurvadas. Brilhantes e verde-escuras na página superior e verde pálido na página inferior. Flor: De cor verde ou creme, com 4 a 5 mm de diâmetro. Fruto: Drupa com 2,5-4 cm de comprimento, elipsóide e de cor laranja. Método de propagação: Por semente e estaca. Funções: Usada em jardins e parques. Interesse: Fruto comestível e sementes venenosas. O Corinocarpo necessita de exposição solar mas não directa, suportando medianamente o ensombramento (meia-sombra).
Eryobotrya japonica Nome científico: Eryobotrya japónica. Nome vulgar: Nespereira. Família: Rosaceae. Habitat/ País de origem: China e Japão. Origem: Exótica. Tipo: Pequena árvore. Altura média: Até 10 metros. Diâmetro médio: Até 8 metros. Perfil da copa: Arredondada. Tronco: Curto. Folha: Alternas, simples, persistentes. Verde-escuras na página superior, com tomento castanho-avermelhado na página inferior. Textura rígida, com cerca de 10 a 25 cm comprimento. Flor: Brancas com 5 pétalas e 2 cm de diâmetro. Crescem em cachos terminais. Floração em Setembro - Outubro. Fruto: Drupa oval e carnuda, de cor amarelo-alaranjado e com 2-3 cm carnudos. Amadurecem no final do inverno e inicio da primavera. A polpa é doce ou ácida dependendo da variedade e do estado de maturação do fruto. Funções: Não usar em locais de estacionamento e arruamentos. Interesse: Fruto comestível. Usado em geleias e conservas. Pardal come o fruto. A Nespereira não tolera solos alcalinos. Não suporta baixas temperaturas e não resiste às geadas. Tolera a insolação, sendo pouco resistente ao ensombramento
Ficus benjamina Nome científico: Ficus benjamina. Nome vulgar: Figueira-chorão. Família: Moraceae Habitat/ País de origem: Ásia e Austrália. Origem: Exótica. Tipo: Árvore. Altura média: Até 30 metros Diâmetro médio: 25 metros. Perfil da copa: Grande e densa. Ramos pendentes. Folha: Cor verde-escura a verde acinzentado, rígidas, de forma elíptica e com ondulações nas extremidades. Flor: Discretas e de cor branca. Fruto: Pequenos e vermelhos. Não é comestível. Método de propagação: Por sementes e estaca. Funções: Usada em jardins e parques. É inviável o seu uso em arruamentos. Interesse: A sua seiva é leitosa, resinosa e venenosa, podendo provocar irritações na pele e reacções alérgicas. Fruto é alimento de muitos pássaros. Observações: Fruto atrai pássaros. Possui raízes muito fortes e grandes. É árvore de arruamento na Argélia. A Figueira-chorão prefere solos férteis, com rico teor de matéria orgânica e irrigados periodicamente. É resistente a altas temperaturas e à seca. Não tolera encharcamento, mas necessita de solo húmido
Ficus macrophylla Nome científico: Ficus macrophylla. Nome vulgar: Figueira-australiana. Família: Moraceae. Habitat/ País de origem: Austrália. Origem: Exótica. Tipo: Árvore de médio a grande porte. Altura média: Até 35 metros. Diâmetro médio: 25 metros. Perfil da copa: Larga, arredondada e densa, com ramos grossos e largos. Tronco: Grosso, curto, de cor acinzentada e com ranhuras. Folha: Simples, alternas, persistentes, grandes, ovais a elípticas, de 12 a 20 cm de comprimento. Nervura central saliente, de cor verde escura na página superior e de cor mais pálida e ferruginosa na página inferior. Flor: Flores masculinas. Fruto: De 10 a 20 mm de diâmetro, com cor amarela, passando a roxo na maturação. Método de propagação: Por semente e estaca. Funções: Usada em jardins botânicos, parques e grandes propriedades. Demasiado grande para jardins urbanos ou suburbanos, podendo danificar os pavimentos. Não se deve plantar perto de edifícios ou construções devido ao seu grande desenvolvimento. Observações: O fruto não é comestível e o látex é tóxico. Possuem raízes aéreas que lenhificam e criam uma boa resistência e suporte à árvore. A Figueira-australiana adapta-se a uma grande variedade de solos, mas requer uma quantidade adequada de humidade. Tolera o frio quando jovem, mas é resistente a diversas condições. É uma árvore ornamental e de sombra.
Laurus nobilis Nome científico: Laurus nobilis. Nome vulgar: Loureiro. Família: Lauraceae. Habitat/ País de origem: Mediterrâneo. Origem: Flora portuguesa. Tipo: Pequena árvore. Altura média: Até 20 metros. Diâmetro médio: 4 metros. Perfil da copa: Ovada, densa e irregular. Tronco: Erecto, com casca lisa e acinzentada, com a idade torna-se rugoso. Folha: Agudas, em forma de elipse, com 3 a 9 cm de comprimento e extremidades onduladas. A página superior é verde escura e a inferior verde pálida. Flor: As flores femininas são brancas e as masculinas amareladas. A floração dá-se de Fevereiro a Maio. Fruto: Bagas, drupas ovóides, de cor verde e pretas na altura da maturação (Outubro Novembro). Perduram durante o inverno. O fruto não é comestível. Método de propagação: Por semente. Funções: Folha usada como condimento em pratos e para chãs. Planta ornamental. Interesse: Folhas e flores aromáticas quando esmagadas. Observações: Esta espécie é espontânea em Portugal. É resistente à poluição urbana. O Loureiro prefere solos leves, frescos, com baixo teor de humidade e textura desagregada. Não tolera baixas temperaturas e os ventos de Inverno.
Mangolia grandiflora Nome científico: Mangolia grandiflora. Nome vulgar: Magnólia-branca. Família: Magnoliaceae. Habitat/ País de origem: Sudeste dos Estados Unidos da América Origem: Exótica. Tipo: Grande árvore. Altura média: Até 30 metros. Diâmetro médio: Até 12 metros. Perfil da copa: Ampla, densa e cónica. Tronco: Recto e erecto. Folha: Elípticas, inteiras, por vezes onduladas na extremidade, grandes, com 12 a 20 cm de comprimento. De cor verde-escuro na página superior e acastanhadas na página inferior. Flor: De cor branca ou creme, grandes, até 25 cm de diâmetro, e ocorrem nas extremidades dos ramos. A floração dá-se de Julho a Novembro. Fruto: Faz lembrar uma pinha, ovado, com numerosos carpelos, de tom avermelhado e com sementes cor-de-laranja. Método de propagação: Por semente e estaca. Funções: Ornamental. Usada em arruamentos, jardins e parques. É uma árvore de enquadramento e de sombra. Interesse: Flores de odor agradável. Observações: Crescimento lento. Resistente à poluição urbana. A sua casca tem propriedades medicinais. A Magnólia-branca prefere solos húmidos, argilosos, ricos em húmus e com material desagregado. É uma planta muito resistente à seca.
Olea europaea var. europaea Nome científico: Olea europaea var. europaea Nome vulgar: Oliveira. Família: Oleaceae. Habitat/ País de origem: Mediterrâneo. Origem: Naturalizada. Tipo: Árvore de pequeno a médio porte. Altura média: Até 15 metros. Diâmetro médio: 5-6 metros. Perfil da copa: Larga e arredondada. Tronco: Retorcido, grosso, muito curto e com cavidades Folha: Opostas, lanceoladas a ovadas, inteiras. São verde-acinzentadas na página superior e mais claras e escamosas na página inferior. Flor: Numerosas, em panículas e de cor branca. A floração ocorre de Julho a Agosto. Fruto: Drupa suculenta, ovóide, de cor verde inicialmente, ficando preta na sua maturação. Podem ser também verde-acastanhadas, e excepcionalmente, brancas-marfim. Frutificação ocorre em Setembro Outubro. Frutificação inicia-se cerca de 5 anos após a plantação, podendo produzir frutos durante séculos. Método de propagação: Por semente. Funções: Usada em arruamentos, jardins e parques. Interesse: Fruto comestível. Extracção do azeite através do fruto. Este óleo era usado como combustível e ainda é usado na alimentação. Observações: Árvore que possui grande longevidade. Resistente à poluição urbana. A Oliveira prefere solos secos e rochosos. É resistente a transplantes. Está bem adaptada ao clima mediterrânico, dando se bem a temperaturas altas e a temperaturas relativamente baixas.
Philyrea latifolia Nome científico: Philyrea latifolia. Nome vulgar: Aderno. Família: Oleaceae. Habitat/ País de origem: Mediterrâneo e Ásia Ocidental. Origem: Exótica. Tipo: Pequena árvore. Altura média: Até 15 metros. Diâmetro médio: 8 metros. Perfil da copa: Densa e arredondada. Folha: Opostas, simples, elípticas, estreitas e compridas. Possui nervuras laterais de 7 a 11 pares, e tem cor verde-escuro e brilhante na página superior e verde-claro e pálido na página inferior. Flor: Hermafroditas, em inflorescências curtas, de cor amarela e corola branco-esverdeada. A floração dá-se de Junho. Fruto: Drupas globosas com 7 a 10 mm, de cor preto-azuladas quando maduras. Método de propagação: Por semente. Funções: Usada em jardins. Observações: Resistente à poluição urbana. A sua taxa de crescimento é lenta. Espontânea em Portugal. O Aderno prefere solos pobres em húmus, com humidade média, conseguindo suportar solos não muito drenados. Suporta a seca e a exposição marítima e é medianamente tolerante ao ensombramento (semi-sombra).
Quercus suber Nome científico: Quercus suber. Nome vulgar: Sobreiro. Família: Fagaceae. Habitat/ País de origem: Oeste do Mediterrâneo. Origem: Flora Portuguesa. Tipo: Árvore de porte médio. Altura média: Até 25 metros. Diâmetro médio: 20 metros. Perfil da copa: Ampla e pouco densa. Tronco: Com casca acinzentada, fissurada e espessa. Folha: Ovadas, alternas, simples e denticuladas. Possuem cor verde-escuro e são glabras na página superior, e cinzentas e tomentosas (com pêlos) na página inferior. Flor: Amentilhos verde-amarelados. Flores masculinas numerosas, no extremo dos ramos. Flores femininas situadas na parte superior dos ramos. A floração dá-se de Abril a Junho. Fruto: Bolotas verdes, ovais, que passam a castanho-avermelhadas na maturação. Possui uma cúpula com escamas curtas e triangulares. Maturação acontece de Setembro a Janeiro. Método de propagação: Por semente. Funções: Árvore a partir do qual se extrai a cortiça. Fruto usado como alimento para animais, como os porcos. Observações: Oferece boa protecção aos solos. Espécie espontânea em Portugal. O Sobreiro prefere solos com teor médio de húmus e humidade, com textura leve a média e pH ácido a neutro. Tolera a seca e precipitação baixa e suporta mal as geadas