EVOLUÇÃO E INNOVAÇÃO URBANA NOS BRASIS DURANTE O IMPERIO HISPÂNICO 1580 - 1640 HOYUELA JAYO, JOSÉ ANTONIO 1. TERYSOS do Brasil, Ltda Rua Sergipe, 472, Lj 3 - Belo Horizonte - Minas Gerais - CEP: 30130-170 antonio.hoyuela@gmail.com
RESUMO Depois das primeiras capitanias e do governo geral, o período da União das Coroas, que vai de 1580 a 1640, aportará uma nova dimensão cultural e urbana para o Brasil. As cidades capitais e as novas fundações vão se consolidar com a chegada das ordens religiosas: beneditinos, jesuítas, franciscanos e carmelitas que vão se instalar em São Paulo, Olinda, Rio de Janeiro, Santos, Vitoria e na própria Salvador, e em outras cidades e vilas de nova fundação. As cidades, vilas e povoações começam a trabalhar em rede, com uma legislação comum (as ordenações Filipinas), é liderando e estruturando a revolução da indústria do açúcar, do gado, e baleia, e da escravidão. A transformação agrícola vai fazer emergir os engenhos, as primeiras grandes fazendas de gado, é as primeiras armações e povoações de índios em torno das capitais, junto com as primeiras senzalas e povoações de escravos também. O tráfico escravo e indígena e suas relações com as ordens regulares, principalmente, mas também com os colonos, vão transformar a cultura da arte, da sociedade, e também das cidades e da arquitetura brasileiras. Assim surgem os primeiros quilombos, as senzalas, as igrejas dos pretos, as reduções é as missões como lugar de escape. Com os reis da Espanha, vão chegar aos Brasis os inimigos da Coroa, ingleses, franceses e holandeses. Os holandeses tentaram conquistar primeiro Salvador e depois Recife e com eles nasce um projeto refinado e culto para as Índias Ocidentais, a Nova Amsterdam. Por esse motivo o Brasil vai ser fortificado e integrado dentro do plano geral de defesa atlântica do império hispânico consolidando as estruturas de defesa das baias (fortes, torres defensivas, trincheiras, etc.), dos ancoradouros (baterias, etc.), e das cidades (muralhas, fortalezas, portas, etc.). Esses movimentos vão gerar uma extensão, além de Tordesilhas, dos territórios portugueses na América. Também vão gerar pegadas indeléveis nas formas urbanas e no território. Os conventos e mosteiros, os fortes, muralhas, fortificações, e as primeiras praças (comerciais, de justiça, ou pelourinhos, ou religiosas) e as construções civis (casas da moeda, casas dos governadores, câmaras, cadeias, etc.) vão permanecer no traçado urbano das cidades brasileiras até nossos dias criando um sistema patrimonial que oferece uma oportunidade e um desafio na sua gestão.
Palavras-chave: Urbanismo Colonial; Imperio Hispânico; Paisagem