Principais características de um empreendedor de sucesso

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FATEC GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS PROJETO DE RECURSOS HUMANOS I

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE UM EMPREENDEDOR DE SUCESSO

Ana Paula de Oliveira Barros Antonia Cacia Fontes da Conceição Luana Makiya Yamashiro Thiago Justino Estevão da Silva

São Paulo 2015


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SUMÁRIO

RESUMO............................................................................................................ 3 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 3 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................... 5 2.1 Empreendedorismo .................................................................................. 5 2.2 Empreendedorismo no mundo .................................................................. 6 2.3 Empreendedorismo no Brasil .................................................................... 9 3 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS EMPREENDEDORAS .......................... 11 4 LINHA DE PESQUISA: GERAÇÕES BABY BOOMER, X E Y .................... 17 4.1 Geração baby boomer ............................................................................ 18 4.2 Geração X............................................................................................... 19 4.3 Geração Y............................................................................................... 20 5 METODOLOGIA E COLETA DE DADOS .................................................... 22 5.1 Questionário ........................................................................................... 22 5.2 Perfil dos pesquisados ............................................................................ 25 5.3 Validação do questionário....................................................................... 26 6 RESULTADOS DA PESQUISA .................................................................... 27 6.1 Iniciativa .................................................................................................. 27 6.2 Persistência ............................................................................................ 28 6.3 Busca por oportunidades e coleta de informações ................................. 29 6.4 Orientação para qualidade e eficácia ..................................................... 30 6.5 Estabelecimento de metas...................................................................... 31 6.6 Planejamento e monitoramento .............................................................. 32 6.7 Resolução de problemas ........................................................................ 33 6.8 Autoconfiança ......................................................................................... 34 6.9 Influência ................................................................................................ 35 6.10 Adaptabilidade/Flexibilidade ................................................................. 36 6.11 Automotivação ...................................................................................... 37 6.12 Criatividade ........................................................................................... 38 6.1.1 Resultado com índice de total concordância .................................... 40 6.1.2 Resultados com índice de indiferença e discordância...................... 41 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 46 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 49


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RESUMO O presente estudo foi desenvolvido com a finalidade de identificar as principais características empreendedoras de uma amostra composta por três gerações distintas: baby bommer, X e Y, por meio da elaboração e aplicação de um instrumento específico de pesquisa. Para tal, foi aplicado um modelo de questionário composto por 32 proposições, tendo como parâmetro a escala likert de concordância, visando investigar e mensurar o perfil empreendedor dos respondentes com base na teoria de David McClelland e de demais autores pertinentes, bem como se fundamentando na relação de características relacionadas pelo Sebrae do Estado de Minas Gerais. O questionário elaborado, validado e aplicado em uma amostra de 60 entrevistados, sendo: 20 respondentes da geração baby boomer, 20 respondentes da geração X e 20 respondentes da geração Y revelou que a maioria dos respondentes possui um perfil altamente empreendedor e que o espírito empreendedor reside em todas as gerações, resultado do meio ou mesmo de uma vontade individual.

INTRODUÇÃO Um movimento de mudança cada vez mais acentuado vem sendo percebido como fenômeno na sociedade contemporânea. Em plena Era da Abundância as transformações, a evolução de conceitos e a aplicabilidade de novas tecnologias se dão de modo exponencial. As inovações e os progressos tecnológicos se relacionam diretamente com a inquietude, curiosidade, experimentação e com o inconformismo presente nos indivíduos. A incessante busca pelo desconhecido, pela conquista de novos paradigmas e a produção de novos conhecimentos projetam a sociedade em direção ao desenvolvimento e ao contínuo aprimoramento. “O estudo do comportamento do empreendedor é considerado hoje fonte de novas formas para a compreensão do ser humano em seu processo de criação de riquezas e de realização pessoal.” (DOLABELA, 2006, p. 62) Nesse sentido, a figura do empreendedor corresponde a um agente que atua ativamente no processo de construção criativa. A inovação é o seu


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instrumento específico, o meio pelo qual explora a mudança como uma grande oportunidade. A partir da década de 1950, se intensificaram os estudos acerca das características comportamentais dos indivíduos que determinam uma maior orientação para a realização empreendedora. Destaca-se o estudo publicado em 1961 pelo psicólogo da Universidade de Harvard David McClelland. Ele avaliou que além de habilidades técnicas, existem características individuais que podem ser determinantes no alcance do sucesso em contextos empresariais. Habilidades para solucionar problemas, ter idéias diferenciadas e praticá-las em uma cultura, incorporadas às condições de inovação e iniciativa, denotam no desenvolvimento de variadas habilidades cognitivas, essenciais ao desempenho das atividades empreendedoras. Com isso, a proposta do estudo foi de contribuir com a discussão sobre o desenvolvimento das características empreendedoras por meio da análise de dados coletados em uma pesquisa aplicada. A análise se deu a partir da identificação das principais características desejáveis para um empreendedor de sucessopor meio de um questionário aplicado em uma amostra formada por membros representativos da geração baby boomer, X e Y, visto que é de extrema importância identificar como cada geração se estabeleceu no processo de globalização e das transformações aceleradas no cenário contemporâneo. O interessepelo público-alvo do estudo (gerações baby boomer, X e Y) se deu a partir do estudo realizado pela consultoria Ernst & Young intitulado como “Evitando uma Geração Perdida”, focado na alta taxa de desemprego entre os jovens no mundo e na lenta recuperação das economias devido à crise

internacional.

A

pesquisa

foi

realizada

com

mais

de

1.500

empreendedores dos países do G20, sendo que 1000 tinham 40 anos ou menos. O estudo identificou que se não houver um esforço concreto entre governo, empresas e sociedade, toda geração de jovens trabalhadores pode ser prejudicada e que, como conclusão, não haverá empregos para todos, e a mentalidade empreendedora deve ser estimulada nos jovens desde cedo. Pensando em incrementar esse cenário, foi agregada à presente pesquisa mais uma geração: a baby boomer, por se tratar de um público ainda muito atuante no mercado de trabalho. Desse modo, o panorama foi ampliado


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e pode ser compreendido da seguinte forma: hoje, os boomers atuam no mercado em altas posições e estão em processo de aposentadoria, a geração X exerce, em geral, o papel de comando nas organizações e a geração Y está adentrando e se estabelecendo no mercado. A presente pesquisa qualifica-se como uma investigação detalhada de grande importância no âmbito pessoal e profissional, efetivando percepções de conceitos referentes à disciplina: Projeto de Recursos Humanos I, aprimorando o referencial teórico e pragmático de todos os integrantes do grupo.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Empreendedorismo Empreendedorismo é mais que uma palavra da moda, empreender é um estilo de vida, e para isso, muitas vezes, são necessárias algumas características pessoais e uma oportunidade,pois, para ser empreendedor não é exigido um curso superior, conhecimento técnico em um determinado assunto ou nada do gênero. Em uma economia capitalista e extremamente competitiva, geralmente, empreendedores mais preparados chegam mais longe. “O empreendedor é uma pessoa que destrói a ordem econômica existente introduzindo novos produtos e serviços, criando novas formas de organização e explorando novos materiais.” (SCHUMPETER apud SALIM, 2010, p. 7). Portanto, empreendedorismo é o envolvimento de indivíduos e processos

que,

em

conjunto,

transformam

ideias

em

oportunidades

(DORNELAS, 2005) e que as definições acerca do empreendedorismo abrangem os indicativos: “tomar iniciativa, organizar e reorganizar mecanismos sociais e econômicos a fim de transformar recursos e situações para proveito e aceitar o risco ou o fracasso”. (HISRICH, 2009, p. 29). O empreendedor tem características próprias, como: correr risco, planejar, querer crescer gostar de inovar e fazer o novo sempre, entre tantas outras, como cita o autor CHIAVENATO (2007). Para ele, o empreendedor é a essência da inovação no mundo, tornando obsoletas as antigas maneiras de se fazer negócios. “O empreendedor é alguém que percebe uma oportunidade e cria uma organização para persegui-la.” (BYGRAVE apud SALIM, 2010, p. 9),


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bem como é pertinente citar a visão do autor DORNELAS (2005, p. 17) acerca do tema: “O empreendedor é aquele que faz as coisas acontecerem, se antecipa aos fatos e tem uma visão futura da organização”. Muitas são as razões para empreender, entre elas a necessidade, vontade, desejo. Isso é algo que varia muito de empreendedor para empreendedor, mas o que é igual a todos os que fazem essa escolha é o amor pelo que fazem a vontade de prosperar. Ainda o mesmo autorexplica que existem três características básicas a todos os empreendedores, como: Necessidade de realização; Disposição para assumir risco e Autoconfiança. (CHIAVENATO, 2007). É uma ferramenta para a realização das pessoas. A

intimidade

com

fracassos

é

um

fator

muito

comum

em

empreendedores de sucesso. O fracasso faz parte, porém o empreendedor quer abrir um negócio não só pelo dinheiro, mas por um objetivo maior. O empreendedor é alguém que sonha e busca transformar o seu sonho em realidade. (DOLABELA, 2008). É algo mais sério, por isso o empreendedor é tão determinado decidido e persistente. Um empreendedor bem-sucedido é um ser realizado. O empreendedor revolucionário cria novos mercados, ou seja, cria algo único, inovador.

2.2 Empreendedorismo no mundo O termo empreendedor (entrepreneur), originário do idioma francês, significa aquele que assume riscos e começa algo novo. Na história, há demonstrações de empreendedorismo de extrema relevância, como: a construção das pirâmides do Egito, os jardins suspensos da Babilônia, o Farol deAlexandria, entre outras. O conceito de empreendedorismo foi atribuído a Marco Polo, que na tentativa de estipular uma rota comercial ao Oriente, assinou um contrato para vender as mercadorias de um rico contratante. O aventureiro empreendedor assumiu assim um papel ativo, correndo riscos físicos e psicológicos. (SALIM, 2010, p. 6). Na Idade Média, o conceito definia aquele que gerenciava grandes projetos de produção. O empreendedor não assumia grandes riscos, apenas gerenciava projetos, empregando os recursos provenientes do governo. (DORNELAS, 2010, p. 29).


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No século XVIII, o capitalista e o empreendedor foram diferenciados, devido ao início do processo de industrialização no mundo. Todavia, os primeiros sinais entre assumir riscos e empreendedorismo ocorreram no século XVII, em que o empreendedor instituía um acordo contratual com o governo para realizar algum serviço ou fornecer produtos. Richard Cantillon, escritor e economista da época e conceituado como um dos criadores do termo empreendedorismo, e foi um dos primeiros autores a diferenciar o empreendedor (aquele que assumia riscos) do capitalista (aquele que fornecia o capital). (DORNELAS, 2010, p. 30). Já no fim do século XIX e início de século XX, os empreendedores eram percebidos como gerentes ou administradores e eram observados de um ponto de vista econômico, como os organizadores da empresa a serviço do capitalista. Segundo o filósofo, economista e antropólogo Schumpeter a inovação causava o desequilíbrio dos sistemas econômicos, confiando no processo constante de retomada do equilíbrio e quebra causado pela inovação. O autor atribuía aos empreendedores a função de fomentar a inovação ao mercado e os definia como responsáveis por destruir a ordem econômica, provocando a necessidade de se gerar uma nova ordem. Assim, em sua ótica o empreendedorismo é manifestado por uma nova combinação de materiais e forças pré-existentes e que realiza inovações. (SALIM, 2010, p. 8-9). Com isso, o fenômeno do empreendedorismo se multiplica em todo o mundo, e está diretamente relacionado à realização pessoal e profissional dos indivíduos, bem como ao desenvolvimento econômico das nações. O papel do empreendedorismo no cenário atual tem conquistado maior incentivo da sociedade, governo e universidades, e passou a ser analisado com maior atenção por conta de sua relevância. Estudos

originados

em

países

desenvolvidos

sistematizaram

o

comportamento empreendedor por meio da construção de procedimentos visando disseminar o conhecimento, beneficiando os empreendedores. A perspectiva de sucesso aumenta com o foco estratégico na capacitação em gestão de projetos, gerando maior rentabilidade aos negócios, bem como a melhoria completa dos processos. “A percepção dessa realidade levou


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governos a apoiarem cada vez mais o empreendedorismo, pois ele tem sido o maior gerador de novos postos de trabalho, objetivo de indiscutível valor para a sociedade”. (SALIM, 2010, p. 21). Consequentemente,

o

conceito

de

inovação

é

incorporado

à

compreensão do empreendedor. A prática demanda que o indivíduo possua uma visão holística do macro e microambiente para que possa desenvolver algo novo (produto, serviço ou processo organizacional). Fez-se necessário avaliar o conjunto de indicadores que cada nação pratica para expandir o empreendedorismo, “em razão disso, foram criadas organizações para difundir o Empreendedorismo e transformá-lo em uma vantagem competitiva naquele país que adotasse a cultura.” (SALIM, 2010, p. 18). Ainda segundo o autor Salim (2010), organizações como o Global Enterpreneurship

Monitor

(GEM),

que

tem

como

objetivo

determinar

parâmetros de medição do grau de empreendedorismo de uma nação e de execução em diferentes países a cada ano, auxiliam na criação de séries evolutivas do Empreendedorismo no mundo. Essas entidades notaram a relevância em analisar a maneira como os empreendedores atuam em diferentes países, cada cultura, infraestrutura e legislação. O levantamento auxilia na compreensão do comportamento empreendedor e identifica as condições

que

favorecem

e

que

dificultam

o

desenvolvimento

do

Empreendedorismo. Ademais, a atividade dos empreendedores provoca grande impacto na economia. O papel do empreendedorismo no desenvolvimento econômico abrange o processo de iniciar e constituir mudanças na estrutura do negócio e da sociedade, bem como está diretamente relacionado ao aumento de produção, de crescimento e de renda. “O empreendedorismo ajudou a revitalizar áreas do centro das cidades. Os indivíduos dessas áreas podem relacionar-se com o conceito e vê-lo como uma possibilidade para mudar sua atual situação”. (HISRICH, 2009, p.36). Em suma, vivemos a Era do Empreendedorismo, apoiada por instituições educacionais, unidades governamentais, sociedade e corporações. A oferta de cursos de formação está aumentando no mundo em virtude do


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aumento de indivíduos interessadosem se tornar empreendedores. Muitos governos manifestam um maior interesse na propagação da cultura do empreendedorismo. A população éestimulada a criar novas empresas e adquirem apoio governamental, incentivosa fim de promover a atividade empresarial e o desenvolvimento tecnológico. Nesse sentido, a mídia detém um papel significativo e construtivo na disseminação da ação. Nota-se também outro fator de extrema importância: a mudança nos valores básicos sociais. (BARON, 2011) No passado, a segurança era um tema dominante para muitas pessoas: elas queriam um emprego garantido com aumentos

infalíveis

no

salário.

Atualmente,

as

pesquisas

revelam

queespecialmente os jovens preferem um estilo de vida independente, que ofereça a possibilidade de escolha em vez da certeza ou previsibilidade.

2.3 Empreendedorismo no Brasil A partir da segunda metade do século XX, o empreendedorismo passou a ser estudado nas universidades, e grupos de cientistas procuraram entender o comportamento e as motivações do empreendedor. O empreendedorismo se tornou objeto de pesquisa e diversos de seus aspectos passaram a ser analisados. (SALIM, 2010). Segundo DOLABELA (1999), no Brasil, o primeiro curso de que se tem notícia na área surgiu em 1981, na Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas, São Paulo, por iniciativa do professor Ronald Degen e

chamava-se

“Novos Negócios”.

Era uma

disciplina

do Curso

de

Especialização em Administração para Graduados (CEAG). Em 1984, o curso foi estendido para a graduação, sob o nome de “Criação de Novos Negócios”. O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae)é o órgão mais conhecido do pequeno empresário brasileiro, no qual ele busca todo apoio necessário para criação e desenvolvimento de suas pequenas empresas. A Sociedade Brasileira para Exportação de Software (Softex) também ajudou o tema empreendedorismo a ser divulgado no Brasil através de seus programas. Antes não existiam entidades que apoiassem quem buscava auxilio para desenvolver seus projetos, gerando um cenário onde praticamente não se falava em empreendedorismo e em criação de pequenas empresas.


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O histórico da entidade Softex pode ser confundido com o histórico do empreendedorismo no Brasil na década de 1990. A entidade foi criada com o intuito de levar as empresas de software do país ao mercado externo, por meio de várias ações que proporcionavam ao empresário de informática a capacitação em gestão e tecnologia(DORNELAS, 2005). A partir do ano de 2000, começou a ser feita uma pesquisa no Brasil, que é realizada anualmente pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM) na qual divulga o relatório das pesquisas realizadas em aproximadamente 40 países,

cujo

objetivo

dessa

pesquisa

é

analisar

como

a

atividade

empreendedora se constitui em diferentes partes do mundo, no relatório do GEM 2000, o Brasil ganhou destaque por ter o melhor número de habitantes que iniciavam um novo negócio. Segundo

DORNELAS

(2005)

esse

estudo

tem

sido

realizado

anualmente, do qual se originaram duas definições de empreendedorismo. A primeira seria o empreendedorismo de oportunidade, em que o empreendedor visionário sabe onde quer chegar, cria uma empresa com planejamento prévio, tem em mente o crescimento que quer buscar para a empresa e visa a geração de lucros, empregos e riqueza. Está totalmente ligado ao desenvolvimento econômico, com forte correlação entre os dois fatores. A segunda definição seria o empreendedorismo de necessidade, em que o candidato a empreendedor se aventura na jornada empreendedora mais por falta de opção, por estar desempregado e não ter alternativas de trabalho. O ideal seria que todo o empreendedorismo brasileiro fosse por oportunidade,porque

isso

significaria

que

todos

os

brasileiros

teriam

preparosuficiente para concorrer aos empregos disponíveis no mercado de trabalho e que estes existiriam em número suficiente para que houvesse menor nível de desemprego, e cada pessoa teria esperança de se empregar a maior parte do tempo.(SALIM, 2010). Para DORNELAS (2005) ainda faltam políticas públicas duradouras dirigidas à consolidação do empreendedorismo no país, como alternativa à falta de emprego, e visando a respaldar todo esse movimento proveniente da iniciativa privada e de entidades não governamentais, que estão fazendo a sua parte.


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O empreendedorismo deve conduzir ao desenvolvimento econômico, gerando e distribuindo riquezas e benefícios para a sociedade. Por estar constantemente diante do novo, o empreendedor evolui através de um processo interativo de tentativa e erro; avança em virtude das descobertas que faz, as quais podem se referir a uma infinidade de elementos, como novas oportunidades, novas formas de comercialização, vendas, tecnologia, gestão, etc. (DOLABELA, 1999).

3 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS EMPREENDEDORAS A definição do termo empreendedorismo se modifica de autor para autor e as características empreendedoras também são tratadas de variadas maneiras por cada um. As características dos empreendedores de sucesso expostas pelo autor DORNELAS (2001, p. 31-33) podem ser sintetizadas como: são visionários; sabem tomar decisões; são indivíduos que fazem a diferença; sabem explorar ao máximo as oportunidades; são determinados e dinâmicos; são dedicados; são otimistas e apaixonados pelo que fazem; são independentes e constroem o próprio destino; são líderes e formadores de equipes; são bem relacionados (networking); são organizados; planejam; possuem conhecimento; assumem riscos calculados; criam valor para a sociedade. Contudo, David McClelland psicólogo organizacional e um dos principais estudiosos sobre o tema do empreendedorismo, com sua obra The achieving society (1961), e sua equipe desenvolveram uma teoria para especificar as características empreendedoras, conhecida como a teoria das necessidades de McClelland. A teoria enfoca três necessidades: realização, poder e associação. O foco principal de McClelland é que para que ocorra o empreendimento é necessário existir um indivíduo realizador. As necessidades são definidas como: a) necessidade de realização: busca da excelência, de se realizar em relação a determinados padrões, de lutar pelo sucesso; b) necessidade de poder: necessidade de fazer as outras pessoas se comportarem de uma maneira que não o fariam naturalmente; c) necessidade de associação: desejo de relacionamentos interpessoais próximos e amigáveis. (ROBBINS, 2002, p. 158).


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Ainda segundo McClelland (apud MAXIMIANO, 2000, p. 313-314), as pessoas que possuem necessidade de realização: a) escolhem metas que são desafiadoras, porém viáveis; b) não se arriscam demasiadamente, preferindo as situações cujos resultados podem controlar; c) dão mais importância à realização da meta que às possíveis recompensas; d) precisam de feedback específico sobre seu desempenho; e) dedicam tempo a pensar sobre realizações de alto nível.

Quadro 1: Características empreendedoras de McClelland.

Características Definição Busca de oportunidade O empreendedor e iniciativa aproveita oportunidades fora do comum para começar um negócio novo, obter financiamentos, equipamentos, local de trabalho ou assistência. Persistência O sucesso nos negócios depende de 10 % de inspiração e 90 % de transpiração é o lema para o trabalho dos empreendedores. Comprometimento Assim como a persistência é a energia, o comprometimento é sacrifico e o esforço pessoal para que os objetivos sejam alcançados. Qualidade e eficiência Constantemente, o empreendedor busca maneiras de realizar tarefas com maior rapidez, menor custo e maior qualidade, experimentando soluções melhores para problemas que muitas pessoas, com menor necessidade de realização, consideram resolvidos.

Conjuntos

Conjunto de Realização


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Correr riscos calculados

O empreendedor analisa as alternativas; calcula e gerencia os riscos cuidadosamente. Conhece profundamente o ambiente do negócio e por isso pode antever problemas e sucessos.

Características Estabelecimento de metas objetivas

Definição As pessoas geralmente têm sonhos e alguns objetivos a curto prazo, na maioria das vezes, vagamente definidos. A tendência do empreendedor é definir os objetivos de longo prazo e estabelecer os de curto prazo que lhe possibilitem reunir as condições necessárias para a realização de seus projetos mais amplos. Com objetivos claros e definidos, a tendência do empreendedor é realizar uma cuidadosa busca das informações necessárias para fundamentar e possibilitar a elaboração de estratégias racionais, com boas chances de êxito. Sempre buscando informações e atualizando ativamente fontes de realimentação que lhe permitam avaliar criticamente as consequências das próprias ações, o empreendedor tem os elementos necessários para a formulação de estratégias que lhe possibilitem alcançar os resultados almejados.

Busca de informação

Planejamento e monitoramento sistemático

Conjuntos

Conjunto de Planejamento


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Características Persuasão e redes de contatos

Independência e autoconfiança

Definição Poder é a capacidade de conseguir que se façam as coisas como e quando se quer, de moldar mudanças no mundo e de conseguir cooperação e ação. Os empreendedores são otimistas e criativos e, desta forma, obtêm a confiança e o apoio das pessoas com as quais matem relações comerciais. Além de independentes, os empreendedores de sucesso são pessoas autoconfiantes, que aceitam correr riscos e assumem responsabilidade pessoal por sucesso ou fracasso. Atualmente, pesquisadores citam características diversas, e há uma série extensa de habilidades e atributos pessoais que podem ser desenvolvidos pelos empreendedores.

Conjuntos

Conjunto de Poder

Fonte: Andres et al (2008), adaptado de McClelland (1962).

A mesma temática foi abordada pelo autor CHIAVENATO (2007, p. 8-910), na passagem: a) necessidade de realização: as pessoas apresentam diferenças individuais quanto à necessidade de realização. Existem aquelas com pouca necessidade de realização e que se contentam com o status que conquistaram. Há também pessoas com alta necessidade de realização, quegostam decompetir com certo padrão de excelência e que preferem ser responsáveis por tarefas e objetivos que atribuíram a si. McClelland descobriu uma correlação positiva entre a necessidade de realização e a atividade empreendedora. Os empreendedores apresentam elevada necessidade de realização em relação às pessoas da população. A mesma característica foi


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encontrada em executivos que conquistaram sucesso nas organizações e corporações. O impulso para a realização reflete-se nas pessoas ambiciosas que iniciam novas empresas e orientam o seu crescimento; b) disposição para assumir riscos: o empreendedor assume variados riscos ao iniciar seu próprio negócio: riscos financeiros por meio de investimento do próprio dinheiro e do abandono de empregos e carreiras definidas; riscos familiares ao envolvê-la no negócio; riscos psicológicos pela possibilidade de fracassar. No entanto, McClelland identificou que as pessoas com alta necessidade de realização detêmpropensões moderadas para assumir riscos. Essas preferem situações arriscadas até o ponto em que podem exercer determinado controle pessoal sobre o resultado; c) autoconfiança: quem possui autoconfiança sente que pode enfrentar os desafios que existem ao seu redor e tem domínio sobre os problemas que enfrenta. As pesquisas mostram que os empreendedores de sucesso são pessoas independentes que enxergam os problemas inerentes a um novo negócio, mas acreditam em suas habilidades pessoais para superar esses problemas. O quadro desenvolvido pelos autores Lenzi, Kiesel e Zucco (2010) é fundamental para o esclarecimento acerca das principais características e competências dos empreendedores, sendo que seus elementos foram trabalhados sob a visão de diversos estudiosos e dispostos em ordem cronológica: Quadro 1 – Relação de ações e competências empreendedoras.

AUTOR Mill (1848) Weber (1917) Schumpeter (1928, 1934, 1942, 1949, 1967, 1982) Sutton (1954) Hartman (1959) McClelland (1961, 1971, 1973) Davids (1963) Pickle (1964)

PRINCIPAIS AÇÕES E COMPETÊNCIAS Tolerância ao risco. Origem da autoridade formal. Inovação, iniciativa, sonho, criatividade, energia, realização pessoal, poder, mudança. Busca de responsabilidade. Busca de autoridade formal. Tomada de risco, necessidade de realização, necessidade de afiliação. Ambição, desejo de independência, responsabilidade e autoconfiança. Relacionamento humano, habilidade de comunicação,


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conhecimento técnico. AUTOR Palmer (1971) Hornaday&Aboud (1971) Winter (1973)

PRINCIPAIS AÇÕES E COMPETÊNCIAS Avaliação de riscos. Necessidade de realização, autonomia, agressão, poder, reconhecimento, inovação, independência. Necessidade de poder.

Borland (1974) Liles (1974) Bruce (1976) Shapero (1977, 1980) Gasse (1977) Timmons (1978)

Controle interno. Necessidade de realização. Tomada de decisões e de riscos. Inovação, tomada de riscos, iniciativa, independência.

Cantillon (1978) Sexton (1980) Welsh& White (1981) Dunkelberg& Cooper (1982) Pinchot (1985, 1989, 2004) Drucker (1986, 2002) Filion (1988, 1991, 1993, 1999) Cooley (1990) Zahra (1991) Cunningham &Lischeron(1991) Farrel (1993) Cossete (1994) Miner (1998)

Orientação por valores pessoais. Autoconfiança, orientação por metas, tomada de riscos moderados, centralização de controle, criatividade, inovação. Inovação. Energia, ambição, revés positivo. Necessidade de controle, responsabilidade, autoconfiança, riscos moderados. Orientação ao crescimento, profissionalização e independência. Visão, execução, planejamento. Inovação, iniciativa. Visão, imaginação, oportunidade, objetivos. Dedicação pessoal, planejamento e metas, persuasão, independência, comprometimento, iniciativa. Renovação estratégica, novos negócios. Liderança, ação, tomada de riscos, inovação. Visão, valores pessoais. Visão, formulação de estratégias. Realização, rede de relacionamento, novas ideias, administração.

Sharma&Chrisman Criação, inovação. (1999) Dolabela (1999)

Inovação, criatividade, visão, planejamento, iniciativa,


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oportunidade.

AUTOR Fleury (2000,

PRINCIPAIS AÇÕES E COMPETÊNCIAS Ação, mobilização de recursos, entrega, engajamento,

2002)

responsabilidade, visão estratégica.

Klerk &Kruger

Inovação, criatividade, visão de futuro, condição de

(2003)

assumir tomada de riscos, determinação, valores, adaptabilidade, prontidão, firmeza, ambição, suficiência de capital.

Dornelas (2003)

Oportunidade, criação, iniciativa, inovação, gerenciamento de riscos, planejamento, persistência, relacionamentos.

Santos (2004)

Criatividade, inovação, novos negócios.

Seifert (2004, 2005)

Criatividade, inovação, novos negócios, renovação estratégica.

Dutra (2004)

Capacidade de inovação, comunicação, liderança, resolução de problemas, direcionamento estratégico, negociação, planejamento, relacionamentos, visão sistêmica, orientação para qualidade.

Fonte: (LENZI; KIESEL; ZUCCO, 2010, p. 7-9).

Desse modo, o quadro demonstra que a maior parte das características são de caráter comportamental e estão diretamente relacionadas à ação do empreendedor em sua atividade.

4 LINHA DE PESQUISA: GERAÇÕES BABY BOOMER, X E Y Atualmente, a observação do comportamento dos indivíduos representa um importante diferencial, por promoverem a diversidade na idealização e no processo de ações que beneficiam a produtividade e a rentabilidade dos empreendimentos. A motivação acerca da definição do público-alvo da presente pesquisa (gerações baby boomer, X e Y) se deu diante do estudo realizado pela consultoria Ernst & Young intitulado como “Evitando uma Geração Perdida”, que consiste em uma pesquisa com o foco na alta taxa de desemprego entre os jovens no mundo e a lenta recuperação das economias devido à crise internacional, realizada com mais de 1.500 empreendedores dos países do


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G20, sendo que 1000 tinham 40 anos ou menos. O estudo detectou que se não houver um esforço concreto entre governo, empresas e sociedade, toda geração de jovens trabalhadores pode ser prejudicada e que, como conclusão, não haverá empregos para todos, e a mentalidade empreendedora deve ser estimulada nos jovens desde cedo. Desse modo, é relevante identificar como cada geração se estabeleceu no processo de globalização e das transformações aceleradas no cenário contemporâneo. O presente estudo está para além de comparações, pois o processo é atrelado a circunstâncias e contextos diferentes (cada geração possui maneiras específicas de aplicar o empreendedorismo), mas em reconhecer as diferenças da diversidade de gerações, por meio da elaboração e mensuração dos resultados de um instrumento de pesquisa aplicada, favorecendo a gestão de pessoas no que se refere à identificação do comportamento empreendedor na contemporaneidade.

4.1 Geração baby boomer Esta geração emergiu após o período da Segunda Guerra Mundial, entre 1946 e 1964, por meio de um considerável aumento de nascimentos nos Estados Unidos e depois que a nação se tornou a maior potência militar e financeira mundial. Além disso, é a última geração da Era Industrial e a primeira da Era da Informação. Os baby boomers cresceram em um mundo com a expectativa de que suas necessidades físicas seriam finalmente atendidas. Seus pais, parte da geração da Grande Depressão e da Segunda Guerra Mundial, pensavam que trabalhando arduamente, seria possível garantir o suprimento da família (transmissão de sensação persistente de escassez aos filhos). Já os baby boomers acreditavam que seria viável ter o bastante para todos, e não somente aos poucos que trabalhassem em excesso; se tratava de uma mentalidade que enxergava abundância como algo comum à todos. Essa visão de mundo é compreendida como a base do idealismo dos anos 1960. Membros da Era da Geração “Eu”, romperam padrões lutando pela paz, marcharam contra o estabilishment a favor dos direitos iguais e um fim à Guerra do Vietnã, pensando em valores pessoais e principalmente na


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educação de seus filhos. Valorizavam a consciência social e a independência. No trabalho são focados, agem em consenso, adotam relações de amor e ódio com

os

superiores,

são

competitivos,

trabalham

intensamente,

são

considerados workaholics e rígidos na conformidade com regras. São individualistas, sua maior prioridade é o lazer, acreditam que sempre serão capazes de cuidarem de si (sentimentos de segurança econômica) e são obcecados em manter a juventude. (GREWAL; LEVY, 2012). Aliás, a busca dos baby boomers pela juventude proporciona um mercado em crescimento constante. Consomem produtos antienvelhecimentos e reestabeleceram negócios que variam de alimento a cosméticos e também buscam manter sua saúde mental à medida que envelhecem. Os boomers têm importantes desafios financeiros pela frente. Em 2018, terão entre 54 e 72 anos, sendo que essa faixa etária estará sujeita a um crescimento significativo entre 2008 e 2018. A participação na mão de obra da faixa etária de 55 anos ou mais deve aumentar, porque os indivíduos mais velhos estão levando vidas mais saudáveis do que no passado, o que oportuniza trabalhar por mais anos. (NOE, 2015). É provável que os empreendimentos contratem um número cada vez maior de colaboradores mais velhos. Esses indivíduos desejam trabalhar e muitos planejam uma aposentadoria atrelada ao trabalho. Mesmo próximos da aposentadoria, esses profissionais ainda são fundamentais dentro das organizações para transmitir o conhecimento e a experiência às demais gerações. 4.2 Geração X A geração X é composta por pessoas que nasceram entre 1965 e 1980, buscam equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, viu mudanças nas relações familiares, com mães saindo de casa para trabalhar e conquistando independência financeira, assistiu ao início da decadência de antigos padrões sociais e viveu a adolescência com a meta de crescer, arranjar um emprego e virar “classe média”, sempre na busca por seus direitos e a procura de liberdade. A geração X nasceu em um cenário marcado por revoluções políticas, perseguições, movimentos hippies e rebeliões estudantis, trazendo à tona


20

através do comportamento o sentimento de rebelião contra o que tivesse caráter padronizado e convencional (OLIVEIRA, 2010). Os integrantes dessa geração gostam de ter opção, gostam de trabalhar em equipe e é a primeira geração que domina os computadores, é um grupo muito independente e tem como uma de suas características não querer viver o mesmo tipo de vida que seus pais. Não gostam de hierarquia rigorosa por acreditar mais em mérito do que status, e preferem construir famílias mais tradicionais e passar mais tempo com seus filhos. Segundo JONES e GEORGE (2011) as organizações que não dão a devida importância aos integrantes da geração X correm o risco de perder talentos-chave. Essa geração não é enamorada pela vida corporativa, de modo que as empresas devem repensar sua abordagem para serem interessantes para os talentos que elas precisam não apenas atrair como reter. Para OLIVEIRA (2010), é uma geração mais cuidadosa em relação às suas escolhas e expor suas opiniões, sendo que apesar de não apresentar um compromisso com as autoridades, submetia-se pacificamente as regras estabelecidas. Costumam ser profissionais de alto nível motivados pelas perspectivas de carreira como forma de manutenção de seu poder socioeconômico, mas considerados como egoístas e hedonistas, onde o consumo prevalece sobre os valores familiares e sociais. (FOJA, 2009).

4.3 Geração Y Geração Y é a geração das pessoas que nasceram após os anos 1980, são as pessoas conhecidas também por serem a geração do milênio ou geração da internet, que surgiu exatamente por essa época. Assim, desde muito cedo, as pessoas nascidas na geração Y convivem com a tecnologia da informação e, sobretudo, com sua velocidade e seu constante aperfeiçoamento. (COSTA, 2005). As crianças da geração Y cresceram tendo o que muitos de seus pais não tiveram, como tv a cabo, videogames, computadores, vários tipos de jogos, e muito mais. Hoje esses jovens em sua maioria buscam concluir a segunda ou terceira graduação. Como cresceram em tempos prósperos da economia, os


21

integrantes da geração Y tendem a ser muito mais otimistas e propensos a arriscar e inovar. (COSTA, 2005). Outra característica é a constante mudança de emprego. Diferente de seus pais e avós, esses jovens não sonham e ter uma longa carreira em uma única organização, nem sentem presos ao emprego, mas sim a motivação de trabalhar e desenvolver algo novo desafiador. Conhecidos também pela falta de foco querem realizar várias tarefas ao mesmo tempo, como cita o autor: [...] os pais, não querendo repetir o abandono das gerações anteriores, encheram-nos de presentes, atenções e atividades, fomentando a autoestima de seus filhos. Eles cresceram vivendo em ação, estimulados por atividades, fazendo tarefas múltiplas. (FERREIRA, p. 11, 2009).

Até por isso é muito comum entre jovens dessa geração, o emprego de diversas habilidades. Desde muito cedo, os pais da geração Y, pertencentes às gerações de baby boomers e X, estimularam seus filhos matriculando-os nas melhores escolas, em cursos de línguas, em atividades extracurriculares de artes, canto ou instrumentos musicais e ainda em atividades esportivas como futebol, judô, dança ou tênis. Assim, os membros dessa geração foram acostumados a realizar uma grande diversidade de atividades no dia a dia. (COSTA, 2005). O novo contexto que essa geração traz à atualidade, de ruptura de laços e questionamentos, também evidencia que seus integrantes apresentam dificuldades em seguir normas e processos padronizados. Portanto, essa geração busca encontrar um ambiente mais flexível, tanto no que diz respeito a liberdade de pensamento, ao estimulo e valorização da inovação e da criatividade. (LAFUENTE, 2009, p. 74). As empresas buscam se adaptar, até mesmo para captar esses novos talentos que estão surgindo, que para manter a competitividade, adaptam o seu negócio ao seu público-alvo, e principalmente às necessidades de seus colaboradores para maximizar os resultados. O grande desafio para os gestores é motivar e não perder esses talentos para a concorrência. “A partir da compreensão do perfil destes jovens profissionais, as empresas poderão desenvolver políticas e práticas de gestão de pessoas que evitem a perda dos talentos para a concorrência. (COSTA, 2005).”


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5 METODOLOGIA E COLETA DE DADOS A metodologia utilizada para a realização da pesquisa alinhou-se aos seus objetivos e à fundamentação teórica desenvolvida, visto que a escolha está diretamente ligada à sua finalidade, e o pesquisador deve optar por instrumentos adequados a fim de determinar um resultado ao estudo. Primeiramente, foi desenvolvida uma pesquisa bibliográfica com base em material relevante sobre as temáticas, composto por livros e artigos científicos de autores pertinentes. Foram levantados os conceitos de empreendedorismo, empreendedorismo no mundo e no Brasil, assim como as principais

características

desejáveis

do

empreendedor

de

sucesso,

possibilitando uma visão mais abrangente sobre o assunto. O método estatístico também foi adotado, proporcionando análise e comparação das relações dos fenômenos entre si, obtendo generalizações sobre sua natureza, ocorrência ou significado. A abordagem quantitativa garante a precisão dos resultados, prevenindo o estudo de possíveis distorções de análise e interpretação, buscando identificar o comportamento de uma população por meio de uma amostra. É importante ressaltar que a análise atribuída aos resultados da presente pesquisa se deu pelo método quantitativo por meio da análise de gráficos, e a sua interpretação se caracterizou pelo método qualitativo. A tabulação dos dados foi efetuada por meio do procedimento estatístico de distribuição de frequência, em que se mensurou a frequência das assertivas. A análise dos dados foi praticada por meio de tabelas de excel atribuídas para cada geração.

5.1 Questionário O questionário consistiu em 32 proposições estruturadas no formato da escala likert com base em cinco parâmetros: a) CT – Concordo Totalmente; b) CP – Concordo Parcialmente; c) I – Indiferente; d) DP – Discordo Parcialmente e e) DT – Discordo Totalmente, com intuito de diagnosticar as principais características desejáveis de um empreendedor de sucesso em uma amostra de 60 entrevistados, sendo: a) amostra 1: 20 pessoas representantes da geração baby boomer;


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b) amostra 2: 20 pessoas representantes da geração X; e c) amostra 3: 20 pessoas representantes da geração Y. O autor Lima apud Gil (2002) define as formas de construção de uma escala de likert, no trecho: 1) elaboração de uma lista de frases que manifestem opiniões radicais, claramente positivas ou negativas, em relação à atitude do que se está estudando, tendo o cuidado de cobrir as diferentes vertentes que se relacionam com o assunto. 2) para validar a escala usa-se uma amostra em que se pretende aplicar a escala de atitude. Solicita-se aos sujeitos que manifestem o seu grau de concordância com cada uma das frases numa escala de 1,2,3,4 e 5 pontos. (LIMA apud GIL, 2002, p. 26)

E complementa relatando que na maioria dos levantamentos, não são pesquisados todos os integrantes de uma população. Procura-se selecionar, urna amostra significativa de todo o universo, designada como objeto de investigação. As conclusões obtidas com base nessa amostra são projetadas para a totalidade do universo, levando em consideração a margem de erro, que é obtida mediante cálculos estatísticos. (GIL, 2002). A elaboração do questionário visou traduzir os objetivos da pesquisa em itens de fácil compreensão, levando em conta as seguintes premissas levantadas pelo autor Gil: a) as questões devem ser preferencialmente fechadas, mas com alternativassuficientemente exaustivas para abrigar a ampla gama de respostaspossíveis; b) devem ser incluídas apenas as perguntas relacionadas ao problemaproposto; c) não devem ser incluídas perguntas cujas respostas possam ser obtidasde forma mais precisa por outros procedimentos; d) devem-se levar em conta as implicações da pergunta com os procedimentosde tabulação e análise dos dados; e) devem ser evitadas perguntas que penetrem na intimidade das pessoas; f) as perguntas devem ser formuladas de maneira clara, concreta e precisa; g) deve-se levar em consideração o sistema de referência do entrevistado, bem como seu nível de informação; h) a pergunta deve possibilitar uma única interpretação; i) a pergunta não deve sugerir respostas; j) as perguntas devem referir-se a uma única ideia de cada vez; 1) o número de perguntas deve ser limitado; m) o questionário deve ser iniciado com as perguntas mais simples e finalizadocom as mais complexas; n) as perguntas devem ser dispersadas sempre que houver possibilidade de"contágio"; o) convém evitar as perguntas que provoquem respostas defensivas, estereotipadasou socialmente indesejáveis, que acabam por encobrir suareal percepção acerca do fato;


24 p) na medida do possível, devem ser evitadas as perguntas personalizadas, diretas, que geralmente se iniciam por expressões do tipo "o que vocêpensa a respeito de...", "na sua opinião..." etc., as quais tendem a provocarrespostas de fuga; q) deve ser evitada a inclusão, nas perguntas, de palavras estereotipadas, bem como a menção a personalidades de destaque, que podem influenciaras respostas, tanto em sentido positivo quanto negativo; r) cuidados especiais devem ser tomados em relação à apresentação gráficado questionário, tendo em vista facilitar seu preenchimento; s) o questionário deve conter uma introdução que informe acerca da entidadepatrocinadora, das razões que determinaram a realização da pesquisae da importância das respostas para atingir seus objetivos; t) o questionário deve conter instruções acerca do correto preenchimentodas questões, preferencialmente com caracteres gráficos diferenciados. (GIL, 2002, p. 116-117)

As proposições que compõem o questionário foram elaboradas segundo as principais características empreendedoras levantadas por meio de pesquisa bibliográfica, tendo como foco principal o estudo elaborado pelo psicólogo organizacional David McClelland, assim como levantamentos de demais autores e também via consulta online do conteúdo elaborado pelo Sebrae de Minas Gerais, sendo: a) INICIATIVA: Antecipar a realização de tarefas sem solicitações prévias, demonstrar proatividade. Prever uma situação e agir antes de ela ocorra; b) PERSISTÊNCIA: Ser capaz de aprender com os fracassos e reformular estratégias para alcançar as metas. Não desistir dos objetivos; c) BUSCA POR OPORTUNIDADES E COLETA DE INFORMAÇÕES: Saber identificar e aproveitar as chances, bem como levantar informações e manter-se atualizado; d) ORIENTAÇÃO PARA QUALIDADE E EFICÁCIA: Buscar a excelência continuamente e encontrar alternativas para conquistar o atingimento dos objetivos; e) ESTABELECIMENTO

DE

METAS:

Definir

objetivos

focados

no

crescimento pessoal e profissional, encarando-os como um desafio; f) PLANEJAMENTO E MONITORAMENTO: Definir prazos para as tarefas e rever os planos conforme os resultados obtidos, antes de tomar decisões; g) RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS: Aceitar desafios e buscar soluções viáveis para a solução de problemas;


25

h) AUTOCONFIANÇA: Agir com autonomia e ser confiante ao concluir uma tarefa difícil ou enfrentar um desafio; i) INFLUÊNCIA: Utilizar estratégias para influenciar ou persuadir os demais. Agir para manter e desenvolver relações; j) ADAPTABILIDADE/FLEXIBILIDADE: Controlar os impulsos para ajustarse quando a situação demandar mudanças; k) AUTOMOTIVAÇÃO: Encontrar a realização pessoal no trabalho e seus resultados; l) CRIATIVIDADE: Idealizar algo novo, único e original. Ter a capacidade de pensar diferente. As afirmações foram dispostas de forma aleatória, não respeitando uma ordem em relação à sequência de características empreendedoras escolhidas, com o intuito de não tornar a pesquisa tendenciosa. O instrumento de pesquisa foi aplicado de forma tradicional, sendo que cada pesquisado respondeu às proposições de modo manual. É importante ressaltar que o instrumento referido foi aplicado a todos os respondentes no mesmo período, em outubro de 2015.

5.2 Perfil dos pesquisados À princípio, os dados apresentados retratam o perfil de todos os pesquisados. Portanto: a) 57% correspondem ao gênero feminino e 43% ao gênero masculino; b) 60% possuem Ensino Superior Completo, 32% o Ensino Médio e 07% Ensino Fundamental. As áreas de atuação são bem variadas, com destaque para: administrativa, comercial e educação. Ao analisar o perfil de cada geração constata-se que entre os baby boomers a maioria dos respondentes foram do sexo masculino, a maioria dos pesquisados da geração X foram do sexo feminino, assim como a geração Y também apresentou maior público pesquisado do gênero feminino.


26

5.3 Validação do questionário Com o estabelecimento da estrutura do questionário a ser aplicado, indicase a aplicação do pré-teste, com a finalidade de sua validação.

5.3.1 Pré-teste do questionário O pré-teste foi aplicado em indivíduos representantes de diversos segmentos do mercado, com instrução de ensino médio completo à ensino superior completo, cargos das áreas administrativa, saúde, educação, produção, comercial, entre outras, com o intuito de identificar o seu nível de entendimento e averiguar se o questionário proposto atenderia o público escolhido, representantes das gerações baby boomer, x e y. Não houveram dificuldades quanto à compreensão das proposições, assim como acerca do texto introdutório e campos a preencher, contudo notou-se resistência da parte de uma parcela dos respondentes em relação ao fato de revelar sua área de atuação, bem como quanto ao preenchimento do termo de autorização visto que muitos ressaltaram o fato de não querer incluir o número de seus documentos como rg e cpf.


27

6 RESULTADOS DA PESQUISA 6.1 Iniciativa Gráfico 1 – Iniciativa

Fonte: Autores

O indicador iniciativa demonstra 100% de concordância em relação às gerações baby boomer e Y, 95% de concordância e 5% de discordância da geração X quanto à proposição “Eu acredito que tenho talento em fazer as acontecerem.” Quanto ao quesito “Eu me considero uma pessoa proativa.”, as gerações baby boomer e X apresentaram 95% de concordância e 5% de discordância e 90% de concordância e 10% de discordância quanto aos respondentes da geração Y. Em suma, as três gerações apresentaram um elevado nível quanto à característica empreendedora iniciativa.


28

6.2 Persistência Gráfico 2 – Persistência

PERSISTÊNCIA 25

20 Eu mudo de estratégia para conseguir superar um obstáculo importante.

15

Eu não tenho paciência para refazer um trabalho. 10 Eu acredito que o fracasso é uma oportunidade de aprendizado e crescimento. 5

0 BABY BOOMERS

X

Y Fonte: Autores

O fator persistência denotou quanto à proposição “Eu mudo de estratégia para conseguir superar um obstáculo importante.” 100% de concordância dos baby boomers, 95% de concordância e 5% de discordância das gerações X e Y; todas as gerações apresentaram o resultado de 40% de concordância e 60% de discordância em relação ao item “Eu não tenho paciência para refazer um trabalho.”, 100% de concordância das gerações X e Y quanto à afirmação “Eu acredito que o fracasso é uma oportunidade de aprendizado e crescimento.” e 90% de concordância e 10% de discordância da geração baby boomer. Em geral, as gerações demonstraram alto índice quanto ao indicador empreendedor persistência, tendo como destaque a questão da falta de paciência em refazer um trabalho, que denotou uma maior de discordância por parte de todas as gerações, com o mesmo percentual, fator compreendido de modo positivo, pois há o interesse e a paciência em se realizar um trabalho tido como inadequado novamente.


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6.3 Busca por oportunidades e coleta de informações Gráfico 3 – Busca por oportunidades e coleta de informações

BUSCA POR OPOTUNIDADES E COLETA DE INFORMAÇÕES 25

20

15

Eu busco saber as mais recentes informações e novidades, procuro me manter sempre atualizado.

10

Quando tenho uma ideia, ajo rapidamente e não perco tempo buscando informações. Eu regularmente realizo pesquisas sobre assuntos variados.

5

0 BABY BOOMERS

X

Y Fonte: Autores

O gráfico exibe 100% de aceitação por parte de todas as gerações quanto ao tópico “Eu busco saber as mais recentes informações e novidades, procuro me manter sempre atualizado.”, a proposição “Quanto tenho uma ideia, ajo rapidamente e não perco tempo buscando informação” resultou em 50% de concordância e 50% de discordância das gerações baby boomer e X e 55% de concordância e 45% de discordância da geração Y, o tema “Eu regularmente realizo pesquisas sobre assuntos variados” houve 80% de concordância e 20% de discordância dos baby boomers e 85% de concordância e 15% de discordância das gerações X e Y. Em síntese, todas as gerações buscam por informações procurando manter-se atualizados, bem como realizam pesquisas periodicamente, porém não houve um resultado claro quanto ao fato de agir com agilidade ao ter uma ideia não buscando maiores informações, pois o nível de respostas manteve-se intermediário.


30

6.4 Orientação para qualidade e eficácia Gráfico 4 – Orientação para qualidade e eficácia

ORIENTAÇÃO PARA QUALIDADE E EFICÁCIA 25

20 Eu fico aborrecido quando as coisas não são bem-feitas. 15 Meu resultado é sempre melhor do que o de outras pessoas. 10 Mesmo meu trabalho estando satisfatório, invisto mais tempo tentando melhorá-lo.

5

0 BABY BOOMERS

X

Y Fonte: Autores

Quanto à questão “Eu fico aborrecido quando as coisas não são bemfeitas.” houve 85% de concordância e 15% de discordância da geração baby boomer, 95% de aceitação e 5% de desacordo da geração X e 80% de concordância e 20% de discordância da geração Y, o item “Meu resultado é sempre melhor do que o de outras pessoas.” derivou em 20% de concordância, 30% indiferente e 50% de discordância dos baby boomers, 45% de aceitação e 55% de desacordo da geração X e 35% de concordância, 30% indiferente e 35% de discordância da geração Y. A afirmação “Mesmo meu trabalho estando satisfatório, invisto mais tempo tentando melhorá-lo.” apontou 100% de aceitação da geração baby boomer e 95% de concordância e 5% de discordância da geração X e Y. Em resumo, os índices relativos à orientação para qualidade e eficácia foram considerados adequados quanto aos fatores relativos à excelência no trabalho e perfeccionismo, e demonstrou notáveis divergências em todas as gerações acerca do resultado individual ser considerado como melhor que o resultado dos demais.


31

6.5 Estabelecimento de metas Gráfico 5 – Estabelecimento de metas

Fonte: Autores

Os valores mensurados quanto ao quesito “Eu procuro sempre finalizar minhas tarefas no prazo determinado.” resultaram em 100% de aceitação aos baby boomers e Y, e 95% de concordância e 5% de discordância aos membros da geração X. O item “Estabeleço metas e objetivos para realizar meu plano de vida” significou 95% de concordância e 5% de discordância para todas as gerações pesquisadas. O indicador “Eu faço as coisas sempre com um resultado específico em mente.” apresentou 100% de aprovação para os baby boomers, 90% de aceitação e 10% de desacordo para a geração X e 95% de concordância e 5% de discordância para a geração Y. Desse modo, compreende-se que todas as gerações apresentaram um elevado grau de empreendedorismo em relação à característica de estabelecimento de metas.


32

6.6 Planejamento e monitoramento Gráfico 6 – Planejamento e monitoramento

Fonte: Autores

A proposição “Eu sinto dificuldade em iniciar alguma tarefa, a não ser que os objetivos e metas estejam claros.” foram de 80% de aceitação e 40% de desacordo às gerações baby boomer e X enquanto que para a geração Y denotou em 60% de concordância e 40% de discordância. O índice “Antes de iniciar um novo trabalho, antecipo todos os problemas que podem acontecer.” constituiu em 95% de concordância e 5% de discordância para os baby boomers, 75% de aceitação e 25% de desacordo para a geração X e 85% de concordância e 15% de discordância para a geração Y. O fator “Eu tenho bom controle das minhas finanças.” apresentou 90% de concordância e 10% de discordância da geração baby boomer e 85% de aceitação e 15% de discrepância da geração X e Y. Assim, os itens relacionados à antecipação de problemas e controle das finanças resultaram em um índice empreendedor adequado, manteve-se satisfatório em relação ao fato da importância dos objetivos bem estabelecidos ao iniciar uma atividade, havendo certa discrepância da geração Y em relação aos demais indicadores.


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6.7 Resolução de problemas Gráfico 7 – Resolução de problemas

Fonte: Autores

O fator “Eu sou conhecido como alguém que resolve problemas de forma original.” compreendeu em 95% de concordância e 5% de discordância do público baby boomer, 60% de aceitação e 40% de indiferença da geração X e 75% de concordância e 25% de discordância da geração Y. A afirmação “Diante da dificuldade de realizar uma tarefa, eu prefiro não insistir e passar para a próxima.” resultou em 65% de concordância e 35% de discordância dos baby boomers, 60% de aceitação e 40% de discrepância da geração X e 50% de concordância e 50% de discordância da geração Y. Em suma, a resolução de problemas de forma original denotou um resultado satisfatório como parte da

característica

empreendedora

quanto

à

geração

baby boomer

e

relativamente boa para X e Y, e houve uma considerável concordância quanto ao fato de não insistir diante de uma dificuldade na tarefa trabalhada por parte das gerações baby boomer e X enquanto os resultados da Y não se mostraram relevantes por permanecerem no meio termo.


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6.8 Autoconfiança Gráfico 8 – Autoconfiança

AUTOCONFIANÇA 20 18 16 Confio que terei sucesso em qualquer tipo de atividade que me disponha a fazer.

14 12

8

Não me sinto muito seguro ao tomar decisões ou ao expor minhas ideias.

6

Eu só me arrisco quando tenho certeza.

10

4 2 0 BABY BOOMERS

X

Y Fonte: Autores

O quesito da autoconfiança engloba os seguintes resultados: “Confio que terei sucesso em qualquer tipo de atividade que me disponha a fazer.”: 85% de concordância e 15% de discordância das gerações baby boomer e X, e 95% de aceitação e 5% de rejeição para a geração Y; “Não me sinto muito seguro ao tomar decisões ou ao expor minhas ideias.”: 85% de concordância e 15% de discordância dos baby boomers e 55% de aceitação e 45% de rejeição das gerações X e Y; “Eu só me arrisco quando tenho certeza.”: 90% de concordância e 10% de discordância da geração baby boomer, 75% de aceitação e 25% de rejeição da geração X e 65% de concordância e 35% de discordância da geração Y. Com isso, a autoconfiança se mostrou elevada para todas as gerações quanto ao fato da certeza de sucesso em suas atividades, as gerações X e Y se mostraram mais seguras na tomada de decisão e exposição de ideias do que os baby boomers e a geração Y é a que mais se arrisca, seguida da X e os baby boomers necessitam mais da certeza para se arriscar.


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6.9 Influência Gráfico 9 – Influência

Fonte: Autores

O elemento influência manifesta no ponto “Eu tenho uma atitude de influenciar as pessoas sem pressioná-las.” 95% de concordância e 5% de discordância dos baby boomers, 85% de aceitação e 15% de rejeição da geração X e 80% de concordância e 20% de discrepância da geração Y, em “Eu conto com a ajuda de pessoas influentes para alcançar minhas metas.” houve 45% de concordância, 20% de indiferença e 35% de discordância para os baby boomers, para a geração X o índice foi de 15% concordaram, 30% se mostraram indiferentes e 55% discordaram, e 35% de aceitação, 30% de indiferença e 35% de desacordo para a geração Y. Quanto à afirmação “Eu fico aborrecido quando não consigo fazer o que quero.” a geração baby boomer apresentou 60% de confirmação e 40% de oposição, enquanto as gerações X e Y demonstraram 90% de aprovação e 10% de desaprovação. Então, as gerações denotaram um bom nível de influência ao adotar uma postura persuasiva sem pressionar os demais, as gerações X e Y manifestaram maior aborrecimento ao não conseguir conquistar o que querem e houve uma discrepância significativa em relação à ajuda de pessoas influentes, sendo que os baby boomers contam com maior apoio em relação à geração X que


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manifestou maior rejeição ao fato, houve também o mesmo percentual de indiferença nas gerações X e Y.

6.10 Adaptabilidade/Flexibilidade Gráfico 10 – Adaptabilidade/Flexibilidade

Fonte: Autores

No fator “Eu tenho facilidade para me adaptar às novas situações.” houve 90% de aprovação e 10% de rejeição para as gerações baby boomer e X, e 100% de aceitação para a geração Y. A proposição “Eu consigo trabalhar bem com vários tipos de pessoas.” resultou em 100% de concordância dos baby boomers, 60% de aceitação e 40% de desaprovação da geração X e 90% de concordância e 10% de discordância da geração Y. Dessa forma, o contexto referente à característica empreendedora de adaptabilidade e flexibilidade exibiu um cenário de elevada adaptabilidade a novas situações em relação a todas as gerações pesquisadas e maior concordância das gerações baby boomer e Y do que a X em relação à facilidade em trabalhar bem com diferentes tipos de indivíduos.


37

6.11 Automotivação Gráfico 11 – Automotivação

Fonte: Autores

A automotivação foi abordada por meio das seguintes afirmações: “Eu tenho senso de humor e procuro sempre estar animado no meu dia-a-dia.” que manifestou 100% de aprovação para as gerações baby boomer e X, e 95% de concordância e 5% de discordância para a geração Y; “Eu procuro realizar minhas tarefas com energia.” apresentou 100% de satisfação para todas as gerações. Conclui-se que a automotivação é um ponto muito relevante a todas as gerações, com altos índices de aceitação, que denota um alto grau de intraempreendedorismo.


38

6.12 Criatividade Gráfico 12 – Criatividade

Fonte: Autores

O tema criatividade foi constituído pelas afirmações: “Ter ideias é algo natural para mim.” que apresentou 95% de concordância e 5% de discordância para as gerações baby boomer e X, e 100% de aceitação para a geração Y; “Eu tenho a tendência de evitar o óbvio, costumo apresentar algo inesperado.” resultou em 90% de concordância e 10% de discordância aos baby boomers e 60% de aprovação e 40% de desaprovação das gerações X e Y; “Eu gosto de atividades que exercitem minha imaginação.” Apontou que 100% da geração baby boomer concordaram, enquanto 95% concordaram e 5% discordaram das gerações X e Y. A característica empreendedora da criatividade denotou, em geral, bons resultados em relação aos pesquisados, sendo que os baby boomers possuem maior tendência que as gerações X e Y para apresentar ideias inusitadas.


39

6.1.1 Resultado com índice de total concordância a) Automotivação: Eu procuro realizar minhas tarefas com energia Gráfico 13 – Automotivação: Eu procuro realizar minhas tarefas com energia

Fonte: Autores

Conclui-se que todas as gerações demonstraram um elevado nível de motivação intrínseca ao procurar realizar suas atividades com energia, fator de alta relevância acerca do espírito empreendedor, visto que é preciso cultivar energia e entusiasmo para se dedicar a novas realizações. A automotivação está diretamente relacionada com desafios e atividades em que acredita. Desse modo o empreendedor detém um grande entusiasmo por suas ideias, projetos e conquistas.


40

6.1.2 Resultados com índice de indiferença e discordância a) Orientação para qualidade e eficácia: Meu resultado é sempre melhor do que o de outras pessoas Gráfico 14 – Orientação para qualidade e eficácia: Meu resultado é sempre melhor do que o de outras pessoas

Fonte: Autores

A geração Y apresentou o maior índice de indiferença, sendo que sete pesquisados

concordaram,

sete

se

mostraram

indiferentes

e

cinco

discordaram, já os baby boomers expressaram quatro concordâncias, seis indiferenças e dez discordâncias, a geração X não apresentou nenhum índice de indiferença quanto ao quesito. A subjetividade implícita em cada resposta individual torna a mensuração do quesito de indiferença indefinido. Em suma, esse seria um ponto importante a ser mais bem investigado.


41

b) Resolução de problemas: Eu sou conhecido como alguém que resolve problemas de forma original Gráfico 15 – Resolução de problemas: Eu sou conhecido como alguém que resolve problemas de forma original.

Fonte: Autores

O quesito que envolve a resolução de problemas de forma original resultou em: 19 respondentes da geração baby boomer concordaram e apenas um não concordou, 14 pesquisados da geração X concordaram sendo que quatro se mostraram indiferentes ao assunto, e 15 membros da geração Y concordaram enquanto cinco não.


42

c) Influência: Eu conto com a ajuda de pessoas influentes para alcança minhas metas Gráfico 16 – Influência: Eu conto com a ajuda de pessoas influentes para alcançar minhas metas

Fonte: Autores

O presente fator aponta que de uma amostra de 10 pesquisados, nove baby boomers concordaram, quatro se mostraram indiferentes e sete discordaram; a geração X apresentou três concordâncias, seis indiferenças e 11 discordâncias, enquanto que a geração Y revelou sete aceitações, seis indiferenças e sete desacordos. Assim como o quesito anterior, a presente questão envolve a realidade peculiar de cada indivíduo pesquisado, seria interessante compreender melhor o fato do auxílio de pessoas influentes ser irrelevante na vida de certo grupo de pesquisados.


43

d)

Persistência: Eu não tenho paciência para refazer um trabalho Gráfico 17 – Persistência: Eu não tenho paciência para refazer um trabalho

Fonte: Autores

O fator que engloba a questão de não se cultivar a paciência para refazer um trabalho indicou o mesmo índice de discordância para todas as gerações pesquisadas, sendo: oito concordâncias e 12 discordâncias.


44

e) Busca por oportunidades e coleta de informações: Quando tenho uma ideia, ajo rapidamente e não perco tempo buscando informações Gráfico 18 – Busca por oportunidades e coleta de informações: Quando tenho uma ideia, ajo rapidamente e não perco tempo buscando informações

Fonte: Autores

Quanto ao item que envolve o agir rapidamente quando se tem uma ideia sem buscar maiores informações apontou que 10 respondentes da geração baby boomer, assim como da geração X concordaram e 10 discordaram, ocasionam um empate técnico. Já a geração Y manifestou 11 concordâncias e nove discordâncias, uma pontuação muito próxima dos demais grupos pesquisados. O índice não é de fato mensurável, por conta da falta de objetividade dos dados levantados, mantendo a situação mediana, não revelando uma preferência.


45

f) Resolução de problemas: Diante da dificuldade de realizar uma tarefa, eu prefiro não insistir e passar para a próxima Gráfico 19 – Resolução de problemas: Diante da dificuldade de realizar uma tarefa, eu prefiro não insistir e passar para a próxima

Fonte: Autores

O indicativo referente à falta de insistência diante de uma dificuldade para se realizar uma tarefa evidenciou que 13 baby boomers concordaram e sete discordaram com a afirmação, 14 pesquisados da geração X concordaram e seis discordaram e, a geração Y se manteve em uma média não mensurável apresentando

10

concordâncias

e

10

discordâncias.


46

CONSIDERAÇÕES FINAIS No cenário contemporâneo, o empreendedorismo é compreendido como um notável fenômeno global, por conta de sua expressão, difusão e crescimento. A crescente busca por destaque no mercado está cada vez mais voltada à competitividade, e os indivíduos nesse contexto, necessitam demonstrar

um

perfil

empreendedor,

simbolizado

como

diferencial,

impulsionando a mudança e a melhoria contínua, assim como precisam desenvolver a capacidade de inovar constantemente, apresentando ideias que revolucionem o modo de administrar as decisões visando o sucesso. Esses preceitos são fundamentais em um mundo em que os produtos finais equiparam-se, vantagens suplementares se tornam diferenciais competitivos de extrema relevância e a imaginação criadora tende a ser cada vez mais valorizada.

Desse

modo,

as

características

que

compõem

o

perfil

empreendedor denotam notório espaço no ambiente competitivo como um diferencial de conquista profissional e de resultados empresariais. O empreendedor é um trabalhador incansável, tem consciência da qualidade que deve atribuir às suas tarefas, tendo em vista os resultados. A mente do empreendedor é proativa: determina o que deseja realizar, estabelece objetivos e metas que almeja alcançar e busca os conhecimentos e recursos para essa conquista, com muita energia. Assim sendo, a presente pesquisa se propôs a identificar e mensurar a capacidade empreendedora dos indivíduos de diferentes gerações por meio de uma pesquisa aplicada. O instrumento de pesquisa estabelecido foi um questionário composto por 32 proposições estruturadas com base na escala likert com cinco parâmetros: a) CT – Concordo Totalmente; b) CP – Concordo Parcialmente; c) I – Indiferente; d) DP – Discordo Parcialmente e e) DT – Discordo Totalmente, em uma amostra de 60 entrevistados, sendo: a) amostra 1: 20 pessoas representantes da geração baby boomer; b) amostra 2: 20 pessoas representantes da geração X; e c) amostra 3: 20 pessoas representantes da geração Y. A primeira constatação, trazida pela aplicação do instrumento elaborado é que, com base nas características empreendedoras relacionadas por


47

McClelland, demais autores e pelo Sebrae do Estado de Minas Gerais é possível considerar que os participantes são altamente empreendedores. O questionário elaborado e validado, utilizado nesse estudo, revelou que a maioria dos respondentes possui um perfil altamente empreendedor, sendo que os baby boomers possuem características empreendedoras e acreditam que é necessário contar com pessoas influentes para alcançar suas metas. Quando questionados se o desempenho deles era melhor que de outros ficaram divididos, assim como quando questionados se ao surgir uma ideia agem prontamente, não perdendo tempo buscando informações. A maioria também não se sente segura ao tomar decisões ou expor ideias. Essa geração notoriamente mostra-se mais cautelosa. A geração X também possui características empreendedoras, mas não acreditam tanto na necessidade de contar com pessoas influentes para alcançar suas metas, mostram-se mais indiferentes quanto a esse quesito. A maioria não acredita que seus resultados são melhores do que de outros e quando possuem uma ideia, não agem prontamente, preferem ir à busca de informações. Já a geração Y acredita de certa forma, na necessidade de encontrar pessoas influentes para alcançar seus objetivos, também costuma agir rapidamente quando surge alguma ideia e se arriscam mais sem depender tanto do grau da certeza. Quanto às dificuldades diante de uma tarefa, não souberam dizer se insistem ou se deixam para depois. E diferente das outras gerações, pensam sim, que o resultado deles é melhor do que de outros. Possuem mais dificuldades ao iniciar uma tarefa quando os objetivos e metas não estão claros. De forma geral, as três gerações apresentam relevante índice de características empreendedoras, não sendo possível afirmar que uma apresenta-se melhor do que outra por conta da proximidade dos resultados. São apenas nuances e características diferentes nos aspectos de iniciativa, persistência,

confiança,

entre

outros

citados.

Um

aspecto

acaba

contrabalanceando outro, fazendo com que todas as características sejam equilibradas.


48

Em suma, o presente estudo revelou que o espírito empreendedor reside em todas as gerações, resultado do meio ou mesmo de uma vontade individual. Desse modo, a presente pesquisa revelou dados em dissonância com relação aos resultados acerca do estudo realizado pela consultoria Ernst & Young intitulado como “Evitando uma Geração Perdida”, realizada com mais de 1.500 empreendedores dos países do G20, sendo que a grande maioria do público tinha 40 anos ou menos, essa faixa etária denota as gerações X e Y. O comportamento dessas gerações foi altamente positivo para com o rol de características empreendedoras, destoando do estabelecimento da limitação de ser parte de uma possível “geração perdida”, visto que a geração Y compreende e vivencia o poder da tecnologia e suas oportunidades, o seu espírito empreendedor e entusiasmo, indicam um cenário bastante positivo para a próxima geração de líderes, enquanto que a geração X prospecta trabalhar com maior autonomia e telecommuting, e está mais disposta a trabalhar com flexibilidade e criatividade do que apenas em troca de remuneração. É um público que aprecia o aprendizado contínuo. O espírito intraempreendedor é uma característica muito marcante em todas as gerações, com destaque aos baby boomers. Além disso, o ideal é que os conceitos que englobam o empreendedorismo sejam disseminados socialmente desde o início, incorporando na Educação fundamental de crianças, visando à formação integral dos indivíduos bem como uma preparação para um ambiente altamente competitivo.


49

REFERÊNCIAS ANDRES, Rafael et al. Uma discussão da personalidade e a criação de um instrumento quantitativo: Um estudo frente ao perfil empreendedor. In: Associação Nacional dos Cursos de Graduação em Administração - Enangrad. XIX, Curitiba, 2008.

BARON, Robert A. Empreendedorismo: uma visão do processo. São Paulo: Cenage Learning, 2011.

CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor: empreendedorismo e viabilidade de novas empresas: um guia eficiente para iniciar e tocar seu próprio negócio. 2 ed.São Paulo: Saraiva, 2007.

COSTA, Silvia Generali. Psicologia Aplicada à Administração. São Paulo: Elsevier, 2005.

DOLABELA, Fernando. Oficina do Empreendedor.1 ed. São Paulo: Cultura Editores Associados: 1999.

_____________________. O segredo de Luísa. 30 ed. São Paulo: Editora de

Cultura, 2006.

DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: Transformando idéias em negócios. 2 ed. 5 reimp. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

FERREIRA, Valdir Soares. Geração.Com. Joinville: Clube de Autores, 2009.

FOJA, Célia Regina. O sentido do trabalho para a geração Y: um estudo a partir do jovem executivo. Dissertação de Mestrado em Administração. SãoBernardo do Campo: Universidade Metodista, 2009.


50

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa.4. ed. - São Paulo: Atlas, 2002.

GREWAL, Dhruv; LEVY, Michael. Marketing.2 ed. Porto Alegre: AMGH, 2012.

HISRICH, Robert D. Empreendedorismo.7 ed. Porto Alegre: Bookman, 2009.

JONES, Gareth R. e GEORGE, Jennifer M. ADM: Fundamentos da Administração Contemporânea. 4 ed. Porto Alegre: AMGH editora Ltda, 2011.

LAFUENTE, Florência. Do conflito à ação. São Paulo: HSM Management, 2009.

LENZI, Fernando César; KIESEL, Marcio Daniel; ZUCCO, FabriciaDurieux. Ação empreendedora: como desenvolver e administrar o seu negócio com excelência. São Paulo: Editora Gente, 2010.

MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria Geral da Administração: da escola científica à competitividade na economia globalizada. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2000.

NOE, Raymond A. Treinamento e Desenvolvimento de pessoas: teoria e prática.6 ed. Porto Alegre: AMGH, 2015.

OLIVEIRA, Sidnei. Geração Y: o nascimento de uma nova versão de líderes. 5 ed São Paulo: Integrare, 2010.

ROBBINS, Stephen Paul. Comportamento Organizacional. 9ª ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002.


51

SALIM,

Cesar

Simões;

SILVA,

Nelson

Caldas.

Introdução

ao

empreendedorismo: despertando a atitude empreendedora. 2reimp. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

SEBRAE MINAS GERAIS. Comportamento Empreendedor. Disponível em: <http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/mg/artigos/Descubra-seuperfil-empreendedor>. Acesso em: 7set. 2015, 15h28min.


52

ANEXO ANEXO I – QUESTIONÁRIO

CURSO DE TECNOLOGIA EM GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE UM EMPREENDEDOR DE SUCESSO Prezado (a) participante, Parte da Atividade Autônoma de Projeto referente à disciplina Projeto de Recursos Humanos I, o presente estudo tem como finalidade avaliar as principais características desejáveis de um empreendedor de sucesso segundo o público específico de cada geração: baby boomers, X e Y. Participe respondendo todos os campos com atenção. A pesquisa é confidencial e você não precisa se identificar. Basta fazer um "X" ao lado de cada afirmação que melhor representa a sua opinião, segundo a escala abaixo:

Agradecemos a sua colaboração! Preencha os seguintes dados: Idade:

(

) 35 - 15 anos

(

) 55 - 36 anos

Sexo:

(

) Feminino

(

) Masculino

Escolaridade:

Área de atuação:

( ) Ensino ( Fundamental

) Ensino ( ) Ensino Médio Superior

(

) 70 - 56 anos


53

CT CP 1 2

Eu acredito que tenho talento em fazer as coisas acontecerem. Eu busco saber as mais recentes informações e novidades, me mantendo sempre atualizado.

3

Eu fico aborrecido quando as coisas não são bem-feitas.

4

Eu faço as coisas sempre com um resultado em mente.

5

Eu sinto dificuldade em inciar alguma tarefa, a não ser que os objetivos e metas estejam claros.

6

Eu tenho bom controle das minhas finanças.

7 8

Confio que terei sucesso em qualquer tipo de atividade que me disponha a fazer. Eu conto com a ajuda de pessoas influentes para alcançar minhas metas.

9

Eu tenho facilidade para me adaptar às novas situações.

10

Eu procuro realizar as minhas tarefas com energia.

11

Ter ideias é algo natural para mim.

12

Eu fico aborrecido quando não consigo fazer o que quero.

13 14

Antes de iniciar um novo trabalho, antecipo todos os problemas que podem acontecer. Eu sou conhecido como alguém que resolve os problemas de forma original.

15

Eu só me arrisco quando tenho certeza.

16

Meu resultado é sempre melhor que o de outras pessoas.

17

Eu mudo de estratégia para conseguir superar um obstáculo importante.

18

Eu me considero uma pessoa proativa.

19 20 21

Eu regularmente realizo pesquisas sobre assuntos variados. Mesmo meu trabalho estando satisfatório, invisto mais tempo tentando melhorá-lo. Não me sinto muito seguro ao tomar decisões ou ao expor minhas ideias.

22

Eu consigo trabalhar bem com vários tipos de pessoas.

23

Eu gosto de atividades que exercitem minha imaginação.

24 25 26 27 28 29 30 31 32

Eu tenho uma atitude de influenciar as pessoas sem pressioná-las. Diante da dificuldade de realizar uma tarefa, eu prefiro não insistir e passar para a próxima. Estabeleço metas e objetivos para realizar meu plano de vida. Eu não tenho paciência para refazer um trabalho. Quando tenho uma ideia, ajo rapidamente e não perco tempo buscando informações. Eu procuro sempre finalizar minhas tarefas no prazo determinado. Eu tenho senso de humor e procuro estar sempre animado em meu dia-a-dia. Eu tenho a tendência de evitar o óbvio, costumo apresentar algo inesperado. Eu acredito que o fracasso é uma oportunidade de aprendizado e crescimento.

I

DP DT


54

ANEXO II – TERMO DE AUTORIZAÇÃO DO USO DE INFORMAÇÕES

CURSO DE TECNOLOGIA EM GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS

TERMO DE AUTORIZAÇÃO DE USO DE INFORMAÇÕES DA PESQUISA: PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE UM EMPREENDEDOR DE SUCESSO Eu___________________________________________________________________ ____________________________, depois de conhecer e entender os objetivos, procedimentos metodológicos, riscos e benefícios da pesquisa, bem como de estar ciente da necessidade do uso das informações contidas na pesquisa sobre as principais características de um empreendedor de sucesso, AUTORIZO, através do presente termo, os pesquisadores Ana Paula Barros, Antonia Cacia Fontes, Luana Makiya Yamashiro, Thiago Justino Estevão e o orientador Antônio Venâncio do projeto de pesquisa intitulado “PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE UM EMPREENDEDOR DE SUCESSO” a colher as informações dos questionários, sem quaisquer ônus financeiros a nenhuma das partes.

São Paulo,

de

_______________________________ Nome e Assinatura

Prof. Responsável Antônio Venâncio Contato: avenan@hotmail.com

de


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