Apresentação O Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte apresenta mais uma produção do Projeto de Exposições Virtuais do APCBH. Criado em 2017, o Projeto é voltado para a divulgação do acervo institucional, ampliando as ações de difusão cultural do APCBH. As exposições virtuais podem contemplar gêneros ou formatos documentais específicos ou acervos temáticos ou de fundos, coleções e doações. A Série Exposições Virtuais Cartografia Histórica das Regionais de Belo Horizonte teve início em 2018, com a exposição sobre a Regional Barreiro e, em 2019, contemplou a Regional Centro-Sul. 2020 é o ano de lançamento da Exposição Virtual Cartografia Histórica da Regional Leste. A Série tem como objetivo divulgar o acervo cartográfico, articulando-o com documentos de outros gêneros e com outras linguagens. Outra intenção do APCBH ao criar essa série é oportunizar aos seus estagiários da área de História vivências como pesquisadores, já que eles se encarregam de parte considerável das pesquisas e textos.
A Exposição Virtual é dividida em temas. Para cada tema, são apresentadas imagens de documentos cartográficos que são aqueles que contêm representações gráficas da superfície terrestre, bem como os desenhos técnicos. São exemplos de documentos cartográficos: mapas, plantas, projetos arquitetônicos, aerofotos, levantamentos altimétricos, etc. A estrutura da Exposição é simples. Cada imagem de documento cartográfico é acompanhada de um texto sucinto - que contextualiza e apresenta o documento – e da ficha do documento. Há também um hipertexto – documento de outro gênero - com informações básicas que o relacionam com o documento cartográfico. O hipertexto pode ser um documento textual (carta, relatório oficial, legislação, etc.), iconográfico (fotografia, cartaz, slide, cartão postal, etc.) ou bibliográfico (revista, livro, etc.). Parte da história da Regional Leste, que faz divisa com os municípios de Nova Lima e Sabará e com as Regionais Centro-Sul e Nordeste, pode ser conferida por meio dos seis temas selecionados para essa Exposição Virtual.
Estrutura da Exposição A ocupação do espaço regional
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A diversidade de moradias
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Ir e vir em diferentes épocas
1
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Olhares sobre o meio ambiente
1
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O espaço da cidadania
1
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Negócios e suas representações Referências bibliográficas Ficha técnica
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3 1
3
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6 3
7
7
7 4
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7
A ocupação do espaço regional Da cidade planejada pela Comissão Construtora da Nova Capital, algumas áreas suburbanas e ex-colônias fazem parte da atual Regional Leste. Paralelos, o Ribeirão Arrudas e a ferrovia orientaram a ocupação inicial da região. Nas primeiras décadas da cidade, o matadouro municipal, a usina de Freitas e estações e paradas ferroviárias surgiram nesse eixo. Após 1930, a oficina ferroviária do Horto e parte do ramal Horto Florestal-Matadouro (bairro São Paulo) também contribuíram para atrair moradores. A expansão da ocupação se deu com o loteamento das antigas áreas rurais e, mais tarde, de áreas mais periféricas, muitas inadequadas por serem ambientalmente frágeis e trazerem riscos para os moradores, como encostas, beiras de cursos d’água ou mesmo áreas de domínio da ferrovia. Na segunda metade do século XX, favelas deram lugar a vias de circulação e cursos d’água foram canalizados e depois cobertos. Já no século XXI, áreas da metrópole transbordam conurbando-se com o município vizinho - evocando-nos a expressão popular: colocar BH dentro de Sabará.
1 Relatório sobre a Fazenda Taquaril Planta da Cidade de Minas
A cidade planejada pela Comissão Construtora tinha uma área urbana e uma suburbana divididas em seções-, além de outra rural. A Regional Leste é formada por partes das sexta e oitava seções suburbanas e toda a sétima seção suburbana, juntamente com a ex-Colônia Córrego da Mata - depois chamada de ex-Colônia Américo Werneck - e quase toda a ex-Colônia Bias Fortes. Regiões de antigas fazendas que foram loteadas, vilas e áreas ocupadas mais recentemente também integram o território dessa regional. A planta de 1895 mostra a localização das seções suburbanas que eram cortadas pelo ribeirão Arrudas e pela ferrovia e que deram origem a bairros da Regional Leste: VI, VII e VIII. Nessa região estariam localizados o matadouro, as oficinas do Ramal Férreo e a casa das máquinas dos esgotos.
Título: Planta Geral da Cidade de Minas organizada sobre a planta geodésica, topográfica e cadastral de Bello Horizonte
Formato: Doação: Data-limite: Autoria: Escala: Notação: GR: Notas:
Planta Hipérides Dutra de Araújo Ateniense e Regina Lúcia Pulis Ateniense 1895 Comissão Construtora da Nova Capital 1:28.000 APCBH//Doação 1495 Nº de ordem 235. Documento em suporte papel, colado em Eucatex.
Uma das antigas fazendas da Regional Leste é a do Taquaril, descrita no relatório de 1894. Pertencendo a vários proprietários, as suas terras chegavam até o bairro Paciência, em Sabará, e eram banhadas pelos córregos do Taquaril, Lages e da Rocinha, além do rio das Velhas. Com áreas de cultivo - café, cana, mandioca e árvores frutíferas – de pasto e de mineração, a fazenda contava com muitas benfeitorias.
Título:
Relatório sobre a Fazenda Taquaril
Espécie: Fundo: Data-limite: Autoria: Notação:
Relatório Secretaria da Fazenda 04/12/1894 Américo Macedo – Chefe da 2ª Secção BR MGAPCBH//AI.01.05.01-346
2 Fotografia do Hotel Floresta Projeto arquitetônico do Hotel Floresta
A ocupação da Regional Leste teve início no bairro Floresta, onde se desenvolveu a primeira favela da cidade. Há diversas explicações para o nome do bairro: 1) havia muitas árvores na região repleta de chácaras e sítios; 2) Floresta era o apelido de um espanhol que era proprietário de um bar situado junto às linhas férreas; 3) na subida da Av. do Contorno, próximo ao local do atual Viaduto da Floresta, havia um hotel de nome Floresta que era ponto de encontro de boêmios. O projeto arquitetônico de 1899 é da edificação que abrigou o famoso Hotel Floresta. No ano anterior, o proprietário aprovou um projeto para um hotel diferente do que foi construído, no qual assinou “Juan Gomes y Gomes” e não, João Gomes e Gomes como assinou no de 1899 e, também, em outro da década de 1910.
Título:
Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Escala: Notação: GR: Notas:
Projeto de uma casa de negócio a construir-se no lote nº 9, Quarteirão 2, Secção VI Suburbana
Projeto arquitetônico Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana 19/03/1899-20/05/1899 João Pinto R. 1:50, 1:100, 1:400 APCBH//AJ.19.02.01 1342 Apesar da capital oficialmente chamar-se Cidade de Minas até 1901, o projeto traz como referência topológica “Bello Horizonte”. O acervo conta com três projetos para esse terreno. Comparando-se os projetos de 1899 e o da década de 1910, percebe-se que, daquele projeto, somente a parte próxima à Av. do Contorno foi edificada.
A fotografia demonstra que a edificação construída apresentava algumas diferenças em relação ao projeto. Esse documento iconográfico integra o Dossiê de Tombamento do Conjunto Urbano do Bairro Floresta que reúne informações que qualificam o Hotel como “uma grande sala de frente com botequim, tendo aos fundos uma porção de quartinhos de porta e janela, um cortiço [...]”, “um hotel barulhento, de orgias e escândalos”.
Título: Figura 5: Hotel Floresta. Abílio Barreto/Rui Cesar dos Santos Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Notação: GR: Nota:
Fotografia (reprodução) Fundação Municipal de Cultura 1996 Secretaria Municipal de Cultura APCBH//AP.27.00.00 1682 A fotografia integra o Dossiê de Tombamento do Conjunto Urbano do Bairro Floresta. Processo nº 011062509557. Belo Horizonte, 1996, p. 22. 185p.
3 Fotografia de bairro de ferroviários Projeto arquitetônico para moradias em bairro de militares
Alguns bairros da Regional Leste tiveram sua ocupação inicial marcada por perfis bem definidos de moradores. Esse é o caso dos bairros Santa Efigênia e São Lucas, próximos ao quartel situado em frente à Praça Floriano Peixoto. Nesses bairros, foram erguidas muitas moradias para famílias de militares.
O projeto arquitetônico, de 1917, para a construção de cinco casinhas no bairro Santa Efigênia, de cerca de 34m2 cada uma, apresenta curiosidades: a) o bairro é identificado como “Militar”; b) fez-se um único projeto para cinco imóveis distintos situados não só em logradouros, como em quarteirões diferentes (três casas na Rua Niquelina, uma na Rua Rio das Velhas e, outra, na Rua Blenda).
Título: Projectos dos chalets, a construir-se nos Lotes Nº 3 e 10 do Qurteirão (sic.) 1A e Lote 24 Quarteirão 2A Lotes Nº 12 e 18 Quarteirão 4A Secção VIIIª Suburbana do Bairo (sic.) Militar Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Escala: GR: Notação: Notas:
Projeto arquitetônico Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana 17/01/1917-23/01/1917 Antonio da Costa Christino 1:50, 1:100, 1:500 1342 APCBH//AJ.19.00.00 Parte da VIII Seção Suburbana atualmente pertence à Regional Centro-Sul. Um exemplo de moradia de militar nesta Regional é a do major Antonio Zeferino da Silva, chamada de Villa Rizza. Situada em terreno mais alto do que os do bairro Santa Efigênia - na Avenida do Contorno, entre as ruas do Ouro e Pouso Alto - a moradia do major foi projetada em 1929. Um misto de vila italiana, chalé e chácara, a edificação ainda existe e é tombada como patrimônio cultural da cidade.
Outra região que teve sua ocupação inicial definida por um perfil específico de moradores é a do Horto, onde foram instaladas as oficinas ferroviárias da Estrada de Ferro Central do Brasil, representadas nas fotografias da década de 1940. Muitos ferroviários ocuparam áreas da Vila Edgar Werneck e do Horto, próximas às oficinas e à Estação de Horto Florestal, inaugurada em 30/01/1925.
Título: Oficina da Central do Brasil – Bairro Horto
Formato: Doação: Data-limite: Autoria: Notação: GR:
Fotografia Helena Schrim Década de 1940 Carlos Gustavo Schrim APCBH//Doação 1426
4 Fotografia do ribeirão Arrudas Projeto arquitetônico para parte de um lote colonial
As ex-colônias Américo Werneck (Santa Tereza, Floresta, Horto e Sagrada Família) e Bias Fortes (Santa Efigênia, Novo São Lucas e Pompeia) foram emancipadas em 1911 e suas terras foram incorporadas à zona suburbana no ano seguinte. Cada lote colonial da Ex-Colônia Américo Werneck - antiga ExColônia Córrego da Mata, criada em 1898 - tinha em média 20.000 m2 e vários proprietários. De 1926, o projeto arquitetônico de uma residência na Ex-Colônia Américo Werneck, a ser edificada na Rua Conselheiro Lafaiete, trazia a representação do curso d’água que inicialmente foi referência para o nome da colônia agrícola. Em 1937 o córrego seria canalizado e, em 1987, ele desapareceria da paisagem regional, graças às obras de canalização, drenagem e pavimentação da Av. Silviano Brandão.
Título: Projeto de uma casa de propriedade do Snr(sic.). Antonio Martins a ser construído no lote nº 22 (Parte) da Escolonia (sic.) Americo Werneck a Rua Agostinho Porto Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Escala: Notação: GR: Notas:
Projeto arquitetônico Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana 01/1926-09/06/1926 José Castro 1:50, 1:100, 1:500, 1:2000 APCBH//AJ.19.02.01 1342 O acervo do APCBH conta com documentos sobre as obras realizadas na Av. Silviano Brandão, em 1987 - Ver AW.04.00.00, GR. 1662. A Rua Conselheiro Lafaiete chamava-se apenas Lafaiete e, nesse projeto, traz o nome do antigo dirigente da Estrada de Ferro Oeste de Minas, residente no bairro Floresta: Agostinho Porto.
O principal curso d’água da Regional Leste, o Ribeirão Arrudas, também teve seu leito alterado. A fotografia de 1970 mostra duas realidades do Arrudas: canalizado até a Av. do Contorno e com seu curso original a partir daí. Para o prolongamento da Av. dos Andradas, na década seguinte, o Arrudas seria retificado e canalizado e quase toda a área ocupada por favelas desapareceria. Título: Andradas – Av. [do] Contorno – Rib. Arrudas
Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: GR: Notação: Notas:
Fotografia Superintendência de Desenvolvimento da Capital 25/05/1970 Serviço Fotográfico Aéreo Industrial e Publicitário – executado por Paulo Arumaá & Cia. Ltda 1701 APCBH//AW.04.00.00 As favelas mostradas são a do Perrela (junto à Av. do Contorno, próximo à Ponte do Perrela) e a Vila dos Urubus que começava atrás do Hospital Militar e acompanhava o curso d’água, a jusante. Negativo nº 005063. Ver Hipertexto
5 Fotografia de canalização do ribeirão Arrudas Projeto arquitetônico do Centro Tecnológico de Minas Gerais
Um marco da ocupação e urbanização da Regional Leste foi a abertura da Av. José Cândido da Silveira, na década de 1970, numa região onde o Estado de Minas Gerais detém a posse de muitos terrenos. Um dos terrenos do poder público estadual ocupado nessa época foi o que atualmente abriga o Centro de Inovação e Tecnologia CIT SENAI FIEMG, no Horto. O projeto arquitetônico mostra o uso original daquela edificação: abrigar o Centro Tecnológico de Minas Gerais (CETEC). A planta de situação do projeto, de 1975, evidencia mudanças em relação ao traçado de algumas ruas e traz uma curiosidade: a Av. Gustavo da Silveira chamava-se Estrada das Gorduras.
Título: Centro Tecnológico de Minas Gerais (CETEC) – Projeto para edifício sede – Planta de situação – Terrenos no Horto Florestal
Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Escala: Notação: Notas:
Projeto arquitetônico – planta de situação Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana 06/11/1975-18/11/1975 Haroldo Alves Nogueira e Cesar Gualtieri 1:1000 BR MGAPCBH//AJ.19.02.01-001219 P.01 f.12 O projeto conta com 12 folhas. A escala indicada é a da f. 12; há outras. As demais folhas do projeto trazem como autores Haroldo Alves Nogueira e José Roberto Ibrahim Coelho.
Se a década de 1970 teve na Av. José Cândido da Silveira um marco da urbanização, os anos 1980 reservaram para a Av. dos Andradas esse papel. A fotografia de 1986 mostra intervenções no Arrudas: retificação, canalização e pavimentação das margens, além da erradicação de favelas e do aterramento de áreas. O prolongamento da Av. dos Andradas estimulou novas ocupações e a progressiva verticalização da região.
Título: Canalização do Ribeirão Arrudas Bairro Centro/Floresta/Sta Tereza – Av. dos Andradas – Sta Efigênia
Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Notação: GR: Notas:
Fotografia Superintendência de Desenvolvimento da Capital 10/1986 Desconhecida APCBH//AW.04.00.00 1701 EV. 383. Obra-01. Foto – 29. Ver Hipertexto 4.
6 Aerofoto de área da Regional Leste
Fotografia de moradias no bairro São Geraldo
Áreas mais periféricas da Regional Leste são, em sua maioria, de ocupação mais recente e têm a sua história marcada pela luta dos moradores para obter do poder público as obras de infraestrutura necessárias. Dentre essas áreas podem ser citados os bairros Alto Vera Cruz, Taquaril, Granja de Freitas e Mariano de Abreu. A aerofoto de 1967 mostra uma grande área da Regional Leste. Na parte inferior esquerda da imagem aparece o Cemitério da Saudade, inaugurado em 1942. Mais à direita, marcados pela vegetação, estão os vales que dariam origem às vias Belém e Jequitinhonha, nos bairros Saudade, Vera Cruz e no ainda pouco ocupado Alto Vera Cruz. Acima, o Arrudas, a ferrovia e o bairro São Geraldo. O lado direito, desocupado, futuramente daria lugar aos bairros Castanheiras, Taquaril e Granja de Freitas.
Título: Levantamento Aerofotogramétrico do Município de Belo Horizonte Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Escala: GR: Notação: Nota:
Aerofoto Secretaria Municipal de Planejamento 05/1967-08/1967 Serviços Aerofotogramétricos Cruzeiro do Sul S. A. 1:10.000 02 APCBH//AJ.06.00.00 Nº 1219
Ocupações irregulares aconteceram em áreas ambientalmente frágeis e também naquelas que expõem os moradores ao perigo. A fotografia tirada no bairro São Geraldo mostra que a faixa de domínio da ferrovia – 15 m de cada lado dos trilhos – não foi respeitada por cidadãos que convivem dia a dia com a trepidação e o barulho provocados pelos trens, além do risco de atropelamento e descarrilamento dos trens.
Título: Rua Curi - Bairro São Geraldo Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Notação: GR: Nota:
Fotografia Superintendência de Desenvolvimento da Capital 01/02/2001 Desconhecida APCBH//AW.04.00.00 1701 EV. 126
7 Ortofotocarta de área da Regional Leste
Fotografia de rua do bairro Boa Vista
Em várias regiões, a conurbação da metrópole Belo Horizonte com suas cidades vizinhas é tão intensa que fica impossível para o cidadão comum saber exatamente onde estão os limites municipais. Uma região fortemente conurbada é a que faz divisa com Sabará, na Regional Leste, mostrada na ortofotocarta, de 1989. A área verde à esquerda é o Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG, limitado pela Av. José Cândido da Silveira, que termina no trevo de Sabará. Na parte inferior da imagem vê-se a Av. dos Andradas, o Ribeirão Arrudas e a ferrovia. Acima da linha férrea, Boa Vista, Nova Vista e Santa Inês são bairros da Regional Leste conurbados com o município vizinho. No passado, moradores dessas regiões chegaram a receber cobrança de IPTU dos dois municípios.
Título: Ortofotocarta do Município de Belo Horizonte
Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Escala: GR: Notação: Nota:
Ortofotocarta Empresa de informática e informação do município de Belo Horizonte 03/1989 Embrafoto S/A 1:10.000 396 APCBH//AV.00.00.00 Faixa 1922M. Fotos 0824 a 0827. F. 11.
A fotografia de 1982 mostra a R. Deolinda Cândida, no bairro Boa Vista, situada bem próximo da divisa com o município de Sabará, numa região de forte conurbação. Naquele ano, o local ainda não havia sido urbanizado e a população enfrentava dificuldades para se deslocar em ruas sem pavimentação. A imagem permite perceber também a precariedade da rede elétrica na ocasião.
Título: Rua Diolinda Candida - Boa Vista Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: GR: Notação: Nota:
Fotografia Superintendência de Desenvolvimento da Capital 01/1982 Desconhecida 1662 APCBH//AW.04.00.00 EV. 443
A diversidade de moradias A história da moradia na Regional Leste é caracterizada pelas ideias de “cidade ideal” e “cidade real”. Isso porque parte do território da Regional Leste recebeu, originalmente, atenções no planejamento da Comissão Construtora da Nova Capital e, mais tarde, de sucessivas administrações municipais que, contudo, não conseguiram impedir o improviso que se impôs na ocupação do espaço regional, sempre marcado pelo crescimento demográfico, pela desigualdade e pela exclusão social. Assim, compõem essa história: as moradias aprovadas pelo poder público e em conformidade com o planejamento urbano; as residências precárias instaladas em áreas de risco, como beiras de córrego e de encostas; as habitações construídas nos imensos lotes coloniais e em suas subdivisões; as diversas vilas operárias; as moradias rurais e as que ocuparam áreas de antigas fazendas; conjuntos habitacionais; e as habitações em áreas periféricas e marginalizadas da Regional.
1 Relatório da Prefeitura sobre política habitacional
Projeto arquitetônico para o bairro Floresta
Inaugurada em 1897, a Cidade de Minas foi planejada com três áreas: a zona urbana, destinada aos equipamentos públicos e moradias; a zona suburbana, dedicada a moradias; e a rural, responsável pelo abastecimento da cidade. Antes mesmo da inauguração da capital, já havia projetos aprovados para a área suburbana e, nos anos seguintes, o uso residencial dessas áreas se intensificou bastante.
O projeto arquitetônico, de 1898, é para casas geminadas na 6ª seção suburbana, em terreno situado na Rua Januária, no bairro Floresta. Cada moradia projetada tinha cinco cômodos e não contava com banheiro. A fachada era bem ornamentada, mas não era completamente simétrica, o que pode estar relacionado com os desníveis do terreno (o projeto não traz o perfil do terreno).
Título: Lote nº1. Quarteirão 4. Secção 6ª Suburbana
Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Escala: Notação: GR:
Projeto arquitetônico Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana 07/11/1898 [Antônio] Teixeira Rodrigues [Conde de Santa Marinha] 1:50, 1:500 APCBH//AJ.19.02.01 1342
O trecho do relatório de 1902 faz referência a 300 moradias de operários que ocupavam a Favela, ocupação irregular situada no local da atual R. Sapucaí, no bairro Floresta. Próxima à estação ferroviária, a primeira favela da cidade deixou de existir quando o poder público transferiu seus moradores – operários – para lotes de 600 m2 localizados na 8ª seção suburbana (região de Santa Efigênia, São Lucas e Serra). Título: Operários
Formato: Coleção: Data-limite: Autoria: Notação: Nota:
Relatório (detalhe) Relatórios Anuais de Atividades da Prefeitura de Belo Horizonte (1899-2005) 12/09/1899-31/08/1902 Prefeitura de Belo Horizonte BR MGAPCBH//C.01/a – 001 O trecho do relatório integra o documento Relatório apresentado ao Conselho Deliberativo pelo Prefeito Bernardo Pinto Monteiro, p. 43.
2 Projeto arquitetônico para moradia na rua Pitangui
Legislação sobre ex-colônias
As colônias agrícolas foram criadas para o abastecimento da nova capital mineira. Divididas em lotes de grandes dimensões, as colônias abrigaram muitas famílias que se dedicaram à produção de hortifrutigranjeiros e à criação de pequenos animais. A colônia agrícola que existiu no território da Regional Leste foi a Américo Werneck que, atualmente, compreende os bairros Horto, Santa Tereza, Floresta e Sagrada Família. De 1912, o projeto para a rua Pitangui, exemplifica moradia dessa colônia. Com três quartos, sala, cozinha, despensa e banheiro, a moradia tinha a fachada ornamentada, conforme o padrão estético da época. A sua exata localização é um mistério, visto que a rua é extensa e, mesmo com a indicação do córrego, não há a indicação de outro logradouro. Ademais, o lote - com mais de 19.000 m2 – podia abrigar várias edificações.
Título: Para ser edificado no lote 8 da Colônia “Américo Werneck”
Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Escala: Notação: GR: Nota:
Projeto arquitetônico Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana 27/06/1912 Desconhecida Não consta APCBH//AJ.19.02.01 1342 O documento foi produzido por meio da técnica blue print.
Anterior à data do projeto arquitetônico, a Lei nº 55, de 05/02/1912, tratava da incorporação de ex-colônias, dentre elas, a Américo Werneck, à zona suburbana. Com a lei, a Prefeitura proibia construções não aprovadas pelo poder público e disponibilizava, gratuitamente, plantas e alvarás para novas construções em lotes das ex-colônias, além de estabelecer um imposto específico para as edificações alugadas. Título: Lei nº55, de 5 de fevereiro de 1912, incorpora à zona suburbana da Capital o povoado do Calafate e as ex-colonias (sic.) Bias Fortes, Americo (sic.) Werneck, Carlos Prates e Adalberto Ferraz e dá providências a respeito Formato: Coleção: Data-limite: Autoria: Notação: Notas:
Legislação Legislação Municipal, Estadual e Federal referente a Belo Horizonte (1891-1986) 05/02/1912 Olyntho Deodato dos Reis Meirelles BR MGAPCBH//C.11/a – 003 A lei integra a publicação Coleção Leis do Conselho Deliberativo de Belo Horizonte – de Fevereiro a Dezembro de 1912: ns 54 a 62.
3 Fotografia de imóvel preservado
Projeto arquitetônico de imóvel não preservado
Durante as primeiras décadas do século XX, a região da Floresta, próxima ao centro, encontrou grande desenvolvimento e atraiu muitos negócios e moradores. Boa parte das moradias ali edificadas adotaram o estilo eclético, com fachadas bem decoradas. O projeto de 1917, em estilo eclético, era destinado ao uso residencial e trazia na fachada e no portão de ferro forjado as iniciais de seu proprietário: Federico d’Oliveira. Localizada na Avenida do Contorno, próximo ao Viaduto da Floresta, a edificação ainda existe e chegou a ser tombada como bem do patrimônio cultural da cidade, entretanto, o tombamento foi impugnado. Deteriorada e abandonada, atualmente a casa fomenta a insegurança e traz risco para a saúde pública na região.
Título: Projecto de [um] predio a edi-ficar-se em parte do [lote] nº9 do quartªº 2 da 6ª seção suburbana para o [?] Sr. Frederico Ribeiro d’Oliveira
Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Escala: Notação: GR: Nota:
Projeto arquitetônico Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana 11/1917-26/06/1925 Octaviano Lapertosa 1:50; 1:100; 1:500 APCBH//AJ.19.02.01 1342 O Dossiê de Tombamento do Conjunto Urbano do bairro Floresta, do acervo institucional, contém informações sobre o imóvel.
Exemplo de moradia da Regional Leste que foi tombada e encontra-se preservada situase em Santa Tereza, na Praça Ernesto Tassini, local conhecido como Parada do Cardoso, devido a uma parada de trens. Aprovado em 1929, o imóvel de uso residencial e comercial abrigou o Bar dos Pescadores, local onde pessoas que pescavam no Arrudas compravam seus equipamentos e se encontravam para confraternizar.
Título: Vista geral do bem cultural Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Notação: GR: Notas:
Fotografia (reprodução) Fundação Municipal de Cultura 05/2012 Fundação Municipal de Cultura/Diretoria de Patrimônio Cultural APCBH/AP.27.00.00 1740 A fotografia integra o Dossiê de Tombamento do imóvel situado à Rua Alvinópolis, 460, p.22 (f.35). O imóvel situa-se na R. Alvinópolis, 460, no encontro com as ruas Dores do Indaiá e Conselheiro Rocha.
4 Planta de criação da Vila Esplanada
Fotografia do bairro Vera Cruz
A partir dos anos 1920, intensificou-se a expansão da cidade além dos limites da área urbana. No território da futura Regional Leste, fazendas foram loteadas, dando origem a novos bairros. Esse é o caso das vilas Esplanada e Independência, originadas da Fazenda do Freitas, que mais tarde dariam origem ao bairro Esplanada.
Em 1924, a Prefeitura informava ter realizado uma grande subdivisão dessa fazenda para a criação da Vila Esplanada, com 16 ruas, 40 quarteirões e 650 lotes, totalizando 400 m2. A planta do ano seguinte mostra que houve alterações, pois ampliou-se o número de quarteirões e lotes. Essa planta de parcelamento de solo contém referência à Avenida [dos] Andradas que, de acordo com fotografias apresentadas no tema 1 (A ocupação do espaço regional), ainda não era uma realidade na região, em 1925.
Título: Villa Esplanada
Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Escala: Notação: GR: Notas:
Planta Procuradoria Geral do Município 16/10/1925-06/05/1938 Elton Guimarães 1:10.000 APCBH//AD.01.00.00 043 Cópia heliográfica. Nº de Ordem 030
A fotografia de 1985-1986 retrata uma região bem próxima à do bairro Esplanada: o bairro Vera Cruz (à esquerda do ribeirão Arrudas; à direita, o São Geraldo). Já com muitas moradias, o bairro encontrou um forte estímulo à ocupação com as obras de urbanização da Av. dos Andradas e de canalização do ribeirão Arrudas, ocorridas na década de 1980.
Título: Córrego do Arrudas
Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Notação: GR: Nota:
Fotografia Superintendência de Desenvolvimento da Capital 1985-1986 Superintendência de Desenvolvimento da Capital APCBH//AW.04.00.00 1715 Fotografia nº 18.
5 Legislação sobre política habitacional Projeto arquitetônico para casa de vila popular
Na década de 1940 a capital experimentou um significativo crescimento demográfico que, dentre outros fatores, foi influenciado pelo incremento da atividade industrial. A necessidade de moradias para os operários foi objeto de atenção à época e surgiram vilas populares em diferentes regiões da cidade. Muitas moradias das vilas populares tinham casas padronizadas, podendo haver mais de um modelo, com tamanhos e formatos variados. O projeto arquitetônico para moradia proletária na Vila Vera Cruz, de 1947, traz uma casa de cerca de 38 m2, com quatro cômodos, uma pequena varanda e área de serviço. O projeto dessa edificação popular coube ao Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários (IAPI) e traz o registro de que a moradia era destinada a cinco pessoas.
Título: Projeto do plano para a construção de casas proletárias econômicas na Vila Vera Cruz em Belo Horizonte
Formato: Doação: Data-limite: Autoria: Escala: GR: Notas:
Projeto arquitetônico Vicentina Maragon 19/08/1947 Euclides Lisboa - Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários 1:50 1506 Nº de ordem 237. Cópia heliográfica
Para tentar solucionar o problema da moradia na região conhecida como Pedreira (hoje Conjunto Habitacional I.A.P.I. Lagoinha), a Prefeitura sancionou um decreto-lei que trazia considerações sobre a política habitacional para as classes populares em toda a cidade. O alto custo do transporte e o elevado preço das moradias eram apontadas como causas do fracasso das vilas operárias, sempre de localização periférica. Título: Decreto-lei nº 75, de 24 de outubro de 1940 Formato: Coleção: Data-limite: Autoria: Notação: Nota:
Legislação (detalhe) Relatórios Anuais de Atividades da Prefeitura de Belo Horizonte (1899-2005) 1940-1941 Prefeitura de Belo Horizonte - Juscelino Kubitschek de Oliveira BR MGAPCBH//C.01/c – 004 O decreto-lei integra o Relatório de Atividades da Prefeitura - 1940-1941, constando na p.77 da seção dedicada ao assunto Bairros Populares (f.103)
6 Fotografia de área da Regional Leste
Levantamento aerofotogramétrico de área da Regional Leste
Em 1992, a Prefeitura realizou mais um levantamento aerofotogramétrico da cidade. Esse tipo de levantamento permite conhecer em detalhes as características das diversas regiões, tais como vias, hidrografia, vegetação, altimetria e as intervenções decorrentes da urbanização relativas às edificações e aos serviços públicos. Resultado desse levantamento é o documento que mostra áreas dos bairros Saudade, Vera Cruz, Jonas Veiga, Jardim Pirineus e Taquaril, que têm como característica a ocupação tardia e com fins, principalmente, residenciais, além da falta de regulação. As áreas mais escuras indicam locais acidentados, nos quais, geralmente, a ocupação é mais difícil.
Título: Levantamento Aerofotogramétrico do Município de Belo Horizonte Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Escala: Notação: GR: Notas:
Levantamento aerofotogramétrico Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte 20/03/1992 Aerodata S/A – Engenharia de Aerolevantamentos 1:2000 APCBH//AV.00.00.00 385 Jogo em papel vegetal da restituição gráfica do levantamento aerofotogramétrico do Município de Belo Horizonte, com base no voo de 1989 e datada de 1992. F. 5751. À esquerda, na parte inferior, encontra-se o Cemitério da Saudade e, na superior, área militar onde há canil, polícia, clube e bombeiros, além de uma escola pública.
A fotografia de 1986, anterior ao levantamento aerofotogramétrico, retrata praticamente a mesma área da Regional Leste representada no documento cartográfico de 1992. Na imagem destaca-se, em primeiro plano, à esquerda, o Cemitério da Saudade. A área militar, contudo, ainda era pouco ocupada com edificações. Já a escola pública, junto à área militar, já existia naquele ano.
Título: Região Leste – Foco: Cemitério da Saudade – Bairro Saudade
Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Notação: GR:
Fotografia Superintendência de Desenvolvimento da Capital 1986 Desconhecida APCBH//AW.04.00.00 1615
7 Fotografia do bairro Taquaril
Projeto arquitetônico de vila
Muito comuns na primeira década do século XX, as vilas existiram em várias regiões da cidade. A construção de várias moradias num só terreno, formando as tradicionais vilas, propiciou o surgimento de um tipo de sociabilidade bem distinto, caracterizado pela convivência comunitária. Festas coletivas e relações de vizinhança informalizadas são traços do modo de viver nessas vilas. Ao longo da segunda metade daquele século, a maior parte das vilas desapareceu, incapazes de resistir à especulação imobiliária, sobretudo nas áreas de ocupação mais antiga e valorizada da cidade. O projeto arquitetônico, de 1931, mostra uma vila a ser construída na rua Euclásio, na Ex-Colônia Bias Fortes, atual Santa Efigênia. Em parte de um lote colonial, previa-se a construção de cinco casas iguais, com cinco cômodos, varanda e área de serviço.
Título: Projecto de uma Villa para o lote 48 da ex colônia Bias Fortes
Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Escala: Notação: GR: Notas:
Projeto arquitetônico Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana 07/1931-14/02/1933 Dario R. Coelho 1:50, 1:100, 1:200, 1:500 APCBH//AJ.19.02.01 1342 O acervo institucional conta com vários projetos para o lote colonial, de épocas, proprietários e localização distintos.
De maneira similar às vilas, áreas de ocupação recente também tiveram um modo de viver específico. A construção de diversas moradias em pequenas áreas, em locais com carência de infraestrutura urbana, muitas vezes levou os moradores a se apoiarem mutualmente para enfrentar as necessidades e buscar soluções para os problemas. É o caso, por exemplo, de moradores do bairro Taquaril, mostrado na fotografia de 2000.
Título: Vistoria técnica da URBEL ao Bairro Taquaril] – Diretoria de Manutenção
Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Notação: GR:
Fotografia Superintendência de Desenvolvimento da Capital 10/07/2000 Vander Bras APCBH//AW.04.00.00 1715
Ir e vir em diferentes épocas O transporte é considerado um direito de cidadania no Brasil. Esse reconhecimento baseia-se no fato de o transporte ser condição para a garantia de outros direitos de cidadania, como os direitos ao trabalho, à educação, à saúde, à cultura, etc. O trânsito, isto é, o deslocamento de pessoas e veículos nas vias públicas, é atualmente um dos maiores problemas de Belo Horizonte. As soluções para os diversos problemas de trânsito exigem a consideração de questões relativas ao transporte urbano e à mobilidade urbana. Enquanto o transporte urbano inclui o conjunto dos modos e serviços de transporte público e privado utilizados para o deslocamento de pessoas e cargas no espaço urbano, a mobilidade urbana diz respeito às condições em que se realizam tais deslocamentos. Historicamente, podem ser apontadas como importantes características do transporte na Regional Leste: modais de transporte sobre trilhos – ferrovia, bonde e metrô - e transposição de linhas metroferroviárias e de cursos d’água.
1 Fotografia da Estação de General Carneiro Projeto arquitetônico da Estação de General Carneiro
O primeiro passo da Comissão Construtora para edificar a nova capital foi construir um ramal ferroviário ligado à Estrada de Ferro Central do Brasil (EFCB). A estação onde as duas estradas de ferro se entroncavam ficava em General Carneiro, hoje Sabará. O Ramal margeava o ribeirão Arrudas, cortando grande parte do território da atual Regional Leste. A antiga Estação de General Carneiro ficava junto à foz do Arrudas. Inaugurada em 07/09/1895, foi demolida ao final da década de 1960. A Estação era considerada lindíssima. O detalhe do projeto arquitetônico mostra a planta baixa e aspectos da cobertura da plataforma de embarque e desembarque. Também está representado um pináculo metálico usado como ornamento na grimpa das três extremidades da cobertura dessa estação que tinha a forma de um triângulo, com dois lados exatamente iguais.
Título: Detalhes da Estação do Entroncamento General Carneiro
Formato: Doação: Data-limite: Autoria: Escala: GR: Notação: Notas:
Projeto arquitetônico Marcus Vinícius 02/1895 [José de Magalhães] 1:0.05 881 APCBH//Doação Nº de Ordem 203. O lado diferente da estação situava-se entre o Ramal Férreo e a linha da EFCB que seguia para Santa Luzia. Em 1899, o Ramal e a estação passaram a fazer parte da EFCB. A nova estação foi construída em outro local. A Lei nº 176, de 6 de outubro de 1919 considerou General Carneiro, a leste da cidade, um subúrbio da capital.
A antiga e a atual Estação de General Carneiro atenderam trens de passageiros com destino e origem no centro da capital, de 1895 a 1996. A fotografia da antiga Estação, de 1915, mostra, em primeiro plano, a linha que vinha do Rio de Janeiro, passando por Sabará (com baldeação em Conselheiro Lafaiete). À esquerda, se ia para a capital e, à direita, passando por Santa Luzia, seguia-se em direção a Pirapora.
Título: [Estação de General Carneiro] Formato: Coleção: Data-limite: Autoria: Notação: Notas:
Fotografia (reprodução) Revistas Diversas 30/09/1915 Desconhecida BR MGAPCBH//C.17/c-005 A fotografia foi publicada na revista A Vida de Minas, de set. 1915, nº 5 e 6. Disponível pela Internet.
2 Projeto de ligação de vias
Cartão-postal sobre educação para o trânsito
No passado, a presença da ferrovia nos bairros que hoje integram a Regional Leste trazia vantagens e desvantagens. Se havia a facilidade de embarque e desembarque em estações e pés-de-estribo (plataformas, às vezes, com cobertura) próximos, também havia problemas como o barulho e a vibração provocados pelos trens. Mas, o pior mesmo era o risco na travessia das passagens de nível. A prioridade era dos trens, mas nem sempre motoristas e pedestres respeitavam a lei.
O documento dos anos 1940 retrata um local em Santa Tereza, onde havia uma passagem de nível sobre a EFCB, próximo ao ribeirão Arrudas. A rua que cruzava a ferrovia era a Conselheiro Rocha. Era caro garantir a segurança nas passagens de nível, noite e dia: cancela, cruz-de-santo-andré, sinal luminoso, sinal sonoro, vigia, guarita.
Título: Pista de ligação de calçamento da rua Dores do Indaiá a rua Cachoeira Dourada
Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Escala: Notação: Notas:
Projeto Secretaria Municipal Adjunta de Tesouro 16/09/1943-02/05/1944 Albertino Drummond Junior (desenho) 1:500 BR MGAPCBH//CC.03.01.01-0067 O projeto é composto por três folhas. Cópia heliográfica.
A ignorância ou o descumprimento das leis de trânsito pode provocar acidentes que fazem vítimas ou trazem prejuízos. Acidentes de trânsito ocorriam em passagens de nível da Regional Leste, mas também em toda a cidade, levando o poder público a organizar diversas campanhas de educação para o trânsito. O cartão-postal de 2004 demonstra uma dessas iniciativas educativas.
Título: Meu desejo para 2005...
Formato: Fundo: Data-limite: GR: Notação: Notas:
Cartão-postal Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte 12/2004 785 APCBH//AY.02.00.00 O acervo conta com seis cartões postais de cores diferentes.
3 Esquema gráfico de linhas de bondes
Negativo retratando trólebus
A história dos transportes urbanos eletrificados em Belo Horizonte contou com quatro sistemas distintos: bondes (1902-1963), trens de subúrbio (1953-1982), trólebus (19531969) e metrô (a partir de 1986). Destes, somente os serviços de bondes e trólebus foram operados pela administração municipal. Os bondes começaram a circular em 1902 e, naquele mesmo ano, a região do Quartel, em Santa Efigênia, já era atendida com tais serviços. No bairro Floresta, em 23/06/1905 comemorou-se a inauguração do bonde para a rua Pouso Alegre. Já Santa Tereza, só em 23/09/1923 foi inaugurada a linha de bonde da rua Hermilo Alves. O esquema que retrata as linhas de bondes da década de 1920-1930 atesta que, da Regional Leste, somente os três bairros acima citados contaram com tais serviços.
Título: Distribuição das Linhas de Bondes (1920-1930) Formato: Fundo: Data-limite: Autoria:
Escala: Notação: GR: Nota:
[Esquema gráfico] Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte 1996 Fundação João Pinheiro. Centro de Estudos Históricos e Culturais 1:50.000 APCBH//AY.02.00.00 223 O esquema gráfico é um anexo da obra FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO. Ômnibus: uma história dos transportes coletivos em Belo Horizonte. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro; Centro de Estudos Históricos e Culturais, 1996. 380 p. (Centenário).
A partir de 1966, as linhas de trólebus dos bairros Santo Antônio e Sion passaram a servir o bairro Floresta, mas o serviço, subvencionado pela Prefeitura, não duraria muito. Santa Efigênia, Santa Tereza e Floresta foram os bairros da Regional Leste que foram atendidos por trólebus. A imagem de 1967 mostra um dos veículos que fazia a linha Floresta, concorrendo com os ônibus convencionais.
Título: [Trólebus Floresta]
Formato: Doação: Data-limite: Autoria: GR: Notação: Notas:
Negativo Maria Raquel 03/03/1967 Desconhecida 534 APCBH//Doação Ônibus do DMTC - EV.23. Negativos 6 x 6 cm.
4 Cartaz sobre participação popular em política de transporte Planta de ocupação do Arrudas
Curso d’água e trilhos ferroviários ou metroviários dividem a cidade e exigem obras para serem transpostos: pontes, viadutos, passarelas ou trincheiras. Geralmente, a população precisa lutar para conseguir essas obras que são demoradas e, geralmente, geram conflito para saber quem deve pagar por elas. A obra beneficia a cidade, mas ferrovias e metrôs são de jurisdição federal e, no caso de uma capital estadual populosa, as responsabilidades do governo do estado são ainda maiores. A planta do Vale do Arrudas mostra que, em Santa Tereza, o problema da transposição do Arrudas, da ferrovia e do metrô foi resolvido com um único viaduto, localizado na Rua Paraisópolis que fica a um quarteirão da passagem de nível mostrada no documento cartográfico 2. O documento também mostra pontes sobre o ribeirão Arrudas.
Título: Vale do Arrudas – Mapa de Ocupação. Trecho: Av. dos Andradas entre Av. do Contorno e Av. Silviano Brandão. Regional Leste
Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Escala: GR: Notação:
Planta Secretaria Municipal Adjunta de Planejamento 1986 Desconhecida 1:5000 1118 APCBH//AH.05.00.00
O cartaz mostra uma maneira da população de Belo Horizonte lutar por melhorias no transporte urbano: a participação popular. Desde a década de 1990, a cidade conta com conferências, orçamento participativo, conselhos e outros espaços para que o cidadão cobre da administração municipal melhorias nos serviços públicos de transporte, educação, cultura, saúde, etc.
Título: Jornada Participativa Transportes e Trânsito - Regional Leste
Formato: Fundo: Data-limite: GR: Notação:
Cartaz Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte 27/11/[1999] 422 APCBH//AY.02.00.00
5 Esquema gráfico sobre investimentos no metrô
Cartaz sobre melhorias no transporte urbano
Planejado para atender o trecho Betim-Bairro São Paulo, com a linha adicional Gameleira-Barreiro, o metrô de superfície foi inaugurado em 1986, atendendo somente o trecho Eldorado-Lagoinha. Ao longo dos anos, o projeto foi alterado, optando-se por estender o trem metropolitano até Venda Nova. Betim e Barreiro ficaram para depois. O esquema gráfico retrata uma das etapas do processo de extensão do metrô. Nele, se pode ver que bairros da Regional Leste já haviam sido atendidos e outros o seriam brevemente. Essa prevalência da Regional explica-se pelo fato do metrô ter sido construído utilizando a faixa de domínio da ferrovia, evitando-se custos com desapropriação. A linha em operação na Regional Leste usava o antigo Ramal Férreo e o trecho em construção utilizava o antigo Ramal Horto Florestal-Matadouro, da EFCB.
Título: Os investimentos necessários
Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Escala: Notação: GR: Notas:
[Esquema gráfico] Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte [199_] Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte Não consta APCBH//AY.00.00.00 223 O esquema integra o caderno que tem como título Trem Metropolitano de Belo Horizonte – A cidade precisa dele. EV. 7.
Enquanto o governo federal ampliava o metrô, a Prefeitura ampliava o transporte urbano rodoviário, criando linhas que interligavam bairros da Regional Leste, conforme se pode ver no detalhe do Jornal do Ônibus. Contudo, a integração ônibus-metrô anunciada no documento não contemplava os usuários de ônibus da Leste.
Título: Prefeitura lança três novas linhas circulares
Formato: Fundo: Data-limite: GR: Notação: Nota:
Cartaz (detalhe) Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte 10/1994 223 APCBH//AY.02.00.00 EV.07
6 Esquema gráfico de linhas de ônibus
Fotografia de ônibus na Vila Fazendinha
Em 1996 a situação do transporte coletivo em Belo Horizonte exigia uma reformulação geral. Havia sobreposição de linhas nos corredores de tráfego, concentração de viagens no hipercentro, dificuldade de acesso a regiões, viagens demoradas, elevados tempos de espera, falta de acessibilidade, conforto e segurança e muitos outros problemas. A solução apresentada pela prefeitura foi o Programa BHBUS que faria a integração dos ônibus municipais, intermunicipais e o metrô. O esquema mostra a proposta do BHBUS para as linhas intermunicipais, com integração em estações. Na Regional Leste, propunha-se a criação da Estação José Cândido da Silveira, que deveria acolher a baldeação dos usuários dos ônibus de Sabará.
Título: Proposta BHBUS de Rede de Transporte Coletivo – Concepção – Linhas Intermunicipais Formato: Fundo:
Data-limite: Autoria: Escala: Notação: Notas:
[Esquema gráfico] Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte 02/1996 Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte Não consta APCBH//AY.02.00.00 O documento cartográfico está inserido no Plano de Reestruturação do Sistema de T ransporte Coletivo de Belo Horizonte – BHBUS – Síntese de Estudos e Proposições, de 12/1996. EV.22.
A integração nos serviços de ônibus nem sempre dependeu de estações. Em 1993, a população da Fazendinha, vila vizinha ao Hospital da Baleia, lutou por serviços de transporte e, em 25/12/1994, um ônibus começou a circular fazendo o trajeto HospitalFazendinha-Vila Fátima-Hospital. A foto retrata esse ônibus que fazia integração com outro no Hospital, permitindo aos moradores da Fazendinha chegar ao centro da cidade. Título: Linha 1701S – (Serviço auxiliar) percorrendo vias da Vila Fazendinha
Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: GR: Notação: Notas:
Fotografia (reprodução) Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte 1996 Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte 223 APCBH//AY.02.00.00 A fotografia integra o artigo “Atendimento às vilas e favelas: um novo desafio aos gestores de transporte coletivo de Belo Horizonte”, de autoria de Maria Cristina Leite Peixoto e Marcos Evêncio Dutra, publicado em TRANS – Caderno de Debates, nº 1, de 08/1996, p. 36-40. EV.19.
7 Projeto arquitetônico de posto de gasolina
Flyer para carroceiros
À medida que aumentou o número de veículos automotores circulando em Belo Horizonte, cresceu também a oferta de postos de abastecimento e de serviços automotivos em diferentes regiões da cidade. O projeto arquitetônico para imóvel situado na esquina das ruas Curvelo e Pouso Alegre, no bairro Floresta, destinava-se à edificação de um posto de gasolina Atlantic. Uma curiosidade desse projeto é a perspectiva oblíqua, incomum para esse tipo de representação cartográfica, à época.
Atualmente, esse terreno é ocupado por um prédio de uso comercial e residencial que fica em frente a um posto de gasolina situado na esquina das ruas Pouso Alegre e Itajubá, onde, no passado, situavase o Floresta Cinema.
Título: Projeto de um posto de gazolina (sic.) a ser construído em parte do lote 1, quarteirão 1B da VIª Secção Suburbana
Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Escala: Notação:
Projeto arquitetônico Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana 03/05/1939-10/07/1956 Werneck e Muniz Ltda 1:50, 1:100 APCBH//AJ.19.02.01
Apesar do grande incremento da frota de veículos automotores, no século XXI ainda circulam veículos com tração animal na cidade. O folheto de 2000 convocava os carroceiros para comparecer à sede da administração regional para realizar, gratuitamente, o emplacamento das carroças. Na Regional Leste, um destino usual das carroças é o bota-fora às margens do Arrudas, próximo à oficina ferroviária do Horto.
Título: Carroça agora é legal!
Formato: Fundo: Data-limite: GR: Notação:
Flyer Secretaria Municipal de Meio Ambiente 13/07/2000-21/11/2000 1281 APCBH//AK.12.00.00
O meio ambiente em foco Praticamente toda atividade humana gera impacto ambiental, pois, para satisfazer as várias necessidades e os interesses individuais e coletivos, em geral, é preciso alguma intervenção no meio ambiente. Por isso, é preciso limitar as ações que causam danos ambientais, buscando a defesa e a preservação dos recursos naturais para a presente e as futuras gerações. Afinal, é consenso internacional que todos os humanos têm direito a viver em um meio ambiente ecologicamente equilibrado. Uma cidade grande como Belo Horizonte enfrenta grandes desafios para assegurar a preservação de seu meio ambiente e, parte dessa dificuldade, encontra raízes no passado. Historicamente, a preocupação com o meio ambiente esteve ausente do cotidiano de muitas gerações de moradores e de muitas políticas públicas da cidade. Na atualidade, espera-se o compromisso da população e do governo municipal com a causa ambiental, visto que a qualidade de vida na cidade depende diretamente das suas condições ambientais.
1 Fotografia do ribeirão Arrudas Mapa do ribeirão Arrudas
O planejamento da nova capital já optara pela intervenção nos cursos de água - como o ribeirão Arrudas -, vistos à época como transmissores de doenças. Receptor de vários cursos d’água, o Arrudas passou por obras de canalização, na região Leste, somente a partir da década de 1980. Um dos objetivos de tais obras foi a contenção de inundações. O documento cartográfico representa quase todo o trajeto do Arrudas. Cerca de 1/3 da representação, a partir da Ponte do Perrela, compreende áreas da Regional Leste. Nota-se que a ferrovia margeou o Arrudas. Partindo da sua foz em General Carneiro (Sabará), seguiu em direção a Betim e ao Rio de Janeiro, passando pelo Barreiro. No documento, a única estação representada foi a de Caetano Furquim, onde, nas proximidades, as obras de canalização ocorreram nos anos 1990.
Título: Lay-Out Geral Canalização do Arrudas Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Escala: Notação: GR: Notas:
Mapa Secretaria Municipal Adjunta de Planejamento e Gestão 20/11/1986-21/01/1987 Superintendência de Desenvolvimento da Capital – Divisão de Projetos de Saneamento Não consta APCBH//AH.05.00.00 1118 A estação de Caetano Furquim foi inaugurada em 1902, com o nome de Estação de Freitas. Número de Ordem 46.
Historicamente, as enchentes afetavam o tráfego ferroviário, como se pode perceber na fotografia do início dos anos 1980, que retrata a linha férrea a pouca altura e reduzida distância do Ribeirão Arrudas, em trecho situado na Regional Leste. Além dos alagamentos, deslizamentos podiam retirar a terra que apoiava dormentes e trilhos, deixando-os suspensos ou fazendo-os correr, impedindo o tráfego dos trens.
Título: Trechos do Ribeirão Arrudas em seu estado natural
Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Notação: GR: Nota:
Fotografia Superintendência de Desenvolvimento da Capital 1981-1982 Desconhecida APCBH//AW.04.00.00 1701 EV. 230. Foto 06
Mapa da área tombada da Serra do Curral
Folder sobre a Serra do Curral
O tombamento pode proporcionar às gerações presente e futuras o conhecimento e a compreensão dos fenômenos históricos da cidade, bem como das transformações ambientais operadas pela sociedade. Esse mapa traz um exemplo de bem tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (1960) e pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte (1991) e que está parcialmente localizado na Regional Leste: a Serra do Curral. O mapa de tombamento da Serra do Curral permite conhecer as áreas protegidas localizadas em diferentes regionais. A Serra é considerada uma referência histórica, cultural, geográfica e paisagística da Região Metropolitana de Belo Horizonte, sendo também testemunha da biodiversidade e geodiversidade da capital.
Título: Mapa de Tombamento
Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Escala: Notação: GR: Nota:
Mapa Secretaria Municipal de Meio Ambiente [12/1992] Desconhecida 1:135.000 (aprox.) APCBH//AK.01.00.00 355 O mapa integra o folheto PREFEITURA DE BELO HORIZONTE. Tombamento da Serra do Curral. Belo Horizonte: Secretaria Municipal de Meio Ambiente, 1992, p. 29 (Caderno de Meio Ambiente, v. 5)
O documento exemplifica a biodiversidade da Serra do Curral que compreende áreas cobertas por cerrado, campos de altitude e manchas de mata tropical. Presença marcante nos fundos dos vales da Regional Leste, espécies da mata atlântica são encontradas na Baleia e adjacências. Com fauna e flora riquíssima, a região abriga pequenos corpos d’água, nascentes e animais como cobras corais, micos e sabiás.
Título: Serra do Curral
Formato: Fundo: Data-limite: Notação: GR:
Folder Subsecretaria de Operações Institucionais [199?] APCBH//FC.02.00.00 1711
3 Mapa da Serra do Curral
Folheto sobre bairros da Regional Leste
Um dos motivos que levaram ao tombamento da Serra do Curral foi a tentativa de impedir a sua descaracterização causada pela atividade mineratória. Na década de 1990, vários focos de mineração de minério de ferro, dolomita e areia eram encontrados na Serra, sendo um deles na Regional Leste: a região do Taquaril, identificada, no mapa, pelo número 1. Na região do Taquaril explorava-se minério de ferro. O nível de degradação provocado pela mineração na região era altíssimo, levando à perda da cobertura vegetal, comprometendo nascentes, modificando as vertentes do vale e transformando a região em uma grande área árida.
Título: Alinhamento Montanhoso da Serra do Curral Localização
Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Escala: Notação: GR: Nota:
Mapa Subsecretaria de Operações Institucionais [199_] Secretaria Municipal de Meio Ambiente - Departamento de Desenvolvimento Ambiental Não consta APCBH//FC.02.00.00 1711 O mapa integra o folder “Serra do Curral”
A mineração afetou a vida dos moradores de diversos bairros da Regional Leste. Uma das empresas que minerou na região foi a Ferro Belo Horizonte S.A (Ferrobel), que era uma empresa pública. O documento trata dessa empresa e mostra que a identidade e o diaa-dia dos moradores do bairro Alto Vera Cruz estiveram diretamente relacionados com a extração do minério de ferro.
Título: Alto Vera Cruz
Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Notação: GR: Nota:
Folheto Subsecretaria de Operações Institucionais 12/1997 Centro de Vivência Agroecológica APCBH//FC.02.00.00 1711 O texto integra o folheto CENTRO DE VIVÊNCIA AGROECOLÓGICA. História da Gente do Lugar e do Lugar da Gente – Granja de Freitas, Alto Vera Cruz, Taquaril. Belo Horizonte: Centro de Vivência Agroecológica; Prefeitura de Belo Horizonte; Rede de Intercâmbio de Tecnologias Alternativas, 1997, p.11. F. 6/16.
4 Fotografias da Serra do Curral
Mapa de áreas verdes de Belo Horizonte
Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, os ventos convergem, predominantemente, para a direção leste-nordeste. A combinação desses ventos com as barreiras naturais da Serra do Curral disposta no sentido leste-oeste - favorecem a ocorrência de incêndios na Serra, conforme evidencia o mapa.
Na Regional Leste, o Taquaril e a Mata da Baleia são áreas recorrentemente atingidas pelo fogo. As causas dos incêndios podem ser naturais - como quedas de raios – ou, o mais comum, antrópicas (geralmente, criminosas). Portanto, ações educativas tornam-se fundamentais para evitar as graves consequências das queimadas: poluição atmosférica, empobrecimento do solo, morte ou ferimento de seres vivos, danos ao patrimônio público e privado, desequilíbrio ambiental e outras.
Título: Áreas verdes de Belo Horizonte sujeitas à ocorrência de incêndios Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Escala: Notação: GR: Notas:
Mapa Secretaria Municipal de Meio Ambiente 1992 Secretaria Municipal de Meio Ambiente Não consta APCBH//AK.01.00.00 355 O documento integra a publicação PREFEITURA DE BELO HORIZONTE. Incêndios em áreas verdes e lotes vagos. Belo Horizonte: Secretaria Municipal de Meio Ambiente, 1992, p. 14 (Caderno de Meio Ambiente, v. 4). Fez-se uma montagem com a legenda para assegurar a leitura.
Em 1998, para a elaboração de um plano de controle de incêndios na Serra do Curral, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente fez uma série de registros fotográficos. A montagem fotográfica retrata a região próxima ao conjunto Taquaril, uma área que já sofrera incêndio e era utilizada como bota-fora clandestino. Também na Regional Leste, áreas adjacentes à Fazenda Lavantino haviam sofrido queimada.
Título: Áreas adjacentes ao conjunto Taquaril
Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Notação: GR: Notas:
Fotografias Secretaria Municipal de Meio Ambiente [1998] Secretaria Municipal de Meio Ambiente APCBH/AK.12.00.00 1630 As fotografias integram o Plano de Controle de Incêndio na Serra do Curral - Relatório Fotográfico que contém documento cartográfico e é acompanhado de dossiê textual. f.7/24.
5 Fotografias do Conjunto Taquaril
Mapa de áreas de risco de Belo Horizonte
A identificação das áreas de risco geológico constitui instrumento fundamental para a prevenção e reparação de problemas ambientais associados à ocupação desordenada e inadequada. Em Belo Horizonte, atualmente, quando o risco é alto ou muito alto, faz-se a remoção dos moradores, que vão para o Abrigo Municipal Granja de Freitas, localizado na Regional Leste. De acordo com o mapa da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, de 1992, a Regional Leste compreendia quatro áreas classificadas como de risco, por situarem-se em encostas ou beiras de cursos d’água (nos 1, 2, 4 e 5). Destas, a do Taquaril (1) era a mais preocupante, pois cerca de metade do conjunto apresentava risco iminente, sendo a outra parcela de alto e médio riscos.
Título: As áreas de risco em Belo Horizonte
Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Escala: Notação: GR: Nota:
Mapa Secretaria Municipal de Meio Ambiente 1992 Secretaria Municipal de Meio Ambiente Não consta APCBH//AK.01.00.00 355 O documento integra a publicação PREFEITURA DE BELO HORIZONTE. Riscos geológicos e ocupação de encostas. Belo Horizonte: Secretaria de Meio Ambiente, 1992, p.16 (Caderno de Meio Ambiente, v. 3)
Em 1995, o bairro Taquaril foi contemplado pelo Programa de Melhoria da Qualidade de Vida da População de Belo Horizonte – PROMEVIDA. Na ocasião, foram realizados o reassentamento de famílias que habitavam locais de risco e também obras de saneamento e urbanização. A fotografia ilustra aspectos ambientais da ocupação desordenada em encosta e em beira de córrego na região.
Título: [Conjunto Taquaril - Rua Esplanada e Córrego Olaria]
Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Notação: GR: Nota:
Fotografias Secretaria Municipal de Meio Ambiente 12/1995-01/1996 ESSE-Engenharia APCBH//AK.12.00.00 1595 As fotografias integram o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) – Programa de Melhoria de Vida da População de Belo Horizonte (PROMEVIDA), v.1, Anexo Fotográfico. F. 16/16.
6 Planta de área tombada do MHNJB-UFMG
Fotografia de imóvel no MHNJB-UFMG
Localizado no bairro Santa Inês, o Museu de História Natural e Jardim Botânico e da UFMG conta com uma das maiores áreas verdes de Belo Horizonte. O documento mostra a sua área tombada, pois o MHNJB/UFMG foi considerado patrimônio natural e paisagístico pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte, em 1992. Sua área é de 608.000 m², sendo boa parte mata nativa, principalmente, do bioma Mata Atlântica. Ao longo do tempo, a área atualmente ocupada pelo MHNJB/UFMG passou por muitas mudanças e teve vários usos, já tendo pertencido, parcialmente, ao Estado e à Prefeitura. A antiga Fazenda dos Guimarães foi Horto Florestal (1912), Instituto de Experimentação e Pesquisa Agropecuárias (1947) e Instituto Agronômico (1953). Hoje, é espaço dedicado a lazer, cultura, pesquisa científica e educação ambiental.
Título: Mapa do Perímetro de Tombamento do Jardim Botânico e Museu de História Natural
Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Escala: Notação: GR: Nota:
Planta Fundação Municipal de Cultura 05/1992 Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Departamento de Desenvolvimento Ambiental 1:10.000 APCBH//AP.27.00.00 1682 O documento integra o Dossiê de Tombamento do Jardim Botânico e Museu de História Natural da Universidade Federal de Minas Gerais, f.10
A fotografia retrata detalhes da arquitetura da varanda de uma edificação de época bem anterior à instalação do MHNJB/UFMG e, também, aspectos da vegetação local. Além das exposições do Museu, a fauna, a flora e as paisagens locais permitem a realização de atividades cientificas e educativas e oferecem aos visitantes a oportunidade de um contato prazeroso com a natureza, a história e a cultura. Título: Imóvel no Museu de História de Natural da UFMG
Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Notação: GR:
Fotografia Secretaria Municipal de Meio Ambiente [198?] Evandro Santiago APCBH//AK.12.00.00 1618
7 Fotografia de cubas para cremação de lixo
Projeto de incinerador de lixo doméstico
Historicamente, dar destino e tratamento adequado aos resíduos sólidos é um desafio para sociedades e governos. Em Belo Horizonte, nas décadas de 1960 e 1970, edifícios residenciais e comerciais possuíam incineradores de lixo, como mostra o documento relativo a um prédio residencial no bairro Sagrada Família. Em 1978, com a criação da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), a utilização de incineradores de lixo domiciliares foi proibida, ficando restrita a necrotérios, hospitais, pronto-socorros, ambulatórios, sanatórios, laboratórios, clínicas e outros estabelecimentos da área de saúde. No século XXI, questões como sustentabilidade, reciclagem, coleta seletiva, inclusão social de catadores de recicláveis e educação ambiental passaram a orientar a legislação e as políticas públicas municipais.
Título: Incinerador de Lixo para o prédio a ser construído nos lotes 18 e 19, quarteirão 51 – B. Sagrada Família
Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Escala: Notação: GR: Notas:
Projeto Arquitetônico Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana 14/11/1977-03/03/1978 Tania Lima [?] Bretas Não consta APCBH//AJ.19.02.01 1342 Microfilme 117.198. f. 1A/5
A fotografia publicada na revista Silhueta, de 1932, mostra outra prática de incineração de lixo adotada na cidade. As cubas para cremação de resíduos situavam-se no local conhecido como Baleia. Localizada na área rural, distante do centro urbano e sem moradias próximas, a região ainda não contava com o hospital, cujo projeto seria aprovado somente em 1940. Título: III. Cubas para cremação de lixo na Baleia, arredores da Capital Formato: Coleção: Data-limite: Autoria: Notação: Nota:
Fotografia (reprodução) Revistas Diversas 07/05/1932 Desconhecida BR MGAPCBH//C.17/k-002 A fotografia publicada na revista Silhueta, nº 3, s/p., integra um conjunto de cinco fotografias sobre melhoramentos na cidade - s/p.
O espaço da cidadania Cidadania é um conceito histórico, já que sua concepção variou e varia em diferentes contextos sociais e geográficos. Ao longo de sua história, a sociedade belo-horizontina sempre encontrou o desafio de assegurar a todos os cidadãos o conjunto de seus direitos reconhecidos constitucionalmente. E, nessa trajetória, foram muitos os avanços e retrocessos registrados. A dimensão social da cidadania encontra na oferta de bons serviços públicos uma forma de garantia. Nesse sentido, espaços destinados à oferta de serviços públicos presentes em uma região, bairro, vila, favela ou conjunto ilustram o reconhecimento que a sociedade e os seus governos conferem às necessidades das pessoas que ocupam tais espaços. A ausência ou as condições em que tais serviços públicos são prestados também podem expressar a desigualdade que caracteriza a população regional, bem como o respeito ou o desrespeito aos direitos sociais de parcelas dessa sociedade.
1 Carta para o Secretário Adjunto de Saúde Projeto elétrico do Centro de Saúde Pompeia
A Constituição de 1988 marcou a implantação do Sistema Único de Saúde (SUS) que descentraliza os serviços públicos de saúde fornecidos aos cidadãos pelo Estado. Dessa forma, o Centro de Saúde deve atender as demandas da população residente no bairro onde é localizado, garantindo-lhes o direito social à saúde. O Projeto de Reforma Elétrico do Centro de Saúde Pompeia foi elaborado com objetivo de melhoria no atendimento à população do bairro. O documento aponta a necessidade de diversos ajustes nas instalações elétricas das Salas de Odontologia, Espera e, também, em locais de circulação. No campo “Notas” os responsáveis pela elaboração do projeto solicitam comunicação com antecedência à gerência, para que as obras evitem transtornos ao funcionamento do equipamento público.
Título: Projeto de Reforma Elétrico – Planta do segundo pavimento Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Escala: GR: Notação: Notas:
Projeto Secretaria Municipal de Saúde 08/1998 Assessoria de Arquitetura – Maria Virginia B. A. Rodrigues; Marcus Georges Alberto e Catia Nunes Domingues 1:50 1549 APCBH//AO.01.00.00 O documento faz parte do dossiê “Planilha de Orçamento. Reforma das Instalações Elétricas no Centro de Saúde Pompéia”. Somente um dos três responsáveis técnicos assina o documento.
A carta enviada ao Secretário Adjunto de Saúde apresenta o Projeto de Reforma da Rede Elétrica no Centro de Saúde Pompéia, na Regional Leste. O documento explicita a situação dos usuários dos serviços odontológicos que estarão privados de atendimento até que a reforma seja feita. Certamente, o alto consumo de energia dos equipamentos odontológicos levou à necessidade de adequação da rede elétrica local. Título:
Espécie: Fundo: Data-limite: Autoria: Notação: GR: Nota:
Centro de Saúde Pompeia [Correspondência para o Secretário Adjunto de Saúde da SMSA]
Carta Secretaria Municipal de Saúde - SMSA 04/12/1998 Atenção à Saúde/Distrito Sanitário Leste APCBH//AO.01.00.00 1549 O documento faz parte do dossiê “Planilha de Orçamento. Reforma das Instalações Elétricas no Centro de Saúde Pompéia”.
2 Fotografia de campanha sobre tuberculose Projeto arquitetônico de sanatório na Baleia
Até meados do século XX, a tuberculose assustou bastante a população brasileira. Contagiosa, a doença estigmatizava os seus portadores que, além dos sintomas da enfermidade, sofriam com a discriminação e o isolamento. Em Belo Horizonte, a doença foi a principal causa de morte nas primeiras cinco décadas e se tornou um problema de saúde pública. Para combatê-la, os dispensários promoviam a educação sanitária e a assistência médica e social aos doentes. Nos sanatórios, os infectados permaneciam isolados e em tratamento prolongado.
A história do Hospital da Baleia fez parte da Cruzada Mineira contra a Tuberculose, conforme demonstra o projeto arquitetônico, de 1940, para a construção de um sanatório na Fazenda da Baleia.
Título: Projeto para a construção de um Sanatório na Fazenda da Baleia – 2º pavimento
Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Escala: GR: Notação: Notas:
Projeto arquitetônico (planta baixa) Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana 1940 Luiz G. Jannuzzi 1:100 1342 APCBH//AJ.19.02.01 Cópia heliográfica. O projeto possui 7 folhas. Essa é a 1/7 que traz a planta baixa do segundo pavimento.
A fotografia da campanha educativa promovida pela Prefeitura de Belo Horizonte, em 2003, mostra uma triste realidade: o ressurgimento da tuberculose, uma enfermidade que se acreditava “coisa do passado”, conforme informa um dos cartazes usados na campanha. Os outros cartazes tratam dos sintomas da doença e enfatizam a existência da cura. Título: Campanha contra a tuberculose Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: GR: Notação: Nota:
Fotografia (digital) Assessoria de Comunicação Social do Município 25/03/2003 Adão de Souza 1465 APCBH//AB.10.00.00 Integra um conjunto de 11 fotografias digitais da Campanha contra a tuberculose. Identificação numérica da mídia: 9.
3 Folder de evento literário no Centro Cultural Alto Vera Cruz Projeto arquitetônico do Centro Cultural Alto Vera Cruz
Os Centros Culturais em Belo Horizonte surgiram a partir da década de 1990. Eles estão espalhados em diferentes regiões da cidade, promovendo e abrigando diversas ações culturais. Esses espaços públicos estão à disposição das comunidades onde se localizam, assim como de toda a sociedade belo-horizontina, para a realização e o acesso a oficinas, cursos, palestras, debates, exposições, espetáculos, manifestações artísticas e culturais diversas. A planta baixa do projeto arquitetônico do Centro Cultural Alto Vera Cruz traz a indicação dos seus ambientes e seus usos: salão multiuso, espaço cênico com sala de dimmer, biblioteca, sala de cursos, camarins, além de áreas dedicadas à administração, depósitos, copa, circulação e varandas.
Título:
Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Escala: GR: Notação: Notas:
Centro Cultural Alto Vera Cruz (Projetos Originais)
Projeto arquitetônico (planta baixa) Fundação Municipal de Cultura 06/1997 Lazuli Arquitetura Cênica – Raul Belém Machado e Mariluce [?] 1:50 1628 APCBH//AP.04.00.00 O documento conta com três folhas. O rasgo no canto inferior direito ocasionou a perda informações.
O documento divulga evento realizado no Centro Cultural Alto Vera Cruz. Alunos da Escola Municipal Israel Pinheiro, no bairro Alto Vera Cruz, produziram o livro “Onde mora a minha história”. A biblioteca do Centro Cultural apresentou e divulgou o livro como estratégia para incentivar a leitura na 10ª Semana do Livro Infantil, realizada de 17 a 25 de abril de 2007.
Título: 10ª Semana do livro infantil 2007
Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Notação: GR: Nota:
Folder (detalhe) Fundação Municipal de Cultura - FMC 04/2007 Fundação Municipal de Cultura/Prefeitura de Belo Horizonte APCBH//AP.03.00.00 1542 O documento integra o dossiê “Centros Culturais diversos”.
4 Fotografia do Mercado Distrital de Santa Tereza Projeto arquitetônico do Mercado Distrital de Santa Tereza
Em 1974 a Prefeitura de Belo Horizonte inaugurou o Mercado Distrital de Santa Tereza que se tornou um ponto de abastecimento para os moradores do bairro e de outras regiões da cidade. Cerca de 90 boxes ofertavam à população frutas, legumes, verduras e outros produtos, a preços acessíveis. Fechado em 2007, o Mercado recebeu várias propostas de uso, mas continua desocupado desde então. Eventualmente há uma feira na área externa, que é cedida para a realização de eventos privados. Uma das propostas de uso do local foi a de implantação de um Centro Cultural, conforme demonstra o documento cartográfico de 2002. Teatro, música, leitura, dança, exposição seriam atividades culturais ofertadas à população nesse Centro Cultural.
Título: Mercado Distrital Bairro Santa Tereza – Centro Cultural
Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Escala: GR: Notação: Nota:
Projeto arquitetônico (planta baixa do 1º pavimento) Fundação Municipal de Cultura 06/2002 Secretaria Municipal de Estrutura Urbana - Gerência de Projetos Especiais – Josfrancis de Melo Silva 1:75 1592 APCBH//AP.05.00.00 O documento faz parte do dossiê Espaço Cultural Santa Tereza – proposta para nova ocupação do Mercado Santa Tereza.
A fotografia registrou o Mercado do Bairro Santa Tereza no ano de sua inauguração, decorado à época das festas juninas/julhinas. Amplo, o Mercado contava com boxes padronizados para os comerciantes - tamanhos, materiais, letreiros e espaços para exposição dos produtos. Na imagem, podem ser vistas as balanças usadas à época para a pesagem dos produtos. Título: Mercado Distrital do Santa Tereza Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: GR: Notação: Nota:
Fotografia Superintendência de Desenvolvimento da Capital - SUDECAP 07/1974 Desconhecida 1662 APCBH//AW.04.00.00 A fotografia integra um conjunto de 10 fotos denominado Mercado Distrital do Santa Tereza.
5 Folder sobre inauguração de escola no bairro São Geraldo
Projeto arquitetônico de colégio no bairro Floresta
No bairro Floresta desde 1909, o Colégio Santa Maria, no passado, era dirigido por freiras e recebia, exclusivamente, estudantes do sexo feminino. Para atender às necessidades educacionais, a escola já passou por diversas alterações. Uma dessas mudanças é documentada pelo projeto de acréscimo, de 1923. Espaços para a administração, seis novas salas de aula, salas de música e de recreio, parlatório e dormitório eram algumas das aquisições da escola. A existência de dormitório para as alunas justificava-se pelo fato de a escola acolher estudantes do interior, no sistema de internato. Morando longe de casa, as alunas costumavam ir para casa somente nas férias. Curiosidade do projeto – fruto de planejamento e escolhas - é a indefinição do uso de um dos espaços: pátio ou vestiário?
Título: Collégio Santa Maria – projeto de accressimo
Formato: Doação: Data-limite: Autoria: Escala: GR: Notação: Notas:
Projeto arquitetônico (planta baixa) Arquivo Público Mineiro 1923 A. G. Gravatá 1:100 565 APCBH//Doação O documento integra um conjunto de projetos arquitetônicos do Colégio Santa Maria de diversas épocas, doados ao APCBH pelo APM. O projeto não traz registro referente à aprovação pelo poder público municipal.
A educação é um direito social de todos os cidadãos, mas, geralmente, é preciso que os cidadãos lutem para conquistar tal direito. Esse foi o caso da comunidade do bairro São Geraldo que, após uma década de lutas, obteve da Prefeitura a construção de uma escola pública: a Escola Municipal Padre Francisco Carvalho Moreira.
Título: Após anos de descaso e omissão das autoridades a comunidade do Bairro São Geraldo tem sua escola
Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Notação:
Folder Assessoria de Comunicação Social do Município 1994] Prefeitura de Belo Horizonte BR MGAPCBH//AB.11.01.00-030-029
6 Fotografia da reinauguração da Praça Duque de Caxias Projeto geométrico da Praça Duque de Caxias
O Projeto Geométrico da Praça Duque de Caxias, de 1984, foi elaborado com a finalidade de resgatar a função do local enquanto espaço público de lazer no bairro Santa Tereza e ainda aumentar em 4.060,00m² a sua área. Essa ampliação foi obtida com a incorporação de trechos das ruas próximas considerados, então, desnecessários ao tráfego dos veículos. No planejamento da reforma estão incluídas mudanças em coreto, canteiros, bancos, alamedas e iluminação. O piso de saibro compactado para passeios e grandes áreas foi proposto devido ao baixo custo de implantação e manutenção. A implantação, elevação e ligação de bocas de lobo estão inseridas no projeto. Com essa intervenção, a praça ganhou o formato que mantém atualmente.
Título: Praça Duque de Caxias
Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Escala: GR: Notação: Notas:
Projeto geométrico Secretaria Municipal de Planejamento 20/03/1984 Carlos Henrique de Affonseca 1:500 381 APCBH//AH.06.00.00 Folha 1/2. O documento integra um dossiê.
A Praça Duque de Caxias passou por várias intervenções. Uma delas aconteceu nos anos 1999-2000 e foi realizada pela Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap). Durante o período das obras, o acesso ao equipamento público foi limitado. A fotografia de 2000 mostra a reinauguração da praça em um evento que contou com a presença da comunidade e atrações como palhaços e shows. Título: Praça Duque de Caxias – Inauguração da praça com palhaços entretendo a multidão/Show em uma estrutura de palco Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: GR: Notação: Nota:
Fotografia Superintendência de Desenvolvimento da Capital 06/2000 Desconhecida 1701 APCBH//AW.04.00.00 O documento integra um conjunto de 160 fotografias sobre a Praça Duque de Caxias.
7 Folder do Orçamento Participativo 2001/2002 Planta sobre obra do Orçamento Participativo 1994
O Orçamento Participativo foi implantado em 1994, pela Prefeitura de Belo Horizonte. Esse programa propunha a ampliação da atuação dos cidadãos nas decisões acerca da gestão da cidade. A participação da população definiria uma série de empreendimentos a serem desenvolvidos na sua regional. O documento cartográfico apresenta um empreendimento do OP 94: a canalização do ribeirão Arrudas e a urbanização do seu entorno na Regional Leste. A obra era dividida em dois trechos: I Rua Mariano de Abreu à Rua Curi; II - Rua Curi à Rua Itamar. Dada a dimensão da obra, ela seria executada em partes, paulatinamente.
Título: Ribeirão dos Arrudas. Trecho 1: Rua Mariano de Abreu/Rua Curi Trecho 2: Rua Curi/Rua Itamar
Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Escala: GR: Notação:
Planta Secretaria Municipal Adjunta de Planejamento 1989-2000 Superintendência de Desenvolvimento da Capital 1:2000 1118 APCBH//AH.05.00.00
O folder trata do Orçamento Participativo 2001/2002, na região Leste. O documento traz a relação das 25 obras pré-selecionadas pela comunidade que ainda precisaria fazer novas escolhas, reduzindo a lista para, no máximo, 14. Difícil estabelecer as prioridades quando as carências são tantas! O que é mais importante: saneamento básico, centro de saúde, escola, pavimentação de via ou regularização fundiária?
Título: Orçamento Participativo - A cidade não acontece sem você Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: GR: Notação: Nota:
Folder (detalhe) Secretaria Municipal Adjunta de Planejamento [2000] Prefeitura de Belo Horizonte Lista GRS Reunidas APCBH//AH.07.00.00 Ver GR 1537 (Regional Leste- drenagem/Pavimentação - Rua Curi, São Geraldo, Leste, 1994 - Cod:L 19 - Op/94).
Negócios e suas representações Na Regional Leste, o bairro que ocupou a primazia no tocante à ocupação, e também aos negócios, foi o Floresta. A proximidade com a zona urbana e suas estações ferroviárias cedo estimulou o surgimento de indústrias e de serviços de hotelaria, bares e restaurantes que agitaram a vida boêmia da cidade. Mercado, padaria, farmácia, loja, cinema e muitos outros tipos de empreendimentos garantiram o ganha-pão de trabalhadores e empresários e atraíram profissionais liberais para o bairro. E, dentre essas pessoas, havia muitos imigrantes. Dentre os diversos fatores de estímulo aos negócios nos bairros da Regional Leste estão a ferrovia, o Quartel, o Cemitério da Saudade, o Estádio Independência, o metrô, as escolas, os templos religiosos, além de melhorias urbanas como a canalização de córregos e a abertura de vias e praças. Ao longo do tempo, em todos os bairros e vilas, o comércio cresceu e, de maneira geral, se diversificou; mas, o comércio de abastecimento sempre teve destaque, dada a sua relevância para a vida dos cidadãos. No século XXI, a Regional consolidou um diferencial seu: um polo comercial moveleiro.
1 Fotografia do Matadouro Velho
Projeto arquitetônico para a área de hotelaria
A capital a ser inaugurada prometia bons negócios. Poucos dias antes da festança, o projeto para uma pensão ou hotel com 13 quartos (e nenhum banheiro!) no bairro Floresta era apresentado ao poder público e, cerca de um mês depois, seria aprovado. O negócio na área de hotelaria de Manuel Garçon localizava-se na Av. do Contorno, ao lado do futuro Hotel Floresta. A edificação foi erguida, mas, de acordo com outro projeto de 1999, a cozinha e o quarto a ela contíguo não foram construídos. Esse novo projeto destinava-se à construção de quatro cômodos pequenos: cozinha, despensa, banheiro e wc (local para banho e latrina). De acordo com outros projetos, em 1919, a área em frente a esses cômodos seria coberta para servir de salão de refeições e, mais tarde, em 1925, a área de negócios seria transformada em cinco quartos.
Título: Projecto de uma casa de negocio (sic.) a construirse no lote nº 9 Quarteirão 2, Secçao VI (suburbana)
Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Escala: GR: Notação: Nota:
Projeto arquitetônico Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana 04/12/1897-08/01/1898 Joaquim Bejarano 1:50, 1:100, 1:400 1567 APCBH//AJ.19.02.01 O acervo institucional conta com mais três projetos desse terreno.
Antes mesmo da inauguração, a nova capital garantiu trabalho para muita gente em diferentes setores, sendo um deles o de abastecimento de carne. Um dos locais que empregou trabalhadores foi o matadouro público, localizado à margem do Arrudas, na região do atual bairro Santa Efigênia. A fotografia publicada em 1937 mostra grande movimento de pessoas na parte externa desse local, o “Matadouro Velho”.
Título: Matadouro Velho
Formato: Coleção: Data-limite: Autoria: Notação: Notas:
Fotografia (reprodução) Relatórios Anuais de Atividades da Prefeitura de Belo Horizonte (1899-2005) 1937 Prefeitura de Belo Horizonte BR MGAPCBH//C.01/c-003 A fotografia foi publicada na p.156a. O Matadouro Velho ocupava o terreno que atualmente abriga a Câmara dos Vereadores.
2 Projeto arquitetônico para fábrica no bairro Floresta
Reportagem sobre o bairro Floresta
O primeiro núcleo de ocupação e de negócios industriais, comerciais e de serviços a se consolidar na área suburbana foi o bairro Floresta, que também conta com uma área urbana, isto é, situada dentro dos limites da Avenida do Contorno. O projeto arquitetônico aprovado em 1928 traz um exemplo de empreendimento industrial surgido à época: uma fábrica de artefatos. Localizada na extinta Rua do Ramal (na beira da ferrovia), a fábrica seria instalada em parte de um lote irregular onde já havia outras edificações e que também tinha uma pequena parte voltada para a Avenida do Contorno. Além de moradias, a Rua do Ramal contava com outros empreendimentos como oficinas de marcenaria e carpintaria, depósitos e bar. A fábrica projetada deveria ocupar um galpão de 212,50 m2, pertencente a Bernardo Teixeira da Silva.
Título: Projecto a edificar-se na parte do lote nº 2 do quarteirão 4 da VI seção suburbana
Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Escala: Notação: GR:
Projeto arquitetônico Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana 05/08/1927-11/08/1928 Miguel Noce 1:50, 1:100 APCBH//AJ.19.02.01 1567
A reportagem e as propagandas publicadas pela revista Leitura, em 1941-1942, enaltecem o crescimento do Floresta que, à época, contava com 15 mil habitantes. A revista destacava o comércio variado (de alimentos e lojas especializadas), os estabelecimentos industriais (principalmente a fábrica de balas Lalka) e os serviços diversos, inclusive os 30 consultórios e escritórios de profissionais liberais.
Título: A Floresta, o bairro que é uma cidade dentro da Cidade
Espécie: Coleção: Data-limite: Notação: Notas:
[Reportagem] Revistas Diversas 12/1941-01/1942 BR MGAPCBH//C.17/q-005 Publicado na revista Leitura – O espelho da cidade, nº 19, dez. 1941/jan. 1942. A reportagem continua na p. 90.
3 Fotografia de cinema no bairro Floresta
Projeto arquitetônico de cinema no bairro Floresta
O primeiro núcleo de ocupação e de negócios industriais, comerciais e de serviços a se consolidar na área suburbana foi o bairro Floresta, que também conta com uma área urbana, isto é, situada dentro dos limites da Avenida do Contorno.
O projeto arquitetônico aprovado em 1928 traz um exemplo de empreendimento industrial surgido à época: uma fábrica de artefatos. Localizada na extinta Rua do Ramal (na beira da ferrovia), a fábrica seria instalada em parte de um lote irregular onde já havia outras edificações e que também tinha uma pequena parte voltada para a Avenida do Contorno. Além de moradias, a Rua do Ramal contava com outros empreendimentos como oficinas de marcenaria e carpintaria, depósitos e bar. A fábrica projetada deveria ocupar um galpão de 212,50 m2, pertencente a Bernardo Teixeira da Silva.
Título: Projecto a edificar-se na parte do lote nº 2 do quarteirão 4 da VI seção suburbana
Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Escala: Notação: GR:
Projeto arquitetônico (fachadas) Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana 05/08/1927-11/08/1928 Miguel Noce 1:50, 1:100 APCBH//AJ.19.02.01 1567
Na década de 1940, outro cinema conhecido como “novo Cine Floresta” foi inaugurado, na Av. do Contorno, esquina com Rua Floresta. Após o seu fechamento, na década de 1970, o local abrigou uma casa de espetáculos chamada “Minas Show” (1987-1990), uma loja de calçados, uma agência bancária e um templo religioso.
Título: Figura 77: Sapataria Elmo no mesmo local onde funcionou o Cine Floresta Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Notação: GR: Nota:
Fotografia Fundação Municipal de Cultura 1996 Secretaria Municipal de Cultura/Departamento de Memória e Patrimônio Cultural APCBH//AP.27.00.00 1682 A fotografia integra o Dossiê de Tombamento do Conjunto Urbano do Bairro Floresta. Processo nº 011062509557. Belo Horizonte, 1996, 185p. f. 85.
4 Propaganda comercial publicada em revista
Projeto arquitetônico de centro comercial
A presença da ferrovia e das oficinas da Estrada de Ferro Central do Brasil no Horto estimulou a ocupação e o desenvolvimento da região que, em 1962, teve o projeto arquitetônico de um centro comercial aprovado pela Prefeitura. De olho nos consumidores ferroviários e outros, o centro comercial foi projetado para a Avenida Silviano Brandão, próximo da estrada de ferro e das ruas Pitangui e Conselheiro Rocha, numa época em que nem a Av. dos Andradas, nem o viaduto ferroviário existiam. Ocupando oito lotes, a edificação de dois pavimentos contava com 90 unidades de lojas e boxs, havendo espaços para o comércio de jornais, peixes, aves, carnes e laticínios, além de amplos sanitários e pátio interno.
Título: Projeto de um centro comercial – 1º Pavimento
Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Escala: GR: Notação: Notas:
Projeto arquitetônico (planta baixa) Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana 23/04/1962-06/05/1963 Ilegível 1:100 1567 APCBH//AJ.19.02.01 Vila Edgar Wereck Q.001C L.001 a 008. Microfilme: 96.502(4/4). O projeto conta com quatro folhas.
A propaganda publicada na revista Novidades, de 1945, divulgava os produtos de uma fábrica de mortadela, linguiça, salame, banha e sabão. Ao manter seu escritório e depósito na Estação Ferroviária Santa Efigênia, a empresa procurava ampliar os seus negócios, pois podia despachar mercadorias para qualquer localidade servida por trilhos. Outra estratégia comercial era divulgar telefone e caixa postal na propaganda. Título: Cia Industrial de Produtos Regionais S/A
Formato: Coleção: Data-limite: Autoria: Notação: Nota:
Propaganda Revistas Diversas 07/1945 Desconhecida BR MGAPCBH//C.17/s-002 Publicada na revista Novidades, nº 79, de jul. 1945
5 Bar em Santa Efigênia Projeto arquitetônico de edifício no bairro Floresta
O bairro Floresta ainda tem muitas edificações das primeiras décadas da história da cidade. Até a década de 1920, o estilo eclético imperava, mas a partir dos anos 1930, o art-nouveau passou a compor a paisagem urbana. O projeto de 1932, em estilo art-déco, é de um prédio de dois pavimentos, localizado na Rua Pouso Alegre. Muito comum à época, o prédio destinava-se ao uso misto, atendendo aos interesses residenciais e comerciais. O proprietário – Abrahão Karez - trazia em seu nome a marca da imigração que caracterizou a população belo-horizontina dos primeiros tempos. Italianos, portugueses, espanhóis, judeus, sírios, libaneses e outros estrangeiros se instalaram no Floresta, dedicando-se à indústria, ao comércio ou oferecendo diversos serviços à sociedade.
Título: Projecto de um prédio a ser construído em parte do lote 1, do quarteirão 1A, da VI secção suburbana Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Escala: GR: Notação: Notas:
Projeto arquitetônico Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana 14/03/1932-31/03/1932 Escriptório de Archttetura N. Corrêa Bucich 1:50 1567 APCBH//AJ.19.02.01 O projeto tem três folhas. O acervo institucional conta com mais dois projetos para esse terreno, do mesmo proprietário: um de 1929, uma casa que não chegou a ser construída, e outro de 10/1932, de dependência em substituição à aprovada no documento ora exposto.
A paisagem do bairro Santa Efigênia também é marcada pelas antigas edificações de uso comercial ou misto. A fotografia do imóvel construído em 1933, situado na Rua Niquelina, antigo caminho para Sabará, mostra um edifício eclético com elementos art-déco e platibanda recortada que sempre teve uso comercial. Ele integra o Conjunto Urbano Praça Floriano Peixoto e Adjacências, tombado como patrimônio cultural.
Título: Rua Niquelina, 83
Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Notação: GR: Nota:
Fotografia Fundação Municipal de Cultura 2002 Clóvis de Magalhães Pinto APCBH//AP.27.00.00 1743 A fotografia integra o Dossiê de Tombamento do Conjunto Urbano Praça Floriano Peixoto e Adjacências.
6 Fotografia de restaurante publicada em revista Projeto arquitetônico de mercado no bairro Floresta
À medida que a cidade cresceu, aumentaram os serviços e o comércio de abastecimento. Em meados do século XX, a Prefeitura mantinha dois armazéns, três restaurantes populares e três mercados públicos, sendo um no Floresta. Em 1951, o Mercadinho da Floresta funcionava debaixo do Viaduto dos Navegantes (da Floresta), com 123 feirantes produtores que usavam tabuleiros da Prefeitura para vender verduras, frutas, legumes, aves, aves, laticínios, doces, carnes e derivados e flores. Em 1965, a Prefeitura aprovou um projeto para a construção de um centro comercial particular, localizado em frente ao Mercadinho, mas ele não “saiu do papel”. Ele teria 12 lojas voltadas para a Av. do Contorno e R. Mauá (ex-Rua do Ramal) e áreas de frigoríficos e depósitos na R. Jacuí, além de um segundo pavimento com escritórios.
Título: Mercado em partes dos lotes 10 e 11 do quarteirão nº 2 da 6ª s. suburbana – Centro Comercial Maria Rosa Diniz – prancha 2
Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Escala: Notação: GR: Notas:
Projeto arquitetônico (planta baixa) Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana 29/03/1965-01/04/1965 Douglas K. Fernandes 1:100, 1:500 APCBH//AJ.19.02.01 1567 O projeto arquitetônico conta com cinco folhas. A prancha 2/5 traz as plantas baixa e de situação, com a indicação das edificações a serem demolidas.
A preocupação com a alimentação da população está refletida na foto de 1945 que mostra o restaurante dos ferroviários da Central do Brasil, situado no Horto Florestal. A empresa e as associações dos ferroviários asseguravam aos trabalhadores políticas de alimentação, moradia, saúde, previdência, educação, esporte, lazer e transporte numa época em que, praticamente, não se falava em direitos de cidadania
Título: Almoço no restaurante dos ferroviários da Central do Brasil no Horto Florestal [...] Formato: Coleção: Data-limite: Notação: Nota:
Fotografia (reprodução) Revistas Diversas 07/1945 BR MGAPCBH//C.17/s-003 A fotografia integra a reportagem “Central do Brasil, elemento de progresso e civilização’, publicada na revista Novidades, nº 79, jul. 1945.
7 Justificativa de proposição de lei Projeto arquitetônico de galpão
Em meados do século XX, um dos indicadores do desenvolvimento econômico de uma cidade era o consumo de madeira, largamente utilizada na construção civil. Em todo o Brasil, só no século XXI é que a preocupação com o meio ambiente levou à exigência da certificação da madeira comercializada. Uma das madeireiras que existiram no território hoje pertencente à Regional Leste ficava na rua Curvelo, no bairro Floresta. O projeto arquitetônico de 1952 destinava-se à construção de um galpão para a instalação de empreendimento voltado para o comércio de madeiras. Uma das folhas do documento traz a representação de funcionários da empresa carregando madeiras. Esse tipo de desenho, com humanos, era incomum nos projetos arquitetônicos aprovados pela Prefeitura de Belo Horizonte.
Título: Galpão para Romeu Barbosa de Resende – Lote 5 Quarteirão 1B 6ª S. Suburbana
Formato: Fundo: Data-limite: Autoria: Escala: GR: Notação: Nota:
Projeto arquitetônico (fachada e muro) Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana 04/08/1952-27/09/1952 Ilegível 1:50 1567 APCBH//AJ.19.02.01 Microfilme: 46842(2/2)
O uso de madeira não se restringiu às construções. A Regional Leste conta com um polo moveleiro situado na Av. Silviano Brandão. A Lei nº 10.965, de 2016, reconheceu esse centro comercial especializado em móveis e estabeleceu normas para o seu funcionamento, garantindo que os comerciantes pudessem expor seus produtos nas calçadas aos sábados, domingos e feriados, desde que respeitando os pedestres.
Título: Proposição de Lei Nº 1401/2014 - Justificativa Fundo: Data-limite: Autoria: Notação: Nota:
Câmara Municipal de Belo Horizonte 2014-2016 Vereador Sérgio Fernando Pinho Tavares BR MGAPCBH//DR.01.02.10-4799 A projeto de lei foi parcialmente vetado pelo prefeito, mas a Câmara dos Vereadores rejeitou o veto, aprovando a Lei Nº 10.965, de 2 de setembro de 2016, que institui o Polo de Móveis na Avenida Silviano Brandão e dá outras providências.
Referências Bibliográficas ARREGUY, Cintia Aparecida; RAJÃO, Raphael Ribeiro. Histórias de bairros - Belo Horizonte Regional Leste. Belo Horizonte: APCBH; ACAP-BH, 2008. CAMPOS, Helena Guimarães. A História e a formação para a cidadania nos anos iniciais do ensino fundamental. São Paulo: Saraiva, 2012. FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO. Ômnibus: uma história dos transportes coletivos em Belo Horizonte. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro; Centro de Estudos Históricos e Culturais, 1996. 380 p. (Centenário) MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Ministério Público questiona extração minerária na Serra do Curral. 14 nov. 2018. Disponível em: <https://www.mpmg.mp.br/comunicacao/noticias/ministerio-publico-questiona-extracao-mineraria-na-serra-do-curral.htm>. Acesso em: 13 nov. 2019. NOVAIS, Andrea Lanna Mendes; GUIMARÃES, Gerusa Gontijo. Fragilidades do instrumento de tombamento da Serra do Curral. III Colóquio Ibero-Americano. Belo Horizonte: UFMG; IEDES, 2014. Disponível em: <http://www.forumpatrimonio.com.br/paisagem2014/artigos/pdf/96.pdf>. Acesso em: 20 out. 2019. PEREIRA, Isabel Regina de Souza. Diga não a canalização III – Canalizar córregos e rios, solução ou mais problemas? Guia Ecológico. 26/04/2019. Disponível em: <https://guiaecologico.wordpress.com/2009/10/13/diga-nao-a-canalizacao-iii-canalizar-corregos-e-rios-solucao-ou-mais-problemas/>. Acesso em: 22 nov. 2019. PREFEITURA DE BELO HORIZONTE. Mercado Santê – diagnóstico propositivo Mercado Distrital de Santa Tereza. Belo Horizonte: PBH, Secretaria Municipal Adjunta de Planejamento Urbano, 2016. Disponível em: <https://drive.google.com/file/d/0Byy17j1MKDWKLXpwNWd1UHp4bWM/view>. Acesso em: 22/10/2019. Acervo CENTRO DE VIVÊNCIA AGROECOLÓGICA. História da Gente do Lugar e do Lugar da Gente – Granja de Freitas, Alto Vera Cruz, Taquaril. Belo Horizonte: Centro de Vivência Agroecológica; Prefeitura de Belo Horizonte; Rede de Intercâmbio de Tecnologias Alternativas, 1997. RELATÓRIO Anual da Prefeitura de Belo Horizonte – 1951. BR MGAPCBH//C.01/d-004. RELATÓRIO apresentado ao Conselho Deliberativo pelo Prefeito Flávio Fernandes dos Santos, em setembro de 1924. BR MGAPCBH//C.01/d-021.
Ficha Técnica Realização Prefeitura de Belo Horizonte por meio da Secretaria Municipal de Cultura Fundação Municipal de Cultura Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte
Digitalização de documentos Giselle Souza da Silva Ribeiro João Victor Lessa Thaís Marcolino dos Santos Thiago Henrique Martins Lopes
Pesquisa e redação Adriane Lana Alves Francisco Pereira Castilho Ferreira Machado Gabriel Esteves Campos Costa Helena Guimarães Campos Luiz Fernando Cristiano Ferreira da Silva Vitor Paulo Azevedo de Araújo
Conservação de documentos Demilson Malta Vigiano Maria Lúcia de Souza Duarte
Revisão Helena Guimarães Campos Michelle Márcia Cobra Torre
Parceria Secretaria Municipal de Educação Centro de Aperfeiçoamento Profissional da Educação
Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte Rua Itambé, 227. Floresta. BH Telefone: E-mail: Site:
(31) 3277-4603 educativoapcbh@pbh.gov.br pbh.gov.br/apcbh