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Comodoro Francisco Gamito Ferreira, Diretor do HFAR: “O Hospital das Forças Armadas tem de otimizar a sua capacidade de resposta”
from Revista "O Hospital" | Nº 32
by APDH
O comodoro Francisco Gamito Ferreira é, desde 2021, o presidente do Hospital das Forças Armadas (HFAR). Com um currículo invejável, este pneumologista tem ideias precisas para o trabalho a fazer no HFAR, que reconhece não ser fácil, mas também diz não ser impossível de concretizar.
Simpático, direto e …militar, o comodoro Francisco Gamito Ferreira quer colocar o hospital que dirige mais próximo das pessoas e criar condições para tal, principalmente no que se refere a profissionais de saúde. Neste momento, os dois Polos do HFAR contabilizam 1386 profissionais, repartidos por 457 militares, 585 elementos do Quadro Orgânico de Pessoal Civil e 344 civis em regime de prestação de serviços.
Como está dimensionado e estruturado, hoje, o Hospital das Forças Armadas (HFAR)?
O Hospital das Forças Armadas (HFAR), criado em 2014, iniciou o seu caminho como uma unidade inovadora altamente diferenciada, com todas as valências médicas estruturadas, uma dimensão humanizada, funcional e acolhedora para doentes e colaboradores. Esta moderna unidade hospitalar tem um papel fundamental na formação de quadros técnicos especializados, e na definição de modelos de melhores práticas. Hoje, é um parceiro reconhecido na área da prestação de cuidados de saúde e continua a inovar e desenvolver uma prática clínica que se pretende de excelência.
Em termos de modelo de organização, o HFAR tem uma Direção e uma Estrutura Executiva de Apoio à Direção, dois Polos hospitalares (o Polo de Lisboa, vulgarmente designado como HFAR-PL e o Polo do Porto, conhecido como HFAR-PP) que possuem 4 Departamentos inseridos na Área Clínica, englobando diversas valências médicas, cirúrgicas e de Meios Complementares de
Diagnóstico e Terapêutica, possuindo ainda, ambos os polos, Serviços de Suporte.
Existem ainda 3 unidades especializadas – o Centro de Epidemiologia e Intervenção Preventiva (CEIP), a Unidade de Tratamento Intensivo de Toxicodependência e Alcoolismo (UTITA) e a Unidade Militar de Toxicologia (UMT) – que estão integrados no HFAR, dependendo hierarquicamente do Diretor.
No futuro próximo, o Centro de Medicina Aeronáutica (CMA) e o Centro de Medicina Subaquática e Hiperbárica (CMSH) – dois Centros especializados que se encontram localizados no Campus de Saúde Militar do Lumiar, adjacentes ao HFAR – serão integrados no HFAR.
O HFAR tem por Missão, prestar cuidados de saúde diferenciados aos militares das Forças Armadas, bem como à família militar e aos deficientes militares, podendo, na sequência de acordos que venha a celebrar, prestar cuidados de saúde a outros utentes.
A Política da Qualidade do nosso Hospital representa o compromisso público, da nossa visão, dos nossos valores e do nosso comprometimento para com a Qualidade do serviço que prestamos, centrado nos nossos utentes, tendo com referência a norma NP EN ISO 9001 e o foco permanente na melhoria contínua dos nossos processos.
Nesta análise da sua dimensão e estrutura, importa ter presente que o HFAR, sendo um hospital de pequenas dimensões, apresenta características muito particulares que o distinguem das demais unidades hospitalares. Essa Singularidade manifesta-se em 3 (três) dimensões:
1) Singularidade numa dimensão Histórica e Cultural:
Apesar de ser um Hospital jovem, pois decorreram apenas 8 anos desde a publicação do decreto-lei que procedeu à sua criação, está, no entanto, alicerçado numa história secular e numa multiculturalidade que herdou dos antigos Hospitais da Marinha, do Exército e da Força Aérea. Como herdeiro histórico desses Hospitais, deles recebeu a sua História, as suas Tradições e Valores, que constituem a sua base de sustentação e contribuem para o reforço do seu Património Institucional e da sua Identidade Coletiva.
2) Singularidade nas suas atribuições:
Pois, além da tradicional atividade assistencial desenvolvida nos hospitais, tem um importante papel no âmbito da saúde operacional, nomeadamente no aprontamento e apoio aos militares que integram as Forças Nacionais Destacadas (FND) ou outras missões fora do território nacional e empenhando profissionais de saúde do seu quadro orgânico em missões de carácter operacional.