BRASIL PRESBITERIANO 761 ABR 2018

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Brasil Presbiteriano O Jornal Brasil Presbiteriano é órgão oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil Ano 58 nº 761 – Abril de 2018

EDUCAÇÃO CRISTÃ

SUPREMO CONCÍLIO 39ª Reunião do Supremo Concílio acontecerá de 22 a 29 de julho no Hotel Monte Real, em Águas de Lindóia (SP). Culto especial, Ato de Verificação de Poderes e Sessão de Examinação de Documentos ocorrerão durante a RO-SC/IPB2018

Com o tema A verdade da prática - Interpretação, ensino e aplicação da Escritura em nossos dias, 5º Congresso de Educação Cristã acontece entre os dias 31/05 a 03/06 em São Paulo na Universidade Presbiteriana Mackenzie

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RESPONSABILIDADE SOCIAL E DIACONIA

IP de Botucatu (SP) realizou treinamento de professores sobre Didática para o Ensino de Crianças. O curso teve participação de professores da EB de diversas igrejas locais e de escolas confessionais da cidade Página 14

EDITORIAL

Aconteceu em março o I Congresso de Responsabilidade Social e Encontro Sinodal de Diáconos do Sínodo Noroeste do Brasil, na cidade de Porto Velho (RO)

A cooperação alemã Pão para o Mundo esteve no Brasil para conhecer trabalho realizado Diaconia (organização social brasileira na qual a IPB é membro) em Pernambuco

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O preço de nossa inclusão na aliança

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EDITORIAL

O preço de nossa inclusão na aliança

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ordem divina para a celebração da primeira Páscoa veio com as instruções a respeito da saída dos filhos de Israel do Egito. O evento seria simultâneo com a morte dos primogênitos. A dor da perda de um ou mais queridos na mesma noite seria sentida em todos os lares egípcios. Os israelitas, porém, seriam poupados, seriam redimidos. Um cordeiro morreria em seu lugar e suas casas deveriam ter suas portas marcadas com o sangue da vítima substituta. A ideia era que Deus livra seu povo da escravidão e da morte condenatória mediante a realização de um sacrifício vicário providenciado pelo próprio Deus. Para os israelitas, na noite da morte dos primogênitos, o cordei-

ro pascal simbolizou vida e liberdade. Para todos os que vieram depois, e para nós hoje, ele tipificou a salvação em Cristo, a vida e liberdade que ele proporciona aos que creem. A ideia da substituição é apresentada em Gênesis 15. O Senhor reafirmou a Abrão sua aliança e o patriarca aproveitou o ensejo para reclamar da falta de herdeiros. Deus refirmou a promessa de uma descendência, Abrão creu na palavra de Deus e isso lhe foi atribuído como justiça. Quando Abrão insistiu na pergunta sobre o cumprimento da promessa, o Senhor lhe ordenou que providenciasse e cortasse ao meio “uma novilha, uma cabra e um cordeiro”, bem como, sem cortar, “uma

rolinha e um pombinho” (Gn 15.9). O patriarca adormeceu profundamente e o Senhor lhe falou detalhes da promessa feita e o futuro de Israel. Ao anoitecer, “um fogareiro fumegante e uma tocha de fogo passaram entre aqueles pedaços dos animais” (v.17). Esse procedimento remete às práticas comuns de celebração de alianças no antigo Oriente Próximo. Após feitos os acertos pactuais e a concordância verbal da parte dos celebrantes, ambos passavam entre animais mortos e arranjados como os que Abrão dispôs, significando que afirmavam submeter-se ao mesmo destino se viessem a transgredir a aliança firmada. O Senhor da Aliança, porém, representado pelo

fogareiro fumegante, passou sozinho entre as partes dos animais mortos. Ele sozinho, e não seu povo transgressor assumiria a consequência pela transgressão da aliança. O Santo Deus do Pacto não faria vistas grossas ao pecado, mas ele mesmo pagaria o preço da transgressão. Daí a ideia do substituto, central na Páscoa, tal como instituída por ocasião doo início do êxodo e celebrada na História subsequente. Isso até que “Cristo, o nosso cordeiro pascal foi sacrificado” (1Co 5.7). Então, outra páscoa não terá lugar em nossos calendários. O povo de Deus reúne-se em torno da mesa da ceia e celebra sua inclusão na nova aliança, ao preço do sangue de Cristo (1Co 11.25).

Brasil Presbiteriano Ano 58, nº 761 Abril de 2018 Rua Miguel Teles Junior, 394 Cambuci, São Paulo – SP CEP: 01540-040 Telefone: (11) 3207-7099 E-mail: bp@ipb.org.br assinatura@cep.org.br Órgão Oficial da

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Uma publicação do Conselho de Educação Cristã e Publicações Conselho de Educação Cristã e Publicações (CECEP) Clodoaldo Waldemar Furlan (Presidente) Domingos da Silva Dias (Vice-presidente) André Luiz Ramos (Secretário) Alexandre Henrique Moraes de Almeida Anízio Alves Borges José Romeu da Silva Mauro Fernando Meister Misael Batista do Nascimento Conselho Editorial da CEP Março 2018 a março 2020

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Antônio Coine Carlos Henrique Machado Cláudio Marra (Presidente) Filipe Fontes Heber Carlos de Campos Jr Marcos André Marques Misael Batista do Nascimento Tarcízio José de Freitas Carvalho Conselho Editorial do BP Março 2018 a março 2020 Anízio Alves Borges Ciro Aimbiré Moraes Santos Cláudio Marra (Presidente) Clodoaldo Waldemar Furlan Hermisten Maia Pereira da Costa Jailto Lima do Nascimento Natsan Pinheiro Matias Edição e textos Gabriela Cesário E-mail: bp@ipb.org.br Diagramação Aristides Neto Impressão


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GOTAS DE ESPERANÇA

Nunca perca a esperança “(...) Senhor, se tu quiseres, podes purificar-me” (Lc 5.12). Hernandes Dias Lopes

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á problemas insolúveis, há doenças incuráveis, há causas perdidas, a menos que Jesus realize um milagre. E foi o que ele fez e é o que ele faz. O texto em apreço fala de um homem coberto de lepra que, estando como uma carcaça humana, com seu corpo apodrecendo, vai a Jesus, prostra-se diante dele e, clama: “Senhor, se tu quiseres, podes purificar-me”. Sua doença era incurável, seu problema era insolúvel, sua causa era perdida, mas Jesus estendeu a mão, tocoulhe, dizendo: Quero, fica limpo! E, imediatamente, lhe desapareceu a lepra. Seis verdades são destacadas no texto em tela: Em primeiro lugar, o doente (Lc 5.12). Os três Evangelhos Sinóticos narram esse episódio, mas só Lucas, que era médico, nos informa que o homem estava coberto de lepra, ou seja, no estado mais avançado da doença. O homem está apodrecendo vivo. Era um carcaça humana. Um ser nauseabundo. Seu caso era irremediável. Ele vai a Jesus, e humildemente, roga por um milagre e o milagre acontece. O doente não exigiu, rogou. Mesmo sabendo que Jesus tem

todo o poder, submeteu-se à sua vontade soberana. Em segundo lugar, o médico (Lc 5.13). Ninguém podia tocar um leproso sem ficar impuro. Jesus compadeceu-se do homem, tocou-lhe e disse: Quero, fica limpo! Em vez do impuro contaminar o

Em terceiro lugar, a cura (Lc 5.13b). O texto diz que “(...) no mesmo instante, lhe desapareceu a lepra”. Jesus cura-o imediatamente, completamente, eficazmente. Cura-o emocional e fisicamente. Cura-o sem deixar qualquer sequela. Cura-o, apesar de estar

mas fatos concretos e verificáveis. Segundo, porque fazendo isso, Jesus estava protegendo esse homem de quaisquer especulações maliciosas. Ninguém precisava suspeitar da veracidade de sua cura. Jesus estava, assim, devolvendo-o ao convívio familiar,

Jesus, hoje, está à destra de Deus Pai, de onde intercede por nós. Por isso, por mais dramático que seja o nosso problema, jamais devemos perder a esperança!

puro, foi o puro que tocou o impuro e o tornou puro! Por que Jesus tocou o leproso se um leproso não podia ser tocado? Porque viu que o leproso, há tanto tempo reduzido ao ostracismo da doença, precisava sentir-se amado. Jesus é o médico que tem compaixão e poder. Para ele não tem doença incurável nem causa perdida. Ele não apenas cura as feridas do corpo, mas também lanceta os abcessos da alma.

coberto de lepra, com o corpo deformado, com a pele necrosada. Cura-o a despeito de sua morte já ter sido decretada pela doença. Em quarto lugar, o testemunho (Lc 5.14). Jesus manda o homem ao sacerdote por duas razões. Primeiro, porque o sacerdote era a autoridade sanitária competente para declará-lo publicamente curado. Isso significa que os milagres de Jesus não eram apenas experiências subjetivas,

religioso e social. Em quinto lugar, o impacto (Lc 5.15). O milagre operado por Jesus produziu tal impacto que, grandes multidões afluíam para ouvi-lo e serem curadas. Mesmo tendo Jesus ordenado ao homem curado para nada dizer a ninguém, ele saiu a propalar esse prodígio divino (Mc 1.44,45). Jesus ordenou a esse homem para se calar e ele proclamou os grandes feitos de Cristo em sua

vida; Jesus nos ordena a falar e nós nos calamos. A atitude desse homem denuncia a nossa omissão. Em sexto lugar, o retiro (Lc 5.16). Em face das multidões afluírem a Jesus para ouvi-lo e serem curadas, Jesus se retirava para lugares solitários e orava. Por que Jesus fugia das multidões para buscar lugares solitários para orar? Primeiro, porque não queria fortalecer na mente das pessoas a ideia de que ele era apenas um operador de milagres. Ele veio como o Messias de Deus, para morrer pelo seu povo. Seus milagres eram sinais de que ele era o ungido de Deus. Segundo, porque Jesus entendia que a intimidade com o Pai era mais importante do que sucesso no ministério. Deus vem antes das pessoas. Terceiro, porque Jesus, sendo perfeitamente homem, sabia que o poder vem por meio da oração. O resultado desse retiro é que “o poder do Senhor estava com ele para curar” (Lc 5.17). Jesus, hoje, está à destra de Deus Pai, de onde intercede por nós. Por isso, por mais dramático que seja o nosso problema, jamais devemos perder a esperança! O Rev. Hernandes Dias Lopes é o Diretor Executivo de Luz para o Caminho e colunista regular do Brasil Presbiteriano.


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VIDA DEVOCIONAL

Para que serve a Soberania de Deus Simei Ratier Mariano

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teologia reformada é ainda muito mal compreendida. Para alguns, o tema Soberania de Deus chega ser ofensivo. Há quem se atreva dizer que Romanos 9 deveria ser tirado da Bíblia. Mas engana-se quem pensa que João Calvino ou a teologia reformada defendem que o homem é um robô. Essa conclusão é evidência de desconhecimento. De uma a outra capa, a Bíblia registra que Deus é Soberano e está no controle de tudo, mas também que o homem é responsável e responde por suas próprias escolhas e atos. A Bíblia não encontra dificuldade na junção dessas verdades. Uma jamais anula a outra. Exemplo: “...desenvolvei a vossa salvação com temor

e tremor; porque Deus é quem realiza em vós tanto o querer como o realizar, segundo sua boa vontade” (Fp 2.12b-13). E há textos que tratam separadamente desses assuntos. Essas verdades também se descortinam em nossa experiência diária. Não podemos confiar que uma viagem terminará bem, apenas porque o carro utilizado é novo, pois, uma viagem só termina bem quando Deus quer. Também, não podemos negligenciar a revisão de um carro velho, alegando a Soberania de Deus, pois se negligenciarmos os freios do carro é certo que ele não parará. Deus é 100% Soberano, mas o homem, dentro dos seus limites, é 100% responsável. Mas, para que serve a soberania de Deus? Dentre muitas res-

postas que poderiam ser dadas, ficam três sugestões. A Soberania de Deus serve para nossa salvação. Ainda bem que não dependemos de nossa responsabilidade (liberdade)

Melhor é confiar na vontade suprema de Deus do que nos recursos humanos, pois o que é impossível ao homem é possível a Deus (Mt 19.26)

para sermos salvos. À parte de Cristo não existe responsabilidade, mas irresponsabilidade humana. Fora de Cristo, não estamos livres,

mas escravizados. Estamos espiritualmente mortos, inativos, impossibilitados de fazer o bem, porém ativos para fazer o mal. Sem a Soberana graça de Deus em Cristo, estamos naturalmente destinados à perdição eterna, jamais salvaremos a nós mesmos (Ef 2.1-10). A Soberania de Deus serve para o nosso consolo. Quantos de nós cometemos erros que, se fosse possível, apagaríamos depois de nossa história. Pois bem, à parte da Soberania de Deus, resta-nos apenas o remorso, a tormenta e o fardo pela culpa. A Soberania de Deus, no entanto, é o recurso do descanso. Por causa dela, somos levados a nos arrependermos e a crer que “a vontade de Deus é boa, perfeita e agradável” (Rm 12.2) e, portanto que

MEMÓRIA

BP ano 1 - Edição no 7 Missões. Pioneirismo. Independente do tema, o jornal Brasil Presbiteriano sempre abriu espaço para tratar de assunto atemporais e de exímia importância. Voltemos no tempo… Em abril de 1959, a 7ª edição do BP (veja imagem ao lado) traz, além da notícia do 1º Congresso Unido das Mocidades e uma matéria sobre

a importância do Rev. Lacy Wardlaw na evangelização do Ceará, um texto especial sobre a Missão Presbiteriana da Amazônia. Coincidência (ou não) recentemente publicamos um texto sobre a missão na Reserva Yanomami Marari, na Floresta Amazônica. No texto, Antônio Cabrera compartilhava sobre as dificuldades e alegrias do

missionários na região, algo não muito diferente do que vemos no texto do Rev. Antônio Teixeira Queiros - pioneiro do trabalho missionário na faixa setentrional do país. Independente do autor ou da edição publicada, ambos os textos nos levam a refletir, orar e nos motiva a ajudar nossos irmãos que trabalham na obra missionária na Amazônia.

“todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8.28). Por fim, a Soberania de Deus preserva a esperança. Muitas vezes, os recursos humanos acabam. Se dependêssemos apenas deles inútil seria a oração e terminada estaria a esperança. Por mais seguros que pareçam, melhor é confiar na vontade suprema de Deus do que nos recursos humanos, pois o que é impossível ao homem é possível a Deus (Mt 19.26). Não podemos exigir nada de Deus, mas nas mais adversas situações, podemos confiar na sua Soberania e orar como Jesus orou: “Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua” (Lc 22.42). Simei Ratier Mariano é pastor na IP Itaporã-MS


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TEOLOGIA E VIDA

O ensino de Deus para o seu povo Hermisten Costa

“Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir; e, sob as minhas vistas, te darei conselho” (Sl 32.8). Figuradamente a palavra traduzida por “ensinar” tem o sentido de mostrar, indicar, apontar (Sl 25.8). Significa também, “ensinar”. 1. Deus aponta o caminho aos pecadores “Bom e reto é o SENHOR, por isso, aponta o caminho aos pecadores” (Sl 25.8/Sl 25.12). Diante de tantas e novas opções querendo nos tornar cativos de suas percepções e ações, aprendemos que na realidade, o único caminho viável para aqueles que amam ao Senhor, confiam nos seus preceitos e querem agradá -lo, é seguir as suas instruções. Em geral, os caminhos propostos pelos homens têm vários rótulos com múltiplos adjetivos que falam ao nosso coração encontrando eco em nossos desejos que cultivamos de poder e autonomia. Devemos assumir o compromisso diante de Deus de buscar a sua instrução. Deus tem prazer em nos orientar e guiar. A sua Palavra tem esse propósito. É preciso não duvidarmos, mas atentarmos para as suas instruções. Ele aponta o caminho para nós. Esse caminho poderá consistir, em muitas ocasiões, em um retorno, um

recomeço e redirecionamento de nossas prioridades. O caminho de Deus nunca será óbvio diante de uma sociedade materialista e pragmática. 2. Deus nos ensina o seu caminho “Ensina-me, SENHOR, o teu caminho e guia-me por vereda plana, por causa dos que me espreitam” (Sl 27.11). Queremos saber o caminho porque desejamos de fato fazer a sua vontade, ser realmente guiados pela sua Palavra (Sl 86.11; 119.33,102). Muitas vezes, o caminho denominado de prático e real, se constitui em uma justificativa para desobedecermos ao caminho proposto por Deus. Nas mídias sociais, um indicativo de prestígio e relevância é o número de seguidores. Não importa quem sejam ou porque nos seguem. Os números é que geram influência e patrocínios dentro de um círculo vicioso onde a virtude se transforma em números. Na prática somos bastante... pragmáticos, pouco nos preocupando com a essência da coisa. O nosso caráter, valores e prioridades se revelam naquilo que seguimos, no que tomamos como norma e padrão de nosso pensar e fazer. Quais conselhos são por nós adotados? (Sl 26.13,11). Deus deseja que conheçamos o seu caminho não

simplesmente para exercitar a nossa curiosidade ou diletantismo intelectual, mas, para ser segui-lo (Sl 32.8). 3. Os ídolos nos conduzem ao engano O erro não nos ensina, porém, podemos aprender, ainda que dolorosamente com o erro a fim de não mais seguirmos aquele caminho. Satanás nos visa nos ensinar por meio das tentações, contudo, podemos e devemos aprender muito por meio delas, ainda que não as busquemos. A idolatria é por si só um engano. O seu caminho é o do vazio e da nulidade que nos conduz à frustração e ao desespero. O profeta Hacabuque, então, pergunta: “Que aproveita o ídolo, visto que o seu artífice o esculpiu? E a imagem de fundição, mestra de mentiras, para que o artífice confie na obra, fazendo ídolos mudos? Ai daquele que diz à madeira: Acorda! E à pedra muda: Desperta! Pode o ídolo ensinar? Eis que está coberto de ouro e de prata, mas, no seu interior, não há fôlego nenhum” (Hc 2.18-19). Os ídolos, por sua própria nulidade, tem de ser construídos de forma externamente atraente: ouro e prata. O caminho de nosso coração, com muita frequência, passa pelos nossos olhos costumeiramente acríticos no que se refere ao pecado (Cf. Gn 3.6). Na declaração do profeta podemos destacar também

três assuntos interligados. Há uma questão ontológica: os ídolos não são; a sua existência enquanto essência é nula. Temos uma questão epistemológica: se eles nada são, não há conhecimento. Do nada nada se conhece. O que podemos ter são vislumbres de fé que se materializa por meio do que tento criar e conferir significado. Há também a questão lógica: se o ídolo não existe, exceto na mente de quem o fez, não tem vida, ele não pode ser conhecido. O conhecido é apenas a matéria que compus. Portanto, ele nada pode fazer para me instruir, socorrer e consolar. A idolatria começa em nosso coração por meio daquilo que cultuamos, temos como importante e, por isso, torna-se determinante de nosso culto. O que cultuamos reflete nossos valores e prioridades. A idolatria é pródiga na condução de uma estrutura de pensamento pecaminosa e viciada. Isso é o que resta ao homem sem referências permanentes. A negação de Deus implica necessariamente a criação de um deus que dê sentido à vida. Muitas vezes, no entanto, seguimos os deuses de nossa cultura e de nossa mente. Toda cultura e cada época cria e molda seus deuses conforme seus valores e desejos. Cultuamos o que nos fascina. Assim, buscamos de forma estratégica o melhor caminho para atin-

girmos os nossos objetivos, enaltecendo, colocando no altar os modelos que encarnam o que almejamos. A idolatria assume várias formas. Após a Queda ela está em nossos corações ávidos pelos seus próprios interesses e a intenção de satisfazê-los. Logo, o meu desejo é o meu “deus”. Portanto, é preciso que arranquemos os ídolos de nosso coração, tão pródigo em suas promessas de satisfação. Quando ignoramos a Deus e rejeitamos seu Filho, já não sabemos bem quem somos; daí uma compreensão errada da realidade e uma postura equivocada no mundo, fornecida pela invenção de uma nova divindade criada à nossa imagem e semelhança. No entanto, pela sua Palavra, Deus tem apontado o caminho para nós. Nas Escrituras vemos estampadas as consequências devastadoras da desobediência e os efeitos abençoadores da obediência aos conselhos de Deus. A Palavra do Senhor permanece: “No caminho da sabedoria, te ensinei e pelas veredas da retidão te fiz andar. Em andando por elas, não se embaraçarão os teus passos; se correres, não tropeçarás. Retém a instrução e não a largues; guarda-a, porque ela é a tua vida” (Pv 4.11-13). O Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa integra a equipe de pastores da 1ª IP de São Bernardo do Campo, SP.


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SÉRIE CUIDADOS PARA UMA VIDA FELIZ

Cuidado com o amalequita Cláudio Marra

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oucos dias depois de sair do Egito, os israelitas foram atacados por um bando nômade (Êx 17.8). Eram amalequitas, descendentes de Esaú, o que vendera seus direitos de primogenitura ao seu irmão Jacó, mas que, depois, sentindose lesado, jurou matá-lo. Esaú acabou superando o episódio, mas seus descendentes agora atacaram Israel. E por que fizeram isso? Porque viram a fraqueza daquele povo recém-saído do Egito e resolveram tirar proveito disso, começando na retaguarda e matando

todos os desfalecidos de um grupo inteiro abatido e cansado (Dt 25.18). Foi covardia. O Senhor tratou de derrotá-los, porque tinha planos para o seu povo, mas insistiu que Israel nunca se esquecesse dos amalequitas (v.19). Por outro lado, Deus determinou que os egípcios não fossem odiados pelos israelitas (Dt 23.7), o que é uma surpresa e tanto, porque os amalequitas atacaram Israel umas poucas vezes, mas os egípcios os oprimiram por quatrocentos anos. O caso é que os egípcios os oprimiram por ter medo deles, um povo que

Há um inimigo que quer descontar em nós a derrota que lhe causou o nosso Senhor Jesus Cristo. Satanás é o nome desse amalequita

ia aumentando a cada dia e podia tornar-se poderoso demais. De qualquer modo, Israel não devia ficar remoendo isso. Os amalequitas, porém, aproveitaram a fraqueza dos israelitas

e atacaram quando esse povo menos podia resistir, por isso não deviam ser esquecidos. Os amalequitas desapareceram muito cedo na história, mas a ideia de que um inimigo covarde nos espreita é para ser lembrada para sempre. E não estamos falando de um vizinho invejoso ou um patrão cruel. Há um inimigo que quer descontar em nós a derrota que lhe causou o nosso Senhor Jesus Cristo. Satanás é o nome desse amalequita, e enquanto caminhamos neste deserto rumo à Canaã celestial, a palavra de Deus nos avisa: “Sede sóbrios e vigilantes.

O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar; resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão-se cumprindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo. Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar. A ele seja o domínio, pelos séculos dos séculos. Amém!” (1Pe 5.9-11). O Rev. Cláudio Marra é o Editor do Currículo Cultura Cristã e autor do livro A Igreja Discipuladora.

REFLEXÃO

Coisa pequena! Aprendizado excelente! Jaime Marcelino

T

udo e qualquer evento que nos conduza à visão da soberana bondade do Senhor para conosco, pode ser classificado como excelente! Caso contrário, não teria sido dito: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28). Pois é! Nesse dado

momento me encontro convenientemente impedido de ir aonde havia planejado – trabalhar minhas mensagens no gabinete pastoral, rever rostos queridos, etc.. E a razão é das mais simples possível: um súbito desconforto físico, que me ordena permanecer em casa, pelo menos por algumas horas! Então, perante o Senhor, passei a refletir: na sua providência o Senhor quer

que eu não saia de casa, nessa manha chuvosa, “fria” e agradável, aqui em Manaus. Mas, que proveito sem igual! Afinal, aqui em casa eu tenho tantos livros quantos os que estão na IPCN, os quais serão suficientes para a minha necessidade do momento. Desse modo, resta-se fazer algo que muito agrada ao Senhor: oferecer-lhe sacrifícios de ações de graças, pelo que está ocorren-

do hoje, e, sobretudo, por sua tão grande salvação! “Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e tudo o que há em mim bendiga ao seu santo nome. Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e não te esqueças de nem um só de seus benefícios. Ele é quem perdoa todas as tuas iniquidades; quem sara todas as tuas enfermidades; quem da cova redime a tua vida e te coroa de graça e misericórdia; quem farta de bens a tua velhice,

de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia” (Sl 103.1-5). Junte-se, pois, a mim, e lhe sejamos gratos, conforme está escrito: “(…) dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo” (Ef 5.20). Até breve, no Senhor Jesus, o Mestre que nos ensina dia a dia! Aleluia! Jaime Marcelino é pastor da IP Manaus


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PÁSCOA

A finalidade da graça salvadora “(...) a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens” (Tt 2.11). Christofer Cruz

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apóstolo Paulo diz que a graça de Deus se fez mostrar trazendo salvação a toda a humanidade. Essa graça não é uma coisa, mas uma pessoa. Olhando para o passado, em qual evento se deu a manifestação perfeita do favor imerecido de Deus para com os homens? Esse evento não se resume a um acontecimento pontual (como num determinado momento do dia), mas um conjunto de acontecimentos: a vida e a obra de Jesus Cristo. O Senhor Deus, em sua infinita graça, resolveu

enviar o seu próprio Filho para morrer em lugar de ofensores, que são ninguém menos do que eu e você. Isso parece um tanto forte. Você daria o seu filho para ser sacrificado em favor de pessoas que o ofendem todos os dias? Pois foi isso o que o Pai fez. O nascimento de Jesus, sua vida sem pecado, sua morte e sua ressurreição se constituem na maior prova do amor de Deus para com os seus filhos. Por meio dessa morte, os homens nada precisam fazer. Os eleitos reconhecerão tão grande amor e se deixarão envolver por ele, dedicando sua vida em

gratidão a essa graça Esse amor é ofertado a todos homens. Isso não quer dizer que cada pessoa que veio a este mundo recebe o amor redentor de Deus. Quando a Bíblia diz que o Senhor ama a todos, ela está falando no sentido de que não há discriminação na oferta desse presente: todas as classes, etnias ou posições são convidadas a reconhecer tão grande salvação. Essa graça, todavia, não se mostrou sem algum propósito: ela se manifestou com uma finalidade, a de fazer com que vivamos, neste mundo, de forma que

agrade a Deus. O cristão que recebe a salvação em Cristo, mas que não vive de acordo com o que ela exige, não faz jus ao presente que recebeu. Todo o que reconhece que recebeu a salvação como um presente totalmente gratuito da parte de Deus, passará a viver de modo a agradecer com as suas ações àquele que foi gracioso para com ele. Jesus morreu por nós “a fim de remir-nos de toda iniquidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras” (Tt 2.14). Se você reconheceu a Cristo como seu único e suficien-

te Senhor e Salvador, mas continua na iniquidade e não pratica boas obras (isto é, não vive em obediência a Deus), é melhor avaliar se você de fato é um cristão, ou passar a agir de modo que agrade ao Senhor. Viver sem buscar agradar a Deus demonstra que a pessoa não compreendeu bem o evangelho, ou que nunca foi alcançada por ele. Se você não busca obedecer a Deus, você não está respondendo com amor ao amor divino, e não está vivendo a finalidade da graça salvadora.

ticas da Vulgata. O trabalho rendeu-lhe o título de herege, e por isso fugiu para Genebra, onde também poderia imprimir versões da Bíblia diferentes da Vulgata sem ser levado à fogueira. Sua obra-prima como editor começou com a revisão da divisão feita por Pagnino de Luca, com apenas 1.527 versículos. Estienne reeditou o AT e refez todo o NT, chegando finalmente

à atual divisão de versículos que temos hoje. Então, o visionário editor juntou os seus versículos com os capítulos de Langton e, em 1553, imprimiu, em francês, a primeira Bíblia com a atual divisão. Grande trabalho, que revolucionou a maneira como o mundo lê a Bíblia. O crente agradece.

Christofer Freitas Oliveira Cruz trabalha com jovens, adolescentes e música na IP de Mineiros (GO)

ALMANAQUE DROPS

Os capítulos e os versículos Aefe Noronha

V

ocê já vai saber a quem agradecer pela divisão da Bíblia em capítulos e versículos. Você já imaginou procurar um texto bíblico sem essas referências? Ou ensinar a Bíblia, ou indicar um trecho da Palavra de Deus sem indicar o livro, o capítulo e o versículo? Atualmente a Bíblia é dividida em 929 capítulos

no AT e 260 no NT, somando 1.189 capítulos. No AT, são 23.145 versículos e mais 7.957 no NT, somando o extraordinário número de 31.102 versículos em toda a Bíblia! Não foi tarefa fácil fazer essa divisão. Quem fez isso devia ganhar todas as gincanas bíblicas. Na verdade, muitas edições com diferentes divisões circularam na Idade Média. Mas foi a divisão dos capítulos feita pelo clérigo

inglês Stephen Langton, no século 13, que vingou. O clérigo, que foi professor na Universidade de Paris e arcebispo da Cantuária, na Inglaterra, publicou sua edição da Bíblia em latim, e ela ficou conhecida como a “Bíblia parisiense”. Já a divisão em versículos chegaria séculos depois pela prensa de Robert Estienne. O tipógrado foi severamente perseguido por imprimir edições crí-

Aefe Noronha é presbítero da IP de Higienópolis e escreve no almanaquedabiblia.com.br


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REFLEXÃO

Testemunho oportuno “(...) não me envergonho do evangelho (...)” (Rm 1.16) Antônio Cabrera

O

ntem (05.02.2018) talvez tenha sido a mais “selvagem” final do Super Bowl, o campeonato de futebol americano e o maior evento esportivo anual do mundo. De um lado o New Englando Patriots, um time praticamente imbatível, um verdadeiro “time dos sonhos”, abrigando em suas fileiras o superatleta Tom Brady. Nesse jogo, Brady fez a melhor partida de um quarterback [zagueiro] da história, pulverizando um recorde absoluto e impensável: 500 jardas.

Super Bowl do Philadelphia Eagles

Nick Foles, eleito o jogador mais valioso do Super Bowl 2018

No outro canto, um time “detestável”, o Philadelphia Eagles, que, segundo a imprensa, era um exército de rejeitados. Seu técnico era um completo desconhecido e há pouco treinava um obscuro time de alunos do colegial. Seu mais importante jogador pensou em largar a profissão. Resultado do jogo: A primeira vitória do Super Bowl do Philadelphia Eagles! Todo mundo boquiaberto. E aí veio a surpresa maior, contrariando toda a política da Liga de Futebol e das redes de TV para não falarem de religião. Após o jogo, o treinador de Eagles, Doug Pederson, foi cercado por toda a imprensa e a primeira pergunta, ao vivo: – Como você explica isso, há poucos anos você estava treinando no ensino médio e agora você está com esse troféu?

No que ele disparou: – Só posso dar o louvor a meu Senhor e salvador Jesus Cristo por me dar esta oportunidade... E logo em seguida aparece Nick Foles, eleito o jogador mais valioso do Super Bowl 2018 (Most Valuable Player). Foles segura seu bebê e com a imagem estampada nos telões, agradece a Deus. E vem a primeira pergunta: – Qual é o seu sonho? E a reposta: – Eu quero ser pastor. Eu quero impactar o coração das pessoas! O estádio veio abaixo! E Nick, você já impactou o coração de milhares de pessoas. Inclusive o meu… O Dr. Antônio Cabrera Mano Filho, presbítero da IP de São José do Rio Preto (SP), foi Ministro da Agricultura do Brasil no governo Collor e é membro do Conselho de Curadores do Instituto Presbiteriano Mackenzie.


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DIACONIA

Cooperação alemã visita o sertão do Pajeú Objetivo da visita foi conhecer o que está sendo feito para melhorar a convivência das populações com as mudanças climáticas Tádzio Estevam

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ntegrantes da cooperação internacional alemã Pão para o Mundo (Brot für die Welt), uma das entidades parceiras e históricas da Diaconia, estiveram em Pernambuco, entre os dias 07 e 10 de março. A comitiva viajou para o sertão do Pajeú composta pela coordenadora geral da organização para a América Latina e Caribe, Danuta Sacher, e sua equipe Tina Kleiber (Projetos), Sabine Minninger (Clima), Andreas Behn (Jornalista), Eike Zaumseil (Clima e Agricultura) e Joachim Funfgelt (Energias Renováveis). A visita foi acompanhada por uma

equipe de jornalistas da TV estatal alemã ZDF. No primeiro dia de atividades, a equipe foi a campo conhecer as tecnologias sociais, desenvolvidas pelas famílias assessoradas por Diaconia, na propriedade rural da jovem agricultora Maria José Martins, que fica na comunidade de Barreiros, município de Carnaíba, cerca de 20 quilômetros de Afogados da Ingazeira. Lá, foi possível conferir os diversos meios de armazenamento de água, bem primordial para as famílias sertanejas. No período da tarde, a comitiva seguiu para o município de Sertânia para conhecer o Eixo Leste do Projeto de Inte-

gração do Rio São Francisco, responsável por levar a água do rio para cerca de 4,5 milhões de pessoas em 168 municípios que sofrem com a seca prolongada em Pernambuco e na Paraíba. O eixo passa pelos municípios pernambucanos de Floresta, Betânia, Custódia e Sertânia, até Monteiro, na Paraíba. Na quinta-feira (09), a equipe foi ao município de São José do Egito conhecer outra experiência na propriedade da agricultora Ivoneide Leite, esposa do também agricultor Marcelo Carneiro. Ambos estão à frente da Associação Agroecológica do Sertão do Pajeú (AASP) que atende a aproximadamente sessenta famílias agricultoras. O grupo foi levado para uma área onde a Diaconia e a família agricultora estão realizando — com o apoio de Pão Para o Mundo –, uma expe-

O QUE É A DIACONIA A Diaconia é uma organização social brasileira, de inspiração cristã e sem fins lucrativos, comprometida com a promoção da justiça e do desenvolvimento social. Cujo compromisso é o serviço para transformar vidas, através da capacitação de homens, mulheres, jovens e famílias agricultoras; e da mobilização de grupos sociais, igrejas e comunidades para efetivação dos direitos humanos. A IPB é uma das igrejas membros da organização. riência de recuperação do solo degradado, para cultivo de plantas forrageiras como as cactáceas e outras espécies nativas resistentes para garantir a alimentação animal em períodos de seca. A experiência teve início a um ano e já é possível ver brotar do solo, em processo de recuperação, plantas como a palma forrageira, por exemplo. “Essa área ainda será concluída, mas já é gratificante ver algumas espécies que plantamos lá

atrás dar resultado, o que irá nos ajudar a alimentar nossos animais. Estamos muito satisfeitos com a ideia que a Diaconia nos trouxe”, disse Ivoneide. Waneska Bonfim, coordenadora político-pedagógica da Diaconia, considerou a visita como um momento muito especial para discutir e apresentar as ações da organização para especialistas de outros países. Tádzio Estevam é assessor de comunicação da Diaconia

NOTAS

Jubilei de Ouro de Rev. Devalde Ferreira da Cunha Gumercindo Espost

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2ª IP de Volta Redonda, RJ, comemorou o Jubileu de Ouro ministerial do Rev. Devalde Ferreira da Cunha. O culto de gratidão a Deus aconteceu no dia 25 de fevereiro. Na ocasião, o preletor foi o Rev. Márcio Cunha, pastor da igreja local e filho do homenageado. O coral Vozes de Betânia, conjunto coral Filhos de Sião e coral da 1ª IP de Barra do Piraí participaram do culto. Ao Senhor da seara, toda honra e glória. O Presb. Gumercindo Espost é agente do Jornal Brasil Presbiteriano

Integrantes da cooperação Pão para o Mundo durante visita em Pernambuco


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EDUCAÇÃO CRISTÃ

Vem aí!

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om o tema A verdade na prática – Interpretação, ensino e aplicação da Escritura, o Conselho de Educação Cristã e Publicações (CECEP) realizará em São Paulo o 5º Congresso Nacional de Educação Cristã da IPB, entre os dias 31 de maio e 3 de junho, no auditório Ruy Barbosa da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Campus Higienópolis. Serão preletores o Dr. Daniel Doriani, autor da Cultura Cristã e o Rev. Roberto Brasileiro, Presidente do SC/IPB. Serão oferecidas 40 oficinas para treinamento: A Confessionalidade na Universidade; O ensino contemporâneo na classe de jovens; Comunicação contemporânea do evangelho; FaceBook e outras mídias sociais; Uma proposta Reformada para Educação Cristã; Como preparar seu adolescente para a Faculdade; O culto das crianças; Como o adulto aprende e Didática de aulas para jovens e adultos, entre outras. O investimento é de R$ 180,00. O pagamento pode ser feito por meio de boleto, cartão de débito e cartão de crédito (parcela única). Para professores, superintendentes da ED, pastores, missionários, evangelistas e semiaristas da IPB, o valor é de R$ 100,00.

Lançamentos

Rev. Roberto Brasileiro, Presidente do SC/IPB

Dr. Daniel Doriani, autor da Cultura Cristã

A Editora Cultura Cristã lançará na ocasião o livro Educação na Justiça – Um plano para interpretar e aplicar a Bíblia, de Daniel Doriani; e o livro Educação em Casa, na Igreja e na Escola – Uma perspectiva Cristã, de Filipe Fontes.

As inscrições e maiores informações podem ser encontradas no site <editoraculturacrista.com.br/congresso>, ou através dos números: São Paulo: (11) 3207-7099/ Demais localidades: 0800-0141963. No site do evento é possível ter acesso à programação completa, horários e temas das oficinas e dicas de lugares para hospedagem.


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SUPREMO CONCÍLIO

39a Reunião Ordinária do Supremo Concílio da IPB

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s Deputados dos Presbitérios da IPB foram convocados no dia 31 de agosto de 2017 a comparecerem à 39ª Reunião Ordinária do Supremo Concílio. A reunião será realizada nas dependências do Hotel Monte Real, em Águas de Lindoia, SP, de 22 a 29 de julho deste ano.

A programação iniciará com Culto, verificação de poderes, Sessão Preparatória e Regular. As inscrições dos Deputados e Presbitérios deverão ser feitas pelos Secretários Executivos dos Presbitérios na página dedicada ao SC2018 no site da Secretaria Executiva

(<www.executivaipb.com. br/sc2018) até o dia 15 de abril, visando andamento dos trabalhos e providências de hospedagem, alimentação e traslado. A Secretaria Executiva, visando agilidade nos processos de Chamada e de Votação que serão feitos na Reunião, orienta os Depu-

tados e seus Concílios a baixar o aplicativo ipbCONNECT que está disponível gratuitamente na App Store e no Google Play. É importante ressaltar que o aplicativo terá funcionalidade apenas após o Ato de Verificação de Poderes. Como parte da preparação para a Reunião Ordi-

nária, os Sínodos de São Paulo realizaram, no último dia 26, um Encontro Pré-Supremo Concílio no Hotel Monte Real, em Águas de Lindoia, SP. No evento de intercessão pela 39ª RO-SC/IPB2018 pregou o Rev. Hernandes Dias Lopes.

EVENTOS E CONGRESSOS

I Congresso de Responsabilidade Social e Encontro Sinodal de Diáconos do SNB Luiz Carlos da Silva

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oi realizado dias 17 e 18 de março de 2018, na 1ª IP de Porto Velho, o I Congresso de Responsabilidade Social e Encontro Sinodal de Diáconos do SNB – Sínodo Noroeste do Brasil. O tema do evento foi “Plantando a semente da solidariedade”. A realização do Congresso foi uma iniciativa do SNB, em conjunto com o CAS – Conselho de Ação Social da IPB. Teve o apoio da Presidência e da Tesouraria do SC/IPB, da CPSS – Comissão Permanente de Saúde e Seguridade da IPB e do Instituto Presbiteriano Mackenzie. Contamos com a presença do Presbítero Clineu

Aparecido Francisco, presidente do CAS e dos seguintes preletores: Presb. José Alfredo Marques de Almeida, tesoureiro da IPB; Rev. Pedro Ferreira Rodrigues, presidente da CPSS; Rev. João Brilhante, capelão do Hospital Evangélico do Rio de Janeiro e o Rev. Calvino Teixeira da Rocha, pastor da IP Central de Campina Grande, PB. Esteve presente também o Presb. Hederly, auxiliar de escritório do CAS. No culto de abertura, sábado a noite, pregou o Rev. Calvino. No domingo de manhã o Presb. José Alfredo palestrou sobre o tema “Por dentro das finanças da IPB”. Tivemos três oficinas

Vista aérea de Porto Velho (RO)

no sábado a noite e no domingo de manhã com os seguintes temas e preletores: Capelania Hospitalar, com o Rev. João Brilhante; Diaconia, com o Rev. Calvino e Previdência e Seguridade, com o Rev. Pedro Ferreira. Participaram 94 pessoas entre pastores, presbíteros e diáconos, bem como um

pastor, um presbítero e dois diáconos da IP Filadélfia de Rio Branco do Acre. Foram dias de muito crescimento, aprendizagem e comunhão. O SNB agradece ao SC, à Diretoria do CAS, à Tesouraria da IPB, à Diretoria da CPSS e a todos os preletores por esse evento.

Agradece ao Rev. Autair Emerick, ao Conselho da 1ª IP de Porto Velho e a todos os irmãos desta igreja. Agradece também a todos os participantes, que não mediram esforço para estarem no evento. Acima de tudo, agradecemos ao nosso Deus. O Rev. Luiz Carlos da Silva é presidente do SNB.


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NOTAS

Acampamento de verão da IP de Itamonte, MG Sílvia Raquel

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IP de Itamonte, MG, realizou no carnaval (10-13 de fevereiro) um Acampamento de Verão, que teve como tema “Tuas palavras me dão direção”. Estiveram presentes no hotel Casa Alpina, participantes das cidades de Itamonte, Passa Quatro, Varginha e Três Corações, totalizando 150 acampantes, que ouviram palavras ministradas pelo Rev. Manoel Mendes Neto, da IP de Itamonte; e pelo Rev. Júnior Pedroso, da 3ª IP de Itajubá.

Além dos cultos da manhã e da noite, foram realizadas devocionais e compartilhamento da palavra em pequenos grupos, logo de manhã e, no período da tarde, a programação contou com dinâmicas e passeios, sempre contextualizando o tema do acampamento aos participantes. Essas atividades foram direcionadas pelos missionários locais da igreja de Itamonte e por um missionário convidado da base da JOCUM de Maringá, PR. A IP de Itamonte, embora ainda não tenha construído seu próprio espaço

Jovens presentes no acampamento de verão da IP de Itamonte

para acampamentos, tem uma tradição de mais de duas décadas na realização desses encontros, que

FALECIMENTO Erramos. A nota sobre o falecimento de Antônio Aparecido Manoel saiu incompleta da edição anterior do BP

Antônio Aparecido Manoel

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presbítero Mané, como era conhecido na igreja, não vivia para si, mas segundo as palavras de Atos 20.35: “Em tudo tenho mostrado a vocês que é trabalhando assim que podemos ajudar os necessitados. Lembrem das palavras do Senhor Jesus: é mais feliz quem dá do quem recebe” (NTLH). E Mané não enxergava apenas os mais próximos, mas todos os que se achegavam a ele com alguma necessidade. Mané compreendeu desde muito jovem o mistério contido em Atos 20.35. Ele

sabia que felicidade é o resultado do doar-se. Aquele que semeia na vida do próximo, colhe gratidão e admiração. O mundo não pode compreender isso. Em nossa sociedade hedonista e egocêntrica, relacionar serviço ao próximo e felicidade é loucura! Antônio Aparecido Manoel era o seu nome. Foi Presbítero da 1ª Igreja Presbiteriana de Araraquara, SP. Sua partida deixou consternados conhecidos, vizinhos, amigos e a igreja: idosos, líderes, jovens e crianças. A vida do Presbítero

Mané foi um testemunho de que a sua fonte era Jesus, o perfeito servo, o Maravilhoso Conselheiro! Aquele que deixou sua glória no céu, sem pecado se entregou, suportou ofensas e mentiras, e por último, a cruz. Antônio Aparecido Manoel, nascido em 01.09.1956, na cidade de Araraquara (SP), faleceu no dia 06.02.2018. Era presbítero emérito da IP de Araraquara, casado com Maria Ruth e pai de Lucas e Filipe. Texto adaptado a partir de nota de Lucas Manoel e edição de Antônio Carlos de Mello Franco.

reúnem famílias e participantes de todas as idades para estudar a Palavra e usufruir de momentos de

comunhão entre os irmãos em Cristo. Sílvia Raquel é membro da IP de Itamonte


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CELEBRAÇÃO

41 anos apresentando Jesus para transformar vidas

Programação especial em gratidão a Deus pelos 41 anos da IP Cidade Jardim Santiago Pereira de Souza

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os dias 03, 04 e 07 de março, aconteceram as programações especiais em gratidão a Deus pelos 41 anos de organização da IP Cidade Jardim, em Manhumirim (MG). Foram quatro cultos:

sábado à noite, domingo pela manhã e à noite e na quarta-feira. Os Revs. Sílvio (pastor da IP de Reduto, MG e presidente do Presbitério Vale do Manhuaçu), Arthur Corrêa (pastor da IP Martins Soares, MG), Cláudio Tavares (pastor da IP de Durandé, MG) e Simonton Araújo

(pastor da Missão Praia da Costa, Vila Velha, ES) deixaram mensagens desafiadoras, bíblicas, cheias de entusiasmo e muita piedade. Foram verdadeiros “banquetes espirituais”. O Coral Nova Vida da IP Irupi (ES), no sábado, o Grupo Hágios de Campos dos Goytacazes (RJ)

e Matheus Araújo conduziram os louvores a Deus. Por fim, foi realizada uma exposição de fotos antigas de eventos da igreja nesses 41 anos de organização, organizada pela UPA e a comissão de datas comemorativas. O que vimos e ouvimos nesses dias marcou e desa-

fiou a todos a viver mais em santidade, firmes na fé, perseverantes na oração, buscando sempre estar unidos com Cristo, sempre preparados para a volta de Jesus Cristo que não tardará. O Rev. Santiago Pereira de Souza é pastor da IP Cidade Jardim e presidente do Presbitério Leste de Minas

Rev. Carlos Valentim completa vinte anos de ordenação Paulo Amorim

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o dia 24 de fevereiro, o Presbitério de Indaiatuba (PRID), em especial as igrejas de Elias Fausto, Jardim Morada do Sol de Indaiatuba e a de Salto, se alegraram com a celebração dos vinte anos de ordenação do Rev. Carlos Valentim. Formado no Seminário José Manuel da Conceição (JMC) em 1998, o reveren-

do Carlos pastoreou as igrejas de Elias Fausto por dez anos, a Igreja de Indaiatuba, no Jardim Morada do Sol por oito anos e pastoreia a Igreja de Salto desde janeiro de 2016. A celebração ocorreu na IP de Salto. O culto de gratidão a Deus contou com a participação do Coral e conjunto musical da IP de Salto, conjunto musical da IP Elias Fausto e da IP Jd. Morada do Sol de Indaiatuba.

A exposição do texto bíblico foi feita pelo Rev. Avaci José dos Santos a partir do texto de 1Tessalonicenses 5.12-13. Foi uma noite de celebração e gratidão a Deus por tudo que o ele tem feito na vida do seu servo. Carlos é casado com a Dulce Valentim e tem uma filha, Débora Valentim. Paulo Amorim é membro da IP de Salto

Rev. Carlos Valentim, sua esposa Dulce e a filha Débora


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EDUCAÇÃO CRISTÃ

Treinamento de professores em Botucatu

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os dias 17 e 18 de março, a IP de Botucatu, SP, recebeu a visita da professora Márcia Barbutti, editora assistente da Editora Cultura Cristã. De maneira muito leve e didática e com profundo embasamento bíblico, os professores de escola dominical e dirigentes do culto com as crianças receberam treinamento na tarde e noite de sábado sobre Didática para o Ensino de Crianças. A programação contou com a presença de

61 pessoas, incluindo não apenas membros da própria igreja, mas também de igrejas, escolas confessionais e outras denominações da cidade. Com grande experiência na área, Márcia trouxe dicas preciosas de recursos que podem ser utilizados em sala. No domingo pela manhã, por ocasião da Escola Bíblica Dominical, pais e responsáveis tiveram a oportunidade de ouvir uma aula direcionada à educação dos filhos. Em um tempo em que tanto

se fala sobre o afrouxamento das relações familiares, os presentes puderam relembrar que o ensino bíblico tem início no lar, sendo a igreja a ajudadora do processo. Mas os pequenos também foram beneficiados, e muito, com a visita! O culto com as crianças foi dirigido por Márcia, que trouxe uma mensagem sobre a importância da oração. Baseada no livro de Atos, capítulo 12, a aplicação foi no sentido de que podemos confiar em Deus, pois

Templo da Igreja Presbiteriana de Botucatu - SP

ele responde nossas orações, independentemente de nossa idade. Alguns dos dirigentes habituais do culto na igreja

acompanharam esse momento, podendo, dessa forma, crescer ainda mais para aplicação posterior.

NOTAS

Reencontro da 2a IP de Taguatinga Bartira Neri

A

2ª IP de Taguatinga, DF, tem uma história muito abençoada: ela surgiu com os missionários norte-americanos, no início de Brasília, seu primeiro Conselho foi formado pelos seguintes presbíteros: José Pereira dos Santos, Horácio Luiz da Silva, Eloy Martins de Oliveira e Eudox Inácio Ramos. O Presbítero Eloy ainda continua em nosso meio. Os Presbíteros Horácio e Eudox já estão na glória com o Senhor. As sociedades internas: SAF, UPH e UMP já existiam. O coral era organizado e permanece até hoje. O Rev. Benon Wanderley Paes, chegado de Paracatu (MG), trabalhou nessa igreja por 23 anos, dinamizando e estrutu-

rando-a. A partir de 1989, o Rev. Jader Sathler da Silva esteve diante da igreja por 5 anos. Em seguida vieram os pastores Rev. Humberto e Rev. Evando Honorato de Oliveira, que permaneceu por 18 anos. Em 2014, o Rev. Jefferson Batista Neres foi efeti-

vado no pastorado da igreja e permanece até hoje. As amizades que surgiram desde a formação da igreja permanecem, embora a maioria dos membros daquele tempo frequente outras igrejas presbiterianas da região atualmente. Foi da saudade

que surgiu a vontade de reencontrar os irmãos que fizeram parte da igreja nos anos 70 a 90. Então foi organizado um encontro de louvor a Deus no dia 17.03.2018. Nesta ocasião celebramos um culto de louvor a Deus e também nos confraternizamos com mui-

Grupo presentes no reencontro e culto de louvor a Deus em março de 2018

ta alegria e saudosismo. É maravilhoso ver o poder de Deus durante as gerações, e por meio de seus servos fiéis que investiram sua vida para a glorificação do nome do Senhor. Bartira Neri é membro da 2ª IP de Taguatinga


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SBB

MISSÕES

Escrituras Sagradas acompanham crescimento digital Relatório de distribuição da SBB destaca o grande número de downloads de Bíblias registrados em 2017, superando 3,4 milhões de exemplares. No total, foram distribuídas 221.832.399 de Escrituras, entre publicações impressas e digitais.

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edicada a divulgar a Bíblia e a sua mensagem, a Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) registrou, em 2017, um crescimento expressivo de downloads de Bíblias, com 3.431.661 exemplares, superando em 128% a marca de 1.506.406 obtida no ano anterior. Considerando também as edições impressas, a SBB distribuiu 8.652.593 de exemplares da Bíblia. Já o total de Escrituras, que engloba ainda Novos Testamentos, livretos, folhetos, obras acadêmicas e publicações infantis, somou 221.832.399 publicações, entre edições impressas e digitais. Embora o número de downloads chame a atenção, a quantidade de usuários individuais registrada pela SBB é de 1.827.798. Isto acontece porque o conteúdo costuma ser baixado em diferentes dispositivos, pela mesma pessoa, seguindo uma característica dos meios digitais. “Para a SBB, mais importante do que contabilizar números expressivos é facilitar o engajamento das pesso-

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as com a Bíblia Sagrada. Esse aumento no número de downloads é mais um indício de que estamos alcançando aqueles leitores que têm mais afinidade com os meios digitais”, afirma o secretário de Comunicação, Ação Social e Arrecadação da SBB, Erní Seibert, acrescentando que praticamente 100% dos downloads foram feitos gratuitamente, por meio do aplicativo YouVersion. Além de investir em novas tecnologias, que permitem que o livro mais lido, traduzido e distribuído do mundo também seja acessado facilmente a partir de computadores, tablets e smartphones, a SBB conta com um dos maiores parques gráficos do mundo destinados exclusivamente à produção de Bíblias e Novos Testamentos – a Gráfica da Bíblia, localizada em Barueri (SP) – e nove unidades regionais espalhadas pelas principais capitais do País. Release Sociedade Bíblica do Brasil

Gessé e Iolanda Rios – Trabalho missionário Base África Austral “(...) eis que lhes farei conhecer, desta vez lhes farei conhecer a minha mão e o meu poder; e saberão que o meu nome é o Senhor” (Jr 16.21)

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epois de uma breve temporada no Brasil, acolhidos e orientados pela APMT e por igrejas e irmãos parceiros do ministério, o Rev. Gessé Almeida Rios e sua esposa Iolanda se preparam para voltar à África do Sul para dar continuidade ao trabalho junto à Base da APMT para a África Austral, e execução do projeto de parceria missionária com o Mukhanyo Theological College – aprovado na reunião do dia 07 de fevereiro da APMT. O casal, que também auxilia famílias missionárias na região e os recémchegados, ainda está lidando com o pedidos de vistos e compras de passagens, mas já têm todos os próximos passos planejados: chegar na Cidade do Cabo,

organizar a despedida da igreja, amigos e trabalho ali e preparar a mudança para a região de KwaMhlanga ou Pretória com intuito de darem início aos trabalho junto ao Mukhanyo. Sobre os filhos, o casal afirma estarem todos bem. Leonardo, apesar de um pequeno acidente doméstico que resultou em corte no pé e alguns pontos, segue bem e animado com sua vida e rendimentos acadêmicos. Apesar do volume menor de atividades, Philipe continua seus trabalhos artísticos, mais como freelancer. Além da dedicação ao trabalho, Guilherme tem auxiliado nos trabalhos com os pré -adolescentes da IP Luz em Goiânia, tem se dedicando também a um programa de discipulado, o qual vem

lhe proporcionando bastante crescimento pessoal. Por outro lado decidiu fazer mais uma faculdade, desta vez no Brasil. Gessé e Iolanda pedem para que os irmãos intercedam pelo retorno à África do Sul e despedidas no Brasil e na Cidade do Cabo; pela mudança para a região de Pretória; pelos desafios do trabalho junto ao Mukhanyo e condução da Base da APMT para a região; pela saúde; pelos colegas e recém-chegados ao campo e por outros em preparação, assim como por livramentos, saúde e proteção para a vida dos colegas que já atuam na região – Luciano Azevedo, Romário, Júlia e Sara Bandia, Elaine Machado, Lígia Bordini e Vinícius, Elizabeth e Esther Bantim.

Contribuições para o ministério do Rev. Gessé e Iolanda Rios poderão ser feitas: Através da APMT, usando o código de identificação de 0,14 centavos (ex. R$ 100,14): Banco do Brasil, Agência: 5853-X (Cambuci) – C/c: 7500-0; Banco Bradesco, Agência: 119-8 (Cambuci) – C/c: 107965-4; Transferência online, CNJP: 04.138.895/0001-86; Boleto bancário – Ligar para (011) 3341-8339 ou e-mail para boletos@apmt.org.br solicitando boletos para efetuar o depósito. Neste caso informar número de CPF ou CNPJ e valor para cada boleto. Ou, se preferir, na conta pessoal: Gessé Almeida Rios (CPF: 253.072.585-34) Banco do Brasil – Agência 8413-1; C/C ou Poupança (variação 51): 14116-X ou Bradesco , Agência 0250-0; C/C ou Poupança: 0052042-0


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Aconteceu em Abril

No BRASIL E NO MUNDO

1500 – Depois de 44 dias de viagem, no dia 22 de abril de 1500, a frota de Pedro Álvares Cabral vislumbrava terra firme. Foi o início da história do Brasil. A carta de Pero Vaz de Caminha, enviada ao rei de Portugal, relatou detalhadamente o fato.

Médicos sem Fronteiras suspendem atividades médicas em Rann Após um ataque violento em Rann, estado de Borno na Nigéria, na quinta-feira, 1 de março, Médicos sem Fronteiras (MSF) suspendeu suas atividades médicas na cidade e evacuou 22 profissionais nacionais e internacionais. Ainda não está claro quantas pessoas foram mortas e feridas, mas antes de sair, a equipe médica de MSF tratou nove pacientes feridos. As 40 mil pessoas que moram em Rann dependiam quase inteiramente dos serviços de MSF para ter acesso a cuidados de saúde. “Deixar nossos pacientes, que incluem 60 crianças atualmente inscritas em nosso programa de nutrição, sem assistência médica, é uma decisão extremamente dolorosa”, diz Kerri Ann Kelly, coordenadora de emergência de MSF na Nigéria. “Continuaremos a avaliar a evolução da situação e retornaremos assim que as condições permitirem. Este último ataque é um forte lembrete de que são as pessoas em Borno que estão pagando o preço desse conflito implacável. Eles estão presos em um ciclo mortal

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de violência e dependem fortemente da assistência externa para sobreviver. Em Rann, essa assistência está agora consideravelmente reduzida”. As equipes de MSF têm prestado assistência médica às 40 mil pessoas em Rann desde janeiro de 2017. Equipes móveis ofereceram assistência regularmente e uma equipe médica permanente estava instalada em Rann desde setembro de 2017. As pessoas em Rann estão extremamente vulneráveis; muitas buscaram abrigo lá depois de fugir de suas casas. MSF tratou principalmente pessoas com malária, desnutrição e doenças ligadas a condições de vida precárias. A cidade ficou isolada do mundo exterior durante os meses da estação chuvosa e nenhuma comida ou material de ajuda pôde entrar na área durante esse tempo. Estimamos que a taxa de mortalidade em crianças menores de 5 anos em Rann era o dobro da observada na emergência entre maio e novembro de 2017. Fonte: <https://www.msf.org.br/noticias/>

1742 – É feita a primeira interpretação de O Messias, de Haendel, em Dublin 1792 – Líder da revolta anticolonialista, Inconfidência Mineira, Joaquim da Silva Xavier, o Tiradentes, foi enforcado e esquartejado em 21 de abril. 1888 – A Princesa Isabel participa do ato de libertação coletiva dos escravos de Petrópolis. 1896 – Começa em Atenas, na Grécia, a primeira Olimpíada moderna. 1912 – O Titanic, o navio mais seguro até então construído, sai de Southampton, Inglaterra para sua primeira e trágica viagem. 1933 – Na Alemanha nazista é iniciada a perseguição contra os judeus. O governo pede que sejam boicotados todos os empreendimentos dos judeus. 1945 – Representantes de 47 países criam, na Conferência de San Francisco (EUA), a Organização das Nações Unidas (ONU). 1950 – A Jordânia anuncia a anexação da Cisjordânia, incluindo o setor oriental de Jerusalém, que se torna uma cidade dividida, com o setor ocidental ocupado pelos judeus. Muitos palestinos fogem para países vizinhos. Hoje, a área é um dos principais focos de conflito entre palestinos e israelenses. 1952 – A televisão norte-americana transmite ao vivo a explosão da bomba atômica mais potente experimentada até então. 1960 – A cidade de Brasília, nova capital federal do Brasil, é inaugurada pelo presidente Juscelino Kubitschek. 1964 – Um golpe militar derruba João Goulart da Presidência. Embora a data tenha sido primeiro de abril, passou a ser lembrada dia 31 de março. 1968 – No dia 04 de abril, Martin Luther King, líder pacifista do movimento negro dos Estados Unidos, é assassinado em Memphis, Tennessee. King realizou em 1963, com 200 mil pessoas, a Marcha para Washington, onde proferiu seu antológico discurso I have a dream. Ganhou, em 1964, com 35 anos, o Prêmio Nobel da Paz. 1982 – Israel devolve ao Egito o controle da península de Sinai após quinze anos de ocupação, em cumprimento dos tratados de paz de 1979 entre aqueles países. 1984 – Em São Paulo, 1.3 milhões de pessoas participam da passeata Diretas Já!, exigindo eleições diretas para a presidência do País. 1985 – Na África do Sul, o Rev. Desmond Tutu comanda uma passeata exigindo a libertação de presos políticos.


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RESENHA

“Todos nós somos necessitados da ajuda de Deus e dos outros” T. WELCH, Edward. Lado a lado. São Paulo: Cultura Cristã, 2017, 144 p. Cínthia Vasconcelos

S

omos seres relacionáveis, criados para viver em comunidade e feitos para criar vínculos com amigos, pais, filhos, irmãos, etc. Somos convidados todos os dias a participar da vida das pessoas que estão ao nosso redor e a termos empatia por elas, porém a vida e a agenda contemporânea são extremamente cheias e conturbadas. O acúmulo de tarefas e responsabilidades, a busca por realizações e sucesso trazem ansiedades e angústias e não há tempo e nem energia para uma conversa com os filhos, um bate-papo com os amigos ou uma conversa franca e sincera que revelem as profundezas do coração, pois além de não ter espaço na vida para isso, para muitos, falar sobre o que tem lhe causado sofrimento seria demonstração de fraqueza. E isso atinge cristãos e não cristãos. A verdade é que todos precisamos de ajuda e todos nós podemos ajudar alguém. Com certeza você conhece alguém em seu círculo de amizades, na igreja ou que seja do seu convívio que está enfrentando algum tipo de dificuldade. Muitos buscam ajuda profissional,

de especialistas e de fármacos para superarem seus problemas, outros se aprofundam na leitura bíblica e na busca mais intensamente por Deus atrás de respostas, outros ainda, se isolam e se rendem ao invés de lutar. Como temos lidado com isso? Estar lado a lado é caminhar junto com as pessoas, ser ajudador é a forma mais adequada para ajudar ao próximo, pois observamos esse mesmo posicionamento na vida de Jesus na Terra. “O Emanuel, Deus conosco, estava sempre comendo uma refeição com as pessoas, sentado

lado a lado. Essa foi a sua forma de dizer ‘Vocês são o meu povo. Eu me identifico com vocês; vocês podem se identificar comigo’ “. Com foco na igreja e nos relacionamentos entre os membros do corpo de Cristo, o livro tem por objetivo desenvolver em nós uma longa lista de habilidades para que possamos ser instrumentos de crescimento da igreja. Dividido em duas partes, o autor primeiramente trabalha temas que nos mostram que todos nós somos necessitados da ajuda de Deus e dos outros; na segunda parte

o autor discorre sobre sermos necessários na vida uns dos outros. O livro destina-se àqueles que frequentam a igreja e estão dispostos a participar mais ativa e efetivamente da vida das pessoas; amigos que querem crescer em amor sábio uns para com os outros; pais que querem ser mais eficazes para seus filhos. Edward Welch mostra que não existem pessoas desnecessárias no reino de Deus; que quando oramos com ou por alguém, “estamos na história em curso de sua vida e que é dessa forma que a igreja avança. Através do amor e do cuidado mútuo”.

“Deus usa meios comuns para fazer seu trabalho extraordinário”. Usa pessoas como eu e você para sermos extensão do amor de Deus àqueles que sofrem e precisam de ajuda. É impossível finalizar a leitura desse livro e não lembrar das pessoas com quem convivemos e não sentir a necessidade de nos aproximar e desejar caminhar mais de perto com as pessoas que Deus tem colocado em nossa vida. Um livro pequeno, porém recheado com um conteúdo carregado de amor que vai ao encontro direto dos nossos corações. Cínthia Vasconcelos é membro da 4ª IP de São Bernardo do Campo


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PRESBITERIANISMO EM FOCO

Os valdenses Marcone Bezerra

Q

uando se evoca a tradição reformada, é comum pensarmos nas denominações presbiterianas e igrejas reformadas europeias. Convém lembrar, no entanto, que, fora do Brasil, outros grupos também se veem como partes dessa tradição. Esse é o caso das Igrejas Congregacionais e da Igreja Valdense. Considerados os protestantes mais antigos do mundo, os valdenses possuem uma história de aproximadamente 850 anos. Suas origens remontam aos chamados “Pobres de Lyon”, homens e mulheres que se tornaram discípulos de Pedro Valdo. Na década de 1170, Valdo, um rico comerciante francês, impactado pelas palavras de Cristo (Mt 19.21), desfezse de seus bens e passou a viver de forma simples, dedicando-se à pregação itinerante. Logo foi acompanhado por outros que se identificaram com ele. Nessa época, a igreja empreendia a cruzada albigense, uma violenta repressão ao movimento dos cátaros, que se alastrava pela França. Esse cenário parece ter sido determinante para que Valdo e seus seguidores não fossem absorvidos pelo catolicismo, como aconteceu com os dominicanos e os franciscanos. A partir de então, 1208-

1215 dC, a história dos valdenses é marcada por perseguições, fugas e clandestinidade. Eles foram se espalhando e buscaram abrigo na França (Languedoc), na Espanha (Catalunha), nos Alpes da Europa Central (na fronteira entre França, Itália e Suíça) e, posteriormente, em Flandres (Bélgica) e sul da Itália (Calábria). De todos esses lugares, as montanhas piemontesas (noroeste da Itália) tornaram-se o principal refúgio deles. Desde o século 13, o local está profundamente ligado ao movimento valdense. A adesão ao protestantismo aconteceu nos primórdios da Reforma. Em 1532, por ocasião do Sínodo de Chanforan, em Turim, onde Guilherme Farel se fez presente, os valdenses decidiram ligar-se aos reformados. Como desdobramento do Sínodo, publicou-se a “Bíblia de Olivétan”, primeira tradução ao francês. Essa bíblia foi paga pelos valdenses e a tradução foi feita pelo teólogo Pierre Olivétan. Seu prefácio foi assinado por Calvino. O francês era a língua falada pela comunidade no Piemonte. Ademais, entre 1536 e 1562, essa região esteve sob o poder da França. Com o retorno das perseguições em 1542, Genebra foi um dos lugares que acolheram as famílias valdenses. Com a “Paz de Cavour”, acordo

firmado em 1561, os valdenses gozaram de liberdade até meados do século seguinte. A grande provação veio em 1655. O episódio ficou conhecido como “Páscoas Piemontesas”. Foi uma série de massacres praticados contra a comunidade, vitimando um total de 1712 pessoas e, como consequ-

de peregrinação, somente 300 chegaram ao destino. O gueto valdense se manteve até 1848, quando seus direitos civis foram reconhecidos pelas autoridades italianas. Desde então, famílias têm migrado para lugares dentro e fora da Itália. Em 1856, algumas famílias se mudaram para o Uruguai. Dois anos de-

Desfile em comemoração pelos 150 anos da Colonia Valdense, Uruguai - 2008

ência, 148 crianças foram entregues a famílias católicas. O fato se tornou conhecido e levou protestantes de vários países a jejuar pela causa valdense. Esse massacre inspirou o poeta inglês John Milton a compor o soneto “On the Late Massacre in Piedmont” (Sobre o recente massacre do Piemonte). Após a revogação do Edito de Nantes (1685), prestes a ser exterminados, um grupo de cerca de 3 mil valdenses migrou para Suíça. Em 1689, escoltados por um grupo de huguenotes, 900 decidiram regressar ao Piemonte. Após 14 dias

pois, estabeleceram uma comunidade que até hoje é conhecida como Colonia Valdense. Esse grupo deu origem a algumas igrejas no Uruguai e na Argentina, que formam o Sínodo del Río de la Plata. Ao todo, são seis presbitérios, 25 igrejas, 14 pastores(as) ativos e 5 mil membros. Na Itália, por sua vez, o sínodo é formado por 41 igrejas, das quais 18 se encontram nos vales piemonteses. Em 1975, a Igreja Valdense se uniu à Igreja Metodista. Estima-se que o número de valdenses por lá seja de 25 mil fiéis. No Brasil, nas últimas

décadas do século 19, famílias valdenses oriundas do Uruguai ou talvez da Itália chegaram a formar congregações no Rio Grande do Sul. No transcurso dos anos, porém, devido à falta de pastores, elas acabaram sendo absorvidas pela Igreja Metodista. Quanto à forma de governo, os valdenses seguem o modelo presbiterial: conselho, presbitérios (na América do Sul) e sínodo. Os dois sínodos (Río de la Plata e Itália) mantêm relações fraternais. Teologicamente, a denominação se declara calvinista e sua confissão de fé (1655) é inspirada na Confissão Gaulesa (1559). Contudo, infelizmente, como acontece com a maioria das igrejas protestantes na Europa, a Igreja Valdense é ecumênica e inclusiva. Pelo menos na Itália, seu calvinismo é mais uma referência histórica. Uma virtude na tradição valdense é o forte senso de diaconia (serviço cristão). Um exemplo disso são os ministérios de ação social que a Iglesia del Río de la Plata desenvolve. Ela mantém três abrigos para idosos, um para crianças, dois albergues estudantis, uma hospedaria e oferece assistência regular a famílias carentes e campesinas. O Rev. Marcone Bezerra Carvalho é pastor da 1ª IP de Santiago, Chile, e colunista regular do Brasil Presbiteriano.


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AÇÃO SOCIAL

Itamonte realiza Projeto Mackenzie Voluntário As ações, que contam sempre com cerca de 100 voluntários, beneficiam os locais e comunidades mais carentes Sílvia Raquel

O

Mackenzie Voluntário acontece em Itamonte desde 2012 e tem o objetivo de incentivar o voluntariado ao realizar ações que promovam benefícios ao município e à comunidade. Em 2012 foi realizada uma tarde de recreação no bairro Boa Vista. Enquanto brincadeiras, teatro, dança e dinâmicas foram direcionados às crianças, os adultos

participaram de palestras e tiveram acesso a um atendimento básico de saúde, oferecido por enfermeiros e nutricionistas. Na programação de 2013 foi comemorado o Dia das Crianças numa rua de lazer, no centro da cidade. Na oportunidade, também foram prestados atendimentos e realizadas pequenas orientações relacionadas à saúde. Em 2014 a ação foi realizada no bairro rural Serra

Negra, onde foram construídas as varandas da escola do bairro, que também foi pintada pelos voluntários. Os participantes se reuniram em 2015 para realizar reformas na escola do bairro rural Morro Grande. Foi construída uma varanda no local, que passou a funcionar como refeitório e o prédio foi pintado. Em 2016, durante uma passeata pela cidade, os voluntários distribuíram informativos sobre a dengue e passaram de casa em casa oferecendo mudas da planta crotalária, que auxilia no combate à proliferação do aedes aegypti.

A 6ª edição do Projeto na cidade, realizada em 2017, teve como foco a coleta seletiva, como estratégia para deixar a cidade mais limpa e auxiliar no combate ao mosquito da dengue, além de ajudar o Projeto Parceiros do Futuro, que tem a venda do material reciclável como importante fonte de recursos para se manter e desenvolver suas atividades. O Projeto Parceiros do Futuro é uma associação sem fins lucrativos que contribui para a formação e o desenvolvimento social de crianças e adolescentes de baixa renda. A associa-

ção atende atualmente 100 crianças com idade entre 5 e 16 anos. As atividades desenvolvidas no Mackenzie Voluntário em Itamonte são direcionadas por um grupo de pessoas da IP local, que contam com o apoio de voluntários e apoiadores de todo o município. Em todas as edições realizada, pôde-se perceber a abertura, tanto dos munícipes, quanto dos órgãos públicos e do comércio em apoiar e incentivar o voluntariado. Sílvia Raquel é voluntária do Mackenzie Voluntário em Itamonte (MG)

PROJETO SARA

Aliança eterna “Eles serão o meu povo e eu serei o seu Deus. Dar-lhes-ei um só coração e um só caminho, para que me temam todos os dias, para seu bem e bem de seus filhos. Farei com eles aliança eterna, segunda a qual não deixarei de lhes fazer o bem; e porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim” (Jr 32.38-41). Raquel de Paula

E

ssa é uma declaração de amor do nosso Deus para conosco. Um Deus tremendo, majestoso, grandioso, soberano,

onipotente, onisciente, infinito em seu ser, santo e completamente absoluto, é o nosso Deus, amigo, conselheiro, que nos acolhe em seus braços, que nos ouve e agora nos mostra

a mais bela declaração de amor que podemos vislumbrar. O nosso Deus é o maior interessado em nossas famílias, em nossos relacionamentos conjugais e em nossas alianças. E o caminho para o nosso próprio bem é o temor do Senhor. A mulher virtuosa é a que teme ao Senhor (Pv 31.30). Feliz é todo aquele que teme ao Senhor (Sl 112; 128). Assim, a aliança que Deus estabelece com seu povo tem em

sua essência a condição de estarmos ligados a ele mesmo, andando em seus caminhos, com temor. O PROJETO SARA é um ministério da SAF da IP Praia Grande, SP, que tem como objetivo conscientizar, despertar e estimular as mulheres da IPB a orarem diariamente por seus maridos, como convém do Senhor (1Pe 3.7). Assim, esperamos que essa demonstração de amor do próprio Deus nos estimule a cada dia a manter, restaurar e fortalecer

o nosso amor em família, movidos pelo amor que nos constrange pela Palavra de Deus, o Verbo encarnado, nosso Senhor Jesus Cristo, que deu sua vida por nós. Que o coração de nossas famílias estejam firmados na graça excelsa de Jesus, em intimidade com o Senhor, com sua Palavra e em orações, súplicas, ações de graça, para honra e glória do nosso Deus. Raquel de Paula é membro da IP Praia Grande, SP, e colaboradora do Brasil Presbiteriano.


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Boa Leitura Admiração – Paul Tripp

Seja uma boa música e uma álbum elaborado, uma comida deliciosa, um quadro bem pintado, são pequenas coisas que nos levam à admiração. Nenhuma delas é errada em si mesma, afinal, Deus planejou-nos com a capacidade de admirar a sua criação, porém, devemos ter em mente que esse sentimento não pode e nem deve ser um fim em si – ele precisa ser relevante e refletir de maneira positiva em tudo o que fazemos e dizemos. É justamente a partir da relevância da admiração pelo mundo e tudo que nos cerca, que Paul Tripp escreve Admiração. Não apenas para explicar como esse sentimento nos afeta, mas também para contemplarmos (e entendermos) a beleza do Senhor. Ser pastor – Derek Prime, Alistair Begg

Ser pastor, de Derek Prime e Alistair Begg, trata sobre os cuidados e desafios do ofício de maior responsabilidade humana em toda a criação. Um ofício que não é

apenas um simples trabalho, mas é uma vocação, um estilo de vida muitas vezes difícil de ser compreendido por muitas pessoas. Na obra, os pastores Derek e Alistair fornecem conselhos práticos para os aspectos espirituais e práticos do ministério pastoral – que exige que o pastor não só nutra sua própria vida espiritual, mas também a de suas ovelhas. Um livro que deve estar nas prateleiras de todos os pastores, afinal é uma ferramenta essencial para entender mais a fundo a obra ministerial que realizam e seus temas, como oração, hábitos devocionais, pregações, estudos e outras tarefas específicas do ministério.

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Entretenimento e reflexão O Brasil Presbiteriano não necessariamente endossa as mensagens dos filmes aqui apresentados, mas os sugere para discussão e avaliação à luz da Escritura.

Brado de Vitória – G. K. Beale, David H. Campbell

Brado de Vitória trata sobre a obra de Deus e seu propósito final em face do sofrimento do seu povo e dos ataques satânicos, a partir de uma comentário do livro de Apocalipse visando um fortalecimento para a igreja e servindo de recurso para o discipulado. A obra busca esclarecer o real objetivo do livro de Apocalipse: “um encorajamento para que o povo de Deus preserve na certeza de que sua recompensa final é certa, e adore e glorifique a Deus apesar das provocações e das tentações para marchar de acordo com o ritmo do mundo”. Deste modo, G. K. Beale e David H. Campbell revelam as verdades profundas e o encorajamento do livro do Novo Testamento que atualmente vem sendo interpretado de forma limitada e incorreta por muitas igrejas, com um foco obsessivo no futuro fim dos tempos e não no brado de vitória de Deus sobre todas as forças do mal.

Sobre esses e outros títulos acesse www.editoraculturacrista.com.br ou www.facebook.com/editoraculturacrista ou ligue 0800-0141963

Pantera Negra (2018)

A felicidade não se compra (1946)

O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei (2003)

O filme sobre o héroi da Marvel chegou às telonas no último mês e causou rebuliço na internet. A história de T’challa e do povo de Wakanda já é conhecida dos fãs de HQs e de quem acompanha os filmes do universo Marvel, mas o blockbuster ganhou ainda mais destaque pelos efeitos 3D, figurinos e principalmente pela representatividade. Aliás, as discussões nas redes sociais sobre o longa é justamente sobre o seu papel importante e fundamental para debates sobre representatividades na sétima arte, afinal é a primeira franquia da Marvel em que grande parte do elenco é formado por negros e inclui mulheres guerreiras. Nossa dica: assistam o filme com os jovens de suas igrejas e o usem para discutir sobre representatividade, perdão, redenção e contemporaneidade, sob o ponto de vista reformado. Afinal, são assuntos pertinentes à realidade e o dia a dia dos jovens.

Com direção de Frank Capra, o clássico dos anos 40 é um filme sobre solidariedade, valores familiares e sobre a importância de se ter e ser amigo. A história tem até um quê de Davi e Golias, em que vemos George Bailey (interpretado por James Stewart), um homem íntegro que, quando mais novo, sonhava em viajar o mundo, cursar uma boa universidade e conhecer realidades diferentes da sua (como todos os jovens!), mas infelizmente seus sonhos não se realizam. Seu destino: herdar a casa de empréstimo de seu pai, morar numa pequena cidade do interior e enfrentar a ganância de um milionário que se sentia o dono do mundo. Além da frustração, George precisa lidar com um crise financeira e acusações seríssimas que o levam a pensar em suicídio e a implorar algo a Deus. Para saber o desfecho da história e refletir sobre a importância de nós como indivíduos, só assistindo o longa.

O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei é o filme mais sombrio da trilogia, com guerras, separações e dúvidas que rodeiam os personagens centrais da história adaptada dos livros de J.R.R. Tolkien. Com a trama dividida em dois focos: a jornada de Frodo e Sam; a batalha de Minas Tirith, vemos o desfecho da história e dos personagens que conquistaram toda uma geração. O melhor de tudo: nos emocionamos com falas como “Coragem é a melhor arma que vocês tem” ou os dizeres da profecia, “Nem tudo que fulgura é ouro”. Além disso, podemos aprender e refletir sobre amizade, esperança e ambição. Partindo para o lado mais visual, o longa nos impressiona com o grande exército e criaturas da Terra-Média, como os orcs, uruk-hais, trolls, bárbaros humanos e Olifantes de guerra. Outro elemento que merece ser lembrado (e observado) é a trilha sonora que é envolvente e traz um ritmo especial ao longa.

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