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Neste livro, mais uma vez nos encontramos com o Montesquieu refinado, intérprete de seu tempo, e também com o erudito formado na cultura clássica, isto é, um pensador iluminista que não deixa de lado, porém, o moralismo herdado dos gregos e, principalmente, dos romanos; neste caso, ele está mais próximo de Samuel Johnson do que de Voltaire e Diderot. É como pode ser visto na abertura das suas considerações sobre o comércio, quando reconhece, desde logo, que o comércio tornou nossos costumes menos rudes, que o comércio fez com que os costumes de todas as nações se interpenetrassem, o que permitiu que as nações se julgassem a si mesmas comparando-se uma com as outras, o que resultou em grandes benefícios para todas, o que o leva a afirmar que: “O comércio afasta os preconceitos destruidores; e é quase uma regra geral que, onde quer que haja costumes amenos, exista comércio e, onde quer que haja comércio, existam costumes amenos”.