sumário
Abertura pág. xx Conhecendo as DCV’s pág. xx Fatores de Risco Cardiovascular Diabetes pág. xx Fumo ou tabagismo pág. xx Colesterol pág. xx Hipertensão pág. xx Sedentarismo pág. xx Obesidade pág. xx Avaliação de risco pág. xx Reeducação alimentar pág. xx
abertura O Programa Amigo do Peito é uma iniciativa do Cárdio Pulmonar criada para conscientizar sobre as principais doenças cardiovasculares, que através de medidas de prevenção e da adoção de hábitos de vida saudáveis são em grande parte evitadas e/ou controladas. O sucesso na prevenção de doenças e na promoção de saúde e qualidade de vida depende de você! Conheça e coloque em prática as mudanças necessárias.
Certamente você conseguirá!
conhecendo as DCV’s Doenças Cardiovasculares As doenças cardiovasculares são um grupo de patologias que afetam o coração e os vasos sanguíneos, e incluem principalmente o infarto agudo do miocárdio e o acidente vascular cerebral (AVC), também conhecido como derrame cerebral. Também fazem parte desse grupo o aneurisma de aorta - dilatação desse vaso que pode romper e levar o paciente à morte - e as obstruções das artérias das pernas, que podem levar a sérias dificuldades para caminhar, feridas que não cicatrizam e até amputação dos dedos e das pernas. As DCV’S são, de fato, um tema muito sério. Elas representam a causa principal de mortalidade no mundo todo, vitimando quase 20 milhões de pessoas todos os anos. Isso significa que 31% de todas as mortes no mundo acontecem em decorrência principalmente do infarto ou do AVC. São 2.000 mortes por hora causadas diretamente por essas doenças. A boa notícia é que essas taxas vêm caindo progressivamente ao longo das últimas 4 décadas. A maior parte da redução de mortalidade por doenças cardiovasculares observada nesse período se deve ao controle agressivo dos chamados fatores de risco.
Doenças Cardiovasculares Infarto do miocárdio Aneurisma de aorta AVC Fatores de Risco Colesterol alto Pressão alta Diabetes Tabagismo Sedentarismo
fatores de risco Fatores de risco são características clínicas ou comportamentos prejudiciais à saúde que aumentam significativamente o risco de desenvolver um Infarto ou AVC. Os principais fatores de risco para DCV’s são: Colesterol alto, Pressão alta, Diabetes, Tabagismo, Dieta inadequada, Sedentarismo, Excesso de peso e Uso excessivo de Álcool. Aproximadamente 90% das pessoas que sofrem um infarto ou AVC possuem um ou mais desses fatores de risco.
diabetes Diabetes é uma doença crônica que leva ao aumento dos níveis de açúcar (glicose) no sangue. Pode ser dividida em dois tipos principais a depender da idade de início e da necessidade de insulina no tratamento. • O tipo 1 geralmente se instala na adolescência, sua causa principal é a falta de produção de insulina, o que faz com que esta seja necessária logo no início do tratamento. • O tipo 2 é mais comum, nele existe resistência a ação da insulina, geralmente ocorre na idade adulta e os principais fatores de risco são o sobrepeso e a história familiar.
O diabetes está associado a um maior risco de infarto, AVC, amputação de membros, retinopatia com cegueira, insuficiência renal e neuropatias periféricas dolorosas. A maioria dos pacientes é assintomático, ou seja, não apresentam qualquer sintoma. Casos graves podem se manifestar com fadiga, perda de peso, sede excessiva, infecções de repetição, dificuldade de cicatrização e borramento visual. Não há cura, mas o diagnóstico e tratamento precoces ajudam a evitar suas complicações. Converse com seu médico e faça check-up periodicamente, controle seu peso e cultive bons hábitos de vida.
fumo ou tabagismo O fumo é um inimigo terrível da nossa saúde. Além da nicotina, ele contém muitos outros produtos tóxicos para o nosso corpo, como arsênico, cianeto e naftalina. Estas substâncias promovem uma série de alterações no nosso organismo que favorecem o aparecimento de várias doenças, como infarto do miocárdio, doenças pulmonares e vários tipos de cânceres (pulmão, esôfago, bexiga, etc.). Por isso, afaste-se do cigarro!
Parar de fumar muitas vezes não é fácil em função das dependências química e psicológica (sensação de prazer, segurança, companhia) geradas pelo fumo. Para aqueles que desejam parar de fumar, mas não estão conseguindo, o Hospital Cárdio Pulmonar oferece o Programa de Cessação de Tabagismo. Neste Programa, um pneumologista e uma psicóloga irão atuar em conjunto no tratamento do paciente tabagista, aumentando suas chances de conseguir parar de fumar. Marque já sua consulta através dos números (71) 30304-4595 ou (71) 3203-2222
20 minutos
depois do seu último cigarro, seu batimento cardíaco fica menos acelerado.
12 horas
depois, os níveis de monóxido de carbono voltam ao normal no seu sangue.
2 semanas a 3 meses
depois do seu último cigarro, seu risco de morrer de ataque cardíaco começa a diminuir. Suas funções pulmonares começam a melhorar.
1 a 9 meses
depois do seu último cigarro, a tosse e falta de ar diminuem.
1 ano
depois do seu último cigarro, seu risco de contrair doenças coronarianas já é metade do que era quando fumava.
5 anos
depois de parar, seu risco de derrame é reduzido para o de um não fumante.
10 anos
depois de parar, a chance de morrer por câncer de pulmão é metade do que a de um fumante. Os riscos de morrer de câncer de boca, garganta, esôfago, bexiga, fígado e pâncreas diminuem.
15 anos
depois de parar, seu risco de contrair doenças coronarianas é o mesmo de alguém que nunca fumou na vida.
colesterol Colesterol é uma gordura produzida naturalmente pelo nosso organismo e tem um papel importante para o funcionamento do nosso organismo: participa da produção de hormônios e da vitamina D, da síntese da membrana de todas as células, além de ajudar na fabricação da bile, importante na digestão das gorduras consumidas. O colesterol também advém da ingestão de alimentos de origem animal como carnes vermelhas, manteiga, queijos, pele de aves que são ricos em gordura saturada. A presença excessiva do colesterol em nosso organismo é prejudicial à saúde, uma vez que esta gordura excedente se deposita em nossas veias e artérias formando placas (arteriosclerose) que podem bloquear a passagem no sangue em nosso corpo. Por isto, taxas elevadas de colesterol estão relacionadas à ocorrência de infarto, angina e AVC. O aumento dos níveis do colesterol pode ocorrer por uma produção desequilibrada do próprio organismo, relacionada com a sua hereditariedade, sexo e idade, ou através de hábitos de vida que podem ser modificados, como a prática de atividades físicas e dieta adequada. No nosso sangue o colesterol é composto principalmente pelo LDL-colesterol e HDL-colesterol.
HDL - Colesterol
LDL - Colesterol
• Conhecido como “colesterol bom”;
• Conhecido como “colesterol ruim”;
• Auxilia a retirar o excesso de gordura depositado nas paredes das artérias;
• Em níveis elevados vai sendo depositado na parede das artérias, provocando seu entupimento, o que pode levar a infarto no coração ou cérebro;
• Quanto maior o seu valor, maior a proteção para as artérias (ideal acima 40mg/dl).
• O nível ideal varia de caso a caso, devendo ser avaliado por seu médico.
previna-se • Pessoas acima de 20 anos devem medir o colesterol total e suas frações, para estimar o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e instituir medidas preventivas; • Procure orientação para adotar uma dieta que contribua para o equilíbrio das taxas de colesterol; • Pratique exercício físico regular. Esta é a melhor forma de aumentar o “colesterol bom”.
hipertensão arterial A pressão arterial é a força que o sangue exerce na parede das artérias. Esta “força” sofre oscilações normais durante o dia. Todos nós, por exemplo, temos uma pressão mais baixa em repouso e elevações transitórias durante o exercício, sob medo e/ou estresse. Entretanto, quando esta elevação ocorre na maior parte do tempo, acima dos valores normais (vide tabela de classificação) fica caracterizada a Hipertensão Arterial, ou pressão alta. A hipertensão é uma doença muito frequente, que na maioria das vezes não apresenta sintomas, o que a torna ainda mais perigosa. Muitas vezes uma lesão grave como um infarto ou AVC pode ser sua primeira manifestação.
Na tabela abaixo, conheça os níveis de pressão considerados normais para pessoas com idade maior ou igual a 18 anos.
Classificação da pressão arterial de acordo com a medida casual no consultório (> 18 anos) Classificação
Pressão sistólica*
Pressão diastólica*
Ótima
< 120
< 80
Normal
<130
< 85
Limítrofe*
130-139
85-89
Hipertensão estágio 1
140-159
90-99
Hipertensão estágio 2
160-179
100-109
Hipertensão estágio 3
≥ 180
≥ 110
Hipertensão sistólica isolada
≥ 140
< 90 *valores em (mmHg).
Referência: Sociedade Brasileira de Cardiologia / Sociedade Brasileira de Hipertensão / Sociedade Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol 2010; 95 (1 supl.1): 1-51
Observe que só são considerados normais os níveis de pressão abaixo de 130x85 mm Hg. Indivíduos com níveis frequentes de pressão arterial acima deste valor apresentam risco maior de infarto do miocárdio, derrame cerebral e doenças renais. Por isto, é fundamental que você verifique sua pressão pelo menor uma vez ao ano com um profissional de saúde e, havendo alterações, um médico deverá ser consultado. Importante: Hipertensão Arterial não tem cura, mas tem tratamento. Somente um médico está habilitado a orientá-lo quanto à medicação e dose adequada ao seu quadro.
Sedentarismo O sedentarismo é um fator de risco conhecido para a ocorrência de infarto e AVC. No Brasil, apesar do clima tropical e de uma extensa zona de litoral, 50% das pessoas são sedentárias. O bom é que está nas suas mãos a possibilidade de eliminar este fator de risco. É só sair da inércia e se exercitar!
Algumas dicas são importantes: • Escolha um tipo de atividade que seja prazerosa para você; • Escolha um horário de temperatura mais amena e use roupas leves, esteja sempre alimentado antes da atividade física; • Inicie de forma leve e aumente a intensidade de forma gradual; • Se você tem algum problema cardiovascular ou pulmonar, ou se for realizar atividade mais intensa, procure seu médico antes; • 150 minutos semanais em uma carga leve a moderada (cansaço nível 6 em uma escala de 0-10) já faz a diferença e seria o mínimo necessário para já ter efeitos positivos para seu coração e sua saúde; • De preferência busque orientação de um profissional de educação física ou fisioterapeuta. O importante é começar!
obesidade É uma doença caracterizada pelo excesso de gordura depositada no corpo, acima dos padrões considerados normais para a idade, sexo e altura. A obesidade é um inimigo de peso – pessoas obesas têm uma maior tendência a desenvolver complicações como diabetes tipo 2, colesterol alto, pressão alta, doenças cardiovasculares, apnéia do sono, doenças ortopédicas e diversos tipos de câncer. Livre-se dessa bagagem desnecessária. Procure seu médico ou uma nutricionista e tente mudar seu estilo de vida! Descubra se você é obeso: Uma das formas mais utilizadas para descobrir se um indivíduo está acima do peso é calculando seu índice de massa corpórea, de acordo com a fórmula abaixo:
IMC = Peso 2 Altura
Na tabela abaixo você encontrará o índice de massa corporal considerado normal e as faixas de obesidade.Tabela classificação do peso pelo IMC (Diretrizes Brasileiras de Obesidade, 2010 - ABESO). Classificação
IMC (Kg/m2)
Risco de Comorbidades
Peso normal
18,5-24,9
Médio
Sobrepeso
≥ 25
-
Pré Obeso
25,0 a 29,9
Aumentado
Obeso I
30,0 a 34,9
Moderado
Obeso II
35,0 a 39,9
Grave
Obeso III
≥ 40,0
Muito grave
Uma forma de avaliar o risco de desenvolver problemas cardiovasculares é através da medida da circunferência do abdômen: Risco de complicações metabólicas Aumentado
Homem ≥ 94 cm
Mulher ≥ 80 cm
Muito Aumentado
≥ 102 cm ≥ 88 cm
reeducação alimentar A vida moderna nos exige uma rotina repleta de tarefas e obrigações, encurtando nosso tempo. Isto se reflete na forma como nos alimentamos. Damos prioridade à praticidade e rapidez em lugar da saúde, ou seja priorizamos tudo que é fácil e rápido de adquirir, de preparar e de comer (congelados, enlatados, fast-food) em lugar de alimentos naturais e nutritivos. A maneira como nos alimentamos também é inadequada. Comemos com pressa, em ambientes inapropriados enquanto executamos outras tarefas. Este tipo de rotina alimentar facilita a ocorrência de doenças e quilos a mais. Dieta equilibrada Pare e pense: a qualidade e quantidade dos alimentos que consumimos e a forma como os preparamos determinam o tempo e a qualidade de nossas vidas. Por isso é importante nos alimentarmos de forma equilibrada, regular e tranquila.
Na tabela a seguir, conheça os tipos de alimento e a recomendação de consumo de cada um deles. Manteiga, carnes vermelhas, açúcares, doces, cereais refinados e batata Laticínios
Peixes, ovos, aves e mariscos Leguminosas, legumes e oleaginosas Vegetais Consumo em abundância Cereais integrais (pão, arroz, massa...) Na maioria das refeições Água e exercícios físicos
Consumo esporádico 1 a 2 vezes por dia 0 a 2 vezes por dia 0 a 2 vezes por dia
Frutas 2 a 3 vezes por dia Azeite e óleos vegetais Na maioria das refeições
O tanto quanto quiser (Fonte: OMS, 2013)
Na Pirâmide Alimentar os alimentos são distribuídos de acordo com a necessidade de ingestão. Os alimentos que precisam ser consumidos numa quantidade maior estão na base e os que precisam ser consumidos em menor quantidade estão no topo. A base da pirâmide consiste em exercícios diários e controle de peso. O degrau acima divide-se em duas partes, a primeira consiste em cereais integrais: ricos em fibras que promovem melhor trabalho intestinal e controlam a glicemia. Já a segunda parte consiste em óleos vegetais: óleo de soja, de milho, de canola e azeite de oliva, aumentam o colesterol bom (HDL- colesterol) e combatem o colesterol ruim (LDLcolesterol). Passando para o meio da pirâmide, encontramos as verduras, legumes e frutas - importantes fontes de vitaminas, minerais e fibras - além das oleagionosas e as leguminosas - que são fontes de vitaminas, minerais e proteínas. As oleaginosas exercem poder antioxidante, capaz de reduzir o risco de doenças cardiovasculares. No próximo degrau estão o peixe e o frango, carnes brancas que constituem fonte de proteínas de alto valor biológico. O ovo também marca presença já que é considerado alimento anti-anêmico. Quase ao topo da Pirâmide, a recomendação de leite e seus derivados magros, ou desnatados, devido à sua importante fonte de cálcio. E por fim, no topo estão os alimentos que devemos consumir esporadicamente, como os refinados: arroz, macarrão, batata e pão branco, que sofrem o processo de refinação, perdendo nutrientes importantes
e possuem também grande quantidade de açúcar simples, responsável pelo ganho de peso e obesidade. Junto com os refinados estão ainda: a manteiga e a carne vermelha, que são alimentos de difícil digestão, ricos em gordura saturada. Ler os rótulos dos alimentos é muito importante para garantirmos a qualidade do produto comprado, porém, a maioria das pessoas ainda presta atenção somente na quantidade de calorias descrita na embalagem. Já sabemos que não são apenas as calorias que ditam uma dieta balanceada. Diversos outros componentes determinam o resultado da sua saúde e adequação do peso.
light, diet e zero conhecendo a diferença Os alimentos rotulados como DIET não contém um determinado componente alimentar, como sal, açúcar ou gorduras. Portanto, os alimentos diet, a depender da sua composição podem ser ingeridos por pessoas com pressão alta, colesterol elevado ou diabetes. Já os alimentos LIGHT apresentam uma redução de pelo menos 25% do valor do sal, açúcar ou gordura em relação à composição original, não devendo ser consumido de forma indiscriminada por indivíduos com pressão alta, colesterol elevado ou diabetes. Os alimentos ZERO, assim como o Diet, possuem a exclusão total de algum componente, que pode ser Zero Açúcar, Zero Gordura, Zero Sódio, entre outros. Quando um alimento é Zero por isenção de açúcar, pode ser consumido por portadores de Diabetes.
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