Livro de viagens
TV Tribuna 20 anos
Rota do Sol - 15 Anos • TV Triuna - 25 Anos
Cidade - Rota do Sol - TV Tribuna
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TV TRIBUNA Afiliada Rede Globo
ROTA DO SOL Livro comemorativo aos 20 anos da TV Tribuna
1a edição
Baixada Santista e Vale do Ribeira - SP TV Tribuna 2012
OFERECIMENTO
OFERECIMENTO
Roberto Clemente Santini, presidente da TV Tribuna
Reunião de momentos
O
ROTA DO SOL, da TV Tribuna, foi criado no ano 2000. Nestes 12 anos, levamos você a muitos destinos. Este livro é uma reunião de momentos. Flagrantes despretensiosos, quase todos feitos
por nossos repórteres, que, durante as gravações, registraram suas cenas preferidas e agora dão de presente àqueles que nos acompanharam na telinha nas manhãs de sábado.
“
É motivo de muito orgulho o lançamento deste livro. Por isso, faço questão de dividir essa alegria com os funcionários, os telespectadores e todos aqueles que contribuíram para o sucesso do ROTA DO SOL. Não apenas os jornalistas que
Quem viaja, passeia
viajam, mas também os que ficam por aqui para garantir a
na linha do tempo, volta
sagens pelo mundo, mas sempre com o olhar das pessoas
qualidade do programa. O ROTA DO SOL mostra lindas pai-
ao passado, espia o futuro e
da nossa região, que viajam ou que se aventuram a viver em
tem a nítida impressão de que
mais do que ir de um lugar ao outro. É mais do que explorar
as horas e os dias ficaram mais longos”.
outros países. Este livro conta histórias de viagem. E viajar é e fazer descobertas ao longo do percurso. Viajar é a chance de ter uma nova compreensão do mundo e de si mesmo. Perto ou longe, cada roteiro percorrido é um segredo revelado. Na volta, trazemos um estoque de lembranças e muitas histórias para contar. Quem viaja, passeia na linha do tempo, volta ao passado e espia o futuro. Se recordar é viver, o viajante vive muito mais! O livro ROTA DO SOL vai levá -lo a lugares distantes e próximos, mas que talvez por estarem tão perto dos olhos ainda não tenham sido vistos. Para seguir com a gente nesta aventura, basta virar as páginas! Rota do Sol - TV Tribuna
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Rosana Valle, editora e repórter do programa Rota do Sol
Jornalista e viajante
Q
uando me param na rua, a brincadeira é imediata: “Que trabalhinho difícil esse seu”. Realmente, tenho de reconhecer. Minha profissão seguiu um rumo que foi além dos
meus sonhos. Quando desisti de investir em uma car-
reira em São Paulo, não imaginava que essa escolha, questionada na época, fosse trazer tamanha recompen-
“
sa. Contrariando a razão, eu agi com o coração, fiquei e não me arrependi. Hoje, orgulho-me do que conquistei. De minha mãe, herdei dois talentos: o gosto por contar histórias e a facilidade para assimilar e guardar textos
Vire as páginas, aventure-se.
com uma simples leitura. Foi minha mãe quem me alfa-
Depois escolha seu próprio roteiro,
rias que ela mesmo escrevia. E se por um lado, minha
betizou aos 5 anos, ao me fazer decorar poesias e histó-
estão todos à sua espera. Observe
mãe me deu a teoria, a TV Tribuna me deu a opor-
as paisagens, os monumentos,
ao privilégio que tive de estar nos mais incríveis luga-
construções e igrejas. Com certeza
tunidade de por tudo em prática. Sempre serei grata res e sei que se não fosse por este trabalho, não teria a chance de conhecê-los. Diferentemente da correria
você vai ver que para os cenários
que cerca o cotidiano de um jornalista, as paisagens
ficarem perfeitos, ainda falta
todo, mas a maior parte de meu dia a dia. Aos compa-
agradáveis e as boas conversas hoje ocupam, se não
um detalhe: você! Talvez ali em um
nheiros de viagens agradeço pelas fotos que acrescen-
banco, estirado na praia, a tomar
anos do programa. Estive na maioria dos roteiros do
sol, fazendo parte da paisagem...”.
taram muito às que acumulei comigo ao longo dos 12 Rota do Sol. Aqui, selecionamos alguns desses passeios, os quais espero que sirvam de inspiração. Rota do Sol - TV Tribuna
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Baixada Santista
Santos
Guarujá
Bertioga
Itatinga
18 38 42 46 50
São Vicente
Praia Grande
Cubatão
Caminho do Mar
14
54
Litoral Sul Vale do de São Paulo Ribeira
64
Mongaguá
68
Itanhaém
Peruíbe
72
Registro
78
Iporanga
Refúgios Naturais
108
Laje de Santos
112
Ilha dos Arvoredos
114
Queimada Grande
Fortaleza de Santo Amaro
Fortaleza do Itapema
86
Fortaleza dos Andradas
90
Fortaleza de Itaipu
92
Forte São João
Ilha Comprida
Apiaí
100
Cavernas do Vale do Ribeira
Fortalezas
82
Cananeia
Iguape
Cavernas
126 128 130
116 120
96
58 60
TV Tribuna - Rota do Sol
Sumário
América do Sul
Peru
134
América do Norte
140
Canadá
144
Alasca
Europa
150
Portugal
158
Espanha
Ilhas do Pacífico
Taiti
210 214
Ilha de Páscoa
Ásia
Japão
218
Polo Sul
232
Antártica
224
China
166
França
174
Alemanha
Itália
180 188
Grécia
194
Inglaterra
200
Escócia
202
Áustria
206
Budapeste
Rota do Sol - TV Tribuna
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16
TV Tribuna - Rota do Sol - Cidade
Baixada Santista Santos página 18
Caminho do Mar Cubatão Santos S. Vicente Guarujá
Bertioga Itatinga
Guarujá página 38
Praia Grande
P
Bertioga página 42
aisagem e história esperam por você, logo ali! Cenários que de tão perto, às vezes passam despercebidos. Admire as imagens do cotidiano das cidades da Baixada Santista e
Itatinga página 46
inspire-se para mais um passeio.
São Vicente página 50
Praia Grande página 54
Cubatão página 58
Caminho do Mar página 60
Rota do Sol - TV Tribuna
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Ponta da Praia
18
TV Tribuna - Rota do Sol - Santos
Exibido em julho de 2000
A cidade dos Sonhos
O
que dizer da Cidade onde nasci e escolhi morar? Estive em muitos países, admirei paisagens magníficas, mas ao fim de cada roteiro, voltar para onde me reconheço é, sem dúvida, o melhor da viagem. Portanto, a quem me
pergunta qual o cenário mais belo, não posso responder com a razão, mas com o coração. Esse, já fez sua escolha. Entre as cenas que não esqueço está o anúncio de um novo dia, do Emissário Submarino, no bairro do José Menino, quando o amarelo invade as águas do mar. Também já vi o sol nascer de um dos muitos transatlânticos que fazem escala em Santos. Lá pelas seis da manhã, eles chegam à Ponta da Praia, cruzam a Fortaleza da Barra e entram no canal do porto. O céu contrasta com o verde da encosta e o branco das paredes da fortificação. Vem à mente, também, a imagem do Bonde Funicular, que nos leva à capelinha branca da padroeira Nossa Senhora do Monte Serrat. A santa, do alto, protege e abençoa mais uma manhã, tipicamente santista. É meio dia no Novo Centro Velho. A sirene que avisa a hora do almoço também é o anúncio de que tudo caminha bem. O sol a pino ilumina os tons pastéis das construções, como a imponente Bolsa do Café, de 1922, na esquina da Rua XV de Novembro.
Santos
À tarde, na praia, a cor da paisagem vai do dourado ao vermelho fogo. No fim de semana, vejo uma cidade ainda mais colorida, quando moradores se juntam a milhares de visitantes. Na orla, o verde vibrante do maior jardim em orla marítima do mundo contrasta com os guarda-sóis na areia. São os tons do verão. Nas fotos, alguns dos muitos motivos porque me tornei uma santista perdidamente apaixonada – e por mais que viaje, sempre quero voltar! Santos - Rota do Sol - TV Tribuna
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Vista da Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande
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TV Tribuna - Rota do Sol - Santos
Santos - Rota do Sol - TV Tribuna
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Deck do Pescador
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TV Tribuna - Rota do Sol - Santos
Navios de passageiros atracados no Porto
Ponta da Praia Santos - Rota do Sol - TV Tribuna
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Vista aĂŠrea da orla de Santos a partir da Ponta da Praia
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TV Tribuna - Rota do Sol - Santos
Santos - Rota do Sol - TV Tribuna
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Fim de tarde na praia do JosĂŠ Menino
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TV Tribuna - Rota do Sol - Santos
Surfistas no quebra-mar na tentativa de entrar para o livro dos recordes Santos - Rota do Sol - TV Tribuna
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Parque Municipal Roberto Mรกrio Santini, รกrea de lazer para turistas e moradores
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TV Tribuna - Rota do Sol - Santos
Santos - Rota do Sol - TV Tribuna
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Aquรกrio Municipal
30
TV Tribuna - Rota do Sol - Santos
Praça da Independência
Vila Belmiro Santos - Rota do Sol - TV Tribuna
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Bonde Funicular do Monte Serrat
32
TV Tribuna - Rota do Sol - Santos
Santuรกrio de Nossa Senhora do Monte Serrat Santos - Rota do Sol - TV Tribuna
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Centro Histórico de Santos preparado para gravação de minissérie
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TV Tribuna - Rota do Sol - Santos
Vista da pra莽a da Rep煤blica, Teatro Coliseu, Catedral e F贸rum de Santos
Bonde do Centro Hist贸rico Santos - Rota do Sol - TV Tribuna
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Cafeteria do Museu
Torre da Bolsa do Café de Santos
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TV Tribuna - Rota do Sol - Santos
Museu do café
Detalhes da Sala do PregĂŁo - arquitetura estilo eclĂŠtico Santos - Rota do Sol - TV Tribuna
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Guarujá
Praia das Astúrias
38
TV Tribuna - Rota do Sol - Guarujá
Exibido em maio de 2007
ESCOLHA SUA PRAIA
G
osta de surfe? Prefere tranquilidade com as crianças? Quer um refúgio particular? E, o que acha de mergulhar em um mar de água limpa, com selo de qualidade internacional? É só você decidir a praia, porque seja qual for sua
escolha, o destino pode ser o mesmo: Guarujá! No mapa da Ilha de Santo Amaro, em formato de dragão, onde está a cidade, há 22 quilometros e 27 praias à inteira disposição do agito ou da preguiça. O programa Rota do Sol percorreu todas as areias e águas do Guarujá. Em uma das reportagens, nossa equipe acompanhou canoístas e turistas que após uma remada da lua cheia, fizeram um lual na praia do Cheira Limão. Com apenas 20 metros de extensão, é a menor praia da cidade e fica logo após a praia do Góes. Esperamos o sol se esconder atrás do morro e depois a lua iluminar o mar e a cidade de Santos, do outro lado da Ilha. Anos mais tarde, na Polinésia Francesa, ao participar também de um lual, me lembrei daquele final de tarde, na praia do Cheira Limão, da remada da lua cheia, das canoas havaianas. Fiquei contente por saber que bem perto de onde moro também há cenários de praia, encantadores. Por falar nisso, em Bora Bora, a mais famosa Ilha da Polinésia Francesa, conheci a Bandeira Azul, símbolo internacional, que confere à praia um selo de garantia, controlado por 54 países. Ao nos dar uma entrevista, o gerente do hotel descreveu com muita satisfação a importância desse certificado. Para consegui-lo, a praia precisa obedecer 33 quesitos, como a qualidade da água, infraestrutura, segurança e educação ambiental. Algum tempo depois, acompanhei na Praia do Tombo, em Guarujá, o hasteamento da mesma Bandeira Azul (Blue Flag Beach). Com pouco menos de um quilometro de extensão, essa se tornou referência no mundo em balneabilidade. Mais um motivo de orgulho para quem é da região. Então, em Guarujá é só você escolher sua praia. Guarujá - Rota do Sol - TV Tribuna
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Praia de Pitangueiras
40
TV Tribuna - Rota do Sol - Guarujรก
A Praia do Tombo tem Selo Azul, a mais alta certificação ambiental no mundo
Praia de São Pedro, refúgio de tranquilidade Guarujá - Rota do Sol - TV Tribuna
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Bertioga Praia de ItaguarĂŠ
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TV Tribuna - Rota do Sol - Bertioga
Exibido em dezembro de 2003
NATUREZA INTOCADA
B
ertioga tem uma das últimas praias ainda intocadas do Estado de São Paulo. A paisagem é lindíssima. O mar é aberto e forma piscinas naturais por conta do banco de areia e do rio que desemboca na praia. Na
língua indígena, Itaguaré significa ‘pedra da garça’, aves que frequentemente são vistas em bando, a procura de alimento.
A praia de Itaguaré tem 2,9 km de extensão. Sua areia é branca e dura, cercada por uma vegetação rasteira, que vai da faixa de encontro da Mata Atlântica com o mar. É a Restinga. Atualmente, 98% de toda a vegetação de restinga que restou na Baixada Santista estão concentrados em Bertioga. Por essa importância ecológica, no final de 2010 foi criado o Parque Estadual Restinga de Bertioga. A área, com mais de 9 mil hectares, abriga rios, manguezais e uma grande diversidade de flora e fauna, tais como um terço das espécies de bromélias de todo o Estado. No local foram registradas 117 espécies de aves, sendo 37 endêmicas (que só existem ali) e nove ameaçadas de extinção. A área abriga ainda a maior diversidade de répteis e anfíbios da Mata Atlântica do Estado. A praia de Itaguaré está dentro dessa Unidade de Conservação de Proteção Integral, onde não é permitida nenhuma construção. Itaguaré, sem dúvida, é uma das paisagens mais bonitas e impressionantes de toda a região. Bertioga - Rota do Sol - TV Tribuna
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Riviera de Sรฃo Lourenรงo
44
TV Tribuna - Rota do Sol - Bertioga
Bertioga - Rota do Sol - TV Tribuna
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Itatinga Porto de acesso à Itatinga, às margens do rio Itapanhaú
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TV Tribuna - Rota do Sol - Itatinga
Exibido em janeiro de 2002
USINA DE ITATINGA
A
hidrelétrica, construída há mais de um século para fornecer energia ao Porto de Santos, tornou-se, ao longo do tempo, um dos pontos turísticos mais interessantes do Litoral Paulista.
Em 10 de outubro de 2010, com todas as honras, a
Usina de Itatinga completou 100 anos. Instalada no sopé da Serra do Mar, garantiu, durante décadas, não só o funcionamento das instalações portuárias, como também o fornecimento de energia para os municípios da região. No passado, a Vila de Itatinga chegou a abrigar mais de 400 pessoas, entre funcionários da antiga Companhia Docas e suas famílias. A vila teve cinema, escola e até Clube de Futebol. A história da construção da hidrelétrica e seu funcionamento até os dias atuais, a vila operária que resistiu a modernidade, os personagens do passado, os equipamentos e turbinas que usam a força da água para gerar energia foram algumas das curiosidades que conhecemos juntos. Além de sua importância para o cais santista, Itatinga mantém o ar bucólico do início da construção. As casas em tom alaranjado, as flores nas varandas e a igrejinha, um pouco acima do nível do terreno, parecem ter sido desenhadas no gramado. Nas manhãs e finais de tarde é possível ver revoadas de periquitos e tucanos. As trilhas ecológicas pela Mata Atlântica levam a rios e corredeiras de águas limpas. Visitar Itatinga é sempre um agradável roteiro, em qualquer época do ano. O passeio é um mergulho na vida simples. Uma reflexão para quem acredita não ser mais possível viver longe das cidades. Itatinga - Rota do Sol - TV Tribuna
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Transporte para a vila operária de Itatinga
Natureza compõe o cenário
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TV Tribuna - Rota do Sol - Itatinga
Trilhos levam à Usina
Tubulação leva água para Usina
Capela de Nossa Senhora da Conceição
Turbinas
Casa dos trabalhadores Itatinga - Rota do Sol - TV Tribuna
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São Vicente Ponte Pênsil, a mais antiga do Brasil
50
TV Tribuna - Rota do Sol - São Vicente
S達o Vicente - Rota do Sol - TV Tribuna
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Vista do Morro do Voturuá
Marco da fundação da Vila de São Vicente
52
TV Tribuna - Rota do Sol - São Vicente
Exibido em maio de 2010
A PRIMEIRA VILA
E
m janeiro de 2012 São Vicente completou 480 anos. Martim Afonso de Souza fundou oficialmente a primeira Vila do Brasil em 1532. Mas a cidade tem vestígios de
Teleférico para o Morro do Voturuá
ocupação europeia pelo menos 20 anos antes da chegada do navegador português.
Na Casa Martim Afonso, na Praia do Biquinha, uma parede recém-descoberta parece ser a prova: ruínas de uma antiga fortaleza, construída sob o comando do Bacharel Cosme Fernandes, um degredado que teria sido deixado no litoral paulista por Américo Vespúcio em 1502. Essa foi só uma das histórias que contamos no Rota do Sol. Nos passeios, mostramos São Vicente de vários ângulos: o Clube de Golfe, os rios, o Parque Cultural Vila de São Vicente, as cachoeiras da área continental, as ilhas e morros. Aliás, foi do topo do Voturuá, também conhecido como Morro da Asa Delta, que contemplei
Igreja Matriz
uma das mais belas e emocionantes vistas da cidade. Num voo duplo de paraglider, revivi a mesma sensação sentida havia mais de 10 anos, nas primeiras reportagens do Rota do Sol. Estava ao lado do mesmo instrutor que me acompanhou da primeira vez, em 2001. Eládio tem uma escola de voo livre. Há 17 anos deixou a profissão de fisioterapeuta para trabalhar sem os pés no chão. Vi as praias, as ondas quebrando fortes na Porta do Sol, as ilhas Porchat e Urubuqueçaba. É sempre um prazer estar por perto e ver que a paisagem surpreende até os que são de casa. Eládio também deve pensar o mesmo. Todos os dias tem o lugar onde mora bem debaixo de seus pés e ainda assim diz que chora quando, lá de cima, contempla o por do Sol
Píer do Pescador
e se dá conta que São Vicente é bonita demais. São Vicente - Rota do Sol - TV Tribuna
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Praia Grande
Orla de Praia Grande, com 22,5 quil么metros de extens茫o
54
TV Tribuna - Rota do Sol - Praia Grande
Exibido em abril de 2006
BELAS PAISAGENS
P
raia Grande se repaginou ao longo dos anos. E o Rota do Sol acompanhou essas transformações. Fizemos roteiros para mostrar a ciclovia, as praias e des-
cobrimos também sua área rural, com trilhas pela Mata Atlântica que levam a
rios e até cachoeiras. As reportagens do programa des-
vendaram os vários cantos da cidade. Fomos da rua das colônias de férias ao Portinho, na entrada principal, um cenário desconhecido para muitos turistas que visitam o litoral do Estado. Lá, é possível pescar, praticar esportes ou simplesmente relaxar diante de uma bela paisagem. Há escolas de remo e vela, com aluguel de embarcações. Na hora do almoço, você pode escolher entre fazer um churrasco nos quiosques espalhados pela área ou experimentar a comida do restaurante bem em frente ao rio. Ao final do dia, o por do sol no Portinho é inesquecível. Viu?
Não precisamos ir muito longe para aproveitar um belo cenário, como estes que encontramos em Praia Grande. Praia Grande - Rota do Sol - TV Tribuna
55
Portinho de Praia Grande
56
TV Tribuna - Rota do Sol - Praia Grande
Cidade com mais de 76 quil么metros de ciclovias
Torre de transmiss茫o da TV Tribuna, na entrada da Cidade Praia Grande - Rota do Sol - TV Tribuna
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Cubat達o
Rodovia dos Imigrantes
58
TV Tribuna - Rota do Sol - Cubat達o
Exibido em fevereiro de 2010
ITUTINGA-PILÕES
O
Parque Estadual da Serra do Mar, criado em 1977, abrange 23 cidades do Estado, estendendo-se de Ubatuba, no Litoral Norte, até Pedro de Toledo, no Vale do Ribeira. O Núcleo Itu-
Harpia
tinga-Pilões, com sede em Cubatão,
ocupa um terço da área total do Parque -- mais de 100 mil hectares de terra. Escolhemos uma manhã de verão para conhecer um trecho desta imensa área. O acesso é feito por uma das vias de serviço do Sistema AnchietaImigrantes. A Unidade de Conservação é um refúgio natural a menos de 10 quilômetros do centro de Cubatão. Existem pelos menos três trilhas que seguem às margens de rios como Pilões e Cubatão, responsáveis por parte do abastecimento de água da Baixada Santista. Nos passeios, agendados por grupos ou famílias, há sempre um monitor para descrever os detalhes da paisagem. O Núcleo é também reconhecido pelo Ibama como uma
Cláudio Clarindo e Rosana Valle
importante área de soltura de animais. No dia da gravação, acompanhamos a soltura de algumas corujas e um gavião. Eles foram encontrados feridos e apreendidos em cativeiros pela Polícia Ambiental. Na área do Núcleo Itutinga-Pilões fizemos um passeio de bicicleta. Foram 23 quilômetros pelas estradas de serviço da Serra do Mar, na companhia de um ciclista profissional, o santista Cláudio Clarindo. Há quase 20 anos ele participa de maratonas e competições no Brasil e no exterior. Vimos cachoeiras, as rodovias Anchieta e Imigrantes, os ipês e manacás da serra, paisagens que nos permitiram perceber: Cubatão, conhecida como um dos maiores polos industriais do país, é também rica em áreas verdes, rios, ani-
Rio Perequê
mais silvestres e muitas belezas naturais. Cubatão - Rota do Sol - TV Tribuna
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Caminho do Mar
Estrada Velha - Caminho do Mar
60
TV Tribuna - Rota do Sol - Caminho do Mar
Exibido em agosto de 2005
CAMINHO DO MAR
P
ara os antigos, o passeio tem ar da saudade. O novo Caminho do Mar, inaugurado em 1920, ligava o Planalto ao Litoral por um percurso finalmente revestido de concreto, uma rodovia. Na
Pouso Paranapiacaba
época era o progresso. E seguiu assim
como a principal ligação entre São Paulo e a praia por quase 30 anos, até que veio a Via Anchieta. Nos anos 50, a estrada já era velha e ultrapassada. Nos anos 80 acabou interditada. Para quem busca as lembranças de uma época ou quer apreciar as belas vistas do caminho, restou então a caminhada de São Bernardo do Campo até a Baixada Santista ou a subida pela mesma estrada, do Litoral ao Planalto. Este roteiro também foi mostrado no Programa Rota do Sol, como uma atraente opção de passeio. A Estrada Velha de Santos (como é conhecida hoje) está dentro da área do Parque Estadual da Serra do Mar e é cercada pe-
Calçada do Lorena
la Mata Atlântica. Em dias de céu claro, é possível enxergar, dos seus pontos mais altos, a Baixada Santista. Ao longo do percurso estão importantes obras históricas, algumas construídas para homenagear o centenário da Independência do Brasil. A Calçada do Lorena, erguida no final do século 18, foi o primeiro caminho pavimentado com pedras a ligar o Litoral ao Planalto Paulista. Seu desenho seguiu o mesmo traçado da rota que D. Pedro I teria feito, no lombo de um jumento, pouco antes de proclamar a Independência do Brasil, em 1822. De São Bernardo do Campo chegamos, a pé, até Cubatão. Durante todo o percurso, registramos muitas imagens e fotos deste belo caminho, onde foram
Monumento Padrão do Lorena
escritos capítulos importantes da história do Brasil. Caminho do Mar - Rota do Sol - TV Tribuna
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62
TV Tribuna - Rota do Sol - Cidade
Litoral Sul de São Paulo Itanhaém
Mongaguá
Peruíbe
A
região sul da Baixada Santista preserva um rico patrimônio histórico e cultural, parte importante da própria história do País, emoldurada por uma das mais preservadas áreas de Mata Atlântica de todo o litoral brasileiro.
Mongaguá página 64
Itanhaém página 68
Peruíbe página 72
Rota do Sol - TV Tribuna
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Mongaguรก Praia de Agenor de Campos, com a plataforma de pesca ao fundo
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TV Tribuna - Rota do Sol - Mongaguรก
Exibido em setembro de 2009
PESCA NO PÍER
A
velha e boa pescaria está de volta. A plataforma de Pesca de Mongaguá, uma das maiores atrações da cidade, foi recuperada e devolvida à população. O píer em formato de ‘T’ adentra 400 metros ao mar e atrai
profissionais da pesca, amantes do esporte, pescadores de fim de semana e muitos turistas. A plataforma é um dos pontos turísticos mais impressionantes do Litoral Paulista. E Mongaguá tem mais. Quem se aventura pela área rural descobre dezenas de opções de lazer, além dos muitos Pesque e Pague com restaurantes, onde é possível saborear a tilápia ou o pacu recém-tirados do lago. Uma das reportagens do Rota do Sol desvendou o lado simples e rural de Mongaguá. Descobrimos trilhas pelo rio Aguapeú, cachoeiras, comunidade indígena e até uma charmosa cachaçaria no meio da Mata Atlântica, um ponto de encontro de turistas e moradores que buscam o sossego do campo, depois da praia. Outra atração da cidade é o Parque Ecológico ‘A Tribuna’, onde estão cisnes, pavões, patos, entre outros, além do Aquário Municipal, com mais de 60 espécies de peixes. Os roteiros tradicionais de Mongaguá também fizeram parte de nossas reportagens. A cidade tem 13 quilômetros de praias, frequentadas por milhares de turistas durante os meses da temporada. Por falar em férias e em verão, nada melhor, depois da água salgada, do que um mergulho no Poço das Antas, outra atração da cidade. O Parque Ecológico tem piscinas naturais e trilhas pela Mata Atlântica. Mongaguá - Rota do Sol - TV Tribuna
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Plataforma de Pesca, a maior da América do Sul
Prefeitura
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TV Tribuna - Rota do Sol - Mongaguá
Parque Ecológico abriga diversas espécies
Aves silvestres e exóticas são atrações do Parque Mongaguá - Rota do Sol - TV Tribuna
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Itanhaém
Praia dos Pescadores
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TV Tribuna - Rota do Sol - Itanhaém
Exibido em julho de 2010
OS CAMINHOS DE ANCHIETA
O
roteiro ‘Caminhos de Anchieta’, em Itanhaém, percorre os lugares onde o Padre José de Anchieta passou, catequizou índios, escreveu poemas e operou milagres, segundo relatos da Igreja Católica. Itanhaém, além de
seus 26 quilômetros de praias, tem um dos pontos turísticos mais conhecidos do litoral sul do Estado: a Cama de Anchieta, entre o mar da Praia dos Sonhos e a da Gruta. Encravada nos costões, a formação rochosa tem o formato de uma grande cama. Uma passarela de 220 metros de extensão leva os visitantes até o local. Na Praça Narciso de Andrade, no Centro Histórico, a imagem do jesuíta parece ser guardiã da igreja Matriz de Santana, datada de 1639. A escultura do padre está na praça desde 1945, homenagem da população. Na Praia dos Pescadores há também uma pequena elevação chamada púlpito de Anchieta. Conta-se que muitas vezes o padre subiu ali para pregar o evangelho aos índios tupiniquins que habitavam a região, compreendida entre o Japuí (hoje, São Vicente) e a área de Itariri. Na Praia de Cibratel há ainda o Pocinho de Anchieta. Uma das lendas diz de que a formação das pedras, dispostas uma sobre as outras, em círculo, foi feita pelos índios, instruídos pelo próprio padre, para aprisionar os peixes durante o inverno, quando a pesca era mais abundante. Para catequizá-los, Anchieta fez peregrinações por todo o litoral. Relatos antigos apontam várias passagens pela cidade. Itanhaém está na rota ‘Passos dos Jesuítas’, que contempla 13 municípios do Litoral Paulista e faz parte do projeto ‘Caminha São Paulo’. Itanhaém - Rota do Sol - TV Tribuna
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Convento Nossa Senhora da Conceição
70
TV Tribuna - Rota do Sol - Itanhaém
Acesso à Cama de Anchieta
Estátua do Padre José de Anchieta em frente à Igreja Matriz
Artesanato religioso
Casa de Câmara e Cadeia Itanhaém - Rota do Sol - TV Tribuna
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Peruíbe
Ruínas do Abarebebê
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TV Tribuna - Rota do Sol - Peruíbe
Exibido em outubro de 2009
ALÉM DO CALÇADÃO
Q
uem só reconhece Peruíbe por suas praias precisa ajustar o foco das câmeras para os cliques além do calçadão. As paisagens e opções de passeio desta bela cidade do Litoral Paulista, a pouco mais de uma hora
da Capital, vão impressionar até ao turista mais exigente. Em uma das reportagens, Rota do Sol foi buscar cenários diferentes e desconhecidos. A região tem mais de 300 km2 de extensão e é dona de uma das mais importantes áreas de Mata Atlântica preservadas do Estado: a Estação Ecológica Jureia-Itatins. Em Peruíbe está também a Serra do Guaraú, uma das mais belas estradas do litoral. Banhos em cachoeiras escondidas, remadas em canoas canadenses, arvorismo, tirolesa e observação de pássaros são só algumas das opções. Não é comum também que os turistas desçam a Serra para ver igrejas em ruínas, mas as do Abarebebê merecem a visita. Tombada pelos órgãos de defesa do patrimônio, ela abrigou a antiga Igreja de São João Batista, o único aldeamento do Litoral Paulista e um dos pontos mais ativos da catequese jesuítica. Nesse sítio arqueológico, com data de construção ainda incerta, foram encontrados objetos dos séculos 17, 18 e 19. O nome dessa atração, que em língua indígena significa ‘padre voador’, deve-se à forma acelerada com que andava o padre português Leonardo Nunes. Jesuíta incansável, se destacou como missionário e deu aos índios a impressão de estar ao mesmo tempo em diversos lugares. Então, em sua próxima visita, descubra também outros motivos que tornaram Peruíbe a cidade que tão bem conseguiu aproximar os ares do interior ao sotaque da praia. Peruíbe - Rota do Sol - TV Tribuna
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Portinho de Peruíbe
Vista aérea da Cidade
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TV Tribuna - Rota do Sol - Peruíbe
Igreja Matriz PeruĂbe - Rota do Sol - TV Tribuna
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TV Tribuna - Rota do Sol - Cidade
Vale do Ribeira Apiaí Iporanga
Registro Iguape
Cananeia
C
Ilha Comprida
Registro página 78
avernas, rios, cachoeiras, mangues, praias, construções históricas... Nas próximas páginas você verá que nem só de banana vive o Vale do Ribeira.
Cananeia página 82
A região é uma das mais ricas do Brasil em paisagens naturais. O Rota do Sol des-
cobriu lugares por todo o Vale, até então desconhecidos por muitos de seus próprios moradores.
Iguape página 86
Ilha Comprida página 90
Apiaí página 92
Iporanga página 96
Rota do Sol - TV Tribuna
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Marco da presenรงa japonesa
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TV Tribuna - Rota do Sol - Registro
Exibido em fevereiro de 2008
Registro
Presença japonesa
A
maior cidade do Vale do Ribeira nasceu às margens do Rio Ribeira de Iguape. O pequeno povoado, da época do Brasil Colônia, foi por muito tempo um centro para o registro do ouro retirado dos garimpos da
região. Antes de seguir para o antigo porto de Iguape, as mercadorias passavam por um agente de Portugal, que cobrava o dízimo da Coroa. A cidade começou a se desenvolver com a chegada dos imigrantes japoneses, no início do século 19. Lá, eles for-
maram a primeira grande colônia, com capital privado nipônico. Assim surgiu a Kaigai Kogyo Kabushiki Kaisha, (Companhia Ultramarina de Implementos S.A.). A empresa, com sede no Japão, inaugurou, no centro velho de Registro, um bloco de quatro armazéns, que ficou conhecido como KKKK. Em 1987, o complexo foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condhepaat). Mas a cidade tem muitas outras referências da presença japonesa. São associações, monumentos, jardins e praças, além de festas em homenagem aos imigrantes. Uma delas é o ritual budista conhecido como Tooro Nagashi. No Japão, a cerimônia é uma homenagem às vítimas das bombas atômicas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki. Tooro significa ‘lanterna de papel’ e Nagashi, ‘levar-se pelo vento’. Em Registro, o culto é realizado no Dia de Finados. Barquinhos iluminados com velas coloridas seguem o Rio Ribeira, para abrir o caminho e trazer paz aos espíritos. O Rota do Sol, em Registro, mostrou as tradições e festas na cidade orgulhosa de ter crescido sem perder as raízes daqueles que a fizeram prosperar. Registro - Rota do Sol - TV Tribuna
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P么r do sol
Pra莽a Nakatsugawa
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TV Tribuna - Rota do Sol - Registro
Influências da arquitetura japonesa
Festa do Tooro Nagashi na Praça Beira Rio
Velas descem o rio no dia de Finados
Igreja Matriz
Cerimônia do Tooro Nagashi Registro - Rota do Sol - TV Tribuna
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CananĂŠia Casario colonial no centro da Cidade
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TV Tribuna - Rota do Sol - CananĂŠia
Exibido em abril de 2007
PATRIMÔNIO NATURAL DA UNESCO
C
ananeia está a 250 quilômetros de São Paulo, no extremo Sul do Estado. Sua área é formada por inúmeras ilhas e a região é considerada por especialistas em ecoturismo como um dos melhores roteiros ecológicos do Brasil.
Cananeia faz parte do Lagamar, um complexo estuarino tombado como Patrimônio Natural da Humanidade, pela Unesco. Esta simples e agradável cidade do Vale do Ribeira tem, além de suas belezas naturais, outros atrativos, como a culinária caiçara, eleita por muitos turistas a melhor do Vale do Ribeira. Cananeia é também uma cidade histórica e polêmica. Por ela passava a linha imaginária do Tratado de Tordesilhas, que em 1494 dividia as novas terras a serem descobertas entre Portugal e Espanha. Para reivindicá-la a Portugal, chegava ali, em janeiro de 1502, o misterioso e aventureiro português Bacharel Cosme Fernandes, que em 1516, criou o primeiro povoado do Brasil. Até hoje, as datas ainda geram discussões, mas a importância de Cananeia no cenário do descobrimento é inegável. Na Praça Martim Afonso está a Matriz, uma das primeiras igrejas do Brasil, erguidas em alvenaria de berbigão, uma argamassa que utilizava cal de ostra, óleo de baleia e areia da praia. O Centro Histórico, cheio de casarios do Período Colonial, é tombado pelos órgãos de defesa do patrimônio. Em Cananeia, pela primeira vez, vi grupos de golfinhos ao lado de seus filhotes. As aparições constantes do boto cinza, em uma área abrigada, próxima à Ilha do Cardoso, fizeram o lugar ganhar o nome de Baía dos Golfinhos. Cananéia - Rota do Sol - TV Tribuna
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Atividade pesqueira movimenta a economia
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TV Tribuna - Rota do Sol - CananĂŠia
Centro histórico
Igreja Matriz, uma das primeiras do Brasil
Colorido tradicional dos barcos de pesca
Calçadão à beira mar Cananéia - Rota do Sol - TV Tribuna
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Iguape
Centro hist贸rico
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TV Tribuna - Rota do Sol - Iguape
Exibido em setembro de 2003
Fé e história
H
á muitas razões pra você se encantar em Iguape. A cidade, com menos de 40 mil habitantes, tem um Centro Histórico repleto de casarões do Período Colonial, tombados pelos órgãos de defesa do patrimô-
nio nacional. Mais de dois terços de suas terras fazem parte da Reserva Ecológica Juréia-Itatins, uma imensa área de Mata Atlântica com rios navegáveis, manguezais e trilhas que levam a grandes cachoeiras. Outra atração são as festas religiosas, que trazem milha-
res de turistas e romeiros de várias regiões do País. A do Bom Jesus de Iguape, em agosto, é a mais conhecida e tradicional. Durante uma semana, há missas, procissões, comidas típicas e muita comemoração, principalmente em volta da Igreja Matriz, onde romeiros pagam promessas e fazem pedidos. Há romarias que chegam de cavalo, bicicleta e até mesmo a pé. Como quase todas as cidades às margens do Rio Ribeira, Iguape surgiu devido à exploração do chamado ouro de aluvião, encontrado nos barrancos e leitos dos rios. Na cidade está a primeira casa de fundição de ouro do Brasil, transformada em um museu. O Carnaval também faz parte da história de Iguape. Em meados do século 19 já existiam várias sociedades carnavalescas e blocos de rua, que atraíam milhares de turistas durante a folia de Momo, para cantar velhas marchinhas e reviver os bons e antigos carnavais. Até hoje, a festa é considerada uma das mais animadas de todo o Estado. Quer mais motivos para conhecer a cidade? Observe as fotos tiradas em uma manhã comum de Iguape e se imagine neste cenário. Precisa mais? Iguape - Rota do Sol - TV Tribuna
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Igreja Matriz de Nossa Senhora das Neves
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TV Tribuna - Rota do Sol - Iguape
Vista do Morro do Cristo
Interior da Igreja Matriz
Sala dos milagres Iguape - Rota do Sol - TV Tribuna
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Ilha Comprida
Cidade tem 74 quil么metros de praias
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TV Tribuna - Rota do Sol - Ilha Comprida
Exibido em setembro de 2002
MATAS, DUNAS E LAGOAS
R
ota do Sol foi à Ilha Comprida para mostrar seus 74 quilômetros de praias,
Ponte sobre o Mar Pequeno
além de manguezais, sítios arqueológicos, matas, dunas e lagoas naturais. A região é reconhecida por possuir um dos últimos remanescentes de Mata
Atlântica ainda conservados no litoral brasileiro. O município tem 100% de seu território, 252 quilômetros quadrados, em Área de Proteção Ambiental, (APA). A cidade está também entre as quatro áreas de maior diversidade de espécies migratórias da América do Sul. O papagaio da cara roxa, endêmico da região, é a ave símbolo da Ilha. Conheço Ilha Comprida desde antes da construção da Ponte sobre o Mar Pequeno, quando o trajeto até Iguape era feito somente por balsas. A ligação facilitou o acesso e milhares visitantes chegaram para desvendá-la. Na
Avenida da praia
passagem de ano, sua população, de poucos mais de oito mil pessoas, fica muitas vezes maior. Uma das atrações é andar sobre as dunas que se espalham ao longo da orla, algumas delas terminam em lagoas. As dunas do Araçá são as maiores, com até seis metros de altura e uma linda vista para o mar. Mas as atrações da cidade vão além das praias e podem ser vistas nas trilhas ecológicas e roteiros na área rural. Algumas famílias abriram as portas de sítios e chácaras para receber os turistas. Oferecem produtos típicos da região, como o peixe defumado, as geleias de frutas, cafés e almoços caseiros. Nas vilas caiçaras, há fogões à lenha, casas de barro e pescadores a tecer suas redes. Ilha Comprida consegue reunir a simplicidade de seu povo, sempre hospitaleiro, com a exube-
Atividade pesqueira
rância de suas paisagens naturais. Ilha Comprida - Rota do Sol - TV Tribuna
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Monumento aos garimpeiros na entrada da Cidade
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TV Tribuna - Rota do Sol - ApiaĂ
Exibido em março de 2006
Apiaí
CLIMA DE MONTANHA
C
ercada por montanhas e vales, Apiaí está a 1.050 metros acima do nível do mar. A cidade tem a segunda maior altitude do Estado de São Paulo, depois de Campos do Jordão. No Inverno, as temperaturas caem facilmente abaixo
de zero. O frio é um dos principais atrativos turísticos, mas a cidade tem outros: o artesanato, as paisagens, a tranquilidade. Na língua indígena, Apiaí significa ‘rio menino’. A formação da Vila teve início com a chegada dos garimpeiros que povoaram o Vale do Ribeira, em busca do ouro, às margens do Rio Ribeira de Iguape. A cidade ainda conserva ruínas de uma antiga mineração. Em Apiaí, comemos um diferente e delicioso bolinho, comum nas padarias. O ‘encapotado’ é feito com farinha de milho e leva vários recheios. Muita gente aprendeu a receita mostrada no programa Rota do Sol. Por falar em comida, Apiaí tem mais uma curiosidade ligada à religião e à gastronomia. Todos os anos, em junho, na Festa do padroeiro da cidade, Santo Antônio, há uma grande quermesse em volta da Igreja Matriz. Diz a tradição que quem procura um amor deve provar o bolo de Santo Antônio. Em algumas fatias há alianças escondidas. Encontrá-las significa que em breve surgirá um pretendente, e que a pessoa terá sorte no casamento. Se você quiser tentar, vá a Apiaí, a 320 km da capital paulista. Desfrute do clima de montanha, de um jantar à lareira e de muita tranquilidade. Apiaí - Rota do Sol - TV Tribuna
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Artesanato regional
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TV Tribuna - Rota do Sol - ApiaĂ
Igreja Matriz de Santo Antonio de Apiaí
Apiaí está a mais de mil metros de altitude Apiaí - Rota do Sol - TV Tribuna
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Iporanga
Vista da regi達o central
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TV Tribuna - Rota do Sol - Iporanga
Exibido em novembro de 2011
COMUNIDADES QUILOMBOLAS
U
ma aventura difícil e inesquecível! Assim defino nossa ida ao Quilom-
Uma das casas do Quilombo Bombas
bo ‘Bombas’, na cidade de Iporanga. Para chegar até as primeiras casas da comunidade quilombola mais isolada do Vale do Ribeira, ti-
vemos que subir morros e percorrer a pé, por pelo menos um par de horas, o caminho no meio da Mata Atlântica. Com tantos equipamentos, contamos com a ajuda de mulas. O Quilombo tem em torno de 20 famílias. Além de o acesso ser bastante difícil, não há qualquer tipo de infraestrutura no local, como rede de esgoto, água encanada ou energia elétrica. O plantio nas roças e quintais é a maior fonte de subsistência das famílias. A produção é voltada principalmente para consumo próprio. Não há posto médico e na única escola da vila, uma professora
Acesso à comunidade
leciona para várias séries ao mesmo tempo. A maioria dos moradores que conversei é analfabeta. Na família de dona Davina, por exemplo, somente um de seus seis filhos, já adultos, completou o antigo primário. Alguns raramente vão à cidade. Apesar de todas as dificuldades, percebi uma forte ligação com a natureza e com as tradições dos antepassados. Querem permanecer na comunidade, viver do que plantam e ter a posse da terra, o único bem que podem deixar como herança aos filhos. Só no Vale do Ribeira existem 30 comunidades descendentes de escravos, notadamente nos municípios de Iporanga, Eldorado, Barra do Turvo, Cananeia, Iguape, Itaóca e Jacupiranga. Os quilombolas lutam pelo básico, o essencial: o direito de viver na terra onde nasceram e aprenderam
Comunidade quilombola
a respeitar e amar. Iporanga - Rota do Sol - TV Tribuna
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TV Tribuna - Rota do Sol - Cidade
Cavernas Apiaí Petar
Eldorado
Iporanga Caverna do Diabo
Cajati Ilha Comprida
U
m patrimônio geológico inestimável, uma dádiva da natureza preservada ao longo de milhões de anos.
Caverna de Eldorado página 100
Rota do Sol - TV Tribuna
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Cavernas do Vale do Ribeira
Caverna do Diabo, em Eldorado
100 TV Tribuna - Rota do Sol - Cavernas do Vale do Ribeira
Sede do Parque
Entrada da caverna Cavernas do Vale do Ribeira - Rota do Sol - TV Tribuna
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Escadas e passarelas percorrem 700 metros da Caverna do Diabo
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TV Tribuna - Rota do Sol - Cavernas do Vale do Ribeira
Exibido em julho de 2000
A PRIMEIRA AVENTURA
Q
uando saímos já era noite alta. Depois de 15 horas e muitos quilômetros de caminhada entre as pedras e por baixo da terra, estávamos exaustos. O som do gotejar das formações gigantescas no interior da caverna ain-
da ecoava nos ouvidos. Ver o céu repleto de estrelas foi
Tesouro geológico
um alívio. Olhei para trás e a pequena abertura na rocha que nos levou a um mundo subterrâneo pareceu-me menos ameaçadora do que no início da expedição. Para os espeleólogos, que se dedicam ao estudo de cavernas, era o fim de um dia produtivo. Os pesquisadores descobriram salões, fendas na rocha e encontraram o ‘bagre cego’. A espécie de peixe sofreu uma mutação devido à ausência da luz. Os olhos são atrofiados, quase imperceptíveis. Para nós, a sensação era de termos feito uma grande reportagem. Naquela época, fomos a única equipe de TV a entrar em uma caverna não mapeada, ou seja, nem os espeleólogos sabiam ao certo o que iriam encontrar. Depois dessa aventura, vieram muitas outras. Mas a estreia do Rota do Sol foi no Vale do Ribeira, uma região de natureza riquíssima, com mais de 300 cavernas, uma das maiores concentrações do Brasil. Foi lá que comecei
também a tomar gosto pelas reportagens de natureza, meio ambiente, turismo. Nos anos seguintes, por várias vezes visitamos as Cavernas do Diabo, em Eldorado, e também as do Núcleo Santana, do Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (Petar), na cidade de Iporanga. As cavernas são só alguns dos tesouros desta região de beCaverna Santana, Parque Petar
leza singular, que muitos ainda desconhecem. Cavernas do Vale do Ribeira - Rota do Sol - TV Tribuna
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Cachoeira no caminho para a Caverna do Couto
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TV Tribuna - Rota do Sol - Cavernas do Vale do Ribeira
Caverna do Couto Cavernas do Vale do Ribeira - Rota do Sol - TV Tribuna
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TV Tribuna - Rota do Sol - Cidade
Fortalezas Bertioga São João
Cubatão S. Vicente P. Grande Itaipu
Itapema
Santos Santo Amaro
U
Guarujá Andradas
ma viagem por 500 anos de história. As cidades da Baixada Santista possuem um importante conjun-
Fortaleza do Santo Amaro página 108
to de fortalezas e fortes, construídos ao longo de quase cinco séculos para defender o Litoral Paulista das constantes invasões.
Fortaleza do Itapema página 112
Forte dos Andradas página 114
Fortaleza de Itaipu página 116
Forte de São João página 120
Rota do Sol - TV Tribuna
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Vista aĂŠrea da Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande
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TV Tribuna - Rota do Sol - Fortaleza de Santo Amaro
Fortaleza de Santo Amaro Fortaleza de Santo Amaro - Rota do Sol - TV Tribuna
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Entrada da Barra vista da Fortaleza
Final da tarde visto da Fortaleza
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TV Tribuna - Rota do Sol - Fortaleza de Santo Amaro
Barcos levam turistas atĂŠ a fortaleza
Exibido em maio de 2010
PRESENÇA MARCANTE
U
ma imagem que não cansa. Quando caminho pelo calçadão vejo sempre seus admiradores, ali parados. Para os turistas, observar o paredão branco em contraste com o mar e o verde do morro é como apreciar
uma obra de arte. Para quem mora na região, é como ter esse famoso quadro na própria sala, sempre à vista. Eu a conheço de vários ângulos, mas ainda assim, dependendo da hora e da posição do sol, me surpreendo com a beleza do cenário. Um dia, de um navio de passageiros, logo pela manhã, assim que acordei, vi os muros se aproximarem da janela de minha cabine. A sensação foi imediata: “Estou em casa”. A Fortaleza de Santo Amaro de Barra Grande decora a paisagem da Ponta da Praia, em Santos, mas fica na cidade vizinha, na Ilha de Santo Amaro, em Guarujá. O monumento é quase tão antigo quanto o Brasil. Foi erguido em 1584, durante a unificação das coroas portuguesa e espanhola para a defesa do litoral das invasões de piratas e corsários. É o maior conjunto arquitetônico militar do Estado de São Paulo. Ficou abandonado por muitos anos, até que ressurgiu. Os visitantes hoje podem conhecer a Fortaleza não só de longe, mas percorrer suas escadarias, entrar em seus salões, admirar a vista do outro lado, e passar um tempo na capela onde está o impressionante painel ‘Vento Vermelho’, última obra do artista plástico Manabu Mabe. Passear na Fortaleza de Santo Amaro é um programa fácil. Os barquinhos não levam nem 10 minutos para che-
Detalhes da arquitetura
gar ao píer. Depois, as fotos ficam por sua conta. Fortaleza de Santo Amaro - Rota do Sol - TV Tribuna
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Forte do Itapema
Monumento tombado em 1982
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TV Tribuna - Rota do Sol - Forte do Itapema
Exibido em maio de 2010
PROTEÇÃO CONTRA INVASORES
O
Forte do Itapema é mais uma fortificação que faz parte do Circuito dos Fortes na Baixada Santista. Não há como precisar a data exata de sua construção, mas tudo indica que tenha sido erguida no final do século
16. Já em 1638 foi reconstruída em cima de praticamente uma única rocha. A Fortaleza do Itapema é a terceira muralha fortificada construída na região. O Forte de Vera Cruz de Itapema, como também é chamado, foi tombado em 1982 como monumento histórico, de valor cultural e interesse turístico pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat). Hoje, a Fortaleza está sob a responsabilidade da Alfândega de Santos e pode ser apenas contemplada por fora. Fica a poucos metros da estação das barcas de Vicente de Carvalho. Forte do Itapema - Rota do Sol - TV Tribuna
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Port천es de acesso ao Forte
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TV Tribuna - Rota do Sol - Forte dos Andradas
Forte dos Andradas
Exibido em julho de 2010
MONUMENTO MILITAR
A
área é imensa e privilegiada. Fica na Praia do Guaiúba, entre os Morros do Forte e do Monduba, que na língua tupi significa ‘estrondo’. O For-
te dos Andradas foi projetado em 1934 e inaugurado em 1942. É o últi-
mo monumento militar deste tipo no Brasil, já que após a Segunda Guerra Mundial o país abandonou a construção dessas fortificações.
No morro estão encravados quatro canhões e todo o suporte para a artilharia das Forças Armadas, além de túneis e passagens subterrâneas que armazenavam o arsenal do Exército para a defesa do Litoral Paulista, principalmente durante a Segunda Guerra. Hoje, o Forte abriga a Primeira Brigada de Artilharia Antiaérea do Estado. Depois do portal de entrada, o acesso é feito por uma estrada de 2 quilômetros, em meio à Mata Atlântica. O Forte está em frente a uma belíssima praia, a do Artilheiro, de acesso restrito aos militares e suas famílias. As paisagens e a vista do mar do Guarujá são belíssimas. Do alto do morro também é possível avistar Praia Grande e a encosta onde está situada a Fortaleza de Itaipu, que cruzava fogo com o Forte dos Andradas na defesa do Canal do Porto de Santos. Por um dia inteiro mostramos o cotidiano do Forte, onde trabalham em torno de 30 oficiais. Nossa visita não terminou sem um almoço e uma espiada no Hotel, construído bem em frente à Praia do Artilheiro, que serviu de casa de praia em várias estadas do ex-presidente do Brasil. Durante seu governo, Lula escolheu o Forte dos Andradas para descansar. Aliás, uma bela escolha. Forte dos Andradas - Rota do Sol - TV Tribuna
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Fortaleza de Itaipu
Praia do Comandante
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TV Tribuna - Rota do Sol - Fortaleza de Itaipu
Fortaleza de Itaipu - Rota do Sol - TV Tribuna
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Avenida principal da Fortaleza de Itaipu
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TV Tribuna - Rota do Sol - Fortaleza de Itaipu
Exibido em julho de 2010
CRUZANDO FOGO
A
Fortaleza de Itaipu, no canto da Praia do Forte, em Praia Grande, é um dos cenários onde o mar, a en-
Um dos canhões da artilharia
costa e o patrimônio histórico compõem paisagens lindíssimas. Foi projetada em 1902 e é formada
por um conjunto de três fortes. O principal é o Duque de Caxias. Além dele, há o Forte Jurubatuba e o General Rego Barros (último forte erguido no Brasil). As construções ficam encravadas na encosta do Morro. Juntos, os fortes abrigavam seis canhões que durante toda a Segunda Guerra Mundial se mantiveram em estado de alerta. Itaipu cruzava fogo com o Forte dos Andradas, em Guarujá, para defender a entrada do Porto de Santos. Hoje, o complexo abriga o Segundo Grupo de Artilharia Anti-Aérea do Exército Brasileiro. A organização militar possui armamentos como canhões e mísseis, que estão Detalhes da fortificação
prontos para defender o espaço aéreo brasileiro. Milhares de soldados, ao longo de mais de um século, prestaram o serviço militar e receberam treinamento de guerra nas instalações do forte. Um deles foi o ilustre soldado 201, Edson Arantes do Nascimento, Pelé. O maior jogador de todos os tempos foi incorporado ao Exército no Forte Itaipu, em 20 de janeiro de 1959 e representou a unidade em diversas competições. Na entrada do Forte principal, ao lado do campo de futebol, há uma homenagem ao rei. Itaipu faz parte do Circuito Paulista dos Fortes. Foi na Fortaleza que registramos uma das vistas mais bonitas do mar de Praia Grande: um cantinho de praia, protegido por rochas bem em frente a construção, projetada para
Homenagem do Exército brasileiro a Pelé
ser a casa dos comandantes do Exército Brasileiro. Fortaleza de Itaipu - Rota do Sol - TV Tribuna
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Forte S達o Jo達o
Vista lateral do Forte
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TV Tribuna - Rota do Sol - Forte S達o Jo達o
Exibido em maio de 2010
TESTEMUNHA DA HISTÓRIA
E
rguido na areia da praia, de frente para o Canal de Bertioga, o Forte São João com-
põe uma das vistas mais bonitas da cidade. Mesmo que fosse só para admirá-lo por fora, já valeria a visita. Mas a fortaleza, considerada a mais antiga do Brasil,
tem muito a mostrar, além da bela paisagem. O Forte foi construído em 1547, após ataques dos índios tupinambás, que incendiaram a primeira paliçada erguida para a defesa das Vilas de Santos e São Vicente. O Forte foi testemunha de muitos acontecimentos decisivos da história do Brasil, tornou -se um marco e um símbolo da cidade. Foi ali que em 1563 os jesuítas Manoel da Nóbrega e Padre José de Anchieta se hospedaram, por cinco dias, antes de partirem para Ubatuba, com o objetivo de apaziguar os índios revoltados na Confederação dos Tamoios. Foi do Forte também que a esquadra de Estácio de Sá saiu em 1565 para combater invasores franceses e fundar a cidade do Rio de Janeiro. Hoje, os antigos alojamentos de soldados e salões onde eram depositados os armamentos são salas de exposição de réplicas de espadas, arcabuzes, canhões, e outros objetos utilizados pelos portugueses no século 16. Nas salas temáticas estão passagens da vida dos jesuítas. Passear no Forte São João é retornar à época em que índios, navegadores, piratas e corsários lutavam pela terra e escreviam juntos a história do Brasil. Forte São João - Rota do Sol - TV Tribuna
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Monumento erguido na areia da praia
Barcos na entrada do canal de Bertioga
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TV Tribuna - Rota do Sol - Forte S達o Jo達o
Ponto de observação
Réplicas da artilharia Forte São João - Rota do Sol - TV Tribuna
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TV Tribuna - Rota do Sol - Cidade
Refúgios ecológicos Guarujá Santos Itanhaém
Ilha dos Arvoredos
Peruíbe Laje de Santos
Ilha da Queimada Grande
L
ugares de natureza privilegiada: ilhas, costões rochosos, áreas de mangue. O Rota do Sol esteve em inúmeros refúgios ecológicos por todo o Litoral Paulista. Nas próximas páginas você verá alguns destes lugares onde, além
das paisagens deslumbrantes, a vida mostra todo seu es-
Laje de Santos página 126
plendor acima e embaixo d’água. Ilha dos Arvoredos página 128
Queimada Grande página 130
Rota do Sol - TV Tribuna
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Laje de Santos
Golfinhos recepcionam visitantes a caminho da Laje
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TV Tribuna - Rota do Sol - Laje de Santos
Exibido em agosto de 2011
PARQUE MARINHO
F
oram muitas as idas à Laje de Santos para mostrar esse belíssimo santuário marinho a 40 quilômetros do continente.
Laje registra pelo menos cinco espécies de aves marinhas
Em uma delas, nossa equipe conheceu o projeto Mantas do Brasil. Um grupo de biólogos da região monitora o com-
portamento das raias jamantas, que aparecem em grupos na Laje de Santos. O estudo investiga os hábitos das raias para encontrar formas de preservar a espécie, presente hoje na lista dos animais ameaçados de extinção. Os pesquisadores já descobriram, por exemplo, que a La-
je parece ser o único ponto de concentração de raias jamantas em todo o Oceano Atlântico durante os meses de inverno. Esses peixes gigantes podem pesar mais de duas toneladas e medir até 8 metros, de uma ponta a outra das nadadeiras. As raias jamantas nadam pela maioRefúgio de espécies marinhas
ria dos oceanos, em águas rasas e profundas, mas apesar do tamanho, são frágeis, estão cada vez em menor número e correm risco de desaparecer. O Parque Estadual Marinho da Laje de Santos parece ser como um refúgio. Em volta da rocha com 550 metros de comprimento, 33 metros de altura e 185 metros de largura, que ao longe se assemelha a uma baleia, não é permitida a pesca ou qualquer tipo de caça submarina. A Laje de Santos é o ponto de mergulho mais visitado no Litoral Paulista e uma das mais belas e importantes reservas ambientais no País. Além de sua importância para a preservação de muitas espécies, esse ponto branco no Oceano Atlântico é de uma beleza deslumbrante, na superfície e principalmente a vários metros
No inverno, a Laje é ponto de concentração da Raia Jamanta
de profundidade. Laje de Santos - Rota do Sol - TV Tribuna
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Ilha dos Arvoredos
Vista a partir da Praia de Pernambuco, em Guarujรก
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TV Tribuna - Rota do Sol - Ilha dos Arvoredos
Exibido em setembro de 2007
PAIXÃO PELA CIÊNCIA
A
Ilha dos Arvoredos, a menos de dois quilômetros da praia de Pernambuco, em Guarujá, guarda a história fantástica de um homem à frente de seu tempo, um visionário. Engenheiro mecânico de profissão,
Fernando Lee nasceu em São Paulo, era filho de imigran-
tes norte-americanos e tinha paixão pela Ciência. Lee projetou seus sonhos na pequena ilha e a enxergava como um paraíso. Na década de 50, ganhou a concessão da Marinha do Brasil para ocupar o lugar, cercado por paredões de rocha, onde desenvolveria pesquisas científicas. Fez casa, ergueu um farol e construiu muitas obras, à pri-
meira vista estranhas, mas que hoje tornam o lugar único. Para chegar à ilha precisamos de uma autorização da Fundação Fernando Lee, que cuida da manutenção e da administração. Não há acesso por praia, nem atracadouro natural. No desembarque somos içados por um guindaste na forma de uma ave. Essa é só uma das muitas obras diferentes e excêntricas que encontramos. Fernando Lee morreu em 1996, aos 93 anos. Deixou como herança as histórias e curiosidades deste belo refúgio. Em 2007, a ilha passou a abrigar também um Centro de Reabilitação de Espécies Marinhas. Logo no primeiro ano, mais de trinta animais entre tartarugas, golfinhos e aves encontrados na costa paulista, foram recuperados por veterinários e biólogos e devolvidos à natureza. Ilha dos Arvoredos - Rota do Sol - TV Tribuna
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Queimada Grande Local ĂŠ utilizado para pesquisas cientĂficas
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TV Tribuna - Rota do Sol - Queimada Grande
Exibido em dezembro de 2007
ILHA DAS COBRAS
Q
ueimada Grande integra uma lista internacional dos 10 lugares mais perigosos do mundo. No final de 2007
Vista do alto da Ilha
fizemos uma das mais difíceis e ao mesmo tempo incríveis reportagens para o Rota do Sol.
Fomos à ilha, a poucos quilômetros de distância de Itanhaém, para mostrar a jararaca-Ilhoa, uma espécie de cobra que só existe ali e em mais nenhum outro lugar do mundo. São de duas mil a quatro mil serpentes, num espaço de apenas 430 mil metros quadrados -- uma das maiores concentrações de cobras venenosas do planeta. As jararacas vivem preferencialmente em árvores e se alimentam de pássaros. Para evitar que as aves consigam voar para longe depois da picada, as ilhoas desenvolveram um veneno cinco vezes mais mortífero do que a jararaca do continente. Expedição com equipe do Butantan
Para desembarcar na ilha conseguimos autorização especial do Instituto Butantan. Na bagagem, além de barracas, suprimentos e botas com perneiras, doses de soro antiofídico para emergências. Registramos o trabalho dos veterinários que estudam o veneno da jararaca e o utilizam para a fabricação de diversos medicamentos, entre eles os de controle da pressão arterial. Por existir apenas na ilha da Queimada Grande, a jararaca-ilhoa foi classificada como animal ameaçado de extinção. O maior risco, porém, é o da biopirataria. Há 30 anos, os pesquisadores encontravam mais de 60 cobras num único dia. Hoje, o número de observações não passa de vinte exemplares a cada expedição. Além de provocar a diminuição da espécie, a captura ilegal pode impedir
Jararaca Ilhoa: veneno cinco vezes mais letal do que a espécie do continente
novas descobertas. Queimada Grande - Rota do Sol - TV Tribuna
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TV Tribuna - Rota do Sol - Cidade
América do Sul Peru
B
erço de uma das mais complexas civilizações da história, o Peru é um capítulo à parte em nossos roteiros.
Peru página 134
Rota do Sol - TV Tribuna
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Peru
Construção histórica de Arequipa transformada em hotel
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TV Tribuna - Rota do Sol - Peru
Exibido em abri de 2009
A TERRA DOS INCAS
R
ota do Sol no Peru marcou a estreia da era digital da TV Tribuna. Foi o primeiro programa da emissora totalmente produzido e editado em alta definição. O colorido das cidades peruanas engrandeceu a captação das imagens.
As paisagens deste país da América do Sul são fantásticas e fascinantes. Na viagem de duas semanas, conhecemos lugares como Lima, a capital; Cuzco, uma das mais altas cidades peruanas (3,4 mil metros acima do nível do mar) e Arequipa, conhecida como a Cidade Branca, devido à cor das lavas vulcânicas, utilizadas em suas construções mais significativas. E, é claro, a cidade perdida dos Incas: Machu Picchu. Situada a 2,4 mil metros de altitude, no topo de uma colina e entre dois vales, é a maior atração do país e uma das sete maravilhas do mundo moderno. Existem muitas teorias sobre a finalidade da construção, erguida por volta do ano 1480. A mais aceita é a de que era um templo ou um refúgio erguido para abrigar os nobres da civilização Inca. Além da impressionante técnica de construção, onde rochas de todos os tamanhos são encaixadas com precisão espantosa, a beleza do lugar é incontestável. Todos os anos, os enigmas de Machu Picchu levam milhões de pessoas ao antigo vilarejo de Águas Calientes. De lá, elas seguem para o alto da montanha, hipnotizadas pela paisagem. Em 2009, tivemos o privilégio de estar entre esses turistas e conhecer este lugar único, que resistiu ao tempo e aos colonizadores, guardando os segredos da força, inteligência e espiritualidade dos Incas. Peru - Rota do Sol - TV Tribuna
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Praรงa principal da cidade de Chivay
Praรงa das Armas e Catedral, em Cuzco
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TV Tribuna - Rota do Sol - Peru
A comunidade de Chivay domestica animais e turistas se divertem
Ruínas de Moray, no Vale Sagrado, em Cuzco
Visitantes são recebidos com danças típicas e venda de artesanato, em Chivay.
Ruínas de Machu Picchu, a 2.400 metros de altitude Peru - Rota do Sol - TV Tribuna
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TV Tribuna - Rota do Sol - Cidade
América do Norte Alasca
Canadá
D
e um País cosmopolita às vastidões geladas do norte da América. Sofisticação e aventura abrem as portas do mundo.
Canadá página 140
Alasca página 144
Rota do Sol - TV Tribuna
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Canadá Passeio turístico em Quebec
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TV Tribuna - Rota do Sol - Canadá
Exibido em julho de 2006
MULTICULTURAL
O
Canadá abriu as portas do mundo para as viagens do programa. Depois de conhecer este imenso país da América do Norte, as rotas internacionais fizeram parte de nossos destinos por todos os anos seguintes.
A primeira viagem além das fronteiras do Brasil foi surpreendente. Vimos um só país, com duas línguas e várias faces. Chegamos na primavera, quando os canadenses comemoravam o sol, depois de um longo inverno, com temperaturas que chegam facilmente aos -10°C, -20ºC. Percorremos as principais cidades da Costa Leste: Toronto,
Montreal, a Capital Otawa e vimos também o lado francês, com a charmosa Quebec, seus castelos e construções no estilo europeu. O passeio pelas ‘Mil Ilhas’ e a visita a ‘Niagara Falls’, foram só alguns de nossos roteiros. Em Toronto, maior cidade do Canadá, centro econômico e multicultural, conhecemos a rua mais extensa do mundo e também a CN Tower, de 553 metros de altura. Erguida ainda nos anos 70, até hoje impera na paisagem e pode ser vista de praticamente toda a cidade. No topo do edifício há um restaurante panorâmico e giratório, conhecido no mundo inteiro. Enquanto saboreiam o cardápio internacional, os clientes dão uma volta completa pelas paisagens da cidade em 72 minutos. Provamos ainda o gostinho típico do Canadá ao experimentar maple syrup (xarope doce extraído da seiva da árvore, cuja folha decora a bandeira canadense) em uma fazenda na província de Ontário. O Canadá entrou para nossa história e alguns anos depois, viajamos pra lá mais uma vez, para mostrar Vancouver, uma das cidades mais bonitas e encantadoras do mundo. Canadá - Rota do Sol - TV Tribuna
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Boldt Castle
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TV Tribuna - Rota do Sol - Canadรก
Tulipa, flor símbolo da região de Otawa
Castelo de Frontenac, ao fundo
Passeio das Mil Ilhas Canadá - Rota do Sol - TV Tribuna
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Alasca
Montanhas, vales e lagos glaciais
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TV Tribuna - Rota do Sol - Alasca
Exibido em dezembro de 2008
ÁGUAS GELADAS
A
lasca, o Estado norte-americano com menos de 700 mil pessoas é considerado a última fronteira do mundo. Está situado bem no topo do continente e é separado do resto do país pelo Canadá. Tem duas vezes o ter-
ritório do Estado do Texas e é, em muitos trechos, ainda intocado.
No Alasca, também fincamos nossa bandeira. Seguimos em um luxuoso transatlântico a partir de Vancouver, no Canadá, em direção às águas geladas. A primeira parada do navio foi para observar as baleias. Durante o cruzeiro visitamos também a pequena cidade de Ketchikan, conhecida como a capital mundial do salmão. Sua economia é aquecida com a pesca deste peixe que habita as águas geladas do Alasca. A população de Ketchikan é formada basicamente por pescadores e donos de restaurante que oferecem no cardápio muitas opções ao turista. O transatlântico cruzou as águas tranquilas do Alasca enquanto admirávamos geleiras, icebergs, montanhas nevadas e os mais impactantes cenários. Percorremos por trilhos o caminho que liga o Alasca ao Canadá, um dos passeios ferroviários mais belos do mundo. Seus 32 quilômetros de extensão atravessam montanhas, passam por vales e lagos glaciais, um trajeto magnífico e que guarda a história de mais de um século. A ferrovia era uma alternativa para os garimpeiros, na época da corrida do ouro. Conhecer o Alasca foi uma viagem única, de cenários espetaculares. Alasca - Rota do Sol - TV Tribuna
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Montanha na regi達o de Valdez
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TV Tribuna - Rota do Sol - Alasca
Cidade de Valdez
Marina Alasca - Rota do Sol - TV Tribuna
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TV Tribuna - Rota do Sol - Cidade
Europa
Portugal página 150
Espanha página 158
França página 166
Reino Unido
Portugal
Alemanha Áustria França
Espanha
C
Hungria
Alemanha página 174
Itália Grécia
Itália página 180
ultura, história, charme e religiosidade. No velho continete, todos os caminhos levam a roteiros de festas e sedução.
Grécia página 188
Inglaterra página 194
Escócia página 200
Áustria página 202
Budapeste página 206
Rota do Sol - TV Tribuna
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Portugal
Mosteiro dos Jer么nimos, Lisboa
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TV Tribuna - Rota do Sol - Portugal
Calรงadรฃo da Rua Augusta Portugal - Rota do Sol - TV Tribuna
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Monumento aos Descobridores, Lisboa
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TV Tribuna - Rota do Sol - Portugal
Exibido em dezembro de 2008
ALÉM MAR
O
s vinte dias no ‘além mar’ passaram rápido. Fui apresentada a Portugal. Provavelmente, porém, nunca venha a ter noção desta terra do jeito que ouvi nos depoimentos de muitos portugueses da Baixada Santista. Eles têm
Portugal selado no coração. Antes de viajar, ouvi muitos relatos sobre a vida e a infância, depoimentos cheios de emoção e saudade. Sabia que seria impossível ir a todos os lugares, mas sinto-me contente e realizada por conseguir trazer um punhado da ‘terrinha’ para os nossos 90 mil portugueses e descendentes. Visitei do Algarve, onde as praias estão entre as mais badaladas da Europa, à Ilha da Madeira. No caminho, ci-
dades deslumbrantes, como Évora, no coração do Alentejo, que no meio da praça exibe a impressionante ruína de seu templo romano. Évora tem também a Capela dos Ossos, com suas paredes forradas com os restos mortais de cinco mil monges. Conheci ainda a pequena Óbidos, cidade cercada por muralhas e que foi dada como presente de casamento. Batalha, com o monumental Mosteiro da Batalha, também fez parte do roteiro, assim como a fé peregrina em Fátima, o fado de Lisboa, a simpatia e a boa vida dos ‘tripeiros’, no Porto, sem falar de Coimbra e seus estudantes. Em cada cenário, percebi semelhanças com a nossa terra e a nossa gente. E se todos os lugares me pareceram muito familiares, na Ilha da Madeira me senti como na casa da avó. Suas construções coloridas no verde da encosta parecem casinhas de boneca. Os ilhéus nos receberam como grandes amigos. Aliás, sou descendente de portugueses e a viagem foi um reencontro com minha própria história. Portugal - Rota do Sol - TV Tribuna
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Praça do Comércio, mais conhecida como Terreiro do Paço
Peso da Regua
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TV Tribuna - Rota do Sol - Portugal
Faro
cascais
Cascais
Ilha da Madeira Portugal - Rota do Sol - TV Tribuna
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Cidade do Porto
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TV Tribuna - Rota do Sol - Portugal
Portim達o, Algarve
Cidade do Porto Portugal - Rota do Sol - TV Tribuna
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Espanha Passeio Colom, em Barcelona
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TV Tribuna - Rota do Sol - Espanha
Exibido em setembro de 2010
PERFEITA SINTONIA
V
erão na Europa e um país inteiro em festa por ter entrado para a galeria dos campeões mundiais de futebol. Foi es-
te o cenário de uma de nossas viagens à Espanha, em 2010. Um grupo de imigrantes e descenden-
tes de espanhóis na Baixada Santista foi convidado a apresentar as tradições desse povo. Nossa equipe registrou a dança galega, os lugares históricos e de fé, como Santiago de Compostela. Declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1985, a cidade se tornou destino de milhares de turistas e peregrinos. Eles chegam de todos os cantos, para refa-
zer o caminho do apóstolo São Tiago – uma rota que se estende por toda a Península Ibérica até a cidade, no extremo oeste da Espanha, onde se acredita estar o túmulo do apóstolo. O final do caminho é a Catedral de Santiago. As missas são realizadas com um incensário gigante, um botafumeiro com mais de 50 quilos, ativado por um grupo de seis homens. Ele balança como um pêndulo e espalha fumaça por toda Catedral. Em maio de 2011, nosso destino foi outro ponto do país: Barcelona. Transformada para os Jogos Olímpicos de 1992, passou a atrair milhões de turistas do mundo todo. Assim como a capital, Madri, Barcelona é também um dos roteiros mais badalados da Europa. Nesse giro, conhecemos o templo da Sagrada Família, o maior símbolo da cidade, obra do arquiteto catalão Antony Gaudi, que está sendo construída há mais de um século. Mostramos ainda o passeio de muitos turistas brasileiros admirados, assim como nós, com os muitos charmes deste país, onde o antigo e o moderno estão em perfeita sintonia. Espanha - Rota do Sol - TV Tribuna
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CemitĂŠrio de Barcelona
La Pedrera, prĂŠdio com arquitetura de Gaudi
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TV Tribuna - Rota do Sol - Espanha
Ramblas
Parque da Cidadela
Estรกtuas vivas nas Ramblas
Arco do Triunfo Espanha - Rota do Sol - TV Tribuna
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Sagrada FamĂlia
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TV Tribuna - Rota do Sol - Espanha
Parque Guel
Parque Guel
Casa Batll贸 Espanha - Rota do Sol - TV Tribuna
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Santiago de Compostela
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TV Tribuna - Rota do Sol - Espanha
Peregrinação no Caminho de Santiago de Compostela Espanha - Rota do Sol - TV Tribuna
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Paris
Palรกcio de Luxemburgo
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TV Tribuna - Rota do Sol - Paris
Paris - Rota do Sol - TV Tribuna
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Torre Eiffel
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TV Tribuna - Rota do Sol - Paris
Exibido em outubro de 2011
TESOUROS DA CIDADE LUZ
“
Paris é uma festa”. Ernest Hemingway tinha razão. Não só o título do livro, mas todo o enredo deste romance é uma declaração de amor à cidade. Filósofos, artistas, músicos, famosos
Casa onde morou Santos Dumont, na Champs Elysées
e anônimos renderam-se ao charme desta que é uma verdadeira obra de arte, pronta a ser ad-
mirada. A capital da França é atraente em todas as épo-
cas do ano e para qualquer lado que se olhe. O Rota do Sol esteve em Paris duas vezes. Uma delas, no final do verão europeu de 2011. Além de mostrar os pontos turísticos, como o Museu do Louvre, o Arco do Triunfo e a espetacular Torre Eiffel, caminhamos por lugares que não fazem parte dos roteiros tradicionais, como a rua onde Hemingway viveu, no bairro de Marais. Mas foi na famosa avenida Champs Elysées, por onde desfilam as mais famosas grifes mundiais, que encontramos, em uma de suas fachadas, uma referência que nos é muito especial. A placa dizia: “Aqui morou Alberto Santos Dumont, brasileiro, inventor, construtor, piloto, pioneiro da aeronáutica”. Nossas lentes estavam atentas para olhar Paris pelo ângulo de moradores da Baixada Santista. Eles se tornaram parisienses e nos mostraram onde estão os tesouros particulares na cidade que está sempre vestida para uma festa, para seduzir. É sobre a Cidade Luz, também, uma das frases imortalizadas pelo cinema mundial, no clássico Casa Blanca, onde os personagens Rick Blaine e Ilsa Lund viveram momentos inesquecíveis como amantes. Diante da impossibilidade de ficarem juntos, ao final do filme eles se consolam com as lembranças do que já viveram: “Sem-
Arco do Triunfo
pre teremos Paris”. Paris - Rota do Sol - TV Tribuna
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Marselha
Porto Velho de Marselha
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TV Tribuna - Rota do Sol - Marselha
Vista do alto da BasĂlica de Notre-Dame de la Garde
Uma das 23 praias de Marselha Marselha - Rota do Sol - TV Tribuna
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Calanques (formação geológica) em Cassis
Bares e restaurantes com sabores do Mediterrâneo
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TV Tribuna - Rota do Sol - Marselha
Uma das obras de César Baldaccini
Exibido em novembro de 2011
CIDADE-HINO
A
cidade mais antiga da França foi fundada no ano 600 antes de Cristo pelos gregos. Banhada pelo Mar Mediterrâneo, Marselha é conhecida por suas paisagens impactantes. Os 57 quilômetros de litoral são marcados
por praias de areias brancas e mar azul turquesa. Os barcos ancorados nas muitas marinas da cidade parecem posicionados para os cliques dos turistas. Marselha é chamada também de cidade francesa da arte e da história. Foi devido aos soldados revolucionários de Marse-
A pesca é uma das tradições de Marselha
lha que a canção, conhecida como ‘A Marselhesa’, virou hino da França. Em 1792, as tropas saíram de Marselha até Paris, marchando e cantando sem parar. Tamanha demonstração de patriotismo fez com que essa letra virasse um símbolo da Revolução Francesa e, anos mais tarde, fosse reconhecida oficialmente como o hino do país. Ao lado de uma santista, moradora de Marselha, conhecemos também a Montanha de Sainte Victoire – um lugar magnífico, que encantou pintores como Cézanne e Pablo Picasso. Os artistas moraram na região e pintaram vários quadros para retratar a beleza do lugar. Da Montanha dos Pintores, fomos também à Cassis, a 20 quilômetros de Marselha. Vimos de perto as calanques ou falésias de uma das cidades mais charmosas da região da Cote D’azur. Entre as belíssimas rochas desenhadas na paisa-
Forte Saint Nicolas
gem, pela ação do vento, surgem praias paradisíacas. Marselha - Rota do Sol - TV Tribuna
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Alemanha
Igreja Memorial do Imperador Guilherme
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TV Tribuna - Rota do Sol - Alemanha
Exibido em abril de 2010
POTÊNCIA ECONÔMICA
O
país foi berço de movimentos que mudaram os rumos da história, centro de importantes acontecimentos do século passado, como as duas guerras mundiais, conhecido em todo o planeta por erguer um muro que di-
vidiu seu território ao meio por quase três décadas. Só por seu passado histórico, a Alemanha já teria apelos mais do que suficientes para se tornar uma referência no turismo mundial. Mas, junte a isso, a fama de ser um dos países mais organizados do planeta, limpo, animado e repleto de belas paisagens. A TV Tribuna esteve por duas vezes nesta potência econômica da Europa, uma delas para acompanhar a Copa do Mundo de 2006. Mas, em 2010, voltamos ao país para um olhar turístico. Além da Capital Berlim, com o portão de Brandemburgo, um dos símbolos da Alemanha, o Rota do Sol visitou também a famosa cidade de Munique, conhecida mundialmente pela Festa Anual da Cerveja, a Oktoberfest. Localizada no sul, Munique é uma cidade organizada, de arquitetura exuberante e que parece em festa a qualquer época do ano. Em todos os cantos estão os tradicionais ‘Jardins da Cerveja’, barzinhos com mesas na calçada repletos de gente. Entre os turistas estrangeiros encontramos famílias e grupos de jovens do Brasil, que como nós descobriam e registravam os encantos da Alemanha, certamente mais um roteiro imperdível na Europa. Alemanha - Rota do Sol - TV Tribuna
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Est谩dio Ol铆mpico de Munique
Siegess每ul, Coluna da Vit贸ria
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TV Tribuna - Rota do Sol - Alemanha
Monumento ao Holocausto
Port達o de Brandemburgo Alemanha - Rota do Sol - TV Tribuna
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Igreja Memorial do Imperador Guilherme
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TV Tribuna - Rota do Sol - Alemanha
Monumento erguido após a reunificação da Alemanha
Torre de TV Fernsehturm
Repórter cinematográfico Robynson Senhorães em frente ao Charlottenburg Palace Alemanha - Rota do Sol - TV Tribuna
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Coliseu
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TV Tribuna - Rota do Sol - Itรกlia
Itália
Exibido em maio de 2011
UMA CIDADE MILENAR
I
mpossível não se apaixonar à primeira vista por este pedaço da Europa que parece prestes a se desprender do continente. Um país com mais de duzentas cidades de grande interesse artístico e histórico. Vinte mil castelos, 33 mil igrejas, 1,5 mil museus, uma gastronomia imitada no mun-
do todo, além das paisagens encantadoras, no coração do Mar Mediterrâneo. Por vários séculos, a Itália tem atraído os viajantes, os que buscam o passado histórico ou o seu ar romântico. Nas várias viagens que fizemos, foram muitos os cliques de nossas câmeras. Da Roma antiga, com direito a uma visita ao Coliseu e a atirar uma moedinha na Fontana di
Trevi, uma das mais famosas fontes do mundo, até a Cidade-Estado do Vaticano. Na Praça e na Basílica de São Pedro, nos misturamos aos peregrinos dos quatro cantos do mundo. E, de repente, era hora de olhar para o alto, para o teto da Capela Sistina. Foi ali, com as pinceladas de Michelangelo, que a genialidade humana chegou mais próximo da perfeição. Fotos de vários ângulos também no badalado centro de Milão, capital mundial da moda. Na nossa rota, estiveram ainda cidadezinhas acasteladas da Idade Média, como Corneliano Bertário, com seus poucos mais de 500 habitantes. Foram muitas as ‘Itálias’ que percorremos. Florença, Pompeia, Assis, Pisa e, respire fundo, a Costa Amalfitana. Convém, agora, abrir um parêntese para o romantismo e criar uma moldura especial para a flutuante Veneza. A cidade das ruas de água foi o berço de seis papas e de Vivaldi, que soube, como ninguém, traduzi-la nas quatro estações. Itália - Rota do Sol - TV Tribuna
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Fontana di Trevi
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TV Tribuna - Rota do Sol - Itรกlia
Port達o de Adriano
Igreja de S達o Cosme e Dami達o It叩lia - Rota do Sol - TV Tribuna
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Coliseu
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TV Tribuna - Rota do Sol - Itรกlia
F贸rum de Trajano It谩lia - Rota do Sol - TV Tribuna
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Catedral de Pisa
Vista da Catedral a partir da Torre de Pisa
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TV Tribuna - Rota do Sol - Itรกlia
Sino de Pisa
Batistério de São João
Torre de Pisa
Casa das Virgens Itália - Rota do Sol - TV Tribuna
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Grécia
Partenon
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TV Tribuna - Rota do Sol - Grécia
Exibido em julho de 2004
BERÇO DA CIVILIZAÇÃO
D
e qualquer ângulo que se olhe, a Grécia é um país de belezas naturais quase incontáveis. Rota do Sol também esteve nesta terra deslumbrante, escolhida pelos deuses. A Grécia, berço da civilização moderna, fonte de
histórias e lendas, por duas vezes fez parte das reportagens do programa. Em uma delas, acompanhamos os Jo-
gos Olímpicos de Atenas, em 2004. Após a cobertura das competições e muitos passeios na capital grega, nossa equipe se aventurou também por algumas das mil ilhas da Grécia, banhadas por mares famosos da Europa e da Ásia, como o Jônico, o Mediterrâneo e o Egeu entre outros. Um de nossos passeios foi à bela Egina, uma ilha a 20 quilômetros de Atenas. Habitada desde 2 mil anos antes de Cristo, se tornou famosa pela intensa atividade marítima. Em Egina, o que mais impressionou à primeira vista foi a cor da água, formada por vários tons, entre o verde esmeralda e o azul turquesa. Um convite irresistível para um mergulho com máscara, para apreciar as belezas do mar. Além das praias, outro ponto turístico que visitamos em Egina foi o Templo de Afaia – monumento arqueológico construído no século 5 antes de Cristo. Na Grécia, descobrimos porque os deuses do Olimpo viviam descendo à Terra. Grécia - Rota do Sol - TV Tribuna
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Teatro Odeon
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TV Tribuna - Rota do Sol - GrĂŠcia
Igreja de Likavit贸s Gr茅cia - Rota do Sol - TV Tribuna
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Troca da guarda em frente ao Parlamento
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TV Tribuna - Rota do Sol - GrĂŠcia
Litoral grego
Praça Syntagma, com o Parlamento ao fundo GrÊcia - Rota do Sol - TV Tribuna
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Inglaterra
Stonehenge
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TV Tribuna - Rota do Sol - Inglaterra
Exibido em outubro de 2012
História, diversão e arte
U
m lugar com mais perguntas do que respostas. Um dos mais impressionantes monumentos préhistóricos, não só da Europa, mas do planeta, está na Inglaterra. É ‘Stonehenge’, uma misteriosa for-
mação de rochas dispostas num plano circular. Pouco se sabe sobre sua real finalidade e a época exata em que as pedras foram erguidas, mas estudos recentes indicam que as formações tem, pelo menos, cinco mil anos. ‘Stonehenge’ atrai milhões de turistas e foi só uma de nossas paradas. Na terra que guarda histórias de reis, rainhas e de seus castelos, conhecemos muitas cidades e pontos turísticos ao longo de três semanas de viagem. Em Liverpool, cidade natal dos Beatles, tínhamos de entrar no ‘The Cavern Club’, um templo sagrado pra quem é fã da banda de rock mais famosa do mundo. Foi ali, naquele pequeno clube que em 1961, Brian Epstein, até então gerente de uma loja de discos, viu os Beatles tocarem pela primeira vez. Epstein virou empresário do grupo. Apresentou os meninos de Liverpool ao mundo. Em Londres, descobrimos que a frase de Sir Samuel Johnson, um dos maiores pensadores da Inglaterra, do século 18, continua atual: “Se você está cansado de Londres, você está cansado da vida!” A cidade tem tudo o que a boa vida pode proporcionar: história, diversão, arte... Mesmo quando o Big Ben, os ônibus vermelhos de dois andares, os ‘pubs’, os museus, as lojas, as casas de chá, já não forem bons motivos para visitar a maior metrópole da Europa, é sempre possível encontrar novos olhares e passeios porque a cidade é como dizem os Londrinos: “simplesmente Londres”. Inglaterra - Rota do Sol - TV Tribuna
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Tower Bridge
Troca da guarda no Palรกcio de Buckingham
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TV Tribuna - Rota do Sol - Inglaterra
London Eye, roda gigante inaugurada no ano 2000
Barcos tradicionais da Universidade de Oxford
Estรกtua de John Lenon, na Mathew Street, Liverpool Inglaterra - Rota do Sol - TV Tribuna
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Universidade de Oxford
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TV Tribuna - Rota do Sol - Inglaterra
Yellow submarine, transformado em local de eventos
Palรกcio de Buckingham
Banhos Romanos, na cidade de Bath Inglaterra - Rota do Sol - TV Tribuna
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Esc贸cia
Castelo de Edimburgo
200 TV Tribuna - Rota do Sol - Esc贸cia
Exibido em setembro de 2012
JANELAS DO MUNDO
D
o quarto do hotel, espiei a vista incomum. No alto da colina: o Castelo de Edimburgo. A névoa fina daquela manhã se dissipava e pude ver as muralhas e parte das construções, erguidas desde a
época medieval.
Antes de partir de Edimburgo, capital escocesa, abri a ja-
nela e respirei forte como se quisesse absorver as últimas cenas. Deixar a Escócia trouxe-me a sensação melancólica de dar um abraço em alguém querido, sem saber se um dia teremos a chance de um reencontro. Lembrei-me de um livro que folheei em algum lugar. O título falava sobre as janelas do mundo. Daquele quarto de hotel também eu poderia obter um ângulo perfeito para a foto. As razões porque me encantei tanto com o tão pouco que vi da Escócia? Faltaria espaço pra relatar. Gostei à primeira volta, quando percorri os dois quilômetros da rua Royal Mile, eixo principal da cidade, onde de uma das extremidades se avista a entrada do Castelo de Edimburgo e da outra, o Palácio de Hollyroodhouse, a residência da família real no país. Poderia descrever também as áreas verdes da capital, os músicos e suas gaitas de foles, os homens de saia xadrez (kilts), as destilarias onde são produzidos os uísques mais apreciados do mundo, as paisagens das highlands (cenários do filme Coração Valente), os ‘pubs’ descolados com movimento fervilhante, depois da hora do trabalho. O que vi pareceu-me uma perfeita sincronia entre beleza natural, história, arte e tradição. Preciso somar a isso também a gentileza de um povo amável e cordial. Escócia, país de bárbaros conquistadores que graciosamente me conquistou. Escócia - Rota do Sol - TV Tribuna
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テ「stria
Fortaleza de Hohensalzburg
202 TV Tribuna - Rota do Sol - テ「stria
テ「stria - Rota do Sol - TV Tribuna
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Catedral de Santo Estevテ」o
204 TV Tribuna - Rota do Sol - テ「stria
Exibido em abril de 2010
CASTELOS, JARDINS E PALÁCIOS
N
inguém precisa ser fotógrafo profissional na Áustria para voltar para casa com imagens cinematográficas. As paisagens deste país, rodeado por castelos, jardins, palácios, picos nevados e bosques são tão be-
las que parecem irreais. Emolduradas por estes cenários estão cidades magníficas, como Salzburgo, onde nasceu Mozart. A casa onde o gênio da música viveu até parte de sua juventude foi transformada em museu. O lugar recebe milhares de turistas do mundo inteiro todos os dias. O Centro Histórico é Patrimônio Mundial da Unesco des-
de 1996. Entre as principais construções estão torres, igrejas barrocas e a monumental Fortaleza de Hohensalzburg. Da Fortaleza, no topo da colina, vemos o rio Salzac. Na viagem, conhecemos também Viena, uma das capitais mais imponentes e belas de todo o Velho Mundo. Visitar Viena é ter a impressão de que é possível morar em uma capital onde trânsito, poluição e todos os problemas comuns às grandes metrópoles simplesmente não existem. O Palácio Imperial de Hofburg é uma grandiosa obra que teve as suas origens num castelo-fortaleza do século 13. Foi a residência oficial e centro do poder dos Habsburgos, soberanos da Áustria entre 1278 e 1918, que o usaram como sua principal residência de inverno. Hoje, o palácio é sede da Biblioteca Nacional. Com seus amplos e bem decorados salões e um belo jardim, o palácio domina a paisagem na região central de Viena e é uma atração imperdível, assim como a catedral de Praça Mozart
Santo Estevão, um orgulho da arquitetura gótica local. Áustria - Rota do Sol - TV Tribuna
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Budapeste
Parlamento hĂşngaro
206 TV Tribuna - Rota do Sol - Budapeste
Exibido em abril 2010
LESTE EUROPEU
E
ntre os muitos cenários de filmes que visitamos, alguns estavam em Budapeste, a maior cidade da Hungria e a capital do país. Este encantador refúgio no Leste Europeu surpreende os visitantes que muitas vezes chegam sem grandes expectativas e saem
maravilhados com suas paisagens. Budapeste é cortada pelo Rio Danúbio e é ele quem divide a cidade em dois nomes. Buda, na margem oeste, tem ruas cheias de árvores, belas casas, e clima bucólico. O bairro conserva ainda um ar medieval, com castelos e museus. O romantismo torna o lugar perfeito para os casais. Enquanto passeávamos pelas ruas, vimos noivos tirarem fotos para o álbum de casamento. Peste, do outro lado do rio é uma animada região, com restaurantes, parques, lojas e ruas sempre cheias de turistas. Em Budapeste há construções gran-
diosas como o Parlamento Húngaro, um imenso palácio, às margens do Danúbio, com 96 metros de altura e mais de 700 salas. As 9 pontes de Budapeste também são perfeitas para as imagens que os turistas trazem como lembrança deste belo país, ainda não muito conhecido pelos brasileiros em viagem pela Europa. Budapeste - Rota do Sol - TV Tribuna
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208 TV Tribuna - Rota do Sol - Cidade
Ilhas do Pacífico Taiti
Ilha de Páscoa
E
m 2010, Rota do Sol viajou por mais de 8 mil quilômetros para conhecer algumas das ilhas mais isoladas do coração do Pacífico.
Taiti página 210
Páscoa página 214
Rota do Sol - TV Tribuna
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Taiti
Bangal么s de Bora Bora
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TV Tribuna - Rota do Sol - Tait铆
Principal meio de transporte às ilhas
Casamento polinésio, em Moorea Taití - Rota do Sol - TV Tribuna
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Vista de Moorea
Mergulho a dez metros de profundidade em Bora Bora
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TV Tribuna - Rota do Sol - TaitĂ
Exibido em dezembro de 2010
MAIS DE MIL ILHAS
A
s mais de cem Ilhas e atóis que compõem a Polinésia Francesa ocupam uma área que equivale à metade do território brasileiro. Incluindo água e terra são mais de quatro milhões de
Moorea
quilômetros quadrados no meio do
Pacífico Sul. A Polinésia fica literalmente longe de tudo e no meio do nada. O país mais próximo é a Nova Zelândia, 4 mil quilômetros a sudeste. Parece que esse isolamento garantiu a preservação de sua beleza incomparável. Bora Bora, a ilha mais famosa da região, foi sem dúvida o lugar mais incrível que conheci até hoje. Ainda custo a acreditar que era mesmo real. Em uma das manhãs, abri a sacada do bangalô para admirar o nascer do Sol. A cor alaranjada sobre o mar azul turquesa tornou a paisagem ‘estonteante’. Em Bora Bora, essa expressão se encaixa perfeitamente. O clima também é o melhor possível. Temperatura em torno de 30 graus e mar de água quente. Não é a toa que a ilha é a preferida na Polinésia Francesa para quem esta em lua de mel. De cada 10 ca-
sais que encontramos por lá, oito estavam casados há no máximo uma semana. Os taitianos também são hospitaleiros. Entre os funcionários do hotel e nas ruas de Bora aprendemos de tanto ouvir a saudação, maeva, que significa boas vindas e nana, como o nosso tchau. Não Momento de trabalho
aprendi a dizer “até breve”, mas sonho um dia voltar. Taití - Rota do Sol - TV Tribuna
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Ilha de Pรกscoa
Moais, esculturas gigantescas, algumas com mais de 20 toneladas
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TV Tribuna - Rota do Sol - Ilha de Pรกscoa
Exibido em dezembro de 2010
UMBIGO DO MUNDO
A
Ilha de Páscoa fica no coração do Pacífico, a 3,7 mil quilômetros da costa do Chile. Já foi chamada pelos nativos de Te Pito O Te Henua, que significa umbigo do mundo, na língua Rapa Nui. No final de 2010 es-
tivemos nesta terra, cheia de mistérios e histórias, nem sempre comprovadas. Páscoa guarda enigmas que a humanidade ainda tenta desvendar. O maior deles é sobre os Moais – quase mil esculturas gigantes, com mais de 20 toneladas, que foram construídas, segundo pesquisas arqueológicas, entre os anos 600 e 1.600 depois de Cristo. Existem muitas hipóteses sobre a finalidade destas figuras. A mais aceita é a de que representavam a força das tribos existentes na ilha, como deuses para proteger e demarcar o território. Até a década de 50, todos os Moais estavam caídos, provavelmente resultado das constantes guerras entre os grupos rivais. Na década de 90, uma empresa japonesa, usando guindastes e outros equipamentos modernos, reergueu 15 dessas esculturas. Mesmo assim, não foi nada fácil. O trabalho levou mais de três anos. Tamanha dificuldade só aumentou o mistério sobre a construção e o transporte dos Moais. Como foram levados de um lugar ao outro da ilha? Se a Ciência ainda encontra dificuldades para decifrar esse enigma, os moradores têm a resposta desconcertante: “Eles caminha-
vam!” E eles ficam bravos se você disser que não acredita. Permanecemos três dias em Páscoa, o suficiente para voltarmos fascinados. Além de paisagens deslumbrantes, a ilha tem muito para mostrar ao turista. A fé do povo e a crença também são riquezas e valores sagrados. Ilha de Páscoa - Rota do Sol - TV Tribuna
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TV Tribuna - Rota do Sol - Cidade
Ásia China
U
Japão
m mundo em constante transformação, dono de um rico passado, pronto para reinventar o futuro.
Japão página 218
China página 224
Rota do Sol - TV Tribuna
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Museu da Imigração, em Kobe
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TV Tribuna - Rota do Sol - Japão
Exibido em maio de 2008
Japão
PASSADO E FUTURO
N
o ano em que foi comemorado o Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, viajamos até a terra dos samurais, para o país onde nasce o sol. Mostramos histórias de japoneses e descendentes que ajudaram a
encurtar as distâncias entre estes dois extremos do planeta e a construir uma amizade que dura mais de um século. Vimos o Japão com o olhar dos brasileiros da Baixada Santista. Eles fizeram o caminho inverso de seus
pais, avós e decidiram morar na terra de seus antepassados. Foram muitos os passeios e descobertas neste canto do planeta, onde o futuro vira passado numa velocidade ainda maior do que a que do trem bala. O roteiro começou por Tóquio, síntese do ultramoderno, um dos lugares mais futuristas de todo o mundo. A capital japonesa estava ainda mais bonita na primavera, com as cerejeiras em flor. Conhecemos também a cidade de Kobe de onde partiu, em 1908, o navio Kassatu Maru com as primeiras famílias de japoneses a tentar a sorte no Brasil. Visitamos Nagoya, onde está uma das maiores concentrações de brasileiros no Japão e ainda Hiroshima, com o Museu da Bomba Atômica e, no centro da cidade, as ruínas de um prédio com a cúpula retorcida, do jeito como ficou quando a bomba explodiu. Na Praça da Paz há também uma chama permanentemente acesa, onde pessoas do mundo todo deixam flores e prestam homenagens às vítimas da bomba. Hoje, ruas arborizadas em nada lembram o triste legado atômico. Quem já esteve em Hiroshima ou Nagasaki não tem como duvidar da força e do poder que essa nação tem de se reconstruir. Japão - Rota do Sol - TV Tribuna
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Árvores tortas de Hiroshima devido ao efeito da radiação. Elas foram replantadas
Rosana Valle e japoneses que se vestem como personagens de gibis
220 TV Tribuna - Rota do Sol - Japão
A tocha da amizade partiu de Kobe para o Brasil, no centenário da imigração
Em Hiroshima, uma única construção foi deixada em ruínas, do jeito que ficou após a explosão da bomba atômica
Cidade de Kobe, de onde partiram os primeiros japoneses rumo ao Brasil, em 1908
Lanterna em um dos templos de Tóquio Japão - Rota do Sol - TV Tribuna
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Hiroshima
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TV Tribuna - Rota do Sol - Jap達o
T贸quio Jap茫o - Rota do Sol - TV Tribuna
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China
Muralhas da China
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TV Tribuna - Rota do Sol - China
Exibido em novembro 2011
O PAÍS DOS INVENTOS
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ercorremos vários pontos do país. Da Grande Muralha, com mais de sete mil quilômetros, erguida entre os anos cinco a.C. e 16 d.C, aos modernos centros de Xangai e Hong Kong. Ficamos impressionados com o tamanho e o es-
plendor de gigantescas obras da Era Imperial, entre elas a Cidade Proibida, o Templo do Céu e o Palácio de Verão. Na capital, Pequim ou Beijing, como é chamada, estivemos ainda na Praça da Paz Celestial, que recebe turistas do mundo inteiro e ficou marcada pelo protesto de estudantes de 1989. Vi várias Chinas. Entrevistamos
moradores da Baixada Santista que se aventuraram a viver naquele país. Com a ajuda deles, percorremos lugares pitorescos e curiosos para ter uma ideia do cotidiano em algumas cidades. Os brasileiros nos ajudaram a compreender melhor uma das mais antigas civilizações, com uma história marcada por drásticas mudanças de poder e tradições tão diferentes da cultura ocidental. Mais de 20 anos depois da política de ‘reforma e abertura’, que permitiu a entrada de turistas estrangeiros, o país ainda é desconhecido para a maior parte do mundo. Mas o número de visitantes atraídos pela terra dos inventos cresce ano a ano. Aliás, só para citar alguns exemplos, o papel, a seda, o macarrão, a bicicleta, a bússola e a porcelana, entre outros, foram inventados por lá. A Organização Mundial de Turismo estima que por volta de 2020, a China será um dos roteiros mais concorridos do mundo. Poucos lugares oferecem tantas opções em um única viagem. Conhecer a China foi como estar no passado e depois espiar o futuro, sem precisar envelhecer. China - Rota do Sol - TV Tribuna
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Cidade Proibida
LeĂľes na entrada da Cidade Proibida
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TV Tribuna - Rota do Sol - China
Entrada do templo do CĂŠu, Pequim
BaĂa de Hong Kong
Centro de compras, em Pequim China - Rota do Sol - TV Tribuna
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Palácio de Verão
Porcelanas chinesas
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Chá, importante tradição chinesa
Regi茫o do Bund, parte antiga de Xangai
Xangai
Comidas ex贸ticas China - Rota do Sol - TV Tribuna
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Polo Sul
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Antรกrtica
m um dos mais inรณspitos e deslumbrantes cenรกrios do planeta, o Brasil se faz presente.
Antรกrtica pรกgina 230
Rota do Sol - TV Tribuna
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Antรกrtica Navio Ari Rongel, ao fundo
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TV Tribuna - Rota do Sol - Antรกrtica
Setas indicam a distância para várias cidades do mundo Antártica - Rota do Sol - TV Tribuna
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Entrada da estação brasileira no continente gelado
Rosana Valle e Alex Ferreira entre os jornalistas brasileiros na Antártica
Baía do Almirantado, onde o Brasil construiu sua estação de pesquisas
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TV Tribuna - Rota do Sol - Antártica
Ossada de baleia
Exibido em outubro 2008
CONTINENTE GELADO
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ma terra de superlativos. O Continente Antártico tem as maiores geleiras, os ventos mais devastadores, o maior reservatório de água doce e também é o lugar mais perigoso e inóspito do Planeta. Foi neste am-
biente hostil que em 1984 o Brasil se juntou às 27 nações que desenvolvem pesquisas na Antártica. Na Estação Comandante Ferraz, da Marinha do Brasil, militares passam um ano, completamente isolados, para dar apoio ao trabalho de cientistas. Nos últimos tempos, a região vem sofrendo severas alterações. O desequilíbrio climático tem tornado o continente mais quente a cada estação. Se todo o gelo da Antártica derretesse, o nível do oceano subiria, aproximadamente, 60 metros. O estudo sobre as mudanças climáticas é só uma das pesquisas no Continente Antártico apoiadas pelo Programa Proantar, da Marinha do Brasil. Em 2008, quando o programa brasileiro completou 25 anos, a equipe do Rota do Sol foi autorizada a acompanhar uma das expedições rumo à estação brasileira. Foi sem dúvida a mais difícil aventura que tivemos. Para chegar até à Antártica, embarcamos no navio da Marinha por três dias, pelo estreito de Drake, o trecho mais perigoso da navegação mundial. Vencemos nevascas, com ventos de mais de 100 km/h e ficamos por 15 dias isolados do mundo, nas dependências da estação brasileira. Os apuros valeram a pena. Para se ter uma ideia das dificuldades de chegar ao continente gelado, menos de 500 brasileiros visitaram o lugar entre 2008 e 2009, incluindo pesquisadores e alguns poucos turistas, nos transatlânticos que só podem fazer um pequeno passeio pelas geleiras. Nós tivemos o privilégio de conhecer bem de perto como é a vida neste lugar inóspito e que até pouco tempo era ainda mais Verão antártico
complicado do que chegar à Lua. Antártica - Rota do Sol - TV Tribuna
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Baía do Almirantado
Animais antárticos
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TV Tribuna - Rota do Sol - Antártica
Equipe trabalhando, Rosana Valle com repórter cinematográfico Alex Ferreira
Navio Ari Rongel, missรฃo na Antรกrtica em 2008 Antรกrtica - Rota do Sol - TV Tribuna
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Rota do Sol - TV Tribuna
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