CORUMBÉ 170706AB
LUMINÁRIA “CHAPÉU-DE-BRUXA” A CADA 8M
GUARDA-CORPO METÁLICO
PASSARELA DE CONCRETO PRÉ-MOLDADO
CAMADA DE PTA 30CM
ÁRVORES FRUTÍFERAS AO LONGO DA RUA COMPARTILHADA
AUMENTO DA PERMEABILIDADE DO SOLO
GRAMA MATO GROSSO
ESCADA HIDRÁULICA GABIÃO 50X50CM
CAMADA DE 30CM DE PTA (PISO TERRA E AREIA)
ÁREA DO PROJETO
MICROBACIA DO CORUMBÉ
ÁREA DE REALOCAÇÃO DAS FAMÍLIAS REMOVIDAS
ÁREA DE REMOÇÃO PARCIAL
HABITAÇÃO Como a região em questão possui loteamento irregular, o cálculo do número de habitações a partir de bases oficiais da prefeitura não é preciso. Por essa razão, optamos por utilizar os dados do SINOPSES IBGE de 2010, por ser a fonte com informações mais recentes sobre a região. Considerando o atraso de 7 anos nos dados, prezou-se por produzir habitações em excedente para obter uma margem de erro segura, garantindo moradias extras. Assim, embora o número calculado de casas removidas seja 40, o projeto habitacional desenvolvido possui 96 apartamentos, com no máximo quatro pavimentos (térreo mais três), evitando alterações drásticas no gabarito da região. Foi pensado de forma escalonada, utilizando-se da topografia para ser menos impactante ambientalmente. Os postes utilizados são os do tipo “chapéu de bruxa”, ideais para a iluminação de parques. Os bancos das praças são de concreto por serem econômicos e de fácil manutenção. Algumas praças possuem equipamentos para exercício físicos, além de possuírem brinquedos para as crianças.
ÁRVORES
BACIA DO BANANAL
COMO AS CIDADES TÊM TRATADO OS SEUS RIOS? Historicamente, em cidades com processos de urbanização intensos, acelerados e insuficientemente planejados como São Paulo, os rios têm sido canalizados e tamponados em favor da construção de avenidas que priorizam o automóvel como meio de transporte – isso quando não se tornam depósitos de esgoto a céu aberto. A preocupação com escala do pedestre, juntamente com a responsabilidade ambiental, tem sido deixada de lado em favor de um desenvolvimento econômico rápido e insustentável. O projeto aqui apresentado propõe uma forma alternativa de apropriação dos recursos hídricos naturais, buscando conciliar demandas tipicamente urbanas e questões ambientais, além de construir uma relação mais harmônica entre rio e cidade.
ÁREA DE REMOÇÃO TOTAL
FORRAÇÕES
SUBPREFEITURA DA FREGUESIA DO Ó
RIO TIETÊ
CORTE O PROJETO A Região do córrego do Corumbé (popularmente conhecido como Carombé) está localizada no distrito da Brasilândia, na subprefeitura da Freguesia do Ó, zona Norte de São Paulo, fazendo parte da Bacia do Bananal. Está inserida dentro de um contexto urbano precário, com moradias em sua várzea e em cima do córrego. O projeto desenvolvido busca uma solução de união harmônica entre habitação, córrego e áreas livres públicas, com uma relação mais integrada com a água. As soluções aqui empregadas partem do princípio de atender as demandas da comunidade gerando o menor impacto social, ambiental e econômico possível. Entendemos o córrego do Corumbé como parte de um sistema hídrico mais amplo, de modo que as soluções de drenagem e infraestrutura nele empregadas interferem em todo o sistema, embora visem resolver problemas de caráter local.
O CÓRREGO Parte do esgoto da região é coletado e despejado no córrego sem receber tratamento. Propõe-se a recuperação da qualidade da água a partir do tratamento de esgoto como diretriz para a região. A inspiração em projetos como o DRENURBS possibilitou diversas soluções adaptadas ao projeto, como a utilização do gabião na estruturação das margens do córrego de forma menos artificial – como o concreto e alvenaria já existentes no local. O córrego apresenta uma inclinação que favorece que a velocidade da água aumente e alague a área da Avenida Manoel Bolívar. Por essa razão, propõe-se a construção de uma escada hidráulica ao longo do córrego como forma de auxiliar na diminuição da velocidade da água. Seus degraus possuiriam uma leve inclinação, impedindo o acúmulo de água parada.
CAVIÚNA
(Machaerium scleroxylon)
A RUA COMPARTILHADA Um total de 40 casas foram removidas com base numa distância de 6,5m a partir do eixo do córrego, para garantir área de mata ciliar e para a criação de uma via compartilhada – para a passagem de pedestres, ciclistas e motocicletas (demanda averiguada na visita realizada em 11 de maio de 2017). Embora esteja estabelecido no CONAMA os 30m de afastamento necessário entre o córrego e o ambiente construído, optamos por uma proposta que busca equilibrar as necessidades ambientais e as demandas da realidade urbana já existente. A área liberada a partir das remoções foi tratada de modo a ser completamente permeável: a faixa a ser utilizada para circulação, mais próxima das habitações, é recoberta por PTA (piso de terra e areia), e a área lindeira ao córrego é vegetada.
AS PRAÇAS Entre os edifícios habitacionais foram projetadas praças, a fim de criar espaços livres públicos, conectar os diferentes níveis e aumentar a permeabilidade do solo na região. As praças são diferentes entre si, buscando diversidade em soluções que utilizam a topografia de forma favorável. Todas as praças realizam a conexão entre a rua compartilhada no córrego e a rua Aurélio Brasil Ribeiro, e uma possui acessibilidade universal por rampas. Por meio de conversas informais com os moradores da região, notou-se que a área do projeto não sofre com alagamentos - estes só acontecem nas áreas em que o córrego
AGAPANTO
(Agapanthus africanus)
GRAMA MATO GROSSO (Paspalum notatum)
foi canalizado, como no encontro entre córrego e a Avenida Manoel Bolívar. Dessa forma, uma das propostas principais é conter o escoamento de água pluvial ao longo do Corumbé, impedindo o alagamento no trecho posterior. Para isso foram utilizados materiais permeáveis, como PTA (piso de terra e areia) e forrações diversas. Estima-se que a área permeável obtida com o projeto quadruplicou a área permeável atual. As árvores escolhidas são nativas da Mata Atlântica na Região de São Paulo, visando garantir o sucesso do plantio e se integrar à Serra da Cantareira. Priorizou-se a utilização de árvores frutíferas com o objetivo de se criar um ambiente convidativo para os moradores da região.
GOIABEIRA
(Psidium guajava)
PATA DE VACA
(Bauhinia forficata)
PRATEADINHA
(Chamaeranthemum venosum)
GRUMIXAMEIRA IPÊ AMARELO CASCUDO
(Eugenia brasiliensis)
PITANGUEIRA
(Eugenia uniflora)
(Tabebuia chrysotricha)
QUARESMEIRA
(Tibouchina granulosa)