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MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES

Caderno de Instrução

PATRULHAS

1ª Edição - 2004 Experimental

CARGA Preço: R$

EM______________


MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES

PORTARIA N° 009 COTER, DE 25 DE OUTUBRO DE 2005.

Caderno de Instrução CI 21-75-1 Patrulhas

O COMANDANTE DE OPERAÇÕES TERRESTRES, no uso da delegação de competência conferida pela letra d), item XI, Art. 1° da Portaria N° 441, de 06 de setembro de 2001, resolve: Art. 1° Aprovar, em caráter experimental, o Caderno de Instrução CI 2175/1 Patrulhas. Art. 2° Estabelecer que a experimentação deste Caderno de Instrução seja realizada durante os anos de 2005, 2006 e 2007. Art. 3° Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de sua publicação.

____________________________________________ Gen Ex ROBERTO JUGURTHA CAMARA SENNA Comandante de Operações Terrestres


CI 21-75-1 PATRULHAS NOTA

O CI 21-75 Patrulhas foi elaborado pela Academia Militar das Agulhas Negras. Após revisão do COTER, foi expedido para experimentação em 2005, 2006 e 2007. Solicita-se aos usuários deste Caderno de Instrução a apresentação de sugestões que tenham por objetivo aperfeiçoá-lo ou que se destinem à supressão de eventuais incorreções. As observações apresentadas, mencionando a página, o parágrafo e a linha do texto a que se referem, devem conter comentários apropriados para seu entendimento ou sua justificação. A correspondência deve ser enviada diretamente ao Curso Avançado da AMAN, de acordo com Art 78, das IG 10-42 – INSTRUÇÕES GERAIS PARA A CORRESPONDÊNCIA, PUBLICAÇÕES E OS ATOS NORMATIVOS NO ÂMBITO DO EXÉRCITO, onde será avaliada, respondida e, se for o caso, remetida ao COTER para aprovação e divulgação.

1ª EDIÇÃO – 2004 Experimental


ÍNDICE DE ASSUNTOS Pag CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO ARTIGO I - Generalidades .................................................................. 1-1 ARTIGO II - Conceituação ................................................................... 1-3 ARTIGO III - Classificação .................................................................. 1-3 ARTIGO IV - Responsabilidades ......................................................... 1-6 ARTIGO V - Organização Geral da Patrulha ....................................... 1-7 CAPÍTULO 2 – CONDUTA DAS PATRULHAS ARTIGO I - Aspectos Gerais na Conduta das Patrulhas ..................... 2-1 ARTIGO II - Peculiaridades de uma Patrulha de Reconhecimento ....... 2-12 ARTIGO III - Peculiaridades de uma Patrulha de Combate .................. 2-15 ARTIGO IV - Técnicas de Assalto ....................................................... 2-35 ARTIGO V - Infiltração ........................................................................2-38 ARTIGO VI - Base de Combate, Base de Patrulha, Área de Reunião e Área de Reunião Clandestina ......................................... 2-39 ARTIGO VII - Técnicas de Ação Imediata ........................................... 2-50 CAPÍTULO 3 – PLANEJAMENTO E PREPARAÇÃO DAS PATRULHAS ARTIGO I - Normas de Comando ........................................................ 3-1 ARTIGO II - Providências Iniciais ........................................................ 3-3 ARTIGO III - Observação e Planejamento do Reconhecimento ............ 3-8 ARTIGO IV - Reconhecimento ............................................................3-13 ARTIGO V - Estudo de Situação ........................................................3-14 ARTIGO VI - Ordens ...........................................................................3-18 ARTIGO VII - Fiscalização ..................................................................3-23 CAPÍTULO 4 – PATRULHA EM AMBIENTES ESPECIAIS ARTIGO I - Considerações Iniciais ...................................................... 4-1 ARTIGO II - Patrulha em Área de Caatinga ......................................... 4-2 ARTIGO III - Patrulha em Área de Montanha ....................................... 4-7 ARTIGO IV - Patrulha em Área de Pantanal ........................................ 4-13 ARTIGO V - Patrulha em Área de Selva .............................................. 4-17 ARTIGO VI - Patrulha em Área Urbana ............................................... 4-24 ARTIGO VII - Patrulha em Ambiente Químico, Biológico e Nuclear ..... 4-30


CAPÍTULO 5 – PATRULHAS COM CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS ARTIGO I - Patrulha Aeromóvel ........................................................... 5-1 ARTIGO II - Patrulha na Garantia da Lei e da Ordem .......................... 5-5 ARTIGO III - Patrulha Fluvial ............................................................... 5-8 ARTIGO IV - Patrulha Motorizada ....................................................... 5-17 ANEXOS: “A” - Operação ONÇA “B” - Meios visuais “C” - Memento do comandante de patrulha “D” - Relatório “E” - Glossário


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CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO

ARTIGO I GENERALIDADES

1-1. FINALIDADE O presente Caderno de Instrução (CI) tem a finalidade de apresentar a doutrina sobre patrulhas. 1-2. OBJETIVO a. Conceituar patrulha, classificá-las e definir as responsabilidades pelo seu lançamento e execução. b. Apresentar a organização geral dos diferentes tipos de patrulha e as técnicas de planejamento e preparação das mesmas. c. Definir condutas e apresentar peculiaridades dos diversos tipos de patrulha. 1-3. CONSIDERAÇÕES INICIAIS a. De acordo com a Concepção Estratégica do Exército (SIPLEx - 4), as Hipóteses de Emprego (HE) decorrem dos cenários admitidos e das orientações político-estratégicas do País, que não elegem ou caracterizam qualquer país como potencial inimigo, e representam as grandes opções estratégicas da Defesa Nacional.

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b. A Doutrina Delta refere-se ao combate convencional, no quadro de um conflito externo limitado, em Área Operacional do Continente (AOC) – excluída a Área Estratégica Amazônica. A campanha terrestre no Teatro de Operações Terrestre (TOT) deverá ser conduzida ofensivamente, com grande ímpeto, buscando a decisão no menor prazo possível. As operações deverão desenvolver-se num combate continuado e não linear, com ênfase nas manobras desbordantes ou envolventes, para atingir os objetivos estratégicos previstos. Em virtude das características das AOC, é fundamental que haja judiciosa seleção da frente, onde deverá ser aplicado o máximo poder de combate. c. Mesmo nas ocasiões em que uma atitude defensiva for adotada temporariamente, deve ser empregado o maximo de ações ofensivas. Nesse sentido, cresce de importância a execução de um patrulhamento agressivo e eficiente, seja nas operações ofensivas ou defensivas. d. A HE “A”, que trata da defesa da soberania, com preservação da integridade territorial, do patrimônio e dos interesses nacionais relativos à Amazônia, está baseada na Doutrina Gama. Esta, por sua vez, apresenta duas variantes. A primeira visualiza um oponente que possui um poder militar semelhante ou inferior ao nosso. Neste caso, procurar-se-á a rápida decisão do conflito, com o emprego de força regular, em combate convencional. A estratégia a ser privilegiada será a da Ofensiva. A segunda vislumbra uma agressão por poder militar incontestavelmente superior. Neste outro caso, serão empregadas forças regulares e mobilizadas, preponderando as ações não-convencionais, em um combate prolongado, evitando-se o engajamento direto com as forças inimigas. A estratégia a ser privilegiada será a da Resistência. e. Dentro desse contexto, visualiza-se, particularmente na segunda variante apresentada, o emprego maciço de patrulhas, cumprindo as mais variadas missões, na maioria das vezes, de forma bastante descentralizada. Tal fato concorrerá para que a liderança e a iniciativa dos comandantes de todos os níveis se tornem vetores decisivos para o sucesso das operações. f. Nesse sentido, o presente Caderno de Instrução foi elaborado com a finalidade de aprofundar os conhecimentos a serem seguidos pelos comandantes de pequenas frações. Aqui estão homogeneizados, após a realização dos I e II Seminários de Patrulhas do Exército Brasileiro, promovidos pela Academia Militar das Agulhas Negras, nos períodos de 1º a 5 de setembro de 2003 e de 6 a 10 de setembro de 2004, os diversos procedimentos que orientam os comandantes nesse tipo de missão.

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CI 21-75-1 ARTIGO II CONCEITUAÇÃO

1-4. PATRULHA É uma força com valor e composição variáveis, destacada para cumprir missões de reconhecimento, de combate ou da combinação de ambas. A missão de reconhecimento é caracterizada pela ação ou operação militar com o propósito de confirmar ou buscar dados sobre o inimigo, o terreno ou outros aspectos de interesse em determinado ponto, itinerário ou área. Nesse caso, a patrulha deve evitar engajamento com o inimigo. A missão de combate é caracterizada pela ação ou operação militar restrita, destinada a proporcionar segurança às instalações e às tropas amigas ou a hostilizar, destruir e capturar pessoal, equipamentos e instalações inimigas. ARTIGO III CLASSIFICAÇÃO

1-5. QUANTO À FINALIDADE DA MISSÃO a. Patrulha de reconhecimento (1) Reconhecimento de um ponto – É a que realiza o reconhecimento de um objetivo específico.

Fig 1-1. Reconhecimento de um ponto

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(2) Reconhecimento de área – É a que busca dados no interior de determinada área ou executa a própria delimitação de uma área com características específicas. (3) Reconhecimento de itinerário(s) – É a que busca dados sobre um ou vários itinerários ou sobre a atividade do inimigo.

Fig 1-2. Reconhecimento de itinerários (4) Vigilância – É a que exerce a observação contínua de um local ou de uma atividade. (5) Reconhecimento em força – É uma patrulha de valor considerável empregada para localizar a posição de uma força inimiga e testar o seu poder. A potência de fogo, a mobilidade e as comunicações são fatores importantes na execução deste tipo de missão. b. Patrulha de combate (1) De inquietação – É a que se destina a ocasionar baixas, perturbar o descanso, dificultar o movimento e/ou obter outros efeitos sobre o inimigo, com a finalidade de abater-lhe o moral. (2) De oportunidade - É aquela lançada em determinada área com a finalidade de atuar sobre alvos compensadores que venham a surgir. (3) De emboscada – É a que realiza ataque de surpresa, partindo de posições cobertas, contra um alvo em movimento ou momentaneamente parado. (4) De captura de prisioneiros ou material – É a que age contra instalações ou forças inimigas com a finalidade de capturar prisioneiros ou materiais. (5) De interdição – É a que executa ações para evitar ou impedir que o inimigo se beneficie de determinadas regiões, de pessoal, de instalações ou de material.

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(6) De suprimento - É uma patrulha de efetivo variável, dependendo do tipo e quantidade de suprimento a ser transportado, pode receber a missão de ressuprir tropas amigas destacadas. - Pode ser também empregada para reforçar ou seguir uma patrulha de longo alcance. (7) De contato – Visa a estabelecer ou manter contato com tropa amiga, de forma física, visual ou por meio rádio. (8) De segurança – É a que tem por finalidade cobrir flancos, áreas ou itinerários; evitar que o inimigo se infiltre em determinado setor ou realize um ataque de surpresa; localizar ou destruir elementos que se tenham infiltrado e proteger tropa amiga em deslocamento. (9) De destruição – É a que tem a finalidade de destruir material, equipamento e/ou instalações inimigas. (10) De neutralização – É a que tem a finalidade de neutralizar homens ou grupos de homens inimigos. (11) De resgate – É a que tem a finalidade de recuperar material ou pessoal amigo que estejam retidos em área ou instalação sob controle do inimigo. 1-6. QUANTO À EXTENSÃO DA OPERAÇÃO a. Patrulha de curto alcance – É a que atua dentro da área de influência do escalão que a lança. b. Patrulha de longo alcance – É a que atua dentro da área de interesse do escalão que a lança.

Fig 1-3. Área de interesse e de influência 1-5


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CI 21-75-1 ARTIGO IV RESPONSABILIDADES

1-7. ATRIBUIÇÕES DO ESCALÃO QUE LANÇA A PATRULHA a. Formular a missão. b. Designar o comandante da patrulha. c. Emitir as ordens necessárias. d. Estabelecer medidas de controle. e. Coordenar, apoiar e fiscalizar o cumprimento da missão. f. Receber e divulgar os resultados da missão. g. Explicar sua intenção e a do escalão superior, quando for o caso, ao comandante da patrulha. h. Definir as regras de engajamento durante as diversas fases da missão. i. Definir as condutas a serem adotadas em caso de ocorrência de prisioneiros de guerra (PG) e mortos inimigos. j. Dirimir as dúvidas do comandante da patrulha. Para isso, antes de emitir a ordem, deve se valer do memento do comandante de patrulha (Anexo C), a fim de fornecer o máximo de informações possíveis.

Fig 1-4. Planejamento e preparação de uma patrulha 1-8. ATRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS NO ESCALÃO UNIDADE a. Do S2 (1) Preparar o plano diário de patrulhas em coordenação com o S3. (2) Planejar e propor as missões de reconhecimento. 1-6


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(3) Fornecer às patrulhas os dados referentes às condições metereológicas, ao terreno e ao inimigo. (4) Contactar os integrantes da patrulha, no regresso de missão, para coletar dados. (5) Estabelecer os Elementos Essenciais de Inteligência (EEI). b. Do S3 (1) Planejar e propor as missões de combate. (2) Coordenar os apoios não-orgânicos do escalão compreendido (aeronaves, meios- aquáticos, artilharia etc). c. Do S4 – Providenciar o apoio em material e suprimentos necessários ao cumprimento da missão. d. Do comandante da patrulha (1) Receber a missão. (2) Planejar e preparar o emprego da patrulha. (3) Executar a missão. (4) Confeccionar o relatório. ARTIGO V ORGANIZAÇÃO GERAL DA PATRULHA

1-9. FUNDAMENTOS a. A organização de uma patrulha varia de acordo com os fatores da decisão (missão, inimigo, terreno, meios e tempo – MITeMeT). b. Normalmente, a patrulha se constituirá de 2 (dois) ou 3 (três) escalões; um voltado para o cumprimento da missão (escalão de reconhecimento ou escalão de assalto), o outro para a segurança da patrulha (escalão de segurança) e outro que só será empregado quando o número de armas coletivas ou a descentralização do seu emprego assim o recomendar (escalão de apoio de fogo). Cada escalão é formado por um ou mais grupos, conforme decisão do comandante da patrulha, que também define seus efetivos. c. A coordenação dos escalões é responsabilidade do comandante da patrulha, que poderá contar com alguns auxiliares, constituindo o grupo de comando. d. Peculiaridades do grupo de comando

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(1) Poderá se constituir somente do comandante da patrulha (situação ideal pois compõe um menor efetivo). Isto ocorre quando há possibilidade dos homens dos demais escalões executarem, cumulativamente, as atribuições do grupo de comando. (2) O subcomandante da patrulha pode exercer esta única função, integrando o grupo de comando, ou, o mais normal, comandar um dos escalões. (3) Alguns homens podem receber atribuições específicas durante a preparação e/ou deslocamento, não pertencendo portanto ao grupo de comando. Essas atribuições serão abordadas no Capítulo 3 - Planejamento e preparação das patrulhas e. Considerações gerais (1) Escalão de segurança (a) Missão - Proteger e orientar a patrulha durante o deslocamento. - Guardar os pontos de reunião. - Alertar sobre a aproximação do inimigo. - Realizar a proteção afastada do escalão de reconhecimento ou escalão de assalto, durante a ação no objetivo. (b) Organização - Constitui-se de um ou mais grupos de segurança e um grupo de acolhimento, em função do efetivo da patrulha, da natureza da missão e do terreno. - Se houver um desmembramento da patrulha, a segurança normalmente ficará a cargo das frações. EXEMPLO - Patrulha de reconhecimento de uma área extensa que se desmembra em vários grupos de reconhecimento e segurança (Gp Rec Seg). (2) Escalão de Reconhecimento (a) Missão – Reconhecer o objetivo e/ou manter vigilância sobre ele. (b) Organização – Constitui-se de um ou mais grupos de reconhecimento, em função dos fatores da decisão. (3) Escalão de assalto (a) Missão - definida pela missão específica da patrulha de combate. (b) Organização - Organiza-se em grupo(s) de assalto, grupo(s) de tarefa(s) essencial(is) e grupo(s) de tarefa(s) complementar(es). - O grupo de assalto tem por atribuição garantir o cumprimento da tarefa essencial, agindo pelo fogo e/ou combate aproximado, de modo a proteger o(s) grupo(s) que executa(m) essa tarefa. - As tarefas essenciais são executadas pelos grupos que realizam as ações impostas pela missão. 1-8


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- As tarefas complementares são executadas pelos grupos que realizam ações em benefício dos demais. (4) Um terceiro escalão, o de apoio de fogos, pode ser organizado quando o número de armas coletivas ou a descentralização de seu emprego, assim o recomendar. 1-10. ORGANIZAÇÃO DA PATRULHA DE RECONHECIMENTO a. Patrulha de reconhecimento de ponto

Fig 1-5. Organograma de uma patrulha de reconhecimento de ponto (1) Grupo de comando - Normalmente é constituído por elementos necessários à coordenação da patrulha, tais como: comandante, subcomandante, rádio-operador, mensageiros, guias e outros. Quando for possível, essas funções devem ser acumuladas com outras nos demais escalões. (2) Grupo de segurança – A quantidade de grupos dependerá do número de vias de acesso ao objetivo (Gp Seg = Nr Via A). (3) Grupo de reconhecimento – O número de grupos varia em função dos fatores da decisão. (4) Grupo de acolhimento – É o grupo que tem por missão realizar a proteção do ponto de reunião próximo ao objetivo (PRPO) e o acolhimento da patrulha neste local. b. Patrulha de reconhecimento de itinerário (1) Tem organização semelhante à patrulha de reconhecimento de área. (2) Grupo de reconhecimento e segurança – O número de grupos de reconhecimento e segurança depende do terreno e da maneira como o comandante da patrulha pretende cumprir a missão (percorrendo o itinerário, ocupando pontos de comandamento ou associando essas duas idéias).

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c. Patrulha de reconhecimento de área

Fig 1-6. Organograma de uma patrulha de reconhecimento de área - Grupo de reconhecimento e segurança – O número de grupos de reconhecimento e segurança é variável e depende dos fatores da decisão. OBSERVAÇÃO – O grupo de acolhimento pode existir ou não, dependendo dos fatores da decisão. 1-11. ORGANIZAÇÃO DA PATRULHA DE COMBATE a. Grupo de comando – Normalmente, é constituído por elementos necessários à coordenação da patrulha, tais como: comandante, subcomandante, rádio-operador, mensageiro e outros. Quando for possível, essas funções devem ser acumuladas com outras nos diversos escalões.

Fig 1-7. Organograma de uma patrulha de combate

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b. Grupo de segurança – A quantidade de grupos dependerá do número de vias de acesso ao objetivo (Gp Seg = Nr Via A). c. Grupo de acolhimento – É o grupo que tem por missão realizar a proteção do PRPO e o acolhimento da patrulha neste mesmo local. d. Grupo de assalto – O número de grupos de assalto será variável de acordo com a missão, o terreno e o dispositivo do inimigo. Deve existir, pelo menos, um grupo de assalto que, agindo pelo fogo e/ou combate aproximado, isola a área do objetivo e protege o cumprimento da tarefa essencial, garantindo sua execução. e. Grupo(s) de tarefa(s) essencial(ais) – O(s) grupo(s) de tarefa(s) essencial(ais) receberá(ão) nomenclatura(s) da(s) ação(ões) tática(s) da(s) missão (ões): captura, resgate, neutralização etc. O número de grupos para cada tarefa essencial dependerá dos fatores da decisão. f. Grupo(s) de tarefa(s) complementar(es) – O(s) grupo(s) de tarefa(s) complementar(es) receberá(ão) nomenclatura(s) da(s) ação(ões) tática(s) que irá(ão) realizar: silenciamento de sentinela, identificação datiloscópica etc. As tarefas complementares são definidas pelas ações que tenham sido estabelecidas pelo comandante da patrulha, por ocasião do “estudo sumário da missão”, que venham a facilitar ou viabilizar o cumprimento da missão em melhores condições. O número de grupos para cada tarefa complementar dependerá dos fatores da decisão.

Fig 1-8. Organograma de uma patrulha de combate com um escalão de Ap F

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CAPÍTULO 2 CONDUTA DAS PATRULHAS

ARTIGO I ASPECTOS GERAIS NA CONDUTA DAS PATRULHAS

2-1. GENERALIDADES - O planejamento e a preparação de uma patrulha têm por objetivo facilitar o cumprimento de uma missão. No entanto, as patrulhas, de uma maneira geral, viverão situações de contigência e o seu adestramento concorrerá para a obtenção do êxito. - É importante resaltar que conduta é uma ação previamente planejada que será colocada em prática durante uma operação militar e que solução de conduta é uma decisão corretiva de uma ação, em curso de execução em face de um óbice que incidentalmente se apresente. 2-2. COMANDO E CONTROLE a. O controle influi decisivamente na atuação a patrulha. O comandante deve ter a capacidade de manobrar os homens e conduzir os fogos. b. Apesar de a cadeia de comando ser o principal elemento de controle, as ordens podem ser transmitidas diretamente do comandante a cada patrulheiro. c. O comandante deve empregar todos os meios de comunicações disponíveis para exercer o controle da patrulha. d. Normalmente, o subcomandante desloca-se à retaguarda da patrulha. Os

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comandantes subordinados permanecem com seus escalões e grupos, mantendo o controle sobre eles. e. Todos os patrulheiros devem estar atentos a cada gesto emitido. Além daqueles previstos em manuais, outros poderão ser convencionados e ensaiados. f. A contagem do efetivo é também uma medida de controle da patrulha. (1) Comando de “numerar” - deslocando-se a patrulha em coluna, o último homem, ao comando de “numerar”, inicia a contagem, tocando o homem à sua frente e dizendo “um”, este toca o seguinte dizendo “dois”, e assim sucessivamente, até o comandante da patrulha. Ciente de quantos homens estão à sua frente, o comandante somará estes à contagem que lhe chegou, incluindo-se nela. (2) Nas patrulhas de grande efetivo ou nas de formação diferente de coluna, a contagem será controlada pelos comandantes dos grupos, sendo o resultado transmitido ao comandante da patrulha. g. Normalmente as missões de patrulha poderão envolver elementos de Organização Militar (OM) de apoio do Exército e/ ou de outra Força Singular. Esta participação se verifica, particularmente, nos deslocamentos (ida e/ ou regresso) e nas missões de ressuprimento. h. Durante a etapa de planejamento e preparação é fundamental a coordenação, se possível, o contato direto entre o Cmt Pa e os envolvidos na missão, tais como: motoristas, guias, especialistas, pilotos e Oficiais de Ligação (O Lig) de OM empenhadas na execução do apoio de fogo ou envolvidas nos deslocamentos. i. É conveniente que todos os participantes da missão assistam à Ordem à Patrulha. Deve-se, no entanto, observar a compartimentação e a segurança das informações. Em todas as etapas da missão, é fundamental que todos os envolvidos conheçam perfeitamente suas possibilidades e limitações e executem ao menos um ensaio em conjunto. j. A patrulha deverá obedecer às prescrições rádio, a fim de que o tempo de transmissão seja o mínimo necessário, dificultando as ações de guerra eletrônica do inimigo. l. Com o propósito de diminuir o tempo de transmissão, pode ser empregado um código de mensagens pré-estabelecidas, específico para a missão. m. As freqüências devem ser pré-sintonizadas antes da partida da patrulha. n. A patrulha deverá empregar amplamente os mensageiros. o. Empregar, sempre que possível e conveniente, o sistema fio para obtenção de maior sigilo.

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p. Utilizar os meios de comunicações visuais e auditivos, quando forem do conhecimento de todos os patrulheiros. 2-3. INTELIGÊNCIA a. As patrulhas devem empregar as técnicas de coleta de dados utilizadas pelos demais órgãos de inteligência, particularmente o reconhecimento, a vigilância e a busca de alvos. As ações das patrulhas de reconhecimento estão voltadas para a localização, potencial e possíveis intenções das unidades inimigas na área de operações. Tais dados, integrados aos aspectos táticos do terreno e condições meteorológicas, são essenciais ao planejamento e condução das operações. b. Especialistas em inteligência podem ser agregados às patrulhas quando as necessidades excedem as possibilidades ou o grau de especialização orgânica das frações empregadas. 2-4. APOIO DE FOGO a. O sucesso da sincronização do apoio de fogo sobre alvos terrestres exige uma exata compreensão de alguns aspectos básicos, tais como: emprego de todo apoio de fogo disponível, atendimento ao tipo de apoio de fogo solicitado pela patrulha, rápida coordenação, proporcionar proteção às instalações e tropas amigas, possuir um sistema de designação de alvos eficaz e evitar a duplicação desnecessária de meios. b. O apoio aéreo aproximado poderá ser fundamental para a sobrevivência das forças de superfície (patrulhas) em momentos críticos das ações. Não se pode, em momento algum, descartar a enorme contribuição que um ataque aéreo preciso traz às ações.Os pedidos de apoio de fogo aéreo devem incluir as seguintes informações: (1) exata localização do alvo; (2) descrição do alvo, com detalhes que permitam a seleção apropriada do armamento; (3) efeito desejado (interdição ou destruição); (4) localização da tropa amiga mais próxima do alvo (distância e azimute); (5) hora de ataque ao alvo; (6) significado tático; e (7) informações de controle especial, como a: localização da patrulha que orientará o avião. c. A solicitação de apoio de fogo aéreo e terrestre às missões de patrulha deve considerar a indefinição da localização exata de forças amigas na área de operações.

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2-5. APOIO LOGÍSTICO a. Nas operações de curto alcançe, as patrulhas infiltram com todo o suprimento para o cumprimento da missão. b. Quando a missäo é de longo alcançe, faz-se necessária à condução de um suprimento sobressalente (mínimo necessário) e o planejamento da complementação por outros meios, tais como suprimentos pré-posicionados cachê / Local de Apoio à Missão (LAM) - e lançamentos aéreos. 2-6. ORGANIZAÇÃO PARA O MOVIMENTO a. A organização geral e particular de uma patrulha é definida tendo por base sua missão. Para os deslocamentos, é necessário determinar as formações, bem como a posição dos escalões, grupos e homens. b. Os principais aspectos que influem na organização de uma patrulha para o movimento são: (1) O inimigo – Situação e possibilidades de contato. (2) A manutenção da integridade tática. (3) A ação no objetivo. (4) O controle dos homens. (5) A velocidade de deslocamento. (6) O sigilo das ações. (7) A segurança da patrulha. (8) As condições do terreno. (9) As condições meteorológicas. (10) A visibilidade. c. As formações do pelotão a pé são adaptáveis a uma patrulha de qualquer efetivo. Cada uma delas possui vantagens e desvantagens e a escolha da formação a ser adotada é decorrente de um estudo contínuo por parte do comandante. d. Em todas as formações, as distâncias entre os escalões, grupos e homens não são rígidas. Normalmente, elas são ditadas pelos mesmos fatores que influem na escolha da formação. e. A integridade tática é uma preocupação fundamental na organização da patrulha para o movimento. f. O adestramento dos homens permite rápidas mudanças de formação e facilita a utilização dos comandos por gestos ou sinais convencionados. g. As formações normalmente utilizadas são as abaixo descritas: (1) Em coluna 2-4


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(a) É empregada quando o terreno não permite uma formação que forneça maior segurança ou quando a visibilidade for reduzida (a noite, na selva, com nevoeiro etc). Esta formação dificulta o desenvolvimento da patrulha à frente ou à retaguarda e lhe proporciona pouca potência de fogo nessas direções. Por outro lado, é uma formação que permite maior controle e maior velocidade de deslocamento. Maior potência de fogo nos flancos e facilidades nas ações laterais são também vantagens da formação em coluna. (b) A distância entre os homens é determinada pelas condições de visibilidade.

Fig 2-1. Formação em coluna (2) Em linha (a) É empregada por pequenas patrulhas ou escalões e grupos de uma patrulha maior, para a transposição de cristas ou locais de passagem obrigatória, sujeitos à observação ou ao fogo inimigo. É mais utilizada na tomada do dispositivo, no assalto, durante a ação no objetivo ou para ação imediata na contra-emboscada. Não deve ser utilizada para deslocamentos longos. (b) Proporciona, ainda, máximo volume de fogo à frente e boa dispersão. Todavia, dificulta o controle e o sigilo nos maiores efetivos.

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Fig 2-2. Formação em linha (3) Em losango (a) É a formação que apresenta maiores vantagens quanto à segurança e rapidez nos deslocamentos através campo. Facilita o controle dos homens, as comunicações e proporciona um bom volume de fogos em todas as direções. (b) A segurança deve atuar a uma distância que permita a comunicação por gestos entre o comandante e seus patrulheiros, devendo haver pelo menos 2 (dois) patrulheiros para essa missão.

Fig 2-3. Formação em losango 2-7. PARTIDA E REGRESSO DAS LINHAS AMIGAS a. Ligações (1) Todas as ligações com a tropa amiga, em cuja área a patrulha atuará, são de responsabilidade do comandante da unidade que a lança. (2) O comandante da patrulha pode, no entanto, ligar-se com várias

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posições, para coordenar os movimentos de saída e entrada de sua patrulha nestas áreas. (3) As posições que geralmente exigem estas ligações e coordenações são os postos de comando, postos de observação, postos avançados e a última posição amiga por onde a patrulha passará. b. Aproximação e contato (1) A aproximação às posições de tropa amiga deve ser cautelosa, considerando que antes de sua identificação, a patrulha é considerada tropa inimiga. (2) Antes do contato, a patrulha realiza um "alto", enquanto o seu comandante ou um patrulheiro por ele designado vai à frente, em segurança, para a troca de senhas. (3) A iniciativa e a segurança são fatores importantes a serem considerados para esse evento. c. Inteligência (1) O comandante deve transmitir informações sobre o efetivo, o eixo de progressão e o horário provável de regresso da patrulha ao ponto amigo. (2) O comandante da patrulha deve obter os últimos informes sobre a atuação do inimigo, o terreno à frente, os obstáculos existentes, bem como verificar se todos têm conhecimento da senha e contra-senha. (3) No regresso, a patrulha transmite os dados de valor imediato a cada posição amiga encontrada, alertando, inclusive, sobre a existência de elementos amigos extraviados. d. Ultrapassagem (1) Caracteriza-se pelo desbordamento da posição amiga ou de passagem através dela, dependendo das instruções recebidas e da existência de obstáculos ao redor da posição. (2) Um guia é imprescindível na ultrapassagem da posição, principalmente quando existirem obstáculos. 2-8. DESLOCAMENTOS a. Durante os deslocamentos, todo patrulheiro deve se preocupar com a execução de três atividades simultâneas: a progressão, a ligação e a observação. (1) Na progressão (a) Utilizar, sempre que possível, as cobertas e abrigos existentes. (b) Manter a disciplina de luzes e ruídos. (2) Na ligação (a) Procurar manter o contato visual com seu comandante imediato.

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(b) Ficar atento à transmissão de qualquer gesto ou sinal, para retransmiti-lo e/ou executá-lo, conforme o caso. (3) Na observação (a) Manter em constante observação o seu setor. (b) O comandante da patrulha deve adotar medidas visando estabelecer a observação em todas as direções, inclusive para cima. b. As ligações e as observações são também mantidas nos "altos", permitindo a rápida transmissão das ordens e a manutenção da segurança. c. O armamento deve ser conduzido em condições de pronto emprego, carregado, travado e empunhado adequadamente. d. Qualquer ruído deve ser aproveitado para a progressão, tais como, barulho provocado pela chuva, por viaturas, por aeronaves, por fogos de artilharia etc. e. A patrulha deve se preocupar em não deixar vestígios que denunciem sua passagem. Em determinadas situações, é necessário, até mesmo, apagar os rastros deixados. 2-9. SEGURANÇA a. Durante os deslocamentos (1) As formações adequadas ao terreno, bem como a dispersão empregada em função da situação, proporcionam à patrulha um certo grau de segurança durante o deslocamento. (2) Cabe ao comandante da patrulha realizar um estudo constante do terreno para que possa determinar, em tempo útil, o reconhecimento ou desbordamento de locais perigosos. (3) A segurança à frente é proporcionada pela ponta da patrulha, cuja constituição varia de um único esclarecedor até um grupo de combate, em função do efetivo. (4) A distância entre a patrulha e a ponta é determinada pelo terreno, pelas condições de visibilidade e pela necessidade de se manter o contato visual e o apoio mútuo. (5) A ponta reconhece a área por onde a patrulha se deslocará por intermédio de seus esclarecedores. (6) Os esclarecedores da ponta devem manter o contato visual entre si e com a patrulha. (7) Prever e executar o rodízio dos esclarecedores, principalmente nas patrulhas de longo alcance, mantendo uma segurança eficiente. (8) A segurança nos flancos é proporcionada com a distribuição de setores

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de observação a cada homem da patrulha que não esteja em outras missões específicas de segurança à frente ou à retaguarda e por elementos destacados, quando necessário. (9) Escalar homens com a missão de observar para cima, sempre que o tipo de ambiente favorecer uma atuação inimiga desta direção. b. Nos "altos" (1) Poderão ser efetuados diversos "altos" no deslocamento de uma patrulha para: (a) observar, escutar ou identificar qualquer atividade inimiga; (b) envio de mensagens, alimentação, descanso, reconhecimento ou a orientação da patrulha. (2) O comando de “congelar” implica que todos os patrulheiros permaneçam imóveis e agachados, observando e ouvindo atentamente a situação que se apresenta. (3) Ao ser comandado “alto”, cada integrante da patrulha ocupa uma posição, aproveitando as cobertas e abrigos existentes nas imediações. (4) O "alto-guardado" é uma parada mais prolongada, durante a qual a patrulha adota um dispositivo mais aberto, normalmente circular, e pode destacar elementos para ocupar posições dominantes. c. No objetivo (1) A segurança da patrulha, durante a ação no objetivo, é proporcionada pela correta utilização dos grupos de segurança, dispostos de modo a isolar a área do objetivo e proteger a ação do escalão de reconhecimento ou assalto. (2) Em alguns casos, nas patrulhas de combate, os grupos de assalto, após executarem sua missão, fornecem a proteção aproximada ao grupo que cumpre a tarefa essencial e a outros que atuam no objetivo. 2-10. NAVEGAÇÃO a. Generalidades Normalmente, as missões recebidas devem ser cumpridas com imposições de horários. Uma navegação consciente, bem planejada e segura permite o cumprimento da missão no horário determinado. b. Procedimentos (1) Seguir o planejamento evitando improvisações, manter um estudo contínuo do terreno e empregar corretamente a equipe de navegação. (2) O homem-ponto, normalmente, atua com os elementos que fazem a segurança à frente. (3) Os homens-passo, em condições normais, não se deslocam à testa da patrulha. 2-9


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(4) Todos os componentes devem memorizar o itinerário, os azimutes e as distâncias. 2-11. PONTO DE REUNIÃO a. Generalidades (1) É um local onde uma patrulha pode reunir-se e reorganizar-se. (2) Os possíveis pontos de reunião são levantados durante o estudo na carta ou reconhecimento e, uma vez definidos, devem ser do conhecimento de todos os integrantes da patrulha. (3) Um ponto de reunião deve ser de fácil identificação e acesso; permitir uma defesa temporária e proporcionar cobertas e abrigos. b. Tipos (1) Pontos de reunião no itinerário (PRI) - estão situados ao longo dos itinerários de ida e de regresso da patrulha. (2) Ponto de reunião próximo do objetivo (PRPO) - é utilizado para complementar o reconhecimento (reconhecimento aproximado) e liberar os grupos para o cumprimento da missão. Nesse ponto, a patrulha pode reorganizar-se após realizar a ação no objetivo. Poderá existir mais de um PRPO, caso a patrulha regresse por itinerário diferente. c. Procedimento (1) Havendo ação do inimigo e a conseqüente dispersão da patrulha entre dois pontos de reunião sucessivos, os patrulheiros regressarão ao último ponto de reunião ou avançarão até o próximo ponto de reunião provável, conforme estabelecido na Ordem à Patrulha. (2) Na reorganização, serão tomadas as providências necessárias ao prosseguimento da missão. Nesse caso, deve ser definido o tempo máximo de espera, ao término do qual o patrulheiro mais antigo assume o comando e parte para o cumprimento da missão. 2-12. AÇÕES EM ÁREAS PERIGOSAS E PONTOS CRÍTICOS a. Conceituação (1) Áreas perigosas e pontos críticos são aqueles obstáculos levantados levantados no itinerário que oferecem restrições ao movimento. (2) Normalmente, nestes locais, a patrulha fica vulnerável aos fogos e/ou à observação do inimigo. b. Procedimentos gerais (1) Identificar, durante o planejamento, as prováveis áreas perigosas e pontos críticos, prevendo e transmitindo à patrulha a conduta a ser adotada ao atingi-los. 2 - 10


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(2) Optar pelo desbordamento destas áreas, quando isso for possível. (3) Prever ou solicitar apoio de fogo para cobrir o movimento da patrulha. (4) Realizar reconhecimentos e estabelecer a segurança. (5) Realizar o “POCO” (Parar, Olhar, Cheirar e Ouvir). c. Procedimentos particulares (1) Estradas – Devem ser transpostas em curvas ou em trechos em que sejam mais estreitas e possuam cobertas de ambos os lados. É necessário estabelecer segurança, executar um reconhecimento e definir um ponto de reunião. A travessia deve ser rápida e silenciosa com toda a patrulha, por grupos ou individualmente, de acordo com a situação. (2) Clareiras – Devem ser desbordadas. Quando não for possível, é necessário agir da mesma forma que na travessia de estradas. (3) Pontes – Deve ser evitada a ultrapassagem. A patrulha só deve utilizar a ponte quando todos os pontos que permitam a observação e o fogo sobre ela estiverem reconhecidos ou sob vigilância. (4) Cursos d’água (a) Antes da travessia de cursos d’água, deve ser reconhecida a margem de partida. Em seguida, a patrulha entrará em posição e estará pronta para cobrir a margem oposta. Logo após, deve ser enviado um grupo para reconhecer a outra margem e estabelecer segurança. (b) No caso da utilização de embarcações, elas devem ser ocultadas nas margens. (c) Existindo vau, a transposição deve ser rápida e realizada em pequenos grupos ou individualmente. Na travessia a nado, o armamento e a munição devem ser conduzidos em balsas improvisadas. (5) Casebres ou povoados – Sempre que houver necessidade de a patrulha passar pela proximidade de casebres ou povoados, devem ser redobradas as prescrições relativas ao sigilo. É importante que a distância do itinerário de desbordamento selecionado seja suficiente para que o deslocamento da patrulha não seja percebido. (6) Desfiladeiros e locais propícios para emboscadas – Reconhecer antes da travessia. Caso a região seja propícia à emboscada inimiga, os elementos da segurança de vanguarda e de flanco deslocar-se-ão a uma distância maior. (7) Obstáculos artificiais – Deve ser evitada a utilização de passagens e brechas já existentes que possam estar armadilhadas, pois os obstáculos, normalmente, são agravados ou batidos por fogos.

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CI 21-75-1 ARTIGO II PECULIARIDADES DE UMA PATRULHA DE RECONHECIMENTO

2-13. GENERALIDADES a. As informações sobre o inimigo e o terreno por ele controlado são de vital importância para o comando. b. A patrulha de reconhecimento é um dos meios de que dispõe o comando para a busca ou coleta de dados, os quais facilitam uma tomada de decisão. 2-14. MISSÕES a. A missão de uma patrulha de reconhecimento consiste na obtenção das respostas a perguntas relativas ao inimigo e/ou ao terreno. (1) Sobre o inimigo (um exemplo) - O inimigo ocupa, realmente, o terreno? - Qual é o seu valor (efetivo)? - Qual é o seu equipamento e armamento? - Qual é a sua atividade atual? - Outras informações necessárias ao comando. (2) Sobre o terreno (um exemplo) - Quais são as características do(s) curso(s) d’água? (profundidade, correnteza, largura e características das margens). - Qual é a característica da vegetação e sua influência nos movimentos de tropa a pé - Quais são os melhores itinerários ou vias de acesso para a aproximação? - Quais são as possibilidades de emprego de elementos blindados e mecanizados? - Outras informações necessárias ao comando. 2-15. TIPOS DE RECONHECIMENTO a. Existem 5 (cinco) tipos de patrulhas de reconhecimento. (1) Patrulha de reconhecimento em força – Neste tipo de patrulha, diferentemente da operação ofensiva reconhecimento em força, a missão consiste em realizar uma ação em força, de pequena envergadura, sobre um objetivo, com a finalidade de se buscar dados sobre o inimigo no que se refere ao dispositivo (inclusive posição de armas coletivas), valor e poder de combate.

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(2) Patrulha de vigilância – Tem a missão de exercer observação contínua sobre local ou atividade. (3) Patrulha de reconhecimento de itinerários – Tem a missão de obter dados sobre um determinado itinerário. (4) Patrulha de reconhecimento de ponto – Tem a missão de obter dados sobre um objetivo específico. (5) Patrulha de reconhecimento de área – Tem a missão de obter dados sobre uma grande área ou sobre pontos nela existentes. A patrulha pode obtê-los, reconhecendo a área, mantendo vigilância sobre ela ou fazendo o reconhecimento de uma série de pontos.

Fig 2-4 Patrulha de reconhecimento de ponto e de área 2-16. PATRULHA DE RECONHECIMENTO EM FORÇA a. Organização (1) Para sua organização, deve-se considerar a ação que define a tarefa essencial (obtenção de dados), a execução da ação em força (assalto, apoio de fogo) e as tarefas complementares, se for o caso. (2) Normalmente, a patrulha é organizada em um escalão de segurança e um escalão de assalto. Os grupos de assalto e apoio de fogo executam a ação em força.

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(3) O escalão de assalto é constituido, ainda, por um ou mais grupos de observação. Os grupos de observação executam a tarefa essencial, levantando os dados em função da reação inimiga (posições de armas coletivas, dispositivo, valor, medidas de segurança durante a ação no objetivo etc). b. Ação no objetivo (1) Localizado o objetivo, a patrulha se desenvolve e os grupos de observação ocupam as posições que lhes permitam o cumprimento da missão. (2) A patrulha abre fogo de posições abrigadas e engaja-se apenas o necessário para forçar a resposta do inimigo. (3) Os grupos de observação executam a tarefa de levantar os dados, identificando as posições de armas coletivas, limites, valor, natureza do armamento utilizado etc. Para isso ficam mais à retaguarda, abrigados e com bons campos de observação. Binóculos e equipamentos para visão noturna são comumente empregados. 2-17. EQUIPAMENTO, MATERIAL E ARMAMENTO a. Uma patrulha de reconhecimento, normalmente, conduz o armamento necessário à própria segurança. b. O equipamento individual e o material a serem conduzidos dependem da duração da missão. Sempre que possível, deve-se aliviar o patrulheiro para facilitarlhe os movimentos. c. Podem ser conduzidos pela patrulha: óculos de visão noturna (luz residual), material de comunicações, máquina fotográfica, cartas, esboços, fotografias aéreas, lápis e papel, lápis dermatográfico, fita fosforescente ou luminosa, fita isolante, poncho, bússolas, binóculos, relógios, GPS, alicate e qualquer outro material ou equipamento de utilidade para a missão. 2-18. CONDUTAS NORMAIS DE UMA PATRULHA DE RECONHECIMENTO a. Cumprir a missão sem ser percebida pelo inimigo. b. Combater somente pela sobrevivência ou, se necessário, para favorecer o cumprimento da missão. c. Empregar, quando for imprescindível, reconhecimento pelo fogo. Esta técnica consiste em fazer com que alguns homens da patrulha atirem na direção do inimigo para atrair seu fogo, obrigando-o a revelar suas posições. d. Realizar um "alto-guardado" no PRPO. Esta conduta tem a finalidade de ratificar ou retificar o planejamento, através de um reconhecimento aproximado e checar com os comandantes subordinados os locais exatos de cada um dos grupos e suas missões específicas.

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Fig 2-5 Patrulha mantendo a atividade inimiga sob vigilância

ARTIGO III PECULIARIDADES DE UMA PATRULHA DE COMBATE

2-19. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FINALIDADE DA MISSÃO a. Segundo a missão, as patrulhas de combate são classificadas em: (1) patrulha de oportunidade (2) patrulha de destruição

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(3) patrulha de neutralização (4) patrulha de segurança (5) patrulha de resgate (6) patrulha de captura (7) patrulha de contato (8) patrulha de interdição (9) patrulha de inquietação (10) patrulha de suprimento (11) patrulha de emboscada b. Estas patrulhas apresentam peculiaridades, principalmente, quanto à organização e forma de atuação. 2-20. PATRULHA DE OPORTUNIDADE a. Generalidades (1) É uma patrulha lançada em determinada área, com a finalidade de atuar sobre alvos compensadores que venham a surgir. (2) Alvo compensador é todo aquele cuja importância tática se sobreponha às baixas que a patrulha poderá sofrer ao executar a missão. (3) Como não há alvo definido, cabe ao comandante da patrulha decidir, baseado na missão do escalão que a lançou, se o alvo surgido em sua área de atuação é ou não compensador. (4) Há necessidade de dados precisos ou de informações a respeito de alvos ou instalações existentes, das possibilidades do inimigo e de suas atividades atuais na área. b. Organização (1) Apesar da necessiade de se dispor de dados precisos ou de informações a respeito de alvos, instalações, atividades e possibiliades do inimigo na área considerada, o local exato do objetivo e o poder do inimigo só serão conhecidos na oportunidade do encontro. Deste modo, uma patrulha de oportunidade deve ter uma organização flexível, que lhe permita adaptar-se à situação apresentada. (2) A fim de evitar o fracasso, o comandante deve conduzir o estudo de situação de modo a: (a) concluir sobre os tipos de alvo que poderão surgir em sua área, após a análise das informações recebidas sobre o inimigo; (b) considerar cada alvo compensador que possa surgir, como um possível objetivo da patrulha;

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(c) decidir o quê e como fazer, visto que o local e a hora serão conhecidos na oportunidade do encontro, para cada possível objetivo; desta forma terá a organização necessária para cada caso. c. Ordens e ensaios (1) Verificar se cada homem e cada grupo conhece os detalhes de sua função para as condutas levantadas. (2) Realizar o ensaio para todas as situações possíveis, de modo a evitar quaisquer dúvidas sobre o quê, quando e como fazer. (3) Realizar o ensaio dos sinais e gestos convencionados. d. Ação no objetivo (1) Para se conseguir a surpresa sobre o inimigo, há necessidade da adoção de medidas de segurança nos deslocamentos, tais como: (a) correta utilização da ponta; (b) dispersão; (c) disciplina de luzes e/ou ruídos; (d) camuflagem; (e) correta utilização do terreno; (f) outras medidas julgadas necessárias. (2) A patrulha deverá estar exaustivamente ensaiada na execução das técnicas de ação imediata, para o caso de ser surpreendida pelo inimigo. (3) Avistado o inimigo, o comandante deve realizar um rápido reconhecimento, decidir sobre o dispositivo a adotar e transmitir as ordens necessárias aos subordinados. Em seguida, a patrulha cumpre a missão. 2-21. PATRULHA DE DESTRUIÇÃO a. Generalidades (1) Exige um planejamento detalhado do processo de destruição, do material a ser utilizado e do emprego de peritos. (2) Em alguns casos, a destruição pode ser feita pelo fogo. (3) Particular atenção deve ser dada ao ensaio do pessoal e ao teste do equipamento a ser utilizado na destruição. b. Organização – São organizados um ou mais grupos específicos para a realização da tarefa essencial, que é destruir. O grupo de destruição é o responsável pela preparação e utilização do material. c. Ação no objetivo (1) O grupo de destruição atua, normalmente, após a ação dos grupos de assalto e de apoio de fogo. 2 - 17


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(2) Nos casos em que a destruição possa ser realizada apenas pelo fogo, o grupo de destruição recebe armamento específico, necessário para a execução de sua tarefa. 2-22. PATRULHA DE NEUTRALIZAÇÃO a. Generalidades (1) A patrulha é lançada com a missão de neutralizar (eliminar ou capturar) elementos ou grupo de elementos específicos. (2) Em alguns casos, um reconhecimento prévio fornece a identificação do objetivo, que é facilitada pela utilização de fotografias, desenhos e descrições. b. Organização – Normalmente, possui um grupo com a missão de neutralizar. Os demais grupos dependem da missão específica e, normalmente, são de efetivos reduzidos. c. Ação no objetivo (1) A neutralização pode ser feita à distância, utilizando-se caçadores ou através de um assalto. (2) As missões dos grupos são iguais às das demais patrulhas de combate. (3) Deve-se dobrar os meios para o grupo de neutralização, evitando o fracasso da missão. 2-23. PATRULHA DE SEGURANÇA a. Generalidades (1) A patrulha de segurança cumpre uma ou mais das missões a seguir. (a) Cobrir os flancos, a frente, a retaguarda, os intervalos e os itinerários. Poderá também proteger unidades em movimento (comboios). (b) Vigiar uma área ou setor, de modo a prevenir e evitar a infiltração do inimigo, bem como ataques de surpresa. (c) Localizar e neutralizar o inimigo remanescente ou infiltrado em área amiga (limpeza). (d) Executar toda e qualquer ação que possa ser definida pelo termo genérico patrulhar. (2) A segurança a ser proporcionada pode implicar no engajamento com o inimigo. (3) Enquadram-se, neste tipo de patrulhas, aquelas lançadas com a finalidade de ligar postos de segurança.

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b. Organização (1) Sua organização particular depende, essencialmente, da missão específica que receber. Deve-se considerar, também, as possibilidades do inimigo e o terreno. (2) Quando a situação e a missão apresentam grandes possibilidades de um engajamento com o inimigo, a patrulha deve ser dotada de um adequado poder de combate. c. Ação no objetivo (1) A patrulha deve ocupar pontos que favoreçam a dominância sobre as vias de acesso, pontos de passagem obrigatória e/ou áreas que permitam a dissimulação de elementos infiltrados, de modo a proporcionar segurança através da vigilância e cobertura de setores ou áreas, a partir desses pontos. (2) Patrulhar a área abrangida pela missão. Neste caso, devem ser levantados os pontos e itinerários a serem percorridos e a patrulha deve estar adestrada e preparada para o combate de encontro. A patrulha deve evitar o estabelecimento de uma rotina no seu patrulhamento. Os intervalos de tempo, os itinerários e as seqüências devem ser alterados, evitando-se deixar qualquer espaço sem patrulhamento por longos períodos de tempo. (3) Combinar a vigilância com o patrulhamento nas áreas ou locais sobre os quais a observação seja limitada. 2-24. PATRULHA DE RESGATE a. Generalidades (1) O resgate consiste nas ações de recuperação de material ou pessoal amigo, que esteja retido em área ou instalação hostil ou sob controle do inimigo. (2) No planejamento devem ser previstos os meios necessários ao transporte do material ou pessoal a ser resgatado. Em se tratando de pessoal, deve-se considerar a possibilidade do resgatado estar ferido. b. Organização (1) O escalão de assalto é organizado em um ou mais grupos de resgate e, normalmente, em um grupo de assalto. (2) Outros grupos poderão integrar o escalão de assalto, de acordo com as tarefas complementares a serem executadas. (3) O escalão de segurança é organizado levando-se em consideração o número de vias de acesso que incidem no objetivo. c. Ação no objetivo (1) O(s) grupo(s) de resgate deve(m) localizar o material ou pessoal a ser

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resgatado. Ao iniciar a ação, cabe ao grupo de resgate alcançar, o mais rápido possível, o seu alvo, protegê-lo e retirá-lo da área do objetivo. No retraimento, é o responsável pela condução ou proteção do pessoal e material a ser resgatado, podendo ser reforçado para tal ação. (2) Medidas de coordenação devem ser adotadas a fim de evitar que os fogos realizados pela patrulha dificultem ou impeçam as ações do(s) grupo(s) de resgate. 2-25. PATRULHA DE CAPTURA a. Generalidades (1) A missão de capturar pessoal e/ou material inimigo tem por finalidade: (a) obter dados; (b) abater-lhe o moral; (c) privá-lo de chefes ou líderes importantes. (2) A missão de captura consiste nas ações de conquista e condução para as linhas amigas, de determinado material e/ou pessoal inimigo. (3) Conduzir meios para a correta identificação do pessoal ou material. b. Organização (1) O escalão de assalto é organizado em um ou mais grupos de captura e, normalmente, um grupo de assalto. (2) Outros grupos poderão integrar o escalão de assalto, de acordo com as tarefas complementares a serem executadas. (3) O escalão de segurança é organizado levando-se em consideração o número de vias de acesso que incidem no objetivo. c. Ação no objetivo (1) O máximo de surpresa, rapidez e sigilo são essenciais para o êxito da missão. (2) A primeira preocupação do grupo de captura é a localização exata do elemento ou do objeto a ser capturado. Ao iniciar a ação, cabe ao(s) grupo(s) de captura alcançar(em) rapidamente o alvo, aprisioná-lo ou tomá-lo, retirando-o da área do objetivo. Tomar medidas táticas para bloquear uma possível fuga, quando a missão for capturar pessoal. (3) Medidas de coordenação são adotadas a fim de evitar que os fogos realizados pela patrulha atinjam o elemento a ser capturado ou dificultem / impeçam a ação de captura. (4) Não obtendo a surpresa, incitar o inimigo à rendição, desde que o dispositivo adotado impossibilite a sua fuga.

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2-26. PATRULHA DE INTERDIÇÃO a. Generalidades (1) A missão das patrulhas de interdição consiste em impedir que o inimigo se beneficie de determinada região, instalação ou material, durante um período de tempo. (2) A missão de interdição pode ser cumprida, no caso de instalações, através da utilização de explosivos, agentes QBN, da utilização do fogo, de ações de sabotagem e de outras formas. (3) A interdição também pode ser executada pela ocupação física e pela manutenção da área considerada.Nesse caso, deve-se, inicialmente, conquistar a posição (ou simplesmente ocupá-la caso a mesma não esteja sendo defendida) e, em seguida, estabelecer-se uma defesa circular, reforçando os setores com maior probabilidade de atuação do inimigo. (4) Conforme a situação, pode ser importante a participação de especialistas para a atuação em alvos específicos (especialistas de área, engenheiros, químicos etc). b. Organização As patrulhas de interdição possuem organização flexível, de acordo com a natureza da ação a ser executada (uso de explosivos, sabotagem, manutenção do terreno etc). c. Ação no objetivo (1) Nas patrulhas de interdição a ação no objetivo transcorrerá de acordo com a peculiaridade da missão imposta. (2) Nas patrulhas de interdição com emprego de técnicas de sabotagem, o sigilo é fundamental. 2-27. PATRULHA DE CONTATO a. Generalidades É a patrulha lançada com a finalidade de estabelecer contato com elementos amigos. b. Organização O efetivo da patrulha é menor e é conduzido pouco armamento. c. Ação no objetivo (1) Selecionar o ponto designado para o contato ou onde ele pode ocorrer. (2) O contato pode ser feito através de ligação pessoal, pela vista ou por meio do rádio. (3) Estabelecer medidas para obtenção do sigilo. 2 - 21


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(4) Evitar o combate decisivo, salvo se estiver imposto na missão. (5) Informar, de imediato, o estabelecimento do contato. 2-28. PATRULHA DE INQUIETAÇÃO a. Generalidades (1) Uma patrulha de inquietação pode receber as seguintes missões: causar baixas, dificultar o movimento, perturbar o descanso do inimigo etc. (2) Nas operações de Garantia da Lei e da Ordem, uma missão de inquietação impede ou dificulta a reorganização das forças adversas, obrigandoas a se movimentarem constantemente. b. Organização (1) Normalmente, as patrulhas de inquietação possuem um escalão de segurança reforçado, constituído de vários grupos de segurança. (2) O escalão de assalto é definido por grupos de inquietação e apoio de fogo. Quando a inquietação for feita basicamente pelo fogo, o grupo de apoio de fogo será reforçado em homens e armamento. (3) Em ambiente operacional de difícil visibilidade e conseqüente dificuldade de controle, pode se organizar grupos de inquietação e segurança. c. Ação no objetivo (1) As ações são rápidas e agressivas, considerando a própria finalidade da missão. (2) Não é comum o engajamento da patrulha no combate aproximado. (3) Quando a finalidade for perturbar o descanso ou dificultar o movimento, pode-se inquietar pelo fogo. (4) A inquietação visando causar baixas pode ser executada pelo fogo, pelo assalto ou combinação de ambos. (5) O emprego de helicópteros favorece as ações de inquietação. (6) Bons conhecimentos da montagem de emboscadas imprevistas, bem como um adestramento das técnicas e ações imediatas, favorecem o cumprimento da missão. 2-29. PATRULHA DE SUPRIMENTO a. Generalidades (1) A patrulha de suprimento tem a missão de suprir uma unidade destacada ou que se encontre em ambientes operacionais sob condições especiais, que necessite de certos suprimentos, impossibilitados de chegar pelos meios normais.

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(2) A patrulha de suprimento cumpre sua missão de duas formas: (a) forma direta: há contato físico entre o elemento apoiador e o apoiado para a entrega ou a busca de suprimento. É aconselhável que se estabeleça uma ligação prévia entre o elemento apoiador e o apoiado, facilitando-se a coordenação. (b) forma indireta: através da utilização do suprimento pré-posicionado em local pré-determinado. Normalmente, não há necessidade de ligação entre a fração que supre e a fração que se utiliza do suprimento pré-posicionado. (3) Além do homem, animais podem ser empregados para auxiliar no transporte. Viaturas e aeronaves têm seu emprego condicionado pelas vias de transporte, condições meteorológicas e pela necessidade de manutenção do sigilo das operações. Tais meios podem ser empregados até determinados pontos ou áreas, ganhando-se em rapidez e diminuindo o desgaste físico dos patrulheiros, sem, no entanto, comprometer a segurança e o sigilo da operação em andamento. (4) Nos deslocamentos até a área do objetivo, utilizar formações que possibilitem segurança do pessoal empregado no transporte do suprimento. A velocidade de deslocamento da patrulha é definida pelos grupos com maior carga. b. Organização (1) A quantidade e o tipo de suprimento a ser transportado, bem como as distâncias e o ambiente operacional são fatores que influirão decisivamente na organização da patrulha. (2) Forma direta - Poderá ser constituído um escalão de suprimento e segurança, com tantos grupos de suprimento e segurança quantos forem necessários. Tal organização permitirá que os grupos possam prover sua própria segurança e facilitará as atividades de rodízio. (3) Forma indireta - As patrulhas de suprimento na forma indireta apresentam organização flexível, de acordo com o ambiente operacional, grau de sigilo exigido e peculiaridades da forma de pré-posicionamento. c. Ação no objetivo (1) Forma direta (a) Prever a ocupação de um ponto de reunião próximo ao objetivo, buscando contato com a tropa amiga sempre em segurança e ainda com horas de luz. (b) A entrega do suprimento, sempre que possível, segue a seguinte seqüência: - contato rádio, com autenticação, antes do contato visual;

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- definição do local e direção de aproximação, facilitando o contato para a troca de senha, caso não tenha sido definido com exatidão; - em segurança e no local combinado, realizar a troca de senha e contra-senha, conforme IE Com Elt; - efetuar a entrega do suprimento. (c) Elementos do escalão de segurança realizam o contato. (2) Forma indireta (a) Ocupar um ponto de reunião próximo ao objetivo, identificar a presença ou não do inimigo,verificar o local do pré-posicionamento, balizando-o, se for o caso. (b) Sendo o suprimento pré-posicionado em área urbana e, havendo a necessidade de realizar contato com elementos existentes no local, o comandante deverá designar elementos da patrulha para tal missão, devendo evitar realizar pessoalmente este contato. (c) Caso não haja vias de acesso definidas, a segurança deverá ser circular (em todas as direções). (d) Em determinadas situações, pode haver a necessidade da realização de trabalhos de sapa para a instalação de um suprimento pré-posicionado. (e) Em determinadas situações, pode haver a necessidade da eliminação de vestígios e/ou camuflagem do local onde foi pré-posicionado o suprimento. 2-30. PATRULHA DE EMBOSCADA a. Generalidades (1) Emboscada é um ataque de surpresa, contra um inimigo em movimento ou temporariamente parado, desencadeado de posições cobertas, com a finalidade de destruí-lo, capturá-lo, inquietá-lo ou causar-lhe danos materiais. (2) O espaço do terreno onde ela é montada denomina-se local de emboscada. Denomina-se área de destruição, a porção do local de emboscada onde são concentrados os fogos destinados ao alvo. (3) A emboscada é altamente eficaz em qualquer tipo de operação por não exigir a conquista ou manutenção do terreno, permitindo que forças de pequeno valor destruam forças de maior poder de combate.

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Fig 2-6.Patrulha executando uma emboscada b. Fatores que favorecem o êxito de uma emboscada (1) Planejamento - Deve ser meticuloso e detalhado, abordando o efetivo da patrulha, o local da emboscada, o material, a preparação, os ensaios, os deslocamentos, a ocupação e preparação das posições, a camuflagem, a disciplina de fogo, o armadilhamento na área de destruição e adjacências, o controle, a condução da emboscada, o retraimento e a reorganização. (2) Controle – Deve ser exercido um controle cerrado sobre a patrulha. Comunicações adequadas, definição de um sistema de segurança e alerta, observação constante e conhecimento da situação facilitam o controle. Preparar os homens, alertando-os da mudança repentina, de uma situação de expectativa para um estado de agressividade máxima. (3) Paciência - É essencial para a manutenção do sigilo durante o tempo de espera. Normalmente, a patrulha é mantida na posição por muito tempo, exigindo disciplina e controle do sistema nervoso. A espera não deve ser muito prolongada, pois acarretará um desgaste físico ou psicológico da tropa emboscante. Para que se reduza tal desgaste, é necessário que se planeje um rodízio dos homens em prontidão, entretanto, há casos históricos de longas esperas. (4) Camuflagem – É um fator de grande importância para a obtenção da surpresa. É importante que sejam mantidas as características e a fisionomia do terreno. (5) Informações sobre o inimigo – O comandante da patrulha recebe todas as informações disponíveis sobre o inimigo, tais como: efetivo, natureza e direção de deslocamento. Essas informações são essenciais para o êxito da emboscada. (6) Seleção do local – O local ideal é aquele que oferece o máximo de vantagens para a tropa emboscante nos aspectos observação e campos de tiro, 2 - 25


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cobertas e abrigos, obstáculos, acidentes capitais e vias de acesso. O inimigo deve ter observação limitada, campos de tiro reduzidos, ficar descoberto e depararse com obstáculos que restrinjam seu movimento, canalizando-o para a área de destruição. Desfiladeiros, gargantas, cursos d’água, barrancos ou aclives são acidentes do terreno que favorecem a montagem de uma emboscada. O emprego de obstáculos artificiais (concertinas, armadilhas etc), ajudam a causar baixas e diminuem a capacidade de reação do inimigo. A criatividade do comandante da patrulha influi positivamente na adequação tática do local da emboscada. Deve-se ter o cuidado de não deixar marcas ou vestígios que possam denunciar o local da emboscada. (7) Surpresa – Obtém-se pelo sigilo, pela camuflagem e pela paciência. (8) Rapidez – Aplicá-la, aproveitando o impacto da surpresa. (9) Fogo Violento – É o emprego do máximo volume de fogos, num pequeno espaço de tempo. (10) Simplicidade – O planejamento e a condução das ações devem ser os mais simples possíveis. A simplicidade permite uma maior flexibilidade em qualquer conduta. (11) Adestramento – Adquirido através da instrução teórica e prática, favorecendo a aplicação eficaz das técnicas de emboscada. (12) Ensaio das ações – O ensaio, executado com o máximo de realidade, é condição fundamental para a atuação coordenada dos escalões e grupos nas diversas fases da missão de emboscada. c. Classificação das emboscadas (1) Geral (a) Emboscada de ponto - Caracteriza-se pela existência de uma única área de destruição, baseada em informes precisos sobre o inimigo. (b) Emboscada de área - Consiste em várias emboscadas de ponto sob um comando único, ao longo dos diversos itinerários de acesso ou retraimento do inimigo. (2) Quanto aos dados sobre o alvo (a) Emboscada deliberada - É planejada especificamente para um determinado alvo. Necessita de dados detalhados sobre o inimigo. (b) Emboscada de oportunidade - Os dados disponíveis não permitem um planejamento detalhado antes da partida. São preparadas para atacar um alvo compensador. d. Organização (1) Considerações básicas (a) A montagem de uma emboscada depende da finalidade da operação, do inimigo a ser emboscado, do local escolhido e dos meios disponíveis. Um estudo de situação adequado facilita a decisão do comandante. 2 - 26


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(b) O efetivo e o dispositivo da tropa emboscante é um fator preponderante nas ações de uma emboscada. (2) Escalão de Segurança (a) Grupo de Proteção - Tem por finalidade impedir ou retardar o envio de reforços inimigos para o local da emboscada. Ocupa posições ao longo das prováveis vias de acesso, podendo preparar pequenas emboscadas com objetivo de retardar o inimigo. - O grupo de proteção deve planejar suas emboscadas e estar em condições de atuar em emboscadas imprevistas. Outra missão do grupo é proteger o retraimento da patrulha. Para isto, deve colocar-se em locais onde possa bater, pelo fogo, o local da emboscada e os itinerários de retraimento. Quando a forma do terreno dificultar a proteção adequada ao retraimento, o grupo deve atuar para desengajar o escalão de assalto, se for o caso. (b) Grupo de Vigilância - Tem por missão informar a aproximação do inimigo, identificandoo e levantando outros dados sobre a sua situação (valor, dispositivo etc). - Como meio de comunicação deve usar telefone, a sinalização visual e/ou mensageiro (eventualmente o rádio). - Nas patrulhas de pequeno efetivo, a missão de vigilância pode ser cumprida pelo grupo de proteção. (c) Grupo de Acolhimento - Sua missão é guardar o Ponto de Reunião Próximo do Objetivo (PRPO), onde a patrulha se reorganizará, após a emboscada. Permanece em posição durante toda a operação. O comandante do grupo deve tomar as medidas necessárias para evitar incidentes. O conhecimento da localização geral da patrulha, do sistema de segurança, das comunicações e das possíveis evoluções da situação tática, favorece o cumprimento da missão. - É importante que os integrantes do grupo tenham perfeito conhecimento da utilização da senha e contra-senha. (3) Escalão de Assalto (a) Grupo de Bloqueio - Tem por finalidade impedir que o inimigo emboscado saia da área de destruição. Cumpre esta missão lançando obstáculos, executando fogos, dificultando ou impedindo a progressão do inimigo. - Realiza o trabalho de lançamento de obstáculos juntamente com o Grupo de Assalto. (b) Grupo de Apoio de Fogo - Organizado quando houver a previsão do combate corpo-a-corpo. Tem por finalidade apoiar, pelo fogo, a ação do Grupo de Assalto.

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(c) Grupo de Assalto - É aquele que executa a ação principal da emboscada. O assalto pode ser realizado pelo fogo, pela ação física direta contra o inimigo ou por ambos. - A ação do grupo de assalto é definida pela missão (inquietar, obter suprimentos, causar baixas etc). A distribuição dos setores de tiro deve ser uma das principais preocupações do comandante do grupo. - Em qualquer situação, o grupo de assalto age com o máximo de violência e rapidez. - É o responsável pela preparação e lançamento dos obstáculos. (d) Grupo de Tarefas Essenciais - Constituído de várias equipes ou grupos, todos com tarefas impostas pela missão (matar, destruir, capturar pessoal, capturar material, resgatar, etc). (e) Grupo de Comando - Tem organização, atribuições e conduta semelhantes aos diversos tipos de patrulha.

Fig 2-7. Organograma de uma patrulha de emboscada e. Formações (1) Considerações Básicas - O dispositivo adequado da tropa, aproveitando ao máximo as características do terreno no local da emboscada, proporciona vantagens táticas para o cumprimento da missão. Em função do terreno, do inimigo, da missão, do efetivo e dos meios disponíveis, pode-se empregar uma das formações descritas a seguir. (2) Flanqueamento Simples - Dispositivo simplificado. - Necessita de terreno com elevação em apenas um dos lados. - Possibilita o emprego conjunto de todas as armas. - Utiliza um só itinerário de retraimento. - Facilita o controle. 2 - 28


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Fig 2-8. Flanqueamento simples (3) Em L - Utiliza terreno com curva e aclive. - Possibilita o emprego conjunto de todas as armas. - Emprega um só itinerário de retraimento. - Facilita o controle. - Ataca o inimigo à frente e por um dos flancos.

Fig 2-9. Emboscada em L (4) Em U - Exige terreno que ofereça posição de tiro de cima para baixo. - Necessita de grande potência de fogo. - Dificulta a reação do inimigo. - Utiliza mais de um itinerário de retraimento. - Dificulta o controle. - É importante conhecer a direção de progressão do inimigo.

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Fig 2-10. Emboscada em U (5) Frontal - Necessita de grande potência de fogo. - É eficaz nas ações de retardamento. - Possibilita a entrada em posição para nova emboscada.

Fig 2-11. Emboscada frontal (6) Em V (uma variante da frontal) - Muito empregada em ambiente com restrições de visibilidade (selva). - Necessita de muita coordenação, principalmente dos fogos. - A abertura do V é favorecida quando se conhece a direção de aproximação do inimigo.

Fig 2-12. Emboscada em V

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(7) Minueto - Exige tropa altamente treinada. - O terreno influi na escolha do local. - Confunde totalmente o inimigo, dificultando sua reação. - É empregada contra um inimigo forte. - Proporciona boa observação e campos de tiro. - Dificulta o controle. - Utiliza mais de um itinerário de retraimento. - Conduta: quando o inimigo estiver na área de destruição, desencadeiase o fogo da área 01, o inimigo contra-ataca e a força da área 01 retrai, sendo aberto neste momento, o fogo de outra área e assim sucessivamente, até que o inimigo tenha sido destruído completamente.

Fig 2-13. Minueto (8) Flanqueamento Duplo - Semelhante à emboscada em U. - Pode ser desencadeada independente da direção de aproximação do inimigo.

Fig 2-14. Flanqueamento duplo

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(9) Circular - É, normalmente, empregada quando não se sabe a direção de aproximação do inimigo, mas se tem a certeza de que ele passará pelo local da emboscada. Monta-se uma emboscada em 360° com os setores de tiro voltados para a periferia.

Fig 2-15. Emboscada circular (10) Em Rodamoinho - Empregada em cruzamento de estradas. - Não se conhece a direção de aproximação do inimigo. - A tropa é colocada em quadrantes opostos.

Fig 2-16. Emboscada em rodamoinho

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(11) Com Isca - A isca deve ser dotada de grande mobilidade e ter condições de retrair para uma posição abrigada.

Fig 2-17. Emboscada com isca f. Conduta de uma emboscada (1) Considerações básicas Depende, principalmente, de sua finalidade (inquietação ou destruição) e das informações sobre o inimigo (deliberada ou imprevista). Deve seguir um faseamento para o desencadeamento das ações. (2) Faseamento de uma emboscada. (a) Seqüência de Ocupação do Local de Emboscada - Grupos de Vigilância - Grupos de Proteção - Grupo de Assalto - Grupos de Bloqueio (b) Preparação Após a ocupação da posição pelos Grupos de Vigilância e Proteção, os demais grupos já estarão em segurança para desencadear a preparação do local da emboscada. Lançamento de fios para comunicação (grupo de vigilância), de obstáculos balizados além e aquém da área de destruição (grupo de assalto), de obstáculos perpendiculares à direção de aproximação do inimigo (grupo de bloqueio). (c) Alerta e identificação Realizado pelo grupo de vigilância. Após ter tomado conhecimento, o comandante da patrulha, através de um sistema silencioso (ligação por meio fio), retransmite os dados aos patrulheiros.

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CI 21-75-1 (d) Desencadeamento dos fogos (abrir fogos)

Conforme o planejamento e, normalmente, mediante sinal do comandante da patrulha. O inimigo, nesse momento, deve estar numa situação em que os fogos lhe causem o maior número de baixas possíveis. (e) Cessar fogo Obedecendo ao planejado ou mediante ordem do comandante da patrulha. Cessado os fogos, tem início o assalto. (f) Assalto Rápido e agressivo, cumprindo a finalidade da missão. (g) Retraimento do grupo de assalto Mediante um sinal do comandante do grupo de assalto e com a cobertura do grupo de proteção. (h) Retraimento geral Retrai primeiro o escalão de assalto e depois o(s) grupo(s) de proteção. Normalmente, a patrulha se reorganiza em um ponto de reunião, guardado pelo grupo de acolhimento. É importante que este itinerário de retraimento seja balizado. g. Causas de fracasso de uma emboscada (1) Ruídos de engatilhamento. (2) Disparos prematuros. (3) Má camuflagem (seja individual ou das posições). (4) Falta de segurança em todas as direções. (5) Incidentes de tiro com o armamento. (6) Emprego incorreto dos sinais convencionados. (7) Apoio de fogo deficiente. (8) Despreparo psicológico dos homens. (9) Atuação lenta e pouco agressiva. h. Observações para montagem das emboscadas (1) Não dividir o comando. (2) Assegurar-se de que cada homem está perfeitamente familiarizado com sua função e com a missão que recebeu. (3) Fazer o plano de fogos, de forma a cobrir toda a área de destruição, bem como as prováveis vias de retraimento do inimigo. (4) Determinar rigorosa disciplina de luzes e ruídos, proibindo qualquer barulho ou qualquer ponto luminoso.

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CI 21-75-1 (5) Proibir que os homens fumem.

(6) Determinar aos homens que atirem para baixo. Um ricochete é menos danoso do que um tiro que não acerta um alvo (precisão e segurança). (7) Fazer uma escala para os elementos de segurança, quando o período de espera for longo. (8) Inspecionar as posições, locais armadilhados e verificar se estão balizados para o assalto e retraimento dos grupos, verificando, principalmente, a camuflagem e os setores de tiro. (9) Definir locais específicos para as necessidades fisiológicas e balizálos. (10) Lançar um dispositivo de armadilhas com granadas de mão, a fim de impedir a saida do inimigo da área de destruição. (11) Posicionar-se onde melhor possa observar a área de destruição e controlar a ação. ARTIGO IV TÉCNICAS DE ASSALTO

2-31. GENERALIDADES a. O assalto tem por propósito conquistar o objetivo, destruindo ou neutralizando (mesmo que temporariamente) a resistência inimiga. b. O assalto deve ser potente e rápido. Um vacilo ou indecisão do grupo de assalto, diante de uma resistência inesperada do inimigo, pode frustrar toda a ação no objetivo e, em conseqüência, o cumprimento da missão. c. Os fogos executados durante o assalto devem ser precisos, a fim de torná-lo eficiente. Isso só será possível mediante um eficaz adestramento e ensaios exaustivos. d. O grupo de assalto deve valer-se ao máximo do uso de granadas e fumígenos. Alguns homens do grupo de assalto devem ser designados para manter uma cadência regular de tiro, a fim de manter um volume constante de fogos e obter um recobrimento de tiros durante as trocas de carregadores.

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e. Outros grupos (particularmente o de tarefas essenciais) que sucedem o grupo de assalto na seqüência da ação no objetivo, devem se posicionar no terreno (distância/cobertas e abrigos) de forma que, preferencialmente, não se engajem nos fogos do assalto. f. A posição coberta (se possível abrigada) no terreno, a partir da qual o grupo de assalto, dentro do dispositivo adotado, desencadeia sua ação, chama-se posição de assalto. Ela deve estar o mais próximo possível do objetivo, sem comprometer o sigilo. Deve também ser definida no planejamento detalhado, por intermédio do estudo da carta, fotos, esboços e quaisquer outros dados então disponíveis. Na área do objetivo, o comandante de patrulha, juntamente com os comandantes do escalão e do grupo de assalto, deve, durante o reconhecimento aproximado, ratificála ou retificá-la. g. Em seu planejamento, o comandante de patrulha deve definir qual a melhor forma de assaltar o objetivo e ensaiá-la exaustivamente. O assalto pode ser: - contínuo: quando o grupo de assalto abandona a posição de assalto e em um movimento contínuo atinge o objetivo. - por lanços: quando o grupo de assalto se subdivide em equipes, que abandonam a posição de assalto e avançam para o objetivo realizando lanços alternados, proporcionando entre si uma base de fogos para a progressão (fogo e movimento / “marcha do papagaio”). - misto: quando o terreno ou a resistência inimiga apresenta alteração significativa, sugerindo a alteração do assalto por lanços para o assalto contínuo, ou vice versa. - em sigilo: quando o grupo de assalto abandona a posição de assalto e inicia seu deslocamento na direção do inimigo sem ser percebido. Nesse caso, o desencadeamento dos fogos só ocorrerá quando houver a quebra do sigilo ou mediante ordem. - pelo fogo: quando, devido à proximidade da posição de assalto do objetivo, o grupo de assalto não a abandona, realizando a neutralização definitiva da resistência inimiga exclusivamente pelo emprego de seu armamento.

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CI 21-75-1 ARTIGO V INFILTRAÇÃO

2-32. GENERALIDADES a. As ações de patrulha podem ser executadas em território amigo, em território inimigo ou em território sob controle do inimigo. b. As ações de entrada em território inimigo ou sob controle do inimigo exigem a aplicação de processos de infiltração. c. A infiltração consiste em uma técnica de movimento através, em torno ou sobre posições inimigas, realizada de modo furtivo, com a finalidade de concentrar pessoal e/ou material em área hostil ou sob controle do inimigo, visando a realização de ações militares. d. As patrulhas podem utilizar, para infiltrar-se, os seguintes processos: INFILTRAÇÃO Processo

TE R R E S TR E

Modalidade

Técnica

Ponto de mudança do processo de infiltração

motorizada

-

ponto de desembarque

a pé

-

ponto de embarque

com emprego de animais

-

-

combinada

-

-

aeroterrestre

lançamento semi-automático

zona de lançamento

desembarque normal (toque normal)

aeromóvel

desembarque pairado desembarque por rapel desembarque por corda rápida

AÉREO

Loc Ater Z E bq / Z D bq ponto de desova

desembarque por desova em aquático pouso de assalto

zona de pouso campo de pouso

aerotransportada desembarque normal

a nado combinada MISTO

marítima combinada

fluvial

pista de aterragem

profundidade

AQUÁTIL

por nave-base de superfície por pequenas embarcações

mais de uma

ambiente operacional

combinada

aquátil (de superfície)

praia margem (ponto de abordagem/ desenbarque)

sub aquática

É o mais usual, pois combina mais de um processo de infiltração.

Realizada na eminência de um inimigo; é caracterizada quando uma patrulha homizia-se por POR determinado período de tempo numa área previamente definida, até então sob controle de ULTRAPASSAGEM forças amigas, e permanecer oculta taé o momento que, em virtude do movimento das forças DO INIMIGO inimigas, passa a localizar-se a sua retaguarda.

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e. Independente do processo utilizado, a infiltração exigirá do comandante da patrulha um planejamento meticuloso, considerando-se os fatores da decisão e as possíveis situações de contingência. Nesse planejamento devem ser consideradas as medidas de coordenação e controle específicas dos diversos processos de infiltração, tais como: faixas de infiltração, linhas e/ou pontos de controle, áreas de reagrupamento, pontos de reunião no itinerário, pontos de transbordo etc. f. Um ensaio criterioso das ações e das possíveis situações de contingência é condição fundamental para o sucesso da infiltração, pois improvisações no território inimigo ou sob controle deste podem comprometer a missão. g. Algumas das modalidades de infiltração, em função de sua especificidade, exigirão dos integrantes da patrulha um elevado grau de adestramento. h. Para as ações de exfiltração são utilizados os mesmos processos e modalidades da infiltração. ARTIGO VI BASE DE COMBATE, BASE DE PATRULHA, ÁREA DE REUNIÃO E ÁREA DE REUNIÃO CLANDESTINA

2-33. CONCEITOS a. Base de combate (1) Ponto forte que se estabelece na área de combate ou de pacificação de uma força em operações na selva, em operação de pacificação e em certas operações em áreas autônomas para assegurar o apoio logístico, proporcionar a ligação com os elementos subordinados e superior, acolher e despachar tropas e garantir a duração na ação. (2) É instalada pelo batalhão ou companhia para se constituir em pontos de concentração dos seus órgãos de comando e de apoio, de sua reserva e de outras frações não empenhadas nos patrulhamentos ou encarregadas da segurança da base. (3) A reserva, normalmente, deve possuir grande mobilidade. (4) Há um equilíbrio entre as medidas de segurança e administrativas. b. Base de patrulha (1) Local de uso temporário na área de combate de companhia, a partir da qual o pelotão ou grupo de combate executa ações de patrulha, reconhecimento ou combate. Área oculta na qual se acolhe a patrulha de longa duração por curto prazo para se refazer, se reorganizar e dar prosseguimento ao cumprimento da missão.

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(2) O tempo de ocupação, normalmente, não deverá ultrapassar 48 (quarenta e oito) horas, por medida de segurança e sigilo. (3) As bases de patrulhas são instaladas por pelotões. (4) Geralmente, delas se irradiam pequenas patrulhas. (5) As medidas de segurança e táticas prevalecem sobre as medidas administrativas. (6) As patrulhas não deverão utilizar a mesma base duas vezes, dependendo da situação tática. c. Área de reunião e área de reunião clandestina (1) Destina-se ao pernoite de final de jornada ou à dissimulação da patrulha durante o dia, quando, taticamente, isso for necessário. (2) Prevalecem as medidas de segurança, adequadas em função do efetivo da patrulha e do ambiente operacional. (3) A instalação de uma área de reunião é semelhante a uma base de patrulha, sendo restritas as medidas administrativas. (4) Quando esta área de reunião for localizada em ambiente sob o controle do inimigo é denominada área de reunião clandestina. Cabe ressaltar que nesta área, as medidas administrativas são quase inexistentes, tendo em vista o volume das atividades inimiga e o conseqüente risco de a patrulha ser percebida. 2-34. SELEÇÃO DO LOCAL DA BASE DE PATRULHA a. O planejamento, o estudo da carta e de fotografias aéreas indicam os melhores locais para a instalação da base de patrulha. b. A escolha na carta deve ser confirmada no terreno, antes da ocupação. Prever um outro local, como opção. c. Na escolha do local, observa-se os aspectos a seguir. (1) Missão da patrulha. (2) Dissimulação e segurança do local. (3) Possibilidade do estabelecimento das comunicações necessárias. (4) Necessidade de suprimento aéreo. A área de lançamento não deve comprometer a localização da base. Havendo mais de um lançamento, prever outras áreas. A noite é favorável ao lançamento. (5) Adequabilidade da área. Considerando o ambiente operacional, escolher um terreno seco e bem drenado e de pouco valor tático. As medidas de segurança preterem as medidas administrativas da patrulha. (6) Proximidade de uma fonte de água, sempre que possível.

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2-35. FASES DA INSTALAÇÃO DE UMA BASE DE PATRULHA a. Definido o local da base, o planejamento e a preparação da instalação, normalmente, segue a seqüência abaixo: (1) aproximação da base; (2) reconhecimento; (3) ocupação; (4) estabelecimento de um sistema de segurança; (5) medidas administrativas; (6) inspeções; (7) evacuação da base. b. Aproximação e reconhecimento. (1) Evitar regiões habitadas. (2) Observar ao máximo a disciplina de ruídos. (3) Aproveitar judiciosamente o terreno. (4) A patrulha abandona a direção de marcha em ângulo reto e faz um altoguardado, numa posição coberta e abrigada, próxima do local escolhido para a base. A distância, considerando o ambiente operacional, deve permitir a visualização da base e o apoio mútuo entre os elementos do reconhecimento e os que permanecem no alto-guardado. (5) Reconhecimento do local exato pelo comandante da patrulha acompanhado pelos comandantes de escalões e/ou grupos, rádioperador e mensageiro da patrulha. Cada comandante de grupo leva um homem, que será o guia posteriormente. (6) Designação pelo comandante da patrulha, após reconhecimento, do ponto de entrada da base, que será o ponto das 6 horas pelo processo do relógio. Em seguida, o comandante da patrulha desloca-se para o interior da base e define o centro (PC) e o ponto das 12 horas. Os pontos 6 e 12 horas são definidos por referências que se destaquem no ambiente. (7) Não tendo a patrulha uma NGA de ocupação, do centro da base, o comandante designa os setores para os grupos, utilizando-se do processo do relógio. (8) Posteriormente, os comandantes subordinados reconhecem os seus setores, verificam sua situação no terreno e retornam para junto do comandante de patrulha, que se encontra no centro da base. (9) Os comandantes de grupo permanecem na entrada da base, aguardando a chegada da patrulha, que deverá se aproximar orientada pelos guias.

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CI 21-75-1 c. Ocupação da base de patrulha

(1) O início da ocupação, propriamente dita, deve ser feito com alguma luminosidade, antes do escurecer, visando à preparação correta do sistema de segurança. A ocupação durante a noite é dificultada pelas condições de visibilidade para os reconhecimentos, identificação do terreno e escolha das posições. (2) O emprego criterioso das NGA de ocupação de uma base de patrulha ou área de reunião aumentará o sigilo e proporcionará mais segurança à patrulha. (3) Uma falsa base, prevista para iludir o inimigo quanto a localização da base principal, pode ser ocupada, quando o comandante da patrulha tiver suspeitas de perseguição. A falsa base, localizada próxima da região da base principal, funcionará como um segundo alto-guardado e sua ocupação será idêntica a da base principal. (a) O comandante da patrulha, seu rádio-operador/mensageiro, juntamente com os comandantes de grupo e seus guias, deslocam-se para o reconhecimento da falsa base. (b) Os guias retornam e a patrulha é conduzida pelo subcomandante até a entrada da falsa base. (c) Procede-se, normalmente, a ocupação. (d) Visando ganhar tempo diurno, enquanto a patrulha se instala na falsa base o comandante da patrulha, juntamente com os elementos de reconhecimento, partem para a base principal, dando início a segunda fase da instalação que é o reconhecimento. (e) O subcomandante responde pela patrulha na falsa base até conduzila para a entrada da base principal, onde se encontra o comandante. (4) A mecânica da ocupação da base principal é definida a seguir: (a) após o reconhecimento da base principal e o retorno dos guias ao local do alto-guardado ou da falsa-base, cada comandante de grupo permanecerá na entrada da base principal, onde aguardará a chegada de sua fração e a conduzirá pela linha 6-12 horas até atingir o limite esquerdo de seu setor e, em seguida, posicionar os homens até o limite direito. Cada homem tem que conhecer a localização de quem está ao seu lado, à frente e à retaguarda, bem como saber as rotas de qualquer movimentação prevista, dentro e fora da área base. (c) o grupo de comando dirige-se para o PC, no centro da base. (d) o comandante verifica o perímetro da base e determina alterações se julgá-las necessárias. (e) os comandantes dos grupos reconhecem o terreno à frente do seu setor, definindo as posições dos postos de vigilância e de escuta, conforme planejamento do comandante da patrulha. (f) o comandante de grupo ocupa uma posição em seu setor onde possa melhor controlar seus homens e ligar-se, visualmente, com o comandante da patrulha. Havendo restrições, em função do ambiente operacional, adaptar as ligações por quaisquer meios disponíveis. 2 - 42


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(5) Base alternativa (a) É uma medida de segurança que funciona como um ponto de reunião, dando flexibilidade ao comandante da patrulha, caso a base principal seja atacada. (b) Iniciada a ocupação da base principal e transmitidas as ordens aos homens, o comandante da patrulha acompanhado do seu rádio-operador/ mensageiro, dos comandantes de grupo e guias, partem para o reconhecimento da base alternativa. É interessante que sejam reconhecidas no mínimo duas bases alternativas em sentidos opostos. (c) O comandante da patrulha deve estudar as prováveis direções de atuação do inimigo e definir um mínimo de rotas de fuga para a(s) base(s) alternativa(s). As rotas são opostas às prováveis direções de atuação do inimigo e dirigidas para a(s) base(s) alternativa(s). Normalmente, dois guias são designados para cada rota selecionada. Um orienta o grosso da patrulha e o outro aguarda o grupo que faz face ao inimigo. (d) Os comandantes de grupo e os guias partem para o reconhecimento pelas rotas de provável utilização até a entrada da(s) base(s) alternativa(s). Os itinerários são amarrados por azimutes ou balizados por quaisquer meios. (e) Na(s) base(s) alternativa(s) o comandante define os setores dos grupos. Considerando o fator tempo, esta ocupação será semelhante a de um alto-guardado, com redobradas medidas de segurança. (f) Após o reconhecimento, o comandante e sua equipe retornam à base principal, onde o subcomandante deu andamento aos trabalhos de ocupação. (g) O comandante da patrulha realiza uma inspeção na base principal. (h) Os comandantes de grupo informam aos homens o plano de evacuação da base (itinerário de evacuação, o setor do grupo, o que fazer ao chegar na(s) base(s) alternativa(s) etc). Na jornada seguinte, caso a situação tática permita, e mediante ordem do comandante, os demais integrantes da patrulha poderão reconhecer os itinerários para a(s) base(s) de alternativa(s).

Fig 2-18. Base de patrulha (6) Eventualmente, a base de patrulha pode ser instalada com um dispositivo descentralizado, diferente do preconizado na Fig. 2-18. Nesse caso, alguns 2 - 43


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procedimentos específicos deverão ser adotados. (a) A patrulha abandona a direção de marcha em ângulo reto e atinge o ponto de liberação dos grupos (P Lib Gp). (b) No P Lib Gp, cada comandante de grupo toma uma direção prédeterminada e afasta-se aproximadamente 100m deste ponto, ocupando a sua base. (c) O Grupo de comando e os reforços infiltram-se em um dos grupos, de acordo com a missão e a situação tática. (d) Com este dispositivo, a patrulha torna-se menos vulnerável ao encontro inimigo. Caso um grupo venha a ser descoberto, provavelmente não comprometerá os outros grupos. (e) Cabe ressaltar que este dispositivo possui algumas vantagens e desvantagens. (1)Vantagens - Aumento da segurança do perímetro da base. - Diminuição da probabilidade do número de baixas quando esta for atacada. - Aumento da dispersão entre os grupos, conseqüentemente, diminuindo a vulnerabilidade aos fogos de apoio do inimigo. (2) Desvantagens - Dificuldade da coordenação e controle por parte do comandante da patrulha. - Aumento do número de rotas de fuga, facilitando o rastreamento por parte do inimigo. - A dificuldade de delimitar os setores de tiro, a fim de não ocorrer o fratricídio, pois os grupos encontram-se dispersos. - Dificuldade de reorganizar a patrulha após a dispersão (ataque à posição).

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Fig 2-19. Base de patrulha descentralizada

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Fig 2-20. Núcleo de grupo da base de patrulha descentralizada d. Estabelecimento do sistema de segurança (1) Sistema de postos de vigilância e/ou postos de escuta (a) Postos de vigialância e/ou postos de escuta, definidos e instalados em função do ambiente operacional, integram o sistema de vigilância da base. Havendo disponibilidade, grupos de 2 ou 3 elementos são designados e operam esses postos. (b) Meios de comunicações silenciosos ligam os postos aos comandantes de grupo e estes ao comandante da patrulha. Cordas e cipós, empregados com convenções estabelecidas, quanto ao número de puxadas, são eficientes. Sempre que possível, empregar o telefone de campanha. (c) Durante o dia, os vigias devem colocar-se bem à frente, a uma distância que não lhes permita ouvir os ruídos naturais vindos da base. À noite, os 2 - 46


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postos de escuta devem ocupar posições centrais e mais próximas dos homens da periferia da base. (2) Normalmente, não se defende uma base de patrulha atacada. Para esta situação, o comandante deve prever bases alternativas e o plano de evacuação da base principal. Consequentemente, rotas de fuga e pontos de reunião, dependendo das distâncias, são planejados e reconhecidos. (3) Para maior segurança e controle, deve ser utilizada somente uma saídaentrada para a base. O ponto é camuflado e guardado permanentemente, se possível, com uma arma de emprego coletivo. (4) Normalmente, o comandante da patrulha designa elementos com conhecimentos especiais para instalar, fora da área da base, um sistema de alarme, de preferência luminoso, bem como, lançar e montar armadilhas. Tal sistema deve ser definido antes da ocupação, considerando a necessidade de material. (5) Determinar senhas, contra-senhas e sinais de reconhecimento. (6) Determinar as ações a realizar em caso de ataque, incluindo a evacuação da base sob fogos inimigos. Existindo armas coletivas na patrulha, o comandante define posições de tiro considerando as características de seu inimigo. (7) Defesa da base (a) Para evitar a destruição ou captura do material essencial para o cumprimento da missão, o comandante da patrulha deve decidir por uma defesa limitada, dando prioridade de fogos para a direção de penetração do inimigo. (b) Caso a base seja atacada, ela deve ser abandonada, mediante controle e determinação do comandante da patrulha, sendo necessária uma expressiva ação de comando dos comandantes de grupos. (c) A ocupação da base(s) alternativa(s) implica em reforçar o esquema de segurança, considerando que o inimigo tem conhecimento das atividades da patrulha na região. (d) Quando na área da base existirem restrições de cobertas e abrigos, devem ser preparados abrigos individuais para um homem deitado. (8) Por medida de segurança, todos devem estar em condições de emprego trinta minutos antes do escurecer e do amanhecer. (9) A posição para dormir deve favorecer uma pronta resposta do homem para tomar uma posição de tiro. (10) Em algumas oportunidades, o comandante de uma patrulha que está ocupando uma base terá que lançar pequenas patrulhas para cumprirem missões de menor envergadura e retrairem em seguida. Nesse caso, sempre deverá permanecer na base um efetivo que lhe confira segurança e que mantenha a ligação rádio com quem saiu.

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(11) Normalmente, duplas de homens são lançadas para reconhecimentos à frente da periferia da base para verificar a presença do inimigo nas proximidades. São designados pelo comandante da patrulha e coordenados pelo comandante de grupo que planeja a execução. Os homens aguardam no setor e mediante um sinal, deslocam-se em torno da base, cobrindo uma área que permita o apoio mútuo, observando as características do ambiente operacional.

Fig 2-21. Sistema de segurança de uma base de patrulha e. Medidas administrativas – Concluídas as medidas de segurança (instalação operacional), iniciam-se as medidas administrativas. Entre outras medidas, o comandante pode determinar as que se seguem. (1) A construção de latrinas entre as posições dos grupos e os PVig ou PE devidamente balizadas. (2) O suprimento e o ressuprimento de água (por 2 ou 3 homens) uma vez por dia e normalmente antes do amanhecer. Disciplinar o consumo. (3) A construção de abrigos sumários para o pernoite. Conforme o grau de segurança exigido, cada homem tem seu horário de serviço. O homem sempre que a situação o permitir, pode descansar ou dormir. (4) Manter um terço da patrulha, no mínimo, sempre alerta em seus postos. (5) Regras rígidas de higiene devem ser estabelecidas.

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(6) Disciplinar a utilização do fogo para preparo da alimentação em função da atividade do inimigo na região. Normalmente, este preparo será realizado ainda com luminosidade, visando a não denunciar a posição da patrulha. (7) Estabelecer um horário de manutenção diária do material para que este permaneça em condição de pronto emprego, observando que nem todos os integrantes da patrulha farão esta atividade simultaneamente. (8) Os horários previstos para as próximas atividades até o dia seguinte. f. Inspeção (1) As medidas de segurança e administrativas devem estar prontas antes do escurecer, para que o comandante da patrulha possa inspecioná-las. (2) As inspeções são contínuas e têm por objetivo agilizar a instalação da base, concorrendo para que, operacionalmente, a base fique pronta ainda com luz. (3) Normalmente, são inspecionados(as) (a) Limites dos setores do grupo. (b) Ligações entre os grupos (homens dos flancos). (c) Localização do PVig ou PE, bem como sua ligação com o grupo do setor e/ou centro da base (PC). (d) Sistemas de alarmes (ligações) e segurança; interrogar quanto a setor de tiro e condutas; validos também para as armas coletivas. (e) Patrulhas com saídas previstas à noite. (f) Condutas para ocupação da(s) base(s) alternativa(s). (g) Senha e contra-senha. (4) Durante a inspeção, o comandante deve transmitir as medidas administrativas e de segurança ainda não transmitidas e de interesse da patrulha. g. Evacuação da base de patrulha (1) A base será evacuada por imposição do inimigo, por imposição tática ou por segurança. (2) Todas as medidas são tomadas para impedir ou dificultar vestígios de permanência da patrulha no local (contra-rastreamento). (3) Detritos são conduzidos pela patrulha para outro local. (4) A limpeza da área é de responsabilidade de todos os patrulheiros. (5) O período favorável para evacuação da área é o noturno. (6) Agilizar a preparação para evacuação.

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2-36. COMUNICAÇÕES NA BASE DE PATRULHA a. As comunicações são estabelecidas com o escalão superior e com as frações subordinadas. No âmbito da patrulha, o sistema deve permitir uma comunicação silenciosa entre os homens. Sempre que possível, dobrar os meios. b. Pode-se empregar: (1) rádio, que exige grande disciplina de exploração; (2) telefone, desde que seu fardo, peso e tempo de instalação não tragam desvantagens às operações; (3) mensageiro, muito empregado no âmbito da base; (4) meios acústicos, óticos e de fortuna; e (5) antenas improvisadas para melhorar e facilitar as comunicações. 2-37. RESSUPRIMENTO a. O ressuprimento terrestre exigirá os cuidados necessários para que o deslocamento não seja descoberto pelo inimigo, correndo o risco do material cair em seu poder. Não é recomendável e só será executado em caso de muita necessidade. b. O ressuprimento aéreo em seu planejamento deve prever: (1) rota de aproximação; (2) zona de lançamento, afastada da base; (3) pista ou local de aterrissagem, se for o caso; (4) hora de lançamento, de preferência à noite; (5) ligação terra-avião, por código; e (6) depósito camuflado, caso o material não possa ser todo transportado à noite. ARTIGO VII TÉCNICAS DE AÇÃO IMEDIATA (TAI)

2-38. FINALIDADE O presente anexo tem por finalidade apresentar os aspectos gerais de caráter doutrinário das TAI e orientar os comandantes das pequenas frações, particularmente no nível pelotão, quanto ao preparo e execução de tais técnicas.

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2-39. CONCEITO Técnicas de Ação Imediata são ações coletivas executadas com rapidez e que poderão exigir uma tomada de decisão. Elas devem ser pré-planejadas e exaustivamente treinadas pela fração que as realiza. É importante que sejam executadas no menor espaço de tempo e com o menor número de ordens possível. Têm a finalidade de assegurar a esta fração uma vantagem inicial quando do contato com o inimigo, ou mesmo, de evitar este contato. 2-40. GENERALIDADES a. As TAI a serem adotadas por uma fração serão definidas por seu comandante durante a fase do estudo de situação. É importante ressaltar que não existe um procedimento padrão para todas as situações. b. Quando em deslocamento, não será incomum o combate de encontro entre tropas oponentes, portanto, ao ocorrer este fato, a tropa que realizar a ação mais rápida e eficiente terá grandes possibilidades de sucesso no prosseguimento das ações. Por tudo isso, o adestramento das pequenas frações nas TAI, muitas vezes, será o fator que não só possibilitará a manutenção de sua integridade quando em um combate de encontro como, também, lhe permitirá preservar poder de combate para prosseguir no cumprimento de sua missão. c. A situação inicial adotada neste artigo será a de um pelotão de fuzileiros, deslocando-se em coluna por um. Nesta situação, serão explorados alguns exemplos de técnicas de ação imediata. É importante ressaltar que outras formações para o deslocamento e, até mesmo, outras TAI poderão ser adaptadas de acordo com as necessidades de cada situação ou tropa envolvida. Ressaltase, ainda, que em função do tipo de missão a ser cumprida, cada patrulha poderá ser organizada de diferentes maneiras e com efetivos variados. 2-41. CLASSIFICAÇÃO a. De acordo com a nossa missão e com o nosso poder de combate em relação ao do inimigo, as TAI são classificadas em ofensivas ou defensivas. b. As TAI ofensivas são aquelas que têm por objetivo engajar o inimigo e destruí-lo em caso de contato. Já as defensivas têm por objetivo não estabelecer o contato ou, no caso de estabelecido, rompê-lo o mais rapidamente possível. c. Quanto à missão (1) Se a missão for de reconhecimento, as TAI adotadas serão normalmente defensivas. (2) Se a missão for de combate, as TAI adotadas até seu cumprimento, normalmente, serão defensivas, com a finalidade de manutenção do sigilo. No itinerário de retorno, poderão ser adotadas as TAI ofensivas com a finalidade de destruir um eventual alvo compensador.

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(3) A missão de patrulha de oportunidade é normalmente caracterizada pela adoção, do início ao fim, das TAI ofensivas. d. Quanto ao poder relativo de combate (1) Se o poder de combate do inimigo for superior ao nosso, serão, normalmente, adotadas as TAI defensivas. (2) Se o poder de combate do inimigo for inferior ao nosso, serão, normalmente, adotadas as TAI ofensivas. e. Fator rapidez na ação (1) Cabe ressaltar que a rapidez na ação, aspecto básico a ser observado para o sucesso das TAI, dependerá sobremaneira de dois fatores: - grau de adestramento da tropa; e - ação dos esclarecedores, uma vez que, normalmente, serão esses os primeiros elementos a estabelecerem o contato com o inimigo e a emitirem os sinais e gestos convencionados. 2-42. SITUAÇÕES - PADRÃO a. Ainda para fins didáticos, serão exploradas as seguintes situações-padrão com um pelotão deslocando-se em coluna por um: (1) nós vemos o inimigo e não somos vistos; (2) nós vemos o inimigo e ele nos vê; e (3) o inimigo nos vê e nós não o vemos (emboscada inimiga).

Fig 2-22. Dispositivo do pelotão

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b. 1a SITUAÇÃO - Nós vemos o inimigo e não somos vistos (a) Nessa situação, devemos montar uma emboscada de oportunidade para surpreender e destruir o inimigo. (b) O esclarecedor informa a aproximação do inimigo. (c) Todo o pelotão sai da trilha para o mesmo lado, ocupando a parte dominante do terreno ou a que ofereça melhores campos de tiro. (d) Desencadeamento da emboscada e busca da destruição do inimigo no local. (e) Perseguição do inimigo em fuga. OBSERVAÇÃO - Os aspectos mais importantes a serem verificados nesta situação são: o sigilo e o tempo de tomada de posição, o qual deve ser o mais curto possível.

Fig 2-23. Dispositivo adotado pelo pelotão

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2) Natureza das nossas TAI - defensiva. (a) Nessa situação, o nosso objetivo é tentar evitar o contato com o inimigo. A maneira mais rápida de conseguirmos isso é simplesmente abandonar a direção geral de deslocamento e nos ocultarmos no terreno. (b) O esclarecedor define para que lado o pelotão vai abandonar o deslocamento. (c) Todos os homens deixam o sentido de deslocamento e deitam-se, procurando se ocultar no terreno. (d) Uma variante dessa TAI, adotada quando o pelotão está se deslocando pelo interior de uma floresta, é o “congelar”. Neste caso, os combatentes do pelotão cessam qualquer movimento com a finalidade de não serem percebidos pelo inimigo.

Fig 2-24. Dispositivo adotado pelo pelotão c. 2a SITUAÇÃO - Nós vemos o inimigo e ele nos vê (contato fortuito) (1) Natureza das nossas TAI - ofensiva. (a) Nessa situação, o objetivo é desenvolver o pelotão no terreno, o mais rápido possível, com grande poder de fogo à frente e buscar a manutenção do contato até a total destruição do inimigo. É importante permanecer uma fração destacada do pelotão para realizar a proteção dos flancos e retaguarda.

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(b) Os esclarecedores, ao travarem contato com o inimigo, realizam intenso volume de fogos na direção do inimigo. (c) Ao ouvir a troca de tiros dos esclarecedores, todos os homens devem abandonar a direção geral de deslocamento o mais rapidamente possível. Os dois GC mais próximos da direção do inimigo seguem em coluna (o fato de seguir em coluna para depois entrar em linha deve-se à necessidade da tomada da posição o mais rapidamente possível) até o local dos esclarecedores, adotando a formação em linha. (d) O dois GC realizam lanços alternados com base de fogos (marcha do papagaio) por grupos, na direção do inimigo, buscando o engajamento decisivo até a realização do assalto. (e) As peças de metralhadora entram em posição em local que lhes permitam executar fogos em profundidade sobre o inimigo e ocupar posições sucessivas para acompanhar os GC que estão realizando o assalto. (f) O outro GC fica em condições de proteger o pelotão de ações vindas de flanco ou retaguarda, ou manobrar para flanquear o inimigo. (g) Caso haja um retraimento do inimigo,partir para a perseguição. OBSERVAÇÃO - A primeira tropa que se desdobrar corretamente no terreno e alcançar uma grande potência de fogo à frente terá uma vantagem muito grande sobre o adversário. Cabe ressaltar que, no início da ação, o volume de fogo de ambos os contendores será extremamente reduzido.

Fig 2-25. Dispositivo adotado pelo pelotão 2 - 55


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(2) Natureza das nossas TAI – defensiva. (a) Nessa situação, o objetivo da nossa tropa é colocar uma fração entre a tropa inimiga e o grosso do pelotão, que realizará o retraimento. Após realizar uma base de fogos, esta fração interposta retrai.

(b) O GC mais próximo do inimigo lança fumígenos à frente a fim de estabelecer uma cortina de fumaça entre o inimigo e a nossa tropa, proporcionando assim melhores condições para o desengajamento. (c) Este GC executa a progressão com a utilização da técnica do fogo e movimento para a retaguarda e rompe contato. (d) O restante da patrulha cerra para a retaguarda ficando em condições de apoiar o retraimento do GC engajado. (e) Reorganização no último ponto de reunião no itinerário.

Fig 2-26. Dispositivo adotado pelo pelotão OBSERVAÇÕES: - é conveniente que o comandante de pelotão inclua no seu pedido de material pelo menos 2 (duas) granadas de mão fumígenas e 2 (duas) granadas de mão ofensivas por homem.

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- depois de entrar em linha, o GC e o Gp Ap F realizam fogos na direção do inimigo por alguns segundos com a finalidade de desorganizá-lo. Depois isso, o Cmt GC comanda a progressão com a utilização da técnica do fogo e movimento à medida que se desloca para a retaguarda. Depois do recuo e caso o volume de fogo inimigo permita, dá a ordem de retraimento. É seguido pelo Gp Ap F. d. 3a SITUAÇÃO - O inimigo nos vê e nós não o vemos (emboscada inimiga) (1) Natureza das nossas TAI - ofensiva. (a) Nessa situação, tentaremos realizar um desbordamento com os elementos não engajados e uma contra-emboscada de flanco. (b) O pessoal engajado pelo inimigo se abriga e responde com o maior volume de fogos possível. É lançado fumígeno imediatamente à frente da posição do inimigo para diminuir a eficácia de seus fogos. (c) Componentes da frente da coluna de marcha que não estiverem engajados se abrigam e aguardam ordens. (d) Componentes da retaguarda da coluna de marcha (caso a área de destruição esteja incluindo a porção anterior do pelotão) que não estiverem engajados organizam-se, a comando do adjunto de pelotão, e entram em linha ao lado da posição do inimigo, assaltando-o. (e) Se a emboscada for muito à retaguarda do pelotão, o adjunto informa ao comandante por intermédio do rádio, ou de outro sinal convencionado, que não tem condições de assaltar. O pessoal da frente então toma os procedimentos de assalto. A ação é idêntica àquela realizada pela retaguarda. (f) Ao início da contra-emboscada, os elementos engajados devem parar de atirar. O comando pode ser dado por intermédio de silvo de apito, à voz ou por outro sinal convencionado. (g) Reorganização e perseguição do inimigo. (2) Natureza das nossas TAI – defensiva. (a) A manobra será igual à adotada na TAI ofensiva. É importante ressaltar que, no caso de uma emboscada prevista pelo inimigo, mesmo sendo adotada uma TAI adequada, nossa possibilidade de sucesso será reduzida. Portanto, dá-se ênfase ao fato de que o melhor procedimento é não cair na emboscada. (b) Os procedimentos são iguais aos da ofensiva, com as seguintes ressalvas: - o GC que realiza a ação desbordante deverá evitar o engajamento decisivo com o inimigo, buscando apenas propiciar o desaferramento dos patrulheiros que se encontram na zona de matar. O volume de fogo inimigo indicará o momento de deter o movimento; e

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- a ação desbordante terá como conseqüência a divergência dos fogos inimigos em duas direções distintas. Desta maneira, ao pessoal engajado será possibilitado o desengajamento nas melhores condições possíveis. O lançamento de fumígenos entre o pelotão e o inimigo é fundamental. - retraimento descentralizado por GC ou esquadra. (c) reorganização no último ponto de reunião no itinerário.

Fig 2-27. Dispositivo adotado pelo pelotão 2-43. SITUAÇÕES DE CONTINGÊNCIA a. Situações de contingência são situações de incerteza sobre algo que poderá eventualmente acontecer nas diferentes fases de uma missão de patrulha e que implicam na adoção de um procedimento diferente do planejamento principal. b. Para toda situação de contingência cogitada deverá ser tomada uma decisão para fazer face ao problema previsto. c. O objetivo do planejamento de uma decisão prévia face à situação de contingência é facilitar a adoção de medidas e procedimentos necessários ao cumprimento da missão. d. O comandante deverá ter muito cuidado quando da explanação, na ordem à patrulha, das decisões relativas às situações de contingência a fim de evitar confusão com o plano principal. O ideal é que as situações de contigência e as respectivas decisões face às mesmas sejam explanadas nas prescrições diversas. 2-44. HIPÓTESES DE SITUAÇÕES DE CONTIGÊNCIA a. No deslocamento de ida (1) Alterações no itinerário (a) Pontos críticos (reconhecimento e segurança) (b) Áreas críticas (reconhecimento e segurança) (c) Locais que favoreçam a atuação do inimigo 2 - 58


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(2) Meios de transporte utilizados (a) Medidas de segurança durante o transbordo (b) Pane do meio de transporte (c) Falta do meio de transporte (3) Feridos e mortos amigos - Análise quanto ao comprometimento da missão (4) Escassez de tempo (5) Reorganização após a dispersão (a) Análise do comprometimento da missão em relação ao efetivo e material reagrupado. (b) Redistribuição do material e funções (6) Caçador (7) Ataque aéreo (8) Fogos de artilharia (9) Colunas de blindados b. Ação no Objetivo (1) Quebra do sigilo no PRPO (2) Quebra do sigilo durante o reconhecimento aproximado (3) Alteração da situação prevista durante a ordem à patrulha (a) Resistência inimiga maior do que a prevista (b) Reposicionamento de tropas (c) Antecipação da chegada de reforços (d) Área do objetivo diferente daquela considerada durante o planejamento (4) Quebra do sigilo durante a tomada do dispositivo (5) Escassez de tempo (6) Feridos e mortos amigos - Análise quanto ao comprometimento da missão (7) Ação do inimigo durante a ocupação do PRPO (8) Extravio da turma de reconhecimento (9) Falha nos meios de comunicação (10) Falha ou extravio de materiais imprescindíveis ao cumprimento da missão (11) Quebra prematura do sigilo na ação proprimente dita (12) Falha nos meios de comunicação

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CI 21-75-1 c. Itinerário de regresso (1) Alterações no itinerário (a) Pontos críticos (reconhecimento e segurança) (b) Áreas críticas (reconhecimento e segurança) (c) Locais que favoreçam a atuação do inimigo (2) Meios de transportes utilizados (a) Medidas de segurança durante o transbordo (b) Pane do meio de transporte (c) Falta do meio de transporte (3) Feridos/mortos Análise quanto ao comprometimento da missão (4) Escassez de tempo

(5) Reorganização após a dispersão (a) Análise do comprometimento da missão em relação ao efetivo e material reagrupado (b) Redistribuição do material e funções (6) Caçador (7) Ataque aéreo (8) Fogos de artilharia (9) Colunas de blindados

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2-45. EXEMPLO DE PLANEJAMENTO PARA SITUAÇÕES DE CONTINGÊNCIA

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CAPITULO 3 PLANEJAMENTO E PREPARAÇÃO DAS PATRULHAS

ARTIGO I NORMAS DE COMANDO

3-1. INTRODUÇÃO a. Uma missão de patrulha é composta de quatro etapas distintas. (1) O seu recebimento. (2) Planejamento e preparação. (3) Execução. (4) Confecção do relatório. b. Logo após a conclusão da primeira etapa, o comandante da patrulha inicia as Normas de Comando. Estas compreendem todas as atividades de planejamento e preparação desenvolvidas até a partida para o cumprimento da missão. Além disso, elas permitem ao comandante de patrulha metodizar o seu trabalho, evitandolhe perda de tempo e esquecimentos. c. Ressalta-se que qualquer operação deve ter sempre um objetivo claramente definido. A missão de um comandante de patrulha, recebida por intermédio de ordens e instruções do escalão superior (podendo, excepcionalmente, ser deduzida da situação, em função de operações que exijam alto grau de descentralização dos elementos subordinados), requer o estabelecimento de linhas de ação exeqüíveis. A determinação da linha de ação mais conveniente constitui a finalidade do estudo de situação, que é uma das atividades mais importantes das normas de comando.

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3-2. SEQÜÊNCIA DAS AÇÕES A seqüência das ações que orientam o emprego de uma patrulha, a partir do recebimento da missão, é a seguinte (POREOF): a. Providências Iniciais (1) Realizar a interpretação sumária da missão atribuída a sua patrulha. (2) Planejar a utilização do tempo disponível (quadro-horário). (3) Realizar o estudo de situação preliminar. (4) Planejar a organização da patrulha (pessoal e material). b. Observação e planejamento do reconhecimento (1) Realizar um rápido estudo na carta, observando o itinerário até o objetivo, para planejar o reconhecimento. (2) Planejar o reconhecimento (Rec) - Determinando quem participa do Rec. - Indicando os postos de observação (P Obs) a ocupar e o que observar em cada um deles. (3) Elaborar a ordem preparatória (O Prep). (4) Expedir a ordem preparatória. c. Reconhecimento Conforme o planejamento. d. Estudo de situação (planejamento detalhado) - Estabelecer as linhas de ação (LA), comparar e decidir. - Elaborar a ordem à patrulha (O Pa). e. Ordens Emitir a ordem à patrulha (verbal e emitida à luz do terreno ou de um caixão de areia). f. Fiscalização - O Cmt, auxiliado pelo seu subcomandante (SCmt), supervisiona a execução das ordens e auxilia os elementos subordinados sempre que possível. Esta fase é de vital importância para o sucesso de qualquer operação. - Esta fiscalização é caracterizada pelas inspeções inicial e final. - Nesta fase, estão também incluídos, a cargo do SCmt, os ensaios das ações.

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CI 21-75-1 3-3. RECEBIMENTO DA MISSÃO

a. Ao receber a missão, o comandante da patrulha deve sanar todas as suas dúvidas, solicitando os dados e as informações complementares que julgar importantes para o seu planejamento. Ressalta-se que todas as informações disponíveis sobre o inimigo, forças amigas, terreno, condições meteorológicas, meios disponíveis, população, elementos de contato, comando e comunicações, coordenação e controle estarão sendo transmitidas por quem estiver atribuindo a missão. b. O comandante da patrulha poderá receber a missão acompanhado (subcomandante, rádio-operador e outros patrulheiros que julgue necessário) ou sozinho. O local para recebimento da missão pode ser desde uma das instalações da organização militar até um posto de vigilância no terreno. c. Por ocasião do recebimento da missão, o comandante de patrulha também deverá aproveitar para efetuar as ligações necessárias com outros comandantes de pelotão ou de patrulha que estejam recebendo a ordem e que tenham algum envolvimento com sua operação. d. O comandante da patrulha deve verificar com seu comandante se há a possibilidade de executar um reconhecimento no local, levando-se em consideração que seu comandante tem o controle de todas as ações e conhece a situação do inimigo. e. Memento do comandante da patrulha: (anexo "C"). ARTIGO II PROVIDÊNCIAS INICIAIS

3-4. GENERALIDADES a. A fim de iniciar a preparação da tropa para o cumprimento da missão recebida, o comandante da fração começará seus trabalhos tomando as providências iniciais. b. Nessa fase das Normas de Comando, o comandante da fração deve realizar o planejamento preliminar da missão que englobará as seguintes atividades: estudo sumário da missão; planejamento da utilização do tempo; estudo de situação preliminar e planejamento da organização de pessoal e material. 3-5. ESTUDO SUMÁRIO DA MISSÃO a. É um processo mental e sintético, baseado em perguntas, que respondidas, orientam o comandante da patrulha na direção certa para o cumprimento da missão, assim como facilitam a confecção do quadro-horário.

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(1) O que fazer? Identificar as ações impostas (verbos da missão) e visualizar as ações complementares necessárias ao cumprimento da missão. (2) Quando? Verificar os prazos e horários impostos ou necessários para o cumprimento da missão. (3) Onde? Levantar a localização e a situação do objetivo. b. É importante salientar que as conclusões obtidas, por esse breve estudo preliminar, poderão sofrer modificações determinadas por dados obtidos no reconhecimento e serão reajustadas por ocasião do estudo de situação (planejamento detalhado). 3-6. PLANEJAMENTO DA UTILIZAÇÃO DO TEMPO a. É necessário que inicialmente seja confeccionado um quadro-horário que adeqüe as atividades de planejamento e preparação ao tempo disponível, de modo que todas as ações tenham hora específica para sua realização. b. O quadro-horário é confeccionado com tempos estimados que serão confirmados posteriormente. c. Para esta estimativa, além das imposições de horários e prazos especificados na missão, deve-se considerar, de um modo geral, o tempo total disponível e o tempo gasto nos deslocamentos. d. Quando o horário de partida não for imposto pelo escalão superior, o comandante da patrulha define-o, estimando o tempo necessário para execução das atividades subseqüentes à partida da patrulha. e. Definida a hora da ação no objetivo, serão relacionadas as atividades em ordem cronológica inversa, isto é, do último horário imposto ao recebimento da missão. Ao repartir o tempo disponível dentro desta ordem, terá sido confeccionado o seu quadro-horário. f. Imediatamente após a emissão da ordem à patrulha, deverá ser realizada a inspeção inicial e os primeiros ensaios, não podendo haver atividades dispersivas entre estas. g. Após uma atividade dispersiva (refeições, pernoites, inspeções e longos deslocamentos embarcados ou a pé), deverá ser destinado um tempo para novamente ensaiar a missão, podendo este ensaio ser verbal, relembrando a seqüência das ações. h. Ajustes: servirão para a complementação e para a reformulação de aspectos do aprestamento individual e coletivo, bem como de lapso de tempo para reajustar o quadro-horário, em função de eventuais atrasos nas atividades

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previstas. Normalmente serão inseridos antes da partida; após as refeições e dos primeiros ensaios; e após o reconhecimento aproximado do objetivo. i. A inspeção inicial deverá ter um tempo superior à inspeção final, sendo que o tempo destinado às mesmas deve permitir a correção dos problemas verificados. j. O tempo previsto para o reconhecimento no terreno deve permitir a adequada observação do dispositivo e das atividades do inimigo. Deve-se levar em consideração também a necessidade de se realizarem deslocamentos em sigilo e de se ocuparem várias posições de observação. l. O quadro-horário é um meio auxiliar de planejamento simples e o comandante da patrulha não deve esgotar o pouco tempo disponível em sua confecção. Mesmo que o quadro-horário não seja perfeito, ainda será muito útil, pois ordena as atividades e evita esquecimentos. m. O quadro-horário, a exemplo do planejamento preliminar, poderá sofrer modificações determinadas por dados obtidos no reconhecimento e será reajustado por ocasião do estudo de situação. n. Sempre que possível, na distribuição do tempo deverá se destinar a maior carga horária ao estudo de situação e aos ensaios. o. A ordem preparatória, sendo meramente administrativa, terá tempo de emissão inferior ao da ordem à patrulha. p. Segue, abaixo, um exemplo de quadro-horário a partir do término do recebimento da missão:

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3-7. ESTUDO DE SITUAÇÃO PRELIMINAR a. O estudo de situação é um processo lógico e continuado de raciocínio, pelo qual o comandante da patrulha considera todas as circunstâncias que possam interferir no cumprimento da missão. b. Para se assegurar de que os vários fatores que influenciam as operações militares recebam sejam examinados de forma lógica e ordenada, são utilizados vários métodos para a resolução de problemas, dentre os quais ressaltase o estudo de situação preconizado pelo artigo V deste capítulo. O conhecimento, a experiência e o discernimento do comandante da patrulha irão influenciar na seleção da melhor linha de ação a ser adotada. c. A profundidade com que este estudo de situação preliminar deverá ser realizado está condicionada a diversos fatores, dentre os quais destacam-se os dados disponíveis nesta etapa do planejamento e o tempo que o comandante da patrulha dispõe para o cumprimento de sua missão. Deve-se levar em consideração, também, o fato de que há necessidade de se proporcionar o máximo de tempo de preparação para o combate. d. O método de estudo de situação apresentado, apesar de lógico e útil, não é rígido. Não há necessidade de se esgotar um parágrafo antes de se passar ao seguinte. Dentro do quadro geral do estudo de situação podem ser realizadas diversas análises e estudos parciais, revendo e acrescentando, a este estudo, aspectos que se tornarem necessários. e. Em síntese, o grande objetivo do estudo de situação preliminar é se chegar a uma concepção inicial de como se pretende cumprir a missão. Dessa forma, ter-se-á condições de organizar a patrulha em pessoal e material. O estudo de situação detalhado, que será realizado oportunamente, após a execução do reconhecimento, poderá alterar alguns aspectos concebidos nesta fase inicial do planejamento. 3-8. PLANEJAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DE PESSOAL E MATERIAL a. Após o planejamento da utilização do tempo, do estudo de situação preliminar e já tendo identificada no estudo sumário da missão, a seqüência das ações a realizar, o comandante da patrulha deve organizar os escalões e os grupos, decidindo qual material, equipamento e armamento a serem conduzidos no cumprimento da missão, bem como a serem utilizados no reconhecimento e no ensaio. Para isso, poderá valer-se do quadro de organização de pessoal e material (QOPM) preenchido em duas vias. Uma dessas vias será repassada diretamente ao gerente da patrulha ao final da ordem preparatória. Ver no anexo "A" um exemplo preenchido. b. Na organização da tropa para o cumprimento da missão, o comandante da patrulha buscará constituir os diversos grupos de maneira a manter a integridade tática da fração.

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c. Normalmente, a patrulha se constituirá de 2 (dois) escalões: um voltado para o cumprimento da missão (escalão de reconhecimento ou escalão de assalto) e o outro para segurança da patrulha (escalão de segurança). Cada escalão é formado por um ou mais grupos, conforme decisão do comandante da patrulha que também define seus efetivos. d. A coordenação dos escalões é responsabilidade do comandante da patrulha, que poderá contar com alguns auxiliares, constituindo o grupo de comando. e. Peculiaridades do grupo de comando: (1) poderá ser constituído somente pelo comandante da patrulha; (2) o subcomandante da patrulha pode ter esta única função, integrando o grupo de comando; ou, o mais normal, comandar também um dos escalões; (3) o pessoal recebido em apoio (guias, motoristas, médico etc) estará compondo um grupo específico da missão quando participar das atividades desde a partida até o regresso às linhas amigas. Caso contrário, irá compor o grupo de comando. EXEMPLO 1 - Piloto de voadeira conduz Gp Seg 1 até determinado ponto, abica e aguarda o retorno do Gp Seg para o retraimento. Neste caso, o piloto será integrante do Gp Seg 1. EXEMPLO 2 - Piloto de voadeira conduz Gp Seg até determinado ponto. O grupo desembarca e não mais retorna à posição. O piloto, a partir daí, retorna às linhas amigas. Neste caso, o piloto compõe o grupo de comando. f. Alguns homens podem receber atribuições específicas durante a preparação e/ou execução da patrulha, não pertencendo, portanto, ao grupo de comando. Essas atribuições, desempenhadas cumulativamente com as demais são, dentre outras, as que se seguem: (1) Subcomandante - É o eventual substituto do comandante em qualquer fase da missão. Auxilia o comandante no planejamento, coordena as medidas administrativas (ordens, ensaios, refeições, inspeções etc). Fiscaliza as atividades de preparação do rádio-operador. Providencia a presença e organiza a patrulha para emissão de ordens (inclusive elementos em apoio). Conduz o ensaio. Deslocase onde melhor possa auxiliar o comandante, normalmente à retaguarda da patrulha (não é necessariamente o último homem). Controla o efetivo e rodízio de material, se for o caso (durante deslocamentos, altos, reorganização, ultrapassagem de pontos críticos). Coordena a redistribuição da munição e de outros materiais, se for o caso. Verifica a esterilização das áreas dos alto-guardados, objetivo, áreas de reunião etc. (2) Gerente - É o elemento encarregado de material e suprimentos. Deve providenciar este material e os suprimentos necessários, de acordo com a relação confeccionada pelo comandante da patrulha, e distribuí-los, mantendo o controle de modo que a patrulha esteja aprestada na hora da Ordem à Patrulha. No regresso da missão, recolhe o material distribuído e apresenta ao comandante as alterações. 3-7


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(3) Equipe de navegação - Auxilia o comandante da patrulha na orientação e navegação. Podem ser escalados, de acordo com a necessidade, elementos nas funções de: homem-bússola, homem-carta, homem-ponto e homem-passo. Sob coordenação do homem-carta, esta equipe prepara o caixão de areia ou meio similar a ser utilizado na Ordem à Patrulha e prepara o quadro auxiliar de navegação. (4) Observadores do objetivo - Em determinadas missões, após o reconhecimento aproximado do objetivo, não comprometendo o sigilo da missão, elementos da patrulha poderão permanecer próximo ao objetivo com intuito de observar possíveis alterações do dispositivo inimigo. (5) Homem-tempo – É o elemento responsável por alertar ao comandante sobre os horários a serem cumpridos, estabelecidos pelo quadro-horário, principalmente na ação no objetivo propriamente dita. (6) Homem-saúde – além das atividades afetas aos primeiros-socorros, é também encarregado de realizar as medidas relativas ao contra-rastreamento e esterilização das posições estáticas ocupadas pela patrulha. (7) Rádio-operador - Miniaturiza, codifica e impermeabiliza extratos da IE Com Elt e outros códigos particulares da patrulha. Prepara o material de comunicações para a missão (verifica o funcionamento do material, limita o combinado, impermeabiliza o material de comunicações, se for o caso, pré-sintoniza o equipamento rádio). Prepara e conduz antenas improvisadas,se for o caso. Instala equipamento fio, se for o caso. Explora e mantém as comunicações, com escalão superior, se for o caso. Age como mensageiro, conforme determinação do comandante da patrulha. Lembra o comandante dos horários de ligação previstos. ARTIGO III OBSERVAÇÃO E PLANEJAMENTO DO RECONHECIMENTO

3-9. GENERALIDADES a. Embora o reconhecimento seja realizado após a emissão da Ordem Preparatória, o seu planejamento deve ser feito antes da patrulha receber a ordem e iniciar a sua preparação. b. Antes da realização do reconhecimento, deverão ser analisados os riscos e o tempo necessário para o planejamento, preparação e execução do mesmo. A sua finalidade é colher o máximo de dados sobre o terreno, itinerário planejado, objetivo, situação do inimigo etc. c. Sempre que possível, deverá ser realizado o reconhecimento no terreno, além do estudo das cartas da região, fotografias aéreas e outros meios disponíveis. A execução do reconhecimento deve ser autorizada pelo escalão superior, pois a sua realização pode comprometer a missão principal. 3-8


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d. O planejamento do reconhecimento deve abordar todas as fases de uma missão de patrulha. 3-10. PLANEJAMENTO DO RECONHECIMENTO a. Dados iniciais para o reconhecimento (1) Meios e tempo disponível (planejamento da utilização do tempo). (2) O comandante deverá prever para o reconhecimento militares responsáveis pelas seguintes atividades: - comando dos integrantes da patrulha que não participam do reconhecimento; - orientação; - comunicações; - comandantes de grupo (a critério do comandante da patrulha); e - elementos de segurança. (3) Visualização da seqüência das ações a realizar durante o reconhecimento. b. Após a análise desses aspectos, deve-se decidir como realizar a ação de reconhecer por intermédio de: (1) meios disponíveis (fotografias aéreas, fotos de satélites, filmagens etc); (2) reconhecimento no terreno, uniformizado, com ou sem a presença do inimigo, ou força adversa; e (3) reconhecimento no terreno, descaracterizado, com ou sem a presença do inimigo ou força adversa. c. O comandante da patrulha planeja a execução do seu reconhecimento definindo “o quê” e “de onde reconhecer”. (1) O quê? (a) Obstáculos (b) Pontos críticos (c) Características do terreno no itinerário e objetivo (d) Objetivo propriamente dito (e) Dispositivo, composição e valor do inimigo (f ) Outros (2) De onde? Locais a serem ocupados ou percorridos durante o reconhecimento. d. Planejar a segurança para as atividades de reconhecimento. e. Deve ser confeccionado um quadro-horário e um QOPM do reconhecimento, bem como ser realizado um ensaio. 3-9


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f. Como já visto anteriormente, o planejamento do reconhecimento deve ser feito antes da emissão da ordem preparatória para que, no QOPM, já esteja incluso o material do reconhecimento. Na ordem preparatória, o comandante deve informar à patrulha, de maneira sucinta, sobre o reconhecimento. Após a ordem preparatória, o comandante deve reunir os homens que irão ao reconhecimento e emitir uma ordem pormenorizada. g. Confeccionar um quadro auxiliar (sugestão):

OBSERVAÇÃO - Deverá ser conduzido somente o material necessário ao reconhecimento. 3-11. ORDEM PREPARATÓRIA a. A ordem preparatória tem a finalidade de orientar a preparação individual e coletiva da patrulha para o cumprimento da missão. b. O comandante da patrulha deve empenhar-se em emitir sua ordem no mais curto prazo possível, de modo a permitir à patrulha o tempo adequado ao aprestamento. c. Caso se torne impraticável a emissão da ordem preparatória a todos os elementos da patrulha, ela deve ser emitida aos comandantes subordinados que a retransmitirão a seus homens. d. Antes da expedição da ordem preparatória, o SCmt deverá organizar a patrulha conforme o planejamento do comandante, apresentando-a no local determinado para a emissão da referida ordem. e. Roteiro comentado para a transmissão da ordem preparatória: 1. SITUAÇÃO (ambientar a patrulha) Ambientar a patrulha em relação a sua situação e localização no contexto da operação em andamento (podendo para tal, fazer uso de esboços, croquis etc). Em seguida, expor de forma sucinta os motivos que provocaram a reunião do pelotão e sua organização como patrulha, valendo-se, neste momento, da última situação particular. a. Forças inimigas (até dois escalões acima) Abordar de forma genérica, tecendo considerações a respeito da sua provável localização, da sua natureza e valor (grupo de homens de forças adversas, tropas blindadas, anfíbias, aeromóveis, valor GC, Pel etc), tratando 3 - 10


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até dois escalões acima, quando houver definição dos escalões que enquadram o inimigo. b. Forças amigas (até dois escalões acima) Também de forma genérica, abordar até dois escalões acima as tropas amigas que operam na área, indicando sua localização e definindo a sua natureza e valor (Pel C Mec Rfr, Cia Fuz Mtz, BIB etc), bem como meios recebidos e retirados. 2. MISSÃO Transmitir à patrulha exatamente a missão recebida do escalão superior (utilizando os meios visuais disponíveis), buscando, posteriormente, em função do grau de adestramento dos patrulheiros, clarificar as ações táticas a realizar (quando e onde). 3. QUADRO-HORÁRIO Transmitir os horários de interesse para a patrulha e os locais de reunião para as atividades previstas nestes horários. 4. ORGANIZAÇÃO (Ver QOPM) Neste momento, de posse do QOPM, o comandante determina que, grupo a grupo, os homens individualmente enunciem suas funções na patrulha. 5. UNIFORME E EQUIPAMENTO INDIVIDUAL Transmitir que uniforme e equipamento individual cada homem ou grupo conduzirá, conforme QOPM (considerar a possibilidade de utilização de roupa civil, mochilas vazias para condução, resgate ou captura de material etc). 6. ARMAMENTO E MUNIÇÃO Transmitir que armamento e munição cada homem ou grupo conduzirá, conforme QOPM, tecendo comentários a respeito das verificações necessárias quando da apanha do material. 7. MATERIAL DE COMUNICAÇÕES Transmitir que material de comunicações cada homem ou grupo conduzirá, conforme QOPM. 8. MATERIAL DE DESTRUIÇÕES Transmitir que material de destruições cada homem ou grupo conduzirá, conforme QOPM. 9. MATERIAL ESPECIAL Transmitir que material especial cada homem ou grupo conduzirá, conforme QOPM. 10. RAÇÃO E ÁGUA

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Transmitir que ração e quantidade de água cada homem ou grupo conduzirá, conforme QOPM. 11. MATERIAL PARA RECONHECIMENTO Transmitir que material para o reconhecimento cada homem ou grupo conduzirá, conforme QOPM. 12. MATERIAL PARA ENSAIO Transmitir que material para ensaio cada homem ou grupo conduzirá, conforme QOPM. 13. RECONHECIMENTO Informar quem irá no reconhecimento, checar o material a ser conduzido, local do briefing e horário da partida. 14. COMUNICAÇÕES - Senha, contra-senha, sinal de reconhecimento e horário de mudança de senha. - Senha e contra-senha para os contatos. - Indicativos rádio. - Autenticações. - Horários de ligação. - Prescrições rádio. - Sinais convencionados. - Outros dados das IE Com Elt. - Processos de codificação. 15. DIVERSOS a. Instruções particulares (atribuir responsabilidades) - Auxílio ao comandante no planejamento detalhado. - Auxílio ao gerente na apanha e distribuição do material. - Definir o local e o processo para distribuição do material (todos, por escalão, por grupo etc) - Auxílio à equipe de navegação na preparação do caixão de areia. - Auxílio ao subcomandante na preparação dos meios visuais (quadros). - Testes e preparação dos diversos materiais. - Determinar, após todo o aprestamento, que sejam ensaiados os procedimentos que já fazem parte das NGA do pelotão/patrulha. EXEMPLO - Sinais e gestos para deslocamentos a pé ou fluviais etc. 3 - 12


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CI 21-75-1 b. Outras prescrições

- Estabelecer a cadeia de comando, principalmente quando a patrulha receber outros elementos de manobra em reforço, determina que os comandantes de escalão e grupo (e outros graduados) permaneçam de pé e inicia a transmissão da cadeia de comando. - Informar o local em que estará fazendo o planejamento detalhado. - Informar o local e a hora da próxima reunião. - Acerto dos relógios. - Retirada de dúvidas. ARTIGO IV RECONHECIMENTO

3-12. GENERALIDADES Sempre que a situação permitir, deve-se buscar realizar um reconhecimento detalhado não só do objetivo como também do itinerário a ser percorrido pela patrulha. Entretanto, ressalta-se que durante o recebimento da missão o comandante da patrulha já deverá questionar o escalão superior quanto à possibilidade da execução do mesmo. 3-13. RECONHECIMENTO a. Após a emissão da ordem preparatória, enquanto a patrulha se prepara, os elementos que foram selecionados realizam o reconhecimento procurando o maior número de dados sobre o objetivo e a situação do inimigo, com a finalidade de complementar detalhadamente o seu planejamento. b. O comandante da patrulha deve atentar para a dimensão do reconhecimento quando enquadrado em uma atividade de combate. Neste caso, essa passa a ser uma missão de menor porte dentro da missão principal. Sendo assim, surge também a necessidade de, durante o planejamento preliminar (se for o caso), elaborar-se uma estória-cobertura para descaracterizar de maneira adequada a ação de reconhecimento. Uma estória bem estruturada e de conhecimento aprofundado, aliada a uma seleção criteriosa do pessoal envolvido na ação serão fatores imprescindíveis ao êxito da missão. c. O material a ser utilizado neste tipo de atividade poderá ser o mais variado possível, desde que atenda ao cumprimento do objetivo estabelecido. Poderão ser utilizados, para fins de reconhecimento, máquinas fotográficas, máquinas filmadoras, contatos com os indivíduos da região (elaboração de croqui da área), dentre outros artifícios. Consoante isto, o comandante da patrulha deverá ter uma 3 - 13


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atenção maior para o contexto em que será empregada a tropa na ação, isto é, se caracterizada ou não. O fato de a tropa estar atuando descaracterizada requer uma série de medidas dissimulativas deste pessoal, com objetivo de enquadrálos dentro de uma situação rotineira e atinente ao local ou região de atuação. ARTIGO V ESTUDO DE SITUAÇÃO

3-14. CONSIDERAÇÕES BÁSICAS a. O estudo de situação é um processo lógico e continuado de raciocínio, pelo qual o comandante de patrulha considera todas as circunstâncias que possam interferir no cumprimento da missão. b. O estudo de situação baseia-se nos fatores abaixo discriminados. (1) Missão - O comandante da patrulha procura definir, claramente, as ações a realizar, seqüenciando-as de maneira lógica, a fim de assegurar o preparo e a execução das ações necessárias ao cumprimento da missão. (2) Inimigo - O comandante da patrulha analisa os dados levantados no reconhecimento e aqueles recebidos do escalão superior, concluindo sobre: atitude, valor, experiência, grau de instrução, desdobramento do inimigo no terreno, tempo, capacidade de reforço etc. Ele deve, ainda, levantar as ações que o inimigo é capaz de realizar e que, se efetuadas, influenciarão no cumprimento da nossa missão. (3) Terreno e condições meteorológicas - O comandante da patrulha considera os aspectos gerais (relevo, vegetação, natureza do solo, hidrografia, obras de arte, localidades, população e condições meteorológicas). Este estudo visa integrar os melhores momentos para as suas ações e identificar os itinerários que restringem ou impedem o movimento da patrulha. Conhecendo os itinerários mais adequados à situação, o comandante da patrulha realiza o estudo dos aspectos militares do terreno. (a) Observação e campos de tiro, concluindo sobre: - possibilidades de observação amiga e inimiga; - necessidade de neutralização da observação inimiga; - campos de tiro rasantes; - condições dos campos de tiro para as armas de tiro curvo; - domínio de fogos; e - coordenação entre os elementos vizinhos. (b) Cobertas e abrigos, concluindo sobre itinerários desenfiados. (c) Obstáculos, concluindo sobre as regiões que apresentam maiores ou menores facilidades para a progressão. 3 - 14


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(d) Acidentes capitais, concluindo sobre as regiões que permitem a montagem e o desembocar das ações no objetivo e que oferecem segurança às ações a realizar. (e) Outros aspectos (itinerários, rotas de aproximação aérea etc). (4) Meios - O comandante da patrulha deve apreciar os recursos humanos e materiais disponíveis. Ele deve procurar empregar seus meios de forma a levantar a melhor linha de ação para o cumprimento da missão. (5) Tempo - O comandante da patrulha deve analisar o tempo disponível para o cumprimento da missão. Este estudo inicia-se no planejamento preliminar, quando da confecção do quadro-horário. Os tempos estimados para as diversas fases são detalhados e, conforme o estudo realizado, redefinidos. Ele poderá concluir sobre a adoção de maiores ou menores medidas de segurança durante a execução da missão, tempo disponível para ensaios etc. c. O comandante da patrulha deve levantar as ações que o inimigo é capaz de realizar e que, se adotadas, afetarão favorável ou desfavoravelmente o cumprimento da sua missão. d. Em seguida, deve-se integrar todos os conhecimentos obtidos nesse estudo de situação, a fim de levantar linha(s) de ação lógica(s) e viável(is) que permita(m) o cumprimento integral da missão. e. O próximo passo do estudo de situação do comandante da patrulha é a comparação das linhas de ação levantadas (quando mais de uma for levantada), realizada com base no terreno, na rapidez (fator tempo), no dispositivo inimigo, no nosso dispositivo e nos princípios de guerra (simplicidade, objetivo, massa, segurança, ofensiva, manobra, surpresa, economia de forças e unidade de comando). f. Ao final deste estudo, o comandante terá chegado a uma decisão sobre como cumprirá a missão. 3-15. SEQÜÊNCIA DO PLANEJAMENTO a. Inicia-se pela coordenação com os apoios. (1) Com unidades em apoio ou reforço (fogo, naval, aéreo etc). (2) Contato com especialistas. (3) “Briefings” - Levar memento pronto. - Levar o integrante da patrulha empenhado no contato. - Acertar detalhes da ordem à patrulha e do ensaio conjunto. b. Após a coordenação, deve-se planejar: (1) Ação no Objetivo

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(a) Plano de reconhecimento aproximado (o quê reconhecer, seqüência, quem, onde, por onde, medidas de coordenação e controle, missões específicas, horários, condutas, quem permanece com olhos no objetivo). A fim de manter o militar mais antigo que permanecer com a patrulha informado a respeito do reconhecimento, o comandante, antes de sair, deverá reunir-se com ele e abordar os pontos de contingência, a saber (Q3OM): - QUEM vai com ele e que itinerários serão percorridos? - QUANTO tempo ele pretende ficar fora? - QUEBRA DO SIGILO (o que ele fará se for quebrado o sigilo no reconhecimento e o que a patrulha fará; e o que o comandante fará se a patrulha for plotada?) - ONDE o comandante (ou elementos que vão no reconhecimento) vai (vão)? - Conferir/testar todo o MATERIAL a ser conduzido. OBSERVAÇÃO - O Q3OM refere-se a tópicos essenciais de coordenação e controle da patrulha. O mnemônico pode ser empregado nas situações em que os integrantes da patrulha tenham que se separar para cumprir missões distintas. No momento da separação, o comandante da fração a ser destacada utilizará o processo mnemônico do Q3OM para que, dentre outros aspectos, não se esqueça dos itens que deve checar antes da saída. (b) Tomada do dispositivo (seqüência de liberação dos grupos, quem, onde, por onde, medidas de coordenação e controle, missões específicas, horários e condutas). (c) Ação no objetivo propriamente dita (confeccionar o esquema de manobra, caracterização do início da ação, detalhar cronologicamente quem vai fazer o quê, como, para quê e selecionar a técnica de assalto). (d) Retraimento ao PRPO (seqüência, quem, onde, por onde, medidas de coordenação e controle, horários, condutas etc). (e) Reorganização (cheque de baixas, armamento, equipamento e munição). (2) Deslocamento até o PRPO (a) Plano de carregamento e embarque (considerar os diversos trechos do itinerário, seguindo os princípios da auto-suficiência das vagas, distribuição de valores, manutenção da integridade tática, previsão de panes e seqüenciamento). (b) Itinerário principal e secundário (com linhas e pontos de controle). (c) Pontos de reunião no itinerário. (d) Coordenação com homem-carta. (e) Levantar azimutes, distâncias e azimute de fuga (confecção do quadro auxiliar de navegação). (f) Conduta da patrulha - Alto guardado, alto em segurança e no PRPO. 3 - 16


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- Formações, ordem de movimento, rodízio de material etc. - Partida e regresso das linhas amigas. - Verificar pontos de reunião e prazos correspondentes (tempo de permanência e sinal de abandono). - Atuação nos contatos. - Ação nas zonas perigosas e pontos críticos. (3) Regresso - Abordar os mesmos itens de infiltração (deslocamento até o PRPO), no que for aplicável. - Sempre que possível, o retraimento deverá ocorrer por um itinerário diferente do utilizado pela patrulha no deslocamento de ida. - Devem ser evitadas ao máximo trilhas e estradas. (4) Outros (a) Armamento e munição. (b) Uniforme e equipamento. (c) Conduta com inimigos feridos e prisioneiros (antes e após a ação no objetivo, considerando as regras de engajamento para a missão). (d) Conduta com feridos e mortos amigos (antes e após a ação no objetivo). (e) Sinais e gestos a praticar. (f) Comunicações com o escalão superior. (g) Senha, contra-senha e sinais de reconhecimento: do escalão superior e da patrulha. (h) Posição do comandante, do subcomandante e dos comandantes de grupo nos deslocamento e na ação no objetivo. (i) Hora do dispositivo pronto. (j) Hora da partida. (l) Reorganização após dispersão (importante relatório de BEM – Baixas, Equipamento e Munição / Armamento). (m) Revezamento do material pesado (sem comprometer o emprego adequado do mesmo). (n) Conduta como prisioneiro de guerra (PG). (o) Situações de contingência. (p) Conduta para o pernoite (base de patrulha, área de reunião clandestina, área de reunião). (q) Medidas especiais de segurança. (r) Contato com elementos amigos infiltrados (quem, como, senha etc). (s) Ligações com outras patrulhas.

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(t) Linhas de controle. (u) As técnicas de ação imediata (TAI), defensivas e/ou ofensivas. (5) Planejamento do ensaio. ARTIGO VI ORDENS

3-16. GENERALIDADES a. Após a realização do planejamento detalhado, o comandante da patrulha preparar-se-á para a condução da ordem à patrulha. b. A ordem à patrulha tem por objetivo informar aos integrantes da fração as características da missão a ser cumprida, o seu desenvolvimento, bem como, estabelecer as missões específicas individuais, dos grupos e/ou escalões. c. A ordem à patrulha é emitida de forma verbal e contínua. d. A ordem à patrulha estabelece procedimentos, condutas alternativas e as diversas prescrições necessárias ao cumprimento da missão. e. Normalmente, ao início da ordem à patrulha, a fração já deverá estar em condições de partir. Entende-se, com isso, que ela já deverá estar aprestada, com o armamento, equipamento, material de comunicações e material especial necessários ao cumprimento da missão. É importante que a fração já esteja organizada em seus escalões e grupos e com a camuflagem individual feita. f. É admissível que, em missões complexas, com longo tempo para ordens e ensaios, a ordem a patrulha seja executada sem a fração ainda estar aprestada. g. O tempo destinado à emissão da ordem é flexível, variando de acordo com a complexidade da missão e o tempo disponível ao cumprimento da mesma. Deve-se considerar, porém, que a ordem deve ser clara e objetiva, destinando-se o máximo de tempo aos ensaios. h. A ordem à patrulha deve ser apoiada ao máximo em meios visuais, de forma a permitir o melhor entendimento possível por parte dos patrulheiros. São exemplos de meios a serem utilizados: caixões de areia (sempre que possível, um para os itinerários de ida e retorno e outro para a ação no objetivo), quadro branco, quadro negro, quadros murais de papel pardo ou semelhante, maquetes, apresentações em computador, fotografias, filmes etc. i. No anexo "B" são apresentados exemplos de meios visuais que poderão ser utilizados durante a emissão da ordem. j. Durante a execução dos ensaios pode ser necessário o retorno ao caixão de areia para a retificação de planejamento e/ou emissões de novas ordens.

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l. Em determinadas situações, a ordem pode ser transmitida diretamente aos comandantes de escalão/grupo, e estes, por sua vez, a repassarão aos seus respectivos patrulheiros. 3-17. ORDEM À PATRULHA 1. SITUAÇÃO (Situar a patrulha no terreno, caixão de areia, croquis e/ou cartas; informar à patrulha o que deu origem à missão; informações da situação geral essenciais para conhecimento e compreensão da situação existente). a. Forças Inimigas (até dois escalões acima) - Informar à tropa as forças inimigas presentes na área de operações que possam influenciar a ação da patrulha. - Transmitir à tropa dados relevantes, tais como: localização, efetivo, valor, dispositivo, armamento, equipamento, uniforme, identificação, atividades recentes e atuais, movimentos, atividades da Força Aérea, procedimentos rotineiros, moral, tempo de reforço, apoios, nível de adestramento etc. b. Forças Amigas (até dois escalões acima) - Informar a localização, limites de zona de ação, contatos, apoios (de fogo, aéreo etc), outras patrulhas e atividades da Força Aérea. c. Meios recebidos e retirados - Quais, a partir de quando e até quando. d. Área de Operações e Condições Meteorológicas - Apresentar as conclusões a respeito das conseqüências para nossa patrulha sobre o ICMN/FCVN, as fases da lua (influência sobre a visibilidade), a neblina, os ventos, as chuvas, a temperatura e o gradiente para emprego de fumígenos. - Apresentar as conclusões, ainda, sobre os aspectos fisiográficos do terreno: sistema hidroviário, relevo, vegetação, considerando informações do escalão superior, informações de especialistas de área, reconhecimentos, estudos da carta etc. 2. MISSÃO - O comandante da patrulha deverá transmitir a missão conforme a tenha recebido do escalão superior. Para uma perfeita compreensão dos patrulheiros, poderá ser feita uma breve explicação das ações a serem realizadas.

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3. EXECUÇÃO a. Conceito da Operação - Neste item, o comandante da patrulha faz uma descrição SUCINTA de como pretende cumprir a missão na seqüência cronológica das ações. - O objetivo desta explanação é transmitir uma noção de conjunto das ações a serem realizadas pela patrulha, procurando-se facilitar o entendimento posterior das ordens particulares. - Não é fornecido qualquer detalhe de coordenação ou execução. - São abordados os seguintes aspectos: processo de deslocamento e itinerário de ida, ocupação do PRPO, reconhecimento aproximado, tomada do dispositivo, ação no objetivo, retraimento para PRPO, reorganização e regresso às linhas amigas. b. Ordens aos Elementos Subordinados - Este é o ponto, no memento do comandante da patrulha, em que deverão ser estabelecidas as responsabilidades pelas ações a serem realizadas. Este procedimento deverá seguir uma seqüência cronológica a fim de caracterizar as ações, deixando as medidas de coordenação e controle para serem definidas no item “prescrições diversas”. É importante que a enunciação destas ordens ocorra de forma a abordar as ações a serem realizadas por um determinado escalão, grupo ou homem nas principais fases da missão. - Existem dois processos usualmente utilizados para a explanação deste item, a saber: 1º PROCESSO: - Transmitir as missões separadamente por escalões e grupos, seguindo a seqüência das ações a realizar, a partir do deslocamento de ida até o retorno às linhas amigas. Em ações complexas, que exijam a ação isolada dos escalões ou grupos, este processo poderá ser o mais conveniente. 2º PROCESSO: - Apresentar as missões aos escalões e grupos à medida que as ações forem abordadas, ou seja, o comandante da patrulha escalona as ações numa seqüência cronológica do deslocamento de ida ao regresso às linhas amigas, atribuindo responsabilidades em cada ação separadamente. c. Prescrições diversas Neste item são abordados os seguintes tópicos: 1) Hora do dispositivo pronto para início do deslocamento 2) Deslocamento até o PRPO a) Hora de Partida.

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b) Itinerário de ida (conforme quadro auxiliar de navegação). c) Meios, processos de deslocamento e medidas de coordenação e controle nos diversos trechos. d) Formação inicial e ordem de movimento. e) Planos de embarque e carregamento (SFC). f) Prováveis pontos de reunião. g) Segurança nos deslocamentos e altos. h) Passagem pelos postos avançados amigos. i) Ocupação do PRPO. 3) Ação no objetivo a) Reconhecimento aproximado do objetivo (o que reconhecer, seqüência, quem, onde, por onde, medidas de coordenação e controle, missões específicas, horários etc). b) Tomada do dispositivo (seqüência e liberação dos grupos, quem, onde, por onde, medidas de coordenação e controle, missões específicas, horários etc). c) Ação no objetivo (caracterização do início da ação, detalhar cronologicamente quem faz o quê, como e para quê). d) Retraimento para o PRPO (seqüência, quem, onde, por onde, medidas de coordenação e controle, horários etc). e) Reorganização no PRPO (cheque de baixas, equipamento, munição/ armamento - BEM). 4) Regresso a) Hora de regresso. b) Itinerário de regresso. c) Meios, processos de deslocamento e medidas de coordenação e controle nos diversos trechos. d) Formação inicial e ordem de movimento. e) Planos de embarque e carregamento (SFC). f) Prováveis pontos de reunião. g) Segurança nos deslocamentos e altos. h) Passagem pelos postos avançados amigos. 5) Outras Prescrições a) Situações de contingência (nas diversas fases da operação). 3 - 21


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b) Ações em áreas perigosas e pontos críticos (POCO - Pare, Olhe, Cheire e Ouça). c) Ações em contato com o inimigo (TAI). d) Reorganização após dispersão. e) Tratamentos com prisioneiro de guerra, mortos e feridos inimigos. f) Conduta com mortos e feridos amigos. g) Conduta ao cair prisioneiro de guerra. h) Conduta para pernoites (base de patrulha, área de reunião e área de reunião clandestina). i) Medidas especiais de segurança. j) Destino do material especial. l) Rodízio de material pesado. m) Contato com elemento amigo. n) Ligação com outras patrulhas. o) Prioridades nos trabalhos de organização do terreno. p) Linhas de controle. q) Apoio de fogo (onde, até quando e como solicitar). r) Documentos a serem conduzidos (procedimentos para destruição). s) Procedimentos para ensaios e inspeções. t) Elementos essenciais de inteligência (EEI). u) Estória-cobertura coletiva. v) Conduta com civis. x) Azimutes de fuga (SFC). 4. LOGÍSTICA - Ração e água. - Armamento e munição. - Prescrições para consumo e ressuprimento. - Uniforme e equipamento especial. - Localização do homem-saúde. - Local do posto de socorro (PS), posto de refúgio e posto de coleta de prisioneiros de guerra. - Processo de evacuação (pessoal e material).

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CI 21-75-1 - Medidas de saúde e higiene. 5. COMANDO E COMUNICAÇÕES - Processo de codificação da IE Com Elt. - Senhas e contra-senhas (horários para mudança). - Sinais de reconhecimento. - Sinais de ponto limpo e de ponto ativado. - Freqüências principais e alternativas (sinais para mudança). - Indicativos. - Autenticações. - Horários para contato. - Sinais convencionados.

- Localização do comandante e do subcomandante (durante o ensaio e todas as fases da ação). - Cadeia de comando. - Dúvidas? - Cheque do acerto dos relógios. OBSERVAÇÃO - É importante que os itens referentes ao parágrafo 5º sejam memorizados por todos. A IE Com Elt deve ser conduzida codificada. Todos os integrantes da patrulha deverão saber quem está conduzindo a IE Com Elt e onde ela está guardada. Ao término da emissão da ordem, deverá ser feito um cheque rigoroso de cada detalhe da missão a ser cumprida. ARTIGO VII FISCALIZAÇÃO

3-18. INSPEÇÃO INICIAL a. Finalidade A inspeção inicial visa a permitir ao comandante da patrulha uma avaliação sobre o grau de preparação dos homens, quanto ao conhecimento detalhado da missão, bem como o moral da tropa, o estado do equipamento e do armamento. b. Ações a realizar (1) A inspeção inicial é realizada, preferencialmente, logo após a transmissão da ordem à patrulha. Ela deve ser dividida em duas fases, uma tática e outra material. Nesta ocasião, serão inspecionados todos os integrantes da 3 - 23


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patrulha, inclusive os elementos em apoio recebidos (motorista, guia, prático, piloto, atendente etc). (a) Parte tática - Verificação do conhecimento individual sobre a missão, bem como senhas, contra-senhas, sinais de reconhecimento, sinais de ponto limpo e ponto ativado, códigos, missões específicas, indicativos, prescrições rádio, estóriacobertura, horários de ligação, sinais convencionados e processos de autenticação /codificação. - Deve ser realizada, sempre que possível, após a transmissão da ordem à patrulha, no próprio caixão de areia, ocultando os meios visuais. Deverá ser conduzida pelo comandante da patrulha, buscando fazer um sincronismo entre os grupos em todas as fases da patrulha. Ou seja, desde a partida até o regresso. - O comandante da patrulha fará, inicialmente, perguntas aos integrantes da patrulha para verificar se há alguma dúvida sobre a missão, principalmente aos patrulheiros com missões específicas. - Posteriormente, fará uma espécie de teatro verificando todas as ações desde a ordem de embarque, passando pela ordem de deslocamento, ocupação do PRPO, reconhecimento aproximado, tomada do dispositivo, ações no objetivo, retraimento para o PRPO, reorganização e regresso. Esta atividade deverá ser realizada na ordem cronológica dos acontecimentos, quando o comandante irá citar as ações a serem realizadas enquanto os comandantes de grupo, utilizando-se de cartões com os nomes de suas frações, os colocarão no caixão de areia na ordem de execução. EXEMPLO - O comandante citará a primeira ação a ser executada (ordem de deslocamento da base até o PRPO). Neste instante, o comandante do primeiro grupo da coluna de marcha colocará o seu cartão no caixão de areia e explicará sucintamente as atribuições do seu grupo. Em seguida, sem receber ordem alguma, o comandante do próximo grupo na ordem de deslocamento colocará o seu cartão. Sucessivamente, os demais comandantes de grupo tomarão o mesmo procedimento. Na seqüência, o comandante da patrulha ditará o momento da chegada ao local do PRPO e perguntará que atividade o primeiro grupo deverá desenvolver. Então o comandante do primeiro grupo explanará as ações dos seus homens e colocará o seu cartão no setor correspondente ao seu grupo no dispositivo do PRPO, dentro do caixão de areia, seguido pelos outros comandantes de grupo. Desta forma, realizar-se-ão as outras atividades da patrulha até o retraimento.

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Fig 3-1. Inspeção inicial teórica - Desta maneira é possível ao comandante da patrulha verificar as dúvidas de seus comandados, assim como corrigir omissões ou erros na emissão da ordem à patrulha, de forma que ao realizar o ensaio haja o menor número de dúvidas quanto à sua execução. - Caso haja premência de tempo para uma inspeção teórica completa, conforme explicada anteriormente, o comandante da patrulha deverá fazer uma inspeção teórica sumária, abordando os ítens essenciais ao cumprimento da missão. (b) Parte material: - Nesta fase da inspeção, o comandante deve dispor seus homens de forma que seja possível a inspeção tátil e visual do uniforme, armamento, equipamento e material coletivo. Deve-se ressaltar que todo o teste e aprestamento do material deverá ser realizado por ocasião de seu recebimento e durante o planejamento detalhado, a cargo dos comandantes de grupo. - Uniforme e equipamento individual: ancoragem do equipamento, material conforme previsto no QOPM, relógios (horário, protetor, despertadores desligados etc), impermeabilização (mochila, kits etc), cantis plenos etc. - Armamento e munição: condições de manutenção, funcionamento, camuflagem, estrangulamento das bandoleiras, amarração dos zarelhos, travamento, alça de combate etc. - Material de destruição: condições de manutenção, funcionamento, preparação de cargas-tipo, acondicionamento e impermeabilização etc. - Material especial (viatura, embarcação, bolsa de primeiros socorros, GPS etc): condições de uso, funcionamento, acondicionamento e impermeabilização etc. - Material de comunicações: condições de manutenção, funcionamento (potência de saída etc), pré-sintonia, acondicionamento, ancoragem (combinado, antena, base de antena etc) e impermeabilização (rádio, combinado, caixa de bateria etc). 3 - 25


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- Documentação (extratos de carta, croquis de itinerários, extratos de IE Com Elt etc): codificação, impermeabilização, miniaturização, preparação para destruição e controle da distribuição etc. - Pessoal: camuflagem, estado físico etc. (2) A inspeção é de exclusiva responsabilidade do comandante da patrulha. Se o efetivo e o tempo disponível permitirem, o comandante acompanhado de seu subcomandante, após se inspecionarem, fazem a inspeção em cada um de seus homens e determina que o comandante de grupo, após ter sido inspecionado, o acompanhe. Os erros encontrados deverão ser sanados antes do ensaio. 3-19. ENSAIO a. Finalidade O ensaio visa a familiarizar os homens com o cumprimento da missão, praticando as tarefas que irão realizar e esclarecendo as possíveis dúvidas decorrentes da ordem à patrulha. Deverá ser conduzido de forma a obedecer rigorosamente ao que será executado no cumprimento da missão. Uma travessia de curso d'água; o uso do OVN e da máscara contra gases; dentre outros procedimentos, quando não ensaiados, poderão vir a comprometer o sucesso da missão devido a, dentre outros motivos: quebra de sigilo, danificação do material (impermeabilização mal feita) e dificuldade de observação (perda de profundidade ou embaçamento).

Fig 3-2. Ensaio b. Execução (1) O ensaio é planejado pelo comandante durante o planejamento detalhado e transmitido ao subcomandante para que este possa conduzi-lo. Ao final da ordem à patrulha, o subcomandante faz uma explanação oral, para que todos os homens entendam onde, como e o que vai ser ensaiado.

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(2) O comandante da patrulha observa o ensaio com o intuito de corrigir eventuais erros causados pelo não entendimento das ordens emanadas ou até mesmo para retificar o seu planejamento. (3) O ensaio não deve ser omitido, mesmo que os patrulheiros sejam experientes e adestrados. Não havendo tempo disponível para ensaiar todas as ações, dar-se-á prioridade à ação no objetivo, que é a fase mais importante da execução. Somente em caso de extrema premência de tempo deverá ser abortado o ensaio, visando única e exclusivamente o cumprimento da missão. (4) Deve-se ensaiar em terreno semelhante ao da região do objetivo. Se a patrulha for atuar à noite, devem ser realizados ensaios noturnos. (5) O ensaio deverá ser feito, inicialmente, por alguns patrulheiros com missões específicas. Depois, por grupo e, em seguida, por escalão. Por fim, com toda a patrulha. Ou seja, do particular para o geral. (6) Deverão ser ensaiadas as seguintes ações, dentre outras: (a) ações no objetivo (ênfase); (b) itinerário de ida e reorganização; (c) deslocamentos e altos (com os meios de transporte); (d) ações em áreas perigosas e pontos críticos; (e) ações em contato com o inimigo (TAI); (f) regresso; (g) ocupação de área de reunião, área de reunião clandestina e base de patrulha (SFC); (h) sinais e gestos convencionados; (i) transmissão de ordens (exploração dos meios de comunicações); (j) passagem nos postos avançados amigos; (l) mudança de formação; (m) plano de carregamento e embarque; (n) senhas e contra-senhas, sinais de reconhecimento, estóriacobertura; (o) medidas de segurança nas mudanças dos meios de infiltração; (p) transporte e rodízio de material coletivo; (q) lançamento de antenas improvisadas (rádio-operadores); e (r) ocupação do PRPO (camuflagem das mochilas). (7) Após o exaustivo ensaio de todas as fases do planejamento principal e havendo tempo disponível, o comandante da patrulha poderá ensaiar, na ordem de prioridade que julgar necessária, todas as situações de contingência.

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(8) O ensaio das normas gerais de ação da patrulha (TAI, sinais e gestos convencionados, formações de deslocamento etc) poderá ser realizado durante a fase do planejamento detalhado, na medida em que os patrulheiros forem finalizando o seu aprestamento, a cargo dos comandantes de grupo. (9) Se, após o ensaio, estiverem previstas atividades administrativas como pernoite ou descanso, deverá haver, antes da partida, outro ensaio para revisar as principais ações a serem executadas. Após outras medidas administrativas de pequeno intervalo de tempo, tais como refeições, a execução de outro ensaio ficará a critério do comandante.

3-20. INSPEÇÃO FINAL a. Finalidade A inspeção final, última atividade da patrulha antes da partida, visa a permitir ao comandante da patrulha verificar se os erros encontrados na inspeção inicial e no ensaio foram corrigidos. b. Ações a realizar (1) O comandante inspeciona o subcomandante e este inspeciona o comandante, posteriormente os dois inspecionam os demais integrantes da patrulha. (2) O subcomandante deverá conduzir uma via do QOPM com os itens essenciais para o cumprimento da missão, com o intuito de verificar se não há algum equipamento faltando. Esta via não deverá ser conduzida para a missão. (3) Todo integrante da patrulha deverá dispor, no lado interno da tampa da mochila, uma relação com o material coletivo que está conduzindo, a fim de facilitar, no caso de alguma eventual baixa, o controle do material coletivo essencial ao cumprimento da missão. (4) Após a verificação da camuflagem, da ajustagem do equipamento, dos cantis plenos, do estado físico dos homens e realizadas as devidas correções, o comandante da patrulha deverá comandar "CARREGAR AS ARMAS" e, em seguida, inspecionar se estão travadas.

Fig 3-3. Inspeção final 3 - 28


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CAPÍTULO 4 PATRULHAS EM AMBIENTES ESPECIAIS ARTIGO I CONSIDERAÇÕES INICIAIS

4-1. GENERALIDADES a. As operações em ambientes especiais ocorrem quando o combate é travado sob condições climáticas altamente desfavoráveis ou em terrenos difíceis. Em certas circunstâncias, podem ser necessários equipamentos adicionais e/ou treinamento especializado.

Fig 4-1. Infiltração de uma patrulha b. O terreno difícil pode reduzir a impulsão das operações ou canalizar o movimento das forças de combate, aumentando sua vulnerabilidade quanto à localização e identificação pelo inimigo. Em outros casos, o terreno pode oferecer cobertura e proteção natural contra os efeitos dos ataques inimigos. 4-1


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c. A utilização desse tipo de terreno pelas patrulhas pode aumentar as oportunidades para se obter a surpresa e favorecer a infiltração, as incursões e as operações das forças adversas. d. Neste capítulo, serão abordados aspectos relativos às patrulhas atuando na caatinga, na montanha, no pantanal, na selva, em áreas urbanas e em ambientes afetados por agentes químicos, biológicos ou nucleares. ARTIGO II PATRULHA EM ÁREA DE CAATINGA

4-2. GENERALIDADES a. Localizada no sertão nordestino, a caatinga abrange os estados do Ceará, do Rio Grande do Norte, da Paraíba, de Pernambuco, de Sergipe, de Alagoas, da Bahia, o sul e o leste do Piauí e o norte de Minas Gerais. b. Em regiões de caatinga, o clima semi-árido, o solo pedregosso e a vegetação são fatores de grande influência no cumprimento da missão. Essas áreas caracterizam-se pela baixa pluviosidade, pouca umidade, altas temperaturas diurnas e acentuada amplitude térmica. Esse ambiente é constituído, essencialmente, de árvores e arbustos espinhentos adaptados ao clima seco e à pouca quantidade de água e de plantas herbáceas que se desenvolvem com bastante rapidez após as chuvas. c. A caatinga é formada por três estratos: o arbóreo, com árvores de 8 a 12 metros, o arbustivo, com vegetação de 2 a 5 metros, e o herbáceo, abaixo de 2 metros. Entre as espécies mais comuns estão o umbuzeiro e o mandacaru.

Caatinga rala

Caatinga média Fig 4-2. Tipos de caatinga

Caatinga fechada

d. O combatente necessita de adaptação e aclimatação, antes de ser empregado, pois os efeitos desse ambiente operacional podem influenciar na conduta tática individual.

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4-3. ASPECTOS TOPOTÁTICOS DO TERRENO a. Observação e campos de tiro (1) Observação (a) A observação terrestre é dificultada em grandes faixas do terreno onde a vegetação supera a altura de um homem. É limitada à distância máxima de 50 metros em caatinga rala e de 20 metros em caatinga média ou fechada. Por outro lado, a ocupação de algumas poucas elevações existentes permite uma melhor observação. (b) A observação melhora à medida que o homem abaixa sua silhueta ou quando utiliza métodos improvisados para aumentar o campo de visada, como, por exemplo, subir em árvores copadas ou lagedos. (c) A observação aérea é favorecida em virtude das características naturais da região. As fotografias aéreas e as imagens de satélites poderão fornecer dados precisos acerca das posições e/ou dos movimentos de tropas. Em conseqüência, particular atenção deverá ser dispensada à camuflagem individual e coletiva. (d) Para a camuflagem no verão, predomina o amarelo queimado, e no inverno o verde claro. (2) Campos de tiro (a) A caatinga proporciona bons campos de tiro na época da seca. (b) A vegetação dificulta a realização de tiro tenso a média distância, amortecendo ou desviando o projétil, tornando o tiro eficaz somente a pequenas distâncias. b. Cobertas e abrigos (1) Cobertas - A caatinga se constitui numa ótima coberta contra a observação terrestre inimiga. Isso não ocorre com relação à observação aérea, sendo necessária, muitas vezes, a utilização de meios de camuflagem artificiais. (2) Abrigos (a) A caatinga é, normalmente, pobre em abrigos naturais. (b) Uma possibilidade que se apresenta, entretanto, é a de se utilizar as pequenas dobras do terreno, renques de pedras, leitos secos de riachos, além de algumas árvores de troncos mais espessos. (c) A construção de abrigos artificiais, como, por exemplo, trabalhos de Organização do Terreno (OT), é dificultada pela constituição pedregosa do solo.

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c. Obstáculos (1) A vegetação pode se constituir em obstáculo para tropa a pé. (2) A existência de pedras de grande porte (serrotes) dificulta a progressão de tropa a pé e constitui obstáculo para viatura de qualquer tipo. (3) Os riachos secos e alguns reservatórios de água, como açudes e barragens, após rápidas chuvas, podem constituir obstáculos. d. Acidentes capitais (1) Locais de abastecimento de água – Devido às condições climáticas e à escassez de água, pontos d‘água, como açudes e barragens, passam a ser acidentes capitais de grande importância logística. (2) Localidades – Em virtude das características naturais da caatinga, as localidades assumem um papel de grande importância como fonte de suprimento classe I. (3) Terrenos dominantes – as poucas elevações existentes são acidentes capitais por proporcionarem comandamento sobre o terreno. e. Outros aspectos (1) Toda a região de caatinga é cortada por boa rede de estradas federais, estaduais e municipais, que possibilitam o deslocamento de grandes efetivos. A transitabilidade é boa, inclusive nas vias não pavimentadas. (2) Estradas carroçáveis de pequena largura permitem o deslocamento de tropa de valor até Unidade. 4-4. DESLOCAMENTOS a. O prazo de oito a quinze dias de aclimatação proporciona sensíveis melhoras à operacionalidade do combatente. Exercícios físicos, pequenas marchas de intensidade crescente, com alimentação adequada e o adestramento da disciplina de controle d´água complementam a aclimatação. b. É aconselhável que os deslocamentos não ocorram no período das dez às quatorze horas, devido à temperatura muito alta. Cresce de importância o deslocamento noturno. c. As calhas dos rios podem ser utilizadas para o deslocamentos. 4-5. NAVEGAÇÃO a. A bússola é o meio mais adequado, tanto de dia como à noite. Os processos de orientação pelo relógio, pelo sol ou pelas estrelas, também podem ser usados. b. O emprego de guias, devido à grande dificuldade de orientação na caatinga, facilita a navegação. 4-4


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c. Aparelhos de orientação por satélites (GPS) poderão ser empregados como meio auxiliar de navegação. 4-6. ARMAMENTO, UNIFORME E EQUIPAMENTO a. A cobertura ideal para a cabeça do combatente é a de couro ou a de lona. b. O uniforme deve ser da cor predominante da região e da época. O tecido deve ser o mais resistente possível, colocando-se reforços de couro nos cotovelos da gandola e nos joelhos da calça. c. O coturno deverá ter o “cano” de couro. d. Usar luvas e óculos para a proteção. e. Utilizar o cantil térmico, sempre que possível. Alguns homens da patrulha deverão ter a missão específica de conduzir quantidade extra de água. 4-7. SOBREVIVÊNCIA a. O suprimento e o ressuprimento de água e alimentos devem ser minuciosamente planejados. b. A ocorrência de doenças endêmicas na área exige a adoção de medidas preventivas. c. Atenção especial deverá ser dada aos acidentes com animais peçonhentos. A condução do soro liofilizado é desejável, o qual deverá ser aplicado sob orientação médica. d. Deverá ser conduzido repositor hidro-eletrolítico para evitar desidratação. e. A água poderá ser obtida em poços, brejos, açudes e tanques. f. Algumas plantas da região, além de servirem de alimento, também fornecem certa quantidade de água.

Fig 4-3. Obtenção de alimento de origem vegetal

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4-8. LOGÍSTICA a. O clima, a vegetação, os grandes espaços vazios, a circulação e a carência de recursos locais são fatores que dificultam as atividades logísticas. b. Especial atenção deverá ser dada ao ressuprimento de água e alimentos. c. A dificuldade de progressão no interior da vegetação e os escassos recursos locais restringem o emprego de viaturas, crescendo de importância a utilização de jumentos e aeronaves de asa rotativa nas atividades de ressuprimento e evacuação. 4-9. COMANDO E COMUNICAÇÕES a. Emprega-se, sem maiores restrições, a comunicação por meio rádio e fio. O emprego de meios óticos assume grande importância, principalmente a sinalização com bandeirolas e com dispositivos iluminativos. b. O uso da antena longa no interior da caatinga torna–se inviável, devido às características da vegetação, obrigando o uso da antena curta. Caso se queira fazer contato com o escalão superior, é necessário utilizar uma antena adequada, para melhorar a transmissão e a recepção. 4-10. SUGESTÕES AO COMANDANTE DE PATRULHA a. Conduzir bolsas de primeiros socorros por fração. Incluir, se possível, pessoal de saúde no efetivo. b. Manter uma constante preocupação com a orientação, devido à escassez de acidentes naturais nítidos no terreno. c. Mesmo em missões de curto alcance, prever equipamentos e munições sobressalentes, devido a dificuldade de acesso a regiões interiores. d. Controlar o consumo da água e da ração dos integrantes da patrulha, porém não impedir o consumo necessário e suficiente. e. Manter os integrantes da patrulha informados quanto aos efeitos do calor - desidratação, insolação ou intermação - e como evitá-los. f. Utilizar, quando possível, protetor solar.

Fig 4-4. Patrulha na caatinga 4-6


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CI 21-75-1 ARTIGO III PATRULHA EM ÁREA DE MONTANHA

4-11. GENERALIDADES a. O ambiente operacional de montanha está afeto a uma ampla área geográfica composta por formas e acidentes do relevo possuidores de considerável desnível em relação às áreas circunvizinhas, terrenos compartimentados com encostas íngremes e caminhos precários. O ambiente não está, todavia, associado às regiões de grandes altitudes. b. As escarpas, os compartimentos e a altitude influenciam os fenômenos meteorológicos, causando maiores precipitações, nevoeiros, neblinas, rajadas de ventos e quedas de temperaturas. As condições meteorológicas, por isso, estão sujeitas a repentinas alterações, sendo de difícil previsão. Somente uma tropa aclimatada e adestrada poderá aproveitar-se das ocorrências peculiares desses fenômenos para realizar suas ações. c. O combate decisivo nas regiões montanhosas é travado nas partes mais altas do terreno. As características do ambiente favorecem as ações de infiltração. d. O emprego de aeronaves de asa rotativa, apesar de sua eficiência em região de montanha, é restringido pelas inconstantes condições meteorológicas e obstáculos rochosos. 4-12. INFILTRAÇÃO a. Uma patrulha em montanha normalmente realiza ações por meio de infiltração. Em região alcantilada é desejável que a patrulha receba o apoio de um Escalão de Reconhecimento e Segurança (ERS), fração temporária composta, dentre outros elementos, por especialistas em montanhismo. b. O ERS tem como missões gerais: infiltrar-se, reconhecer e balizar todas as medidas de coordenação e controle nos itinerários, fornecer guias de trecho e equipar vias em obstáculos rochosos, além de prover segurança à patrulha durante a transposição de obstáculos. 4-13. ASPECTOS TOPOTÁTICOS DO TERRENO a. Observação e campos de tiro (1) Observação (a) O terreno movimentado e as condições meteorológicas dificultam a observação terrestre.

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4-13/4-14 (b) O ambiente favorece a observação aérea.

(2) Campos de tiro (a) Os blocos rochosos e os ângulos mortos reduzem os campos de tiro para as armas de trajetória tensa e favorecem o emprego dos fogos indiretos. (b) As alturas dominantes do terreno montanhoso normalmente possibilitam excelente observação e campos de tiro a grandes distâncias. b. Cobertas e abrigos A topografia irregular das montanhas oferece excelentes cobertas e abrigos. c. Obstáculos O terreno caracterizado por escarpas ou encostas com declividades acentuadas, associado à precariedade ou ausência de caminhos naturais e estradas, já fazem do ambiente montanhoso um obstáculo natural. d. Acidentes capitais As alturas que dominam as vias de circulação as antenas de comunicações e as reservas naturais são os principais acidentes capitais neste tipo de ambiente. e. Outros Aspectos (1) As vias de acesso são caracterizadas pelas rotas de escalada, estradas e trilhas. (2) Em conseqüência das poucas vias de acesso e das peculiaridades do terreno de montanha, a utilização de guias torna-se importante. 4-14. DESLOCAMENTOS E ESTACIONAMENTOS a. Os deslocamentos em montanha revestem-se de algumas características especiais em conseqüência do terreno acidentado com aclives acentuados. A velocidade dos deslocamentos é consideravelmente afetada pela declividade do terreno, que, geralmente, impõe a formação em coluna. b. Pequenos deslocamentos com gradual aumento das distâncias aceleram a aclimatação dos homens, reduzindo os efeitos fisiológicos sobre eles, como o “mal da montanha”. c. As trilhas rochosas dificultam a progressão sigilosa da patrulha, particularmente, nos deslocamentos noturnos. d. A utilização de agasalhos é recomendada somente durante os altos e os pernoites. e. Em virtude das condições climáticas (frio intenso), a duração dos altos é menor que a realizada em terreno convencional.

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f. O tipo de estacionamento mais executado por uma patrulha em região de montanha é o bivaque. g. A proximidade das cristas rochosas deve ser evitada, pelo perigo que representa em caso de tormentas, bem como o fundo das ravinas em caso de chuvas intensas. 4-15. NAVEGAÇÃO a. O emprego de meios auxiliares de orientação, como GPS e altímetro, facilitam a navegação da patrulha em montanha. b. As dificuldades que podem surgir na determinação das distâncias são decorrentes da forma irregular do terreno. 4-16. ARMAMENTO, UNIFORME E EQUIPAMENTO a. O vestuário utilizado visa reduzir os efeitos das variações de temperatura, e divide-se em abrigos interiores, exteriores e de proteção. b. Os abrigos interiores servem para retenção do calor do corpo, devendo ser permeáveis à transpiração, como suéteres e meias de lã. c. Os abrigos exteriores são utilizados para proteger o corpo contra o frio e a umidade, devendo ser simples e de secagem rápida, como agasalhos de lã ou “polartec”. d. Os vestuários de proteção servem para isolar o corpo do contato com o vento e a água, devendo ser impermeáveis. Vestuários do tipo “goretex” permitem a transpiração, sendo ideais para este tipo de ambiente. e. Os calçados deverão ser os mais adequados para as atividades. Para marchas, coturnos de lona com solado extraleve ou botas fabricadas para deslocamentos em terreno de montanha. Para escaladas, coturnos bem justos e de solado aderente ou sapatilhas de escaladas. f. As mochilas deverão ser de grande capacidade, face à dificuldade de apoio logístico e quantidade de material a ser conduzido. g. É importante a condução de armamento coletivo, particularmente armas leves de tiro curvo e anticarro, em decorrência da grande quantidade de ângulos mortos e da vulnerabilidade das precárias vias de circulação. h. O equipamento de campanha deve proporcionar retenção de calor ou proteção, como barraca modelo "iglu", isolante térmico, saco de dormir e manta leve. 4-17. EMBOSCADA a. O terreno de montanha favorece o emprego de emboscada.

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b. No desencadeamento dos fogos, deve-se atentar para a possibilidade de ricochetes atingirem a tropa. c. Devido à quantidade de ângulos mortos, é importante planejar o emprego do morteiro leve, interditando possíveis eixos de fuga do inimigo que as armas de tiro tenso não alcançarem.

Fig 4-5. Emboscada em região de montanha 4-18. SEGURANÇA a. O ambiente de montanha facilita a progressão dissimulada de uma patrulha. Por isso, quando não existirem itinerários cobertos ou abrigados, os deslocamentos devem ser feitos abaixo da crista topográfica, atentando-se nas elevações adjacentes. b. A comunicação entre os escaladores deve ser estabelecida por meio de puxadas no cabo de escalada. c. A abundância de ângulos mortos aumenta a importância da instalação de postos de vigilância e de escuta. 4-19. ALIMENTAÇÃO a. Em intervalos menores que o habitual, o homem deve consumir pequenas quantidades de alimentos com alto teor calórico, de fibras e de sais minerais, tais como monossacarídeos, frutas e derivados de cereais. Uma refeição completa deve ser consumida antes de se iniciar um deslocamento e outra ao final do dia. b. Patrulhas que atuam isoladamente poderão contar com a caça de aves e de outros pequenos animais. 4 - 10


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a.O principal meio de comunicação é o rádio. O deslocamento de mensageiros é lento e dificulta uma ligação de caráter urgente. Por isso, quando forem utilizados, devem ser empregados mensageiros em dupla. O meio visual, por vezes, torna-se adequado. b. As comunicações rádio são freqüentemente interrompidas em face à obstrução das montanhas ou à absorção das ondas eletromagnéticas pela vegetação existente nos vales, tornando-se importante a instalação de repetidores de rádio. c. As antenas não devem ser localizadas nas cristas, a menos que isto seja absolutamente necessário para a obtenção de comunicação satisfatória. d. As mudanças de temperaturas bruscas criam empecilhos para o ideal emprego dos conjuntos-rádio e das baterias. e. A instalação de um sistema fio é dificultada pelos acidentes e necessita de proteção contra queda de pedras e deslizamentos. Os telefones e suas centrais deverão estar aterrados, evitando que descargas elétricas, comuns em montanha, atinjam o operador do equipamento. 4-21. LOGÍSTICA a. Em face das imposições do ambiente em relação ao movimento, uma patrulha em região de montanha opera com limitações logísticas. b. As escassas redes de estradas, caracterizadas ainda por curvas e rampas acentuadas, restringem o emprego de viaturas, sendo importante a utilização de animais da região (muares) e de aeronaves de asa rotativa nas atividades de ressuprimento e evacuação.

Fig 4-6. Muar conduzindo suprimento classe I c. A patrulha deverá conduzir meios pré-fabricados (macas, coletes etc) para realizar o primeiro atendimento e a evacuação de feridos.

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4-22. OBSERVAÇÕES AO COMANDANTE DA PATRULHA a. No recebimento da missão, é necessário atentar, especificamente, para nos seguintes itens: grau de instrução em montanhismo da força oponente; apoio existente de tropa de montanha, de guias ou especialistas; meios de escalada disponíveis; previsão meteorológica para o itinerário e local da missão; obstáculos que devem ser ou serão transpostos por vias equipadas e a disponibilidade de relatórios de reconhecimento em montanha e resenhas gráficas elaboradas por especialistas.

Fig 4-7. Exemplo de resenha gráfica (croqui) de paredão a ser transposto b. Havendo disponibilidade de apoio de tropa de montanha para transposição de obstáculos rochosos, coordenar e retirar dúvidas sobre material de escalada que a patrulha deverá conduzir; tempo estimado para transposição dos obstáculos; divisão da patrulha nas vias equipadas e existência de guias de trecho durante o itinerário. c. Caso a própria patrulha tenha que equipar as vias para transpor os obstáculos existentes, é ideal que o grupo de escaladores possua um encargo secundário na missão. d. Se houver componentes da patrulha especialistas em montanhismo, prever a condução de um material mínimo para equipagem de vias, independente da existência ou não de apoio de tropa de montanha. e. Durante a emissão da Ordem Preparatória, o comandante da patrulha deve atribuir responsabilidades e determinar prescrições quanto ao preparo do material de escalada. f. Na transmissão da Ordem à Patrulha, é necessário:

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(1) alertar os homens quanto aos efeitos fisiológicos em montanha; (2) nas prescrições diversas: (a) se houver guias nos trechos do itinerário, informar para toda a patrulha as ações por ocasião do contato, evitando descuidos na segurança e nos procedimentos de navegação; e (b) nas situações de contingência, diversas possibilidades devem ser consideradas como: obstáculo não mobiliado no horário previsto, tropa apoiadora não contatada, ação do inimigo durante a equipagem de via e escalada da patrulha, bem como a atuação de caçadores inimigos. ARTIGO IV PATRULHA EM ÁREA DE PANTANAL

4-23. GENERALIDADES O Pantanal é a maior planície alagável do mundo, com uma área de aproximadamente 150.000 km2. O complexo pantaneiro é constituído de uma fauna bastante diversa e de uma flora exuberante, na qual podemos encontrar vegetação com características do cerrado, da caatinga e da selva amazônica. 4-24. ASPECTOS TOPOTÁTICOS DO TERRENO a. Observação e campos de tiro (1) Observação (a) A escassez de postos de observação prejudica a condução dos fogos e a observação terrestre. (b) A observação aérea é privilegiada em algumas regiões. Com isso, particular atenção deve ser dada à camuflagem nos deslocamentos fluviais, motorizados e a pé. (c) A observação das margens, quando nas aquavias, é bastante reduzida devido à existência de mata ciliar. (2) Campos de tiro Devido à carência de acidentes topográficos altimétricos e à vegetação esparsa, os campos de tiro, no pantanal, são muito amplos. b. Cobertas e abrigos (1) Cobertas A vegetação pantaneira proporciona boas cobertas para o combatente individual e para as pequenas frações. Para os grandes efetivos e seus desdobramentos logísticos é compatível somente as regiões de morrarias, cuja vegetação é bastante densa. 4 - 13


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(2) Abrigos Os abrigos naturais existentes na região atendem, em grande parte, aos pequenos efetivos. A construção de abrigos artificiais é dificultada nas regiões baixas devido à ação da umidade e das enchentes e nos locais mais elevados, por esses serem pedregosos. Por essas dificuldades, a necessidade de tempo adicional, de equipamentos e de ferramentas deve ser considerada. c. Obstáculos (1) No Pantanal existe uma grande quantidade de acidentes naturais que configuram obstáculos à mobilidade, tais como: cursos d’água, corixos, lagoas, vegetação ciliar (bastante espinhosa e densa), além de algumas formações rochosas íngrimes. (2) A vegetação aquática é, também, obstáculo comum no ambiente pantaneiro. Além de constituir perigo para os deslocamentos fluviais, o acúmulo desta vegetação nas bocas de lagoas e corixos pode barrar ou dificultar o acesso a algumas regiões. (3) Nos períodos de cheia, os movimentos a pé tornam-se extremamente prejudicados, favorecendo a utilização de meios de transporte fluviais e aéreos. Nos períodos de seca, enormes bancos de areia dificultam o movimento de viaturas sobre rodas, além de tornarem muito extenuante o movimento de tropa a pé. d. Acidentes Capitais 1) Os acidentes capitais no pantanal revestem-se de extrema peculiaridade, sendo considerados como tais os ancoradouros, os campos de pouso, a confluência de rios, as regiões de passagem obrigatórias e as pequenas localidades. 2) As elevações apenas se caracterizam como acidentes capitais quando dominam uma via de acesso (estradas, rios etc). e. Outros Aspectos 1) Os rios, as trilhas e os caminhos carroçáveis são, na maioria das vezes, a única via de acesso aos objetivos. 2) As vias de acesso são favoráveis ao emprego de pequenos efetivos em faixas de infiltração. 3) A fauna agressiva deve ser analisada para execução de patrulhas no pantanal. A presença de animais, como ofídios diversos, manadas de gado e búfalo, varas de porcos selvagens, bem como cardumes de piranha, arraias, jacarés, ariranhas e lontras configuram constante risco para a integridade física do combatente. 4) A grande quantidade de mosquitos pode afetar emocionalmente o militar despreparado para operar no ambiente pantaneiro. 5) Invertebrados como lacraias, formigas tucandeiras, vespas e, principalmente, abelhas podem causar baixas temporárias ou mesmo fatais.

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a. Deve-se observar criteriosamente a época do ano, pois no período das cheias, algumas áreas alagadas impedem o movimento de tropa a pé. b. A carência de vias de acesso, normalmente, canaliza o movimento de tropas. c. Nos deslocamentos fluviais deve-se atentar para a segurança dos flancos, pois a mata ciliar dos rios do pantanal facilita a camuflagem. d. Nos deslocamentos terrestres deve-se adotar uma formação que possibilite maior controle e a maior dispersão possível.

Fig 4-8. Assalto fluvial 4-26. NAVEGAÇÃO a. A carência de pontos nítidos dificulta muito a orientação, tornando a técnica do azimute-distância a mais eficaz para a navegação. b. A utilização do receptor GPS deve ser concebida como meio auxiliar de navegação. c. Curvas de rios, ilhas e corixos, apesar de escassos, facilitam a orientação fluvial. d. O emprego de guias facilita a orientação, entretanto requer confiabilidade absoluta. e. Nos deslocamentos fluviais, o homem-passo da equipe de navegação é substituído pelo o homem-tempo de deslocamento. 4-27. ARMAMENTO, UNIFORME E EQUIPAMENTO a. As armas de menor peso e tamanho são as mais apropriadas para as operações. 4 - 15


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b. A descentralização das ações e a dificuldade de ressuprimento exigem a previsão de quantidade extra de munição. c. A condução, sempre que possível, de dois cantis no equipamento e uma quantidade extra de água na mochila é conveniente, já que em algumas regiões do pantanal a obtenção de água potável é dificultada. d. O mosquiteiro e o repelente devem fazer parte do aprestamento individual do combatente. e. A cobertura ideal é o chapéu tropical. f. É interessante que o facão faça parte do equipamento individual. g. É aconselhável conduzir material para o frio, tais como abrigos, luvas e toucas. 4-28. SOBREVIVÊNCIA a. O combatente deve possuir conhecimentos específicos sobre a fauna e a flora do pantanal, obtidos por meio de instrução especializada para sobreviver nesse tipo de ambiente. b. Em regiões afastadas dos eixos fluviais a obtenção de água potável é bastante difícil. Na maioria dos casos, a água que é retirada de poços artesianos é salobra. 4-29. LOGÍSTICA a. O apoio de saúde para as pequenas frações deve ser cerrado. b. Os purificadores de água devem ser utilizados de acordo com suas especificações. c. As aeronaves de asa rotativa e as embarcações são excelentes meios para o ressuprimento e o transporte de tropas. d. O cavalo pantaneiro possui grande resistência, principalmente em áreas alagadas, podendo ser utilizado, também, para o ressuprimento e para o transporte de tropas. e. As viaturas devem possuir ferramentas e equipamentos necessários para a ultrapassagem de áreas alagadas e atoleiros. 4-30. COMANDO E COMUNICAÇÕES a. O emprego do mensageiro, no âmbito da patrulha, é muito eficiente. b. Os equipamentos-rádio devem ser leves e rústicos e possuir suficiente potência para vencer as resistências naturais, sem comprometer a segurança das comunicações no escalão considerado.

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c. O meio fio tem seu emprego muito restrito devido às grandes distâncias. d. As Estações Rádio de Campanha (ERC) que operam em Freqüência Modulada (FM) servem apenas para coordenar as atividades internas das pequenas frações. 4-31. OBSERVAÇÕES AO COMANDANTE DE PATRULHA a. A escassez de acidentes nítidos no terreno impõe uma constante preocupação com a orientação. b. A quantidade de baixas causadas por interferência da fauna torna conveniente a inclusão de pessoal de saúde na composição das patrulhas. c. Os reconhecimentos devem ser limitados e restritos. O comandante da patrulha deve basear-se nas informações existentes, nos guias, nas cartas, nas fotografias e nos relatórios, quando disponíveis. d. Caso sejam utilizadas embarcações, deve ser destinado tempo para embarque e ancoragem do material no quadro-horário da patrulha, com a finalidade de não comprometer o horário de partida. ARTIGO V PATRULHA EM ÁREA DE SELVA

Fig 4-9. Floresta Amazônica 4-32. GENERALIDADES a. O Brasil detém, em seu território, 40% da maior floresta tropical do mundo. Situada no norte do País, a floresta amazônica está presente nos estados do Acre, do Amazonas, do Pará, de Rondônia, de Roraima, do Amapá, de Mato Grosso, de Tocantins e do Maranhão. Estende-se ainda por países vizinhos como

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Suriname, Guiana, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia e Guiana Francesa. A região coberta pela floresta apresenta clima quente e úmido, com chuvas abundantes e bem distribuídas o ano todo, além da densa rede de rios e grande variedade de espécies animais e vegetais b. A vegetação caracteriza-se por três tipos de mata: de igapó, várzea e terra firme. (1) A mata de igapó existe onde o solo encontra-se inundado e ocorre, principalmente, no baixo Amazonas. (2) A mata de várzea é própria das regiões que são periodicamente inundadas, denominadas terraços fluviais, e apresenta formações variadas como a palmeira e a seringueira, as quais ficam mais altas à medida que se distanciam dos rios. (3) As matas de terra firme correspondem à parte mais elevada do terreno, com solo seco e livre de inundação. As árvores podem chegar a 65 metros de altura e o entrelaçamento das copas, em algumas regiões, impede totalmente a passagem de luz, o que torna o seu interior muito úmido, escuro e pouco ventilado. c. A patrulha em área de selva é aquela preparada e equipada para operar, predominantemente, em regiões que apresentam as seguintes características: d. As características do ambiente de selva condicionam, em grande medida, o equipamento, o fardamento, o armamento e, principalmente, a preparação individual e coletiva do combatente. e. Os reconhecimentos devem ser limitados e restritos. O comandante da patrulha deve basear-se nas informações existentes, nos guias, nas cartas, nas fotografias e nos relatórios, quando disponíveis. f. Em áreas de selva, por haver abundância de águas interiores e, em conseqüência, a ocorrência de ambientes operacionais ribeirinhos, são comuns as patrulhas fluviais. 4-33. PREPARAÇÃO a. Patrulhas mais complexas, em que há a utilização de meios aéreos e fluviais e/ou de longo alcance, exigem preparação mais específica, particularmente as realizadas na faixa de fronteira. b. Em missão de qualquer natureza, os homens devem estar preparados para a possibilidade de sobreviver na floresta . c. Os especialistas em operações na selva são os mais aptos para conduzir a preparação da patrulha neste tipo de ambiente. d. Tropas não aclimatadas devem receber preparação especial.

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O planejamento da patrulha que opera em ambiente de selva segue, essencialmente, a metodologia das normas de comando de patrulha de qualquer natureza. Entretanto, alguns aspectos são peculiares. - Deslocamentos noturnos pela floresta, mesmo com o uso do equipamentos de visão noturna, normalmente não resultam em boa relação custo/ benefício. - É bastante limitada a capacidade de o escalão enquadrante apoiar a missão da patrulha a partir do início do deslocamento na floresta. - Ações fortuitas em contato com o inimigo determinam a preocupação com ensaios de técnicas de ação imediata (TAI) apropriadas. - A dificuldade de contato visual entre grupos e homens determina medidas especiais de coordenação e controle, destacando-se códigos de sinais e gestos convencionados e meios de comunicações eficientes. 4-35. ASPECTOS TOPOTÁTICOS DO TERRENO a. Observação e campos de tiro (1) Observação (a) É, normalmente, limitada a 30 metros no interior da floresta. (b) Postos de escuta (PE) substituem os postos de vigilância (P Vig). (c) O luar tem pouca influência no interior da floresta, mas é de grande importância nas áreas ribeirinhas. (d) A cobertura vegetal restringe a observação aérea. (2) Campos de tiro (a) Na floresta, a observação é limitada e as árvores dificultam sobremaneira a preparação do campo de tiro convencional, cabendo a opção pela construção de “túneis de tiro”.

Fig 4-10. Tiro com a balestra

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(b) Os tiros curvos são restritos, devido à inexistência de posições de observação e à limitação determinada pela copa das árvores, podendo ser realizados de clareiras existentes na floresta. (c) Campos de tiro tenso e curvo com visada direta são plenamente utilizados a partir das margens dos cursos de água. (d) As copas das árvores poderão facilitar a observação. b. Cobertas e abrigos (1) Cobertas – A vegetação proporciona excelentes cobertas e condições para o ocultamento, o disfarce e a surpresa. (2) Abrigos – Os troncos das árvores e as irregularidades do terreno (socavões) são abrigos naturais. c. Obstáculos (1) A própria selva, com sua vegetação densa – grandes árvores, igapós, chavascais e charcos – constitui-se em obstáculo natural, tornando os deslocamentos lentos e cansativos. (2) Troncos nas aquavias, bancos de areia, trechos encachoeirados, desníveis e grande sinuosidade dificultam os deslocamentos de embarcações. d. Acidentes capitais (1) São acidentes capitais: entroncamento de estradas, trilhas, clareiras, campos de pouso, corredeiras, pontes, ancoradouros, estreitos, “furos”, “paranás”, foz de rios, igarapés, varadouros, ilhas, localidades, “bocas” de lagos, localidades e campos de pouso. (2) Regiões de altura no interior da floresta, em princípio, não têm importância como acidentes capitais. e. Outros aspectos (1) Em ambiente de selva, as vias de acesso disponíveis para deslocamentos a pé são as trilhas, varadouros e as estradas. (2) A própria floresta é normalmente utilizada como via de acesso, pela segurança proporcionada e por facilitar a surpresa. (3) As aquavias, em sua maioria, podem ser consideradas vias de acesso para as forças embarcadas, ressalvando-se as características das embarcações utilizadas, profundidade e largura dos cursos de água e os obstáculos existentes em suas extensões. 4-36. DESLOCAMENTOS a. As formações adotadas são mais cerradas, diminuindo-se a distância entre os homens. A formação em coluna é comumente empregada, pois facilita o controle e a coordenação no ambiente normal de pouca luminosidade. b. Quando os deslocamentos noturnos no interior da floresta forem 4 - 20


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imprescindíveis, poderão ser utilizados equipamentos de visão noturna e guias. Dependendo da situação tática, dispositivos luminosos velados também podem ser empregados. c. O planejamento dos deslocamentos deve ser cuidadoso e o cumprimento do quadro-horário criterioso, principalmente, com relação aos altos. Se possível, deve ser previsto pelo menos um ponto de ressuprimento de água durante a jornada ou próximo à região de pernoite. 4-37. SEGURANÇA a. A segurança nos deslocamentos, nos altos, nos pernoites e nas bases obedece aos mesmos princípios táticos utilizados em ambientes convencionais. b. Os conhecimentos especiais sobre minas e armadilhas, explosivos e destruições são de muita utilidade no estabelecimento da segurança da patrulha nos pernoites e nas bases de patrulha. c. O emprego de guias, rastreadores e contra-rastreadores da região requer confiabilidade absoluta. 4-38. NAVEGAÇÃO a. A inexistência de pontos de referência convencionais, principalmente na floresta, determina procedimentos especiais para a navegação na selva. b. A instrução e o adestramento individual e coletivo deverão enfatizar a prática da navegação terrestre e fluvial.

Fig 4-11. Orientação com receptor GPS c. Os processos de orientação pelo relógio, pelo sol e pelas estrelas são empregados nas aquavias, sendo restritos no interior da selva. d. Devido ao paralaxe e à grande quantidade de obstáculos, ocorre um desvio angular no deslocamento do homem, determinando cuidados especiais (compensações) para aqueles que estiverem nas funções de homem-bússola e homem-carta. 4 - 21


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e. Para que os deslocamentos sejam feitos com maior precisão é aconselhável a utilização de, pelo menos, 2 (dois) homens-passo. f. O GPS deve ser utilizado como meio auxiliar de navegação. g. A orientação em área de selva é caracterizada pela utilização do processo azimute – distância. h. Para atingir objetivos localizados às margens de cursos de água, estradas ou de difícil localização é conveniente a utilização da técnica do OFF – SET.

Fig 4-12. Utilização de desvio magnético 4-39. COMANDO E COMUNICAÇÕES a. A vegetação densa e as fortes chuvas condicionam o uso de equipamentos de comunicações especiais. b. Os equipamentos-rádio devem ser leves e rústicos e possuir suficiente potência para vencer as resistências naturais, sem comprometer a segurança das comunicações no escalão considerado. O conhecimento e a utilização de antenas improvisadas possibilitam uma melhoria nas comunicações. c. O meio fio é utilizado nas situações estáticas, como no estabelecimento de base de patrulha, sofrendo restrições quanto ao transporte das bobinas e desenroladeiras devido à presença de obstáculos. d. Meios de sinalização visual são amplamente utilizados nas aquavias e sinais convencionados são explorados nos deslocamentos no interior da floresta. 4-40. LOGÍSTICA a. A patrulha deverá iniciar a missão tendo o máximo de suprimento necessário para concluir a missão. Nos casos de patrulhas com maior duração, devem ser previstos ressuprimentos. 4 - 22


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b. As aeronaves de asa rotativa, fixas e embarcações podem ser empregadas no ressuprimento, na evacuação e nos recompletamentos. c. Devido à escassez de vias de transportes terrestres, os movimentos tornanse restritos para as viaturas sobre rodas e aos blindados de transporte de pessoal. d. A utilização de animais (bubalinos) no transporte de suprimentos pelo interior da selva, desde que devidamente adestrados, tem sido bastante eficiente, resultando normalmente em uma boa relação custo/benefício.

Fig 4-13. Utilização de bubalinos na selva 4-41. OBSERVAÇÕES AO COMANDANTE DE PATRULHA a. A grande descentralização das ações – características das operações na selva – implica na necessidade de os comandantes dos escalões, dos grupos e das equipes serem treinados para atuação isolada, pois nem sempre receberão ordens diretas, tendo que agir por iniciativa própria, sendo fundamental que conheçam a intenção do comandante da patrulha e do escalão que a lançou. b. As missões realizadas em áreas de índios não aculturados, de atuação de narcotraficantes e de outros contraventores exigem uma preparação mais específica, sendo necessários procedimentos especiais, repassados pelo escalão enquadrante. c. Quando estiver no interior da selva, considerar o ICMC/FCVC para fins de luminosidade e planejamento. d. Deverão ser adotadas medidas de prevenção de doenças endêmicas por meio da realização e do controle de vacinação dos homens. e. Nos estacionamentos próximos aos cursos de água deverá, sempre que possível, ser mantida uma distância de no mínimo 100 m destes. Além disso, deverão ser evitados os horários próximos ao ICMC/FCVC, tendo em vista a maior incidência de mosquitos. 4 - 23


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f. Durante os deslocamentos o atendente deve conduzir a bolsa de primeiros socorros devidamente preparada. Havendo disponibilidade, integrar à patrulha um enfermeiro ou médico. ARTIGO VI PATRULHA EM ÁREA URBANA

4-42. GENERALIDADES As patrulhas de reconhecimento e/ou de combate, em áreas urbanas, são empregadas em operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), nas ações de combate convencional e nas missões que visam à anulação da vontade de combater do invasor no contexto do Combate de Resistência. 4-43. PLANEJAMENTO E PREPARAÇÃO a. A preparação da patrulha deve ser, além de técnico-profissional, material e psicológica, pois as ações são, normalmente, junto à população. Deve-se estar preparado para enfrentar um oponente (força adversa ou o inimigo) oculto e/ou homiziado. b. O emprego de helicópteros deve ser criterioso, considerando-se a mobilidade, o poder de fogo, o desgaste da tropa e as possibilidades do inimigo. 4-44. ORGANIZAÇÃO E CONSTITUIÇÃO a. A complexidade dos ambientes urbanos exige o emprego de pessoal adestrado para atuar neste tipo de missão. b. A sofisticação dos armamentos e equipamentos podem configurar um diferencial no combate urbano, agregando poder de combate à tropa. 4-45. COMANDO E COMUNICAÇÕES a. As ações da patrulha deverão ser perfeitamente coordenadas por meio de linhas de controle, pontos de controles, tempo e espaço percorrido. b. O equipamento de comunicações deve atender às necessidades da missão e às possibilidades do inimigo quanto à guerra eletrônica. 4-46. PATRULHA DE RECONHECIMENTO a. O principal objetivo da missão de reconhecimento em área urbana é a busca de dados sobre o terreno e o inimigo, que integrada às condições meteorológicas, constitui os Elementos Essenciais de Inteligência (EEI) e Outras Necessidades de Inteligência (ONI). 4 - 24


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b. Os EEI serão solicitados pelo escalão superior e as ONI são levantadas pela patrulha durante a etapa de planejamento e preparação para a missão. A obtenção de dados deverá ser alvo de minucioso planejamento e criteriosa execução. c. A patrulha conduz, preferencialmente, fuzis de assalto, metralhadoras leves, submetralhadoras e/ou pistolas visando à segurança contra possíveis ações do inimigo ou de força adversa. Emprega, ainda, armamentos e equipamentos não-letais. A utilização de armas pesadas e de maior calibre dificulta o cumprimento da missão e aumenta a possibilidade de a população civil ser atingida, caso haja troca de tiros. d. A patrulha deve ser constituída com efetivo variado, prevalecendo, normalmente, a atuação em pequenos efetivos (GC). e. Os deslocamentos a pé ou em viaturas seguirão itinerários prédeterminados, buscando primordialmente colher dados acerca da atividade inimiga. Atenção especial deve ser dada para locais de concentração de tropa e alvos compensadores. f. A patrulha ocupa um posto de observação a fim de monitorar alvos específicos ou atividades do inimigo dentro de uma determinada área, ponto ou itinerário. 4-47. PATRULHA DE COMBATE a. O efetivo da patrulha é variável em função da missão e da amplitude das ações a serem desencadeadas. Elementos da Polícia Civil, Militar e/ou Federal podem integrá-la. b. O equipamento e o armamento serão variáveis, principalmente, em função da missão a ser cumprida. Equipamentos especiais poderão ser incluídos. c. Viaturas blindadas são largamente empregadas em ações de patrulha em área urbana. d. Missões de combate mais comuns. (1) Resgate ou captura de pessoal e/ou material. (2) Destruição de alvos selecionados. (3) Emboscadas a alvos significativos. (4) Neutralização de autoridades civis e/ou militares inimigas. (5) Interdição de pontos sensíveis ou bloqueio de vias de acesso. (6) Ataque a redutos ou locais de reunião de elementos inimigos.

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e. Emprego do caçador (1) Generalidades Ao cumprir missões em área edificada, a dupla caçador-observador de uma patrulha goza de grande flexibilidade e iniciativa, devendo ser imperceptível às medidas de contra-inteligência do inimigo, por meio do correto emprego das técnicas de camuflagem e progressão.

Fig 4-14. O caçador (2) Equipes de caçadores aéreos (a) São equipes organizadas com armas e equipamentos especiais, transportadas por helicóptero, utilizando a mobilidade e a potência de fogo proporcionadas pela aeronave a fim de atingir alvos que afetem o moral das forças inimigas ou adversas. (b) Alvos compensadores, como líderes, viaturas, armamentos e munições do inimigo, além dos locais de reunião em áreas abertas ou edificadas, são previamente levantados de acordo os dados disponíveis. Tais alvos recebem fogos da aeronave ou de pontos selecionados onde as equipes são desembarcadas. O resgate das equipes é feito imediatamente após a ação. 4-48. EMBOSCADAS a. Existem dois tipos de emboscadas urbanas: as deliberadas e as de oportunidade. Tais emboscadas podem exigir adaptações, decorrentes da área urbana e das características do inimigo ou da força adversa. (1) Emboscada deliberada (a) Utilizada quando as informações existentes forem inadequadas, podendo-se estabelecer diversas emboscadas deliberadas ao longo de prováveis vias de acesso ou retraimento. (b) Quando se dispõe de informações adequadas, uma única emboscada deve ser estabelecida, num determinado ponto da via de acesso ou de retraimento. (2) Emboscada de oportunidade (a) O adestramento dos homens, os ensaios e a iniciativa são importantes para o êxito neste tipo de ação. (b) A patrulha poderá receber a missão de se deslocar para determinada área, selecionar um local e emboscar alvos compensadores. 4 - 26


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b. O local da emboscada deve limitar os movimentos do inimigo e possibilitar o mínimo de vias de fuga. Os prédios das imediações não devem permitir o homizio. Se necessário, interditá-los. c. A organização em dois escalões, de segurança e de assalto, com seus respectivos grupos é comum à toda força de emboscada, assim como suas missões específicas. (1) Escalão de segurança (a) Protege o escalão de assalto e barra as vias de acesso possíveis de serem utilizadas pelo inimigo para reforçar os elementos emboscados. (b) O grupo de acolhimento cumpre sua missão em local coberto e abrigado e com facilidade de escoamento motorizado. Normalmente, é localizado no itinerário compreendido entre a área da emboscada e o destino do alvo. (c) Se a situação exigir, o escalão de segurança poderá cobrir a retirada do escalão de assalto. (2) Escalão de assalto (a) O grupo de assalto recebe a missão de neutralizar ou capturar o inimigo, procurando atuar dentro da área de destruição da emboscada. (b) Os grupos de bloqueio recebem missões específicas, tais como bloquear à frente e à retaguarda da área de destruição. Esses grupos poderão utilizar obstáculos móveis, transportados em viatura para o estabelecimento de barreiras. (3) Em função do valor do inimigo a ser emboscado, poderá haver um elemento reserva, que ficará em condições de reforçar a ação dos escalões. f. O comandante da patrulha, normalmente, situado no grupo de assalto, determina o início das ações, por sinal ou gesto combinado, desencadeando a emboscada. O inimigo reagindo, o grupo de assalto atuará com gases, ação de choque ou outros meios mais violentos até dominá-lo. Uma equipe de busca, pertencente ao grupo de tarrefa essencial, revista e identifica os prisioneiros, realizando, também, a prisão de líderes ou chefes, conforme a situação. A equipe de busca recolhe cartazes, armas e outros materias, fazendo a limpeza da área. g. A força emboscante deve colocar armas automáticas em posição favoráveis à execução do tiro, prevendo a reação do inimigo pelo fogo. h. O efetivo e a organização de uma patrulha de emboscada variam com sua finalidade, com inimigo visado e com as armas e equipamentos disponíveis. O equipanemto empregado na emboscada é específico para inimigo a pé ou motorizado. Emboscando um grupo da força adversa, normalmente, se empregam de imediato as armas automáticas. Quando a emboscada for para elemento infiltrado em grupo de manifestantes, empregar meios para separar o objetivo (alvo) da massa humana.

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Fig 4-15. Emboscada em área urbana 4-49. OBSERVAÇÕES AO COMANDANTE DE PATRULHA a. Mesmo em missões de curto alcance, prever equipamentos e munições sobressalentes, caso haja mudança no planejamento ou interferência do inimigo/ força adversa. b. Prever a utilização de granadas fumígenas para cobrir a abordagem das edificações, fase mais crítica e momento em que ocorre o maior número de baixas no combate urbano.

Fig 4-16. Progressão em área edificada c. É fundamental neutralizar o movimento do inimigo nas edificações, a fim de evitar sua reorganização.

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d. Cresce de importância a coordenação e o controle e torna-se imprescindível o emprego de sinais convencionados, como, por exemplo, a padronização do sinal de “casa limpa” a fim de que o inimigo ou força adversa não utilize o mesmo sinal para iludir a patrulha. e. Atentar para as medidas de proteção QBN, caso o inimigo disponha desse tipo de artefato. f. A condução de armamento anticarro deve ser prevista, pois há a possibilidade de emprego de viaturas blindadas pelo inimigo/força adversa. g. Considerando que a técnica de limpeza de edificações deve ser realizada de cima para baixo, é necessário prever a condução de equipamentos de escalada (ascensor, corda estática, mosquetão, freio em oito e outros) e explosivos para facilitar a entrada da patrulha. h. O uso de granadas de mão e de bocal, bem como o emprego de lançadores de granadas são de suma importância no combate em área edificada, evitando-se mortes desnecessárias no interior das casas com a limpeza dos cômodos ou neutralização das resistências nas lajes. i. É necessário prever, sempre que possível, a condução de armamento antiaéreo portátil, pois são extremamente eficazes contra o apoio aéreo inimigo. j. A ocupação das lajes das casas facilita o apoio de fogo. l. A observação em esquinas deverá ser feita pelo militar deitado. m. A utilização de espelhos proporciona proteção para a localização do inimigo fortificado. n. Ao atirar de dentro das edificações, o patrulheiro não deve deixar o cano da arma aparente. o. Quando da entrada em edificações, é necessário atentar-se para a existência de portas e janelas armadilhadas.

Fig 4-17. Técnica de entrada em área edificada

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4-50/4-51 ARTIGO VII PATRULHA EM AMBIENTE AFETADO POR AGNTE QUÍMICO, BIOLÓGICO E NUCLEAR

4-50. CONSIDERAÇÕES INICIAIS a. Embora o ambiente afetado por agente QBN não esteja previsto como ambiente especial no manual C 100-5 (OPERAÇÕES), algumas considerações tornam-se importantes para o comandante de patrulha que atua em área onde exista a possibilidade de emprego de agentes QBN. b. A possibilidade do uso de artefatos químicos, biológicos e nucleares, por uma força regular ou por grupos terroristas, é real, devido à facilidade de fabricação e pelo baixo custo (químicos e biológicos). Adotar contramedidas em relação a esse tipo de perigo tem sido preocupação constante da Força Terrestre. c. No cumprimento de uma missão de patrulha, se houver a possibilidade de utilização de agentes QBN pela força oponente ou a necessidade do uso de agentes não-letais pela própria patrulha, o comandante deve prever equipamentos de proteção individual, o uso de materiais de descontaminação e/ou o emprego de armamentos e munições químicas. 4-51. PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL a. O uso dos equipamentos de Defesa Química, Biológica e Nuclear (DQBN) gera alguns empecilhos para os patrulheiros. Por esta razão, a patrulha deve estar muito bem adestrada. Deve ser previsto, sempre que possível, no ensaio, o uso desses equipamentos. b. Principais equipamentos de proteção individual e as dificuldades que eles acarretam: (1) Máscara contra gases – é um equipamento que possibilita a permanência no homem em área gasada. Apesar de proteger o combatente, seu uso prolongado causa um efeito psicológico negativo, por dificultar a alimentação, a visão e a comunicação, afetando, inclusive, o comando e o controle da patrulha. (2) Roupa protetora – é um equipamento destinado à proteção de todo o corpo do combatente, em especial a pele. Só deve ser empregada em ambientes gasados, pois sua utilização reduz o poder de combate do homem e limita sua visibilidade e liberdade de movimentos. Devido ao desgaste físico excessivo que produz, a roupa protetora poderá ser substituída pelo uso de luvas e da gandola com as mangas abaixadas.

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Fig 4-18. Combatente utilizando máscara contra gases e roupa protetora c. O adestramento da tropa por meio de instruções especializadas é de vital importância para as ações de reconhecimento e/ou de combate em missões desta natureza. d. O uso de agentes químicos inquietantes contra a força oponente deve ser bem planejado e treinado para evitar que seus efeitos incidam sobre os integrantes da patrulha. 4-52. OBSERVAÇÕES AO COMANDANTE DE PATRULHA a. É necessário prever instruções de DQBN para todos os integrantes da patrulha, devendo estas serem ministradas, preferencialmente, por especialistas no assunto. Elas visam à criação de reflexos condicionados por ocasião da utilização dos equipamentos de proteção individual (de acordo com o Manual de Campanha C 3-40 - DEFESA CONTRA OS ATAQUES QUÍMICOS, BIOLÓGICOS E NUCLEARES). b. No recebimento da missão, atentar específicamente para: (1) grau de instrução em DQBN da força oponente; (2) apoio existente de tropa especializada em DQBN; (3) meios de proteção e descontaminação disponíveis; e (4) previsão meteorológica para o itinerário e local da missão. c. O comandante da patrulha deve acrescentar, ao efetivo básico da patrulha, sempre que possível, especialistas em DQBN para assessorá-lo quanto: 4 - 31


CI 21-75-1 (1) ao material de proteção que a patrulha deverá conduzir; e (2) às medidas de segurança e situações de contingência. d. Ao se confeccionar o quadro-horário, é necessário verificar o tempo a ser gasto na execução de medidas de defesa QBN, visando adequar o horário do cumprimento da missão às necessidades de proteção da patrulha. e. É desejável a previsão de um atendente experiente em situações préhospitalares de defesa QBN. f. Na transmissão da Ordem à Patrulha, o comandante deve: (1) informar as conseqüências das ações de agentes QBN, alertando os homens quanto aos seus efeitos fisiológicos; e (2) nas prescrições diversas, abordar, no item "situações de contingência", as possibilidades da ação do inimigo nas fases da execução da patrulha.

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CAPÍTULO 5 PATRULHAS COM CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS

ARTIGO I PATRULHA AEROMÓVEL

5-1. GENERALIDADES a. Patrulha Aeromóvel (Pa Amv) é uma força de valor e composição variáveis, que se utiliza de um meio aéreo de asa-rotativa para realizar seus deslocamentos. A Pa Amv, após o desembarque das aeronaves, segue os mesmos preceitos e considerações de uma patrulha a pé. b. O lançamento de uma Pa Amv é uma decisão fundamentada no estudo da missão, da situação inimiga, do terreno, das condições meteorológicas, do tempo e dos meios disponíveis (Nr de aeronaves). c. É importante para o emprego correto da aeronave o conhecimento de suas possibilidades e limitações. 5-2. COMPOSIÇÃO, COMANDO E RESPONSABILIDADES a. A composição de uma Pa Amv é imposta pela missão. Basicamente, deverá dispor de um elemento de combate terrestre (força de superfície) e outro elemento de transporte aéreo (força de helicópteros). b. O comando da Pa Amv cabe ao comandante da força de superfície, que é o comandante da patrulha. Normalmente, os elementos da força de helicópteros reforçam a força de superfície ou são colocados em apoio a ela, ficando sob o seu controle operacional.

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c. É importante o perfeito entendimento entre a força de superfície e a força de helicópteros, visando ao êxito no cumprimento da missão. Por este motivo é comum a existência, no estado-maior do escalão responsável, de um oficial de ligação da força de superfície com a força de helicópteros. 5-3. PLANEJAMENTO E PREPARAÇÃO a. Considerações Iniciais (1) O planejamento de uma Pa Amv deve ser simples e flexível. Nessa ocasião, serão elaborados 4 (quatro) planos, a saber: o plano tático terrestre, o plano de desembarque, o plano de movimento aéreo e o plano de carregamento e embarque. (2) Estes planos são confeccionados de forma ordenada e em conjunto, seguindo a seqüência inversa da execução, devendo existir uma integração quase que perfeita e constante entre a força de superfície e a força de helicópteros. (3) Deverá ser realizado um “briefing” operacional entre o comandante da patrulha e o comandante da força de helicópteros, conforme os itens abaixo relacionados. (a) Situação geral: colocar a tripulação a par da situação tática existente. (b) Designação da Anv e tripulação. (c) Data-hora (acerto de relógios). (d) Quadro-horário: embarque e decolagem. (e) Natureza do vôo: reconhecimento, assalto, adestramento etc. (f) Tipo de vôo: helitransportado ou lançamento carga. (g) Efetivo da patrulha: peso a bordo. (h) Material a ser transportado. (i) Rota de vôo: controle de deslocamento, se visual ou se há necessidade de meios auxiliares. (j) Altura de vôo ou lançamento. (l) Formação para vôo ou lançamento. (m) Duração do vôo: velocidade (tempo de deslocamento). (n) Loc Ater: quantidade, localização, quais Anv que aterram e onde, identificação, tipo de balizamento e horário de utilização. (o) Nr de decolagens: levas ou vagas. (p) Nr e tipo de fardos a serem lançados. (q) Recordação de sinais convencionados. (r) Fraseologia. (s) Procedimentos de emergência. (t) Freqüência rádio. (u) Indicativos. 5-2


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(v) Identificação e sistema de autenticação. (x) Condições meteorológicas. (z) Embarque: plano de carregamento e embarque. b. Plano Tático Terrestre (1) É o documento elaborado pelo comandante da patrulha, de acordo com as normas de comando, no qual consta como será cumprida a missão pela patrulha, servindo de base para a elaboração dos demais planos. (2) Engloba todos os detalhes de execução da missão da patrulha no terreno. A ação no objetivo, o posicionamento, as missões de cada grupo após o desembarque, a reorganização e as medidas de coordenação e controle. c. Plano de desembarque (1) É confeccionado baseado no plano tático terrestre. Nele estão definidos os locais de aterragem onde desembarcam os diversos grupos da patrulha. Esses locais a serem utilizados nem sempre são os mesmos para todo o escalão de assalto e de segurança. Daí a necessidade de se estabelecer neste plano a seqüência, a hora e o local do desembarque das frações. (2) Um aspecto importante é a seleção dos locais de aterragem. As considerações básicas são: o tamanho, a distância dos mesmos ao objetivo e seus afastamentos em relação às unidades inimigas. Outros detalhes a serem observados são as possíveis rotas de aproximação para a abordagem dos locais de aterragem, os obstáculos em seus interiores e a previsão das condições meteorológicas locais. (3) É importante a seleção de locais de aterragem alternativos. (4) No planejamento de uma Pa Amv, pode-se optar entre um local de aterragem único ou múltiplo, possuindo cada um vantagens e desvantagens de acordo com o inimigo e o terreno (de acordo com a IP 90-1 – OPERAÇÕES AEROMÓVEIS). (5) No plano de desembarque, normalmente, ficam estabelecidos os auxílios de pouso, decolagem e reorganização da tropa, através da utilização de painéis, fumígenos etc. (6) A reorganização é o momento mais vulnerável da patrulha, razão pela qual é fundamental a surpresa tática inicial, neste tipo de operação. d. Plano de Movimento Aéreo Baseia-se no plano tático terrestre e no plano de desembarque, e é elaborado por escrito pelo comandante da força de helicópteros em coordenação com o comandante da patrulha, incluindo um diagrama de rotas de vôo e um quadro de deslocamento aéreo. O Cmt Pa deve tomar conhecimento de alguns itens deste plano, tais como medidas de coordenação e controle durante o vôo, direção geral, tempo de vôo, velocidade da Anv e procedimentos de emergência.

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CI 21-75-1 e. Plano de carregamento e embarque

(1) Plano destinado a selecionar e a regular o deslocamento da tropa e equipamento para o local de aterragem. Baseia-se no plano tático terrestre, no plano de desembarque e no plano de movimento aéreo; e, ainda, determina as necessidades em aeronaves para o cumprimento da missão. O plano de carregamento e embarque possui alguns fundamentos cuja observância é primordial para o sucesso do desembarque e, conseqüentemente, do plano tático terrestre. (a) Seqüenciamento Significa embarcar os homens de modo a atender a organização para o combate e a seqüência de desembarque desejado, a fim de posicionar os grupos na ordem e na hora oportuna para a boa execução do plano tático terrestre. (b) Integridade tática Significa manter grupos e equipamentos constituídos de modo que a missão não seja comprometida, caso alguma aeronave seja abatida durante o deslocamento. (c) Auto-suficiência das vagas As condições meteorológicas, o inimigo, as panes e os problemas de toda ordem podem fazer com que uma vaga não chegue ou demore muito a chegar ao local de aterragem, depois que a primeira vaga já tenha sido desembarcada. Auto-suficiência é fazer com que cada vaga tenha um mínimo de condições para se sustentar no local de aterragem, a despeito do atraso ou fracasso de uma outra vaga. (d) Previsão de panes Significa priorizar quem na vaga, caso ocorra pane de aeronave antes do embarque. O comandante da patrulha é o principal responsável por cumprir esse fundamento, somente ele sabe quem tem vital importância no cumprimento da missão. (e) Distribuição de valores Significa não colocar na mesma aeronave ou vaga, pessoal e material que venha a fazer muita falta para o cumprimento da missão, caso a mesma seja abatida. (2) Neste plano é importante, ainda, a determinação do número de aeronaves necessárias para o cumprimento da missão, bem como a autonomia de cada uma delas, de acordo com o peso embarcado. (3) Para a determinação do número de aeronaves, normalmente adotamos o método dos espaços, que é uma combinação de pesos e volumes. Um “espaço” representa o volume e o peso de um combatente equipado (100 kg de peso médio).

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CI 21-75-1 5-4. OBSERVAÇÕES AO COMANDANTE DE PATRULHA AEROMÓVEL

a. Normalmente, elementos especializados, tanto da força de superfície quanto da força de helicópteros, podem apoiar o comandante da patrulha. b. É importante a realização de ensaios de todas as ações e prováveis condutas, específicos para cada tipo de aeronave empregada. c. O conhecimento sobre locais de aterragem, balizamentos, formações, utilização do rádio, embarque e desembarque, técnicas de lançamento, medidas de segurança e apoio de fogo aéreo será baseado e orientado pela instrução das unidades ou elementos especializados (de acordo com a IP 90-1 – OPERAÇÕES AEROMÓVEIS).

Fig 5-1. Embarque da força de superfície ARTIGO II PATRULHA NA GARANTIA DA LEI E DA ORDEM

5-5. GENERALIDADES a. As ações de GLO abrangem o emprego da F Ter em variados tipos de operações e atividades em face das diversas formas com que as F Adv podem se apresentar. b. O amplo espectro das missões executadas e a variedade de situações que podem ocorrer exigem, em cada caso, um cuidadoso estudo das condicionantes do emprego da F Ter, para a adoção de medidas e ações mais adequadas à situação que se apresenta, coerente com os fundamentos e conceitos que se seguem.

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5-6. CONCEITOS BÁSICOS a. Garantia da lei e da ordem: atuação coordenada das Forças Armadas e dos órgãos de segurança pública na execução de ações e medidas provenientes de todas as expressões do poder nacional em caráter integrado e realçado na expressão militar. Tem por finalidade a garantia dos poderes constitucionais, da lei e da ordem. b. Segurança Integrada (Seg Intg): expressão usada nos planejamentos de GLO da F Ter, com o objetivo de estimular e caracterizar uma maior participação e integração de todos os setores envolvidos. 5-7. AÇÕES E MEDIDAS DE GARANTIA DA LEI E DA ORDEM a. As ações e medidas de GLO podem ser Preventivas ou Operativas, de acordo com o grau e a natureza dos óbices representados pelas ações das F Adv. b. Neste contexto teremos o emprego mais efetivo das patrulhas na fase operativa. Ações e medidas serão conduzidas em situação de normalidade e nãonormalidade e serão executadas dentro de uma Zona de Operações (Z Op), que será delimitada, na área conturbada, com base no ato legal da autoridade que determinou o emprego da F Ter (de acordo com a IP 85-1 OPERAÇÕES DE GARANTIA DA LEI E DA ORDEM). 5-8. OBJETIVOS DAS PATRULHAS a. Obter dados sobre a força adversa, realizar ações para inquietá-la ou neutralizá-la e impedir pela presença física que ela tenha liberdade de movimentos na área de operações. b. Contatar com povoados isolados, proporcionar-lhes sensação de segurança e conhecer o terreno onde se desencadeiam as operações. c. Neutralizar as lideranças da força adversa, poupando combates e conseqüentemente vidas humanas. 5-9. ZONA DE OPERAÇÕES a. A força empenhada em operações contra F Adv, acima do nível Unidade inclusive, normalmente, recebe uma Z Op, delimitada por um limite contínuo. b. No interior das áreas de responsabilidade de cada comando, são tomadas providências para proteger a tropa, as instalações e as vias de transportes, bem como são instaladas bases de combate até o escalão subunidade, das quais se irradiam as operações para destruição do poder de combate das F Adv. c. A base de combate é o ponto de onde partem todas as operações contra as F Adv.

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d. Dependendo da extensão e do tipo da patrulha, esta poderá ocupar uma base de patrulha da qual a fração partirá para cumprir missões de reconhecimento e/ou combate. 5-10. FORMAS DE OCUPAÇÃO DA ZONA DE OPERAÇÕES a. As Z Op podem estar enquadradas em um ambiente rural ou urbano. b. Existem dois tipos básicos de ocupação da Z Op: ocupação como um todo e a ocupação progressiva. c. Ocupação como um todo: nessa situação a subunidade recebe uma área de responsabilidade, esta por sua vez designa ao pelotão uma missão específica visando cumprir a ordem emanada do Esc Sp, em uma área na qual a F Adv atua com maior intensidade, podendo manter, sob seu controle direto, regiões denominadas espaços vazios, onde a F Adv não atua ou se mostra menos atuante. d. Ocupação progressiva: as peças de manobra ocupam, em princípio, as regiões julgadas mais importantes e, a partir daí, à medida que essas regiões forem controladas, são ocupadas paulatinamente as demais regiões da Z Op. 5-11. PROCESSOS DE DESLOCAMENTO a. Normalmente, a patrulha atinge a área do objetivo realizando um deslocamento para as Z Op, onde o processo a ser adotado dependerá dos fatores da decisão. b. A chegada da tropa na Z Op poderá ser realizada por via aérea, terrestre ou aquática. De acordo com o processo a ser adotado pode-se adotar a combinação entre eles. 5-12. OBSERVAÇÕES AO COMANDANTE DA PATRULHA a. Atentar para as regras de engajamento existentes para as operações. b. O Cmt Pa deve alertar os integrantes de sua fração de que o sucesso das ações depende da conquista e/ou manutenção do apoio da população. c.Levantar as disponibilidades de meios para Op GLO, tais como os necessários para Posto de Segurança Estático (PSE), Posto de Bloqueio e Controle de Estradas (PBCE), Posto de Bloqueio e Controle de Vias Urbanas (PBCVU), entre outros.

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CI 21-75-1 ARTIGO III PATRULHA FLUVIAL

5-13. GENERALIDADES a. As patrulhas fluviais são comuns em áreas ribeirinhas, onde predominam as vias de comunicações pela água, em regiões pouco desenvolvidas e cuja população habita, geralmente, às margens dos rios. Podem apresentar trechos com terrenos relativamente alagados, pântanos ou florestas, grandes planícies ou terrenos relativamente planos. b. Patrulhas fluviais têm a finalidade de reconhecer, conquistar ou manter o controle sobre uma área ribeirinha, pela neutralização das forças inimigas. c. Nas operações ribeirinhas, é também comum o emprego de patrulhas aeromóveis. d.Todos os conceitos sobre patrulhas terrestres são aplicáveis às patrulhas fluviais, ressaltadas as características peculiares do ambiente operacional ribeirinho. e. Sempre que possível, as atividades das patrulhas fluviais devem ser coordenadas com o reconhecimento aéreo dos cursos d’água e áreas vizinhas. f. São empregados botes de assalto nas patrulhas fluviais. g. As vantagens de uma patrulha fluvial são: (1) aumento da capacidade de carga e do poder de combate da patrulha; (2) maior velocidade que as patrulhas a pé, em conseqüência, possibilita um maior raio de ação; e (3) proporciona um menor desgaste físico aos homens. h. As patrulhas fluviais apresentam as seguintes desvantagens: (1) o movimento é canalizado, ficando subordinado aos cursos d’água existentes; (2) maior vulnerabilidade às vistas e fogos do inimigo; (3) dependência da disponibilidade de botes; e (4) utilizando-se o motor de popa, ocorrerá o comprometimento do sigilo.

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Fig 5-2 Patrulha Fluvial 5-14. PLANEJAMENTO E PREPARAÇÃO a. Planejamento (1) Prever tempo suficiente para repetidos ensaios (formações, sinais e gestos, treinamento de remadas, reorganização das embarcações etc). (2) Pontos de referência nas margens devem ser nítidos e, se possível, reconhecidos. (3) Sempre buscar a camuflagem das embarcações quando abicar. (4) Considerar dados médios de planejamento. b. Preparação (1) Pessoal Realizar uma adaptação dos integrantes da patrulha nas técnicas fluviais e procedimentos de emergência. (2) Material (a) Individual Material impermeabilizado e em condições de ser ancorado à embarcação. (b) Coletiva - Distribuição dos valores e do material pesado, colocando em embarcações diferentes, armamento coletivo e equipamentos especiais dentro de um equilíbrio de peso. - Embarcações: remos preparados, tanque de combustível reserva, motores manutenidos, foles, kit de manutenção de 1º escalão etc. 5-15. PROCESSOS DE DESLOCAMENTOS FLUVIAIS a. Os conceitos referentes aos movimentos motorizados são aplicáveis aos deslocamentos fluviais: segurança à frente, nos flancos e à retaguarda.

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b. Em princípio, os deslocamentos são realizados pelos processos a seguir descritos. (1) Movimento contínuo – Durante o movimento contínuo, todas as embarcações movem-se a uma velocidade moderada. A segurança é baseada na observação e na ação de pequenos grupos nos locais mais viáveis às ações inimigas. Este processo é o que oferece maior rapidez de movimento e menor grau de segurança. (2) Movimento por lanços sucessivos – Durante o movimento por lanços sucessivos as embarcações da patrulha mantém suas respectivas posições na coluna. O sistema de segurança entre os botes é recíproco e um só inicia o seu deslocamento, quando o outro já tenha ocupado posição.

Fig 5-3. Movimento por lanços sucessivos (a) O bote "A" avança até um ponto em que tenha observação à frente, seus ocupantes desembarcam e entram em posição. Uma vez em condições de fornecer a segurança, sinaliza para o bote "B" e este prosseguirá para o local do bote "A". Os demais botes se deslocam para o local anterior do bote "B". (b) Os elementos do bote "B" ocupam as posições do bote "A". Ato contínuo, os elementos do bote "A" embarcam e prosseguem até o ponto de observação escolhido onde desembarcarão e o processo se repete. (c) É o processo que oferece maior segurança, sendo, porém, o mais lento. (3) Movimento por lanços alternados – o movimento das duas embarcações da frente é alternado por ultrapassagem. Um bote não pára no local do que está à frente e sim, ultrapassa-o.

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Fig 5-4. Movimento por lanços alternados (a) O bote "A" ocupa posição num ponto que permita observação à frente. Sinaliza para o bote "B" que, tendo embarcado o pessoal, ultrapassa o local do bote "A" e entra em posição à frente. Os demais botes se deslocam e ocupam a antiga posição do bote "B". Proporciona maior rapidez que o movimento por lanços sucessivos, mas não permite ao homem do bote que ultrapassa, um reconhecimento cuidadoso à frente. (b) O contato rádio entre os botes permite que o bote em posição auxilie com informações o bote que irá ultrapassá-lo. c. Responsabilidades específicas por zonas de observação e setores de tiro são dadas a cada homem por embarcação. O contato visual é mantido entre as embarcações. d. Homens, armas e equipamentos devem ser distribuídos entre as embarcações de tal maneira que a patrulha possa cumprir sua missão, mesmo que uma das embarcações se perca. e. Designar um membro da patrulha para observar e anotar as condições da aquavia e margens. f. As embarcações a remo podem ser helitransportadas por carga externa, rio acima, eliminando-se o esforço de remar contra a correnteza e permitindo à patrulha realizar um reconhecimento rio abaixo (a favor da correnteza). Incluir, neste caso, medidas para evacuação de emergência ou reforço da patrulha. g. No deslocamento, a patrulha pode seguir pelo centro da aquavia ou próximo à margem, dependendo da distância e da situação tática. Seguem algumas considerações abaixo. (1) Pelo meio da aquavia (a) O deslocamento é feito distante das margens, em conseqüência dificulta a realização de fogos ajustados sobre os botes. (b) Possibilita uma maior capacidade de manobra.

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(c) Nos deslocamentos rio abaixo, aproveita-se a correnteza, obtendose maior velocidade e menor consumo de combustível. (d) Maior dificuldade em localizar inimigo. (e) Quando rio acima, a correnteza é maior, conseqüentemente, menor velocidade e maior consumo de combustível. (2) Próximo à margem (a) Maior possibilidade de dissimulação do deslocamento. (b) Facilita a localização do inimigo. (c) Maior possibilidade de receber fogos ajustados. 5-16. FORMAÇÕES UTILIZADAS NOS DESLOCAMENTOS FLUVIAIS a. A formação e as distâncias e intervalos entre as embarcações serão adotadas em função da situação, das características da aquavia e de suas margens, das condições de visibilidade e da disponibilidade de embarcações. b. As formações comumente empregadas são: em coluna, em linha, em cunha e em colunas justapostas.

Fig 5-5. Deslocamento fluvial 5-17. NAVEGAÇÃO NOS DESLOCAMENTOS FLUVIAIS a. Basicamente a orientação nas aquavias é amarrada por pontos de referência existentes. Cachoeiras, ilhas, bancos de areia, pequenas localidades, confluência de rios/igarapés (estudo da carta e do terreno) e até mesmo árvores de grande porte que se destacam da vegetação nas margens, serão excelentes pontos de referência. Pode-se, ainda, controlar os deslocamentos em trechos retilíneos da aquavia considerando-se o tempo e a velocidade. b. A utilização de guias e práticos é um meio bastante eficiente para a navegação fluvial. c. Durante a noite, um processo que pode ser empregado, é o da determinação do itinerário por pontos. O comandante da patrulha tira azimutes ao longo do itinerário até o objetivo, prevendo atingi-lo ou chegando próximo em uma das margens.

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Fig 5-6. Técnica para navegação fluvial noturna (1) Tira-se o azimute magnético do ponto 1 para o ponto 2. O bote-ponto atingindo o ponto 2, ancora firmemente, aguardando a chegada do bote-bússola. (2) Do ponto 2, tira-se o azimute do ponto 3 e o bote-ponto inicia o deslocamento até atingi-lo. Aguarda a chegada do bote-bússola e, assim, o mecanismo se repete até cumprir o planejamento do comandante da patrulha. (3) Existindo outros botes na patrulha, estes se deslocam a retaguarda do bote-bússola ou conforme determinação do comandante da patrulha. (4) O bote-ponto deve ter uma lanterna escurecida para que possa ser visto pelos demais botes quando o deslocamento for noturno. (5) As correções na direção do bote-ponto devem ser feitas pelo botebússola e através dos meios de comunicações disponíveis. 5-18. EMBOSCADA E CONTRA-EMBOSCADA a. Normalmente, em ambiente ribeirinho, as emboscadas são largamente empregadas por ambos os contendores. b. O planejamento e execução de uma emboscada em área ribeirinha assemelham-se à emboscada terrestre. Adaptações necessárias são feitas face às características dessa área. c. Devem ser adotados cuidados especiais com a segurança nos deslocamentos, visando a impedir o desencadeamento ou minimizar os efeitos de uma emboscada inimiga. d. As ações de uma tropa ao sofrer uma emboscada, quando em deslocamento em uma aquavia, são semelhantes às executadas numa ação de contra-emboscada terrestre. As características das margens do curso d’água, os tipos de embarcações utilizadas, o número de motores, o inimigo e a missão, serão os fatores condicionantes da reação. 5 - 13


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e. Procedimentos a serem adotados durante a ação de emboscada (1) Elementos dentro da área de destruição (a) Procurar abandoná-la o mais rápido possível. (b) Identificar a posição emboscante. (c) As guarnições dos botes respondem ao fogo. (2) Elementos fora da área de destruição (a) Procurar desembarcar, cerrando para as margens. (b) Atacar a posição da tropa inimiga que realiza a emboscada, desbordando-a pelos flancos ou retaguarda. 5-19. AÇÃO NO OBJETIVO a. Normalmente, existem dois casos definindo a forma de atuação. b. Combinar ação fluvial com bloqueio terrestre.

Fig 5-8 Ação fluvial com bloqueio terrestre (1) A força do bloqueio pode ser transportada em embarcações ou em helicópteros, e de conformidade com o planejamento do comandante da patrulha, desembarcada distante do objetivo (botes e helicópteros) ou sobre o objetivo (helicópteros). (2) É a ação mais indicada contra objetivos localizados em partes salientes do terreno. c. Combinar a ação terrestre com bloqueio fluvial. (1) É a ação mais indicada contra objetivos localizados em enseadas. (2) O elemento de bloqueio deverá ocupar posições de emboscadas e ficar em condições de executar uma perseguição.

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Fig 5-9 Ação terrestre com bloqueio fluvial 5-20. BASE DE PATRULHA EM ÁREA RIBEIRINHA a. São instaladas em terra ou flutuantes. b. Base de patrulha em terra (1) A escolha do local será influenciada pela facilidade do acesso às primeiras linhas de comunicações aquáticas e pela facilidade de defender a área selecionada. (2) A sua defesa é em função do efetivo da patrulha, do terreno, do inimigo e da missão. (3) Sempre que possível, as patrulhas que utilizam pequenas embarcações, com dificuldades de ancoragem, devem optar por uma base terrestre. (4) O planejamento, a aproximação, o reconhecimento, a ocupação e a evacuação são comuns a todas as bases de patrulhas. b. Bases flutuantes (1) Serão montadas em embarcações de maior ou menor calado, em função do efetivo do escalão considerado e da possibilidade de deslocamento na aquavia onde serão instaladas. (2) Para a defesa das bases flutuantes são lançadas patrulhas com embarcações armadas, estabelecidos postos de sentinelas e freqüentes inspeções são realizadas nas imediações do flutuante. c. Durante os pernoites, as patrulhas deverão adotar procedimentos semelhantes aos tomados por ocasião da ocupação das bases terrestres ou flutuantes, conforme o caso.

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5-21. APOIO LOGÍSTICO a. As técnicas de apoio logístico são basicamente as mesmas das patrulhas terrestres, devendo ser orientadas também para o suprimento e para a manutenção das embarcações e motores de popa. b. Havendo disponibilidade de helicópteros, empregá-los nos ressuprimentos, nas evacuações e no recompletamento. 5-22. COMANDO E COMUNICAÇÕES a. O rádio é um meio bastante empregado, devido a alta mobilidade das embarcações. b. Normalmente, cada embarcação conduz um equipamento rádio e sistemas alternativos de comunicações. c. Atuando em área de selva ou em local de difícil propagação, utilizar antenas improvisadas. d. Utilizar o rádio de maneira equacionada, atentando para o sistema de GE do inimigo. e. Sinais e gestos convencionados são utilizados, conforme determinação do comandante da patrulha. 5-23. OBSERVAÇÕES AO COMANDANTE DA PATRULHA a. É muito importante a correta preparação, a inspeção e a manutenção das embarcações, em especial no que se refere aos motores de popa. b. Sempre que for possível, prever um equipamento rádio por bote e planejar o emprego de um meio alternativo de contato entre os mesmos. c. A tropa que realiza uma patrulha ribeirinha deverá estar adestrada, particularmente nos seguintes assuntos: técnica de navegação fluvial, orientação fluvial, tiro embarcado contra alvos nas margens e contra embarcações, natação utilitária, assalto ribeirinho etc.

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CI 21-75-1 ARTIGO IV PATRULHA MOTORIZADA

5-24. MISSÃO A patrulha motorizada recebe, normalmente, missões semelhantes às patrulhas a pé. 5-25. FINALIDADE As patrulhas são motorizadas para permitir: a. percorrer maiores distâncias em menor tempo; b. conduzir equipamentos e munições de maior peso e quantidade; e c. reduzir as vulnerabilidades, considerando as possibilidades do inimigo e a disponibilidade dos tipos de viatura para a missão. 5-26. ORGANIZAÇÃO GERAL E PARTICULAR a. A patrulha motorizada é organizada em grupos e escalões, a semelhança da patrulha a pé. A missão recebida define o tempo e os limites para o transporte motorizado e para as situações de conduta de desembarque ou não dos homens. b. Manter, sempre que possível, a integridade tática dos grupos que compõem a patrulha. 5-27. PLANEJAMENTO E PREPARAÇÃO a. De modo geral, a patrulha motorizada é planejada e preparada da mesma forma que as patrulhas a pé. Seguem-se considerações referentes a uma patrulha motorizada. b. Viaturas (1) O número e o tipo de viaturas a serem utilizadas na missão dependem, principalmente, da missão, do terreno, das possibilidades do inimigo, e da disponibilidade dos meios. A utilização de viaturas sobre rodas propicia uma maior mobilidade. (2) Durante a preparação, o comandante da patrulha, verifica se as viaturas estão em boas condições de funcionamento e se foram devidamente abastecidas de combustível, óleo e água, bem como supridas de acessórios, sobressalentes e combustível suplementar.

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(3) Os motoristas também são patrulheiros. Devem participar de todas as ordens emitidas à patrulha. (4) A tampa traseira deve ser rebatida para facilitar o embarque e o desembarque, quando for o caso. Os toldos e cajados serão retirados, permanecendo apenas os cajados das extremidades. As mochilas e os equipamentos extras serão colocados sobre os bancos deixando livre a parte central. O comandante, em função da possibilidade de atuação do inimigo, pode determinar que os bancos sejam rebatidos. (5) Camuflá-las quanto ao brilho e identificações que não favoreçam seu sigilo. Se o pára-brisa tiver que ser rebatido (Vtr ¼ e ¾ Ton), cada viatura necessitará de um cortador de arame (anti-decapitador) colocado na parte central do párachoque dianteiro. (6) Os pisos e as laterais das viaturas são reforçados com sacos de areia ou chapas de aço, para reduzir o efeito de minas, estilhaços e armamento individual do inimigo. Atentar para a capacidade de carga que a viatura pode transportar, haja visto o efetivo e o material a ser conduzido. (7) O chefe de viatura deverá ocupar um local na viatura que o permita exercer a ação de comando sobre seus homens, podendo estar na boléia ou na cabine. (8) Normalmente, são instaladas armas automáticas nas viaturas, desde que as mesmas possuam local propício para a colocação e emprego destas armas. (9) Uma equipe de manutenção, quando possível, é incorporada à patrulha para depanagem de problemas mecânicos.

Fig 5-10. Viatura preparada

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c. Armamento e equipamento (1) O armamento e equipamento a serem conduzidos dependem da missão, do terreno, do inimigo e dos meios disponíveis. (2) A patrulha motorizada tem possibilidade de transportar meios mais pesados, tais como: canhões sem recuo, morteiros, metralhadoras pesadas, botes pneumáticos, motores de popa etc. Cabe ao comandante da patrulha a decisão sobre o que conduzir. (3) As armas são alimentadas, carregadas e travadas, em condições de pronto emprego. d. Comunicações (1) As comunicações bem planejadas e executadas são essenciais para o cumprimento da missão de uma patrulha motorizada. (2) Estabelecer ligações entre as viaturas da patrulha e com o escalão que a lançou. (3) Utilizar-se de rádios de curto alcance, comandos a voz e sinais visuais, evitando, assim, as medidas eletrônicas de apoio (MEA) do inimigo. e. Plano de carregamento e embarque (1) Tem por finalidade facilitar tanto o embarque como o desembarque do material e pessoal no início do movimento, durante o deslocamento e no objetivo, se necessário. (2) O plano de carregamento e embarque é simples e bem elaborado. Deve responder as perguntas: o quê e quem vai por viatura, e a seqüência do embarque e desembarque do pessoal e material. (3) Ensaiar quantas vezes forem necessárias a fim de que a tropa atinja um bom nível de execução. f. Segurança (1) Os comandantes de viatura atribuem a cada homem um setor de observação, recobrindo frente, flancos e retaguarda. Isto proporciona às viaturas a realização de fogos para qualquer direção e o contato visual entre elas. (2) Orientar os motoristas para possíveis condutas. Definir distâncias entre as viaturas e velocidades. (3) Prever um vigia antiaéreo, realizando rodízio do combatente que estiver nesta função, evitando a fadiga do mesmo.

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5-28. EXECUÇÃO a. Organização para o movimento (1) Recebendo blindados, colocá-los a testa e/ou a retaguarda da coluna (prover segurança). (2) Deve-se, sempre que a situação permitir, lançar um grupo de segurança motorizado (Gp Seg Mtz) como testa, precedendo a patrulha em dois ou três minutos (1 km aproximadamente). Este grupo se compõe de viaturas leves (¼ Ton) e, de preferência, com armamento e equipamento-rádio orgânicos. (3) Quando em deslocamento em área com possibilidade de contato iminente com o inimigo, a velocidade será mais lenta (15 a 25 km/h). A distância entre as viaturas é definida pelo terreno, porém, como referência, deve-se buscar no mínimo cinqüenta metros de dispersão. (4) Deve ser mantido um contato visual entre os motoristas das viaturas, possibilitando o apoio mútuo entre elas. (5) As patrulhas motorizadas poderão ter sua segurança provida por aeronaves, em sua vanguarda e flancoguarda, dependendo da situação tática. b. Processos de penetração nas áreas inimigas (1) Existem duas formas de uma patrulha motorizada penetrar nas linhas inimigas: penetração propriamente dita e realizando uma infiltração. (2) Na penetração propriamente dita a patrulha ao ultrapassar o dispositivo do inimigo, inicia o deslocamento para a região do objetivo. É utilizada quando o inimigo encontra-se em larga frente e com um fraco dispositivo defensivo. A manutenção do sigilo é fundamental. (3) Na infiltração, a patrulha desloca-se: por viaturas, por grupo de viaturas, ou como um todo, através ou em torno dos elementos avançados da defesa do inimigo, até pontos de reunião, previamente designados. É o processo, normalmente, mais empregado e que apresenta as menores possibilidades de ação inimiga; é favorável, também, em noites escuras e chuvosas. Poderá ser utilizada mais de uma faixa de infiltração. (4) As ligações com tropa amiga, em cuja área de ação ou interesse a patrulha atuará, são de responsabilidade do comandante do escalão que a lança. Normalmente, o comandante da patrulha, durante o seu planejamento, reconhece várias posições por onde a patrulha passará. (5) Aproximando-se das posições ocupadas por tropa amiga, a patrulha desloca-se com a máxima cautela, fazendo as ligações necessárias com o mínimo de homens, procurando manter o sigilo da missão. É importante a patrulha tomar conhecimento dos últimos dados do inimigo na área, do terreno à frente, da existência de obstáculos e do apoio que possa ser dado à patrulha.

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CI 21-75-1 5-29. DESLOCAMENTO

a. A patrulha motorizada se desloca pelo seguinte processo ou combinação deles: deslocamento contínuo, lanços sucessivos e lanços alternados. b. Deslocamento contínuo (1) A velocidade da viatura é moderada durante todo o deslocamento. (2) A rapidez do deslocamento é limitada pela necessidade de segurança. (3) As viaturas da testa só param para reconhecer áreas perigosas. (4) É o processo mais rápido, porém, o menos seguro. c. Lanços sucessivos

Fig 5-11 Lanços sucessivos (1) As viaturas mantêm sua posição relativa na coluna. (2) As duas viaturas-testa atuam em conjunto, deslocando-se de um ponto de observação para outro. A segunda viatura coloca-se numa posição coberta e, se necessário, seus ocupantes desembarcam e cobrem o deslocamento da primeira viatura até um ponto de observação; ao atingir este ponto, os integrantes da primeira viatura observam e reconhecem, desembarcando, se for o caso. A área estando segura, a segunda viatura recebe um sinal para cerrar até a primeira; o Cmt da primeira viatura observa o terreno à frente e seleciona o próximo ponto de parada. A primeira viatura se desloca até o ponto de observação selecionado e o processo é repetido. (3) O lanço da primeira viatura não deve exceder o limite de observação e/ ou o alcance do apoio de fogo da segunda viatura. As outras viaturas da coluna deslocam-se por lanços, sem sair de sua posição relativa. (4) Cada viatura mantém o contato visual com a viatura da frente (evitando se aproximar) e da retaguarda.

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d. Lanços alternados

Fig 5-12. Lanços alternados (1) Todas as viaturas, exceto as duas da testa, devem manter suas posições relativas na coluna. (2) As viaturas-testa se alternam como primeira viatura. Uma cobre o lanço da outra. (3) Este processo proporciona um avanço mais rápido que no deslocamento por lanços sucessivos; entretanto não permite tempo suficiente aos homens da segunda viatura para que observem bem o terreno à frente, antes de ultrapassar a primeira viatura e assim, sucessivamente. e. O estudo de situação contínuo permite ao comandante decidir pelo processo a ser utilizado e suas conseqüentes mudanças. 5-30. CONDUTA EM ÁREAS PERIGOSAS E PONTOS CRÍTICOS a. O comandante da viatura-testa informa de imediato ao comandante de patrulha, a existência de obstáculos ou área perigosa no itinerário. Os homens reconhecem estes locais sobre cobertura das armas automáticas da viatura. b. Sempre que possível, os obstáculos são desbordados; caso contrário são cautelosamente removidos. c. Os cruzamentos e bifurcações existentes no itinerário são reconhecidos. Os homens da primeira viatura fazem a segurança, enquanto que a segunda viatura reconhece os acessos ao itinerário. A distância até onde se deve reconhecer uma estrada lateral é determinada pelo conhecimento que o comandante da patrulha tem da situação; entretanto os elementos que a reconhecem deslocam-se até a distância de apoio do grosso da patrulha. d. Pontes, cruzamentos, desfiladeiros e curvas de estrada, que impeçam a visão à frente, são considerados como áreas perigosas. Os homens desembarcam e aproveitam todas as cobertas e abrigos existentes para realizarem um reconhecimento. As viaturas ocupam posições cobertas fora da estrada e as armas coletivas dão cobertura ao reconhecimento do pessoal desembarcado. e. O adestramento do motorista e dos atiradores das armas automáticas, instaladas na viatura, são condições essenciais para o êxito nas condutas de uma patrulha motorizada. 5 - 22


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5-31.TÉCNICAS DE AÇÃO IMEDIATA a. Há duas formas de encontro com o inimigo: o contato fortuito e a emboscada. b. O contato fortuito é um encontro casual. A patrulha motorizada e o inimigo não esperam o encontro, ou sequer estão preparadas para ele. Neste caso, as ações da patrulha dependerão da missão recebida: a patrulha retrai e prossegue através de um outro eixo secundário, previamente planejado ou manobra para destruir o inimigo. c. Sempre que possível, nos contatos fortuitos com o inimigo, o comandante de uma patrulha motorizada busca a seguinte conduta: (1) avançar até um ponto de observação coberto; (2) observar, realizando um rápido estudo de situação; (3) decidir (o que fazer, quando, como e para quê); (4) emitir ordens aos elementos subordinados; e (5) informar ao escalão superior (se houver ligação). d. Aos primeiros indícios de uma emboscada, as viaturas, de início, tentam sair da área de destruição; os atiradores procuram fixar pelo fogo a posição emboscante e devem ser seguidos pelos demais da patrulha. Caso não seja possível abandonar a área de destruição, os homens desembarcam, sob a cobertura do fogo das armas automáticas. É o momento crítico e há o desembarque por todos os lados da viatura. Não esperar a parada e sim a visualização do bloqueio. É de fundamental importância a ação de comando dos respectivos comandantes. A preocupação seguinte será a de cerrar organizadamente e agressivamente sobre o inimigo. A parte da patrulha que não estiver sendo atacada, manobra buscando o flanco ou retaguarda da posição inimiga. Os patrulheiros que estiverem na área de destruição, apóiam, fixando o inimigo pelo fogo. e. A utilização de granadas fumígenas pode favorecer a ação de contraemboscada. 5-32. AÇÃO NO OBJETIVO a. Os diversos tipos de missões de reconhecimento ou de combate atribuídos a uma patrulha motorizada definem as ações para o cumprimento da missão. b. A patrulha motorizada realiza uma infiltração como um todo ou fracionada. Para a infiltração como um todo deve-se prever uma reorganização em um ponto de reunião próximo do objetivo. Na infiltração fracionada com a utilização de diversos itinerários, deve-se reorganizar a patrulha em um ponto anterior ao PRPO. c. Normalmente, do PRPO, o comandante da patrulha, com os homens que julgar necessários, parte para o reconhecimento e confirma ou modifica o planejamento para a ação no objetivo. As viaturas devem permanecer no PRPO com os motoristas e com um grupo encarregado da segurança. 5 - 23


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d. Normalmente, a missão (destruir, capturar, conquistar, resgatar etc) é executada com a patrulha desembarcada. As demais ações no objetivo são em tudo, semelhantes às realizadas pelas patrulha a pé. 5-33. REGRESSO a. Deve-se retrair como um todo, sempre que possível. b. Havendo resgate, por vias aéreas ou aquáticas, deve-se executar um planejamento pormenorizado e uma perfeita coordenação com o escalão que lança a patrulha. c. Existindo homens ou viaturas em atraso, informar aos postos amigos. 5-34. OBSERVAÇÕES AO COMANDANTE DA PATRULHA a. O planejamento deve ser simples e objetivo. Atenção especial deve ser dada ao plano de carregamento e embarque, aos processos de deslocamento, ao dispositivo, às situações de contingência, ao cumprimento da missão e ao retraimento. b. As viaturas em boas condições mecânicas e a preocupação com a necessidade de combustível a ser consumida são ações também importantes na preparação da patrulha. c. O controle da patrulha, a rapidez e a agressividade são fundamentais para o êxito nas diversas condutas e situações de contingência. d. Evitar que toda a patrulha entre em um mesmo compartimento antes da liberação da segurança à frente. e. Na preparação da viatura, atentar para a utilização de meios que proporcionem um segurança adequada à tropa que se encontra embarcada, tais como: sacos de areia, chapas de aço, toras de madeira etc. Não esquecer da capacidade de carga da viatura.

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ANEXO “A”

OPERAÇÃO ONÇA

A-1. FINALIDADE Este anexo tem por finalidade apresentar um caso esquemático - baseado em uma situação hipotética - com um modelo de planejamento seguindo toda a seqüência das Normas de Comando do comandante de patrulha. Espera-se que o contido no presente documento sirva de ferramenta valiosa para aqueles que estão dando os primeiros passos na arte do comando de pequenas frações em missões de reconhecimento ou de combate. Ressalta-se que o planejamento apresentado a seguir é apenas uma solução para o problema militar criado pela situação hipotética abaixo. A-2. SITUAÇÃO GERAL (HIPOTÉTICA) a. Questões históricas entre os países VERMELHO e AZUL pela posse da região de TIJIPIÓ e FLOREAL ao sul do rio DAS FLORES, foram levadas à arbitragem internacional, no início do século, que reconheceu o direito do país AZUL sobre a área litigiosa. b. Eleição presidencial realizada no ano A-2, no país VERMELHO, levou ao poder uma coligação de partidos cuja principal bandeira eleitoral era a reincorporação do território perdido para o país AZUL. c. Outro problema crucial que afeta a região é o narcotráfico. Grupos armados vermelhos ligados à produção de tóxicos naquela área vêm apoiando com armas e gêneros os garimpeiros, contribuindo para um aumento da violência urbana nas cidades próximas.

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d. A linha de fronteira do país AZUL com o país VERMELHO é vulnerável à ação de grupos vermelhos nas cidades adjacentes, havendo, dessa maneira, consideráveis prejuízos econômicos na região. A falta de fiscalização na área tem facilitado o contrabando de ouro e a evasão de divisas do país. e. Em dezembro de A-1, o país VERMELHO concentrou tropas na região de fronteira, realizando pequenas incursões no território do país AZUL. f. A partir de fevereiro do ano A, o país AZUL, calcado em justificativas de invasões por parte do país VERMELHO, decretou estado de guerra contra aquele país e iniciou uma concentração de tropas ao longo da região fronteiriça, procurando dissuadir as ações inimigas. g. O país VERDE declarou ser neutro perante a questão e não permitir a invasão ao seu território.

Fig A-1. Esboço da área A-3. SITUAÇÃO PARTICULAR a. Uma patrulha de reconhecimento do 2º/2ª/511º BI Mtz identificou na região da fazenda CANDIRU Qd (83150-94750) um depósito de gêneros e munições funcionando como base de apoio às ações de patrulhas inimigas ao longo do eixo da estrada do ENCANAMENTO Qd (82700-93200). b. Em conseqüência, o Cmt 511º BI Mtz determinou ao comandante da 1ª Companhia de Fuzileiros que empregasse dois pelotões, destacados da chácara MANAUARA Qd (8505097150), para destruir as instalações inimigas e neutralizar sua guarnição.

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Fig A-2. Esboço da área A-4. INFORMAÇÕES SOBRE O TERRENO, LOCALIDADES E CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS Ref : Crt Mil ____, 1/25000, Fl ____ 1. TERRENO a. Natureza, classificação e estado das estradas e pontes 1) Os trechos assinalados na carta como intransitáveis não permitem o tráfego de nenhum tipo de viatura. 2) As demais estradas permitem circulação e trânsito em qualquer época do ano. 3) A estrada do ENCANAMENTO é de terra batida e a rodovia 02 de revestimento asfáltico e dupla via. b. Vegetação 1) As matas densas assinaladas na carta impedem o movimento de viatura e dificultam o movimento de tropa a pé. 2) A vegetação ciliar é abundante e dificulta a progressão de tropa a pé. 3) As demais regiões caracterizam-se por serem revestidas, em algumas partes, de macega alta e vegetação rasteira e, em outras, de campos e culturas diversas como feijão, soja e arroz. c. Cursos de água 1) O ribeirão GUAPORÉ Qd (7842), a jusante do rio DAS FLORES Qd (7921), impede o movimento de tropa a pé em qualquer época do ano. 2) As regiões assinaladas na carta como alagadas são obstáculos à A-3


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tropa a pé. 3) Os demais cursos d’água não constituem obstáculos em tempo seco. d. Natureza do solo 1) As regiões assinaladas com erosão não são obstáculos à tropa de qualquer natureza. 2) É de consistência firme (saibro) permitindo movimento através campo. 2. LOCALIDADES a. As localidades de TIJIPIÓ e FLOREAL encontram-se quase desertas, já que a maior parte de suas populações foi evacuada. Os remanescentes estão sob controle. b. No restante da área de operações, a humanização é muito rarefeita. Com a perspectiva de combates, os poucos remanescentes têm deixado a região. Até as fazendas estão ficando desertas. c. A população da região vive do comércio e da pesca e tem demonstrado certa facilidade de contato, apresentado-se de uma forma favorável às nossas tropas que atuam na área. As localidades possuem posto telefônico, agência de correios e uma estação geradora de energia termoelétrica. 3. CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS a. Crepúsculos - ICMN: 0530h

- ICMC: 0600h

- FCVN: 1830h

- FCVC: 1800h

b. Lua - Nova em 4 de setembro. c. Condições atmosféricas (válidas até 6 de setembro) 1) Temperatura - Máxima: 25°C - Mínima: 18°C - Gradiente: lapse. 2) Precipitações - Previsão de tempo bom. 3) Nuvens - Céu claro. 4) Nevoeiros - Não há previsão. A- 4


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CI 21-75-1 d. Ventos 1) Direção - Quadrante SE. 2) Velocidade - 8 km/h A-5. OPERAÇÃO ONÇA Exemplar Nr 8 de 9 cópias 1ª Cia Fuz R chácara Manauara 040030 Set 03 MP EXTRATO DA ORDEM DE OPERAÇÕES DO Cmt 1ª Cia Fuz 1. SITUAÇÃO a. Forças Inimigas - Efetivo aproximado de 9 (nove) homens na fazenda CANDIRU. - Armamento e equipamento similar ao nosso.

- O inimigo pode realizar emboscadas ao longo da estrada do ENCANAMENTO. - O inimigo pode receber reforço, na fazenda CANDIRU, em 30 minutos. - Tem deficiência na exploração das comunicações. - Tem apresentado deficiência em seu sistema de contra-inteligência, favorecendo o levantamento de um grande volume de dados a seu respeito. b. Forças Amigas - PC do 511º BI Mtz na chácara MANAUARA. - 2ª Cia Fuz na localidade de MARECHAL RONDON. - Não há possibilidade de apoio de fogo. - Há uma patrulha do 2º/2ª/511º BI Mtz na região do entroncamento da rodovia 02 com a estrada do ENCANAMENTO. - Não há atividade aérea na região. c. Meios recebidos e retirados - Nenhum

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2. MISSÃO - Destruir o depósito inimigo da fazenda CANDIRU e neutralizar a sua guarnição até 050300 Set 03. - Realizar um PBCE no entroncamento da estrada DO ENCANAMENTO com a rodovia 02, a partir de 042330 Set 03. 3. EXECUÇÃO a. Conceito da Operação 1) Manobra a) A 1ª Cia Fuz realizará um ataque visando desarticular instalações de suprimento do inimigo na área de operações. Para isso, empregará o 1º Pel Fuz para destruir o depósito inimigo na fazenda CANDIRU Qd (8315094750) e neutralizar sua guarnição, e o 2º Pel Fuz irá instalar e operar um posto de bloqueio e controle de estrada no entroncamento da estrada DO ENCANAMENTO com a rodovia 02 Qd (8150091200). b) Anexo A: calco de operações (omitido). 2) Fogos - Prio F: 2º Pel Fuz. b. 1º Pel Fuz c. 2º Pel Fuz d. Ap F 1) Pel Ap - Seç CSR 84mm: reforçar o 2º Pel Fuz. - Seç Mrt Me: ação de conjunto. e. Reserva - 3º Pel Fuz. f. Prescrições diversas ................................. 4. LOGÍSTICA - Ração R-2. - Munição: de acordo com a dotação do pelotão. - Meios de transporte Mtz a disposição do Cmt Pel. 5. COMANDO E COMUNICAÇÕES a. Freqüências

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- Cia: 5900 (Pcp) e 6750 (Altn) - 1º Pel: 3275 (Pcp) e 6100 (Altn) b. Senhas, contra-senhas e sinais de Rec:

c. Rádio em silêncio até a quebra do sigilo e livre logo após. d. Dúvidas? Após consultar o memento da retirada de dúvidas, o Cmt Pa fez as seguintes perguntas: Poderá ser feito reconhecimento do itinerário e do objetivo? Qual a natureza da tropa que reforça o inimigo? O Cmt SU respondeu que há possibilidade de reconhecimento a pé e que a tropa é de infantaria a pé. e. Acerto de relógios: “Quando disser hora, serão 0430h”. A-6. PROVIDÊNCIAS INICIAIS Nesse momento, após o recebimento da missão e da retirada das dúvidas, você como comandante do 1º/1ª/511º BI Mtz realizará o seu planejamento preliminar. É um processo mental e resumido, no entanto o comandante deverá fazer as anotações que julgar necessárias a fim de facilitar o seu estudo de situação. a. Estudo sumário da missão 1) O quê? Destruir e neutralizar. 2) Quando? - início do deslocamento: 2200h - Horário da ação no objetivo: 050300 Set 03 - Início do retraimento: 050340 Set 03 3) Onde? - local do objetivo: fazenda CANDIRU Qd (8315094750) - Distância aproximada: 3,5 km - Tempo de deslocamento estimado: 1h 30min

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CI 21-75-1 Conseqüências do estudo sumário da missão Necessidade de constituição de Gp Dest e de Ntz. b. Planejamento da utilização do tempo

Tempo disponível para o cumprimento da missão a partir do término do seu recebimento – 22h30 (1350min).

c. Estudo de situação preliminar 1) Inimigo - Dispositivo: três homens guarnecendo a entrada da fazenda CANDIRU e seis homens ocupando a instalação. - Valor: 1 (um) GC. - Efetivo: nove homens. - Natureza: tropa de infantaria a pé. Consequências do estudo do inimigo Dispositivo, composição e valor: montagem de um Gp Ass, de um Gp Ap F e de um Gp Ntz (o efetivo total desses três grupos será de aproximadamente 14 homens). Natureza: devido ao fato de a tropa ser de infantaria a pé, não há necessidade de conduzir armamento AC.

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2) Terreno e condições meteorológicas. - Da análise sumária do terreno e da vegetação, verifica-se que o itinerário não permite o tráfego de viaturas. - Da análise das vias de acesso, observa-se que duas VA conduzem à região do objetivo. - Da análise das condições de visibilidade, conclui-se que em virtude da fase da lua e do tipo de vegetação existente na área de operações não teremos luminosidade no período da noite. Conseqüências do estudo do terreno e das condições meteorológicas - Impossibilidade do emprego de meios de transportes motorizados; - Organização da patrulha com um escalão de segurança a três grupos; e - Necessidade do emprego de meios optrônicos de visão noturna. 3) Meios - Pessoal: emprego de todo o pelotão (maior poder relativo de combate – 3 para 1). - Material: armamento e munição de dotação do pelotão. 4) Tempo - Para o planejamento: 3h 30min. - Para a partida: 17h 30min. - Para o cumprimento da missão: 22h 30min. d. Planejamento da organização de pessoal e material Baseado no estudo de situação preliminar chegou-se à seguinte organização de pessoal e material da patrulha.

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CI 21-75-1 e. Detalhamento do item Comunicações e Diversos da Ordem Preparatória Quem faz o quê? (instruções particulares - atribuir responsabilidades). SCmt / H Crt / Cmt Esc Ass - auxílio no Plj detalhado do Cmt. Gp Aclh - auxílio ao gerente para apanha e distribuição do material.

Cb Aux 3º GC - recebimento e preparo do material do pessoal empregado no planejamento. Gp Seg 1 - montagem do caixão de areia. H Crt - preparar as cartas para a missão. Gp Ass - confecção dos meios visuais. SCmt - escolha do local de ensaio, preparação do local da ordem e fiscalização. Cmt Esc Ass - treinamento de gestos e sinais: alto em segurança, congelar, alto-guardado, P Reu, PRPO, inimigo à direita (esquerda), emboscada imprevista, ponto crítico, Cmt Esc/Gp comigo, em frente e ultrapassagem por grupos. Radiop Gp Cmdo - coordenar e preparar o Eqp rádio da patrulha (impermeabilizar, ancorar antena, pré-sintonia, extrato da IE Com Elt etc). Gerente - checar o trabalho do Radiop. Gp Destruição - preparo do material de destruição. A-7. OBSERVAÇÃO E PLANEJAMENTO DO RECONHECIMENTO a. Planejamento do reconhecimento 1) O que Rec? (Itn, P Reu, Obj e Atv Ini) a) Itn: levantar no Itn (ida/regresso) estabelecido os pontos nítidos no terreno que facilitem a confirmação da orientação - Cmt Pa e homem-carta. b) P Reu: verificar se os pontos de reunião locados na carta são adequados para reorganização da patrulha - Cmt Pa e homem-carta. c) Objetivo - Checar as vias de acesso existentes, levantando a sua transitabilidade para efeito de reforço do inimigo - Cmt Pa. - Confirmar os dados a respeito das instalações existentes na sede da fazenda, a fim de calcular a necessidade de carga para a sua destruição - Cmt Esc Ass. - Levantar o efetivo inimigo - Cmt Pa e Esc Ass. - Atividade do inimigo - Cmt Pa e Esc Ass.

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- Levantar atividades recentes e atuais no local - Cmt Pa e Esc Ass. 2) Pedido de material (quem leva o quê?) - material previsto no QOPM. 3) Prever ligação rádio (IE Com Elt em vigor) - rádio restrito operado pelo Radiop. 4) Designar quem fica no Cmdo e procedimentos caso não haja retorno dentro dos prazos - Permanece o SCmt e este deverá Info Esc Supe. 5) Confeccionar um quadro para auxiliar:

O SCmt deverá organizar a patrulha antes de entrar no local da ordem, já realizando a divisão da mesma dentro dos escalões e grupos. b. Ordem preparatória 1. SITUAÇÃO Partindo-se da premissa de que a tropa já tem conhecimento da situação geral, será explanada a situação particular que é a seguinte: - uma patrulha de reconhecimento identificou na região da fazenda CANDIRU um depósito de gêneros e munições, funcionando como base de apoio às ações de patrulhas inimigas ao longo do eixo da estrada do ENCANAMENTO. a. Forças Inimigas - Valor aproximado de um GC de infantaria a pé na fazenda CANDIRU. b. Forças Amigas - 2ª Cia Fuz na localidade de MARECHAL RONDON. - 1ª Cia Fuz na região de chácara MANAUARA. - 2º/2ª/511º BI Mtz - entroncamento rodovia 02 com estrada do ENCANAMENTO.

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CI 21-75-1 c. Meios recebidos e retirados - Nenhum.

2.MISSÃO - Destruir o depósito inimigo na fazenda CANDIRU e neutralizar sua guarnição até 050300 Set 03. 3.QUADRO-HORÁRIO - Somente os horários que interessam para a patrulha.

4. ORGANIZAÇÃO Informar sobre as funções especiais e enunciar funções! Os itens de 5 a 11 deverão ser abordados conforme constam no QOPM (vide página A-10). 12. RECONHECIMENTO - Após a O Prep haverá um Rec no terreno onde serão empregados os seguintes militares: eu, Cmt Esc Ass, homem-carta e o Radiop. Esses militares, após o término da ordem preparatória, permanecem no local para o recebimento da ordem do reconhecimento. 13. COMANDO E COMUNICAÇÕES a. Dados 1) Senha, contra-senha e sinal de reconhecimento:

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CI 21-75-1 2) Freqüências: Fração

Principal

Alternativa

Companhia

5900

6750

Patrulha

3275

6100

3) Sinal para mudança: - Pcp => Altn: Encontramos Curumin (3 vezes) - Altn => Pcp: Mutum pousou (3 vezes) 4) Indicativos Rádio:

5) Autenticação - 1(um) alfabeto. 6) Rádio em silêncio até ação no objetivo e livre após a quebra do sigilo. 7) Processo de codificação. P ETAR D O CHIVUNK Números: somar um. 14. DIVERSOS a. Instruções particulares - SCmt / H Crt / Cmt Esc Ass - auxílio no Plj detalhado. - Gp Aclh - auxílio ao gerente na apanha e distribuição do material. - Cb Aux 3º GC - recebimento e preparo do material do pessoal empregado no planejamento. - Gp Seg 1 - montagem do caixão de areia.

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- Gp Ass - confecção dos meios visuais. - SCmt - escolha do local de ensaio, preparação do local da ordem e fiscalização. - Cmt Esc Ass - treinamento de gestos e sinais. - Radiop Gp Cmdo - coordenar e preparar o equipamento rádio da Pa. - Gp Destruição - preparo do material de destruição. b. Outras prescrições - Cadeia de Cmdo: definir! - Sd Beltrano do Gp Seg 1, você receberá ordem de quem? - Durante a preparação da patrulha estarei no Rec até 1200h, durante esse período qualquer dúvida será sanada com o SCmt. - A próxima reunião da patrulha será às 1430h para a emissão da ordem à patrulha. - Dúvidas? - Acerto dos relógios. Quando eu disser hora serão 0700h. Um minuto fora... A-8. RECONHECIMENTO - Consultar o quadro auxiliar:

Será realizado no terreno no prazo de 5h, de acordo com o planejamento do Rec complementado com um estudo na carta e de fotografias/esboços da região de operações. O grupo que fará o reconhecimento atuará caracterizado, havendo dessa forma necessidade uma estória-cobertura coletiva caso o grupo caia como PG e um ensaio da ação.

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CI 21-75-1 A-9. PLANEJAMENTO DETALHADO (MITeMeT) - Estudo de Situação 1) Missão

- Destruir um depósito inimigo em fazenda CANDIRU e neutralizar a sua guarnição até 050300 Set 03 (já levantada no estudo sumário). - O quê? Destruir e neutralizar. - Quando? - início do deslocamento: 2200h - horário da ação : 0300h do dia 5 Set - início do retraimento: 0340h do dia 5 Set - Onde? - local do Obj: Faz CANDIRU Qd(8315094750) - Itn: através campo no Az 232º - distância: 3,5 km - tempo de deslocamento: 1h 30 min - Para quê? Tudo com a finalidade de dificultar o apoio logístico do Ini e com isso enfraquecer suas possibilidades de atuação na área de operações. 2) Inimigo - Efetivo aproximado de 9 (nove) homens na fazenda CANDIRU. - Armt e equipamento similar ao nosso. - O inimigo pode realizar emboscadas ao longo da estrada DO ENCANAMENTO. - O inimigo pode receber reforço, na fazenda CANDIRU, dentro de 30 minutos. - Tem deficiência na exploração das comunicações. - Tem apresentado deficiência em seu sistema de contra-inteligência, favorecendo o levantamento de um grande volume de dados a seu respeito. 3) Terreno e condições meteorológicas - OCOAO (no Itn e Obj) a) Observação e Campos de tiros (1) No Itn - No Itn de ida/Itn regresso a observação é facilitada tendo em vista a conformação do terreno, proporcionando bom comandamento em todo o deslocamento.

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- A vegetação densa em alguns trechos do Itn dificulta o emprego eficaz do tiro tenso das armas automáticas. Nas demais áreas em que não há predominância de vegetação densa os campos de tiro são favoráveis aos fogos diretos. (2) No Obj (morro DA SANTANA) - Permite a Obs aproximada sobre a fazenda CANDIRU e a instalação de um bom PO em sua parte mais alta. - Há muito boas condições para a execução de tiros de armas automáticas sobre a fazenda CANDIRU em função da ondulação suave do terreno, proporcionando rasância. Apesar de o terreno ser um pouco recortado, permite bom flanqueamento sobre a área da fazenda. b) Cobertas e abrigos (1) No Itn Inicialmente, a vegetação ciliar existente, que é abundante, oferece algumas cobertas, principalmente nas partes mais baixas do terreno. Nas encostas das elevações, a proteção é proporcionada apenas nas áreas em que existe a mata densa. Nos campos, essa proteção fica um tanto exígua, sendo possível se aproveitar apenas as dobras e erosões existentes no terreno. (2) No Obj - Na R Altu do morro DA SANTANA, devido à existência de vegetação e de dobras no terreno, teremos facilidade para a tomada do dispositivo da Pa. - Nas imediações da região onde está localizada a fazenda, inexistem no terreno cobertas e abrigos para o Ini. c) Obstáculos (1) No Itn - Os trechos assinalados na carta como intransitáveis não permitem o tráfego de nenhum tipo de Vtr. - As matas densas assinaladas na carta impedem o movimento de viatura e dificultam o Mvt de tropa a pé. - A vegetação ciliar é abundante e dificulta a progressão de tropa a pé. - O ribeirão GUAPORÉ, a jusante do rio DAS FLORES, impede o movimento de tropa a pé em qualquer época do ano. - As regiões assinaladas na carta como alagadas são obstáculos a tropa a pé. (2) No Obj Atentar para as regiões alagadas e para as matas densas na área do objetivo. A- 18


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CI 21-75-1 d) Acidentes Capitais (1) No Itn

Elevações que permitam comandamento asseguram a Obs e o Ap F em boas condições durante o deslocamento (levantar na carta e durante o reconhecimento). (2) No Obj Morro DA SANTANA permite a montagem e o desembocar do assalto à fazenda CANDIRU. e) Crepúsculo, luar e vento (1) Prazo para o início de cumprimento da missão - No dia 4 Set: Lua nova (0600h -1800h). - FCVN :1830h. - Tempo de luz total = 11h. - Tempo de luz durante a noite (luar) = nenhum. (2) Vento Direção e velocidade favoráveis ao emprego de fumígenos. (3) Gradiente Favorável ao emprego de fumígenos. 4) Meios Mantém o QOPM. 5) Tempo Mantém o quadro-horário. 6) População - Atitude favorável às nossas tropas. - Embora a população seja favorável, deve ser evitado o deslocamento em localidades em função do sigilo da missão. 7) Conclusão Analisando os fatores da decisão (MITeMeT) levantei duas linhas de ação possíveis, as quais diferem basicamente pelo dispositivo adotado na ação do objetivo. Na LA 1, os Gp de Ass, Ap F, Ntz e Dest foram posicionados a norte do Obj; já na LA 2 os mesmos grupos foram posicionados a noroeste do Obj. Comparando as duas linhas de ação levantadas, com base no terreno, na rapidez desejada, no dispositivo do inimigo, no objetivo e nos princípios de guerra, optei pela adoção da LA 1.

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Fig A-3. Linha de ação Nr 1

Fig A-4. Linha de ação Nr 2 8) Coordenação dos apoios Não é o caso falar nesse caso esquemático. 9) Ordens aos elementos subordinados

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10) Seqüência das ações a) Ação no objetivo (1) Plano de reconhecimento aproximado (escolher um PO que proporcione sigilo e boa visada; planejar o itinerário para abordar o PO; levar os Cmt Gp; prever materiais especiais, como OVN; prever tempo de permanência no PO para verificar rotina do Ini e realizar o briefing “Q3OM”). - Ocuparemos o posto de observação da elevação morro DA SANTANA. - Abordaremos a elevação pela sua porção norte. - Irão me acompanhar no Rec Aprx os seguintes Cmt Gp: Ass, Dest, Ap F, Seg 1, Seg 2 e os observadores do objetivo. - Os Elm participantes do Rec Aprx possuidores de OVN deverão conduzi-lo. A - 21


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- Iremos permanecer no PO até 2230h. Os Obs do Obj permanecerão no local até a Pa ter tomado o dispositivo. - Caso haja a quebra prematura do sigilo, determinarei ao SCmt via rádio a tomada do dispositivo e o assalto imediato. (2) Tomada do Dispositivo (seqüência de ocupação dos grupos, lembrar de primeiro isolar a área com os Gp Seg e abordar o Obj pelo itinerário menos provável). - Liberarei os Gp Seg 1 e 2 para ocuparem suas posições. Após o pronto via rádio ou trinta minutos depois, liberarei o Esc Ass na seguinte seqüência: Gp Ass, Gp Ap F, Gp Ntz e Gp Dest. (3) Ação no objetivo propriamente dita (determinar o que vai caracterizar o início da ação, detalhar cronologicamente quem vai fazer o quê, como e para quê, selecionar a técnica de assalto, ordenar as ações impostas pelos verbos da missão, após o assalto fazer a segurança aproximada do objetivo com o grupo de assalto para que os grupos de tarefas essenciais possam atuar). - Às três horas serão desencadeados os fogos pelo Gp Ass e Ap F. O início da ação será caracterizada pelo fogo do Gp Ap F. O sinal para o cessar fogos será feito mediante vários silvos de apito. A partir desse momento, o assalto começará a progredir utilizando a técnica de assalto contínuo, ultrapassando o objetivo em torno de 30m, realizando a segurança aproximada do Esc. O Gp de Neutralização, que progredirá à retaguarda do Gp Ass, neutralizará os remanescentes do efetivo inimigo que se encontrarem no local. Logo após esta ação, o Cmt do Gp de destruição escorvará as cargas e, auxiliado pelos demais integrantes do grupo, irá instalar as mesmas na construção. O Cmt Gp irá desenrolar o fio condutor e dará o pronto para o Cmt Pa. Após esta ação, determinarei que o Esc Ass retraia para o PRPO. Após o pronto dos Cmt Gp Ass e Ntz ao ultrapassarem a crista topográfica do morro da SANTANA, ordenarei que o Cmt Gp Dest acione a carga. Tão logo seja ouvido o estampido da destruição, verificarei, de uma posição abrigada, se a missão foi cumprida. (4) Retraimento ao PRPO (prever a seqüência de retraimento dos grupos, lembrar que os Gp de Seg são os últimos a retraírem). - Primeiro irá retrair o Gp Ass e Ntz, enquanto ocorre a instalação da carga. Após o acionamento dos explosivos, o Gp Dest retrairá. Após a chegada do Gp Dest no PRPO, os grupos de segurança receberão a ordem via rádio para retraírem. (5) Reorganização - O SCmt receberá os prontos dos Cmt Gp, após a conferência das baixas, equipamento, armamento e munição e colocará a Pa na O Mvt para o regresso. O Radiop estabelecerá Ctt com Esc Supe informando o cumprimento da missão. b) Deslocamento até o PRPO - Itinerário principal e secundário, pontos de reunião no itinerário, A- 22


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CI 21-75-1 azimutes, distâncias e azimute de fuga: conforme Q Aux Nav.

- Alto guardado – ocupar dispositivo circular com os mesmos setores do PRPO, Mdt O. - Alto em segurança – NGA do Pel, tão logo esclarecedores passem o sinal, tomar a posição de pares à direita e impares à esquerda. - Formações e ordem de movimento - a mesma do Itn de ida. - Partida e regresso das linhas amigas: trocar senha e contra-senha. - Nos pontos de reunião e prazos correspondentes: se houver uma dispersão, a Pa retorna ao último P Reu. Neste ponto de reunião, o militar de numeração mais baixa tomará as seguintes providências: se dentro de trinta minutos 2/3 da Pa se reorganizar, segue-se para a Aç Obj; ou, se nesse tempo não houver chegado esse efetivo, a Pa retrai para a B Cmb. O sinal de que a Pa seguiu para o Obj será um triângulo de pedras no local do P Reu. O sinal de que a Pa retraiu para a B Cmb será um empilhamento de pedras neste mesmo local. - Ação nas áreas perigosas e pontos críticos: parar, olhar, cheirar e ouvir (POCO) e estabelecer a Seg (antes e após o Pt Ctc). Após reconhecimento dos esclarecedores, ultrapassar a área ou ponto crítico conforme decisão do Cmt. Essa ultrapassagem será coordenada pelo SCmt. - Ocupação do PRPO

Fig A-5 Ocupação de PRPO - Os esclarecedores balizarão a direção 6-12h. A Pa irá seguir nessa direção e, pelo processo da ciranda, os grupos irão ocupar os seus setores. Após os Gp terem ocupado seus setores, os Cmt Gp irão ao centro do dispositivo dando o pronto para o SCmt. A Pa já deverá tomar procedimentos para a A - 23


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camuflagem das mochilas. O Gp Cmdo permanece ao centro. c) Regresso às linhas amigas - Seguir o quadro auxiliar de navegação. d) Outros (1) Conduta com inimigos feridos e prisioneiros de guerra - Antes e após a ação no objetivo: serão deixados no local e apenas revistados pelo Gp de neutralização. (2) Conduta com feridos e mortos amigos - Antes da ação no objetivo: serão deixados no P Reu com um segurança do próprio Gp. - Após a ação no objetivo: serão transportados pelos seus respectivos grupos. (3) Sinais e gestos a praticar - Alto em segurança, congelar, alto guardado, P Reu, PRPO, Ini à direita (esquerda), emboscada imprevista, ponto crítico, Cmt Esc/Gp comigo, em frente e ultrapassagem por grupos. (4) Senha, contra-senha e sinais de reconhecimento - Conforme O Prep. (5) Posição do comandante, subcomandante e do atendente - Nos deslocamentos (o Cmt vai estar próximo ao homem-carta, o SCmt vai estar à frente do Gp Aclh e o Atd estará à testa do Gp Ass). - Na ação no objetivo (o Cmt vai estar próximo aos Gp de assalto e destruição ECD intervir no cumprimento da missão, o SCmt vai estar junto ao Gp Ntz ECD substituir o Cmt e o Atd estará junto com o Gp Ntz). (6) Hora do dispositivo pronto: 042150 Set 03. (7) Hora da partida: 042200 Set 03. (8) Reorganização após dispersão - Ocupar um alto guardado no último P Reu. Os Cmt Gp verificarão estado de saúde, efetivo, material e munição, dando o pronto ao SCmt. (9) Revezamento do material pesado: dentro do Gp (SFC). (10) Conduta como PG: inutilizar de imediato todos os documentos e o ferrolho do armamento por intermédio do acionamento de uma Gr incendiária. (11) Quebra prematura de sigilo (nas diversas fases) - No Itn Ida: seguir Itn alternativo. - Na ocupação do PRPO: realizar a tomada do dispositivo e executar o assalto imediato. - Na ação no objetivo: caso a patrulha seja identificada durante A- 24


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a tomada do dispositivo, os grupos, de onde estiverem, partem imediatamente para as respectivas posições e cumprem as missões previstas. - No Itn regresso: seguir Itn alternativo. (12) Aborto da missão: perda do poder relativo de combate (efetivo menor que 2/3), contato com escalão superior e retraimento para B Cmb. (13) Mdd Esp de Seg: ao se aproximar de um ponto crítico ou abandonar um P Reu, deve-se realizar o POCO. (14) Ligação com outras patrulhas: troca de senha e contra senha. (15) As TAI (defensivas e ofensivas)

(16) Documentos levados pela patrulha: extrato da IE Com Elt no bolso superior esquerdo da gandola, a serem destruídos, SFC, pelo acionamento de Gr Incd. (17) Estória-cobertura coletiva: destruir ponte no córrego CANDIRU. A-10 ORDENS ORDEM À PATRULHA - Deverá ser emitida baseada no planejamento detalhado, podendo sofrer alguma alteração durante sua expedição (SFC), durante os ensaios ou nos tempos destinados aos ajustes. 1. SITUAÇÃO a. Forças Inimigas (que podem atuar contra a Pa) - Efetivo aproximado de 9 (nove) homens na fazenda CANDIRU. - Armt e equipamento similares aos nossos. - O inimigo pode realizar emboscadas ao longo da estrada DO ENCANAMENTO. - O inimigo pode receber reforço, na fazenda CANDIRU, dentro de 30 minutos. A - 25


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CI 21-75-1 - Tem deficiência na exploração das comunicações.

- Tem apresentado deficiência em seu sistema de contra-inteligência, favorecendo o levantamento de um grande volume de dados a seu respeito. b. Forças Amigas - PC do 511º BI Mtz na chácara MANAUARA. - 2ª Cia Fuz na localidade de MARECHAL RONDON. - 1ª Cia Fuz na região de chácara MANAUARA. - 2º/2ª/511º BI Mtz - entroncamento rodovia 02 com estrada DO ENCANAMENTO. - Sec Mrt Me da SU em Aç Cj. c. Meios recebidos e retirados - Nenhum. d. Área de Operações e Condições Meteorológicas Conclusão a respeito das conseqüências para a nossa Pa de: - ICMN - FCVN – não haverá luz já que anoitece às 1830h. - Lua (fase) – não haverá luz da lua. - Neblina – não há previsão de neblina. - Ventos (Dir, Vel e quadrante) – favorável ao Emp de fumígenos. - Chuva – não há previsão de chuvas. - Temperatura – a temperatura permanecerá estável em torno de 20ºC. - Gradiente - favorável ao Emp fumígenos. - Características do terreno (resumo do OCOAO). - No Itn de ida e regresso teremos uma limitada observação. A vegetação densa, em alguns trechos do Itn, dificultará a progressão, a orientação e o tiro dos fuzis e da Mtr. No objetivo, devido à existência de vegetação e de dobras no terreno, a tomada do dispositivo, a observação e a execução de fogos da Pa serão facilitadas, enquanto que o ocultamento do Ini ficará dificultado. 2. MISSÃO (checar) - Destruir o depósito inimigo na fazenda CANDIRU e neutralizar sua guarnição até 050300 Set 03. 3. EXECUÇÃO a. Conceito da Operação - A nossa patrulha realizará um deslocamento a pé, através campo, de aproximadamente 1h30; estabelecerá um PRPO nas proximidades da ponte

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sobre o córrego CANDIRU; isolará o objetivo; assaltará o depósito; eliminará a guarnição; destruirá as instalações existentes; reorganizará no PRPO e regressará para as linhas amigas. b. Ordens aos Elm Subordinados

c. Prescrições Diversas (são os detalhes) 1) Hora do dispositivo pronto para início do deslocamento: 2150h. 2) Deslocamento até o PRPO.

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A-10 a) Hora de partida: 2200h. b) Itn ida (usar o Q Aux Nav e 1/3 do caixão de areia)

c) Meios e processos de deslocamento e medidas de coordenação e controle nos diversos trechos: a Pa irá se deslocar a pé, em coluna por um, e o Cmt da Pa deverá ser informado pelo H Crt quando todo ponto de controle for ultrapassado. d) Formação inicial e ordem de movimento

e) Planos de embarque e carregamento: não será o caso (não falar). f) Prováveis pontos de reunião: o P Reu 1 estará próximo à clareira PIUM; o P Reu 2 é a ponte sobre o córrego CANDIRU etc. g) Segurança nos deslocamentos e altos: deslocamentos e alto em segurança - adotar o dispositivo de impares à esquerda e pares à direita; alto guardado - adotar o dispositivo de segurança para fora. Inserir missão dos esclarecedores. h) Passagem pelos postos avançados amigos – trocar a senha e contra-senha. i) Ocupação do PRPO: os esclarecedores balizarão a direção 6-12h. A Pa irá seguir nessa direção e, pelo processo da ciranda, os grupos irão ocupar os seus setores. Após os Gp terem ocupados seus setores, os Cmt Gp irão ao centro dando o pronto para o SCmt. O Gp Cmdo permanece ao centro. A Pa já deverá tomar procedimentos para a camuflagem das mochilas. (Checar os setores dos grupos). 3) Ação no objetivo a) Rec Aproximado do Obj - Ocuparei o PO da elevação Morro DA SANTANA. - Abordarei a elevação pela sua porção Norte.

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- Irão me acompanhar no Rec Aprx os seguintes Cmt de Gp: Ass, Dest, Ap F, Seg 1, Seg 2 e os observadores do objetivo. - Os Elm participantes do Rec Aprx possuidores de OVN deverão conduzi-lo. - Iremos permanecer no PO até 2230h. - Os Obs Obj permanecerão no local até que o dispositivo seja tomado. - Caso haja a quebra prematura do sigilo, determinarei a tomada do dispositivo e o assalto imediato. b) Tomada do dispositivo (seqüência, controle etc). Mostrar nos 2/3 do caixão de areia e na sequência das ações. - Liberarei os Gp Seg 1 e 2 para ocuparem suas posições. Após o pronto via rádio, ou trinta minutos depois, liberarei o Esc Ass na seguinte seqüência: Gp Ass, Gp Ap F, Gp Ntz e Gp de destruição. c) Ação no objetivo propriamente dita (mostrar no 2/3 do caixão de areia o esquema de manobra e a sequência das ações). - Às três horas serão desencadeados os fogos pelo Gp Ass e Ap F. O início da ação será caracterizada pelo fogo do Gp Ap F. O sinal de cessar fogos será feito mediante vários silvos de apito. A partir desse momento, o assalto começará a progredir utilizando o assalto contínuo, ultrapassando o objetivo em torno de 30m, realizando a segurança aproximada do Esc. O Gp de neutralização, que progredirá à retaguarda do Gp Ass, neutralizará os remanescentes do efetivo inimigo que se encontrarem no local. Logo após esta ação, o Cmt do Gp de destruição escorvará a carga e, auxiliado pelos demais integrantes do grupo, irá instalar as mesmas na construção. O Cmt Gp irá desenrolar o fio condutor e dará o pronto para o Cmt Pa. Após esta ação, determinarei que o Esc Ass retraia para o PRPO. Após o pronto dos Cmt Gp Ass e Ntz ao ultrapassarem a crista topográfica do morro DA SANTANA, ordenarei que o Cmt Gp Dest acione a carga. Tão logo seja ouvido o estampido da destruição, verificarei, de uma posição abrigada, se a missão foi cumprida. d) Retraimento para o PRPO - Primeiro irá retrair o Gp Ass e Ntz enquanto ocorre a instalação da carga. Após o acionamento dos explosivos, o Gp de destruição retrairá. Após a chegada do Gp de destruição no PRPO, os grupos de segurança receberão a ordem via rádio para retraírem. e) Reorganização no PRPO - O SCmt receberá os prontos dos Cmt Gp, após a conferência das baixas, equipamento, armamento e munição e colocará a Pa na O Mvt para o regresso. O Radiop estabelecerá Ctt com Esc Supe informando o cumprimento da missão. A - 29


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CI 21-75-1 4) Regresso

- Seguir o quadro auxiliar de navegação. As outras prescrições serão, NESSE EXEMPLO, idênticas ao itinerário de ida. 5) Outras prescrições a) Situações de contingência

b) Ações em áreas perigosas e pontos críticos: parar, olhar, cheirar e ouvir (POCO) e estabelecer a Seg (antes e após o Pt Ctc). Após reconhecimento dos esclarecedores, ultrapassar a área ou ponto crítico conforme decisão do Cmt. Essa ultrapassagem será coordenada pelo SCmt. c) Ações em contato com o inimigo(TAI)

d) Reorganização após dispersão: se houver uma dispersão, a Pa retorna ao último P Reu. Nesse ponto de reunião, o militar de numeração mais baixa tomará as seguintes providências: se dentro de trinta minutos 2/3 da Pa se reorganizar, segue-se para a Aç Obj; ou se nesse tempo não houver chegado esse efetivo, a Pa retrai para B Cmb. O sinal de que a Pa seguiu para o Obj será um triângulo de pedras no P Reu. O sinal de que a Pa retraiu para a B Cmb será um empilhamento de pedras. e) Tratamento com PG, mortos e feridos inimigos: não serão feitos PG; os mortos inimigos, antes e após a ação no objetivo, serão deixados no local e apenas revistados pelo Gp de neutralização. A- 30


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f) Conduta com mortos e feridos amigos: antes da ação no objetivo serão deixados no P Reu mais próximo com um segurança do próprio Gp. Após a ação no objetivo serão transportados pelos seus respectivos grupos. g) Conduta ao cair PG: inutilizar de imediato todos os documentos e o ferrolho do armamento. h) Conduta para pernoites: não será o caso (não falar). i) Medidas especiais de segurança: ao se aproximar de um ponto crítico ou abandonar um P Reu, deve-se realizar o POCO. j) Destino do material especial: não será o caso (não falar). l) Rodízio do material pesado: não será o caso (não falar). m) Contato com Elm amigo: não será o caso (não falar). n) Ligação com outras patrulhas: não será o caso (não falar). o) Prioridades nos trabalhos de OT: não será o caso (não falar). p) Linhas de controle: não será o caso (não falar). q) Como deve ser solicitado Ap F: durante toda a missão realizar Ctt com Esc Supe. r) Documentos a serem conduzidos pela patrulha (procedimentos para destruição): extrato da IE Com Elt no bolso superior esquerdo da gandola e a destruição mediante acionamento de Gr incendiária. s) Procedimentos para os ensaios e inspeções: para os ensaios, treinaremos sem mochila, primeiramente dentro dos grupos e, em seguida, a Pa como um todo. Na inspeção inicial todos deverão estar em coluna por um, com o material coletivo à frente do corpo. O SCmt explanará como será conduzido o ensaio ao final da ordem. t) EEI: não será o caso (não falar). u) Estória-cobertura coletiva: destruir ponte no córrego CANDIRU. v) Rodízio do material pesado: dentro do Gp (SFC). x) Conduta com os civis: evitar o contato. z) Azimutes de Fuga: - Itn Ida - 215º - Itn regresso - 23º 4. LOGÍSTICA - Ração, água, Armt/Mun. - Prescrições para o ressuprimento. - Uniforme e equipamento especial.

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CI 21-75-1 - Medidas de higiene.

- Localização na Pa do atendente: no deslocamento ficará à frente do grupo de assalto. Na ação do objetivo, ficará com o grupo de neutralização. - Local PS, posto de refúgio, P Col PG etc. Não será o caso (não falar). - Processo de evacuação (pessoal e material): não será o caso (não falar). 5. COMANDO E COMUNICAÇÕES a. Comunicações 1) Retificar ou Ratificar e checar. 2) Senha, contra-senha e sinal de reconhecimento.

3) Freqüências.

4) Sinal para a mudança. - Pcp => Altn: Encontramos Curumin (3 vezes). - Altn => Pcp: Mutum Pousou (3 vezes). 5) Indicativos-rádio.

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CI 21-75-1 6) Autenticação - 1 (um) alfabeto

7) Rádio em silêncio até ação no objetivo e livre após a quebra do sigilo. 8) Processo de codificação P ETAR D O CHI VUNK Números: somar 1. b. Comando - Localização Cmt e SCmt. - Nos deslocamentos (o Cmt vai estar próximo ao homem-carta e o SCmt vai estar à frente do Gp Aclh). - Na ação no objetivo (o Cmt vai estar próximo aos Gp de Assalto e destruição ECD intervir no cumprimento da missão e o SCmt vai estar junto ao Gp Ntz ECD substituir o Cmt). - Cadeia de comando (confirmar/alterar O Prep) - Dúvidas? OBSERVAÇÕES - Inspecionar o conhecimento de missões específicas e de aspectos que devam ser do conhecimento geral, por parte dos patrulheiros (senhas, freqüências etc). - Checar o conhecimento das missões individuais e coletivas (se for o caso, fazê-lo no caixão de areia). - Checar acerto de relógios: Sd Fulano que horas são no seu relógio.

A-11. FISCALIZAÇÃO (INSPEÇÕES) a. Inspeção Inicial 1) Inspeção Teórica Devido à premência de tempo, o comandante realizará uma inspeção teórica considerando os aspectos essenciais ao cumprimento da missão. Por exemplo: fará perguntas aos integrantes da patrulha quanto à missão, senha, contra-senha, freqüência etc. 2) Inspeção Prática O comandante deverá dispor os integrantes da patrulha de forma que seja possível inspecionar tátil e visualmente conforme explicado no Art VII do Cap 3 deste Caderno de Instrução. A - 33


A-11

CI 21-75-1 b. Ensaio

Conduzido pelo subcomandante e fiscalizado pelo comandante conforme o seu planejamento, dentro da sua ordem de prioridade (ação do objetivo, ida e regresso etc), por missões específicas, grupos, escalões e a patrulha como um todo. c. Inspeção Final (checar os itens no memento) - Deverá ser inspecionada novamente a camuflagem, ajustagem do equipamento, cantis plenos, o estado físico dos homens. Após isso, será comandado “CARREGAR AS ARMAS” e inspecionado se as mesmas estão travadas. A patrulha está pronta para partir.

"No campo de batalha, o verdadeiro inimigo é o medo e não a baioneta ou a bala. Todos os meios que visam a obter a união dos esforços exigem unidade de doutrina." ( citação no livro "Homens ou fogo?")

A- 34


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ANEXO "B"

MEIOS VISUAIS

B-1. FINALIDADE a. Este anexo tem por finalidade apresentar uma sugestão de meios visuais a serem utilizados na transmissão de uma Ordem Preparatória (O Prep) e de uma Ordem à Patrulha (O Pa). b. Entende-se que uma ordem será melhor compreendida se permitir ao patrulheiro acompanhar nesses meios detalhes pertinentes a sua preparação e ação. c. A confecção de uma maior quantidade de meios estará em consonância com o tempo disponível para planejamento e preparação, cabendo ao Cmt Pa decidir o que deve ser confeccionado prioritariamente. d. São meios considerados úteis para a O Prep: situação, missão, organograma, quadro-horário, QOPM, comunicações e eletrônica. Estes meios também deverão ser utilizados na O Pa. e. São meios especificamente utilizados na O Pa: caixão de areia, quadro auxiliar de navegação, Ordem de Movimento (O Mvt), plano de carregamento e embarque, PRPO, Rec Aprx, situações de contigência, TAI e planejamento do ensaio.

B-1


B-1

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Fig B-1. Meios Visuais

B-2


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B-1

Fig B-2. Situação

Fig B-3. Missão

B-3


B-1

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Fig B-4. Organograma

Fig B-5. Quadro-horário B-4


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B-1

Fig B-6. QOPM

Fig B-7. Comunicações

B-5


B-1

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Fig B-8. Caixão de Areia

Fig B-9.Quadro auxiliar de navegação B-6


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B-1

Fig B-10. Ordem de movimento

Fig B-11. Plano de carregamento e embarque B-7


B-1

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Fig B-12. Dispositivo do PRPO

Fig B-13. Reconhecimento Aproximado B-8


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B-1

Fig B-14. EC Coletiva

Fig B-15. Situação de Contingência

B-9


B-1

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Fig B-16. TAI

Fig B-17. Planejamento de ensaio.

B - 10


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ANEXO "C" MEMENTO DO COMANDANTE DE PATRULHA

C-1. RECEBIMENTO DA MISSÃO - Fazer anotações e retirar dúvidas sobre os itens relacionados 1) Inimigo - Localização. - Valor, composição, dispositivo no itinerário e no objetivo, e moral. - Atividades recentes e atuais. - Equipamento, armamento e uniforme. - Atividades da F Ae. - Identificação. - Grau de instrução. - Peculiaridades. - Possibilidades e limitações. 2) Forças amigas - Localização dos postos amigos. - Limites da zona de ação. - Outras tropas na área. - Reforço. - Apoio de fogo. - Elementos infiltrados, simpatizantes, guias e informantes. - Prescrições quanto a presos e mortos. C-1


C-1

CI 21-75-1 3) Terreno - Observação e campos de tiro. - Cobertas e abrigos. - Obstáculos. - Acidentes capitais (de nossa posse e do inimigo). - Outros aspectos (faixas de infiltração e rotas de aproximação aérea). - Possibilidades de reconhecimento, meios disponíveis etc. 4) Condições meteorológicas

- Início do crepúsculo matutino náutico (ICMN) e fim do crepúsculo vespertino náutico (FCVN). - Lua (grau de luminosidade durante os deslocamentos e ação no objetivo). - Ventos. - Chuvas (previsão). - Temperatura. - Influência da maré. - Influência do gradiente térmico no emprego de fumígenos (lapse, inversão ou neutralidade). 5) Meios disponíveis - Cartas, croquis, fotografias, relatórios e outros. - Meios para o deslocamento. - Guias, mateiros, rastreadores e práticos. - Especialistas. - Material, armamento e equipamento especial. - Restrições impostas pela situação e pelo comando (prazos, locais etc). 6) Missão - SFC, retirar dúvidas sobre os elementos essenciais de inteligência e outros dados pertinentes ao cumprimento específico da missão. 7) População - Atitude perante a tropa. - Localização. - Atividades predominantes. - Existência na região do objetivo.

C-2


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C-1/C-2

- Procedimentos e condutas a serem adotadas. 8) Elementos a contactar, resgatar e capturar - Identificação, características e fotos. - Senha, contra-senha e sinal de reconhecimento. - Sinais de ponto limpo e ativado. - Estória-cobertura. 9) Regras de Engajamento - Condutas de engajamento com o inimigo ou forças adversas. 10) Comando e comunicações - Instruções para a exploração das comunicações e eletrônica (IE Com Elt). - Horários de ligação. - Localização dos PC. - Senha, contra-senha e sinal de reconhecimento. - Acerto de relógio. 11) Coordenação e controle - Horários impostos - Ultrapassagem das linhas amigas. - Unidades de apoio. - Especialistas. - Briefings. - Outras patrulhas. - Ligações com tropas amigas. - Linhas e pontos de controle. C-2. ESTUDO SUMÁRIO DA MISSÃO É um processo mental e sintético baseado em perguntas. No entanto, o Cmt da Pa deverá fazer as anotações que julgar necessárias a fim de facilitar o seu estudo de situação. Responder: - O quê? (poderá ser retirada da O Op do Esc Supe, no seu parágrafos 2º Missão ou de ordem verbal aonde serão identificadas as ações impostas e visualizadas as ações complementares).

C-3


C-2/C-4

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- Quando? (horários do início do deslocamento, da ação no objetivo, do retraimento etc). - Onde? (local do Obj, Itn, distâncias, meios de Trnp, tempo de deslocamento etc). C-3. PLANEJAMENTO DA UTILIZAÇÃO DO TEMPO Um exemplo de prazo para o cumprimento da missão (do recebimento da missão à entrega do relatório)

OBSERVAÇÕES 1. Conforme a missão recebida, prever horários para: - Refeições, ajustes, contatos, pernoites etc. 2. De acordo com a disponibilidade de tempo, estes horários poderão estar concomitantes com os de outras atividades. 3. Na distribuição da carga horária para cada atividade prever mais tempo para ensaio e Estudo de Situação, nesta prioridade. 4. O Plj da utilização do tempo é realizado na ordem inversa e transmitido à Pa na ordem cronológica. 5. Não prever atividades dispersivas (pernoites, refeições etc) após o último ensaio e a partida. C-4. ESTUDO DE SITUAÇÃO PRELIMINAR - Este estudo é sucinto e está direcionado para o levantamento da organização de pessoal e material da Pa.

C-4


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C-4/C-5

a. Inimigo - Dispositivo (onde e como está desdobrado). - Composição (organização). - Valor (efetivo). - Natureza. OBSERVAÇÃO: levantar conseqüências para a organização de pessoal e material . b. Terreno e condições meteorológicas - OCOAO (no Itn e Obj). - Crepúsculo, luar, vento etc. OBSERVAÇÃO: Levantar conseqüências para a organização de pessoal e material. c. Meios - Pessoal e material: necessidades X disponibilidades. - Prazos e imposições. d. Tempo - Tempo disponível para o planejamento, a partida, o cumprimento da missão etc. C-5. ORGANIZAÇÃO DA PATRULHA (DE ACORDO COM A MISSÃO RECEBIDA) - Lembrar que a organização da patrulha deve ser de acordo com a missão recebida do escalão superior. As funções de subcomandante, gerente, homemcarta, Cmt de escalões e grupos deverão ser desempenhadas por graduados da fração (de acordo com a organização da Pa, o comando de outros grupos e a função de homem-carta poderão ser desempenhados por Cb e Sd). Além disso, o gerente e o homem-carta devem ser de grupos com missões mais simples (menos importantes), devido à importância e complexidade de suas atividades. - Freqüentemente, integrarão o grupo de Cmdo da Pa apenas o Radiop e/ou mensageiro. Guias, pilotos, atendentes e outros poderão também compor este grupo. O SCmt poderá integrar este grupo ou, o que é mais normal, comandar um dos escalões. - Atribuir a grupos já constituídos missões específicas, tais como balizamento de aeronaves, revista e/ou condução de PG, mortos Ini e feridos, Idt dactiloscópica etc. Estabelecer o que cada grupo tem que fazer, caso não haja uma NGA do pelotão.

C-5


C-5/C-6

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- A equipe de navegação deverá ser constituída por integrantes do grupo do homem-carta, procurando-se manter a integridade tática. a. Patrulha de Combate

b. Patrulha de Emboscada

c. Patrulha de Reconhecimento de Ponto

d. Patrulha de Rec de Área e Itinerário

C-6. PLANEJAMENTO DO MATERIAL E PESSOAL A SER EMPREGADO NA PATRULHA (Confecção do QOPM da Pa)

C-6


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C-6/C-7

OBSERVAÇÃO: - Prever Mat, Armt, Mun etc, para o ensaio e para o Rec quando for o caso. - Planejar a distribuição de material pesado (Cx Btr, Mun AC, Mun FAP, Mun MAG, explosivos etc) por grupos. C-7. PLANEJAMENTO DO RECONHECIMENTO Lembrar que será uma missão dentro da principal e, portanto, deverá ser autorizada pelo escalão superior, bem como deverão ser feitas as coordenações necessárias. a. O que Rec? (Itn, P Reu, P Ctc, Obj, Atv Ini etc). b. Quem reconhece o quê, quando e como reconhece? (EC, duração, Seg, coordenação, Prep Indv etc). c. Pedido de material (quem leva o quê?). d. Prever ligação rádio (IE Com Elt em vigor). e. Designar quem fica no Cmdo e procedimentos caso não haja retorno dentro dos prazos. f. Confeccionar um quadro para auxiliar:

C-7


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C-8 C-8. ORDEM PREPARATÓRIA

A fim de facilitar a sua emissão, organizar os Esc e Gp para a entrada no local da ordem. 1. SITUAÇÃO (explicar sucintamente a situação geral e particular) a. Forças Inimigas (localização e natureza). b. Forças Amigas (localização e natureza). 2. MISSÃO (conforme a recebida do escalão superior) 3. QUADRO-HORÁRIO (aquilo que interessa aos patrulheiros a partir da O Prep, transmitido na ordem cronológica) 4. ORGANIZAÇÃO (enunciar funções) 5. UNIFORME E EQUIPAMENTO INDIVIDUAL 6. ARMAMENTO E MUNIÇÃO 7. MATERIAL DE COMUNICAÇÕES 8. MATERIAL DE DESTRUIÇÕES 9. MATERIAL ESPECIAL 10. RAÇÃO E ÁGUA 11. MATERIAL E PESSOAL PARA O RECONHECIMENTO E ENSAIO 12. RECONHECIMENTO (informar o pessoal que irá no Rec, abordar prescrições de interesse geral e o local da emissão da O Rec) 13. COMUNICAÇÕES - Comunicações (determinar os patrulheiros que devem anotar). - Senha e contra-senha do escalão superior e patrulha e Pa, bem como horários para mudança. - Sinal Rec, senha e contra-senha para contatos. - Sinal Rec, Frq Pcp e Altn do escalão superior e da patrulha, horários e senhas p/ mudança. - Indicativos rádio. - Autenticações. - Horários de ligação. - Prescrições rádio. - Processo de Codificação da IE Com Elt. - Sinais convencionados (pirotécnicos, visuais e acústicos). C-8


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C-8/C-9

- Outros dados da IE Com Elt. 14. DIVERSOS a. Instruções Particulares (atribuir responsabilidades) - Auxílio ao Cmt no planejamento detalhado (SCmt, Cmt Esc e Cmt Gp - SFC). - Auxílio ao gerente na distribuição do material - Recebimento e Prep do Mat dos homens empregados no planejamento - Confecção do caixão de areia, croqui ou outros meios visuais para a emissão da O Pa (sugestão: situação, missão, quadro-horário, quadro-horário do ensaio, O Mvt, plano de embarque e carregamento, quadro auxiliar de navegação, quadro das TAI, PRPO, quadro do Rec Aprox, objetivo, quadro de condutas alternativas, Com Elt etc). - Escolha do Loc ensaio. - Treinamento de sinais e gestos (alto, avante, congelar etc). - Ensaio da estória-cobertura caso recebida do Esc Supe. - Prescrições para alimentação e pernoite (SFC). - Preparo e testes de equipamentos e materiais especiais (pré-sintonia e impermeabilização das estações rádio, testes de explosores e bobinas, OVN, GPS etc). - Preparo da Pa para missões específicas (lançamento de meios de travessia de cursos d’água, preparo de remos, outros Eqp especializados para infiltração, fardos, Vtr, Blz Anv, conversação terra-avião etc) - SFC. b. Outras prescrições - Cadeia de Cmdo (checar). - Durante a preparação da Pa estarei... (planejando em tal local, reconhecendo o objetivo até tal hora etc). - A próxima reunião será às ... (hora), em ... (local), para ... (expedição da O Pa etc). - Dúvidas? - Acerto dos relógios (Quando eu disser: “Hora”, serão ...;... minutos fora;... segundos fora; “Hora”). C-9. RECONHECIMENTO - Emissão da ordem de reconhecimento. - Execução conforme planejado.

C-9


C-10

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C-10. PLANEJAMENTO DETALHADO 1. ESTUDO DE SITUAÇÃO (MITeMeT) Vai permitir chegar à melhor linha de ação, especificando homens, material, horários, itinerários e ações a realizar. a. Missão (a recebida do Esc Supe), agora será verificado quem fará o quê). - O quê? (ações que devo realizar). - Quando? (horários do início do deslocamento, da ação no objetivo, do retraimento etc). - Onde e por onde? (local do Obj, Itn, distância, meio de Trnp, tempo de deslocamento etc.) - Como? (visualização do esquema de manobra). - quem faz o quê? (escalões, grupos, homens etc). - Para quê? (finalidade da missão). b. Inimigo - Dispositivo (onde e como está desdobrado). - Composição (organização). - Valor (efetivo). - Atividades importantes recentes e atuais. - Peculiaridades e deficiências (explorar). c. Terreno e Condições Meteorológicas - OCOAO (no Itn e Obj). - Crepúsculo, luar, vento etc. d. Meios - Pessoal e material: necessidades X disponibilidades. - Prazos e imposições. e. Tempo - Tempo disponível para o planejamento, partida, cumprimento da missão etc. OBSERVAÇÃO: população - Atitude (hostil ou não) - Valor como fonte de dados

C - 10


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C-10

2. COORDENAÇÃO COM OS APOIOS a. Com unidades em apoio ou reforço (fogo, naval, aéreo etc). b. Contato com especialistas c. Briefing - Levar memento pronto. - Levar o integrante da patrulha empenhado no contato. - Acertar a presença na emissão da ordem à patrulha. - Acertar o ensaio conjunto. 3. APÓS A COORDENAÇÃO, PLANEJA-SE A SEQÜÊNCIA DAS AÇÕES a. Ação no Obj (elaborar o esquema de manobra). 1) Plano de Reconhecimento Aproximado. 2) Tomada do Dispositivo. 3) Ação no Objetivo propriamente dita. 4) Retraimento ao PRPO. 5) Reorganização. b. Deslocamento até o PRPO 1) Plano de carregamento e embarque. 2) Itinerário principal e secundário (com linhas e pontos de controle). 3) Pontos de reunião no itinerário. 4) Coordenação com o homem-carta. 5) Levantar azimutes, distâncias e azimute de fuga. 6) Conduta da Patrulha. - Alto-guardado, alto em segurança. - Formações, ordem de movimento, rodízio de material etc. - Partida e regresso das linhas amigas. - Verificar pontos de reunião e prazos correspondentes. - Atuação nos contatos. - Ação nas zonas perigosas e pontos críticos. OBSERVAÇÃO: Na Infl Amv o Cmt Pa define local do Emb e Dbq; o piloto planeja o Itn a seguir em conjunto com o Cmt. c. Ocupação do PRPO d. Regresso às linhas amigas - Abordar os mesmos itens do Dslc até o PRPO, no que for aplicável. e. Outros - Conduta com inimigos feridos e prisioneiros (antes e após a ação no objetivo). C - 11


C-10/C-11

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- Conduta com feridos e mortos amigos (antes e após a ação no objetivo). - Sinais e gestos a praticar. - Comunicações com o escalão superior. - Senha, contra-senha e sinais de reconhecimento. - Posição do comandante, subcomandante (nos deslocamentos e na ação no objetivo). - Hora do dispositivo pronto. - Hora da partida. - Reorganização após dispersão. - Revezamento do material pesado. - Conduta como PG (documentos, material especial, armamento, estória-cobertura coletiva etc). - Quebra prematura de sigilo (nas diversas fases). - Aborto da missão (situação que o caracteriza e conduta). - Conduta para pernoite (B Pa, Área de reunião, ARC - SFC). - Mdd Esp de Seg (contra-rastreamento). - Contato com Elm amigos infiltrados (quem, como, senha etc). - Ligação com outras patrulhas. - Linhas de controle. - As TAI (defensivas e ofensivas). - Apoio de fogo (como solicitar, até onde pode apoiar). - Documentos levados pela patrulha. - Elementos Essenciais de Inteligência (EEI). 4. APÓS O PLANEJAMENTO, PREPARAR-SE PARA A EMISSÃO DA ORDEM À PATRULHA - Para o início da ordem, a Pa deverá estar ECD partir (aprestamento Armt, Mun, Mat, Eqp, Com, camuflagem, gestos ensaiados etc) e disposta dentro dos grupos. C-11. ORDEM À PATRULHA - Deverá ser emitida baseada no planejamento detalhado, podendo sofrer alguma alteração durante sua expedição (SFC), durante os ensaios ou nos tempos destinados aos ajustes. 1. SITUAÇÃO a. Forças Inimigas (que podem atuar contra a Pa) - Localização. - Valor, composição e dispositivo. - Armamento, equipamento e uniforme. C - 12


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C-11

- Identificação. - Atividades recentes e atuais. - Movimentos. - Atividades da Força Aérea. - Possibilidades e limitações. b. Forças Amigas - Localização, limites da Z Aç (até dois Esc acima/Elm Viz). - Contatos. - Apoios (de fogo, aéreo, outros). - Outras Pa. - Atividades da Força Aérea. c. Meios recebidos e retirados (quais, a partir de, até quando e como). d. Área de Operações e Condições Meteorológicas Conclusão a respeito das conseqüências para a nossa Pa de: - ICMN - FCVN - visibilidade. - Lua (fase) - visibilidade. - Neblina - visibilidade. - Ventos (Dir, Vel e quadrante) - Emp fumígenos, Lç Sup. - Chuva - Prep Mat e transitabilidade. - Temperatura - Mat e moral. - Gradiente - Emp fumígenos. - Características do terreno (pontos nítidos, obstáculos etc). 2. MISSÃO - A recebida do Esc Supe. 3. EXECUÇÃO a. Conceito da Operação 1) Explicar sucintamente como pretende cumprir a missão na seqüência cronológica das ações, sem ressaltar detalhes de coordenação ou missões específicas. Abordar “resumidamente” os seguintes aspectos: a) Meios de deslocamento e Itinerário de ida (como e por onde). b) PRPO (sem detalhar) e reconhecimento (local - genérico). c) Tomada do dispositivo (apenas a posição dos Esc e Gp). d) Ação no Obj (seqüência de atuação). e) Retraimento ao PRPO. f) Reorganização (onde). g) Regresso às linhas amigas (como e por onde). C - 13


C-11

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b. Ordens aos Elm Subordinados - É importante que a enunciação destas ordens ocorra de forma a abordar as ações a serem realizadas por um determinado escalão, grupo ou homem nas principais fases da missão.

c. Prescrições Diversas 1) Hora do dispositivo pronto para início do deslocamento 2) Deslocamento até o PRPO a) Hora de Partida. b) Itinerário de ida (conforme quadro auxiliar de navegação). c) Meios, processos de deslocamento e medidas de coordenação e controle nos diversos trechos. d) Formação inicial e ordem de movimento. e) Planos de embarque e carregamento (SFC) . f) Prováveis pontos de reunião. g) Segurança nos deslocamentos e altos. h) Passagem pelos postos avançados amigos. i) Ocupação do PRPO. 3) Ação no objetivo a) Reconhecimento aproximado do objetivo (o que reconhecer, seqüência, quem, onde, por onde, medidas de coordenação e controle, missões específicas, horários). b) Tomada do dispositivo (seqüência e liberação dos grupos, quem, onde, por onde, medidas de coordenação e controle, missões específicas, horários). C - 14


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C-11

c) Ação no objetivo (caracterização do início da ação, detalhar cronologicamente quem faz o quê, como e para quê). d) Retraimento para o PRPO (seqüência, quem, onde, por onde, medidas de coordenação e controle, horários). e) Reorganização no PRPO (cheque de baixas, equipamento/ armamento e munição - BEM). 4) Regresso a) Hora de regresso. b) Itinerário de regresso. c) Meios, processos de deslocamento e medidas de coordenação e controle nos diversos trechos. d) Formação inicial e ordem de movimento. e) Planos de embarque e carregamento (SFC). f) Prováveis pontos de reunião. g) Segurança nos deslocamentos e altos. h) Passagem pelos postos avançados amigos. 5) Outras Prescrições a) Situações de contingência (nas diversas fases da operação). b) Ações em áreas perigosas e pontos críticos (POCO - Pare, Olhe, Cheire e Ouça). c) Ações em contato com o inimigo (TAI). d) Reorganização após dispersão. e) Tratamentos com PG, mortos e feridos inimigos. f) Conduta com mortos e feridos amigos. g) Conduta ao cair PG. h) Conduta para pernoites (base de patrulha, área de reunião, ARC). i) Medidas especiais de segurança. j) Destino do material especial. l) Rodízio de material pesado. m) Contato com elemento amigo. n) Ligação com outras patrulhas. o) Prioridades nos trabalhos de OT. p) Linhas de controle. C - 15


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C-11 q) Apoio de fogo (onde, até quando e como solicitar).

r) Documentos a serem conduzidos (procedimentos para destruição). s) Procedimentos para ensaios e inspeções. t) EEI. u) Estória-cobertura coletiva. v) Conduta com civis. x) Azimutes de fuga (SFC). 4. LOGÍSTICA - Ração, água, Armt/Mun (prescrições p/ o cumprimento da missão). - Prescrições para o ressuprimento (SFC) (hora, local, quantidade, balizamentos etc). - Uniforme e equipamento especial (confirmar/alterar O Prep). - Medidas de higiene (SFC). - Localização do atendente ou homem-saúde na patrulha. - Local PS, posto de refúgio, P Col PG etc. - Processo de evacuação (pessoal e material). 5. COMANDO E COMUNICAÇÕES a. Comunicações 1) Retificar ou ratificar e checar - Senha e contra-senha, horários e sinal para mudança. - Sinal Rec, senha e contra-senha para contatos. - Sinal Rec, Frq Pcp e Altn do escalão superior e da patrulha, horários e sinais para mudança. - Indicativos rádio. - Autenticações. - Horários de ligação. - Prescrições rádio. - Processo de codificação e outros dados da IE Com Elt. - Sinais convencionados (pirotécnicos, visuais e acústicos). b. Comando - Localização Cmt e SCmt (durante o Itn de ida, Rec, Aç Obj, reorganização e regresso às L Ami).

C - 16


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C-11/C-13

- Cadeia de comando (confirmar/alterar O Prep). - Dúvidas? OBSERVAÇÕES - Inspecionar o conhecimento de missões específicas e de aspectos que devam ser do conhecimento geral, por parte dos patrulheiros (senhas, freqüências etc). - Checar o conhecimento das missões individuais e coletivas (se for o caso, fazê-lo no caixão de areia). - Checar acerto de relógios. - Ao final da O Pa o Cmt deverá explanar como o ensaio deverá ser conduzido pelo SCmt. C-12. INSPEÇÃO INICIAL - A inspeção inicial visa a permitir ao comandante da patrulha uma avaliação sobre o grau de preparação dos homens, quanto ao conhecimento detalhado da missão, bem como o estado do equipamento, do armamento e o moral da patrulha. Em função do fator tempo, a inspeção inicial pode ser dividida em teórica e prática. a. Inspeção teórica - Checar as missões dos escalões, grupos e homens utilizando meio visual. b. Inspeção prática (checar) 1) Uniforme e equipamento individual. 2) Armamento e munição. 3) Material de destruição. 4) Material especial (viatura, embarcação, bolsa de primeiros socorros, GPS etc). 5) Material de comunicações. 6) Documentação (extratos de carta, croquis de itinerários, extratos de IE Com Elt etc). 7) Pessoal: camuflagem, estado físico etc. C-13. ENSAIO - Realizar o ensaio da patrulha por partes: a. Ensaio dos grupos e de missões específicas (Aç Obj) b. Ensaio dos escalões e da patrulha como um todo (geral) - Deslocamentos e altos (com os meios de Trnp). - Gestos e sinais convencionados. C - 17


C-13/C-14

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- Emissão de ordens. - Senhas e contra-senhas, sinais de Rec. - Ações em áreas perigosas e pontos críticos. - Ação no objetivo (ênfase). - Retraimento. - Passagem nos postos avançados amigos. - TAI (ofensivas e defensivas). - Mudança de formação. - Ocupação de base de patrulha, área de reuinão e ARC (SFC). - Abrir e fechar rede de comunicações. - Contar (efetivo da Pa). - Plano de carregamento e embarque. C-14. INSPEÇÃO FINAL - Checar se os itens considerados falhos na inspeção inicial e ensaios foram corrigidos e/ou reajustados (camuflagem, equipamento etc).

C - 18


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ANEXO "D" RELATÓRIO

D-1. GENERALIDADES a. Ao regressar do cumprimento da missão, o comandante de patrulha deve, de imediato, fazer um relatório verbal completo a quem lhe emitiu a ordem, transmitindo em tempo útil todos os dados obtidos. b. Deve-se considerar que tanto as patrulhas de reconhecimento como as de combate, são fontes de informes. c. Após o relatório verbal, deve ser confeccionado um relatório por escrito, com a finalidade de registrar tudo o que foi levantado. Sempre que possível, complementá-lo com um esboço ou calco. Segue abaixo um modelo de relatório. D-2. MEMENTO PARA RELATÓRIO DO COMANDANTE DE PATRULHA RELATÓRIO DA PATRULHA ______________________________________ _____________________ Local e data De __________________ Comandante da Patrulha Ao __________________ Quem enviou a Patrulha Anexo(s): (cartas, fotos, croquis, calcos, equipamento, documentos, armamentos capturados etc). 1. Efetivo e composição da patrulha. 2. Missão. D-1


D-2

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3. Hora de partida e de regresso. 4. Itinerário de ida. a. Atuação do inimigo b. Observações 5. Itinerário de regresso. a. Atuação do inimigo b. Observações 6. Terreno: características em toda a área de atuação (pontes, trilhas), habitações, tipo de terreno (seco, sujo, pantanoso, rochoso, permeável) capacidade de suportar Bld, ZL, Loc Ater, ZPH etc. 7. Inimigo. a. Efetivo e valor b. Dispositivo c. Medidas de segurança adotadas d. Localização e. Rotinas f. Equipamento, armamento, atitude e moral 8. População da área – Conduta em relação à patrulha, ligações com o inimigo, características etc. 9. Correções e atualizações na carta. 10. Ação no objetivo. 11. Resultado do encontro com o inimigo. a. Prisioneiros b. Baixas c. Documentos capturados 12. Condições atuais da patrulha (moral, armamento, munição, equipamento). a. Moral b. Armamento c. Munição d. Equipamento 13. Elementos essenciais de inteligência. 14. Informações diversas.

D-2


D-2

CI 21-75-1 15. Conclusões e sugestões.

________________________________ Assinatura do comandante da patrulha

D-3


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ANEXO "E" GLOSSÁRIO

A Acolhimento Operação que consiste na passagem de uma força que retrai através do dispositivo de outra força em posição, podendo esta assumir a missão daquela, em seu todo ou em parte. Aeromóvel Atividade, operação, organização e meios relacionados com o uso da mobilidade tática proporcionada na área de operações à força de superfície por aeronaves, particularmente, helicópteros, a fim de cumprir uma missão no quadro de manobra tática. Ambiente operacional Parte do ambiente terrestre que reúne um complexo de características fisiográficas, circunstâncias e influências próprias que afetam de modo peculiar o desenvolvimento das operações militares e os procedimentos de combate. Alcantilada Sucessão de obstáculos rochosos. Apoio de fogo Ato ou efeito de fogo sobre determinados alvos ou objetivos, realizados por elemento, unidade ou força, para apoiar ou proteger outros elementos, unidade ou força.

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CI 21-75-1 Aprestamento Procedimento pelo qual, unidades participantes de uma operação aeroterrestre se deslocam para estacionamento nas vizinhanças dos pontos de embarque, completam a preparação para o combate e aprontam-se para o embarque. Conjunto de medidas, incluindo instrução, adestramento e preparo logístico, necessárias para tornar uma força pronta para o emprego a qualquer momento. Área de influência Parte da área de operações na qual o comandante é capaz de influenciar diretamente no curso do combate, mediante o emprego do poder de combate de suas tropas. Normalmente, cada comando possui os meios necessários para obter informações dentro de sua área de influência. Nas operações centralizadas, a área de influência se confunde com a zona de ação e nas operações descentralizadas os limites da referida área se confundem com o alcance efetivo das armas de apoio. Área de interesse Área geográfica que se estende além da zona de ação. É constituída por áreas adjacentes à zona de ação, tanto à frente como nos flancos e retaguarda, onde os fatores e acontecimentos que nela se produzam possam repercutir no resultado ou afetar as ações, as operações atuais e as futuras. Apronto operacional Conjunto de providências iniciais de aprestamento do material, viaturas, equipamentos, colocando a unidade (mesmo na situação normal em quartéis) tão completamente pronta quanto possível para embarcar ou entrar em ordem de marcha com rapidez. Área amarela Área na qual as forças de guerrilha operam com freqüência, mas que não encontra-se sobre controle efetivo nem das forças de guerrilha nem das forças legais. É a principal área de operações das forças de guerrilha, que tentam colocar parcela cada vez maior dela sob seu efetivo controle. Área verde Área sob firme controle da força legal. Nessa área, as atividades do inimigo limitam-se às ações clandestinas ou às incursões, às pequenas emboscadas, às ações de franco-atiradores e às operações de inquietação. Área sob o firme controle da força legal, na qual não são adotadas ou foram suspensas as medidas rigorosas de controle da vida normal da população. Nessas áreas, as atividades das forças adversas restringem-se às clandestinas, ou às incursões, às pequenas emboscadas, às ações de francoatiradores e às operações de inquietação.

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CI 21-75-1 Área vermelha Área sob o controle contínuo ou intermitente das forças de guerrilha. Nela, o inimigo localiza suas instalações e bases e opera com relativa impunidade. Nessa área, a população apóia, normalmente, o movimento revolucionário, voluntariamente ou sob coação. Área de engajamento Região selecionada pelo defensor, onde a tropa inimiga, com sua mobilidade restringida pelo sistema de barreiras, é engajada pelo fogo ajustado, simultâneo e concentrado de todas as armas de defesa. Tem a finalidade de causar o máximo de destruição, especialmente nos blindados inimigos, e de provocar o choque mental e físico pela violência, surpresa e letalidade dos fogos aplicados. Área do objetivo Área em que se acha localizado o objetivo a ser capturado ou atingido, definida pela autoridade competente, para fins de comando e controle. Área dos navios-aeródromos de helicópteros de assalto Áreas situadas ao longo e nos flancos das áreas externas de transporte e das áreas de navios de desembarque, mas dentro da área de cobertura antisubmarino. Nelas, os navios-aeródromos de helicópteros de assalto lançam e recolhem os seus helicópteros. Elas ficam dentro da área de assalto. Ataque Ato ou efeito de dirigir uma ação ofensiva contra o inimigo. Assalto Fase final de um ataque, compreendendo o choque com o inimigo em suas posições. Ataque curto, violento, mas bem ordenado, contra um objetivo local.

B Base de combate Ponto forte que se estabelece na área de combate ou de pacificação de uma força em operações na selva, em operação de pacificação e em certas operações em áreas autônomas para assegurar o apoio logístico, proporcionar a ligação com os elementos subordinados e superior, acolher e despachar tropas e garantir a duração na ação.

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CI 21-75-1 Base de combate ribeirinha Base temporária, terrestre ou flutuante, estabelecida pelo comandante da força-tarefa ribeirinha ou por escalões diversos dessa força, na área de operações, de onde são desencadeadas e apoiadas as ações contra o inimigo. Baixa Internamento em hospitais ou em enfermaria. Ato ou efeito de desligar uma praça do serviço ativo. Designação genérica das perdas ocorridas por ferimento, acidente ou doença. Base de patrulha Local de uso temporário na área de combate de companhia, a partir da qual o pelotão ou grupo de combate executa ações de patrulha, incursões e emboscadas. Área oculta na qual se acolhe a patrulha de longa duração por curto prazo para se refazer, se reorganizar e dar prosseguimento ao cumprimento da missão. Bloqueio Interdição de um ponto de passagem ou via pela ocupação com tropa, pela colocação de obstáculos ou realização de fogos. Busca e salvamento Ação de localizar, socorrer e resgatar pessoas em perigo, perdidas ou vítimas de acidentes e da ação hostil do inimigo com o emprego de aeronaves, embarcações de superfície, submarinos ou outro qualquer equipamento especial.

C Cadeia de comando Seqüência hierárquica de comandantes, por meio da qual é exercido o comando. Comando e controle Conjunto de recursos humanos e materiais que, juntamente com determinados procedimentos, permite comandar, controlar, estabelecer comunicações com as forças amigas e obter informações. Combate Ação militar de objetivo restrito e limitado, realizada de maneira hostil e direta contra o inimigo.

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CI 21-75-1 Combate de encontro Ação que ocorre quando uma força em deslocamento, ainda não completamente desdobrada para a batalha, engaja-se com uma força inimiga, em movimento ou parada, sobre a qual se dispõe de poucas informações. Conceito da operação Exposição verbal ou escrita, por meio da qual o comandante de uma força expõe aos comandos subordinados como visualiza a execução da operação em seu todo.

D Dado É toda e qualquer representação de fato ou situação por meio de documento, fotografia, gravação, relato, carta topográfica e outros meios, não submetida à metodologia para a produção do conhecimento. Dispositivo Modo particular por que são desdobrados, numa situação tática, os elementos de uma força. Dotação orgânica Quantidade de cada item de suprimento classe V (Mun), expressa em tiros por arma ou em outra medida adotada, que determinada organização militar deve manter em seu poder para atender às necessidades de emprego operacional.

E Escalão Cada um dos sucessivos e distintos níveis da cadeia de comando. Qualquer das frações de um conjunto militar articulado no sentido da profundidade; cada um com sua missão principal definida no combate. Equipe Reunião de pessoal especializado e dosado harmonicamente para desempenhar tarefas específicas, dando condições ou aumentando possibilidades de elementos padronizados.

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CI 21-75-1 Estudo de situação Processo lógico e continuado de raciocínio pelo qual um comandante ou um oficial de estado-maior considera todas as circunstâncias que possam afetar a situação militar e chegar a uma decisão ou proposta, que objetive o cumprimento de uma missão. Exfiltração Técnica de movimento realizado de modo sigiloso com a finalidade de retirar forças ou pessoal isolado e/ou material do interior de território inimigo ou por ele controlado, ou que se encontravam realizando operações militares.

F Fase do ensaio Período durante o qual a operação em perspectiva é treinada sob condição tão real quanto possível. Fatores da decisão A sistematização do estudo de uma situação de combate é dividida cartesianamente para maior detalhamento de cada questão. As partes constitutivas desse estudo são os fatores da decisão: a MISSÃO, o INIMIGO, o TERRENO e as CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS, os MEIOS e o TEMPO.

G Guia Elemento encarregado de orientar as unidades ou veículos por determinado itinerário, empregado, normalmente, na estrada, no interior ou na saída de localidade(s) ou área(s) de estacionamento.

I Incursão Ação ofensiva, normalmente de pequena escala, compreendendo uma rápida penetração em área sob o controle do inimigo, a fim de obter informações, confundi-lo ou destruir suas instalações, terminando com uma retirada planejada. Não há idéia de conquista ou manutenção do terreno.

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CI 21-75-1 Infiltração Forma de manobra tática ofensiva na qual procura-se desdobrar uma força à retaguarda de uma posição inimiga, por meio de um deslocamento dissimulado, com a finalidade de cumprir uma missão que contribua diretamente para o sucesso da manobra do escalão que enquadra a força que se infiltra. As brigadas determinam ou autorizam a realização de infiltrações por parte de escalões inferiores, adotando, ela mesma, outra forma de manobra. Técnica de movimento, realizado de modo furtivo, com a finalidade de concentrar pessoal e/ou material em área hostil ou sob controle das forças adversas, visando à realização de operações militares. Forma da atuação das forças adversas que consiste na colocação de militares ou simpatizantes da força adversa em órgãos públicos ou setores da sociedade que permitam contribuir positivamente para atuação da força adversa ou negativamente para a atuação das forças legais. Formação de marcha motorizada em que as viaturas partem em intervalos irregulares para dar aparência de tráfego normal com uma densidade inferior a 5 viaturas por quilômetro. Informe Qualquer observação, fato, relato ou documento que possa contribuir para o conhecimento de determinado assunto. É qualquer dado formador do conhecimento que se deseja. Inquietação Nas operações de contraguerrilha, conjunto de ações de combate realizadas a partir da presença da força legal em uma área e execução de intenso patrulhamento, incursões, emboscadas, ação de caçadores e outras atividades para localizar, infligir baixas e tirar a liberdade de ação da guerrilha. Fogo destinado a produzir perdas ou ameaças de perdas para perturbar o repouso das tropas inimigas, desagregar seus movimentos e, de um modo geral, abater-lhe o moral. Denominação do tiro que tem a finalidade de inquietar o inimigo. Intenção do comandante A intenção do comandante deve traduzir, objetivamente, a situação final desejada para a missão (o estado final do campo de batalha). Deve, ainda, encerrar motivações que complementem as idéias expressas no enunciado da missão e que, conscientemente, o comandante julga não ter sido possível traduzí-las. Quando enunciá-la, o comandante deve fazê-lo de forma que permita ao subordinado exercer a iniciativa em proveito da missão (comentários a seguir). Comentários: não deve repetir conceitos doutrinários gerais, mas apresentar um objetivo claro que garanta ao subordinado visualizar o fulcro que caracteriza o cumprimento da missão. Nos escalões mais baixos, brigada e inferiores, há casos em que a intenção será a própria finalidade. Em conseqüência, quanto mais alto for o escalão e quanto mais descentralizada for a execução da missão, mais sentirá o comandante a necessidade de E-7


CI 21-75-1 expressar sua intenção. Isso ocorrerá, particularmente, quando a missão e a finalidade não forem suficientes para orientar a obtenção do efeito desejado. Em contrapartida, nos pequenos escalões e nas operações centralizadas, a emissão da intenção tenderá a perder sua importância, mercê da suficiência da finalidade e da missão. Interdição Fogo aplicado numa área ou ponto para impedir a sua utilização pelo inimigo. Ações executadas para evitar ou impedir que o inimigo se beneficie de determinadas regiões, de pessoal, de instalações ou de material.

L LAM Local de apoio que são preparados em regiões próximas a objetivos prováveis, contendo material que possa vir a ser necessário para aquela missão. Linha de ação Solução possível que pode ser adotada para o cumprimento de uma missão ou execução de um trabalho.

M Matriz de sincronização Documento empregado no arranjo das atividades de todos os sistemas operacionais no tempo e no espaço, com a finalidade de obter o máximo de poder relativo de combate no ponto decisivo.

N Neutralização Fogo desencadeado para produzir perdas e danos capazes de reduzirem,por algum tempo, a eficiência do inimigo.Redução, inibição ou anulação temporária da capacidade operativa do inimigo pela manobra ou pelo fogo, impedindo a sua movimentação, tiro e observação.

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CI 21-75-1

O Objetivo Elemento tangível, material (força, região, instalação, população e outros),em relação ao qual se vai operar para obter determinado efeito. É o alvo de uma ação. Ocupação Ato ou efeito de guarnecer com tropas um território conquistado.

P PITCI Processo de Integração Terreno, Condições Meteorológicas e Inimigo. Possibilidade do inimigo Ação que o inimigo é capaz de adotar e que deve preencher dois requisitos: ser compatível com os meios de que ele dispõe e capaz de interferir ou afetar o cumprimento da missão do comandante. Proteção Ação que proporciona segurança a determinada região ou força, pela atuação de elementos no flanco, frente ou retaguarda imediatos, de forma a impedir a observação terrestre, o fogo direto e o ataque de surpresa do inimigo sobre a região ou força protegida.

R Reconhecimento Operação cujo propósito é obter informações referentes às atividades e meios do inimigo ou coletar informações de caráter geográfico, meteorológico e eletrônico, referentes à área provável de operações. Reconhecimento em força Operações de objetivo limitado, executado por uma força de certo vulto, com a finalidade de testar o valor, a composição e o dispositivo do inimigo ou para obter outras informações.

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CI 21-75-1 Regras de engajamento Caracteriza-se por uma série de instruções predefinidas que orientam o emprego das unidades que se encontram na zona de operações, consentindo ou limitando determinados tipos de comportamento, em particular o uso da força, a fim de permitir atingir os objetivos políticos e militares estabelecidos pelas autoridades responsáveis. Resgate Recuperação, em situação emergencial, de pessoal e/ou material que por qualquer razão seja retido em área ou instalação hostil ou sob controle do inimigo.

S Segurança Estado de confiança individual ou coletivo, baseado no conhecimento e no emprego de normas de proteção e na convicção de que os riscos de desastres foram reduzidos, em virtude da adoção de medidas minimizadoras.

U Ultrapassagem Operação de substituição que consiste na passagem de uma força que ataca através do dispositivo de outra força que está em contato com o inimigo.

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Mais uma realização da Sala de Editoração Gráfica do COTER


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