Mundurukando na Projeto
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Mundurukamos na Projeto!
Editorial
A Escola Projeto considera que não precisa de data comemorativa no ano para pensar nos diferentes povos que constituem a nossa cultura, por isso, no ano de 2008 dedicou toda uma revista ao tema da cultura afro-brasileira. Agora, em 2017, a revista foi pensada, a fim de contemplar a cultura indígena, desde a educação infantil até o ensino fundamental. Neste ano, tivemos a obra do autor Daniel Munduruku estudada por toda a escola. Durante esse processo as turmas foram conhecendo os livros, as temáticas de sua obra e se encantando pelas histórias que envolvem seres fantásticos, o dia a dia nas aldeias, histórias vividas por ele ou mesmo inventadas! Os Grupos 1 e 2 registraram as primeiras impressões, ao conhecerem objetos e brinquedos da cultura indígena e a obra de Daniel Munduruku. Veja os registros das expressões curiosas, diante de objetos diferentes e de um mundo de livros! O Grupo 3 pensou sobre o que é ser índio e registrou suas primeiras impressões. O mais bacana foi perceber como algumas ideias foram se modificando a partir do contato com a obra e com o autor convidado. O Grupo 4 optou por pensar e investigar como e quem é o índio atualmente, questionando: com que roupa? Olhou para o indígena pelo viés da vestimenta, como uma marca que foi se modificando ao longo dos tempos e que tem a ver com o espaço ou local em que as comunidades vivem e seus modos de manter ou não esse aspecto da cultura. As turmas de Grupo 5 criaram jogos bem interessantes e divertidos envolvendo palavras do vocabulário indígena que aprenderam e nos convidam a testar nossos conhecimentos em relação à temática. As crianças do 1º ano leram regras de jogos e brincadeiras, com o auxílio das professoras, compondo o Manual de brincadeiras indígenas. Confeccionaram materiais para realizá-las, divertindo-se ao explorá-las, pois para poderem ensinar esses jogos e brincadeiras, precisaram brincar
muito! Elegeram algumas dessas propostas para constarem aqui nesta revista, mas todo o conteúdo do manual pode ser acessado através do site da escola. As turmas de 2º ano, literalmente, mergulharam nos livros do autor convidado e, para poderem recomendar a leitura deles, leram também muitos catálogos e resenhas de jornais para produzirem textos de recomendação. Um processo que contou com registros das primeiras impressões e o desenvolvimento de argumentos para convencer o leitor de que valia a pena ler! Presenteiam-nos com uma pescaria de recomendações, fruto do mergulho realizado. O 3º ano teve o privilégio de realizar uma entrevista exclusiva com Daniel Munduruku, via Skype, antes de ele vir à escola, passando por um bom período de preparação e de estudo sobre esse tipo de texto, até chegar ao resultado, publicado nesta revista. As turmas 31 e 32 contam como se deu o processo, através de quadrinhos, exibindo também a entrevista integral realizada com ele. O livro Coisas de índio, foi minuciosamente lido e estudado pelo 4º ano. Cada turma buscou uma maneira de mostrar o que aprendeu sobre a vida indígena, reescrevendo partes do texto e ilustrando os costumes e hábitos dessa cultura, debatendo sobre as aprendizagens realizadas. Fechando a revista, o 5º ano teve como foco o povo guarani, a partir dos estudos de Ciências Sociais sobre a formação do povo rio-grandense e da leitura da obra do autor convidado. Percorreu a história e mostrou ao leitor as principais teorias sobre a vida desses primeiros habitantes das terras gaúchas. Desse modo, as turmas 51 e 52 não nos deixam esquecer dos fatos que influenciaram na trajetória desse povo, colaborando para refletirmos sobre as suas condições de vida atualmente. Aliás, se teve algo que nos inquietou neste ano na escola, foi pensar sobre tudo o que vimos e vivemos na aproximação ao Daniel Munduruku e à sua obra, o que faz com que acreditemos ainda mais que todo o dia é dia de pensar sobre a cultura indígena, afinal, todo dia é dia de índio!1 Leia a revista e se deixe envolver ainda mais por este assunto. Virgínia Veríssimo – Coordenadora Pedagógica 1-
Referência à letra da música Todo dia era dia de índio, de Jorge Ben Jor, cantada por Baby do Brasil.
FICHA TÉCNICA Capa e contracapa: trabalhos dos(as) alunos(as) do 4º ano Coordenação editorial: Coordenação Pedagógica da Escola Projeto Editorial: Virgínia Veríssimo
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Projeto gráfico e arte: Elisa Moog Revisão dos textos: Professoras e Coordenação Pedagógica Ilustrações: desenhos de alunos(as) da escola e fotos tiradas por professoras, alunos(as) e monitores(as)
Endereços: Unidade 1: Rua Cel Paulino Teixeira, 394 Fone: (51) 3331-7384 unidade1@escolaprojeto.g12.br Unidade 2: Av. José Bonifácio, 581 Fone: (51) 3333-4154 unidade2@escolaprojeto.g12.br
www.escolaprojeto.g12.br
GRUPO 1 Profª Nathalia
Uma cesta para descobrir
As crianças do grupo 1 aproximaram-se da cultura indígena através dos livros de histórias do autor Daniel Munduruku, que trouxe em suas obras elementos da natureza que geraram curiosidade. Uma cesta com materiais indígenas foi preparada e colocada no centro da sala para instigar a curiosidade das crianças e observar a interação delas com os objetos. Ao chegarem à sala as crianças logo perceberam a cesta, e juntas abriram para descobrir o que havia lá dentro. Aos poucos retiraram os objetos, explorando-os de diferentes formas. Observaram e identificaram alguns animais, dizendo seus nomes e compartilhando o som que eles produzem, como a onça, a tartaruga, o tucano, a coruja e o papagaio. Os colares foram manuseados e colocados no pescoço. Os instrumentos como a flauta e o chocalho foram os mais apreciados pelo grupo. As crianças exploraram, tocando-os, assoprando, sacudindo e brincando. Além das descobertas de textura desses materiais, a exploração coletiva possibilitou o compartilhamento de impressões sobre os diferentes materiais ampiando conhecimentos.
Grupo 1: Arthur, Bernardo, Gabriela, Geórgia, Ismael, João, Kauan, Rafaela, Vicente, Vinícius.
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GRUPO 2 Profª Loisy
A fantastica viagem na literatura de
Daniel Munduruku
O que será que tem dentro desta caixa espelhada? Após verificar o peso e escutar o som que vinha de dentro da caixa quando sacudida, as crianças do Grupo 2 tentaram adivinhar e falaram várias possibilidades do que poderia estar dentro da caixa secreta. Será que tem um jacaré? Um elefante? Um dinossauro? Um cavalo? Um tênis ou um leão? As crianças não aguentaram muito tempo, e logo abriram a caixa para descobrir o que havia lá dentro. E sabe o que encontraram? Uma viagem por dentro da obra do autor indígena, Daniel Munduruku. Que grande surpresa quando abriram a caixa e se depararam com diversos livros, correram
para pegá-los e começaram a folhear e mostrar para o(a) colega ao lado. Algumas crianças estiveram como ouvintes, outras assumiram a posição de leitoras, mas todas, de algum modo, aproveitaram para “viajar” nas e com as histórias. O Grupo 2 é fascinado por histórias e por meio delas desenvolve a linguagem. As crianças exploram diferentes formas de expressão, ao mesmo tempo em que relatam e compartilham experiências. Convidamos você, leitor, para também viajar na literatura, conhecer novas histórias, pensar em coisas diferentes. Na Escola Projeto exploramos cada cantinho da escola para ouvir uma boa história, pois para nós, ser criança é acreditar e viajar na imaginação. Grupo 2: Benjamim, Bruno, Clara, Gabriel, Henrique, Igor, Joana, João Lourenço, Luísa, Martina, Rodrigo, Sophia e Theodoro.
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O QUE É SER ÍNDIO?
GRUPO 3 Profª Marina
Você já pensou sobre o que é ser índio? Alguma vez já lhe falaram que índio só vive na floresta? Ou que ele se alimenta apenas do que caça ou planta? Nós do Grupo 3 ficamos muito curiosos em descobrir mais sobre essa cultura, e nas primeiras conversas pensávamos assim: “ÍNDIO, MATA AS PESSOAS MÁS.” “TEM UMA ROUPA DIFERENTE, USA MÁSCARA E TEM OLHOS ARREGALADOS.” “ELES FAZEM SOM COM A BOCA.” “TEM UMA GRAVATA AMARELA.” “NAVEGA NO MAR.” “TEM OLHOS BEM, BEM ARREGALAGOS.” “TEM CHOCALHO E TAMBÉM USA SAIA VERMELHA.” “TEM UMA MÃO FORTE E GRANDE.” “É UMA PESSOA QUE ESTÁ PINTADA NO ROSTO.” “VIVEM NA CANOA.” “MORAM NA FLORESTA.” “VÃO NA FLORESTA PARA CAÇAR BICHOS.” “O ÍNDIO É PESSOA.”
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Ao nos aproximarmos dessa cultura através das histórias do autor convidado deste ano, Daniel Munduruku, fomos descobrindo diferentes informações sobre o modo de vida dos indígenas. Descobrimos, por exemplo, que eles são pessoas como todos nós, que alguns moram em comunidades, outros em casas como as nossas, que eles têm alguns costumes diferentes dos nossos, outros mais parecidos. Nas comunidades, vimos que eles, na maioria das vezes, caçam e plantam para poderem se alimentar, matam os animais para terem o que comer. Na escola, nós também plantamos e fazemos atividades culinárias para comer. O que mais gostamos de descobrir é que os indígenas gostam muito de se pintar, especialmente, para comemorar a época de colheita da horta, aniversários, nascimentos, mas também se pintam em sinal de tristeza, quando morre alguém ou quando a chuva estraga as plantações. Aos poucos, fomos conhecendo um pouco mais sobre os indígenas que vivem na floresta e descobrimos que eles não dormem em camas como nós, mas sim em redes e que os pratos e copos normalmente são construídos por eles utilizando argila. Por fim, chegamos à conclusão de que indígena é gente como a gente, que pode viver na cidade e também na floresta, mais próximo da natureza. Entendemos que são pessoas que têm direitos como qualquer outra pessoa. Grupo 3: Alice, Anita, Antônia, Antônio, Caetano, Emiliano, Enrico, Guilherme, Helena, Isadora, Laura, Luana, Manuela, Martina, Mateus, Pedro Leite, Pedro Freire e Sofia.
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COM QUE
ROUPA?
Através da exploração da obra do escritor Daniel Munduruku, realizada ao longo do primeiro semestre, a qual envolve diversas temáticas indígenas e retrata diferentes costumes e vestimentas, as crianças do grupo 4 foram instigadas a pensar: será que todo índio ou índia usa cocar? Será que todos(as) pintam o próprio corpo? Será que todos(as) usam roupas? Por meio de conversas e observação de imagens, descobrimos e trabalhamos a ideia de que índio ou índia pode usar
GRUPO 4 Profª Ana Julia
a roupa que quiser: depende da sua vontade, de onde vive, se sente mais frio ou calor. Daniel Munduruku é um exemplo disso. O que importa são as experiências, as histórias e as crenças desse povo. Inspiradas nessas descobertas, as crianças do grupo 4 criaram índios e índias com diferentes vestimentas. Obs: Os registros a seguir mostram diferentes momentos de produção da turma.
LEVI E SANTIAGO: CAMISETA, BERMUDA, RELÓGIO, PINTURA NO ROSTO E COCAR.
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ANTÔNIA E RAPHAEL: CABELOS CACHEADOS, ROSTO PINTADO COM TINTA, CALÇA ROSA, CINTO DE PENAS, CAMISETA E SAPATO.
CECÍLIA E THOMAZ: TOP, SAIA COM PENAS, COLAR E BOTA COMPRIDA.
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ARTHUR E MARIA ALICE: SEM CAMISA, SAIA COM CINTO DE TECIDO, COCAR, COLAR, ANEL, TATUAGENS E CHINELO.
FRANCISCO E MARIANA: UNHAS PINTADAS, SHORT, CORPO PINTADO, DESCALÇO, CABELO COMPRIDO E COCAR DE PENAS.
AURORA E LEONARDO: TATUAGENS, SAIA E COCAR DE PENAS, BIQUINI E COLAR.
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CAROLINA E FREDERICO: UNIFORME DA PROJETO (CAMISETA LARANJA E BERMUDA AZUL) E TÊNIS MARROM.
BETÂNIA E LUCAS: CAMISETA COLORIDA, CALÇA, TÊNIS BRANCO E CABELO PRETO.
CATARINA E LORENZO: BLUSA, SAIA E SAPATO.
Grupo 4: Antônia, Antonio, Arthur, Aurora, Betânia, Carolina, Catarina, Cecilia, Clara, Francisco, Frederico, Leonardo, Levi, Lorenzo, Lucas, Mariana, Maria Alice, Raphael, Santiago e Thomaz.
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ANTONIO E CLARA: BERMUDA JEANS, BOTA CURTA, CAMISETA DE MANGA CURTA, CELULAR, RELÓGIO, ÓCULOS E CINTO.
GRUPO 5A Profª Larissa
Durante o semestre nós conhecemos a cultura Munduruku, a qual o nosso autor convidado faz parte. Vivemos em um mundo letrado, então resolvemos fazer o jogo a seguir, pois através de livros e experiências podemos aprender também um pouco sobre algumas palavras comuns do contexto indígena. Juntamente com a nossa professora fizemos um caça-palavras para que pudéssemos compartilhar ideias com outras pessoas.
DICAS DE COMO JOGAR * Observar bem as figuras que estarão ao redor do caça-palavras, pois ilustramos cada uma para dar uma ajudinha para quem for jogar. *A maioria das palavras é fácil de descobrir e vimos durante o nosso projeto que muitas delas já conhecíamos. *Escolher o desenho que você vai procurar a escrita no caça-palavras e observar a letra inicial, depois procurar a letra inicial no quadro, assim suas chances de encontrar são maiores.
Palavras: TAPIOCA, ANIMAIS. NOITE, ALDEIA, MATA, CANOA E CACIQUE.
Você sabia que é fácil fazer caça-palavras? Você também pode construir um em sua casa. É só pensar em algum tema de sua preferência e a partir dele, pensar em palavras. Então, vamos jogar?
Grupo 5A – César, Francisca, Francisco, Heitor, Henrique, João, João Pedro M., João Pedro O., Joaquim, Luiza, Maria Luiza, Marina, Pedro F., Pedro T. e Valentina.
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GRUPO 5B Profª Bruna
QUIZ DO GRUPO 5B:
VAMOS JOGAR?
Querido(a) leitor(a), nós lemos muitos livros do Daniel Munduruku, escritor indígena e autor convidado da escola neste ano. Essas leituras nos fizeram pensar sobre os costumes e tradições dos povos indígenas. As palavras indígenas que apareceram nas histórias do Daniel chamaram a nossa atenção. Como não sabíamos o que elas significavam, nós pesquisamos bastante, fizemos registros no nosso livro da turma e decidimos criar o glossário indígena do Grupo 5B.
Com o nosso glossário indígena, realizamos atividades diferentes como desenhos para ilustrar as palavras, rodadas de jogo da forca, e este quiz que preparamos para a revista da escola. Algumas palavras eram difíceis de pronunciar. Então, em uma tarde, pedimos ajuda ao Daniel Munduruku por skype (programa que usamos para ver e falar com pessoas pela internet) e ele nos ensinou a pronúncia de algumas palavras como uka’a. Você sabe o que essa palavra significa? Então mostre os seus conhecimentos jogando o quiz do Grupo 5B. Não sabe? Então jogue também e aproveite para aprender!
Clique na flecha ao lado para jogar!
Grupo 5B – Anita, Beni, Diego, Ilah, Luana, Pedro Henrique e Sara.
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1º ano
BRINCADEIRAS
As turmas do 1º ano realizaram brincadeiras indígenas durante a produção das escritas para o manual de brincadeiras, projeto de escrita do 1º trimestre. As crianças aprenderam brincadeiras de várias comunidades, experimentando e conhecendo a cultura indígena, através da leitura dos livros de Daniel Munduruku e de pesquisas realizadas na escola e
O GAVIÃO E OS PASSARINHOS NÚMERO DE COMPONENTES: A PARTIR DE QUATRO PESSOAS. REGRAS: DESENHAR UMA ÁRVORE GRANDE COM GALHOS, NO CHÃO, COM GIZ. CADA CRIANÇA SERÁ UM PÁSSARO E FICARÁ EM CIMA DE UM GALHO DESENHADO NA ÁRVORE. O GAVIÃO SERÁ UMA CRIANÇA ESCOLHIDA ANTES. ELE VAI DIZER O MOMENTO DE CORRER
INDÍGENAS em casa, em diferentes materiais. Acompanhe algumas das brincadeiras que as turmas aprenderam e têm ensinado, explorando a revista da escola. E se quiser aprender mais, veja o manual completo no site: www.escolaprojeto.g12.br.
Turma 11 Profª Carla
E TODOS DEVEM SAIR DE SEUS GALHOS. A ÁRVORE É O FERROLHO. O GAVIÃO FICA FORA DA ÁRVORE. OS PASSARINHOS FICAM NOS GALHOS DAS ÁRVORES E, AO SINAL, DEVEM CORRER PARA NÃO SEREM PEGOS PELO GAVIÃO. O OBJETIVO É QUE O GAVIÃO PEGUE TODOS OS PÁSSAROS. A ÚLTIMA CRIANÇA A SER PEGA SERÁ O NOVO GAVIÃO. Clique na imagem abaixo e assista ao vídeo da brincadeira.
TURMA 11: Alexandre, Beatriz de Santa Helena, Beatriz de Oliveira, Carlos, Catarina, Henrique, Luiz, Lukas, Miguel e Sofia.
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Turma 12 Profª Andréia
MANGÁ TOBDAÉ
IDADE: A PARTIR DE 4 ANOS. NÚMERO DE COMPONENTES: A PARTIR DE QUATRO PESSOAS. MATERIAIS: 4 PETECAS. REGRAS: COLOCAR AS PETECAS NA LINHA DO MEIO DA QUADRA. CADA TIME PEGA DUAS PETECAS. OS COMPONENTES COMEÇAM A ARREMESSAR AS PETECAS NO OUTRO TIME. O OBJETIVO DO JOGO É ACERTAR OS COMPONENTES DO TIME ADVERSÁRIO COM A PETECA. QUEM FOR ATINGIDO VAI PARA O CANTO DA QUADRA COMBINADO E SENTA NO CHÃO. QUANDO FICAR APENAS UM JOGADOR DE PÉ, ESTE TIME SERÁ O VENCEDOR. Clique na imagem e assista o vídeo desta brincadeira.
TURMA 12: Alexander, Carolina, Elena, Gabriel, Leonardo, Lucas, Marcela, Pedro Gabriel, Pedro Bandeira, Pedro Púa, Pietra, Rafael e Vítor.
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BRINCADEIRA DA ONÇA IDADE: A PARTIR DE 3 ANOS. NÚMEROS DE PESSOAS: SETE PESSOAS OU MAIS. REGRAS: UMA PESSOA VAI SER A ONÇA E OUTRA SER O PECÃ. OS OUTROS COMPONENTES DEVERÃO SENTAR-SE EM UM TREM. O PECÃ VAI AVISAR QUE O ÚLTIMO DO TREM PODE SAIR E A ONÇA VAI TENTAR PEGAR PARA LEVAR ATÉ A CASA DELA. SE ELA NÃO PEGAR, A PESSOA VAI TENTAR IR NO PRIMEIRO LUGAR DO TREM. TERMINA QUANDO TODAS AS PESSOAS FOREM PEGAS. O OBJETIVO DO JOGO É FUGIR DA ONÇA. Clique na imagem e assista ao vídeo da brincadeira.
Turma 13
CABO DE GUERRA
Profª Ana Cristina
NÚMERO DE JOGADORES: NO MÍNIMO DEZ PESSOAS. PREPARAÇÃO: TRAÇAR NO CHÃO UMA LINHA PARA SEPARAR OS TIMES. MATERIAIS: CORDA GRANDE . REGRAS: AS CRIANÇAS SE SEPARAM EM DOIS TIMES E CADA JOGADOR TEM QUE PUXAR A CORDA COM FORÇA PARA O LADO DO SEU TIME. QUANDO O PRIMEIRO JOGADOR DE UM DOS TIMES PUXAR COM FORÇA E PASSAR DA LINHA, O TIME VENCE. Clique na imagem e assista ao vídeo da brincadeira.
PEIXE PACU
TURMA 13: Alice, Antônio Gabriel Santos, Gabriel Covolo, Giulia Lehmkuhl, Giulia Del Rio, Lara, Leo, Lorenzo, Maria Clara, Mariana, Mateus Bandeira, Matheus Ribeiro, Pedro Baraviera e Pedro Frederico.
NÚMERO DE PARTICIPANTES: SEIS OU MAIS. LOCAL: PÁTIO GRANDE OU QUADRA DA ESCOLA. MATERIAS: VARINHA FEITA DE GALHO OU GRAVETO, COM UM CORDÃO DE LÃ NA PONTA. REGRAS: ESCOLHER UMA CRIANÇA PARA SER O PESCADOR E AS OUTRAS VÃO SER OS PEIXES. AS CRIANÇAS QUE SÃO OS PEIXES FAZEM UMA FILA E SAEM CORRENDO. O PESCADOR TEM QUE PEGAR O ÚLTIMO DA FILA COM A VARINHA. QUANDO O ÚLTIMO DA FILA É PEGO, ELE VIRA O PESCADOR. Clique na imagem e assista ao vídeo da brincadeira.
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2º ano Profª Débora e Profª Graça
Pescaria de Recomendações
As turmas do 2º ano dedicaram-se à leitura de livros com a temática indígena, principalmente da obra de Daniel Munduruku, autor convidado para a Feira do Livro da escola.
TÍTULO DO LIVRO:
Foi vovó que disse
AUTOR: DANIEL MUNDURUKU ILUSTRADORA: GRAÇA LIMA EDITORA: EDELBRA
RECOMENDADO POR ANTÔNIA E VALENTINA – TURMA 22 TÍTULO DO LIVRO:
Vó Coruja
AUTOR: DANIEL MUNDURUKU ILUSTRADOR: DANIEL KONDO EDITORA: COMPANHIA DAS LETRINHAS
Para a feira, prepararam o que escolheram chamar de “pescaria de recomendações”, contendo os textos de recomendação que você poderá ler integralmente aqui, na revista da escola. Os livros é que vão fisgar você! Aproveite!
NUMA ALDEIA MORAVA UMA SENHORA INDÍGENA, QUE GOSTAVA DE CONTAR LENDAS PARA O SEU NETO. O NETO ADORAVA AS LENDAS! ELA CONTAVA AS LENDAS DA IARA E DO CURUPIRA, QUE SÃO SERES ENCANTADOS QUE MORAM NOS RIOS E NA FLORESTA. E TEM AS LENDAS DE OUTROS ENCANTADOS TAMBÉM. VOCÊ SABIA QUE ESSAS LENDAS AJUDAM A PENSAR E A IMAGINAR? SE VOCÊ GOSTA DO CURUPIRA, DA IARA E DE OUTROS ENCANTADOS VAI GOSTAR DESTE LIVRO. E, SE VOCÊ JÁ LEU OUTROS LIVROS DO DANIEL MUNDURUKU E GOSTOU, PODERÁ GOSTAR DESTE TAMBÉM. AS ILUSTRAÇÕES DA GRAÇA LIMA SÃO BEM BONITAS E CAPRICHADAS. NÓS ADORAMOS O LIVRO E ESPERAMOS QUE VOCÊ GOSTE TAMBÉM. BOA LEITURA!
O LIVRO É MUITO BONITO! GOSTAMOS DA COBRA TAMBÉM. NO FINAL TEM UMA SURPRESA SOBRE POVOS INDÍGENAS, VOCÊ VAI ADORAR! TEM UMA ILUSTRAÇÃO MUITO LEGAL: O CORPO DO PÁSSARO PARECE FOGO! TEMOS CERTEZA QUE VOCÊ VAI GOSTAR!
RECOMENDADO POR ANTONIO MENEGHELLO E GABRIEL – TURMA 22
TÍTULO DO LIVRO:
O menino e o pardal
AUTOR: DANIEL MUNDURUKU ILUSTRADORA: CECILIA RÉBORA EDITORA: CALLIS RECOMENDADO POR ANTÔNIO OLIVEIRA E CAIO TURMA 22
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O MENINO E O PARDAL SÃO MUITO AMIGOS! O MENINO ANDOU PELO PARQUE E DE REPENTE ACHOU O PARDAL PERDIDO. ELE QUIS LEVAR PARA CASA E A MÃE DO MENINO DISSE QUE ELE PODIA NÃO SOBREVIVER, MAS ELE CONVENCEU ELA E LEVOU O PASSARINHO PARA CASA. AS ILUSTRAÇÕES MOSTRAM O MENINO E O PARDAL BEM DEFINIDOS, COM MUITOS DETALHES. PARA SABER QUEM TEM RAZÃO, SE A MÃE OU O MENINO, SOBRE LEVAR O PARDAL PARA CASA, LEIA O LIVRO!
TÍTULO DO LIVRO:
As serpentes que roubaram a noite
AUTOR: DANIEL MUNDURUKU ILUSTRADORES: CRIANÇAS MUNDURUKU DA ALDEIA KATO EDITORA: PEIRÓPOLIS RECOMENDADO POR CLARA E HENRIQUE – TURMA 22
TÍTULO DO LIVRO:
Foi vovó que disse AUTOR: DANIEL MUNDURUKU ILUSTRADORA: GRAÇA LIMA EDITORA: EDELBRA
RECOMENDADO POR DORA E CATARINA – TURMA 21
TÍTULO DO LIVRO:
O onça
AUTOR: DANIEL MUNDURUKU ILUSTRADORA: INEZ MARTINS EDITORA: CARAMELO RECOMENDADO POR GUILHERME E BIANCA – TURMA 21
TÍTULO DO LIVRO:
O sumiço da noite AUTOR: DANIEL MUNDURUKU ILUSTRADORA: INEZ MARTINS EDITORA: CARAMELO
RECOMENDADO POR MARIA CLAUDIA E MIGUEL – TURMA 21
CACHOEIRAS, FOLHAS, CAÇA, ÍNDIOS, PERAS, COBRAS, FLORESTA, RIO, ÁRVORES, ANIMAIS, FRUTAS... TUDO ISSO SÃO OS ELEMENTOS QUE APARECEM NO LIVRO. A LENDA SOBRE AS MULHERES FOI UMA SURPRESA PORQUE NUNCA PENSAMOS SOBRE ISSO! COM A LENDA DAS SERPENTES DESCOBRIMOS UMA EXPLICAÇÃO DO MOTIVO DE ALGUMAS SERPENTES SEREM VENENOSAS E OUTRAS NÃO. SE VOCÊ GOSTA DE SABER COMO TUDO COMEÇOU É UMA ÓTIMA LEITURA! AS IMAGENS SÃO MUITO CRIATIVAS E NÓS ACHAMOS INTERESSANTE TEREM SIDO FEITAS POR CRIANÇAS COMO NÓS!
O LIVRO CONTA SOBRE A TRADIÇÃO INDÍGENA DE OUVIR OS MAIS VELHOS, PRINCIPALMENTE OS MITOS E LENDAS QUE CONTAM DOS SERES ENCANTADOS: O CURUPIRA, A IARA, O SACI E OUTROS. TEM UMA PARTE DO LIVRO EM QUE AS IMAGENS SÃO BEM INTERESSANTES, ELAS MOSTRAM OS SERES ENCANTADOS DAS LENDAS. O LIVRO COMEÇA COM O MENINO CONTANDO QUE ELE NASCEU NO MEIO DA FLORESTA E SOBRE O LUGAR ONDE ELE VIVIA. VOCÊ GOSTARIA DE SABER MAIS SOBRE ESTE LIVRO QUE CONTA UM POUCO DA TRADIÇÃO INDÍGENA? ENTÃO, LEIA!
O LIVRO CONTA SOBRE DOIS IRMÃOS: UM INVEJOSO E O OUTRO QUE NAMORAVA A MULHER MAIS LINDA DA ALDEIA. UM DIA O IRMÃO INVEJOSO CONVIDOU O OUTRO PARA BUSCAR MEL. E ASSIM FORAM OS DOIS PARA O MEIO DA FLORESTA E ENCONTRARAM UMA ÁRVORE QUE TINHA MEL. O OUTRO PEGOU BAMBU E FEZ UMA ESCADA E SUBIU PARA BUSCAR MEL. O INVEJOSO FICOU LÁ EMBAIXO, TIROU A ESCADA, FOI EMBORA E DEIXOU O OUTRO LÁ EM CIMA, SOZINHO. O QUE SERÁ QUE ACONTECEU DEPOIS? VOCÊ QUER SABER? LEIA O LIVRO QUE VOCÊ VAI GOSTAR!
A NOITE SUMIU NA ALDEIA. KARU KARU MORAVA NELA E FOI ESCOLHIDO PARA IR PARA A PARTE MAIS ESCURA DA FLORESTA PARA PROCURÁ-LA. UM INDÍGENA DE SUA TRIBO DISSE QUE OUVIU CONVERSAS QUE VINHAM DA MATA QUE DIZIAM QUE A COBRA SURUCUCU ESTAVA COM A NOITE. KARU KARU FICOU PREOCUPADO SE IRIA CONSEGUIR ENCONTRÁ-LA, MAS FOI PARA A FLORESTA. SE VOCÊ QUER SABER O QUE ACONTECE COM KARU KARU, SE ELE ENCONTRA A SURUCUCU E SE ELE CONSEGUE RECUPERAR A NOITE, LEIA O LIVRO O SUMIÇO DA NOITE, VOCÊ VAI GOSTAR!
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TÍTULO DO LIVRO:
Karú Tarú - O pequeno pajé
AUTOR: DANIEL MUNDURUKU ILUSTRADORA: MARILDA CASTANHA EDITORA: EDELBRA RECOMENDADO POR MANUELA E MATIAS – TURMA 21
KARU, KAXI, BEMPÔ, TONHO E BIÕ, ERAM CINCO MENINOS INDÍGENAS QUE SE PERDERAM NA FLORESTA E NEM SABIAM O QUE ESTAVA POR TRÁS DISSO. A HISTÓRIA É MUITO BOA PORQUE TEM AVENTURA E MISTÉRIO. O QUE VOCÊ ACHA QUE VAI ACONTECER? LEMBRARÃO O QUE ESTAVAM FAZENDO E O CAMINHO DE VOLTA? VOLTARÃO A MORAR EM SUAS CASAS? AS ILUSTRAÇÕES SÃO BONITAS E LEMBRAM AS DO LIVRO O SUMIÇO DA NOITE. SE VOCÊ CONHECEU ESSA HISTÓRIA E GOSTOU, VAI GOSTAR DESTA TAMBÉM.
TÍTULO DO LIVRO:
Caçadores de aventuras
AUTOR: DANIEL MUNDURUKU ILUSTRADORA: INEZ MARTINS EDITORA: CARAMELO
RECOMENDADO POR MARIA ANTÔNIA E RAFAEL – TURMA 22
TÍTULO DO LIVRO:
Sabedoria das águas
AUTOR: DANIEL MUNDURUKU ILUSTRADORA: FERNANDO VILELA EDITORA: GLOBAL RECOMENDADO POR HENRIQUE E JOAQUIM - TURMA 21
TÍTULO DO LIVRO:
NESTE LIVRO O NOSSO HERÓI KORU OBERVAVA TODOS OS DIAS O RIO TAPAJÓS E FICAVA SE FAZENDO PERGUNTAS, PORQUE PENSAVA QUE O RIO PUDESSE TER RESPOSTAS SOBRE A VIDA DELE E DE SEUS ANTEPASSADOS. AS PESSOAS ACHAVAM QUE ELE ESTAVA LOUCO DE QUERER RESPOSTAS DE UM RIO! MAS SUA ESPOSA MAÍRA ACREDITAVA NELE E PARA DESCOBRIR OS MISTÉRIOS DAS ÁGUA, OS DOIS RESOLVERAM PEGAR UM BARCO E IR EM BUSCA DAS RESPOSTAS DE KORU. O QUE SERÁ QUE ACONTECE COM ELES? SERÁ QUE CONSEGUEM ENCONTRAR AS RESPOSTAS QUE KORU QUERIA TANTO SABER? SERÁ QUE O RIO VAI CONSEGUIR RESPONDER? LEIA A HISTÓRIA PARA DESCOBRIR!
O homem que roubava horas
AUTOR: DANIEL MUNDURUKU ILUSTRADORA: JANAINA TOKITAKA EDITORA: BRINQUE-BOOK RECOMENDADO POR JULIA E GIULIA – TURMA 21
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ESTE LIVRO CONTA SOBRE UM MENINO CHAMADO KARÚ TARÚ QUE FOI PROMETIDO PARA SER PAJÉ QUANDO NASCEU. O PAJÉ DA SUA ALDEIA VIU EM SONHO QUE ELE TINHA ESTE DOM. KARÚ TARÚ, NO INÍCIO, QUERIA SER UM MENINO COMUM, MAS ELE FOI ESCOLHIDO E PRECISAVA CUMPRIR O QUE SEU PAJÉ HAVIA VISTO NO SONHO. ELE VAI PASSAR POR ALGUNS MOMENTOS IMPORTANTES PARA PODER SER UM PAJÉ, LEIA A HISTÓRIA PARA SABER QUE MOMENTOS SÃO ESSES!
O LIVRO CONTA SOBRE UM HOMEM QUE MORAVA NA RUA. ELE TINHA UMA FAMÍLIA DE CACHORROS, PORQUE ERA SOZINHO. AS PESSOAS FICAVAM SEM JEITO OU COM MEDO DE CHEGAR PERTO DELE. O HOMEM TEVE A IDEIA DE ROUBAR AS HORAS DAS PESSOAS PARA CHAMAR A ATENÇÃO DELAS. MAS COMO SERÁ QUE ELE FAZIA ISSO? LEIA O LIVRO PARA DESVENDAR ESSE MISTÉRIO.
TÍTULO DO LIVRO:
Kabá Darebu
AUTOR: DANIEL MUNDURUKU ILUSTRADORA: MARIE-THÉRÈSE KOWALCZYK EDITORA: BRINQUE-BOOK
ESTA HISTÓRIA É CONTADA POR UM MENINO QUE SE CHAMA KABÁ DAREBU. ELE TEM SETE ANOS E CONTA UM POUCO DE COMO É A CULTURA MUNDURUKU. NO LIVRO TAMBÉM TEM IMAGENS DE ALIMENTOS E ANIMAIS QUE ELES COMEM, ATÉ MESMO DOS BICHOS DE ESTIMAÇÃO. É UMA CULTURA INTERESSANTE E DIVERTIDA, VOCÊ VAI GOSTAR. LEIA!
RECOMENDADO POR INÁCIO E OLÍVIA – TURMA 21
TÍTULO DO LIVRO:
O sumiço da noite AUTOR: DANIEL MUNDURUKU ILUSTRADORA: INEZ MARTINS EDITORA: CARAMELO
RECOMENDADO POR PEDRO E SANTIAGO – TURMA 22
TÍTULO DO LIVRO:
Você lembra, pai?
AUTOR: DANIEL MUNDURUKU ILUSTRADORA: ROGÉRIO BORGES EDITORA: GLOBAL
O LIVRO É MUITO BOM! DANIEL MUNDURUKU CONTA SOBRE O MITO DO DIA E DA NOITE E DE COMO SURGIRAM AS COBRAS VENENOSAS E NÃO VENENOSAS. VOCÊ VAI SE SURPREENDER COM AS NOVIDADESS QUE O LIVRO TRAZ E VAI DESCOBRIR EM DETALHES COMO ALGUMAS COBRAS GANHARAM VENENO. TAMBÉM FALA SOBRE UM ÍNDIO QUE SE CHAMA KARU KARU, QUE VIVE VÁRIAS AVENTURAS E TEM A MISSÃO DE FAZER A NOITE APARECER! VOCÊ ACHA QUE ELE VAI CONSEGUIR? SÓ LENDO VAI DESCOBRIR VENDO AS ILUSTRAÇÕES, VOCÊ VAI TER UMA IDEIA DE COMO ERA A ALDEIA, A FLORESTA E OS ÍNDIOS.
O LIVRO VOCÊ LEMBRA, PAI? É UMA HOMENAGEM QUE DANIEL MUNDURUKU FEZ PARA O SEU PAI. DURANTE TODO O LIVRO ELE FAZ PERGUNTAS PARA O PAI, DOS MOMENTOS EM QUE ELES VIVERAM JUNTOS. COMO SE DANIEL ESTIVESSE CONVERSANDO E LEMBRANDO DO QUE O PAI DIZIA PARA ELE. UMA DAS PERGUNTAS É ESTA: VOCÊ LEMBRA PAI, QUE EU GOSTAVA MUITO DE CHUPAR MANGA NO PÉ? E DEPOIS ELE CONTA QUANDO ESTAVAM CONVERSANDO, EMBAIXO DE UMA VELHA MANGUEIRA. LEIA O LIVRO PARA SABER MAIS PERGUNTAS E MAIS DOS MOMENTOS QUE ELES VIVERAM JUNTOS.
RECOMENDADO POR ROSA E NÍCOLAS - TURMA 21
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TÍTULO DO LIVRO:
O menino e o pardal
AUTOR: DANIEL MUNDURUKU ILUSTRADORA: CECÍLIA RÉBORA EDITORA: CALLIS
RECOMENDADO POR RECOMENDAÇÃO COLETIVA - TURMA 21
TÍTULO DO LIVRO:
Caçadores de aventuras
AUTOR: DANIEL MUNDURUKU ILUSTRADORA: INEZ MARTINS EDITORA: CARAMELO
RECOMENDADO POR RECOMENDAÇÃO COLETIVA - TURMA 22
O LIVRO O MENINO E O PARDAL CONTA A HISTÓRIA DE UM MENINO QUE ENCONTROU UM PASSARINHO SOZINHO EMBAIXO DE UMA ÁRVORE E RESOLVEU LEVAR ELE PARA CASA. O MENINO ALIMENTOU E CUIDOU DO PASSARINHO. ELES FICARAM MUITO AMIGOS! AS ILUSTRAÇÕES DESTE LIVRO SÃO BONITAS E COLORIDAS. DEPOIS QUE O MENINO CUIDOU E ALIMENTOU O PÁSSARO, ACONTECEU UM PROBLEMA QUE DEIXOU ELE MUITO TRISTE. O MENINO CHOROU E CONVERSOU COM SUA MÃE. VOCÊ QUER SABER QUE PROBLEMA FOI ESSE? E SE NO FINAL DA HISTÓRIA O PROBLEMA SE RESOLVEU? LEIA O LIVRO PARA DESCOBRIR O QUE ACONTECEU COM O MENINO E O PÁSSARO!
VOCÊ JÁ IMAGINOU COMO SÃO AS AVENTURAS DOS MENINOS INDÍGENAS? É UMA HISTÓRIA DE AVENTURAS NUMA FLORESTA. UM GRUPO DE AMIGOS INDÍGENAS: KARU, KAXI, BIÕ, TONHÕ E BEMPÔ FORAM MONTAR UMA CASA NA ÁRVORE E SE PERDERAM. O QUE VAI ACONTECER? ACHARÃO SUA ALDEIA? O QUE VOCÊ ACHA? NÓS, DA TURMA 22, QUE LEMOS OS LIVROS DE DANIEL MUNDURUKU, QUEREMOS QUE VOCÊ TAMBÉM LEIA PORQUE É UMA HISTÓRIA QUE NOS INSPIROU PARA NOVAS AVENTURAS. AS ILUSTRAÇÕES SÃO DE NATUREZA E BEM BONITAS. NA CAPA, APARECEM OS CINCO PERSONAGENS MIRANDO EM DIREÇÃO AO CÉU COM SEUS ARCOS E FLECHAS. SÃO TÃO BONITAS QUE AJUDAM A MELHORAR A IMAGINAÇÃO SOBRE A HISTÓRIA. BOA LEITURA!
TURMA 21: Bianca, Catarina, Dora, Giulia, Guilherme, Henrique, Inácio, Joaquim, Julia, Manuela, Maria Claudia, Matias, Miguel, Nícolas, Olivia e Rosa TURMA 22: Antônia, Antonio Meneghello, Antônio de Oliveira, Caio, Clara, Gabriel, Henrique, Maria Antônia, Pedro, Rafael, Santiago e Valentina.
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3º ano Profª Vanessa e profª Jéssica
Daniel é um escritor, mas não só isso. Ele é da etnia Munduruku. Nasceu em Belém do Pará, em 1964. Quando era criança não gostava de ser índio, porque os colegas achavam que seu povo era preguiçoso e traiçoeiro. É graduado em Filosofia, História e Psicologia, e doutor em Educação pela USP (Universidade de São Paulo). Atualmente faz Pós-doutorado em Literatura na Universidade Federal de São Carlos. Publicou mais de 50 livros desde que iniciou sua carreira como escritor em 1996. Recebeu muitos prêmios e entre eles o Prêmio Jabuti. É membro fundador da Academia de Letras de Lorena. Já atuou em cinema e em comerciais de TV, e também atuou como educador social de rua. Tem três filhos: Gabriela, Lucas e Beatriz. Foi professor por dez anos. Esteve em vários países da Europa participando de conferências e ministrando oficinas culturais para crianças. Escreveu a história do livro Meu avô Apolinário inspirado por dois grandes amigos: José Sebastião e Dirce Akamine, que conhecem culturas do mundo todo. Mudou-se para São Paulo para mostrar a beleza dos indígenas às pessoas da cidade, convencido pelo avô, através das antigas histórias de seu povo. Estudamos sobre ele aqui na Projeto com interesse. Aprendemos que cada um
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tem o seu trabalho, por exemplo: os índios têm o trabalho de construir casas, caçar, pescar, cuidar das crianças. As crianças brincam aprendendo e aprendem brincando na aldeia. Com as pessoas da cidade é quase a mesma coisa: elas vão ao mercado, ao trabalho, levar os filhos na escola e ensiná-los. Vimos que cada povo tem o seu costume! Leia aqui a entrevista realizada pelas turmas de 3º ano, via Skype, e descubra mais coisas sobre Daniel Munduruku. 1) Como é ser um indígena morando em uma cidade como São Paulo? Moro em Lorena, uma cidade do interior de São Paulo. Isso foi uma escolha minha, pois assim não é tão diferente de onde morava. Sempre é difícil para o indígena, fico sem orientação. Gosto de São Paulo por causa das opções de trabalho e lazer e me acostumei, mas ainda tenho medo. Tinha vontade de voltar para minha casa na floresta, mas tenho que conviver. Alguns parentes vêm me visitar, mas acabam ficando doentes. Eu tinha 20 ou 23 anos quando vim para cá. 2) Existem outros povos indígenas no Pará? Como é a relação entre esses povos? Existem mais de 60 povos indígenas. Alguns são bem próximos, outros mais distantes. Antigamente houve brigas, mas hoje em dia todos vivem bem, são parentes e se respeitam. Mesmo que exista diversidade de línguas, se comunicam com o português. As crianças aprendem o português. 3) Por que você gosta tanto de ler? Quais seus livros preferidos? O primeiro grande livro é o da natureza, para sobreviver. Quem me motivou a ler foi uma aranha, que ficava na biblioteca da escola, perto do livro O Pequeno Príncipe. Descobri que a leitura ajuda a conhecer e a conviver no mundo. 4) Quando você decidiu ser escritor? Nunca achei que queria ser escritor, pois não tinha certeza e nem fazia ideia que era possível. Achava que escritores eram sempre velhos ou estavam mortos. Fiz uma promessa para o meu avô: levar e transmitir o conhecimento dos indígenas. Eu escolhi ser professor, para ter a palavra como comunicação. Percebi que podia contar as histórias. Após escrever os primeiros livros, achei que era de fato um escritor. Foi um processo. 5) Você conhece outros indígenas que são escritores? Tem algum que você nos indica?
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Hoje existem cerca de 35 escritores indígenas no Brasil, a maioria publica para crianças e jovens, poesia, e para as universidades. Edison Kaiapó (professor da Universidade da Bahia), Roni Wasiry Guará (Maraguá), Yaguarê Yamã (Maraguá), Carlos Tiago (Saterê-Mawé), Graça Graúna (Potiguara), Cristino Wapichana, Luiz Carlos Karai, entre outros. 6) Qual a cerimônia mais importante de seu povo? São rituais, não cerimônias, e acontecem a cada troca das estações do ano, no tempo de plantio ou colheita, no tempo de parar de caçar, quando os animais estão em reprodução e quando pedimos algo aos deuses. Também existem rituais de maioridade, de morte, para enterrar os mortos (pessoas importantes), casamentos, nascimento e preparação dos jovens. 7) Você visita a aldeia da sua tribo com frequência? Não usamos mais a palavra tribo, pois não define quem somos, pois tribo significa pedaços de povos. Não somos pedaços, somos povos inteiros. Faz tempo que não os visito, mas existem outros Munduruku pelo Brasil, em outros lugares do país, em outras comunidades também. Essa é a forma de recuperar as energias. Em São Paulo tem a aldeia Guarani, que visito com frequência. 8) Conte para nós como era a sua escola? Não tinham prédios, era mais livre, não tinham cadeiras, nem paredes. Os avôs e os pais eram os professores. Eles contavam histórias, faziam brincadeiras e assim nós aprendíamos. Ao ouvir histórias íamos treinando os sentidos, que me levaram a entender e conhecer a natureza. Depois fui à escola formal, e estranhei bastante. Na aldeia todos educavam, todos faziam parte do processo de aprendizado. 9) Que recado você gostaria de deixar para os pariwat? Que os pariwat não esqueçam que todos fazem parte de uma grande teia do universo. A natureza é nossa, mas também somos parte da natureza. Quando nos sentimos donos, queremos pegar, quando nos sentimos parte, queremos cuidar. Nossos alimentos vêm da natureza, se acabar, o que vai sobrar para nós? Estamos destruindo e matando. Temos que cuidar do planeta. 10) Ao lermos o livro “Vó coruja”, vimos que é uma história que contém várias outras. Essas histórias, sua avó contou para você? Quais sentimentos você teve ao escrever esse livro? As histórias não são minhas, mas eu que reconto. Elas
são passadas de geração para geração. Ouvi histórias de outros povos, estudei sobre elas e então as recontei. Nesse livro, criei um contexto para recontá-las, que era a festa com a vó. Gosto de recontar essas histórias. Elas servem para aproximar as pessoas dos povos indígenas, ensinar, divertir e explicar como se comportar na natureza. 11) Gostaríamos de saber se é verdade que tudo que acontece no livro Você lembra, pai? aconteceu com você? O que você acha do relacionamento de antigamente entre as crianças da aldeia e seus familiares? Você acha que mudou algo, comparado com hoje em dia? Mudaram sim, as relações entre pai e filho. Antigamente não tinha energia elétrica, por isso que as pessoas tinham mais possibilidades de ficarem próximas. Tínhamos que usar a criatividade e a esperteza. Hoje em dia tudo vem pronto da TV e as pessoas têm acesso a computadores e internet. Cresci sem conhecer muito da vida da cidade. No livro não ocorre como aconteceu na realidade porque escrevo ficção de forma literária, ou seja, diferente do que aconteceu, mas de uma forma que deixa as pessoas interessadas. Não é exatamente como ocorreu porque não é uma autobiografia. 12) Lemos muitas de suas histórias e nós ficamos em dúvida se elas eram reais. Gostaríamos de saber quem as contou
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para você, se você viveu essas histórias ou pesquisou? Foram cinquenta livros escritos. Os livros escritos são de ficção. As histórias aconteceram quase como foram contadas, mas com partes inventadas, mas que não são mentiras, são criações. 13) Lemos no livro Histórias de índio sobre uma conversa entre duas senhoras, discutindo se você era ou não era índio. Como você se sente quando as pessoas ficam olhando de um jeito diferente e ficam falando sobre suas características? A nossa turma conversou sobre isso e chegamos à conclusão que uma pessoa pode ser índio por dentro e não só por fora. Eu não gostava de ser índio e que me chamassem de índio quando era criança porque diziam que índios eram traiçoeiros e porque eu sabia o que aquelas pessoas queriam dizer. Eles queriam debochar, era de forma pejorativa, faziam bullying. Eu até lutava. Fui crescendo e aprendendo com a literatura. Depois, comecei a fazer as pessoas pensarem sobre como são os índios, escrevendo livros sobre nós para mostrar como somos de verdade. Todos têm diferenças, mas não quer dizer que um seja melhor do que o outro. Não importa se é índio, branco, negro, pardo, pobre ou rico. Temos que respeitar as pessoas.
rias, nós descobrimos qual é o índio real. Para você, qual a importância de mostrar a cultura indígena para o Brasil? Não tem importância a cor da pele, o que importa é o que tem dentro. Todas as peles são bonitas. Ser índio é ter seus costumes e as pessoas da cidade só têm costumes diferentes. Os índios acham estranhos os costumes da cidade, são diferentes dos seus. Vocês estão num bom caminho por não pensar em imagens prontas sobre os indígenas. Se vocês chegaram a isso, é um bom sinal de que as coisas podem mudar porque reconhecer a diferença do outro é importante para respeitá-lo e conviver com ele. Devemos crescer aceitando o jeito do outro porque todos têm suas características e coisas boas e ruins existem em qualquer lugar.
14) No começo do ano tínhamos uma outra imagem sobre os indígenas e, agora, através das suas histó-
15) Foi fácil lidar com as diferenças de costumes e linguagens entre os indígenas e os não-indígenas? Nunca é fácil lidar com as diferenças e elas são chamadas assim porque não somos iguais. O que nos torna seres humanos é conviver com essas diferenças. Para o indígena é difícil entender sobre caixas (prédio, carros, rádios, TV). Na maioria das escolas nas cidades, os alunos sentam um atrás do outro, ficam olhando os piolhos dos outros. O índio pensa de forma circular, sentamos em roda, criamos um ambiente melhor, de harmonia, porque todos são iguais. Eles nos acham esquisitos e vice-versa. Sentar com “pernas de índio” é uma forma de se organizar e respeitar o jeito do outro de sentar e ser.
TURMA 31: Antonella, Carlos Alberto, Elisa, Felipe, Francisco, Gabriel, Isabela, Joana, Leonardo, Luana, Luiza, Maria Eduarda, Nina, Pedro Gabriel, Rafael, Rodrigo Farias, Rodrigo Pellanda, Samy e Victória.
TURMA 32: Alice Fin, Alice Barth, Amanda, Ana Cecília, Bibiana, Gabriel, Guilherme Cunha, Guilherme Moreira, Laura, Manuela, Maria Clara, Mariana, Matheus, Nicolas, Pedro Grillo, Pedro Berleze, Pedro Samir e Valentina.
Projeto Tampinha Legal (apoio à Associação Comunitária Campo da Tuca) coleta de tampas de plástico de todos os tipos e tamanhos. Ajude na arrecadação desse material. Um modo de reduzir o impacto da produção de resíduos para o meio ambiente e ampliar a possibilidade desses resíduos reverterem em aumento de recursos para entidades assistenciais.
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4º ano
O que você sabe sobre as
Profª Caliana, Profª Jaqueline e Profª Márcia
“Coisas de Índio”?
As turmas de 4º ano aproveitaram o estudo da obra do autor convidado Daniel Munduruku para compartilhar suas descobertas sobre os hábitos da cultura indígena, aprendidos durante a leitura do livro Coisas de Índio, Ed. Callis. Cada turma escolheu alguns temas, registrou e elaborou um material ilustrativo e informativo sobre: moradia, casamento, chefia, relação das crianças e educação, cultura material e arte, economia, instrumentos musicais, jogos, medicina, mitos, morte, música e dança, ritos de passagem, tecnologia, terra e natureza, trabalho e xamanismo.
Arte
Não há muita diferença entre arte e objetos que os indígenas usam para o uso diário. Fazem cerâmica, cestos, redes e panos, esteiras e armas, que fazem parte da sua cultura e mostram traços de coloridos e padronagens. Nessas produções, sempre aproveitam ao máximo o que a natureza oferece.
Crianças e educação
Nas comunidades indígenas, as crianças são tratadas de maneira bem afetuosa, ficam sempre junto de sua mãe e são carregadas no colo, em cestas ou tipoias. À medida em que crescem, os adultos pedem a elas pequenas tarefas. As crianças são sempre ouvidas e vão conhecendo os costumes do seu povo na convivência com as outras pessoas da aldeia, especialmente os mais velhos.
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Ritos de passagem
São momentos importantes na vida de um indígena, pois determinam o papel de cada um na comunidade. Às vezes, o ritual pode ser dolorido, como ficar separado do convívio social ou furar o lóbulo das orelhas. Eles também marcam as fases da vida, desde a infância até a idade adulta. Alguns ritos de passagem foram sendo abandonados gradualmente em função do contato com outras culturas.
Língua
Por muito tempo achava-se que os indígenas falavam somente uma língua, o tupi. Mas isso não é verdade. No Brasil, são faladas aproximadamente 180 línguas por esses nativos. Alguns povos também falam o português.
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Direitos dos índios
Muitos invadem o território dos índios para explorar minérios, extrair madeiras, o que deixa a natureza mais pobre. Milhares de indígenas já foram mortos, perseguidos ou maltratados por defenderem seus direitos. Ainda hoje as organizações indígenas lutam para que seus direitos sejam respeitados, afinal de contas eles são realmente os donos da terra e sobrevivem dela, vivendo em harmonia com a natureza.
Aldeia
Aldeia é o conjunto de casas dos índios. O número de casas varia de acordo com o povo. Há três tipos de aldeias: a circular, a retangular e linear. Em todas elas há um espaço central, importante para a celebração dos rituais e festas.
Turma 41 – Adriano, Anita, Antônia, Antonio, Arthur, Enzo, Isabela L., Isabela A., Letícia, Lucinda, Marco Antônio, Maria Clara, Pedro L., Pedro K., Rafaela e Tiago.
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CASAS
Nas diferentes aldeias, há diferentes casas. Algumas são pequenas e outras são grandes. Algumas delas servem para rituais, festas ou para guardar coisas. Os indígenas respeitam muito a propriedade dos outros, nunca pegam nada sem autorização do dono. Para alguns povos indígenas, como os Munduruku, a casa é comandada pela mulher e construída pelos homens. Tudo de uso específico doméstico, como panelas e redes, fica dentro da casa, e alguns objetos usados para caça também. O fogo é responsabilidade da mulher, que acende a fogueira dentro de casa e deve mantê-la acesa a noite toda. Nas casas, pode morar uma família (pai, mãe e filhos) ou outros familiares, como sogros, tios e avós. Já o povo Yanomami constrói uma casa-aldeia, onde normalmente moram entre 65 e 85 pessoas. As casas são normalmente muito confortáveis e ventiladas, com uma iluminação ótima. São construídas para refrescar durante o dia e aquecer à noite. Os indígenas costumam construir as casas usando cipó e caibro para fazer a sustentação e, para cobrir, usam palhas de árvores como a palmeira e o açaizeiro.
CHEFIA
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Quem detém o poder nas sociedades indígenas? Como são tomadas as decisões? Quem será que é o chefe? Bom, é sobre isso que vamos contar. Para ser chefe, é preciso ter algumas qualidades: ser respeitado; desenvolver as qualidades masculinas valorizadas na sociedade indígena; conhecer a história e as tradições do povo e saber narrá-las; saber falar em público e convencer as pessoas de suas ideias; trabalhar, dar exemplo e ser generoso. Se alguém pretende ser chefe tem que saber fazer “amarrações” políticas dentro de seu grupo ou de sua família. Não basta ser filho do chefe para tornar-se um. O chefe nunca age sozinho, ele é o líder de um grupo. Se suas decisões não agradarem a todos, ele pode ficar sozinho e perder todo seu poder. E pior, não conseguir controlar a violência que pode surgir entre os grupos inimigos de uma mesma aldeia. Entre alguns povos, como os que habitam a região do nordeste, a chefia é exercida de forma coletiva por um conselho liderado por um “cacique”. E se uma pessoa não respeitar as regras sociais, o que acontece com ela? Não cabe ao chefe castigá-la, a punição é dada pela família que se sentiu ofendida. O chefe não resolve nada sozinho, quando acontece algo, ele convoca uma assembleia da aldeia ou o conselho dos anciãos para discutirem o problema e encontrarem uma solução que agrade a todos ou à maioria.
MEDICINA INDÍGENA
A medicina indígena retira seus remédios da natureza. Por exemplo, quando alguém se machuca, é usada uma planta medicinal para limpar e cicatrizar o machucado. Todos na comunidade conhecem como cada planta é usada. Os indígenas acreditam que a doença é um espírito ruim que entrou dentro do corpo da pessoa e que cada planta tem um espírito protetor. Quando a doença é grave, além das plantas, o xamã é convocado. Ele é a pessoa da aldeia que conhece todas as plantas e espíritos. Alguns povos indígenas usam banhos quentes para não infeccionar o machucado e banhos frios para relaxar o corpo do doente. Algumas frutas também são usadas, como o abacaxi e o limão, por exemplo.
ALIMENTAÇÃO
A alimentação dos povos indígenas é composta por alimentos retirados da natureza, como carne de caça, raízes e frutas. Alguns alimentos são bem diferentes daqueles que conhecemos na nossa rotina, como cupuaçu, bacuri, taperebá e bacaba. Há comidas que os índios comem que nós também comemos, como, por exemplo, o mamão, o açaí, o milho, a melancia, a mandioca e o amendoim, ou seja, um hábito que herdamos deles. A mandioca e o milho são alimentos importantes para as comunidades indígenas. Os índios conhecem muitas espécies de mandioca. Os europeus conheceram o milho aqui na América, com os povos nativos. Hoje, no Brasil, o milho é muito usado no preparo de farinhas e também para fazer pipoca.
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MÚSICA E DANÇA
A música e a dança são muito especiais para os indígenas, porque eles acreditam que, quando dançam, invocam os espíritos bons da natureza e espantam os maus espíritos. Os índios dançam e cantam quando têm um motivo especial, ou para ficarem felizes e continuarem unidos. Eles também acreditam que os espíritos falam com os vivos através da música. Para o povo Munduruku e Xavante a música, muitas vezes, é criada através de sonho. Nas cerimônias ao redor da fogueira, as músicas têm um papel fundamental. Ela alegra e compartilha os ensinamentos.
BRINCADEIRAS INDÍGENAS
A cultura indígena valoriza as brincadeiras infantis e mostra nelas a sua relação tão próxima com a natureza. Macaco: brincadeira de imitar macaco. Caçador: meninos imitam adultos brincando de caçar. Primeiro os meninos se dividem em dois grupos, um será a caça e os outros serão os caçadores. Depois, as caças se escondem e os caçadores procuram. Quando todos os caçadores encontrarem a sua caça, eles trocam, os caçadores serão a caça e a caça será o caçador. Datist’wape: também conhecida como “briga de galo”. Nela, as crianças brincam na água, sobem umas nas outras e têm que derrubar o time adversário. Boneca: as bonecas dos povos indígenas são feitas de sabugo de milho e são usadas geralmente por meninas. Futebol: a brincadeira clássica, em que o objetivo é fazer o maior número de gols, é bem parecida para os povos indígenas. As únicas coisas que se destacam é que eles usam a natureza a seu favor, as goleiras são de árvores, a bola é de seiva de árvore ou de palha.
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Turma 42 - Adriano B., Artur B., Artur R., Camila, Cecília, Henrique, Isadora, Joana, Júlia, Luisa, Maria Antônia, Natália, Pedro, Tiago e Ulisses.
Economia
Na cultura indígena, os afazeres de homens e mulheres são bem determinados. As mulheres cuidam das tarefas da casa e da comida, preparando alimento, a colheita e a farinha. Cuidam das crianças e também produzem redes e artesanatos. Os homens ficam com a caça, a pesca e a defesa da aldeia de qualquer perigo. É deles também a responsabilidade de preparar a terra para o plantio.
Casamento
O casamento para os povos indígenas costuma ser arranjado, por ser escolhido mais pelas famílias do que pelos próprios noivos. O namoro como conhecemos quase não existe. Jovens se casam rápido e em geral, os homens costumam ser mais velhos que as moças. As famílias pertencem a clãs diferentes e complementam-se.
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Morte
Os povos indígenas creem que a morte é um rito de passagem. Cada cultura prepara esse rito de uma forma diferente. Os Tapirapé têm costume de enterrar seus mortos dentro de casa, grande parte das vezes juntos com seus pertences mais queridos. Já os Tronco Macro-Jê acreditam que há uma aldeia especial para onde vão os mortos, um lugar cheio de harmonia e alimentos. Entre os Guarani é costume enterrar seus mortos em cemitérios mais distantes da aldeia. Eles acreditam que cada bebê que nasce é um velho que reencarna. Em alguns povos é comum que parentes diretos cortem seus cabelos em sinal de luto.
Trabalho
Todos os indígenas trabalham em equipe e, nas aldeias, o trabalho é muito coletivo, todos participam e são importantes. Os homens geralmente caçam o alimento, protegem a aldeia e tomam as decisões políticas. Enquanto as mulheres cuidam das crianças e preparam os alimentos, além de fazerem artes típicas de cada povo (como cestos, esculturas, cerâmicas...).
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Histórias
Para os povos indígenas as histórias são um meio de comunicação e uma fonte de ensinamentos. Em geral reúnem-se em roda, ao redor de uma fogueira, na qual todos escutam os mais velhos. As histórias servem para afastar os maus espíritos, para ensinar comportamentos adequados e para perpetuar os elementos da cultura desse povo.
Instrumentos musicais
Para os povos indígenas os instrumentos musicais são sagrados. Servem para se comunicar com o mundo espiritual e também com as pessoas. Confeccionar instrumentos significa desenvolver um meio de alcançar um objetivo. A música é bastante valorizada pelos povos, especialmente nas cerimônias e ocasiões importantes.
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Terra e conhecimentos da Natureza
Os povos indígenas tem um profundo respeito pela natureza, pois é dela que retiram tudo pra viver. Acreditam nos espíritos que vivem na floresta e que regem o universo. Para transmitir de geração em geração seus ensinamentos, ele fazem uso de muitas histórias.
Turma 43 – Ameli, Ana Luísa, Ananda, Bruno, Cristian, Eduardo, Gabriela, Gustavo, Helena, Leonardo, Lorenzo, Manuela, Marcelo, Maria Clara, Olívia, Pedro e Vitória.
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Linha de Tempo:
5º ano Profª Ana Carolina e Profª Raquel
História dos Guarani no RS
12.000 anos atrás
As teorias sobre a chegada e os primeiros habitantes Pesquisas científicas baseadas em fósseis afirmam que os primeiros habitantes do Rio Grande do Sul chegaram há doze mil anos atrás. Existem algumas hipóteses de
como se deu essa chegada: 1. Hipótese Asiática: migração pelo Estreito de Bering congelado, durante a era Glacial ou navegação pela costa. 2. Hipótese Asiático-Australiana: migrações em embarcações em mar aberto, através do Oceano Pacífico. 3. Hipótese Europeia: migrações transatlânticas mais recentes. 4. Autóctones: originaram-se no continente. 5. Vindos de Atlântida, a ilha perdida.
1.500
Choque de culturas
Os portugueses e espanhóis chegaram ao Brasil e encontraram um continente já habitado. Os indígenas andavam nus ou seminus, sem os traços de civilização moderna que os europeus estavam acostumados. Apesar de existirem diferentes povos indígenas, enxergavam a todos como iguais, sem considerar as diferenças culturais e particularidades de cada povo. A animação1 ao lado mostra sobre isso:
2.000 anos atrás Primeiros habitantes
Era uma população coletora. Não plantavam, comiam aquilo que caçavam e colhiam da natureza. Eram nômades e trocavam de lugar conforme a disponibilidade de alimentos. Usavam pele e couro de animais para fazerem suas roupas. Em alguns lugares, foram encontradas urnas funerárias com oferendas, o que nos leva a crer que eles tinham rituais e crenças sobre a morte. Suas moradias eram feitas de barro, pedras, palhas, dependendo do clima do ambiente. Através de algumas pinturas encontradas em cavernas, se pode saber um pouco desses povos que viveram há tanto tempo. Eles deram origem aos indígenas que viviam aqui quando chegaram os portugueses e espanhóis. Há dois mil anos, registram-se os primeiros indícios do povo Guarani no Rio Grande do Sul.
em 1.682
A vida nas Missões Os jesuítas chegaram ao Brasil e, de 1682 a 1701, fundaram no Rio Grande do Sul o que ficou conhecido como Os Sete Povos das Missões. Foram enviados para auxiliar no processo de colonização e na conquista de terras, catequizando3 os índios, sem necessidade de usar a força física. Cada Missão possuía uma estância, onde os indígenas criavam gado e ervais, onde se plantava erva-mate. Eles também plantavam milho, mandioca, batata-doce, feijão, abóbora e algodão usado para fazer roupas. As
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Já os nativos, imaginaram que os europeus vinham ou de uma terra sagrada, ou para a guerra, pois nunca haviam visto uma canoa daquele tamanho. Imagina-se que pegaram seus arcos e flechas e se prepararam para o encontro com o desconhecido. Essas aproximações entre europeus e indígenas devem ter acontecido de diferentes maneiras. É possível que os europeus tenham sido recebidos com presentes sem valor no mercado, porém de grande valor para os indígenas. O que se sabe é que nem todos os encontros2 foram pacíficos: diversas vezes os nativos foram massacrados em batalhas injustas – mosquetes e canhões contra lanças e flechas. Os nativos também resistiram em algumas situações, pois precisavam defender seu território. O Primeira Missa no Brasil, 1860 - Victor Meirelles (1832 – 1903) Brasil, como conhecemos, começou a ser desenhado a partir desses encontros. O processo de colonização foi longo e os portugueses e espanhóis dominaram grande parte do que hoje é o Brasil e a América Latina.
em 1.734
Catedral de São Miguel
terras de plantio eram de dois tipos: amambaé, distribuída entre as famílias e tupambaé, que era da comunidade em que todos deviam trabalhar dois dias por semana. No centro da Missão estava a praça, em frente dela estava a igreja, em posição de destaque. Perto da igreja ficava o colégio, onde alguns meninos eram alfabetizados e aprendiam técnicas de plantio. Do lado do colégio, havia as oficinas, onde trabalhavam tecelões, ferreiros, carpinteiros, escultores etc. Do outro lado da igreja, ficava o cemitério. Ao lado do cemitério, ficava o Cotiguaçu onde as viúvas e os órfãos recebiam um lugar para viver. E atrás da igreja ficava a Quinta, em que plantavam. Nas Missões, os jesuítas permitiam que os indígenas continuassem falando sua língua e também mantivessem elementos da sua cultura como a cerâmica, o respeito ao líder, a solidariedade e as atividades de caça e pesca. As crenças dos indígenas se mantiveram em alguns casos, mas eles precisavam crer e respeitar a Deus, seguindo as regras da Igreja Católica.
em 1.750
Tratado de Madrid
Ruínas da Catedral de São Miguel
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Foi estabelecido por João V de Portugal e Fernando VI de Espanha, em 13 de janeiro de 1750, com o objetivo de dividir novamente as terras da América do Sul, substituindo o Tratado de Tordesilhas, que determinava que Portugal ficava com uma extensa faixa do litoral brasileiro, enquanto a Espanha com todo o restante da América do Sul. O Tratado de Madrid definiu que Portugal ficaria com todo o território brasileiro e Espanha com o restante da América do Sul. Para que as coroas de Portugal e Espanha pudessem as-
em 1.753
Guerra Guaranítica
Foi o nome que se deu aos conflitos entre os indígenas e os exércitos Espanhol e Português no Rio Grande do Sul, após a assinatura do Tratado de Madri. Os Guarani se opuseram ao Tratado, resistindo bravamente e lutando contra as coroas de Portugal e Espanha, que determinavam que os jesuítas e os indígenas cristãos deveriam abandonar as reduções em um prazo mínimo. As duas coroas europeias acabaram realizando um massacre, matando milhares de indígenas, entre eles fala-se de Sepé Tiaraju e Nicolau Nhenguiru, importantes personalidades dos Guarani.
em 1.967 O que é a FUNAI? A Fundação Nacional do Índio3 – FUNAI é o órgão oficial do Estado brasileiro do Governo Federal. Sua tarefa é proteger e promover os direitos dos povos indígenas no Brasil. Cabe à FUNAI promover estudos de identificação e delimitação, demarcação, regularização fundiária e registro das terras tradicionalmente ocupadas pelos povos indígenas, além de monitorar e fiscalizar as terras indígenas. É responsabilidade também da FUNAI, ajudar a garantir ao acesso diferenciado aos direitos sociais e de cidadania aos povos indígenas. Porém, atualmente, muitos desses programas de incentivo às populações indígenas não existem mais, o que faz com que seja necessário que esse povo participe de manifestações e mobilizações para lutar por seus direitos mínimos.
sumir seus territórios, precisavam que os povos da Colônia de Sacramento e dos Sete Povos das Missões se mudassem para os locais das suas respectivas coroas. Os indígenas Guarani que viviam no atual Rio Grande do Sul, segundo esse novo tratado, teriam que abandonar suas terras, seu gado, suas plantações e tudo mais que existia nas reduções, que deixariam de ser da Espanha e passariam a ser de Portugal.
em 1.961
Parque Indígena do Xingu O Parque Indígena do Xingu foi a primeira área indígena delimitada, criada em 1961, durante o governo do Presidente Jânio Quadros. Foi um marco importante para começarem a delimitação de terras indígenas no Brasil. Hoje, abriga mais de 5,5 mil índios de 16 etnias. A área do parque possui mais de vinte e sete mil quilômetros quadrados e fica no norte do Mato Grosso. Desde sua criação, o parque sofreu com invasões de pescadores, garimpeiros e fazendeiros, além disso, o avanço dos negócios envolvendo agricultura também tem sido uma grande ameaça para a preservação das áreas dos povos nativos.
Hoje
Guarani atualmente Hoje em dia os Guarani não vivem mais como em 1500, quando os portugueses chegaram aqui. Eles têm dificuldade para caçar, pois não há mais matas para isso. Em Porto Alegre é comum vê-los pelo centro da cidade ou no Parque Farroupilha vendendo artesanato para que possam sustentar suas famílias. Há aldeias indígenas em Porto Alegre e algumas cidades da grande Porto Alegre onde vivem muitas dessas famílias. Hoje em dia, muitos indígenas não vivem mais nas aldeias e, sim, nas cidades. Mas mesmo os que vivem nas aldeias, utilizam da tecnologia para se comunica-
Guaranis atualmente
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rem, assistem TV e têm acesso a internet. Muitos indígenas estão utilizando a tecnologia para divulgar sua cultura, fazendo vídeos, álbuns de músicas e escrevendo livros. Os indígenas precisam constantemente lutar pelos seus direitos. Seu espaço de terras precisa ser demarcado e respeitado para que, assim, possam viver de acordo com sua cultura e seus costumes. Atualmente apenas 462 terras indígenas estão regularizadas. Segundo o IBGE de 2010, há quase 900 mil indígenas que se autodeclararam no Brasil. São 305 etnias diferentes e 274 línguas.
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Turma 51: Ana Clara, Arthur, Érico, Giovanna, Guilherme, Isabella, João Carlos, João Gabriel, Joaquim, Larissa, Luísa Silva, Luísa Knaak, Maitê, Maria Clara, Marina, Matheus, Miguel, Pedro D. e Pedro Henrique. Turma 52: Allegra, Anaís, Andriele, Benjamim, Breno, Camilla, Cássio, Cecília, Laura R. Laura K., Leo, Pedro, Pietro, Rafael, Teodoro, Thiago, Vicenzo e Violeta. Animação Enraizando, produzida pela Prefeitura Municipal de Joinville – Sistema Municipal de Desenvolvimento pela Cultura 2 imagem DESCOBRIMENTO DO BRASIL – FRANCISCO AURÉLIO DE FIGUEIREDO E MELO – 1887 3 Fonte: http://www.funai.gov.br/ 1
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Mundurukando na Projeto
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