Ano VII - Novembro 2011
Entregamos a vocês mais uma edição de nossa revista anual, que contempla desta vez a leitura, homenageando “nossa autora preferida”, Lygia Bojunga. A Lygia, não por acaso, é a madrinha da biblioteca de nossa escola, emprestando a ela seu nome (BIBLIOTECA LYGIA BOJUNGA) e de dois de seus livros (ESPAÇO OS COLEGAS, na Unidade 1, e ESPAÇO A BOLSA AMARELA, na Unidade 2). Uma madrinha tão querida, que esteve pessoalmente conosco no dia desse batizado tão especial. Isso foi no ano de 1994. Já faz tempo e nossos alunos
de hoje nem eram nascidos! Mas para eles, e para outros que virão, já estávamos preparando esse espaço tão mágico para todos nós... Uma escritora tão maravilhosa, que já ganhou o maior prêmio da literatura mundial, o Hans Christian Andersen, no ano de 1982, tendo escrito livros muito especiais, alguns que já se tornaram clássicos de nossa literatura infantojuvenil. Uma autora tão famosa e conhecida, que tem livros traduzidos em muitos idiomas. Vejam um email que recebemos recentemente da família de uma ex-aluna da escola, que encontrou um livro da Lygia em sueco, na China, e lembrou do seu tempo na Projeto!
Queridas Neca e Beth Sou a Dania Branco, mãe da Laura Branco, que foi aluna de vocês entre 1994 e 1999. Mudamos pra China no final de 2000. Estamos ainda aqui, já na nossa terceira cidade - Nanjing - na China. E eis que, ao irmos comprar uns móveis na IKEA, achamos, como parte da decoração, este livro da Lygia Bojunga em sueco. Como creio que não há duas Lygia Bojunga, deve ser a nossa, ou seja, a mesma que a Laura lia quando estudava aí na Projeto. Achei legal e por isso resolvi mandar a foto. Lembrei de vocês. A Projeto é parte inesquecível das nossas vidas... Bom, mas vamos deixar que os próprios alunos contem a vocês um pouco mais sobre nossa querida Lygia, através dos textos que escreveram em grupos ou com suas professoras, em seus trabalhos de escrita ao longo desses dois primeiros trimestres letivos. Eles prepararam recomendações de livros da Lygia (4º ano), tiras sem texto (2º ano) e poemas (1º ano) sobre personagens, fatos ou temáticas da autora e de livros já lidos dela, relatos e fotos sobre os momentos diários na biblioteca (Grupos 1A e 1B, da educação infantil) e sobre o que pesquisaram a respeito da escritora (Grupo 3) e da hestória do batizado da biblio com seu nome (Grupo 2), e entrevistas com fãs de carteirinha da Lygia (3º ano) profª Graça Machado, aqui da escola, Annete Baldi, da editora Projeto, e Anna Claudia Ramos, escritora carioca que tem na Lygia uma de suas grandes fontes de inspiração. Ah, e tem ainda um jogo de trilha, com personagens e desafios relacionados à obra de Lygia, feito pelo Grupo 4, da educação infantil. Vocês vão adorar!
Deixamos com vocês as palavras da própria autora, pronunciadas quando batizou nossa biblioteca, em 1994, desejando que elas lhes inspirem, tanto quanto nos têm inspirado: “Eu espero que este espaço dê prazer a muitos leitores, a muitos alunos, e que eles possam realmente ter no livro a alegria e o prazer, porque o livro, antes de mais nada, é uma coisa prazerosa... Que não encarem o livro como uma obrigação, como uma tarefa, mas seria bom que os frequentadores deste espaço conseguissem encarar sempre o livro como uma curtição, que eles podem carregar para o resto da vida sem depender de ninguém, de mais nada – tão à mão sempre, tão fácil de pegar (...), de modo que este espaço possa iniciar este caminho pra muitos leitores.” Boa leitura!
Ficha Técnica Capa: Foto da biblioteca da Unidade 2 da Escola Projeto (Espaço A BOLSA AMARELA) feita por Kais Ismail Musa e desenhos de alunos. Contracapa: Foto da biblioteca da Unidade 1 da Escola Projeto (Espaço OS COLEGAS) feita por Kais Ismail Musa e desenhos de alunos. Coordenação editorial: Coordenadoras da Escola Editorial: Beth Baldi - Coordenadora Geral Colaboradores: alunos, professoras, monitoras, secretárias e coordenadoras da educação infantil e do ensino fundamental da Escola Projeto Projeto gráfico e arte: Aro Design - Elisa Moog
Revisão de textos: professores e coordenadores
Ilustrações: desenhos dos alunos e fotos feitas pelas professoras Endereços: Unidade 1 - Rua Cel. Paulino Teixeira, 394 Fone: 51 3331.7384 Unidade 2 - Av. José Bonifácio, 581 Fone: 51 3333.4154 www.escolaprojeto.com
escolaprojeto@terra.com.br
Número de exemplares: 300
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Graça no universo de
Lygia Bojunga Graça é professora da Projeto desde 1996 e é uma grande leitora. Desde pequena, é fascinada por livros: seu pai adorava ler e levava livros para casa. Graça via os livros espalhados pela mesa da sala e não resistia à leitura. Começou a ler aos sete anos e sempre frequentou as bibliotecas das escolas que estudava. Quando criança, tinha uma amiga mais velha que também gostava muito de ler e costumava trocar livros com ela. É fã de Lygia Bojunga desde de que começou a trabalhar na Escola Projeto. Até hoje, Graça “devora” livros e diz que não consegue dormir sem antes pegar um livro na mão. A entrevista a seguir, foi realizada pelos alunos da turma 31, da professora Iana, na escola Projeto, no dia 19/05/2011. Turma 31: Conte quando e como você começou a ler Lygia Bojunga. Graça: Comecei a ler Lygia Bojunga de verdade quando entrei na Projeto, em 1996. Antes, já tinha ouvido falar na Lygia e já tinha lido um pouco. O primeiro livro que li, na Projeto, foi Os Colegas, na leitura socializada da turma de primeiro ano, que foi a série em que eu comecei a trabalhar. Logo de cara eu gostei. Então, comecei a ler todos os livros da Lygia Bojunga que havia na escola. Eu gostei mais ainda dela quando li A bolsa amarela. Um ano antes, em 1995, a Lygia tinha vindo na Projeto para a inauguração da biblioteca. Ela é madrinha das duas biblios: unidade 1 e 2. Turma 31: Com o que você se identifica nos livros de Lygia Bojunga? Graça: Com os personagens que ela inventa. São personagens que pensam muito sobre os seus sentimentos e as coisas que estão a sua volta. Sempre que eu leio, eu tenho surpresas, porque tem coisas que eu penso que só acontecem comigo e eu descubro que também acontecem com outras pessoas. O jeito que a Lygia escreve, faz com que pareça que os personagens estão ali com a gente. Nós ficamos muito próximos dos personagens, porque se formos ver, todos os personagens da Lygia têm um problema, tem algo que precisa resolver, problemas que
causam sofrimento, que não deixam a pessoa ser feliz. Isso aproxima muito, porque todo mundo tem alguma coisa assim. Quando encontramos alguém parecido com a gente, ficamos curiosos para saber como aquela pessoa resolveu aquele mesmo problema. Turma 31: Lemos que o livro que você mais gosta é A bolsa amarela, porque você se identifica com a garota do livro. Com que aspectos da garota você se identifica? Graça: Eu, quando criança, tinha vontade de ser menino, não usar roupa justa, não pentear o cabelo, sempre tinha coisas para falar, que nem a menina do livro A bolsa amarela. Todos os meninos que eu conhecia tinham uma vida mais interessante que a minha. Eu queria ser livre para brincar na rua, porque os guris podiam sair sozinhos, jogar bola e a minha mãe não deixava eu fazer isso. A minha mãe brigava comigo porque eu não gostava de usar vestido e de me enfeitar. Para a minha sorte, hoje em dia, eu gosto muito de ser menina. Eu tenho uma família bem grande, com três irmãos e a menina do livro também tinha. Também, quando eu era criança, me sentia muito sozinha como a garota do livro. O que eu gosto no livro, principalmente, é o jeito que a menina resolve seus problemas. Ela foi super corajosa! A garota tinha problemas e foi enfrentando, resolvendo-os. Ela era muito questionadora também. Às vezes, ela era mal entendida e isso acontecia comigo também. Quando eu era criança, enquanto jantávamos, ficávamos em silêncio e isso me incomodava, porque eu gostava muito de falar. Eu observava muitas coisas e eu sempre tinha coisas para falar. Os meus pais eram muito sérios. Turma 31: Fale um pouco sobre os livros da Lygia Bojunga que você mais gostou. Graça: Os Colegas me lembram os Saltimbancos, porque todos os personagens são animais, que falam e se reúnem para resolver problemas. Assim como os do livro A bolsa amarela, esses personagens também eram muito questionadores. Eles pensam na vida e observam as coisas ao seu redor. Gosto muito também do Sofá Estampado, é um livro super bacana. Os personagens, de novo, são animais, bem diferentes, que se encontram. O personagem principal é um tatu, que tem um pai e uma mãe, mora com eles e um dia resolve ir embora para conhecer o mar. Ele passa a viver muitas aventuras e se apaixona por uma
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gata. Durante toda a história, a gente fica do lado dele, acompanhando e entendendo exatamente o que ele está pensando, está sentindo. Turma 31: Por que você acha que os livros da Lygia Bojunga são tão famosos? Graça: Eu acho que por tudo que eu já falei. Pelas histórias dela, que são bem sensíveis. Os personagens são muito reais, muito próximos da gente. Ela escreve muito bem, organiza as palavras de um jeito que deixa a história mais interessante. Junta palavras que se combinam bem, que causam um efeito bonito. O jeito de falar as coisas
sempre me chamou atenção. Desde pequena, eu escutava as conversas do meu pai com os amigos. O meu pai falava palavras difíceis... As que eu gostava da sonoridade, eu procurava no dicionário ou perguntava para minha mãe ou meu pai o significado. Tinham frases que os adultos falavam ou que tinham em filmes que ficavam na minha cabeça. As palavras são muito importantes para mim e a Lygia usa palavras bonitas e organiza as palavras de uma maneira muito bonita, para dizer coisas bacanas. Alunos: Alice, Ana Carolina, Ana Paula, Arthur, Bruna, Ernesto, Helena, Isabela, José Augusto, José Francisco, Júlia, Laura, Maria Cecília, Maria Clara, Maria Eduarda, Maria Fernanda, Mathias, Pedro e Tomás. Turma 31 - Profª Iana
OLHANDO O LIVRO
PEGA O LIVRO E SENTA NA CADEIRA PARA OLHAR
Legendas criadas pelas crianças a partir das fotos e conversas sobre a biblioteca.
O grupo 1A, ao longo do ano, faz muitas visitas à biblioteca e as crianças mostram curtir muito esses momentos. É só dizer: Vamos para “biblio”? que elas já param tudo e surgem logo os mais entusiasmados com um “Eba!”, “Quero a história tal”... “Já é dia de levar livro pra casa profe?” e os mais tímidos, dão alguns sorrisos. Durante os minutos que passamos na biblioteca as crianças manuseiam diferentes obras, com autores variados, assim como observam as ilustrações. As crianças escolhem, com apoio, os livros que desejam ver, sentam-se, olham com atenção e fazem comentários sobre o que veem, trocam livros entre si, ouvem histórias e fazem recontos dos livros levados para casa, contando o que lembram ou dizendo simplesmente se gostaram. Através de poucas palavras já demonstram como esse lugar é rico, significativo e capaz de promover fruição de maneira tão singela. Alunos: Anna Clara, Arthur, Gabriel, João, Lola, Maria Alice e Pedro Martinez Grupo 1 A - Profª Joice
PROFE CONTANDO HISTÓRIA
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A ESPERANÇA
TURMA 21: DAVI, GUILHERME, JOÃO PEDRO e JOÃO VINÍCIUS
Você consegue escrever uma história para estas tirinhas? As turmas de 2º ano estudaram os livros de imagem, nos projetos de escrita e leitura. No decorrer do 2º trimestre, leram e apreciaram muitos desses livros e criaram também histórias com o desafio de não usar a escrita. Para esta revista, criaram imagens a partir de personagens, fatos e temáticas encontrados nos livros de Lygia Bojunga, já lidos pelas turmas, como Os Colegas, Angélica e A Bolsa Amarela. Entre na brincadeira e tente contar com palavras as histórias que o 2º ano contou com imagens!
A MUDANÇA
TURMA 21: EUDORA, HENRIQUE, MATHEUS K. e PAOLA
AS VONTADES DA RAQUEL E DA LYGIA
O ALFINETE ENCONTRA A AMIZADE
TURMA 21: BERNARDO, GABRIEL, LÍVIA e MATEUS Q.
Profª Ianne
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TURMA 21: ARTHUR, HELOISA, NATÁLIA e RODRIGO
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Durante o 2º trimestre, as turmas de 1º ano da escola se aproximaram da escrita de poesia. Para isso ouviram a professora ler e leram, eles próprios, muitos poemas, de diferentes autores, tanto em sala de aula, como nos momentos da biblioteca. Durante a leitura socializada, a fim de conhecerem um pouco mais sobre a obra da escritora Lygia Bojunga, foi lido o livro Angélica. A turma 11 também ouviu a história Os Colegas e as outras a relembraram, pois a maioria já a conhecia da educação infantil. Os grupos se formaram, escolhendo seus personagens preferidos do livro Angélica e começaram a primeira escrita, inventando também rimas. Depois, durante as aulas de Informática deram formato ao seu poema, acrescentando e incrementando ideias. Com a ajuda das professoras - Graça/11 , Fernanda/12 e Beth Milani/13 - fizeram as revisões ortográficas e, por fim, criaram a ilustração.
CANARINHO ANGÉLICA ELA É BRINCALHONA E AMIGONA DO PORTO NÃO TEM DENTE, MAS É SORRIDENTE É UMA CEGONHA QUE NÃO TEM VERGONHA TOCA FLAUTA É ALTA ELA FOI AO RESTAURANTE COM UM ANEL DE DIAMANTE, BRILHANTE FOI COM PORTO, O PORCO COMER SUSHI COM SUCO DE ABACAXI ELES FORAM PARA FORA PARA ENCONTRAR COM A NORA E FORAM EMBORA. TURMA 11: VICTOR, KENZO E LETÍCIA
CANARINHO É UM ELEFANTE QUE TEM UM CINTO GRANDE ENTÃO FICOU CONFUSO PORQUE BATEU A CABEÇA NA PAREDE QUE TINHA A REDE A REDE SE RASGOU E O CANARINHO SE QUEBROU ELE FOI PARA O HOSPITAL ENCONTROU O SEU IRMÃO E COMERAM MELÃO!
TURMA 11: HELENA, GUILHERME E ARTHUR
LUX LUX GOSTA DE BRINCAR DE URSINHO E BEBÊ É BRINCALHÃO E AMIGO É IRMÃO DA CEGONHA E GOSTA DE COMER PAMONHA ELE ENTENDE E COMPREENDE ANGÉLICA ELE NÃO GOSTA DE ANDAR DE AVIÃO GOSTA É DE VOAR COM O GAVIÃO
TURMA 11: FRANCISCO, LUCAS C., LUCAS Q. E VALENTIM
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PORTO UM PORCO TORTO, MORTO E GORDO UM DIA ENCONTROU UMA CEGONHA AMIGONA, ANGÉLICA SE APAIXONOU PELA BRINCALHONA E SE DIVERTIRAM NA AMÉRICA
TURMA 11: ANTÔNIA, CLARA, JOÃO PEDRO E MARIANO
ANGÉLICA ANGÉLICA É UMA CEGONHA VERDADEIRA LUTOU PRA NÃO FALAR MENTIRAS ELA NÃO TÁ DE BRINCADEIRA ELA FUGIU DE CASA PRA VIVER A VIDA INTEIRA SEM MENTIRAS ELA NÃO CARREGA BEBÊ NENHUM MAS A FAMÍLIA DELA MENTIA QUE CARREGAVA. ANGÉLICA ACHOU UM AMIGO O NOME DELE ERA PORTO ELA NÃO SABIA QUE ELE ERA UM PORCO ELE DEU UM PRESENTE PARA ELA MUITO LEGAL ERA UMA IDEIA GENIAL ANGÉLICA FEZ UM TEATRO SENSACIONAL MAS NÃO CONVIDOU UM PARDAL ANGÉLICA CONVIDOU UM JACARÉ QUE ERA SEM RABO QUE ERA BRAVO PRA AJUDAR NO TEATRO A PLATEIA ACHOU ENGRAÇADO SIM E NÃO QUERIA QUE TIVESSE FIM.
TURMA 12: OTÁVIO, FERNANDO, MARIA BEATRIZ, CATARINA, ISABELLA E LUÍSA
CANARINHO É UM ELEFANTE FOFINHO E GORDINHO. E TAMBEM É ATRAPALHADINHO. TINHA UM CINTO DE JACARÉ QUE ERA MUITO BONITO, NÃO É? CANARINHO TENTOU ARRANJAR UM EMPREGO. E NA FILA ENCONTROU UM AMIGO. QUE ERA UM PORCO QUE TRANSFORMOU O NOME PARA PORTO. CANARINHO ERA ENVERGONHADINHO. ESCONDIA SUA RUGA JUNTO COM O DUREXZINHO.
TURMA 12: RAFAEL, JOÃO PEDRO, LORENZO E HENRIQUE
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LUX LUX E ANGÉLICA SÃO GRANDES IRMÃOS ELE É UM BRINCALHÃO E TAMBEM É ESPERTALHÃO LUX NÃO É SÓ IRMÃO TAMBÉM É AMIGÃO AJUDA ANGÉLICA DE MONTÃO LUX É UM CEGONHÃO QUE AJUDOU A ANGÉLICA A VOLTAR UM TEMPÃO NO FINAL DA PEÇA LUX CHEGOU JUNTO COM A BEM-ME-QUER APROVEITOU E FOI UM GRANDE SHOW. TURMA 12: ANA SOFIA, SOPHIA, GABRIELA E LUCAS
PORTO PORTO É UM PORCO ELE NÃO GOSTAVA DE SER PORCO ELE TROCOU A SUA IDENTIDADE E MUDOU PARA OUTRA CIDADE
UM DIA SE FANTASIOU PARTICIPOU DA PEÇA DE TEATRO QUE SE CHAMA ANGÉLICA E ADOROU ELE CONVIDOU GENTE À BEÇA PARA PARTICIPAR DA PEÇA CHAMOU O CANARINHO E O JOTA QUE CONVIDOU A SUA NAMORADA QUE SE CHAMAVA MULHER DO JOTA O LUX NO FINAL DO SHOW CHEGOU COM A SUA NAMORADA QUE SE CHAMA BEM-ME-QUER E ANGÉLICA DEU MUITAS RISADAS E PORTO FICOU MUITO FELIZ E ADOROU A ATRIZ. TURMA 12: ALICE, PEDRO, CAROLINA E ANITA
CANARINHO CANARINHO É UM ELEFANTE VELHINHO. CANARINHO É ENRUGADO E AMIGUINHO. CANARINHO É DENGOSO E QUERIDINHO. ELE GOSTA DE PASSARINHO. CANARINHO CONHECEU SEU AMIGO PORTO EM UMA FILA, IMPLICAVA COM COISAS GRANDES E SE IRRITAVA COM ELE MESMO, QUE ERA GRANDE. CANARINHO TRABALHA COM O PORTO NUMA PEÇA DE TEATRO E FOI MUITO ENGRAÇADO. ELE É MUITO AMADO, PORQUE FOI DELICADO E DEVOLVEU O CINTO PARA O CROCODILO BRABO. AGORA ELE SE REVELOU E FICOU ANIMADO. SERÁ QUE ELE É TUDO ISSO? CLARO QUE ELE É ISSO TUDO E MUITO MAIS.
TURMA13: ALICE, INGRID, JÚLIA, MATEUS E SOFIA
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LUX LUX É UM CEGONHO, QUE ESTRANHO! SERÁ QUE É UMA CEGONHA MACHO? LUX VAI DESTRICOTANDO O TRICÔ DA MÃE. A MÃE CONTINUA TRICOTANDO TODO O DIA E LUX, CONTINUA DESTRICOTANDO, E A MÃE, TRICOTANDO. LUX APOIAVA A ANGÉLICA, PORQUE ELE ERA QUERIDO E NÃO GOSTAVA DE MENTIRAS. ERA MESMO, AMIGO! LUX FICAVA NO FINAL DO TREM E DIZIA: - TCHEC, TCHEC, TCHAU.
TURMA 13: FLORA, GUILHERME, LAURA OLIVEIRA, LUCAS E LUIZA
JOTA CROCODILO É BRUTO E BRAVO. É FORTE E DURÃO. QUANDO VOCÊ CHEGA PERTO DELE, ELE BRIGA E É RESMUNGÃO. ELE É MUITO SÉRIO PORQUE PERDEU O RABO. MAS DESDE AÍ, ELE PERDEU TODAS AS BRIGAS. NÃO É DELICADO. JOTA CROCODILO É CHATO, PARECE UM DELEGADO. MAS NO FIM, QUANDO ELE GANHOU O SEU RABO DE VOLTA, FICOU FELIZ. TURMA 13: ARTHUR, HEITOR, ISABELA E MARTINA
PORTO PORTO ERA UM PORCO QUE ENTROU NA PORTA DA VIDA, SE DIFARÇOU, TROCOU DE NOME, SE SENTIU MELHOR. CONHECEU A ANGÉLICA QUE VEIO PARA A AMÉRICA. CONHECEU O CANARINHO QUE É ENRUGADINHO. CONHECEU O JOTA CROCODILO QUE MORAVA NO RIO NILO. CONHECEU O NAPOLEÃO QUE VEIO DO JAPÃO. NO FIM DA HISTÓRIA, DESMANCHOU O DISFARCE, PORQUE PÔDE SE REVELAR E FOI A GLÓRIA. TURMA 13: ANTÔNIO, CECÍLIA, JOÃO GABRIEL E LAURA SCHMIDT E MARIANA
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Anna Claudia e turma 32 no momento final da entrevista, realizada em 20/05/2011
Anna Cláudia Ramos é uma autora carioca, que poderia ter sido gaúcha, já que a família de sua mãe morava em Porto Alegre. Tem dois filhos, o Elias e a Layla. Hoje mora em Copacabana, a poucos quarteirões da praia. Quando fica chateada, pega sua bicicleta e dá uma volta na beira do mar para relaxar. Além de autora, é ilustradora e uma das coordenadoras do Atelier Vila das Artes, no Rio de Janeiro. Desde pequena tem a mania de inventar histórias. Passava horas brincando e inventando novos mundos para morar e viajar. E foi assim, inventando e lendo histórias, que cresceu descobrindo que a literatura é mágica demais. Foi nesse clima de aventura que ela concedeu essa entrevista virtual para a turma 32, da professora Andréa, contando sua relação com as obras da autora Lygia Bojunga e mostrando a importância da leitura na criatividade de cada um. T.32 - Sabemos que seu primeiro contato com uma obra da Lygia Bojunga foi aos 10 anos. Conte-nos como foi. Anna Claudia: Na 4ª série (agora é o 5º ano), na aula de português a professora pediu para comprar o livro A bolsa amarela e quando li, adorei a história. Eu ficava pensando como uma personagem poderia ter “roubado” meus três desejos: queria ser menino, queria ser gente grande e queria ser escritora. Eu queria ser menino porque eu tenho um irmão e ele podia fazer tudo o que quisesse sem ninguém ficar falando que “você tem que ser uma menina comportada”, e achava que deveria ser mais legal ser menino. Queria ser gente grande para ninguém mandar nas minhas vontades e desde aquela época queria ser escritora. Então me apaixonei pelos livros da Lygia e tive uma nova vontade: ler os outros livros dela. T.32 - Qual a parte do livro A bolsa amarela que você mais gosta? Por quê? Anna Claudia: Isso é difícil. Eu nunca pensei nisso. Nossa! Quando a Raquel descobre que aquela bolsa é um lugar onde ela consegue guardar todos os sonhos, as vontades e os desejos dela, é a parte em que a bolsa engorda e desengorda. Acho que este é o pedaço que mais me encanta no livro.
T.32 - O que mais lhe encanta nos livros de Lygia Bojunga? Anna Claudia: A possibilidade de sonhar, entrar na história e morar dentro dela. E a Lygia cria personagens muito mágicos e criativos. Cada personagem abre uma janela diferente de possibilidades dentro de mim. Cada vez que eu leio sobre um personagem fico imaginando um mundo novo. Ela conta as coisas de um jeito muito diferente. Acho que os livros da Lygia são mágicos, lindos, criativos e incríveis. E não consigo parar de me inspirar nos personagens que ela cria. Ela conta as coisas muito sérias, mas com personagens que parecem uma grande brincadeira. Na verdade aquela brincadeira está escondendo um segredo e a gente vai descobrindo os segredos das histórias da Lygia, e isso é o que mais me encanta nas histórias dela. É a possibilidade de entender o mundo e os nossos sentimentos também. T.32 - Ao escrever A História de Clarice você se inspirou no livro A bolsa amarela da autora Lygia Bojunga. Você tem algumas características parecidas com as personagens principais Clarice e Raquel? Quais? Anna Claudia: Sim. Quando eu fui escrever A História de Clarice a primeira ideia que me veio à cabeça foi homenagear os livros queridos da minha infância. Então eu separei três histórias: A Bolsa Amarela, O Soldadinho de Chumbo e A Pequena vendedora de fósforos. E aí eu queria uma história que tivesse um sofrimento, como A História de Clarice, que tem um abandono muito forte. E que os livros fossem resgatar os sentimentos de amor e de
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amizade na vida dela. Eu entendi que poderia criar um diálogo com a Raquel de A Bolsa Amarela, inventando que a tia Lú era a Raquel, e trocavam cartinhas escondidas pra lá e pra cá, buscando resgatar o abandono que a Clarice sentia. E no faz-de-conta a gente se permite viver várias coisas que na vida de verdade a gente tem medo. E aí resolvi fazer o diálogo entre a Clarice e essa Raquel, personagem que a tia Lú se disfarçava. T.32 - Como a revista Recreio lhe influenciou quando criança? Que outras leituras você também gostava? Anna Claudia: Eu gostava muito da revista Recreio, e tenho guardados alguns exemplares dessa revista até hoje. Na Recreio eu lia as histórias da Ruth Rocha, que devem estar na biblioteca de vocês, por exemplo, aquela do Romeu e Julieta, com as duas borboletinhas. Ela e Ana Maria Machado começaram a escrever suas histórias nesta revista, e eu lia a obra dessas escritoras no início de 1970, quando vocês neeeeem pensavam em nascer. Teve um outro livro que eu me encantei aos nove anos e que existe até hoje, chamado A Fada que tinha ideias (fizemos um ahhhhhhh coletivo, pois a maioria dos entrevistadores conhece esta história, que foi lida na primeira série da escola Projeto). Eu adorava este livro e tenho guardado até hoje o exemplar. Eu me sentia a própria fadinha Clara Luz, eu era uma menina muito questionadora, vivia querendo saber o porquê das coisas. Assim como eu me identifiquei com a Raquel eu me identifiquei com a Clara Luz. Mas tem mais livros que eu posso lembrar que foram importantes na minha infância, como todos os livros de contos de fada. Eu tenho uma caixinha com vários livros guardados que a minha mãe guardou lá na casa dela. T.32 - O que mais te inspira para fazer histórias? Anna Claudia: São várias coisas. As inspirações vêm de lugares bem diferentes, por exemplo, como A História de Clarice que eu queria fazer uma história em homenagem aos livros da minha infância. Eu sempre fui uma pessoa inquieta, nunca uma coisa só me deixava feliz. E o que na vida de verdade eu não tinha, eu inventava nas minhas histórias. Já inventei que eu tinha uma fazenda com cavalos, mas não era qualquer cavalo, tinha que ser cavalo voador. De tanto inventar e não me satisfazer com só uma Anna Claudia, eu comecei a inventar muitas histórias e
minha inspiração vem dessa vontade de viver muitas histórias e ser múltipla. T.32 - Você também se interessava por Monteiro Lobato? Anna Claudia: Eu gostava da obra de Monteiro Lobato, mas eu fui uma criança que mais assistia, pois quando eu era pequena passava o Sítio do Pica-pau Amarelo na televisão e eu era louca por aquele sítio, eu queria morar lá, passar as férias no sítio encantado. Eu achava o máximo os personagens poderem viajar para vários lugares com o pó de Pirlimpimpim. Era lá que dava para realizar nossos desejos imaginários. Mas eu fui ler mesmo os livros do Lobato já mais velha. T.32 - Você curte sua vida de escritora? Anna Claudia: Se eu curto? Gosto muito, pois imagina: estamos numa segunda feira, 3h20 da tarde e eu estou no meu escritório no Rio de Janeiro batendo um papo com crianças em Porto Alegre que leram uma história minha. Isso não tem preço! É muito gostoso esse retorno que o escritor tem sobre seu trabalho. Esse lugar onde eu estou é o meu escritório, que fica a 5 passos da minha casa, bem no meu quintal. Eu fico aqui no meu cantinho criando as minhas histórias, mas escrever dá muito trabalho. Eu acordo cedo, ligo o computador, fico pensando o que vai acontecer na história. Se é uma história que precisa de pesquisa eu vou fazer. Estou escrevendo agora um livro que está me deixando muito feliz, pois é sobre um diário de uma personagem da história do Brasil, e semana passada estive em um museu para pesquisar um pouco mais. T.32 - Essa pergunta é sobre um outro livro seu chamado Lendas Urbanas. Quem lhe contou a lenda da Loira do banheiro? Anna Claudia: Ninguém me contou, eu vivi essa lenda (suspense). Quando eu era pequena existia essa lenda e eu morria de medo da loira do banheiro, eu quase fazia xixi nas calças com medo de encontrar ela no banheiro. Várias amigas iam juntas e algumas fechavam os olhos com medo de ver a tal loira. Quando a editora pediu para eu escrever um livro de lendas urbanas, essa lenda veio na minha cabeça na hora, aí eu inventei aquela história das personagens todas. Mas a lenda já existia. Lenda é assim: ela nasce sei lá onde e quem foi que inventou, nunca ninguém sabe ao certo se aquilo é verdade ou não, mas o fato é que aquilo vai aumentando na medida em que as pessoas vão contando. Existem várias versões dessa mesma lenda. T.32 - Você nasceu no Rio de Janeiro ou em São Paulo? Anna Claudia: No Rio de Janeiro, mas bem que eu
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poderia ter nascido em Porto Alegre. Minha mãe nasceu aí. Toda a família da minha mãe mora em Porto Alegre e eu fui várias vezes visitar meus avós quando eu era pequena. Meus primos todos moravam aí e eu ficava furiosa de ter que morar aqui no Rio longe deles. T.32 - Você está pensando em fazer A história de Clarice II, ela já mais velha, com a mochila verde? Anna Claudia: Olha, eu não tinha pensado, mas você está me dando uma ideia. Não falei que as ideias podem nascer de repente? (risos...) Quem sabe... As aventuras de Clarice com a mochila verde. Gostei da sua ideia, quem sabe eu invento? T.32 - Quando você vinha a Porto Alegre, qual o lugar que você mais gostava? Anna Claudia: Não lembro, eu era bem pequena. Lembro que vendíamos revistinha na frente da casa da minha tia. Hoje em dia, gosto muito de passear no bairro Moinhos de Vento, no Parrrrcão. Meu sobrinho me corrige, dizendo que falo errado, mas carioca fala assim mesmo: Parrrcão. T.32 - Desde criança você queria ser escritora? Anna Claudia: Desde que eu li A bolsa amarela decidi que queria ser escritora, mas também queria ser atleta. Pensava que não dava para ser escritora e atleta, eu nunca
Descobrimos quem é a Lygia a partir da leitura de diversos materiais informativos. Ela nasceu em Pelotas, no Rio Grande do Sul, em 26 de agosto de 1932. Pensou em ser médica e passou no vestibular, mas desistiu e foi estudar teatro no Rio de janeiro. Ela se formou atriz e trabalhava atuando, escrevendo, traduzindo e adaptando textos. Começou então o seu caso com a literatura e ela escreveu muitos livros. Morou na Inglaterra, casou com o Peter, mas sentiu saudades e ficou muito tempo viajando pra lá e retornando pra cá pra o Brasil. Teve uma escola por cinco anos que se chamou “Toca”, mas depois fechou. Em 1964 foi morar em Santa Teresa, atualmente lá é a Casa Lygia Bojunga, um espaço cultural. Recebeu vários prêmios internacionais e em 1982 foi a primeira pessoa brasileira a receber o prêmio Hans Christian Andersen pelo conjunto de sua obra. A primeira biblioteca a receber o seu nome foi a da escola Projeto, em 15/06/1994.
tinha visto alguém com essas duas profissões e para ser atleta tinha que treinar muito... Decidi ser escritora. Eu adoro correr na praia, andar de bicicleta, faço yoga... a minha atleta mora um pouquinho dentro de mim. Mas eu tive outra profissão além de ser escritora, que era professora. Eu me formei professora e dei aula durante muitos anos em uma sala de leitura de uma escola. T.32 - Quem lhe contou a Lenda da Maria Degolada? Anna Claudia: Eu fiz uma pesquisa. O André, que é o filho do meu primo e mora em Porto Alegre me contou algumas versões que existem e aí eu fiquei pensando como seria legal apresentar essas lendas no livro. E todas elas trazem aquela pergunta: será que é verdade ou não? Será que aconteceu mesmo ou é tudo invenção? Será que foi ela que escreveu no espelho? Cada um vai achar uma coisa diferente. Por isso eu fiz as quatro histórias com um gostinho para que cada leitor coloque sua cabeça para funcionar e pense se existiu ou não.
Alunos: Anderson, Bruno, Cecília, Felipe, Henrique, Isabela J., Isabela M., Isadora, João Vitor, Laura R., Laura G., Lorenzo, Manoela, Mariana, Matheus, Paula, Ricardo e Santiago. Turma 32 - Profª Andréa
Entre os livros que escreveu, nos chamou a atenção os títulos de alguns como Os Colegas, Angélica, A Bolsa Amarela, Corda Bamba e Sofá estampado. O livro mais recente, Querida, foi escrito em 2009. Ela tem um site www.casalygiabojunga.com.br No site descobrimos fotos de diferentes fases de sua vida. Vejam alguns desenhos que fizemos da Lygia. Profª Carla e alunos do Grupo 3: Ana Clara, Arthur, Cássio, Enzo, Giovanna, Isabella, Laura, Maitê, Maria Clara, Marina, Teodoro, Thiago, Vicenzo e Violeta
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A BOLSA AMARELA Raquel era uma menina que tinha muitas vontades, e as maiores eram: de crescer, de ser garoto e de ser escritora. Às vezes, acontecia das suas vontades engordarem muito, que nem balão quando se está
Você já viu um galo falar? Pois é, o livro A Bolsa Amarela conta a história de uma menina chamada Raquel, que quer ser escritora de poesia. Certo dia a família de Raquel recebe uma encomenda cheia de roupas, sapatos e colares, que foram enviados pela sua tia Brunilda. Quando Raquel sai de seu quarto, vai para a sala e percebe que a família havia pego tudo. Não tinha mais nada para ela, só uma bolsa amarela, que acabou ficando de lado porque ninguém quis. Acharam a bolsa muito velha. Raquel gostou da bolsa e ficou com ela. Nela guardava um monte de coisas: a vontade de ser garoto, a vontade de ser escritora e de crescer. Também colocava dois galos dentro dela, um chamado Rei, que mais tarde virou Afonso porque não gostava de seu nome, e o outro que se chamava Terrível, um galo de briga. O galo Afonso apareceu na janela de Raquel Livro: A bolsa amarela Autora: Lygia Bojunga Ilustradora: Marie Louise Nery e, quando ela acordou, viu N° de páginas: 140 Editora: Casa Lygia Bojunga que era o personagem princi-
enchendo. Como de costume, a tia da Raquel, Brunilda, mandou de presente para sua família, uma caixa cheia de acessórios e roupas. Todas as vezes em que recebiam essas caixas de presente, o pessoal de sua casa não deixava nada para Raquel. Mas naquele dia foi diferente, sobrou uma bolsa. Uma bolsa amarela, sua cor preferida. Ela era diferente de todas as outras bolsas, porque tinha “sete filhos”. Logo, ela percebeu que essa bolsa ia lhe ajudar muito. Começou a usá-la para guardar suas coisas mais secretas. Lá dentro, ela guardou um galo. Isso mesmo, um galo chamado Afonso!!! Este galo se tornou seu grande amigo e juntos viveram aventuras e superaram medos, como na vez em que o Afonso encontrou seu primo chamado Terrível. Terrível era um outro personagem, que tinha uma história muito triste: por causa de seus donos, ele só pensava em brigar. Era um vencedor, mas quando encontrou no seu caminho um galo chamado Crista de Ferro - mais jovem e mais forte –, ele perdeu pela primeira vez. Os donos apostaram em mais uma briga entre eles, até a MORTE de um. Bolsa com “sete filhos”? Como assim? O que será que vai acontecer com o Terrível? O que mais ela guardou dentro da bolsa amarela? Essas respostas e outras aventuras estão bem guardadas nas páginas do livro A Bolsa Amarela*. * O livro A Bolsa Amarela ganhou vários prêmios como: O Melhor para Criança, The International Board e o mais importante, Medalle Hans Christian Andersen.
pal de um de seus romances, que havia escrito e rasgado porque todo mundo tinha visto e achado muito bobo. Raquel ficou triste, por isso o rasgou. Raquel, Terrível e Afonso estavam passeando em um parque quando apareceu uma guarda-chuva mulher. Afonso se encantou com a beleza dela e Raquel acabou guardando-a dentro da bolsa. Essa guarda-chuva falava guarduchês, uma língua que só os guarda-chuvas e Afonso entendiam. O que acontecerá com Raquel? E com os outros personagens? Será que o Terrível vai sobreviver em suas brigas? Quais serão as aventuras que percorrerão? Só lendo o livro A BOLSA AMARELA para descobrir. Alunos: Iara, Lara, Daniel e João Turma 42 - Profª Silmara
Alunos: Isadora, Lucas, João Pedro, Martina e Vítor Turma 41 – Profª Michele
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A CASA DA MADRINHA Você já viu um pavão com um filtro no cérebro? Ou um homem com 1001 namoradas? NÃO?!! Então, você tem que ler este livro que traz assuntos como tristeza, felicidade e outros sentimentos! Além disso, você pode viver aventuras com Alexandre, conhecer a vida de Vera, as histórias do Pavão e de outros personagens. Alexandre é um menino pobre que vende quitutes na praia. Um dia, ele decide ir para a casa de sua madrinha. No caminho, encontra o Pavão que está sempre indo para um lugar diferente. Alexandre resolve acompanhá-lo, mas para ter dinheiro e se alimentar, resolvem fazer shows. Em um desses shows, Alexandre conhece Vera, uma menina que vive com seus pais numa casinha no campo. Assim que ela conhece Alexandre, sua vida muda totalmente. As duas crianças e o Pavão vivem aventuras de tirar o fôlego que são relatadas neste livro super, mega legal!
PRÊMIOS: O Melhor para o jovem, Os melhores para a juventude, Rattenfanger Literatur Preis e Hans Christian Andersen IBBY. Alunos: Luana, Enrico, João Víctor Seeches e Vicente Turma 41 – Profª Michele
Você já viu um pavão? Já conviveu com ele? E, por acaso, você gostaria de conhecer alguém que já fez tudo isso? Se sua resposta para a última pergunta foi sim, recomendamos o livro A CASA DA MADRINHA! Ele é bem divertido, tem três personagens principais: uma menina chamada Vera, um menino chamado Alexandre e um pavão chamado Pavão. Os três vivem uma grande aventura juntos. Alexandre não tinha muito dinheiro, por isso, tinha que trabalhar. Seu irmão mais velho, Augusto, queria que ele fosse estudar. Resolveu colocá-lo em uma escola e comprou todo o material necessário: caderno, livro, lápis e borracha. Um dia Alexandre teve que sair da escola... Às vezes demorava muito até dormir porque ficava pensando em seus problemas. Nessas horas seu irmão contava uma história. Uma noite, Augusto contou para Alexandre sobre sua madrinha e sua casa. Alexandre ficou tão curioso que resolveu visitar sua madrinha, indo até a casa dela. No meio do Livro: A casa da madrinha - Autora: Lygia Bojunga caminho ele encontra um Ilustradora: Regina Yolanda pavão, que tem o N° de páginas: 172 - Editora: Casa Lygia Bojunga pensamento meio pingado por causa de um filtro desregulado, que colocaram na cabeça dele. Eles ficam amigos, viajam juntos e para ganharem dinheiro fazem shows. Depois de um tempinho viajando, conhecem a menina Vera, em um show de mágica deles. Será que Alexandre chega na casa da sua madrinha? De onde o Pavão veio? Por que será que ele tem um filtro na cabeça? Pra descobrir tudo isso e muito mais, leia A CASA DA MADRINHA! Alunos: Isabela, Alana, Fernanda, Eduardo e Júlia - Turma 42 - Profª Silmara
Convênio entre a Projeto e a Escola Esportiva Motiva-Ação Os alunos da Unidade 2 da Escola Projeto terão desconto de 10% na mensalidade e 50% na matrícula para as atividades extra-classe oferecidas pela Motiva-Ação, escola que funciona dentro do Clube Caixeiros. A Projeto fez este convênio já que não terá mais o turno integral na Unidade 2. O serviço de translado também poderá ser contratado com o Beto, responsável pelo transporte escolar da Projeto. Mais informações com as coordenadoras da Equipe Motivação, Lisandra e Giana na Rua Dona Laura, 646 ou no fone 3029.3989.
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ANGÉLICA Nós recomendamos Angélica para quem gosta Você já viu uma cegonha tocando flauta? Ou um de histórias emocionantes e engraçadas, de animais porco disfarçado de porto? Já viu uma peça de teatro curiosos, e também para quem gosta de teatro. organizada por animais? E um porco que vai à escola e se A primeira versão do livro é da editora José apaixona por uma cegonha? E por um acaso já conhece Olympio, do ano de 1975. É um livro organizado em 11 um livro chamado Angélica? capítulos, com ilustrações em preto e branco. Em 2004, Pois agora vai conhecer um pouco do livro foi lançada a nova versão do mesmo livro, dessa vez com Angélica, que tem tudo isso. Este livro tem romance, drama, porco, cegonha, a edição da Casa Lygia Bojunga. A história começa com Porco, um personagem um elefante, que se chama Canarinho, macacos, que que após muitas perguntas sobre onde ficava a porta da zombavam do porco, sapos e um jacaré sem rabo. Angélica é uma cegonha muito bonita cercada vida decidiu sair de casa porque não gostava das respostas. da família e dos amigos. Mora numa casa que tem uma Um dia ele encontrou bandeira de uma cegonha um porto e adorou, resolveu carregando um bebê, fincada morar lá. Certo dia, um no quintal. Ela é de uma família marinheiro lhe disse: de oito irmãos. - Você não pode moUm dia Angélica rar aqui, precisa ir para escola descobre que as cegonhas não aprender. levam os bebês para a Terra e Depois de um tempo, decide contar a verdade para ele cresceu e conseguiu um as pessoas. Mas sua mãe e seu emprego. pai imploram para ela Ele conheceu continuar mentindo. Depois de Angélica, uma cegonha que um tempo ela quer desnascer, desabotoa ideias da cabeça, mas seus pais não deixam e toca flauta e veio de outro prometem que ela pode viajar lugar para o Brasil (pois aqui pelo mundo, à procura de um não existe cegonha). Porto, lugar em que não existem que era o Porco e mudou de cegonhas. Antes de partir, a nome, se apaixonou por sua família dá um botão para Angélica e, para conquistá-la, não deixar as ideias saírem da convidou-a para jantar no cabeça dela. Angélica adora o lugar onde ele trabalhava. presente e parte. Assim No jantar, Angélica Angélica vai para o Brasil, e contou a história da sua vida e conhece Porto. Eles viram um tempo depois eles grandes amigos e nunca se decidiram criar uma peça de separam. teatro contando a vida de O porco, que antes se Livro: Angélica - Autora: Lygia Bojunga Angélica. chamava Porco, é feio, tem um Ilustradora: Vilma Pasqualini N° de páginas: 156 - Editora: Casa Lygia Bojunga nó no rabo, é solitário, sem Informações: amigos, nem família e muda seu Lygia iniciou a sua carreira com nome para Porto. a obra Os colegas (1972). Conquistou um Certo dia, Angélica dá um presente para o Porto, e para retribuir, público que se solidificou com Angélica ele dá uma ideia como presente. (1975), A casa da madrinha (1978), Os anos passam e Porto tenta arranjar um emprego. Escolhe Corda bamba (1979), O sofá estampado ser médico, mas não tem diploma. Por fim, consegue um emprego num restaurante e leva Angélica para jantar. (1980) e A bolsa amarela (1976). Por Eles resolvem montar uma peça de teatro, contando a vida de estes livros recebeu, em 1982, o Prêmio Angélica, antes dela morar no Brasil. Hans Christian Andersen, o mais No que você acha que isso vai dar? importante prêmio literário infantil, uma Você acha que as aventuras acabaram? Não. Não acabaram. espécie de Prêmio Nobel da literatura Também tem um jacaré arisco e bruto, que tem um nome que infantil. O prêmio foi concedido pela Inodeia. É chamado por Jota, que é a primeira letra do nome. ternational Board on Books for Young Não podemos esquecer do Canarinho, que é um elefante velho People, filiada à UNESCO. O primeiro e usa um cinto feito de um pedaço do rabo do Jota. livro, Angélica, foi lançado em 1975. A Como todos os personagens vão se encontrar? O que eles vão nova edição da editora Casa Lygia fazer na história? Bojunga, tem 156 páginas, 11 capítulos Angélica é um livro que vai encher você de tanta criatividade, e ilustração de Vilma Pasqualini. emoção e imaginação. Se você não conhece, leia o livro. Alunos: Ana, Gustavo, Lívia e Nicole Alunos: Joana, Maya, Carina e Guilherme Turma 41- Profª Michele Turma 42 - Profª Silmara
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OS COLEGAS A antiga edição, do ano de 1972, tem como Você já viu um urso chamado Voz-de-Cristal, um ilustrador Gian Calvi. Possui 13 capítulos, 92 páginas e é coelho chamado Cara-de-Pau e três cachorros (Flor-de-Lis, da editora José Olympio. Nessa edição, há algumas Latinha e Virinha) formando um grupo de amigos bem ilustrações em preto e branco. A edição atual, da Casa animados? Pois no livro de Lygia Bojunga, que se chama Os Lygia Bojunga, tem 140 páginas. Colegas, você vai ver! O livro ganhou 3 prêmios: Jabuti, Hans Christian A dona de Flor-de-Lis, Andersen e do Instituto Naa cadelinha, gosta muito de cional do Livro. passar perfume nela. Coloca É um livro com também roupas, pulseiras e uma bastante texto, uma linguagem coleira tão apertada, que a Flor fácil, gírias e palavras antigas. quase se sufoca. Lendo, você vai ampliar o seu Os outros dois cães vocabulário! adoram samba e até fazem um Esse livro é bloco de carnaval. No bloco há recomendado para crianças de uma cadelinha esperta e todas as idades que gostam de bonitinha, um coelho emburrado aventura samba e diversão. e um urso que tem uma voz A história é sobre a muito fininha. Todos eles se vida de 5 animais que se divertem muito. encontraram casualmente: Esses colegas moram Virinha e Latinha, dois em um barraco, numa praia do cachorros muito amigos que Rio de Janeiro, e decidem pintar gostam de tocar, dançar e a porta do barraco de azul para fazer samba; Flor-de-Lis, uma ficar mais bonitinho. Na praia cachorrinha muito mimada por vivem muitas aventuras e se sua dona, que não gostava viram na vida para achar de sua vida e então fugiu; Caracomida e diversão. de-Pau, um coelho que “foi Mas um dia chega a perdido” por sua família e Vozcarrocinha e pega os dois cachorros, Latinha e Virinha, de-Cristal, um urso que fugiu do para levar para a prisão de zoológico. Eles moravam em Livro: Os colegas - Autora: Lygia Bojunga Ilustrador: Gian Calvi cães. um terreno abandonado, mas N° de páginas: 140 - Editora: Casa Lygia Bojunga Será que Cara-de-Pau, decidiram construir uma casa Voz-de-Cristal e Flor-de-Lis vão para ficarem juntos e protegidos. Os cinco amigos vivem várias conseguir se reencontrar com Latinha e Virinha que aventuras juntos, como aquela que aconteceu depois do estão na prisão de cães? carnaval, numa sexta-feira de cinzas, quando a carrocinha Não perca esta grande aventura e leia o chegou e capturou Virinha e Latinha. Seus amigos tentaram livro. soltar a corda que os prendia. Será que eles conseguiram sair dessa ou foram parar na carrocinha também? Alunos: Isadora, Bruna, Mariana, Leonardo e Ficou curioso!?! Vá correndo ler o livro com seus Alexandre - Turma 42 - Profª Silmara amigos e sua família!!! Um pouquinho sobre a autora Lygia Bojunga Nasceu em Pelotas, no dia 26 de agosto de 1932 e cresceu numa fazenda. Aos oito anos, foi morar no Rio de Janeiro onde se tornou atriz numa companhia de teatro que viajava pelo interior do Brasil. Ela fundou uma escola para crianças pobres do interior e a dirigiu durante 5 anos. Trabalhou durante muito tempo no rádio e na televisão, antes de ser oficialmente escritora. Amarelo é sua cor preferida. Ligada à alegria da vida, esse tornou-se o tema predileto desde seu primeiro livro Os Colegas, de 1972. Por vezes, Lygia prefere escrever sobre a realidade, mostrando então o seu olhar sério, como no livro Seis Vezes Lucas, de 1995, em que descreve infidelidade, conflitos no casamento e divórcio. Alunos: João Victor Scomazzon, Luiza, Paula e Vitória Turma 41 – Profª Michele
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O SOFÁ ESTAMPADO
Formato 19 x 22 cm 56 páginas
For. 19 x 22 cm 56 páginas
Já imaginou uma gata angorá que fica assistindo TV 14 horas por dia todos os dias, sentada em um sofá estampado? Já imaginou esta gata namorando um tatu que tem ataques de engasgo? Bom, tudo pode acontecer no livro O Sofá Estampado! A gata angorá se chama Dalva e ela não vive assistindo TV só porque gosta, e sim porque ganhou um prêmio de maior telespectadora. Os jurados ficam telefonando para saber o que ela está assistindo, para ganhar o próximo prêmio. Dalva mora numa casa, em que a dona quer que tudo combine com tudo. A dona da casa adora o sofá e a Dalva também. O tatu, que é seu namorado, se chama Vítor, e desde a infância sofre de ataques de engasgo. Quando se engasga, fica roxo, começa a tossir e não consegue falar coisa com coisa. Então, sempre cava um buraco bem fundo e some, para ninguém vê-lo. Vítor quer muito ver o mar. Fez uma grande caminhada para o Rio de Janeiro, mas quando estava chegando no mar, viu a Dalva e ficou apaixonado. Vítor odeia quando a Dalva fica vendo TV e não dá atenção a ele. Mas, mesmo assim, é vidrado nela. A vó do Vítor é uma grande exploradora. É arqueóloga, explora o mundo em busca de tatus antigos e é Livro: O sofá estampado - Autora: Lygia Bojunga Nunes uma grande defensora das matas. Ilustrador: Peter N° de páginas: 204 - Editora: Casa Lygia Bojunga Um dia, Vítor vai para uma agência de televisão tentar O que acontecerá com o Vítor? fazer uma propaganda. É uma forma da Dalva vê-lo na TV e Ele conseguirá a atenção de Dalva? prestar atenção nele. Lá encontra a dona Popô, que no princípio Conseguirá gravar a propaganda e ver o se chamava Pôzinha. Vítor quer fazer uma propaganda de mar? sabão em pó, mas quando tenta falar, vem o engasgo e a dona Para descobrir, leia o livro O sofá Popô resolve que ele vai fazer uma propaganda de xarope estampado. para tosse. Alunos: Felipe, Luís, Adara e Carlos - Turma 42 - Profª Silmara
Zoo louco
Autora: María Elena Walsh Ilustradora: Angela-Lago Tradutora: Gláucia de Souza
Sabem por que a Garça encarnada fica em uma só pata apoiada? Porque ela gosta e, bem, talvez pense também que ao levantar as duas cai sentada.
Maria Teresa e o Javali Autor: Gustavo Finkler Ilustradora: Renata Mattar
O legal deste livro é que você vai poder criar todas as imagens, ouvir todos os sons e sentir todos os cheiros e gostos através
Monstrotaro
Formato 21,5 x 22 cm 40 páginas
Autora e ilustradora: Janaina Tokitaka
Era uma vez um casal de velhinhos Que não eram avô e avó Nem pai e mãe ou mesmo sobrinhos Vivendo assim muito sós.
da sua imaginação.
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A MENINA QUERIA IR PARA A LUA
TURMA 22: CAIO, ISABELLA T., JULIA E THIAGO F.
A VIAGEM AO PAÍS DOS DOCES
TURMA 22: HELENA, HENRIQUE, ISABELA E TIAGO
A VOTAÇÃO
TURMA 22: ANTONIO, CARLA, MARIA EDUARDA E PEDRO
UM NOVO AMIGO
TURMA 22: ALICE, ANA HELENA, FERNANDA E LUIZA
Profª Márcia
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Nossa biblioteca tem um nome muito especial. Quando alguma coisa tem um nome especial, é porque alguém quis homenagear outra pessoa. Foi isso que descobrimos, quando começamos a estudar a história da nossa biblioteca. No ano de 1994, nossa biblioteca foi inaugurada, foi numa quarta-feira, às 11h da manhã, que a escola recebeu a visita da escritora Lygia Bojunga.
Lygia Bojunga em 94 na Projeto
NESTE DIA NÓS ESTÁVAMOS CONHECENDO A HISTÓRIA DA NOSSA BIBLIOTECA
CONHECEMOS OS LIVROS QUE A LYGIA ESCREVEU
Nesse encontro, a escritora conversou com as crianças sobre seu livro Os colegas, que havia sido trabalhado naquela época pela primeira série, e também sobre os livros A bolsa amarela e Angélica, lidos pelas turmas de segunda e terceira séries. A placa da biblioteca foi inaugurada às 11h30min, com a presença de um aluno de cada turma, pelas professoras e pela direção. Sabiam que nem sempre nossa biblioteca foi no local onde ela é hoje? Descobrimos que ela ficava em nossa sala de aula, e que, com o tempo e as mudanças na escola, ela foi colocada na sala onde está até hoje. Quando entramos na biblioteca há uma foto muito bonita dessa escritora especial que deu seu nome à nossa biblioteca. Alunos: Alice, Augusta, Cecília, Clara, Eduardo, Frederico, Giordano, Henrique, Manuela, Marco Antônio, Nina, Pedro, Rafaela, Roger, Sofia e Victor Grupo 2 e Profª Nicole
ESTE É O QUADRO DA NOSSA BIBLIOTECA, COM A FOTO DA LYGIA BOJUNGA
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Annete Baldi gosta muito de livros e principalmente os da Lygia Bojunga. Nos primeiros anos da Escola Projeto, Annete trabalhou como professora e também era responsável por organizar a biblioteca da escola. Depois de alguns anos ela fundou a Editora Projeto, onde trabalha até hoje. A Annete foi convidada pela turma 33, da professora Jaqueline, para uma entrevista na escola e, antes de iniciar a conversa com os alunos, comentou sobre Lygia Bojunga. Ela contou que a Lygia mora um pouco no Rio de Janeiro, onde cuida da sua editora e da sua fundação, e um pouco em Londres. Falou que a autora recebeu um prêmio literário muito conhecido e, com isso, ganhou muito dinheiro e abriu uma fundação que faz muito sucesso. A Fundação se chama Casa Lygia Bojunga e vende produtos para ajudar crianças carentes. Ela tem também uma editora que se chama Casa Lygia Bojunga, que publica seus livros. O site da editora é: www.casalygiabojunga.com.br. E agora, você quer saber sobre como a biblioteca da Projeto foi batizada e por que seu nome é uma homenagem à autora Lygia Bojunga? Então leia a entrevista realizada com a Annete, em 19/05/2011. T.33 - Como você conheceu a obra da Lygia Bojunga? Annete - Eu não tive a mesma sorte que vocês de ler os livros da Lygia na infância. Entre 1981 e 1985, na faculdade, eu comecei a ler Lygia Bojunga. Eu fiz o curso de Letras, que ensinava sobre leitura, literatura e o ensino das línguas, eu entrei na faculdade com 21 anos e me formei com 26. Fiz uma disciplina que era “Projeto de literatura”, a professora se chamava Ana Maria e ela nos ensinava sobre livros para trabalhar com os alunos quando nos formássemos. Foi então que eu conheci os livros da Lygia e descobri que ela é maravilhosa. T.33 - Por que você gosta do texto da Lygia Bojunga? Annete - Eu gosto da qualidade dos livros e do texto literário, porque eu gosto de ler livros bons, de qualidade. Eu não só gosto de ler livros de qualidade como publicar livros de qualidade. Eu me identifico com o universo, com as coisas das quais a Lygia escreve. A Lygia escreve sobre amizade, crianças, aventura e suspense. Por exemplo, no livro que vocês leram, A Bolsa Amarela, fala sobre a personagem Raquel e sobre seus segredos, suas vontades e como as vontades vão mudando quando a gente vai crescendo, fala sobre o mundo da criança, os pensamentos da criança. Quando a gente lê os livros da Lygia, a gente pensa sobre como as pessoas pensam. Nos colocamos no lugar dos personagens. Eu me identifico também com o jeito que a Lygia escreve, quando eu leio seus livros
parece que estou sentada na sala batendo papo com ela. T.33 - Como surgiu a ideia de batizar a biblioteca da escola com o nome da Lygia Bojunga? Como foi a inauguração e a visita dela à escola? Annete - Nós sempre tratamos a biblioteca da escola como um espaço muito especial e ela já existia desde o começo da escola, só que não tinha nome. Nós tínhamos amigos que trabalhavam com os livros da Lygia Bojunga, eles nos disseram que ela estava em Porto Alegre e perguntaram se nós queríamos que a Lygia viesse na escola. Eu, a Neca e a Beth, que somos irmãs, já éramos professoras e já éramos fãs da Lygia, então nós respondemos “é claro”, pois adorávamos a Lygia e esse era um dos nossos sonhos. Então nós aproveitamos a visita dela e batizamos a biblioteca com seu nome. Ela aceitou o convite e ficou honrada porque foi a primeira biblioteca a ter o seu nome, e isso que ela já era premiada e conhecida. A inauguração foi muito legal. Para comemorar, preparamos um coquetel com salgadinhos, chamamos os alunos, teve o discurso da Lygia e colocamos a placa na porta. Depois de alguns anos, quando a escola passou a ter duas unidades, decidimos que cada biblioteca teria um nome: Espaço Os Colegas e Espaço A Bolsa Amarela. Como o livro Os Colegas é para crianças menores, a biblioteca da Unidade 1 ficou com este nome e a da Unidade 2, foi chamada de Espaço A Bolsa Amarela. T.33 - Qual livro da Lygia você mais gostou? Por quê? Annete - Eu gosto de todos os livros da Lygia, mas gosto especialmente do livro A Bolsa Amarela. Em minha opinião, A Bolsa Amarela foi o melhor livro que ela já escreveu e eu gosto dele porque fala dos temas que já falei, como amizade, o mundo da criança, as vontades... É um livro que fez história na literatura para crianças no nosso país. Eu também gosto muito de outros dois livros da Lygia. São livros que não têm exatamente personagens crianças ou uma narrativa de aventura, eles se chamam O Livro e Fazendo Ana Paz. Na obra O Livro a Lygia faz uma declaração de amor aos livros, ela fala sobre a leitura, o primeiro livro que ela leu, porque ela gostou... é muito bonito! A Lygia também trabalhou como atriz de teatro e uma vez eu assisti a uma peça, que era um monólogo inspirado nesta obra. O monólogo é uma peça com uma única pessoa. Se vocês lerem este livro, imaginem a Lygia
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no palco falando todo o texto do livro. No livro Fazendo Ana Paz, a Lygia escreve sobre como cria os personagens. A Ana Paz é uma das personagens da Lygia, então ela descreve como esta personagem foi feita. No livro ela conta que se sente comandada pelos personagens, que escreve o que os personagens mandam ela fazer. Outro livro dela que eu também gostei foi O Meu amigo pintor, foi o primeiro livro que eu li da autora. Ele é um livro triste, que fala sobre morte, porém ela trata deste assunto de uma forma muita bonita. Ela escreve tão bem que qualquer assunto que ela escreve a gente gosta, principalmente porque ela nos faz pensar. T.33 - Qual é a sua relação com a leitura? Annete - Vocês sabem que eu trabalho na Editora Projeto, então eu adoro livros, adoro ler, estou sempre lendo. Tenho pelo menos uns dois ou três livros na cabeceira da minha cama. Às vezes eu estou lendo um, depois leio o outro, continuo com um e depois leio o outro. Eu gosto de ler poesia e contos, que são mais curtos, gosto de ler os livros mais grossos também. Então eu vou misturando, gosto de ler de tudo um pouco. Adoro ler. Leio muitos livros para crianças e para jovens, já que eu trabalho com estes livros e além de publicar livros, gosto de saber o que as outras editoras fazem. Eu também indico livros para a biblioteca
A gente gosta muito de ir à biblioteca, lá tem livros muito legais e que podemos levar para casa. Nossos pais contam no final de semana e depois exploramos junto com a professora e os colegas. Adoramos quando a profe conta histórias que a gente escolhe na prateleira. Os livros da etiqueta amarela são os que nossa turma mais gosta. Frequentamos a biblioteca todos os dias e sempre aproveitamos tudo, cada cantinho.
da escola. Então minha relação com a leitura é muito ativa, eu leio bastante e gosto muito de ler. Alunos: Cecília, Eduarda, Eduardo, Enrico, Felipe, Gusttavo, Letícia, Lucas, Luísa, Maria Eduarda, Maria Teresa, Mariana, Paula, Sofia, Valentina e Vitor Turma 33 – Profª Jaqueline
CLARA E HENRIQUE LENDO OS LIVROS ESCOLHIDOS POR ELES NA PRATELEIRA
ISABELA E MARIA EDUARDA PROCURANDO UM LIVRO DA ETIQUETA VERMELHA QUE ELAS QUERIAM MUITO OLHAR JUNTAS Alunos: Clara, Frederico, Henrique, Isabela, João, Maria Eduarda, Leonardo, Pedro Gabriel e Victória - Grupo 1B - Profª Vanessa
VICTÓRIA NA BIBLIOTECA CONTANDO UMA HISTÓRIA. ELA LEVOU O LIVRO PARA CASA E ADOROU!
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APRENDENDO A MATEMÁTICA
TURMA 23: ESTÊVAN, JOÃO C., MANOELA D., MARIANA, SANTIAGO e LAURA G.
O DESEJO DA MENINA
TURMA 23: GABRIELA, JOÃO E., LAURA R. e MEL
O LIVRO NOVO
TURMA 23: DAPHNE, EDUARDO, LAURA G., MANUELA S. e MARTINA
UMA NOVA AMIZADE
TURMA 23: ANDRÉ, GIOVANNA, MARINA e PEDRO
Profª Jéssica
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Ano VII - Novembro 2011
Depois da leitura em capítulos do livro Os colegas, de Lygia Bojunga, começamos a conversar sobre a revista da escola e a temática para 2011- seria sobre a autora que havíamos lido. Após explorar revistas diversas e edições anteriores da revista Por Dentro da Escola, começamos a pensar como iríamos participar. Decidimos por um jogo de trilha, pois este tipo de jogo é interessante em função dos desafios. Primeiramente, retomamos a história e criamos os desafios ou obstáculos. Depois de ilustrar, começamos a explorar diversos jogos e suas apresentações. Dessa forma nasceu, coletivamente, a Trilha dos Colegas.
Alunos: Bernardo, Catarina, Frederico, Gabriel K. Koepke, Gabriel P. Paula, Helena, Isabela, João, Julia, Luca, Lucas B. dos Santos, Lucas K. Koepke, Matheus, Mathias, Natália, Tiago, Vítor e Vitória - Grupo 4 - Profª Raquel Oliveira
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11/10/2011, 14:05