10 minute read

VIVER Projeto ajuda a superar aquafobia

Alunos de todas as idades têm preparação dentro e fora d’água

Enfrentando o medo de nadar

Advertisement

Cada vez mais pessoas buscam a natação pela saúde e para vencer traumas

TEXTO E FOTOS: JEFERSON ROCHA

Quem nunca ouviu a frase “água não tem cabelo”? E para muitos, essas palavras causam pânico e inibem de aproveitar a água de piscinas, rios, lagoas e até do mar, para praticar esportes como a Natação, ou até mesmo para se divertir. Para o educador físico e militar da Marinha do Brasil, Roberto César, aprender a nadar é questão de sobrevivência e de aproveitar melhor a vida: “A natação é de total importância, é um meio de você manter-se vivo com respeito ao meio líquido, sendo uma questão de necessidade e até de lazer com famílias, porque se você sabe nadar, vai aproveitar a vida 50% a mais com relação a pessoas que não nadam”, calcula.

Os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS),divulgados pela Neptune Serenity - Associação de Prevenção do Afogamento comprovam as palavras do professor César: no mundo, 372.000 pessoas morrem por afogamento todos os anos, acontecendo 42 mortes a cada hora, sendo este, um dos cinco principais tipos de óbito no Brasil.

O campeão olímpico brasileiro, César Cielo, em entrevista ao Jornal Zero Hora, de Porto Alegre/RS, ressaltou que a natação deveria ser tratada não como privilégio, mas sim, como um direito: “Temos uma das maiores costas litorâneas do mundo

e não temos um superprograma de sobrevivência na água, sabendo do número de afogamentos, que é a causa número 1 de acidentes com crianças. Então, num país com uma costa litorânea dessas, a gente ainda trata o esporte como um privilégio”.

Mas muitas pessoas não aprendem a nadar por sofrerem de aquafobia - o medo de enfrentar a água. Segundo Roberto César, as pessoas que sofrem desse problema podem ser classificadas em três grupos: os que já nasceram com aversão à água; os que adquiriram o medo por superproteção dos familiares; os que tenham sofrido um trauma como um pré-afogamento, por exemplo.

Uma das pessoas que venceu esse medo por trauma foi a Turismóloga Edilênia Miranda: “Meu pai morreu afogado, então eu sempre tive um trauma de mergulhar na água. Eu só ficava até enquanto a água tivesse na altura da minha cintura. A cerca de um ano eu comecei a ter aulas e hoje já nado até no mar, tranquilamente”. Para o professor Roberto César, além de ajudar a vencer os traumas, a natação é um exercício completo: “Ela melhora a flexibilidade, trabalha a coordenação motora, a respiração, melhora taxas - todas que você imaginar - melhora o sono, o nível de estresse, enfim, ela é completa! É interessante lembrar que a gente está ligado à água antes mesmo de nascer: passamos nove meses flutuando dentro da barriga de nossas mães e muitas pessoas esquecem que a gente tem esse potencial”.

E há inúmeros casos de pessoas que se recuperaram de problemas de saúde após exercícios na água. Mariane Suassuna é aluna do professor César e vê melhoras nos sintomas de sua doença de Parkinson depois que começou a natação. “No mar, todos os sintomas vão embora e diminuem muito durante o dia. Eu já comecei a sentir nos primeiros 30 dias de prática e já disse a minhas amigas: no dia em que eu não puder vir vocês me tragam nos braços de qualquer forma”.

Pensando na dificuldade que muitas pessoas enfrentam, o professor

Roberto César iniciou, há cerca de 5 anos, um trabalho educativo através do Projeto Aprendendo a Nadar (PAN), realizado como extensão do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), em parceria com a Base Naval de Natal.

Em 2016, ao perceber que o número de interessados era maior que o de vagas ofertadas no projeto, César decidiu criar um um grupo independente: “Montei uma turma com 15 alunos na praia de Ponta Negra porque eu não tinha piscina, mas fomos alcançando um público bem maior,e nossa equipe foi crescendo. Hoje, temos cinco professores todos formados e credenciados para acompanhar nossos alunos, trabalhar a aquafobia, o medo de enfrentar o mar e até iniciar a natação do zero“.

Mais de 500 pessoas já foram acompanhadas por César e sua equipe tanto em seu grupo, quanto no projeto de Extensão. Atualmente, cerca de 120 pessoas praticam natação com ele às terças, quintas

Pensando na dificuldade que muitas pessoas enfrentam, o professor Roberto César iniciou, há cerca de 5 anos, um trabalho educativo através do Projeto Aprendendo a Nadar (PAN)” “

e sábados às 5h30 nas proximidades do Morro do Careca. Além da praia. a equipe também atende alunos em uma piscina salinizada de uma faculdade do bairro de Capim Macio.

E se você tá achando que não tem idade para aprender a nadar, olha só que exemplo: Dona Antonia Alvarez tem 85 anos e entrou no grupo de natação no final do ano passado: “Eu sempre tive vontade de aprender a nadar, mas quando entrava nas escolas de natação os professores só queriam que eu fizesse hidroginástica. Aí, um dia, caminhando na praia, vi o grupo treinando e me interessei. Apesar de pouco tempo, já tenho avanços e meu sonho é entrar no mar, não importa quantos metros forem”. Quer conhecer mais? Acesse www. instagram.com/ctf_br ou ligue (84) 98115-4116.

Nunca é tarde para superar o medo: Dona Antônia iniciou aulas de natação no mar aos 85 anos

Anjo da Caridade

Por José Rodrigues - vice postulador da causa do Pe. João Maria

Padre João Maria e os ex-votos da praça

Dos imortais recantos da cidade do Natal, a Praça Padre João Maria traduz-se em um espaço de religiosidade, um marco que faz lembrar aos transeuntes os mistérios e encantos da fé. Ao centro da praça, o busto do Padre João Maria se destaca e faz lembrar a todos o homem que tanto fez pelo povo e que, segundo a devoção de seus fiéis, ainda vela por eles e intercede junto a Deus por suas súplicas.

É comum encontrar pessoas em oração em frente ao busto, acendendo velas e rogando sua intercessão. A devoção continua, e o padre João Maria também permanece auxiliando o povo desta cidade a encontrar saúde e a paz de Deus. Aquele que por toda vida dedicou-se aos pobres e desvalidos não abandonou seu povo. Provas dessa devoção são as fitas, flores e peças de gesso: cabeças, pés, braços, pernas entre outros, além de velas acessas que cercam o dito busto.

Para aqueles que, curiosos, não entendem o que significam as peças de gesso, elas se referem a graças alcançadas pelos fiéis que ali foram depositar suas súplicas e conseguiram alcançar a graça. Em gratidão e cumprindo a promessa em razão da cura da enfermidade que o incomodava, o fiel manda fazer a peça de gesso que representava a parte do corpo que foi curada para que se torne testemunha da graça alcançada.

Essas peças são conhecidas como ex-votos, ou seja, um pedido alcançado. A palavra ex-voto vem do latim ex-voto suscepto, que significa voto realizado. Eles são presentes em agradecimento ao santo pela graça conseguida. Geralmente são esculpidos em gesso, mas podem ser também nas versões de madeira ou cera. Alguns, ao invés de fazer esculturas, fazem pinturas.

É certo afirmar que muitos ex-votos já foram deixados aos pés do busto do padre João Maria testemunhando assim as graças alcançadas pelos inúmeros fiéis do “santo padre”.

Por Márcia Roque Nutricionista

A importância da hidratação

A água é um líquido indispensável e vital para a nossa saúde, principalmente para sobrevivência. É a substância mais abundante no corpo humano. Mesmo não contendo nenhuma caloria, sem ela nosso corpo não poderia continuar funcionando.

Para se ter uma ideia, a hidratação com água é suficiente para:

- Evitar o aumento excessivo da FC (frequência cardíaca);

- Evitar cãibras; - Deixar a pele macia e saudável; - Evitar doenças renais, entre outras funções; - Umidificar os tecidos da boca, olhos e nariz; - Ajudar a prevenir prisão de ventre; - Ajudar a dissolver os minerais e o outros nutrientes para deixá-los acessíveis ao corpo; - Lubrificar as articulações; - Regular a temperatura corporal. A necessidade de água de uma pessoa pode ser estimada com base na energia que gasta, no caso, seu peso corporal. Por isso, estabelecer o consumo de água exato fica difícil; depende da taxa metabólica, do gasto de energia do organismo, da eliminação hídrica e das condições ambientais. Lembrando que as frutas são cheias de água. Experimente dar sabor à água com frutas, como laranja, limão, abacaxi, além de ervas e raízes, como manjericão, hortelã e gengibre. A água se torna uma explosão de compostos e benefícios para o organismo. Portanto, manter o corpo hidratado será sempre uma condição para se manter saudável.

Virgem Imaculada de Lourdes

Há muitos lugares dedicados a Maria, Mãe de Jesus. Estivemos em Nazaré onde o verbo se fez carne. Cheios de emoção celebramos na gruta de Belém, onde Jesus nasceu. Nas paredes do Templo de Jerusalém, oramos, lembrando a purificação de Maria e do Menino Jesus. Em Caná da Galileia, emocionamo-nos com o pedido de Maria nas bodas de casamento: “Meu Filho, eles não têm mais vinho” e depois diz aos serventes: “Façam tudo o que Ele disser”. Passando pelo cenáculo, sentimos aquele encontro perseverante e unânime dos Apóstolos, com Maria, em profunda oração. E, finalmente, que alegria emocionante, ao ouvir do nosso guia: Aqui está a imagem da Dormitio da Virgem que terminado o curso de vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celeste e foi exaltada pelo Senhor como Rainha do Universo.

Mas, não ficamos somente nisto. Viajamos aos santuários Marianos. Não discutiremos aqui as questões dogmáticas e a existência das aparições de Maria. Conforme Dom Heitor de Araújo Sales, arcebispo emérito de Natal, numa de suas homilias sobre a festa de Nossa Senhora de Lourdes, ele dizia: “toda a revelação sobre a nossa salvação encerrou-se com a morte do último apóstolo”. Concluímos, com isso, que não há necessidade nem de sonhos, visões ou aparições. Tudo o que precisamos saber está contido na Bíblia, na doutrina dos Apóstolos com a ajuda do magistério da Igreja.

Mas, as aparições aconteceram. Em 11 de fevereiro de 1858, diante da gruta de Massabielle, a jovem, Bernadete Soubirous, pela primeira vez, conversou com Maria, que se declarou a Imaculada Conceição e pediu para rezar pela conversão dos pecadores e construir um santuário naquele lugar; depois tirar água da fonte e lavar-se. No dizer do Pe. Quevedo, parapsicólogo, é um fato extraordinário, milagre, porque houve algo inédito e que todos os presentes, milhares de pessoas, puderam constatar: a fonte de água que cura e purifica.

Visitamos o Santuário de Lourdes e pela experiência religiosa que tivemos, podemos afirmar que se trata de um cenáculo de Maria: Todos os povos ali peregrinando, entendendo o fenômeno religioso na sua própria língua. É um novo Pentecostes. Gente de toda parte, se ajudando mutuamente, pela fé e pela caridade. Ninguém se sente estrangeiro. Todos se dão as mãos e podemos descobrir a intenção profunda desse acontecimento: “Maria como aurora de Salvação, da qual surgiu o sol da Justiça”. A recitação do rosário, que é uma das recomendações da Imaculada de Lourdes, é como que um bálsamo para meditarmos sobre os acontecimentos salvíficos, em união com Maria, como uma forma de associarmo-nos à contemplação dos Mistérios. De todos os santuários que conhecemos, Lourdes, pela beleza pródiga da natureza, com suas montanhas, florestas e rios e a fonte da água milagrosa, torna-se um templo de recolhimento, de meditação e de cura física e espiritual para os milhares de peregrinos que se privam desta dádiva divina.

38 FEVEREIRO DE 2020 Por Mons. Lucas Batista Neto Capelão da Casa da Criança - Natal

A recitação do rosário, que é uma das recomendações da Imaculada de Lourdes, é como que um bálsamo para meditarmos sobre os acontecimentos salvíficos, em união com Maria, como uma forma de associarmo-nos à contemplação dos Mistérios. “

This article is from: