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Quadro 1 - Categorização das bibliotecas

informação insubstituível, um imprescindível depositário do saber" (QUEIROZ, 2006, p. 51). O uso de espaços do conhecimento estimula e influencia diretamente a formação do pensamento crítico dos formadores de opinião e a criação de responsabilidades sociais e ambientais, além de propiciar a ampliação dos conhecimentos técnicos e gerais do indivíduo, podendo futuramente refletir na sociedade no âmbito político, econômico e social (AZEVEDO, 2018). Assim, para Queiroz (2006) e Azevedo (2018), os edifícios bibliotecários devem possuir em seu acervo conteúdos diversificados de todas as grandes áreas de conhecimento, como arte, literatura, política, religião, entre outros, a fim de contribuir com a conformação de uma sociedade pensante, crítica e humanitária. Soma-se a isso, os ambientes de leitura devem possuir condições físicas necessárias e adequadas para atender todo o tipo de usuário.

Quadro 1 - Categorização das bibliotecas

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BIBLIOTECAS CLASSIFICAÇÃO FUNÇÃO OBJETIVO

NACIONAL Reunir e preservar a produção bibliográfica de uma nação Resguardar a herança nacional

ESCOLAR Agrupar conteúdos educacionais gerais e UNIVERSITÁRIA específicos para pesquisas e estudos

PÚBLICA Armazenar e disponibilizar COMUNITÁRIA informação Disponibilizá-los para alunos e comunidade acadêmica Ser um centro de informação aberto à comunidade

Fonte: SNBP, elaborado pela autora (2021)

Entende-se, assim, que a biblioteca pública além do acesso à informação, o acesso à educação, à cultura e ao lazer. Seu objetivo é desenvolver o ser humano através da prática da leitura. Neste viés, entende-se que ela deve possuir fortes laços com a comunidade em que está inserida a fim de possibilitar o desenvolvimento local (MILANESI, 1983; MEDEIROS, 2012). Ressalta-se ainda que o usuário do equipamento público varia muito, como explicado por Medeiros (2012):

No caso da biblioteca pública o público é bastante diversificado pois, não atende a uma fatia determinada da população, acolhendo o doutor e o menino de rua, o aposentado e a dona de casa, o desempregado e o estudante, enfim, a todos os segmentos da sociedade. Este atendimento baseia-se em atividades múltiplas requerendo saberes e práticas diversificadas. (MEDEIROS, 2012. p. 01).

A partir do exposto acima, considera-se as bibliotecas públicas como um complemento dos espaços públicos. Sua importância social atravessa os limites do espaço de leitura e incorpora as relações sociais de um espaço de encontro, com intuito de proporcionar à sua comunidade espaços multiuso que fomente a experiência educacional, cultural e sociável, de um modo informal, como se fosse, de acordo com o manifesto sobre as bibliotecas públicas emitido pela Federação Internacional de Associações e Instituições de Bibliotecas (IFLA), “a sala de estar da comunidade”.

2.2 BIBLIOTECA PÚBLICA NO BRASIL

As primeiras bibliotecas no Brasil datam do período colonial, mas não eram abertas ao público, visto que pertenciam às famílias nobres e às instituições religiosas, e eram incorporadas as estruturas dos conventos e mosteiros. As bibliotecas dos conventos concentravam acervos de livros de filosofia e iluminismo, os quais foram responsáveis por garantir o crescimento cultural e intelectual dos jovens da comunidade. As bibliotecas dessa época estavam localizadas em Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo, sob domínio dos jesuítas, beneditos, franciscanos e carmelitas (SANTOS, 2010). A Biblioteca Nacional do Brasil (Figura 06), localizada no Rio de Janeiro, passou por turbulências até ser aberta ao público em 1811, visto que ela veio transferida de Portugal como a “Biblioteca Real Portuguesa” e seu acervo possuía manuscritos da Biblioteca Pública de Lisboa. No país ela foi renomeada como Biblioteca D’Ajuda e somente após a independência tornou-se a Biblioteca Nacional (SANTOS, 2010; FREITAS; SILVA, 2014).

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