Hospital Municipal de Jarinu

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DEDICATÓRIA Dedico esse trabalho a todos que acreditaram no meu potencial e torceram pelo meu sucesso, em especial minha família que me apoiou e incentivou, cada um a sua maneira e, principalmente ao meu namorado Paulo, que sempre esteve ao meu lado em todos os momentos, me ajudando, apoiando, incentivando e até mesmo dando broncas, nunca deixando que eu desistisse dos meus sonhos e ideais.


AGRADECIMENTOS

Tenho tantas pessoas a agradecer que nem sei por onde começar... mas, vamos lá! Agradeço muito as minhas amigas Ediane e Margarete, que sempre estiveram comigo durante todo o curso e, mesmo quando não tínhamos aulas juntas, elas sempre estavam lá, prontas a me ajudar, por terem me agüentado por tanto tempo e por fazerem parte, não só da minha vida acadêmica, mas também pessoal. A todos os meus amigos da faculdade que mesmo enforcados com tanto trabalho conseguiam arrumar um tempinho para ajudar os amigos. A minha querida mãe Dona Cida, pela bondade e compreensão e por sempre me apoiar moralmente e, muitas vezes, financeiramente. Ao meu pai que sempre acreditou em mim e respeitou as minhas decisões e também pela grandiosa ajuda financeira. Ao meu irmão, que já não agüentava mais me ver trancada em meu quarto horas e horas fazendo o TCC. Ao Arquiteto Tonoli, meu chefe, por ter me ajudado e aconselhado no projeto e também pelas tantas horas que me deixou sair mais cedo para que fizesse o trabalho. A Tia Ângela, que sempre me ouviu reclamando, ‘que não vai dar tempo’, ‘que não agüento mais’ e mesmo assim sempre me incentivou e muitas vezes se preocupou comigo. A Erikinha que ficava procurando catálogos, pesquisando na internet e às vezes terminava os projetos para que eu pudesse fazer o TCC. A professora Maribel sempre que pode me ajudou muito no projeto do hospital, até levou bronca comigo por me dar assessoria quando não podia. Agradeço imensamente ao meu orientador que sempre me deu muita força, inspiração e também puxões de orelha, mas que sem sua ajuda e incentivo esse trabalho não se realizaria e, por muitas vezes, ter acredito muito mais do que eu mesma nesse projeto. E, finalmente, agradeço ao Paulo pela paciência, carinho e compreensão que teve comigo nesse longo ano, pela ajuda e incentivo e, desculpas por ter ficado abandonado tantos finais de semana enquanto eu fazia o trabalho.


“Hospitais

são

empreendimentos

complexos, que abrigam pessoas em confronto com emoções e incertezas nos momentos mais críticos da existência humana: nascimento, sofrimento profundo, risco de vida, dor, doença, cura, qualidade de vida, morte”.(Lauro Carlos Miquelin, 1992, p. 23)




1. Delimitação do Tema......................................................................................

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2. Justificativa.....................................................................................................

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2.1. Localização do Município.......................................................................... 07 2.2. População.................................................................................................

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2.3. Serviços de Saúde já existentes............................................................... 22 2.4. Custo de implantação e manutenção........................................................ 27 3. Escolha do Local............................................................................................. 30 4. Programa ........................................................................................................ 35 5. Projetos de Referência ................................................................................... 42 5.1. Hospitais da Rede Sarah Kubitschek – Fortaleza..................................... 43 5.2. Hospitais da Rede Sarah Kubitschek – Rio de Janeiro............................. 59 5.3. Hospital e Maternidade São Luiz – Unidade Anália Franco...................... 78 6. Hospital Municipal de Jarinu .....................................................................

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7. Referências Bibliográficas............................................................................... 96 8. Bibliografia Consultada.................................................................................... 98 9. Anexos............................................................................................................. 100


LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – Forma do hospital na antiguidade................................................................... 2 FIGURA 2 – Evolução das formas do hospital na Idade Média..........................................

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FIGURA 3 – Evolução das formas do hospital na Renascença..........................................

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FIGURA 4 – Evolução das formas do hospital na Era Industrial......................................... 4 FIGURA 5 – Forma do hospital Pré-Contemporâneo.......................................................... 4 FIGURA 6 – Mapa de localização do município.................................................................. 9 FIGURA 7 – Gráfico de quantidade de leitos SUS em 2003............................................... 12 FIGURA 8 – Mapa do município de Jarinu com a distribuição dos estabelecimentos de saúde................................................................................................. 25 FIGURA 9 – Mapa da área central do município de Jarinu com a distribuição dos estabelecimentos de saúde................................................................................................. 25 FIGURA 10 – Gráfico com os custos do edifício hospitalar em 40 anos............................. 28 FIGURA 11 – Foto Aérea do Município de Jarinu...............................................................

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FIGURA 12 – Mapa de Macrozoneamento do município de Jarinu....................................

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FIGURA 13 – Mapa de Áreas de Especiais Interesses....................................................... 33 FIGURA 14 – Vista do Terreno............................................................................................ 34 FIGURA 15 – Vista do Terreno............................................................................................ 34 FIGURA 16 – Vista do Terreno............................................................................................ 34 FIGURA 17 – Vista do Terreno............................................................................................ 34 FIGURA 18 – Vista do Terreno............................................................................................ 34 FIGURA 19 – Vista aérea do Hospital Sarah Fortaleza......................................................

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FIGURA 20 – Corte do Hospital Sarah Fortaleza. Mostra o bloco vertical de enfermarias e seus respectivos solários..................................................................................................... 45 FIGURA 21 – Relação de área construída e área verde..................................................... 46 FIGURA 22 – Ambientes do Hospital..................................................................................

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FIGURA 23 – Vista dos Solários.........................................................................................

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FIGURA 24 – Vista dos Solários.........................................................................................

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FIGURA 25 – Vista do jardim interno..................................................................................

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FIGURA 26 – Vista do jardim do Salvador..........................................................................

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FIGURA 27 – Vista da frente das galerias de ventilação. Percebe-se pela movimentação das bandeiras a direção do vento dominante (o vento sopra 30 graus com a perpendicular das galerias)............................................................................. 49 FIGURA 28 – Bocas de entrada de ar. Observam-se nebulizadores na frente das bocas

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FIGURA 29 – Espelho D’água do Hospital Sarah Fortaleza...............................................

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FIGURA 30 – Corte e planta esquemático das galerias de ventilação................................ 50 FIGURA 31 – Planta de Implantação do Hospital Sarah Fortaleza..................................... 51


FIGURA 32 – Planta do Pavimento Térreo do Hospital Sarah Fortaleza............................ 52 FIGURA 33 – Planta do Subsolo (nível -3,50 e -2,70) do Hospital Sarah Fortaleza........... 53 FIGURA 34 – Planta do Primeiro Pavimento (nível 3,50) do Hospital Sarah Fortaleza...... 54 FIGURA 35 – Planta do Segundo Pavimento do Hospital Sarah Fortaleza........................ 55 FIGURA 36 – Corte Longitudinal A-A do Hospital Sarah Fortaleza....................................

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FIGURA 37 – Corte Transversal B-B do Hospital Sarah Fortaleza..................................... 56 FIGURA 38 – Planta do Pavimento Térreo do Hospital Sarah Fortaleza............................ 57 FIGURA 39 – Fluxograma do Hospital Sarah Fortaleza...................................................... 58 FIGURA 40 – Vista aérea do Hospital Sarah Rio de Janeiro..............................................

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FIGURA 41 – Corte do Hospital Sarah Rio de Janeiro........................................................ 61 FIGURA 42 – Sistema de Ventilação do Hospital Sarah Rio de Janeiro............................. 62 FIGURA 43 – Corte do sistema do forro basculante...........................................................

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FIGURA 44 – Vista do sistema de painéis (automatizados) basculantes. Forro do corredor lateral do Hospital Escola de São Carlos............................................................................

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FIGURA 45 – Corte mostrando o jardim interno com a cobertura em arco móvel.............. 63 FIGURA 46 – Centro de convivência e jardim interno do Hospital Sarah Rio de Janeiro... 63 FIGURA 47 – Sistema Construtivo Hospital Sarah Rio de Janeiro.....................................

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FIGURA 48 – Ambientes do Hospital..................................................................................

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FIGURA 49 – Relação de área verde e área construída..................................................... 65 FIGURA 50 – Ambientes com ventilação artificial, áreas de transição e áreas verdes....... 66 FIGURA 51 – Sistema de abertura do Auditório.................................................................. 67 FIGURA 52 – Espaço central de convivência...................................................................... 67 FIGURA 53 – Solário com duas plataformas....................................................................... 67 FIGURA 54 – Vista do solário e do auditório ao fundo........................................................ 68 FIGURA 55 – Planta de Implantação do Hospital Sarah Rio de Janeiro............................. 69 FIGURA 56 – Planta do Pavimento Térreo do Hospital Sarah Rio de Janeiro.................... 70 FIGURA 57 – Planta do Piso Técnico do Hospital Sarah Rio de Janeiro............................ 71 FIGURA 58 – Planta da Residência Médica do Hospital Sarah Rio de Janeiro.................. 72 FIGURA 59 – Planta do Auditório do Hospital Sarah Rio de Janeiro.................................. 73 FIGURA 60 – Planta dos Apartamentos Médicos do Hospital Sarah Rio de Janeiro.......... 74 FIGURA 61 – Corte Longitudinal A-A do Hospital Sarah Rio de Janeiro............................

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FIGURA 62 – Corte Longitudinal B-B do Hospital Sarah Rio de Janeiro............................

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FIGURA 63 – Planta do Pavimento Térreo do Hospital Sarah Rio de Janeiro.................... 76 FIGURA 64 – Fluxograma do Hospital Sarah Rio de Janeiro.............................................

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FIGURA 65 – Vista aérea do Hospital São Luiz - Unidade Anália Franco..........................

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FIGURA 66 – Vista Frontal do Hospital e Maternidade São Luiz – Unidade Anália Franco 80 FIGURA 67 – Berçário do Hospital São Luiz – Unidade Anália Franco..............................

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FIGURA 68 – Centro Cirúrgico Hospital São Luiz – Unidade Anália Franco..................................

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FIGURA 69 – Um do quartos do Hospital São Luiz – Unidade Anália Franco................................ 81 FIGURA 70 – Vista das varandas dos apartamentos do Hospital e Maternidade São Luiz – Unidade Anália Franco........................................................................................................

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FIGURA 71 – Detalhe da fachada....................................................................................... 83 FIGURA 72 – Pátio ajardinado e passarelas....................................................................... 83 FIGURA 73 – Hall Central...................................................................................................

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FIGURA 74 – Capela Ecumênica........................................................................................ 84 FIGURA 75 – Vista da área de estar................................................................................... 84 FIGURA 76 – Detalhe da Varanda......................................................................................

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FIGURA 77 – Planta do Pavimento Térreo do Hospital e Maternidade São Luiz Unidade Anália Franco........................................................................................................

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FIGURA 78 – Planta do 2° Pavimento (Centro Cirúrgico-Obstétrico) do Hospital e Maternidade São Luiz – Unidade Anália Franco.................................................................

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FIGURA 79 – Planta do Quarto Pavimento (Internação) do Hospital e Maternidade São Luiz – Unidade Anália Franco.................................................................

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FIGURA 80 – Corte Longitudinal do Hospital e Maternidade São Luiz Unidade Anália Franco........................................................................................................

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FIGURA 81 – Corte Transversal do Hospital e Maternidade São Luiz................................ 88 FIGURA 82 – Corte Transversal do Hospital e Maternidade São Luiz................................ 88


LISTA DE TABELAS

TABELA 1 – Faixas Etárias da população do município de Jarinu.....................................

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TABELA 2 – População residente por sexo e situação............................................................. 14 TABELA 3 – Número de Leitos por Especialidade por Município......................................... 16 TABELA 4 – Tipos de Unidades de Saúde por Município................................................... 20 TABELA 5 – Programa do Hospital Municipal de Jarinu.....................................................

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ANEXOS

ANEXO I – Distâncias entre Jarinu e municípios da região ANEXO II – Tabela - Atribuições do Hospital Municipal de Jarinu ANEXO III – Fluxograma Geral ANEXO IV – Alb Hospital ANEXO V – St. Mary Hospital ANEXO VI – Knittelfeld State Hospital ANEXO VII – Mapa de macrozoneamento ANEXO VIII – Mapa de Áreas de Especiais Interesses




Tendo em vista a complexidade de um hospital e sua importância para a sociedade, os hospitais vêm sofrendo transformações e adaptações dadas às várias necessidades, tanto humanas quanto tecnológicas. A anatomia dos edifícios da saúde tem sofrido grandes mudanças nos últimos anos. Na Idade Média era um local de confinamento das pessoas doentes, sem a preocupação do tratamento ou cura, que na verdade visava mais a proteção das pessoas que estavam fora do que o atendimento aos doentes. Hoje, os hospitais contemporâneos são unidades complexas associadas a tecnologias de ponta e avanços nas ciências médicas, tornando-se um local onde a vida não somente pode ser salva, mas também melhorada. Através do processo de transformações do complexo hospitalar é possível perceber que alguns edifícios referenciais são de extrema importância para a área da arquitetura hospitalar, pois esses edifícios influenciaram, e muito, a produção desses espaços no Brasil. Essas transformações históricas das construções na saúde podem ser divididas em fases e tipos:

1. Antiguidade: Pórticos e Templos. Estrutura hospitalar ainda muito ligada à religião e ao abrigo de viajantes. Os Gregos e Romanos já possuíam terapias primitivas com algum objetivo na saúde.

Figura 01 – Forma do hospital na antiguidade. Fonte: Miquelin, 1992, p. 28.

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2. Idade Média: Nave. Começa a surgir um desenho de enfermaria e uma organização espacial e de funções: separação entre as funções de alojamento e logística, e separação dos pacientes por patologia e sexo, mas ainda com uma função muito ligada à religião. Nesse momento as condições de iluminação e ventilação são melhoradas e a importância da água como fator de melhoria das condições de higiene.

Figura 02 – Evolução das formas do hospital na Idade Média. Fonte: Miquelin, 1992, p. 28.

3. Renascença: Cruz e Claustro. Construções mais complexas: elemento cruciforme e pátio interno, ou claustro, rodeado por galerias e corredores. Maior preocupação com salubridade e saneamento e início da era científica da medicina.

Figura 03 – Evolução das formas do hospital na Renascença. Fonte: Miquelin, 1992, p. 28.

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4. Era Industrial: Pavilhões. Os novos princípios básicos da morfologia pavilionar eram a redução do número total de leitos, separação dos pacientes em pequenos grupos de 20 pessoas por enfermaria (enfermaria aberta) e a melhoria da iluminação e ventilação naturais.

Figura 04 – Evolução das formas do hospital na Era Industrial. Fonte: Miquelin, 1992, p. 28. 5. Pré-Contemporâneo: Blocos. Verticalização: surge o hospital monobloco vertical que é simplesmente o empilhamento das enfermarias abertas com um elevador ligando todos os andares. Funções hospitalares divididas em quatro setores básicos: - subsolo: serviços de apoio, - térreo: consultórios médicos e raio-X, - primeiro andar: laboratório e serviços administrativos, - pavimentos intermediários: áreas de internação e no último Bloco Operatório. Avanços médicos: descoberta da infecção hospitalar, procedimentos assépticos, raio-X e centro cirúrgico.

Figura 05 – Forma do hospital Pré-Contemporâneo. Fonte: Miquelin, 1992, p. 28.

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No Brasil, a configuração dos edifícios destinados à saúde recebeu grandes influências de edifícios hospitalares da Europa e da América do Norte, como a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, que possui os mesmos conceitos de planejamento hospitalar do Hospital Lariboisiere de Paris (Miquelin, 1992, p. 45). Além de receber influências na arquitetura, os sistemas de saúde propostos no país, entre o final da década de 1940 até início da década de 1980 foram inspirados, em maior ou menor grau, no modelo do Sistema Nacional de Saúde Britânico. Esse sistema não visava à estatização do atendimento, mas sim, à implantação gradativa de uma estrutura hierarquizada de atenção, no qual nenhum dos níveis do sistema deveria tentar resolver problemas que um outro nível pudesse atender com menos recursos. A rede britânica era composta por quatro níveis básicos de atendimento: 1. General Practicioners 2. Centros de Saúde 3. Hospitais Gerais Regionais e 4. Hospitais de Ensino e Pesquisa. Outro aspecto que deve ser colocado era a obstinação na busca de excelência de atendimento na base do sistema, no qual recursos humanos com maior experiência e capacidade de resolução dos problemas da saúde eram colocados, na porta de entrada do sistema, assim todo o restante não ficaria sobrecarregado e problemas mais específicos e graves poderiam ser atendidos com maior eficiência. Em 1983, a estrutura de hierarquização de atendimento no Brasil era composta por oito níveis, de acordo com as Normas e Padrões de Construções e Instalações de Serviços de Saúde do Ministério da Saúde: 1. Posto de Saúde 2. Centro de Saúde 3. Ambulatório Geral 4. Unidade Mista de Saúde 5. Hospital Local 6. Hospital Regional 7. Ambulatório de Especialidades e 8. Hospital de Base Porém, diferente do que aconteceu com o modelo original britânico, as Unidades Básicas de Saúde não possuíam capacidade resolutiva dos problemas, seja por falta de equipamentos necessários, infra-estrutura ou qualidade de trabalho. Isso gerou uma falta de credibilidade da população no sistema. É preocupante a perda de confiança já na entrada do sistema, pois desestabiliza toda a rede, podendo gerar condições de superlotação dos ambulatórios dos grandes hospitais ao invés desses pacientes serem atendidos em unidades menores e, por último, até a implosão do sistema como um todo. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - HOSPITAL MUNICIPAL DE JARINU

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Para tentar amenizar de imediato a situação do sistema de saúde brasileiro é preciso que o primeiro atendimento ao paciente seja eficiente e de qualidade, pois dessa maneira, além da rápida resolução do problema não ocorrerá à reincidência do paciente com o mesmo problema, diminuindo gradativamente a superlotação. Devem-se concentrar os esforços na melhoria da qualidade dos atendimentos de base, evitando que pacientes com problemas simples sejam atendidos em estabelecimentos de assistenciais de saúde mais especializados, o que também ajudaria na diminuição do inchaço do sistema. Em 21 de fevereiro de 2002 foi implantado no Brasil a Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) n° 50 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária que propôs um novo tipo de abordagem do regulamento técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde (EAS) sem a utilização de programas e projetos pré-estabelecidos e, sim, fornecendo uma vasta listagem de atribuições e atividades que poderão compor os EAS, porém acrescidos das características e especificidades de cada local, definindo, assim, o programa físico-funcional de cada estabelecimento. Como proposta de melhoria do atendimento médico no município de Jarinu e, conseqüente melhora no atendimento hospitalar de municípios vizinhos que deixarão de atender pacientes transferidos de Jarinu, esse trabalho desenvolverá um projeto de Hospital Municipal com 45 leitos.

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Para a implantação de um hospital é necessário analisar as necessidades de cada município, considerando suas características específicas, tais como: sua localização, população, serviços de saúde já existentes e custo de implantação e manutenção do hospital.

LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

A localização do município onde será implantado um hospital é de extrema importância devido a sua distância em relação aos outros municípios vizinhos que já possuam unidades hospitalares para a transferência de pacientes e, conseqüentemente, a importância do tempo de percurso até essas cidades que, muitas vezes, é decisiva para a vida ou morte do paciente. O município de Jarinu fica localizado no Estado de São Paulo, próximo a grandes centros urbanos, como Campinas, que está a 58Km do município, e São Paulo, a 68Km. Atualmente, os pacientes que necessitam de atendimento hospitalar são transferidos para o Hospital de Caridade São Vicente de Paulo, em Jundiaí, que está a, aproximadamente, 23Km de Jarinu, porém com um tempo de percurso médio de 30 minutos. Ou, então, em se tratando de atendimento mais específico por especialidade ou problema muito grave, são transferidos para o Hospital de Clínicas da Unicamp, em Campinas, que está a aproximadamente 60Km e com tempo médio de percurso de 45 minutos. Outros municípios que fazem fronteiras com Jarinu, como Campo Limpo Paulista, Itatiba, Bragança Paulista e Atibaia, também já possuem Hospital, porém, os pacientes jarinuenses são transferidos apenas para os Hospitais Regionais já citados. Através da Figura 06 é possível localizar o município de Jarinu dentro do Estado de São Paulo e os municípios da região.

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Figura 06 – Mapa de localização do município. Fonte: Prefeitura Municipal de Jarinu, 2008.

Analisando as condições de localização do município, posto que a má qualidade das estradas que interligam Jarinu a Jundiaí, e ao longo tempo de trajeto até o município de Campinas, a implantação de um hospital torna-se justificável.

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Um dos fatores relevantes que justificam a necessidade de implantação de um hospital em determinado município é seu número de habitantes, que determina a quantidade de leitos. Através das faixas etárias predominantes é possível também determinar, ou não, as especialidades que o hospital deverá ter. No censo de 2000, Jarinu contava com uma população de 17.041 habitantes e pela última projeção de população do IBGE, de 2007, eram 20.606 habitantes. A taxa geométrica de crescimento anual no período de 1991 a 2000 foi de 5,11%. Se a taxa geométrica de crescimento anual continuar a mesma para os próximos 10 anos, em 2018 a população de Jarinu será de aproximadamente 35.650 habitantes. Todos esses dados podem ser verificados na Tabela 02, que, além de Jarinu, também apresenta dados de municípios vizinhos que mais adiante serão utilizados para se comparar a população com a quantidade de leitos dos hospitais existente. Com base na população do censo de 2000, Jarinu possuía 3.281 crianças de 0 a 9 anos, 3.604 adolescentes entre 10 e 19 anos, 8.776 adultos entre 20 e 59 anos e 1.380 idosos acima de 60 anos, subdivididos por faixas etárias da seguinte maneira: População de Jarinu Faixa etária 0a3 4 crianças 5a6 7a9 10 a 14 adolescentes 15 a 17 18 a 19 20 a 24 25 a 29 adultos 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 64 65 a 69 idosos 70 a 74 75 a 79 80 e mais Total de habitantes

n° habitantes hab/faixa 1.283 311 3.281 684 1.003 1.725 3.604 1.116 763 1.622 1.413 8.776 2.513 1.920 1.308 428 371 1.380 303 133 145 17.041

Tabela 01 – Faixas Etárias da população do município de Jarinu. Fonte: IBGE, 2000. Elaboração: Camargo, 2008.

Para se determinar as especialidades do hospital em função da faixa etária é preciso verificar se existe alguma discrepância na faixa etária do município, como, por exemplo, se a população for predominantemente idosa isso justificaria a criação de uma Clínica Geriátrica ou se for a sua grande maioria constituída por crianças a Clínica Pediátrica deverá receber TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - HOSPITAL MUNICIPAL DE JARINU

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uma maior atenção. Como toda população é constituída por crianças, adolescentes, adultos e idosos, com maior ou menor grau de concentração, é necessário que as especialidades do hospital possam atender a população de maneira geral, por isso hospitais que se destinam a atender sem nenhuma área médica em específico, como, por exemplo, hospital do coração, hospital do câncer, etc., deverá possuir as quatro clínicas básicas: Clínica Médica, Clínica Pediátrica, Clínica Obstétrica/ Ginecológica e Clínica Cirúrgica. Para a elaboração de um projeto de hospital é necessário prever a quantidade de leitos que haverá para atender a população do município. Atualmente, existem duas proporções para se chegar a esse valor, uma é recomendada pela Organização Mundial de Saúde que é de 4 leitos para cada 1.000 habitantes e, outra mais próxima da realidade brasileira, recomendada pelo Ministério da Saúde, que é de 2,5 leitos para cada 1.000 habitantes. Como podemos ver na Figura 07, em 2003, existiam 0,58 leitos SUS para cada mil habitantes e a média para o Estado de São Paulo era de 1,97 leitos SUS para cada mil habitantes.

Figura 07 – Gráfico de quantidade de leitos SUS em 2003. Fonte: Plano Diretor de Jarinu, 2006.

Além dos dados apresentados de proporção de leitos em função do número de habitantes, para que o projeto possa se basear na realidade da região do município foi realizado um levantamento do número de leitos por área médica de cada município analisado na Tabela 02, o que gerou a Tabela 03. Através da Tabela 03 é possível verificar que, para os mais de 20 mil habitantes do município de Jarinu, existem atualmente apenas 11 leitos, sendo 6 para cirurgia geral e 5 para pediatria clínica na única Unidade Mista de Saúde existente. Outro dado que pode ser observado através da Tabela 03 juntamente com a Tabela 04, que relaciona os tipos de TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - HOSPITAL MUNICIPAL DE JARINU

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unidades de saúde de cada município, é que municípios como Morungaba com 27 leitos e Nazaré Paulista com 28 leitos, que possuem população menor que Jarinu, 12.007 e 14.603 habitantes respectivamente, já possuem Hospital Geral. Outros municípios, como Piracaia com 35 leitos e 22.335 habitantes e Louveira com 27 leitos e 29.760 habitantes que possuem população atual maior que Jarinu, também já possuem Hospital Geral, sendo que, na época de sua implantação a população era aproximadamente a mesma existente em Jarinu atualmente. Baseando-se nos municípios citados acima, com realidades próximas a de Jarinu, também é possível verificar na Tabela 03 que nos hospitais desses municípios são atendidas as quatro áreas médicas básicas: Clínica Médica, Clínica Pediátrica, Clínica Obstétrica/ Ginecológica e Clínica Cirúrgica. Conforme dados apresentados, em função da população existente no município de Jarinu e relacionando-o com a situação atual de municípios da região, conclui-se que é favorável a implantação do hospital com base na população. É possível também estabelecer o número de leitos, considerando 2,5 leitos para cada 1.000 habitantes e para uma população atual de mais de 20 mil habitantes, chega-se à conclusão de um hospital com 45 leitos, que poderá ser ampliado, de acordo com a necessidade e com o crescimento populacional. Baseando-se na faixa etária da população e em hospitais da região do município, o hospital atenderá as quatro áreas médicas básicas: a Clínica Médica, Clínica Pediátrica, Clínica Obstétrica/ Ginecológica e Clínica Cirúrgica, e terá especialidades que atendam todas as faixas etárias como Oftalmologia e Ortopedia.

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Tabela 02 População residente por sexo e situação Variável = População residente (Pessoas)

Taxa Geométrica de Crescimento Anual no Período

Sexo = Total Brasil, Unidade da Federação e Município

Situação do Domicílio

Ano

10 11 9 30 1970 a 1980 a 1991 a 1970 a 1970 1980 1991 2000 2007 1980 1991 2000 2000 Total 36.838 57.820 86.336 111.300 119.166 4,61 3,71 2,86 3,75 Atibaia - SP Urbana 20.318 48.453 74.751 96.874 9,08 4,02 2,92 5,34 Rural 16.520 9.367 11.585 14.426 -5,52 1,95 2,47 -0,45 Total 3.834 7.096 9.854 13.313 16.211 6,35 3,03 3,40 4,24 Bom Jesus dos Urbana 2.321 5.511 8.996 11.223 9,03 4,56 2,49 5,39 Perdões - SP Rural 1.513 1.585 858 2.090 0,47 -5,43 10,40 1,08 Total 63.676 84.050 108.980 125.031 136.286 2,81 2,39 1,54 2,27 Bragança Paulista Urbana 41.386 62.651 92.409 111.091 4,23 3,60 2,07 3,35 SP Rural 22.290 21.399 16.571 13.940 -0,41 -2,30 -1,90 -1,55 Total 7.679 11.716 18.814 33.100 38.898 4,32 4,40 6,48 4,99 Cabreúva - SP Urbana 1.332 6.591 13.323 25.760 17,34 6,61 7,60 10,38 Rural 6.347 5.125 5.491 7.340 -2,12 0,63 3,28 0,49 Total 9.156 21.891 45.387 63.724 69.810 9,11 6,85 3,84 6,68 Campo Limpo Urbana 6.841 20.584 44.455 62.260 11,65 7 ,25 3, 81 7, 64 Paulista - SP Rural 2.315 1.307 932 1.464 -5,56 -3,03 5,15 -1,52 Total 28.376 41.630 61.645 81.197 91.479 3,91 3,63 3,11 3,57 Itatiba - SP Urbana 20.767 35.536 54.078 65.925 5,52 3,89 2,23 3,93 Rural 7.609 6.094 7.567 15.272 -2,20 1,99 8,11 2,35 Total 7.095 10.189 18.142 26.166 36.766 3,69 5,38 4,15 4,45 Itupeva - SP Urbana 788 3.466 11.614 19.259 15,97 11,62 5,78 11,24 Rural 6.307 6.723 6.528 6.907 0,64 -0,27 0,63 0,30 Total 5.143 6.238 10.878 17.041 20.606 1,95 5,19 5,11 4,07 Jarinu - SP Urbana 819 1.187 5.459 10.984 3,78 14,88 8,08 9,04 Rural 4.324 5.051 5.419 6.057 1,57 0,64 1,24 1,13 Tabela 02 - População residente por sexo e situação. Fonte: IBGE, 2000 com projeção de 2007. Elaboração: Camargo, 2008. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - HOSPITAL MUNICIPAL DE JARINU

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Tabela 02 – continuação. População residente por sexo e situação Taxa Geométrica de Crescimento Anual no Período

Variável = População residente (Pessoas) Sexo = Total Brasil, Unidade da Federação e Município Jundiaí - SP

Louveira - SP

Morungaba - SP Nazaré Paulista SP Piracaia - SP

Valinhos - SP Várzea Paulista SP Vinhedo - SP

Situação do Domicílio Total Urbana Rural Total Urbana Rural Total Urbana Rural Total Urbana Rural Total Urbana Rural Total Urbana Rural Total Urbana Rural Total Urbana Rural

Ano 1970

1980

1991

2000

2007

169.076 258.809 289.269 323.397 342.983 145.700 221.810 266.235 300.207 23.376 36.999 23.034 23.190 6.430 10.322 16.259 23.903 29.760 1.878 8.172 14.131 21.888 4.552 2.150 2.128 2.015 5.032 6.528 8.210 9.911 12.007 2.834 4.584 6.249 7.786 2.198 1.944 1.961 2.125 10.009 8.419 11.671 14.410 14.613 2.122 2.481 4.162 5.830 7.887 5.938 7.509 8.580 12.883 13.792 18.999 23.347 22.335 4.918 8.202 18.999 23.347 7.965 5.590 30.775 48.928 67.886 82.973 97.814 19.995 37.450 59.912 78.506 10.780 11.478 7.974 4.467 9.894 33.818 68.921 92.800 100.411 8.463 32.645 68.036 92.800 1.431 1.173 885 12.338 21.647 33.612 47.215 57.435 7.453 21.039 32.999 46.174 4.885 608 613 1.041 -

10 1970 a 1980 4,35 4,29 4,70 4,85 15,84 -7,23 2,64 4,93 -1,22 -1,72 1,58 -2,80 0,68 5,25 -3,48 4,75 6,48 0,63 13,08 14,45 -1,97 5,78 10,94 -18,81

11 1980 a 1991 1,02 1,67 -4,22 4,22 5,10 -0,09 2,11 2,86 0,08 3,01 4,82 2,16 2,95 7,94 3,02 4,36 -3,26 6,69 6,90 -2,53 4,08 4,18 0,07

9 1991 a 2000 1,25 1,34 0,08 4,37 4,98 -0,60 2,11 2,47 0,90 2,37 3,82 1,49 2,32 2,32 2,25 3,05 -6,24 3,36 3,51 3,85 3,80 6,06

30 1970 a 2000 2,19 2,44 -0,03 4,47 8,53 -2,68 2,29 3,43 -0,11 1,22 3,43 0,28 2,00 5,33 3,36 4,66 -2,89 7,75 8,31 4,57 6,27 -5,02

Tabela 02 - População residente por sexo e situação. Fonte: IBGE, 2000 com projeção de 2007. Elaboração: Camargo, 2008.

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - HOSPITAL MUNICIPAL DE JARINU

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Tabela 03 Área Médica Buco Maxilo Facial Cardiologia Cirurgia Geral Gastroenterologia Ginecologia Cirúrgico Neufrologiaurologia Neurocirurgia Oftalmologia Oncologia Ortopediatraumatologia Plástica AIDS Cardiologia Clínica Geral Dermatologia Geriatria Clínico Hematologia Neufrourologia Neurologia Neonatalogia Oncologia Pneumologia UTI Adulto UTI Infantil UTI Neonatal Complementar Unidade Intermediária Unidade Interm. Neonatal Unidade Isolamento Obstetrícia Cirurgica Obstétrico Obstetrícia Clínica Pediatria Clínica Pediátrico Pediatria Cirúrgica Saúde Mental Outras Espec. Psiquiatria Total de leitos Contagem População 2007 - IBGE

SUS

Atibaia Não SUS

Total

20

35

55

Bom Jesus dos Perdões SUS Não SUS Total

7

0

7

Bragança Paulista SUS Não SUS Total

59

23

82

4

0

4

19

30

49

57

29

86

0 0

12 1

12 1

7

0

7

0

13

13

2 0 0

17 6 5

19 6 5

0 17 19

13 11 16

13 28 35

4 24 1 25

0 6 0 2

4 30 1 27

15

5

20

198

93 136.286

291

75

131 119.166

206

1 3

11

0 0

0 16.211

1 3

11

SUS

Cabreúva Não SUS

Total

3

0

3

12

0

12

8 10

0 0

8 10

33

0 38.989

33

Tabela 03 – Número de Leitos por Especialidade por Município. Fonte: Secretaria de Atenção a Saúde, 2008 e IBGE, 2007. Elaboração: Camargo, 2008. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - HOSPITAL MUNICIPAL DE JARINU

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Tabela 03 – continuação Campo Limpo Paulista SUS Não SUS Total

Área Médica Buco Maxilo Facial Cardiologia Cirurgia Geral Gastroenterologia Ginecologia Neufrologiaurologia Cirúrgico Neurocirurgia Oftalmologia Oncologia Ortopediatraumatologia Plástica Toraxica AIDS Cardiologia Clínica Geral Dermatologia Geriatria Clínico Neufrourologia Neurologia Neonatalogia Oncologia Pneumologia UTI Adulto UTI Infantil UTI Neonatal Complementar Unidade Intermediária Unidade Interm. Neonatal Unidade Isolamento Obstetrícia Cirurgica Obstétrico Obstetrícia Clínica Pediatria Clínica Pediátrico Pediatria Cirúrgica Saúde Mental Outras Espec. Psiquiatria Total de leitos Contagem População 2007 - IBGE

8

13

15 8

44

0

0

0 0

0 68.810

8

13

15 8

44

SUS

Itatiba Não SUS

Total

SUS

Itupeva Não SUS

Total

SUS

Jarinu Não SUS

Total

7

7

14

4

0

4

6

0

6

3

6

9

7

3

10

7 0

3 2

10 2

22

15

37

26

0

26

2

1

3

0

12

12

0

1

1

1

0

1

8

13

21

1 4

0 0

1 4

6

9

15

12

0

12

5

0

5

2

38

40

50

38 36.766

88

11

0 20.606

11

62

72 91.479

134

Tabela 03 – Número de Leitos por Especialidade por Município. Fonte: Ministério da Saúde – Secretaria de Atenção a Saúde, 2008 e IBGE, 2007. Elaboração: Camargo, 2008. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - HOSPITAL MUNICIPAL DE JARINU

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Tabela 03 – continuação Área Médica Buco Maxilo Facial Cardiologia Cirurgia Geral Gastroenterologia Ginecologia Neufrologiaurologia Cirúrgico Neurocirurgia Oftalmologia Oncologia Ortopediatraumatologia Plástica Toraxica AIDS Cardiologia Clínica Geral Dermatologia Geriatria Clínico Hematologia Neufrourologia Neurologia Neonatalogia Oncologia UTI Adulto UTI Infantil UTI Neonatal Complementar Unidade Intermediária Unidade Interm. Neonatal Unidade Isolamento Obstetrícia Cirurgica Obstétrico Obstetrícia Clínica Pediatria Clínica Pediátrico Pediatria Cirúrgica Saúde Mental Outras Espec. Psiquiatria Total de leitos Contagem População 2007 - IBGE

SUS 3 2 61 6 7 6 10 2 5 29 6 1 5 6 59

Jundiaí Não SUS 0 9 109 6 2 2 0 2 0 2 2 0 0 0 93

Total 3 11 170 12 9 8 10 4 5 31 8 1 5 6 152

5 1 4 3

0 0 0 0

5 1 4 3

2 21 0 0 0 0 0 0 38 24 0

0 63 13 29 15 10 1 32 47 37 6

2 84 13 29 15 10 1 32 85 61 6

5 311

45 525 342.983

50 836

SUS

Louveira Não SUS

Total

SUS

6

2

8

3

1

4

1

2

3

8

6

14

11

1

12

Morungaba Não SUS Total

SUS

Nazaré Paulista Não SUS Total

5

0

5

10

0

10

3 1

0 0

3 1

3 4

0 0

3 4

3 2

1 0

4 2

5 4

0 0

5 4

24

3 29.760

27

17

10 12.007

27

28

0 14.613

28

Tabela 03 – Número de Leitos por Especialidade por Município. Fonte: Ministério da Saúde – Secretaria de Atenção a Saúde, 2008 e IBGE, 2007. Elaboração: Camargo, 2008. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - HOSPITAL MUNICIPAL DE JARINU

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Tabela 03 – continuação Área Médica Buco Maxilo Facial Cardiologia Cirurgia Geral Gastroenterologia Ginecologia Neufrologiaurologia Cirúrgico Neurocirurgia Oftalmologia Oncologia Ortopediatraumatologia Plástica Toraxica AIDS Cardiologia Clínica Geral Dermatologia Geriatria Clínico Hematologia Neufrourologia Neurologia Oncologia Pneumologia UTI Adulto UTI Infantil UTI Neonatal Complementar Unidade Intermediária Unidade Interm. Neonatal Unidade Isolamento Obstetrícia Cirurgica Obstétrico Obstetrícia Clínica Pediatria Clínica Pediátrico Pediatria Cirúrgica Saúde Mental Outras Espec. Psiquiatria Total de leitos Contagem População 2007 - IBGE

SUS

Piracaia Não SUS

Total

SUS

Valinhos Não SUS

Total

SUS

2 2

2 0

4 2

20 0 0 0 0

10 2 7 2 2

30 2 7 2 2

6

0

6

0 0 0 0

2 1 1 1

2 1 1 1

3

0

3

0 30 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

3 16 1 1 1 1 1 1 1 14 3 3

3 46 1 1 1 1 1 1 1 14 3 3

51

11

62

10

4

14

Várzea Paulista Não SUS Total

SUS

Vinhedo Não SUS

Total

16

14

30

18

16

34

6

1

7

2 4 5

1 1 2

3 5 7

0 0 14 16

2 11 6 14

2 11 20 30

12 24

3 13

15 37

2 6 9

2 8 4

4 14 13

25

10 22.335

35

80

107 97.814

187

96

27 100.411

123

57

45 57.435

102

Tabela 03 – Número de Leitos por Especialidade por Município. Fonte: Ministério da Saúde – Secretaria de Atenção a Saúde, 2008 e IBGE, 2007. Elaboração: Camargo, 2008. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - HOSPITAL MUNICIPAL DE JARINU

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Tabela 04 MUNICÍPIOS TIPOS DE UNIDADES DE SAÚDE

2 1 17 40 163 12 4 18 -

Bom Jesus dos Perdões 1 1 2 9 1 1 -

Bragança Paulista 4 2 1 12 55 42 2 22 1

257 119.166

15 16.211

1 1 1 144 136.286

Atibaia

Posto de Saúde Unidade de Vigilância em Saúde Policlínica Unidade de Apoio Diagnose e Terapia (SADT Isolado) Consultório Isolado Clínica Especializada/ Ambulatório de Especialidade Hospital Geral Centro de Saúde/ Unidade Básica Unidade Mista Unidade Móvel Terrestre Unidade Móvel de Nível Pre-Hosp - Urgência/ Emergência Pronto Socorro Geral Hospital Dia - Isolado Secretaria de Saúde Hospital Especializado Farmácia Total Contagem da População 2007 - IBGE

1 4 3 3 1 2 -

Campo Limpo Pta 1 8 5 5 8 1 7 -

14 38.989

1 36 68.810

Cabreúva

Itatiba Itupeva Jarinu 1 6 9 29 15 2 14 1

1 3 2 17 4 1 12 2

1 1 1 2 2 1 -

1 78 91.479

1 43 36.766

8 20.606

Tabela 04 – Tipos de Unidades de Saúde por Município. Fonte: Ministério da Saúde – Secretaria de Atenção a Saúde, 2008 e IBGE, 2007. Elaboração: Camargo, 2008.

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Tabela 04 - continuação TIPOS DE UNIDADES DE SAÚDE Posto de Saúde Unidade de Vigilância em Saúde Policlínica Unidade de Apoio Diagnose e Terapia (SADT Isolado) Consultório Isolado Clínica Especializada/ Ambulatório de Especialidade Hospital Geral Centro de Saúde/ Unidade Básica Unidade Mista Unidade Móvel Terrestre Unidade Móvel de Nível Pre-Hosp - Urgência/ Emergência Pronto Socorro Geral Hospital Dia - Isolado Secretaria de Saúde Hospital Especializado Farmácia Total Contagem da População 2007 - IBGE

Jundiaí

Louveira

Morungaba

10 43 641 141 5 38 -

1 3 10 1 1 2 -

1 2 2 1 3 -

1 4 5 3 2 1 894 342.983

18 29.760

9 12.007

MUNICÍPIOS Nazaré Piracaia Paulista 2 1 1 1 1 1 1 2 4 14.613

6 22.335

2 2 8 139 18 2 13 -

Várzea Paulista 1 1 2 4 7 1 14 1 -

1 185 97.814

31 100.411

Valinhos

Vinhedo 1 2 16 133 29 1 5 187 57.435

Tabela 04 – Tipos de Unidades de Saúde por Município. Fonte: Ministério da Saúde – Secretaria de Atenção a Saúde, 2008 e IBGE, 2007. Elaboração: Camargo, 2008.

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Além da análise da localização e da população do município onde será implantado um hospital, é necessário que se faça um levantamento dos tipos e quantidades de estabelecimentos de saúde existentes, além de sua localização dentro do município. Com base nesses dados levantados é possível verificar a situação atual da saúde, se é deficitária ou se, mesmo sem um hospital, consegue atender à demanda do município. Outro fator importante desse levantamento é saber se esses estabelecimentos poderão servir como suporte para o hospital através do atendimento de base. Atualmente, existem no município de Jarinu 8 estabelecimentos de saúde, sendo que, 5 deles estão na região central e 3 estão localizados em bairros mais afastados, como podemos ver na Figura 08. Esses 5 estabelecimentos de saúde localizados na área central, 2 são clínicas particulares que atendem convênios de outros municípios (a Clínica Central e o Instituto de Saúde de Jarinu) e dos outros 3 estabelecimentos, 1 é a Unidade Mista de Saúde de Jarinu, onde também funciona a Unidade de Vigilância Sanitária e, por último, um Laboratório de Análises Clínicas (Unilab) próximo dos dois anteriores, que funciona como suporte para as análises clínicas. Porém, nesse laboratório, é feita apenas a coleta do material, sendo encaminhado para uma unidade central no município de Jundiaí onde é feita a análise do material. Na Figura 08 podemos verificar através do mapa ampliado a partir do mapa da Figura 07, os estabelecimentos de saúde localizados na área central do município. Como Jarinu possui uma grande área territorial, cerca de 208 Km², é fundamental que haja postos de atendimento distribuídos nos bairros mais distantes para que o paciente não necessite se deslocar até o centro. Apesar da grande área territorial, Jarinu possui uma pequena mancha urbana, sendo que os itinerários dos ônibus não são muito freqüentes, devido as grandes distâncias que são percorridas. Atualmente, existem 3 estabelecimentos de saúde nesses bairros afastados, um deles, localizado a sudoeste do centro, fica no Bairro do Campo Largo que é um bairro formado por grandes lotes (chácaras e sítios) constituídos por casas de moradores ou de veraneio e com uma população com maior poder aquisitivo. Essa unidade de saúde é a mais distante do centro, como podemos verificar na Figura 08. O segundo estabelecimento também fica localizado a sudoeste do centro, porém num bairro mais próximo: o bairro do Maracanã. Esse bairro já possui um pequeno centro comercial e sua conformação, tanto de tamanho de lotes quanto do tipo de população, é bem variada. E, por último, a Unidade Básica de Saúde Trieste, localizada a nordeste da área central do município, fica num bairro novo da cidade (Nova Trieste) bem próximo ao centro, com uma população de menor poder aquisitivo e formado por lotes pequenos. Dos oitos estabelecimentos de saúde existentes no município, três são de atendimento privado e cinco, público. Esses estabelecimentos estão relacionados de acordo com o tipo de atendimento e respectivos endereços conforme numeração das Figuras 08 e 09.

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1. Clínica Central (atendimento privado) Avenida Arthur Bernardes, n° 380 centro.

2. Instituto de Saúde de Jarinu (atendimento privado) Avenida Antenor Soares Gandra, n° 47, centro.

3. PAS de Campo Largo (atendimento público) Rua São Benedito, Bairro Campo Largo.

4. Unidade Básica de Saúde Maracanã (atendimento público) Avenida Conceição, s/n, Bairro Maracanã.

5. Unidade Básica de Saúde Trieste (atendimento público) Rua Turim, n° 385, Bairro Nova Trieste.

6. Unidade de Vigilância Sanitária (atendimento público) Rua João Pessoa, n° 560, Vila Rica.

7. Unidade Mista de Saúde de Jarinu (atendimento público) Rua João Pessoa, n° 560, Vila Rica.

8. Unilab (atendimento privado) Avenida Julio de Toledo, n° 440, Vila Rica

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Figura 08 – Mapa do município de Jarinu com a distribuição dos estabelecimentos de saúde. Fonte: Google, 2008. Elaboração: Camargo, 2008.

Figura 09 – Mapa da área central do município de Jarinu com a distribuição dos estabelecimentos de saúde Fonte: Google, 2008. Elaboração: Camargo, 2008. Através Tabela 04 é possível verificar a quantidade e os tipos de estabelecimento de saúde existente no município de Jarinu, que constam nas Figuras 08 e 09, além de estarem

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relacionados os municípios da região que estão sendo analisados desde o início deste trabalho e que também constam nas Tabelas 01 e 02. Os oito estabelecimentos de saúde citados acima já não conseguem mais atender a demanda do município em função do número de habitantes que vem crescendo a cada ano e também pela falta de recursos, onde muitas vezes o paciente necessita ser transferido para um hospital regional apenas por falta de análise de imagem (raio-X) que impossibilita o diagnóstico por parte do médico. Com a implantação de um hospital em Jarinu, além de atender os pacientes com mais recursos e com melhor qualidade, haverá uma melhor resposta no tratamento, onde o paciente não mais precisará ser transferido para outra cidade apenas por motivos de falta de recurso, e sim quando se tratando de casos graves ou raros. Outro fator que deve ser observado é que, com a criação do hospital, os outros estabelecimentos de saúde terão uma redução no número de pacientes atendidos, melhorando, assim, a qualidade do atendimento e, conseqüentemente, servindo de base sólida para o hospital. Uma característica importante desses estabelecimentos já existentes é que estão, de certa maneira, bem distribuídos no município, o que facilita o atendimento de base, porém ainda podem ser implantados novos postos de atendimento em bairros distantes, ampliando e distribuindo igualmente o atendimento de base em todo o município.

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Outro fator importante e até mesmo decisivo para a construção de um hospital é seu custo, que deve ser analisado criteriosamente antes de sua construção para que, após iniciada a obra não haja surpresas no orçamento. Para se chegar a um custo viável de implantação do hospital de acordo, exclusivamente, com o município em estudo existem várias possibilidades para se chegar a esse ideal. Uma das possibilidades é a construção do hospital por etapas, construindo primeiramente as áreas mais importantes e vitais para o seu funcionamento imediato e, de acordo com as necessidades e possibilidades financeiras, construindo o restante do hospital. Esse é um dos fatores mais importantes para a análise de custo, visto que áreas como a Unidade de Tratamento Intensivo possuem um dos custos de implantação mais caros do hospital, por isso, muitas vezes são construídas apenas uma ou duas unidades e, posteriormente, são construídas as demais. Outra situação relevante é a compra total dos materiais para o funcionamento de todos os leitos do hospital, pois no momento de sua inauguração, os hospitais não trabalham com sua capacidade total, então a compra desses materiais pode ser feita gradativamente e de acordo com as necessidades. Outra possibilidade é a análise da relação custo/ benefício, considerando que um hospital irá atender a população por muitos anos. Às vezes um custo de implantação mais elevado seja justificado ao longo dos anos pela diminuição no custo de manutenção, como, por exemplo, os sistemas de automação, que possuem um custo de implantação muito alto, mas que diminui drasticamente o custo de manutenção. Um estudo realizado pela MHA Engenharia Ltda, construtora especializada em construção de hospitais na cidade de São Paulo, mostra que, em 40 anos de funcionamento de um edifício hospitalar, os maiores custos estão relacionados com a sua operação (50%) e não com a sua construção (11%) como se imaginava, assim como mostra o gráfico da Figura 10. Esse estudo mostra outra possibilidade de análise dos custos, que nem sempre diminuindo o custo da construção se obterá êxito em longo prazo.

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Figura 10 – Gráfico com os custos no edifício hospitalar em 40 anos. Fonte: Centurion, 2008.

De acordo com as possibilidades citadas acima, é possível se chegar a um custo viável de implantação de um hospital para o município. É preciso apenas que seja feito um estudo das viabilidades e que se tenha um esforço em se conseguir isto, tendo sempre em vista a necessidade do hospital para a população. Além de a população ser beneficiada com o atendimento hospitalar, serão criados novos empregos tanto na área da saúde como em áreas relacionadas com o funcionamento e suporte do hospital. Como, por exemplo, para que o hospital possua um bom atendimento é necessário cerca de 6 funcionários para cada leito, ou seja, no município de Jarinu um hospital municipal, com 45 leitos necessitará de aproximadamente 270 funcionários da área da saúde.

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O terreno escolhido para a implantação do hospital fica localizado na Avenida Ernesto de Moraes, numa área próxima ao centro do município de Jarinu, e também próxima a atual Unidade Mista de Saúde, como vemos nas Figuras 11 e 13. Nessa mesma avenida está localizado o Terminal Rodoviário devido à sua proximidade com o centro da cidade, como também ao fácil acesso à Rodovia Edgar Máximo Zambotto que interliga Jarinu a outros municípios da região.

Figura 11 – Foto Aérea do Município de Jarinu. Fonte: Google, 2008. Elaboração: Camargo, 2008.

A Avenida Ernesto de Moraes inicia-se numa extremidade na Rodovia Edgar Máximo Zambotto e, no outro extremo, transforma-se na Rua Independência que é a rua central da cidade. Nessa rua estão localizados os comércios e serviços da área central e, como o hospital será um pólo gerador de serviços e comércios, é como se a Rua Independência se prolongasse através da Avenida Ernesto de Moraes expandindo o centro comercial da cidade. O fácil acesso da região do lote viabiliza a implantação do hospital facilitando o acesso de pacientes que moram tanto no centro quanto em bairros mais afastados, os quais poderão chegar através de transporte público, de carro e até mesmo a pé, além de facilitar a transferência de pacientes que estejam na Unidade Mista de Saúde e que necessitem de um atendimento hospitalar.

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Atualmente, umas das reclamações da população quanto à localização da Unidade Mista de Saúde é que está no ponto mais alto do município e nem todos os ônibus passam por lá dificultando o acesso de pacientes que necessitam do transporte público. O terreno escolhido para a implantação do hospital está na mesma cota de nível da área central sanando essa dificuldade atual de acesso para quem vai a pé. Outro fator importante, e até mesmo óbvio, para um fácil acesso ao hospital é em casos de emergência onde o paciente necessita chegar o mais breve possível até o hospital e, um trajeto fácil com um hospital bem localizado faz com que o percurso seja rápido e não coloque em risco a saúde e até mesmo a vida do paciente. Além da emergência, a transferência de pacientes para outros hospitais com mais recursos e outras especialidades que não possam ser atendidas nesta unidade, como em casos graves ou de urgência, também precisa ser rápida. Como podemos ver na Figura 12 o terreno está localizado na macrozona de qualificação urbana e dentro do perímetro urbano original, que é um raio de 1.500m da Igreja Matriz.

Figura 12 – Mapa de Macrozoneamento do município de Jarinu. Fonte: Prefeitura Municipal de Jarinu, 2006. Elaboração: Camargo, 2008.

Através da Figura 13 podemos verificar que o terreno esta situado próximo de uma Área Especial de Interesse Urbanístico, que é o centro do município de Jarinu e também próximo de uma Área Especial de Interesse Cultural e Histórico, assinalado com o número 2, que é a Igreja Nossa Senhora da Aparecida construída em 1890. Porém, o plano diretor que ainda está sendo formulado, indica como Área Especial de Interesse Industrial uma faixa ao redor da Rodovia Edgar Máximo Zambotto e um trecho de um dos lados da Avenida TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - HOSPITAL MUNICIPAL DE JARINU

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Ernesto de Moraes, chegando próximo à área do terreno. Um pouco mais afastado do terreno existe um Área Especial de Interesse Ambiental que podemos ver na Figura 13, que é uma parte alta da região que ainda possui vegetação nativa, que também pode ser visualizado na foto aérea da Figura 11.

Figura 13 – Mapa de Áreas de Especiais Interesses. Fonte: Prefeitura Municipal de Jarinu, 2006. Elaboração: Camargo, 2008.

O terreno escolhido possui uma área livre de 11.298,00 m² e 7.116,70 m² de Área de Preservação Permanente (APP) pertence à Prefeitura Municipal de Jarinu que o adquiriu com o intuito de construir um centro de esportes, conforme informado pelo Engenheiro Adriano Ricardo Galzoni, diretor da Secretaria Municipal de Obras de Jarinu. As Figuras 14, 15, 16, 17 e 18 são imagens fotografadas do terreno escolhido e do seu entorno, onde podemos verificar a não-existência de nenhuma benfeitoria no local, apenas a execução de terraplenagem. Podemos verificar também que a Avenida Ernesto de Moraes é uma avenida larga que possui um canteiro central sem muito fluxo de veículos. Nos mapas obtidos no site da Prefeitura, que estão em anexo, não aparece nenhuma hidrografia no local do terreno, porém com o levantamento topográfico obtido posteriormente é possível verificar a existência de uma área de brejo de 18.733,55 m² e de um córrego que circunda o terreno, que justifica a Área de Preservação Permanente.

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Figura 14 – Vista do Terreno.

Figura 15 – Vista do terreno.

Fonte: Camargo, 2008.

Fonte: Camargo, 2008.

Figura 16 – Vista do terreno.

Figura 17 – Vista do terreno.

Fonte: Camargo, 2008.

Fonte: Camargo, 2008.

Figura 18 – Vista do terreno. Fonte: Camargo, 2008.

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O Hospital Municipal de Jarinu terá 45 leitos, subdivididos em:

- Observação/ Emergência 2 leitos masculinos 2 leitos femininos 2 leitos infantis

- Unidade de Terapia Intensiva (UTI) 2 leitos masculinos 2 leitos femininos

- Internação 9 leitos adulto masculino 10 leitos adulto feminino 7 leitos Clínica Ginecológica/ Obstetrícia 9 leitos Clínica Pediátrica

O programa arquitetônico do Hospital Municipal de Jarinu foi baseado nas especificações e atribuições do estabelecimento de saúde e suas respectivas áreas mínimas, estabelecidas na Resolução de Diretoria Colegiada n° 50 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Na Tabela 05 encontram-se descriminados os ambientes de cada setor do hospital e suas respectivas áreas, conforme o tipo de atendimento (atenção ao paciente, apoio técnico e apoio administrativo).

Tabela 05

ATENDIMENTO AMBULATORIAL ATENÇÃO AO PACIENTE Descrição ambiente Consultório 1 Consultório 2 Banho Consultório 3 Banho Consultório 4 Consultório 5 Banho Consultório 6 Banho Sala de Espera Sanitário Feminino Sanitário Masculino Recepção

dimensão (m²) 14,30 19,85 5,50 19,85 5,50 14,30 19,85 5,50 19,85 5,50 12,25 8,60 8,60 12,15

APOIO TÉCNICO Descrição ambiente dimensão (m²) DML

2,85

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ATENDIMENTO IMEDIATO - URGÊNCIA E EMERGÊNCIA ATENÇÃO AO PACIENTE Descrição ambiente Recepção Sanitário feminino Sanitário masculino Posto Policial Serviço Social Sala de Espera Infantil Triagem Infantil Consultório Infantil Sanitário Sala de Espera Adulto Triagem Adulto Consultório Adulto Sanitário Sala de reidratação Sala de inalação Aplicação medicamentos Curativos Sala de gesso e fraturas Sala de emergências Observação Infantil Banho Observação Feminina Banho Observação Masculina Banho Necrotério

dimensão (m²) 12,90 11,00 11,00 6,00 6,00 19,35 6,00 12,30 2,40 19,35 6,00 12,30 2,40 15,40 13,20 9,90 16,60 23,60 20,90 18,50 4,35 18,70 4,30 18,70 4,30 15,40

APOIO TÉCNICO Descrição ambiente dimensão (m²) Enfermagem Relatório médico Arsenal equipamentos Arsenal medicamentos Expurgo - utilidades DML Sanitário Copa distribuição Quarto de plantão Banho

15,25 8,60 7,35 7,20 9,80 2,30 2,30 7,90 11,65 3,00

INTERNAÇÃO INTERNAÇÃO ADULTO MASCULINO E FEMININO ATENÇÃO AO PACIENTE Descrição ambiente dimensão (m²) Internação Adulto Feminino Quarto 1 leito 14,30 Banho 5,25 Varanda 4,85 Quarto 2 leitos 19,85 Banho 5,50 Varanda 7,00 Quarto 2 leitos 19,85 Banho 5,50 Varanda 7,00 Quarto 1 leito 14,30 Banho 5,25 Varanda 4,85 Quarto 2 leitos 19,85 Banho 5,50 Varanda 7,00 Quarto 2 leitos 19,85 Banho 5,50 Varanda 7,00 Internação Adulto Masculino Quarto 1 leito 14,30 Banho 5,25 Varanda 4,85 Quarto 2 leitos 19,85 Banho 5,50 Varanda 7,00 Quarto 2 leitos 19,85 Banho 5,50 Varanda 7,00

APOIO TÉCNICO Descrição ambiente dimensão (m²) Internação Adulto Feminino Rouparia 3,40 Rouparia 3,40 Copa distribuição 11,50 Internação Adulto Masculino Rouparia 3,40 Copa distribuição 11,50 Ambos Guarda de maca e cad. 12,25 Sala de acolhimento 12,25 DML 8,60 Enfermagem 15,75 Relatório médico 8,90 Arsenal equipamentos 6,30 Arsenal medicamentos 5,30 Expurgo - utilidades 8,60 Sanitário 2,35

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Quarto 2 leitos Banho Varanda Quarto 2 leitos Banho Varanda

19,85 5,50 7,00 19,85 5,50 7,00 Ambos

Sala de espera Sanitário Feminino Sanitário Masculino

36,70 8,60 8,60 INTERNAÇÃO INFANTIL E MATERNIDADE

ATENÇÃO AO PACIENTE Descrição ambiente dimensão (m²) Internação Maternidade Quarto 1 leito 14,30 Banho 5,25 Varanda 4,85 Quarto 2 leitos 19,85 Banho 5,50 Varanda 7,00 Quarto 2 leitos 19,85 Banho 5,50 Varanda 7,00 Quarto 2 leitos 19,85 Banho 11,65 Varanda 7,00 Berçário 19,85 Higienização 11,50 Internação Infantil Quarto 1 leito 14,30 Banho 5,25 Varanda 4,85 Quarto 2 leitos 19,85 Banho 5,50 Varanda 7,00 Quarto 2 leitos 19,85 Banho 5,50 Varanda 7,00 Quarto 2 leitos 19,85 Banho 5,50 Varanda 7,00 Quarto 2 leitos 19,85 Banho 5,50 Varanda 6,00 Área de recreação 21,85 Sanitário 86,00 Ambos Sala de espera, recepção 49,95 Sanitário Feminino 8,60 Sanitário Masculino 8,60

APOIO TÉCNICO Descrição ambiente dimensão (m²) Internação Infantil Copa distribuição 11,50 Internação Maternidade Rouparia 3,40 Copa distribuição 11,50 Ambos Guarda de maca e cad. 6,60 Sala de acolhimento 12,25 DML 8,60 Enfermagem 15,75 Relatório médico 8,90 Arsenal equipamentos 6,30 Arsenal medicamentos 5,30 Expurgo - utilidades 8,60 Sanitário 2,35

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APOIO AO DIAGNÓSTICO ATENÇÃO AO PACIENTE Descrição ambiente dimensão (m²) Patologia Clínica Sala de coleta de mat. 7,60 Sanitário 2,00 Radiologia Sala de exame 16,00 Sanitário 2,00 Ultra-sonografia Sala de exame 14,30 Sanitário 5,35 Sala de ecocardiografia 14,30 Métodos Gráficos Sala de ECG 9,50 Hematologia Sala de triagem 16,45 Sala coleta 14,60 Hemocomponentes 11,90 Banco de Leite Recepção 9,30 Triagem 6,30 Coleta 17,00

APOIO TÉCNICO Descrição ambiente dimensão (m²) Patologia Clínica Laboratórios

36,70 Radiologia

Laboratório Interpretação Todos Recepção Sala de espera Guarda de macas e cad. Banco de Leite Processamento

9,30 8,30 37,10 22,80 8,85 23,25

CENTRO CIRÚRGICO E OBSTÉTRICO ATENÇÃO AO PACIENTE Descrição ambiente Sala cirúrgica Sala cirúrgica Sala de apoio Sala de parto Área de indução Área de recuperação Transferência paciente

dimensão (m²) 25,10 25,10 6,25 24,20 16,25 16,25 12,75

APOIO TÉCNICO Descrição ambiente dimensão (m²) Enfermagem Relatório médico Arsenal equipamentos Arsenal medicamentos Expurgo - utilidades DML Sanitário Área de escovação Vestiário Feminino Vestiário Masculino Quarto plantão Banho Quarto plantão Banho

15,25 9,65 7,35 8,15 10,20 2,60 2,60 15,25 16,60 16,60 12,50 3,00 12,50 3,00

INTERNAÇÃO INTENSIVA - UTI ATENÇÃO AO PACIENTE Descrição ambiente UTI Feminina Banho UTI Masculina Banho

dimensão (m²) 16,30 4,00 16,30 4,00

APOIO TÉCNICO Descrição ambiente dimensão (m²) Enfermagem Enfermagem Arsenal equipamentos Arsenal medicamentos Expurgo - utilidades DML Sanitário

4,80 4,80 4,25 4,25 4,25 1,80 1,80

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APOIO TÉCNICO COZINHA ATENÇÃO AO FUNCIONÁRIO Descrição ambiente dimensão (m²) Refeitório 40,05 Sanitário Feminino 3,35 Sanitário Masculino 2,90 Varanda 66,00

LACTÁRIO APOIO TÉCNICO Descrição ambiente dimensão (m²) Recepção, Lavagem 19,85 Esterilização 8,60 Preparo, estocagem 13,55 Sanitário 2,25 CENTRAL DE MAT. ESTERILIZADO

APOIO TÉCNICO Descrição ambiente dimensão (m²) Copa Preparo Cocção Câmara Fria Despensa Recepção, Lavagem FARMÁCIA

20,70 22,00 27,75 6,30 6,90 12,40

APOIO TÉCNICO Descrição ambiente dimensão (m²) Recepção Distribuição Armazenamento

7,00 7,60 44,90

APOIO TÉCNICO Descrição ambiente dimensão (m²) Recepção 6,00 Lavagem materiais 7,95 Preparo materiais 16,25 Armazenamento 20,95

APOIO ADMINISTRATIVO ATENÇÃO AO FUNCIONÁRIO Descrição ambiente Copa Sanitário Feminino Sanitário Masculino Espera

dimensão (m²) 4,60 3,35 2,90 9,00

APOIO TÉCNICO Descrição ambiente dimensão (m²) Arquivo médico Tesouraria Contabilidade Diretoria Clínica Sala de reuniões Enfermaria Chefe Administração Compras Recursos Humanos

19,40 8,90 8,90 16,10 21,45 9,40 8,60 7,70 7,70

APOIO LOGÍSTIVO PROCESSAMENTO DE ROUPA ATENÇÃO AO FUNCIONÁRIO Descrição ambiente Banho

dimensão (m²) 3,50

APOIO TÉCNICO Descrição ambiente dimensão (m²)

Recebimento 11,10 DML 3,50 Lavagem 8,55 Lavanderia 19,85 Armazenamento 23,70 CENTRAL DE MAT. E EQUIPAMENTOS LIMPEZA E ZELADORIA APOIO TÉCNICO Descrição ambiente dimensão (m²)

APOIO TÉCNICO Descrição ambiente dimensão (m²)

Recepção Distribuição Armazenamento

5,60 Depósito de resíduos 23,60 6,15 29,55 CONFORTO E HIGIENE ATENÇÃO AO PACIENTE ATENÇÃO AO FUNCIONÁRIO Descrição ambiente Descrição ambiente dimensão (m²) dimensão (m²) Recepção 16,90 Estar funcionários 19,85

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Sala de espera Sanitário Feminino Sanitário Masculino Capela Café Deck

50,70 10,50 10,50 7,05 17,80 28,70

Varanda Vestiário Feminino Vestiário Masculino

7,00 29,50 22,50

Tabela 5 – Programa do Hospital Municipal de Jarinu. Elaboração: Camargo, 2008.

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HOSPITAIS DA REDE SARAH KUBITSCHEK – FORTALEZA Arquiteto João Filgueiras Lima, “Lelé” 2001

Figura 19 - Vista aérea do Hospital Sarah Fortaleza. Fonte: Perén, 2006, p. 175.

A cidade de Fortaleza, capital do Estado do Ceará, fica localizada na região Nordeste do país, pouco abaixo da linha do equador, por isso a cidade possui um clima quente e úmido com temperaturas entre os 19° e 31°C, umidade relativa do ar de 82% e ventos constantes vindo do sudeste. Todas essas características climáticas foram fatores que influenciaram no desenvolvimento do projeto, que teve como resultado “aberturas amplas e sombreadas, direcionadas de forma a captar o vento; adoção de ventilação cruzada e ventilação vertical, etc.” (Perén, 2006). O terreno onde foi implantado o hospital é praticamente plano e está numa área com pouca ocupação e quase nenhuma verticalização, como podemos ver na Figura 19. Além de possuir grandes áreas arborizadas com espécies nativas e frutíferas que são utilizadas atualmente para fisioterapia. A partir das características do lote, o arquiteto Lelé chegou a uma solução mista para a implantação do hospital, que é horizontal-vertical. No bloco vertical, como mostra a Figura 20, estão localizadas as enfermarias e os apartamentos que possuem circulações independentes para médicos e pacientes e outra para visitantes e, na parte horizontal estão localizadas todas as outras áreas. Para a implantação do bloco vertical, houve uma preocupação para que não impedisse os ventos dominantes e para garantir a ventilação natural nos outros setores, por isso esse bloco foi implantado no fundo do terreno.

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Uma característica evidente nos projetos hospitalares de Lelé é sua horizontalidade, pois essa estrutura é menos desarticuladora, como ele mesmo define. Apesar de possuir corredores maiores, a ligação entre os ambientes é direta e as possibilidades de interação entre os pacientes e a equipe médica é mais eficiente, além de possibilitar o contato direto com o exterior.

Figura 20 – Corte do Hospital Sarah Fortaleza. Mostra o bloco vertical de enfermarias e seus respectivos solários. Fonte: Perén, 2006, p. 179.

Através da Figura 21 podemos verificar a relação de área construída e área verde, o que deixa claro a preocupação do arquiteto com o meio em que foi inserido o hospital para que não fosse uma intervenção muito drástica, além de proporcionar uma melhor qualidade no atendimento ao paciente que pode desfrutar de jardins internos e externos e, como já foram citadas, a utilização das áreas arborizadas com árvores frutíferas para a fisioterapia. Nos locais onde eram necessários a pavimentação, alguns foram possíveis a utilização do Concre-grama que torna o solo semi-permeável, mas em outros locais o solo foi totalmente impermeabilização.

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Figura 21 - Relação de área construída e área verde. Fonte: Perén, 2006, p. 178.

Os projetos do arquiteto Lelé são muito conhecidos pela eficiência na ventilação e iluminação natural, onde ele procura ao máximo não utilizar ventilação artificial e nem iluminação artificial durante o dia. Alguns ambientes que necessitam de poucas variações de pressão, temperatura e umidade, que são fundamentais para se manter a assepsia e o bom funcionamento dos equipamentos, como por exemplo, a sala de cirurgia, é necessária a utilização de ventilação e iluminação artificial. Em Fortaleza, o clima viabiliza a ventilação natural dos ambientes fazendo com que 80% dos ambientes do hospital sejam ventilados e iluminados naturalmente. Se verificarmos na Figura 22, apenas 10 ambientes possuem arcondicionado, que são ambientes que necessitam dessa ventilação forçada e por isso estão localizados na parte posterior ou na lateral do edifício, que são: Informática, Curativos de Ambulatório,

Radiologia,

Ressonância

Magnética,

Ultra-som,

Auditório,

Biblioteca,

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Laboratórios, Centro Cirúrgico e Primeiro Estágio.


Figura 22 - Ambientes do Hospital. Fonte: Perén, 2006, p. 180. Além dos jardins internos e de toda ligação do hospital com o exterior, existem solários para os pacientes tomarem banho de sol, assim como ilustra a Figura 23 e 24. Esses solários das enfermarias possuem pé direito duplo para facilitar a insolação.

Figura 23 - Vista dos Solários.

Figura 24 - Vista dos Solários.

Fonte: Perén, 2006, p. 187.

Fonte: Perén, 2006, p. 187.

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Nas Figuras 25 e 26 podemos ver o jardim interno do hospital, que é utilizado para exercícios de reabilitação física e atividades recreativas, com piscinas, jardins e equipamentos adequados para interação dos pacientes. É possível ver o jardim dos corredores de todas as enfermarias e, muitas vezes, ele acaba funcionando como “camarote” para atividades recreativas. Os brises da cobertura em arco servem para impedir a iluminação direta nas enfermarias, possibilitando a ventilação natural.

Figura 25 - Vista do jardim interno.

Figura 26 - Vista do jardim do Salvador.

Fonte: Perén, 2006, p. 188.

Fonte: Sarah, 2008.

A eficiência na ventilação natural dos projetos do Lelé é garantida pelo sistema de ventilação que utiliza apenas fundamentos da dinâmica dos ventos e das diferenças térmicas, que são o de convecção onde o ar frio entra por baixo e sai pelos sheds que possuem aberturas a favor dos ventos dominantes e o de ventilação cruzada, através de dois sheds com aberturas voltadas em sentido oposto. O sistema de convecção possui galerias de ventilação que estão posicionadas perpendicularmente à direção dos ventos com inclinação de aproximadamente 30 graus, que possibilita a máxima captação dos ventos, assim como podemos ver na Figura 27. Na ausência ou diminuição da velocidade dos ventos dominantes existem grandes ventiladores que ajudam na circulação do ar.

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Figura 27 – Vista da frente das galerias de ventilação. Percebe-se pela movimentação das bandeiras a direção do vento dominante (o vento sopra 30 graus com a perpendicular das galerias). Fonte: Perén, 2006, p. 189. Outro fator que influencia na eficiência do sistema são os nebulizadores localizados à frente das galerias, como mostra a Figura 28. Esses nebulizadores expelem água na entrada das galerias aumentando, assim, a umidade do ar e, conseqüentemente, produzem uma diminuição da temperatura do ar, além de servir como uma barreira à entrada de partículas de poeira provenientes do ar externo. Na Figura 28 e 29 também é possível visualizar o espelho d’água que funciona como amortecedor térmico, que minimiza os efeitos da irradiação das superfícies externas apenas com a presença da água.

Figura 28 – Bocas de entrada de ar. Observam-se os nebulizadores na frente das bocas. Fonte: Perén, 2006, p. 189.

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Figura 29 – Espelho D’água do Hospital Sarah Fortaleza. Fonte: Sarah, 2008.

Na Figura 30 podemos verificar nas galerias bocas de saídas de ar para dentro dos ambientes do hospital que é garantida pela velocidade e pressão do ar. O ar entra nas galerias devido a velocidade dos ventos que é de aproximadamente 22 m/s e vai diminuindo gradativamente até o final da mesma com cerca de 0,4 m/s, porém a velocidade do ar é inversamente proporcional a pressão estática, de forma que no final da galeria o ar está pressurizado, o que garante todo o funcionamento do sistema fazendo com que o fluxo de ar saia de dentro das galerias para fora, em direção aos ambientes internos.

Figura 30 – Corte e planta esquemático das galerias de ventilação. Fonte: Perén, 2006, p. 191.

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Figura 31 – Planta de Implantação do Hospital Sarah Fortaleza. Fonte: Perén, 2006.

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LEGENDA: 1.Entrada Principal 2. Hall 3. Espera Ambulatório 4. Ambulatório 5. Fisioterapia e Hidroterapia 6. Oficinas Ortopédicas 7. RX 8. Internação e Alta 9. Primeiro Estágio 10. Centro Cirúrgico 11. Vestiário 12. Laboratórios 13. Centro de Criatividade 14. Biblioteca 15. Auditório 16. Foyer Auditório 17. Estacionamento 18. Pátio de Serviços Técnicos 19. Espelho D’água 20. Jardim – área verde

Figura 32 – Planta do Pavimento Térreo do Hospital Sarah Fortaleza. Fonte: Perén, 2006. Elaboração: Camargo, 2008.

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LEGENDA: 1. Central de Material 2. Refeitório 3. Administração 4.Galeria Central 5. Galeria 6. Pátio de Serviços 7. Jardim Interno

Figura 33 – Planta do Subsolo (nível -3,50 e -2,70) do Hospital Sarah Fortaleza. Fonte: Perén, 2006. Elaboração: Camargo, 2008.

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LEGENDA: 1. Enfermarias 2. Solários

Figura 34 – Planta do Primeiro Pavimento (nível 3,50) do Hospital Sarah Fortaleza. Fonte: Perén, 2006. Elaboração: Camargo, 2008.

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LEGENDA: 1. Enfermarias 2. Solários

Figura 35 – Planta do Segundo Pavimento do Hospital Sarah Fortaleza. Fonte: Perén, 2006. Elaboração: Camargo, 2008.

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Figura 36 – Corte Longitudinal A-A do Hospital Sarah Fortaleza. Fonte: Perén, 2006.

Figura 37 – Corte Transversal B-B do Hospital Sarah Fortaleza. Fonte: Perén, 2006.

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LEGENDA: A. Centro Cirúrgico B. Análises Clínicas C. Ambulatório D. Imagem E. Internação e Alta F. Recepção e Sala de Espera

Figura 38 – Planta do Pavimento Térreo do Hospital Sarah Fortaleza. Fonte: Perén, 2006. Elaboração: Camargo,2008.

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Se analisarmos a planta do pavimento térreo (Figura 38) do ponto de vista da funcionalidade,

baseando-se

no

fluxograma

geral

apresentado

anteriormente

e

desconsiderando áreas que não serão contempladas no projeto a que refere esse estudo, podemos verificar que a Recepção (F) juntamente com a Sala de Espera (F) encontram-se na parte frontal do hospital que está diretamente ligada ao Ambulatório (C) e as análises de Imagens (D) facilitando o atendimento com hora marcada e, se necessário, a realização de exames de imagem. Próximo à Recepção (F) também se encontra a Internação e Alta (E), posição favorável para que possa ser utilizada a mesma recepção para ambas e para que visitas de paciente internados não precisem circular por todo o hospital até chegarem às enfermarias que também se encontram nos pavimentos acima. O Centro Cirúrgico (A) está ligado diretamente à Internação e Alta (E) facilitando a circulação de pacientes após procedimentos cirúrgicos que necessitem de internação. Juntamente ao Ambulatório (C) e Imagem (D) estão posicionadas as Análises Clínicas (B), essas três áreas devem sempre estar próximas uma das outras viabilizando a funcionalidade, pois estão intimamente ligadas entre si. Outra área que deveria estar diretamente ligada às Análises Clínicas (B) e Imagem (D) seriam as Internação e Alta (E), porém, neste caso, elas estão longe uma das outras. Através dessa análise da funcionalidade podemos chegar a um fluxograma geral, assim como podemos ver na Figura 39.

Figura 39 – Fluxograma do Hospital Sarah Fortaleza. Fonte: Camargo, 2008.

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HOSPITAIS DA REDE SARAH KUBITSCHEK – RIO DE JANEIRO Arquiteto João Filgueiras Lima “Lelé” 2002

Fig. 40 – Vista aérea Hospital Sarah Rio de Janeiro. Fonte: Revista AU, Outubro 2008, p. 50.

A cidade do Rio de Janeiro, capital do Estado do Rio de Janeiro, fica localizada na região sudeste do país e possui um clima quente e úmido, com temperaturas que variam entre 12° e 39°C e com umidade relativa do ar de aproximadamente 72%. Os ventos dominantes variam de direção no verão, que é norte e sudeste, e no inverno, que é apenas norte. Assim como mostra a Figura 40, o terreno onde foi implantado o hospital possui aproximadamente 80.000 m² e, por estar localizado próximo à Lagoa de Jacarepaguá que é uma região baixa e parcialmente inundada, 70% da área do terreno situa-se numa cota média de 0,70m e o solo apresenta uma camada espessa de turfa e de matéria orgânica. Para a implantação do hospital a locação dos pavimentos não poderia estar abaixo da cota 2,00m, devido a eventual elevação do nível da lagoa, além de necessitar de aterro. Essas características foram fatores determinantes no desenvolvimento do projeto que, devido às experiências anteriores da Rede Sarah Kubistchek, encontram-se mais aperfeiçoadas e com algumas inovações. Uma das características seria aumentar a flexibilidade dos espaços internos devido a maior complexidade deste hospital, além de criar uma solução horizontal com área de tratamento e de internação integradas a espaços verdes. Quanto à iluminação e ventilação, que são excelência nos projetos anteriores, ainda existe a preocupação em se criar sistemas que privilegiem a ventilação e iluminação natural. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - HOSPITAL MUNICIPAL DE JARINU

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E, para evitar alagamentos, foi criado um pavimento técnico na cota +1,80m em toda a extensão do hospital. De acordo com o clima rigoroso do Rio de Janeiro com temperaturas que podem chegar a 40°C, foi criado um sistema de ventilação flexível, mais sofisticado que os anteriores, com três alternativas de ventilação. A primeira delas (ventilação natural) é feita através das grandes coberturas formadas por sheds com pés direitos variáveis acima de 8m, distribuídas totalmente diferentes da disposição dos espaços internos criando uma grande área de ventilação e iluminação natural permanente como podemos ver na Figura 41. O controle da ventilação é feito independentemente para cada ambiente através de esquadrias basculantes localizadas no teto.

Figura 41 – Corte do Hospital Sarah Rio de Janeiro. Fonte: Perén, 2006, p. 201.

Como segunda alternativa, através da ventilação mecânica, o ar é captado pelo piso técnico e o insufla nos ambientes e sua extração é feita pelos basculantes do teto, parcialmente abertos. Neste hospital assim como afirma Lelé, o ar condicionado implantado é indispensável para se manter o conforto térmico, mas é utilizado apenas em determinadas épocas do ano, cerca de 10% do ano em que as temperaturas são altíssimas. Utilizando a ventilação artificial como terceira alternativa, o ar condicionado também capta o ar do piso técnico, mas é refrigerado através do sistema de água gelada e do fechamento das esquadrias basculantes no teto, assim como mostra a Figura 42.

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Fig. 42 – Sistema de Ventilação Hospital Sarah Rio de Janeiro. Fonte: Perén, 2006, p. 203.

Para que o sistema de ventilação (natural, mecânica e artificial) possa ser flexível também em relação à iluminação foram utilizados painéis basculantes de policarbonato alveolar transparente nas esquadrias do teto, para que em dias quentes, em que seja necessária a utilização do ar condicionado e, conseqüentemente, o fechamento dos painéis das esquadrias do teto, isso não impeça a iluminação natural de entrar nos ambientes. A abertura e fechamento desses painéis são independentes para cada ambiente e é movimentado por motores elétricos acionados através de interruptor individual.

Figura 43 – Corte do sistema do forro basculante. Fonte: Perén, 2006, p. 205.

Figura 44 – Vista do sistema de painéis (automatizados) basculantes. Forro do corredor lateral do Hospital Escola de São Carlos. Fonte: Perén, 2006, p. 205.

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Assim como mostra a Figura 45 e 46, existe sobre o Centro de Convivência e o Jardim Interno do hospital uma cobertura em arco móvel que possui a mesma função dos painéis basculantes, de controlar a ventilação natural, mecânica ou artificial, e dependendo da necessidade sem perder a iluminação natural, além de proporcionar pés direitos maiores, ideais nas áreas de fisioterapia e convívio. As coberturas são compostas por 4 painéis, sendo 2 fixos nos extremos e 2 móveis no meio que se recolhem sobre os fixos através de sistema automatizado.

Figura 45 – Corte mostrando o jardim interno com a cobertura em arco móvel (automatizado). Fonte: Revista AU, Outubro 2008, p. 50.

Figura 46 - Centro de convivência e jardim interno do Hospital Sarah Rio de Janeiro. Fonte: Perén, 2006, p. 210.

O sistema construtivo adotado no Hospital Sarah Rio de Janeiro é constituído em todo o piso técnico por vigas e pilares metálicos que suportam as lajes pré-fabricadas com argamassa armada. Os pilares metálicos que suportam a cobertura são fixados sobre o piso acabado, dando maior flexibilidade ao ambiente, além de todos os circuitos elétricos destinados à iluminação serem distribuídos em canaletas removíveis fixadas nas vigas dos

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tetos. Outro detalhe interessante é a utilização de divisórias em argamassa armada duplas separadas apenas por uma borracha proporcionando melhor conforto térmico-acústico nos ambientes. Todas essas características fazem com que todos os ambientes do hospital sejam flexíveis, atendendo, assim, às diretrizes do projeto. A Figura 47 ilustra todo esse sistema construtivo.

Fig. 47 - Sistema Construtivo Hospital Sarah Rio de Janeiro. Fonte: Revista AU, Outubro 2008, p. 50.

Através da Figura 48 é possível verificar a setorização do hospital distribuída por quatro edifícios interligados e adjacentes, sendo eles de Serviços Técnicos, Internação, Serviços Gerais, Centro de Estudos, Residência Médica e Auditório. O piso técnico está situado sobre os Serviços Técnicos, Internação e Serviços Gerais e numa cota de segurança contra enchentes de +1,80m. Nessa mesma cota estão situados o Centro de Estudos, a Residência Médica e o pavimento inferior do Auditório, todos os outros setores estão localizados na cota +5,20m. Nesta mesma figura, o jardim identificado com o número 11, entre os blocos de Internação e Serviços Gerais, possui equipamentos especiais onde são realizadas as atividades de fisioterapia.

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Figura 48 - Ambientes do Hospital. Fonte: Perén, 2006, p. 208.

Assim como no Hospital Sarah Fortaleza, o arquiteto Lelé privilegia a implantação do hospital de maneira a não interferir no ambiente natural, deixando grandes áreas verdes e trabalhando, onde possível, a semi-impermeabilização do solo com a utilização do concregrama, assim como podemos verificar na Figura 49 que mostra a relação de área verde e área construída. Nessa mesma figura podemos visualizar os jardins que integram e circundam todos os blocos do hospital, tornando-o mais agradável e também amenizando o calor proveniente da forte insolação.

Figura 49 - Relação de área verde e área construída. Desenho do Lelé. Fonte: Perén, 2006, p. 209.

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Na figura 50 podemos visualizar como todo o hospital é contemplado pela flexibilidade da ventilação natural, mecânica ou artificial, com apenas uma pequena área de transição que possui apenas ventilação natural. Diferentemente do Hospital Sarah Fortaleza onde a velocidade do vento (entre 5 e 8 m/s) era fator determinante no projeto para a ventilação natural, onde Lelé conseguiu que cerca de 80% dos ambientes do hospital pudessem ser ventilados naturalmente, no Hospital Sarah Rio de Janeiro, como os ventos dominantes não possuem tanta velocidade (4 m/s no verão e 1,5 m/s no inverno) foi preciso adotar um sistema mais flexível que pudesse ser escolhido possibilidades de ventilação dependendo da necessidade e condições do ambiente.

Figura 50 - Ambientes com ventilação artificial, áreas de transição e áreas verdes. Fonte: Perén, 2006, p. 209.

Outra semelhança deste hospital com o de Fortaleza é o jardim interno, que neste caso funciona como corredor-varanda da área de internação, adjacente à área de convivência (Figura 46), mas da mesma forma valoriza a integração visual e direta entre pacientes, equipe médica e demais usuários do hospital, além de, novamente servir como “camarote” das atividades que se desenvolvem neste ambiente do hospital. O auditório é o edifício que mais chama a atenção devido ao seu formato, que possui uma base circular de 36m de diâmetro e em seu topo foi colocada uma semi-esfera de aço inoxidável com diâmetro de 13m que se abre totalmente em várias pétalas com auxílio mecânico (Figura 51). Sua estrutura, como podemos ver na Figura 52, é toda formada por vigas metálicas radiais que são engastadas em uma extremidade por um anel de concreto

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localizado no solo que também serve como passagem para tubulações e, na outra extremidade, é fixada um anel metálico que servirá de suporte para a semi-esfera.

Figura 51 – Sistema de abertura do Auditório. Fonte: Revista AU, Outubro 2008, p. 49.

Figura 52 – Espaço central de convivência. Fonte: Revista AU, Outubro 2008, p. 51.

Figura 53 – Solário com duas plataformas. Fonte: Revista AU, Outubro 2008, p. 57.

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Figura 54 – Vista do solário e do auditório ao fundo. Fonte: Revista AU, Outubro 2008, p. 49.

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Figura 55 – Planta de Implantação do Hospital Sarah Rio de Janeiro. Fonte: Perén, 2006.

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LEGENDA: 1. Entrada Principal 2. Hall 3. Espera 4. Ambulatório 5. Fisioterapia 6. Oficinas Ortopédicas 7. Radiologia 8. Internação e Alta 9. Primeiro Estágio 10. Centro Cirúrgico 11. Vestiário 12. Laboratórios 13. Espaço Multiuso 14. Biblioteca 15. Auditório 16. Estacionamento 17. Pátio de Serviços Técnicos 18. Hidroterapia 19. Espelho D’água 20. Jardim – área verde 21. Solário 22. Refeitório 23. Internação

Figura 56 – Planta do Pavimento Térreo do Hospital Sarah Rio de Janeiro. Fonte: Perén, 2006. Elaboração: Camargo, 2008.

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LEGENDA: 1. Piso Técnico 2. Casa de Elevadores 3. Lanchonete 4. Acesso ao Centro de Estudos⁄ Auditório

Figura 57 – Planta do Piso Técnico do Hospital Sarah Rio de Janeiro. Fonte: Perén, 2006.

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LEGENDA: 1. Entrada Auditório 2. Auditório 3. Foyer Auditório 4. Residência Médica 5. Biblioteca 6. Salas de Aula 7. Sanitários 8. Apartamentos

Figura 58 – Planta da Residência Médica do Hospital Sarah Rio de Janeiro. Fonte: Perén, 2006. Elaboração: Camargo, 2008.

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LEGENDA: 1. Entrada Auditório 2. Auditório 3. Foyer Auditório 4. Residência Médica 5. Biblioteca 6. Salas de Aula 7. Sanitários 8. Apartamentos

Figura 59 – Planta do Auditório do Hospital Sarah Rio de Janeiro. Fonte: Perén, 2006. Elaboração: Camargo, 2008.

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LEGENDA: 1. Entrada Auditório 2. Auditório 3. Foyer Auditório 4. Residência Médica 5. Biblioteca 6. Salas de Aula 7. Sanitários 8. Apartamentos

Figura 60 – Planta dos Apartamentos Médicos do Hospital Sarah Rio de Janeiro. Fonte: Perén, 2006. Elaboração: Camargo, 2008.

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Figura 61 – Corte Longitudinal A-A do Hospital Sarah Rio de Janeiro. Fonte: Perén, 2006.

Figura 62 – Corte Longitudinal B-B do Hospital Sarah Rio de Janeiro. Fonte: Perén, 2006.

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LEGENDA: A. Centro Cirúrgico B. Imagem C. Análises Clínicas D. Ambulatório E. Recepção e Sala de Espera F. Internação e Alta

Figura 63 - Planta do Pavimento Térreo do Hospital Sarah Rio de Janeiro. Fonte: Perén, 2006. Elaboração: Camargo,2008.

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Através da planta do pavimento térreo do Hospital Sarah Rio de Janeiro com a indicação da setorização (Figura 63) é possível analisar a funcionalidade do hospital tomando como base o Fluxograma Geral apresentado na Figura 18 e desconsiderando as áreas que não serão contempladas no projeto a que refere esse estudo, chegando a um fluxograma específico para o Hospital Sarah Rio de Janeiro, assim como podemos ver na Figura 64. Assim como o Hospital Sarah Fortaleza analisado anteriormente, a Recepção e Sala de Espera do Hospital Sarah Rio de Janeiro encontram-se na parte frontal do hospital e estão diretamente ligadas ao Ambulatório (D) e a análise de Imagens (B) e, neste caso, também estão conectadas a Análises Clínicas (C). Essa disposição potencializa a funcionalidade e eficiência do hospital, além de não haver conflito de circulações, onde o paciente externo não necessita circular por todo o hospital para se chegar a qualquer uma dessas três áreas. Outra característica positiva e que aparece novamente neste hospital é que a análise de Imagens (B), Ambulatório (D) e Análises Clínicas (C) estão próximas uma das outras favorecendo (e muito) a funcionalidade do hospital. Novamente a mesma Recepção (E) também serve para a Internação e Alta (F) e seu acesso é independente, não necessitando a circulação por todo o hospital. Outra característica semelhante nos hospitais analisados do Lelé é que o Centro Cirúrgico (A) encontra-se distante da Internação e Alta (F) fazendo com que o percurso para se levar um paciente que passou por procedimento cirúrgico até a enfermaria seja grande, além da Internação e Alta (F) estar distante das Análises Clínicas (C) e Imagens (B), o que pode ser um fator desfavorável em relação à funcionalidade do hospital.

Figura 64 – Fluxograma do Hospital Sarah Rio de Janeiro. Elaboração: Camargo, 2008.

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HOSPITAL E MATERNIDADE SÃO LUIZ – UNIDADE ANALIA FRANCO Arquiteto Siegbert Zanettini São Paulo 2007

A cidade de São Paulo, capital do Estado de São Paulo, fica localizada na região Sudeste do país ao sul do Trópico de Capricórnio e possui um clima subtropical com temperaturas médias que variam entre 15° e 24°C. O terreno onde foi implantado o hospital fica localizado no Bairro do Tatuapé na Zona Leste de São Paulo e é constituído por uma quadra com aproximadamente 8.157,03 m² circundada por quatro ruas: Rua Francisco Marengo (fachada oeste), Rua Corta-Vento (fachada sul), rua sem nome (fachada leste) e Rua Antônio Camardo (fachada norte), onde o acesso de veículos é feito por três delas, exceto pela Rua Francisco Marengo que possui tráfego intenso dificultando o acesso veicular ao hospital. Assim como podemos ver na Figura 65 e 66, o hospital está implantado numa área circundante por edifícios baixos fazendo com que se destaque na paisagem.

Figura 65 – Vista aérea do Hospital São Luiz - Unidade Anália Franco. Fonte: Google: 2008.

O edifício possui uma volumetria em forma de trapézio invertido e escalonado na base e com um vão central que divide a área de Internação do Hospital Geral e da Maternidade, ligadas apenas por passarelas metálicas e cobertas pela estrutura metálica do heliponto como mostra a Figura 66 e 72. O escalonamento na lateral pertencente à

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Maternidade privilegia a entrada de iluminação natural no hall de entrada onde se localiza uma capela ecumênica, como vemos na Figura 74.

Figura 66 – Vista Frontal do Hospital e Maternidade São Luiz – Unidade Anália Franco. Fonte: Revista AU, Março 2008, p. 33.

A nova unidade do Hospital São Luiz – Unidade Anália Franco possui 279 leitos, sendo que o Hospital possui 164 leitos subdivididos em 108 apartamentos, 36 leitos de UTI adulto, 12 leitos de semi-intensiva adulto e 8 leitos de UTI infantil e a Maternidade possui 115 leitos subdivididos em 72 apartamentos, 37 leitos de UTI neonatal e 6 leitos de semiintensiva neonatal. O hospital conta com um Centro Obstétrico localizado no segundo pavimento (Figura 78) do lado esquerdo de quem olha da Rua Corta-Vento com 9 salas de parto, 4 salas de pré-parto, 2 suítes para parto natural e, nos quatro pavimentos acima, estão localizados os Quartos juntamente com os Berçários Setoriais como mostra a Figura 67.

Figura 67 – Berçário do Hospital São Luiz – Unidade Anália Franco. Fonte: São Luiz, 2008.

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No segundo andar do lado direito de quem olha da Rua Corta-Vento, está localizado o Centro Cirúrgico (Figura 78) com 18 salas, uma delas podemos ver na Figura 68. Uma das inovações deste hospital adotada pelo arquiteto Siegbert Zanettini é que cada sala do centro cirúrgico possua seu sistema independente de ar condicionado para evitar (se houver) a contaminação de outras salas, além de facilitar a manutenção pela paralisação de apenas uma sala. Outra inovação se refere ao piso condutivo da sala cirúrgica que, ao invés de ocupar todo o ambiente, fica apenas sob o leito, como podemos ver na Figura 68 que se destaca por possuir uma cor diferente do piso comum. Os quartos do Hospital Geral estão localizados logo acima do Centro Cirúrgico e do pavimento técnico nos quatro andares superiores e possuem 24 quartos por pavimento sendo esses atendidos por um único posto de enfermagem. Através da Figura 69 podemos verificar que os quartos recebem farta iluminação natural através das esquadrias que ocupam quase a totalidade da parede e possuem também varandas independentes como podemos ver na Figura 70 e 76.

Figura 68 – Centro Cirúrgico Hospital São Luiz – Unidade Anália Franco. Fonte: São Luiz, 2008.

Figura 69 – Um do quartos do Hospital São Luiz – Unidade Anália Franco. Fonte: São Luiz, 2008.

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No terceiro pavimento (pavimento técnico) localizado bem abaixo do vão central está localizado o centro de distribuição de material limpo e esterilizado, que atende simultaneamente o centro cirúrgico de um lado do hospital e também o centro obstétrico do lado oposto. A área de pronto-socorro localizada no nível inferior do hospital possui 15 consultórios, 1 sala de triagem, 2 salas de emergência, 24 salas de repouso e observação, 2 salas de sutura e para pequenas cirurgias, 2 salas de gesso, 2 salas de curativos, 1 sala de medicação, 1 sala de lavagem intestinal, 2 salas de inalação, 1 posto de coleta de exames, 1 farmácia e 3 postos administrativos. O hospital atende mais de 40 especialidades, entre elas: Cardiologia, Cardiologia Infantil, Cirurgia Buco-Maxilo-Facial, Cirurgia Cardíaca, Cirurgia Cardíaca Infantil, Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Cirurgia Geral, Cirurgia Pediátrica, Cirurgia Plástica, Cirurgia Torácica, Cirurgia Vascular, Clínica Médica, Colonoscopia, Dermatologia, Endocrinologia, Gastroenterologia, Genética, Geriatria, Ginecologia, Hematologia, Hemoterapia, Infectologia, Medicina Intensiva, Monitoragem Fetal, Nefrologia, Neonatologia, Neurocirurgia, Neurologia, Neuropediatria,

Oftalmologia,

Oncologia,

Ortopedia,

Otorrinolaringologia,

Pediatria,

Pneumologia, Proctologia, Pronto Socorro Geral e Pediátrico, Radiologia, Radiologia Intervencionista, Radiologia Neurológica, Urologia, UTI Adulto e Infantil.

Figura 70 – Vista das varandas dos apartamentos do Hospital e Maternidade São Luiz – Unidade Anália Franco. Fonte: Revista AU, Março 2008, p. 30.

Os três primeiros andares do hospital possuem fachadas cegas, como podemos ver no detalhe da Figura 71. Venezianas metálicas contínuas ventilam e iluminam todo o pavimento técnico, localizado no terceiro andar, algumas UTIs adulta e pediátrica do primeiro andar e algumas salas do Centro Cirúrgico do segundo andar. Essas venezianas

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trazem a ventilação e iluminação natural a ambientes que costumavam ser totalmente fechados, melhorando, assim, a qualidade do ambiente interno.

Figura 71 – Detalhe da fachada.

Figura 72 – Pátio ajardinado e passarelas.

Fonte: Revista AU, Março 2008, p. 31.

Fonte: Revista AU, Março 2008, p. 32.

Através da Figura 73 podemos ver o hall central do Hospital e a Recepção da Maternidade juntamente com a capela ecumênica da Figura 74. Na planta do pavimento térreo (Figura 77) esta área está identificada com o número 2 (Recepção da Maternidade). Nos quatro últimos andares onde estão localizados a Internação, antes de se chegar ao vão central existe uma grande área de estar para os visitantes e pacientes, como vemos na Figura 75 e na planta do quarto pavimento (Figura 79) indicado com o número 5 (Estar).

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Figura 73 – Hall Central

Figura 74 – Capela Ecumênica

Fonte: Revista AU, Março 2008, p. 36.

Fonte: Revista AU, Março 2008, p. 37.

Figura 75 – Vista da área de estar.

Figura 76 – Detalhe da Varanda.

Fonte: Revista AU, Março 2008, p. 36.

Fonte: Revista AU, Março 2008, p. 37

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Figura 77 – Planta do Pavimento Térreo do Hospital e Maternidade São Luiz – Unidade Anália Franco. Fonte: Revista AU, Março 2008, p. 35. Acréscimo: Camargo, 2008.

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Figura 78 – Planta do 2° Pavimento (Centro Cirúrgico-Obstétrico) do Hospital e Maternidade São Luiz – Unidade Anália Franco. Fonte: Revista AU, Março 2008, p. 35. Acréscimo: Camargo, 2008.

Figura 79 – Planta do Quarto Pavimento (Internação) do Hospital e Maternidade São Luiz – Unidade Anália Franco. Fonte: Revista AU, Março 2008, p. 35. Acréscimo: Camargo, 2008.

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Figura 80 – Corte Longitudinal do Hospital e Maternidade São Luiz – Unidade Anália Franco. Fonte: Revista AU, Março 2008, p. 34.

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Figura 81 – Corte Transversal do Hospital e Maternidade São Luiz.

Figura 82 – Corte Transversal do Hospital e Mat. São Luiz.

Fonte: Revista AU, Março 2008, p. 34.

Fonte: Revista AU, Março 2008, p. 34.

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Ao analisarmos a planta do pavimento térreo (Figura 77) do Hospital São Luiz – Unidade Anália Franco verifica-se a existência de quatro acessos independentes, sendo dois no nível do pavimento térreo (acesso a maternidade e acesso ao hospital) e dois através do pavimento inferior (acesso à carga/descarga e acesso ao pronto-socorro) evitando o conflito de circulações e pessoas dentro do hospital, onde cada pessoa dependendo da área que necessite chegar entra por um dos acessos destinados. No pavimento térreo estão localizados apenas a recepção, administração, auditório e restaurante. No segundo piso, como podemos ver na Figura 78, fica localizado o centro cirúrgicoobstétrico separados por dois setores que se comunicam entre si e utilizam do mesmo suporte técnico. Do lado esquerdo da planta fica o Centro Obstétrico com 9 salas de parto e 4 salas de pré-parto, além de 2 apartamentos. Para esse setor existe uma enfermagem e uma chefia de enfermagem como vemos na planta indicadas respectivamente pelos números 1 e 2. No lado direito fica localizado o Centro Cirúrgico com 18 salas supervisionadas por uma enfermagem. Na área comum aos dois setores ficam a secretaria, estacionamento de macas, farmácia, arsenal C.C. e C.O., equipamento, laboratório e circulação vertical. Na planta do quarto piso (Figura 79), que se repetem mais três andares acima, fica localizado a internação do hospital. Neste momento ocorre a separação do Hospital Geral e da Maternidade, feita por um vão central com jardins e espelho d’água. Do lado esquerdo fica a Maternidade com 24 quartos de internação com um berçário setorial localizado no meio da circulação entre os quartos, onde tudo é supervisionado por um posto de enfermagem. Existe também uma grande área de estar que faz a separação do vão central com os quartos, além de fazer a interligação da circulação vertical com a maternidade, servindo também como uma sala de espera para esse setor desse andar. Do lado direito fica localizado a Internação do Hospital Geral que se organiza da mesma forma que a maternidade, porém sem o berçário, é claro.

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O processo de criação do Hospital Municipal de Jarinu teve início no estudo de fluxogramas de hospitais de referência, por meio dos quais foi possível identificar quais setores se relacionavam entre si e, dessa forma, necessitavam estar próximos um dos outros para uma melhor eficiência do funcionamento do hospital. A partir disso, tentou-se conciliar um fluxograma ideal com as características específicas do local escolhido, tais como: direção do vento dominante, posição do norte, existência de avenida e de rodovia, fontes de ruídos, topografia, existência de Área de Proteção Permanente com vegetação nativa, acessos que poderiam existir ao hospital, etc. Croquis:

Fonte: Camargo, 2008.

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Outros fatores determinantes no desenvolvimento do projeto foram conceitos préestabelecidos alguns dos quais foram persistentes até a conclusão do projeto e, outros, foram abandonados no decorrer do desenvolvimento. No início tentou-se desenvolver um projeto totalmente térreo, porém, devido ao extenso programa do hospital e à topografia em declive fez-se necessário a criação de outro andar, no caso, inferior. Os pontos persistentes do projeto foram o fluxograma que era essencial para o bom funcionamento do hospital e que não se perdeu no decorrer do projeto; a preservação da área de internação que pudesse ter a melhor localização e vista do hospital e que ficasse o mais distante da rua, do estacionamento e do fluxo de pacientes externos, por se tratar de uma área de maior permanência de pacientes necessitando, assim, de um melhor conforto ambiental; também tentou-se preservar o centro cirúrgico, localizando-o de maneira que ficasse isolado e protegido. A partir do fluxograma desenvolvido em relação às características do local e do programa, tentou-se desenvolver uma forma para esse edifício, sem deixar de lado todos os pontos e conceitos analisados. Croquis:

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Fonte: Camargo, 2008.

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Com a forma do edifício pré-concebida desenvolveu-se cada setor do hospital, nunca esquecendo sua particularidade e, ao mesmo tempo, sua totalidade em relação às interligações necessárias entre os setores. Croquis:

Fonte: Camargo, 2008.

Sempre tendo em vista todos esses conceitos analisados chegou-se ao projeto arquitetônico do Hospital Municipal de Jarinu, que possui atendimento de emergência e urgência, atendimento ambulatorial, de diagnóstico, centro cirúrgico e obstétrico com apoio de UTI, setor administrativo e de apoio técnico e logístico e quatro alas de internação: adulto masculino, adulto feminino, infantil e maternidade. Com o desenvolvimento do detalhamento foram surgindo soluções técnicas que enriqueceram a qualidade do projeto, como a criação de um piso técnico sobre os corredores viabilizando a manutenção sem que os pacientes sejam afetados ou, até mesmo, retirados de seus leitos para a realização desse serviço. Mesmo quando inevitável algum tipo de manutenção dentro dos quartos, isso poderá ser feito facilmente através do forro removível, o que diminui a produção de sujeira ao mesmo tempo em que agiliza o serviço, podendo, num menor espaço de tempo, o paciente retornar ao seu leito. Em quase todos os ambientes do hospital foi utilizado forro removível de lã de vidro que, além da facilidade de manutenção descrita anteriormente, funciona como isolante acústico. Apenas no centro cirúrgico, devido à necessidade de alto nível de assepsia, foi

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utilizado forro removível de gesso com aplicação de resina impermeável o que diminui o seu nível de absorção de umidade. Para melhorar a qualidade do conforto término do hospital foi utilizado a inclinação da laje do bloco central e venezianas localizadas na direção do vento dominante permitindo a passagem do ar. Nos ambientes do setor de apoio ao diagnóstico foi criado uma abertura no forro removível através de um tubo metálico com tela micro-perfurada para que o ar quente proveniente desses ambientes possa sair e ser levado pelo ar frio que estará circulando sobre a laje dos ambientes e sob a laje inclinada, formando um fluxo de ar. A superestrutura do edifício será em concreto pré-moldado com fechamento em alvenaria de vedação, dando maior flexibilidade ao hospital, que poderá ser modificado com o surgimento de necessidades de alterações da estrutura física do hospital. As esquadrias do hospital serão em alumínio anodizado com pintura eletrostática ou em PVC, devido a sua alta qualidade e baixa manutenção, apesar de seu preço elevado de implantação que se justifica na diminuição dos custos de manutenção ao longo dos anos. Na cobertura será utilizada telha metálica apoiada em estrutura metálica devido à grande extensão do edifício e sua fácil instalação. Em alguns trechos também será utilizado laje impermeabilizada. A transposição de pavimentos foi pensada de forma a facilitar o trânsito dos pacientes. Para tanto, houve a instalação de elevadores e escadas em pontos estratégicos do projeto. Ressalta-se que a circulação de portadores de deficiência foi estudada em todo o hospital. Visando melhorar a ambiência geral do hospital, áreas verdes foram distribuídas por entre os blocos funcionais, permitindo a desconstrução da imagem pesada de um equipamento de saúde. Também neste aspecto, deve-se reforçar o cuidado tomado com a área de convívio infantil, no piso da maternidade, que possui um caráter intencionalmente lúdico. O piso desta área será emborrachado em eva com tratamento para áreas externas. Em linhas gerais, estes são alguns aspectos que se queria ressaltar no projeto do Hospital Municipal de Jarinu.

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MINISTÉRIO DA SAÚDE, Resolução – RDC n° 400, de 1983. ANVISA - AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, Resolução – RDC n° 50, de 21 de fevereiro de 2002. CENTURION, Carlos Alberto. Tendências em Projetos Edifícios de Saúde. São Paulo, 2008. DER, Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo – Web Rotas. Disponível em: www.der.sp.gov.br . Acesso em 29 de março de 2008. FIGUEROLA, Valentina. Luz por Todos os Lados: Hospital e Maternidade São Luiz. Au: Arquitetura e Urbanismo, São Paulo, n. 168, p.30-37, mar. 2008. Mensal. GUELLI, Augusto. Tendências em Projetos de Edifícios de Saúde. São Paulo, 2008. IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: www.ibge.gov.br . Acesso em 31 de março de 2008. JARINU. Prefeitura Municipal de Jarinu. Plano Diretor Participativo. Jarinu, 2006-2015. 387 p. LIMA, João Filgueiras. CTRS – Centro de Tecnologia da Rede Sarah / João Filgueiras Lima (Lelé). Brasília: Sarah Letras; São Paulo: Fundação Bienal/ProEditores, 1999. MINISTÉRIO DA SAÚDE, SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE. Disponível em: http://cnes.datasus.gov.br/ Acesso em 21 de março de 2008. MIQUELIN, Lauro Carlos. Anatomia dos Edifícios Hospitalares. São Paulo: CEDAS – Centro São Camilo de Desenvolvimento em Administração da Saúde,1992. MIQUELIN, Lauro Carlos. Curso de Especialização em Administração Hospitalar – Caderno 1 de Arquitetura . São Paulo: CEDAS – Centro São Camilo de Desenvolvimento em Administração da Saúde, 1993. NICKL – WELLER, Christine; Nickl, Hans. Hospital Architecture. Verlagshaus Braun, 2007. PERÉN, Jorge Isaac Montero.Ventilação e iluminação naturais na obra de João Filgueiras Lima “Lelé”: estudo dos hospitais da rede Sarah Kubitschek Fortaleza e Rio de Janeiro. Dissertação (Mestrado-Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo). Área de Concentração: Tecnologia da Arquitetura e Urbanismo - Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo, 2006.

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ALLEN, Rex Whitaker; Karolyi, Ilona von. Hospital Planning Handbook. New York: Wiley, 1976. MINISTÉRIO DA SAÚDE, II Seminário de Arquitetura Hospitalar e II Curso de Especialização de Arquitetura em Sistemas de Saúde. Anais Salvador: Quarteto Editora, 2000. Andrade, Nelson. Hotel: planejamento e projeto/ Nelson Andrade, Paulo Lucio de Brito, Wilson Edson Jorge. – 2° Edição. – São Paulo : Editora SENAC São Paulo, 2000. CAMPOS, Juarez de Queiroz; Peinado, Marciel. A Arquitetura nos Estabelecimentos de Saúde. São Paulo: Editora Jotacê, 1999. Góes, Ronald de. Manual prático de arquitetura hospital/ Ronald de Góes. 1° Edição – São Paulo: Edgard Blücher, 2004. HOLROYD, W. A. H. Hospital Traffic and Supply Problems. London: King Edward’s Hospital Fund for London, 1968. KARMAN, Jarbas. Manual de manutenção hospitalar/ Jarbas Karman; em colaboração com Domingos M. Flávio Fiorentini, Jarbas Nogueira de M. Karman, Ricardo N. de Morais Karman. – São Paulo: Pini, 1994. MEZZOMO, João Catarin. O Administrador Hospitalar – A Caminho da Eficiência. São Paulo: CEDAS – Centro São Camilo de Desenvolvimento em Administração da Saúde, 1991. MEZZOMO, Augusto Antonio. Lavanderia Hospitalar – Organização e Técnica. São Paulo: CEDAS – Centro São Camilo de Desenvolvimento em Administração da Saúde, 1980 – 5° Edição – junho/1992. MIQUELIN, Lauro Carlos. Curso de Especialização em Administração Hospitalar – Gestão de Recursos Físicos – Arquitetura Hospitalar. CEDAS – Centro São Camilo de Desenvolvimento em Administração da Saúde. SOUZA, José Carlos dos Santos. Projeto Hospital Geral São Mateus. Trabalho de Graduação Interdisciplinar. (Graduação em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (Universidade de São Paulo), novembro de 1981.

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ANEXO I

Distâncias entre Jarinu e municípios da região:

São Paulo = 68km Campinas = 58km Atibaia = 28km Bom Jesus dos Perdões = 35km Bragança Paulista = 43km Cabreúva = 53km Campo Limpo Paulista = 14km Itatiba = 30km Itupeva = 38km Jundiaí = 23km Louveira = 32km Morungaba = 43km Nazaré Paulista = 46km Piracaia = 46km Valinhos = 50km Várzea Paulista = 19km Vinhedo = 40km Fonte: Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo, 2008.

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ANEXO II

Tabela com as atribuições do Hospital Municipal de Jarinu com suas respectivas dimensões mínimas estabelecidas pela RDC n° 50 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. ATENDIMENTO AMBULATORIAL CONSULTÓRIOS Descrição Consultórios indiferenciados - 2 unidades de 7,50m² cada Consultórios diferenciados - 4 unidades de 9,00m² cada Sanitário nos consultórios diferenciados - 1,60m² cada TOTAL AMBIENTE DE APOIO Descrição Sala de espera para pacientes e acompanhantes Área para registro de pacientes, marcação Sala de utilidades Depósito de material de limpeza Sanitário Masculino para pacientes e público (1 individual + 1 deficiente) Sanitário Feminino para pacientes e público (1 individual + 1 deficiente) Conforto médico - sala de estar Banheiro Copa TOTAL TOTAL ATENDIMENTO AMBULATORIAL

Dimensão (m²) 15,00 36,00 6,40 57,40 Dimensão (m²) 48,00 5,00 6,00 2,00 4,80 4,80 8,00 3,60 2,60 84,80 142,20

ATENDIMENTO IMEDIATO ATENDIMENTO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA URGÊNCIAS (BAIXA E MÉDIA COMPLEXIDADE) Descrição Área externa para desembarque de ambulâncias Sala de triagem médica e/ou de enfermagem Sala de serviço social Sala de higienização Sala de suturas/curativos Sala de reidratação Sala de inalação Sala de aplicação de medicamentos Sala de gesso e redução de fraturas Sala para exame indiferenciado Sala para exame diferenciado TOTAL URGÊNCIAS (ALTA COMPLEXIDADE) E EMERGÊNCIAS Descrição Posto de enfermagem Sala de serviços Sala coletiva de observação de pediatria - 2 leitos Banheiro observação de pediatria Sala coletiva de observação adulto masculino - 2 leitos Banheiro observação adulto masculino Sala coletiva de observação adulto feminino - 2 leitos Banheiro observação adulto feminino

Dimensão (m²) 21,00 8,00 6,00 8,00 9,00 24,00 12,80 5,00 10,00 7,50 7,50 118,80 Dimensão (m²) 6,00 5,70 17,00 4,80 17,00 4,80 17,00 4,80

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ANEXO II Sala de emergências TOTAL

24,00 101,10

AMBIENTE DE APOIO Descrição Área para notificação médica de pacientes Área de recepção de pacientes Sanitário Masculino para pacientes e público (1 individual + 1 deficiente) Sanitário Feminino para pacientes e público (1 individual + 1 deficiente) Sala de utilidades Sala de espera para pacientes e acompanhantes (adulto) Sala de espera para pacientes e acompanhantes (pediatria) Depósito de material de limpeza Área para guarda de macas e cadeira de rodas Rouparia Conforto médico - sala de estar Banheiro Copa Área para guarda de pertences de pacientes Quarto de plantão Banheiro quarto de plantão Depósito de equipamentos Posto policial TOTAL TOTAL ATENDIMENTO IMEDIATO

INTERNAÇÃO INTERNAÇÃO INFANTIL Descrição Posto de enfermagem Sala de serviço Enfermaria de criança - 4 enfermarias com 2 leitos cada Banheiro enfermaria de criança - 4 banheiros com 4,80m² cada Quarto de criança - 2 quartos com 1 leito cada Banheiro quarto de criança - 1 banheiros com 4,80m² cada Área de recreação TOTAL AMBIENTE DE APOIO Descrição Sala de utilidades Sanitário Masculino para público e funcionários (1 individual + 1 deficiente) Sanitário Feminino para público e funcionários (1 individual + 1 deficiente) Rouparia Sala de estar para acompanhantes Depósito de material de limpeza Área para guarda de macas e cadeira de rodas Depósito de equipamentos e materiais Copa de distribuição TOTAL TOTAL INTERNAÇÃO INFANTIL

Dimensão (m²) 5,00 12,00 4,80 4,80 6,00 15,00 15,00 2,00 3,00 2,20 8,00 3,60 2,60 6,00 5,00 3,60 4,00 4,00 106,60 326,50

Dimensão (m²) 6,00 5,70 40,00 19,20 18,00 9,60 12,00 110,50 Dimensão (m²) 6,00 4,80 4,80 2,20 19,50 2,00 3,00 4,00 2,60 48,90 159,40

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ANEXO II INTERNAÇÃO ADULTO - MASCULINO Descrição Posto de enfermagem Sala de serviço Enfermaria adulto masculino - 4 enfermarias com 2 leitos cada Banheiro enfermaria adulto masculino - 4 banheiro com 4,80m² cada Quarto adulto masculino - 1 quarto com 1 leito cada Banheiro quarto adulto masculino - 1 banheiro TOTAL AMBIENTE DE APOIO Descrição Sala de utilidades Sanitário Masculino para público e funcionários (1 individual + 1 deficiente) Sanitário Feminino para público e funcionários (1 individual + 1 deficiente) Rouparia Depósito de material de limpeza Área para guarda de macas e cadeira de rodas Sala de estar para pacientes, acompanhantes e visitantes Depósito de equipamentos e materiais Copa de distribuição TOTAL TOTAL INTERNAÇÃO ADULTO - MASCULINO INTERNAÇÃO ADULTO - FEMININO Descrição Posto de enfermagem Sala de serviço Enfermaria adulto feminino - 4 enfermarias com 2 leitos cada Banheiro enfermaria adulto feminino - 4 banheiros com 4,80m² cada Quarto adulto feminino - 2 quartos com 1 leito cada Banheiro quarto adulto feminino - 2 banheiros com 4,80m² cada TOTAL AMBIENTE DE APOIO Descrição Sala de utilidades Sanitário Masculino para público e funcionários (1 individual + 1 deficiente) Sanitário Feminino para público e funcionários (1 individual + 1 deficiente) Rouparia Depósito de material de limpeza Área para guarda de macas e cadeira de rodas Sala de estar para pacientes, acompanhantes e visitantes Depósito de equipamentos e materiais Copa de distribuição TOTAL TOTAL INTERNAÇÃO ADULTO - FEMININO INTERNAÇÃO MATERNIDADE Descrição Posto de enfermagem Sala de serviço Área de cuidados e higienização de lactante Enfermaria de lactante - 4 enfermarias com 2 leitos cada

Dimensão (m²) 6,00 5,70 56,00 19,20 10,00 4,80 101,70 Dimensão (m²) 6,00 4,80 4,80 2,20 2,00 3,00 19,50 4,00 2,60 48,90 150,60

Dimensão (m²) 6,00 5,70 56,00 19,20 20,00 9,60 116,50 Dimensão (m²) 6,00 4,80 4,80 2,20 2,00 3,00 19,50 4,00 2,60 48,90 165,40

Dimensão (m²) 6,00 5,70 4,00 36,00

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ANEXO II Banheiro enfermaria de criança - 4 banheiros com 4,80m² cada Quarto de lactante - 1 quarto com 1 leito Banheiro quarto de lactante - 1 banheiro Área de cuidados e higienização berçário Berçário de cuidados intermediários TOTAL AMBIENTE DE APOIO Descrição Sala de utilidades Sanitário Masculino para público e funcionários (1 individual + 1 deficiente) Sanitário Feminino para público e funcionários (1 individual + 1 deficiente) Rouparia Depósito de material de limpeza Área para guarda de macas e cadeira de rodas Sala de estar para pacientes, acompanhantes e visitantes Depósito de equipamentos e materiais Copa de distribuição TOTAL TOTAL INTERNAÇÃO MATERNIDADE

19,20 10,00 4,80 4,00 26,60 116,30 Dimensão (m²) 6,00 4,80 4,80 2,20 2,00 3,00 26,00 4,00 2,60 55,40 171,70

APOIO AO DIAGNÓSTICO AMBIENTE DE APOIO P/ PATOLOGIA CLÍNICA, RADIOLOGIA, ULTRA-SONOGRAFIA, MÉTODOS GRÁFICOS E HEMATOLOGIA Descrição Dimensão (m²) Área para registro de pacientes 5,00 Sala de espera para pacientes e acompanhantes 26,00 Sanitário Masculino para pacientes e acompanhantes (2 individuais + 1 def.) 6,40 Sanitário Feminino para pacientes e acompanhantes (2 individuais + 1 def.) 6,40 Sanitário Masculino para funcionários (2 individuais) 3,20 Sanitário Feminino para funcionários (2 individuais) 3,20 Depósito de material de limpeza 2,00 Sala de utilidades 6,00 Quarto de plantão 5,00 Banheiro quarto de plantão 3,60 Copa 2,60 Sala de estar para funcionários 8,00 TOTAL 77,40 PATOLOGIA CLÍNICA Descrição Dimensão (m²) Sala para coleta de material 3,60 Área para classificação e distribuição de amostras 3,00 Laboratório de parasitologia (área de preparo + área de microscopia) 6,00 Laboratório de urinálise 6,00 Laboratório de bacteriologia ou microbiologia 6,00 Laboratório de bioquímica 4,00 Laboratório de hematologia 5,00 Laboratório de sorologia 6,00 TOTAL 39,60 RADIOLOGIA Descrição Dimensão (m²) Sala de exames 15,00 Sanitário para pacientes 1,60 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - HOSPITAL MUNICIPAL DE JARINU

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ANEXO II Área de comando Sala de interpretação e laudos Laboratório de processamento de chapas ou filmes Arquivos de chapas e filmes TOTAL ULTRA-SONOGRAFIA Descrição Sala de exames Sanitário para pacientes Sala de ecocardiografia TOTAL MÉTODOS GRÁFICOS Descrição Sala de eletrocardiografia - ECG TOTAL HEMATOLOGIA Descrição Sala para triagem hematológica Triagem clínica Sala para coleta de sangue de doadores Sala para recuperação de doadores Área para controle e distribuição de hemocomponentes Área para estocagem de hemocomponentes Lanchonete para doadores TOTAL TOTAL APOIO AO DIAGNÓSTICO CENTRO CIRÚRGICO Descrição Área de indução anestésica Área de escovação Sala média de cirurgia Sala pequena de cirurgia Posto de enfermagem e serviços Área de recuperação pós-anestésica TOTAL CENTRO OBSTÉTRICO Descrição Sala de exame, admissão e higienização de parturientes Banheiro higienização Sala de pré-parto - 2 leitos Banheiro sala de pré-parto Área de indução anestésica Área de escovação Sala de parto normal Sala de parto cirúrgico Área de recuperação pós-anestésica TOTAL AMBIENTE DE APOIO Descrição Sala de utilidades Sanitário masculino com vestiário para funcionários

4,00 6,00 7,50 2,00 36,10 Dimensão (m²) 6,00 1,60 5,50 13,10 Dimensão (m²) 5,50 5,50 Dimensão (m²) 4,00 7,50 8,00 6,00 12,00 2,00 6,00 45,50 217,20

Dimensão (m²) 6,00 4,40 25,00 20,00 6,00 6,00 67,40 Dimensão (m²) 8,00 4,80 14,00 4,80 6,00 4,40 14,00 20 6,00 82,00 Dimensão (m²) 6,00 4,60

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ANEXO II Sanitário feminino com vestiário para funcionários Depósito de material de limpeza Depósito de equipamentos e materiais Sala de preparo de equipamentos, material Rouparia Sala de estar para funcionários Área para guarda de macas e cadeiras de rodas TOTAL TOTAL CENTRO CIRÚRGICO E OBSTÉTRICO INTERNAÇÃO INTENSIVA - UTI Descrição Posto de enfermagem Área coletiva de tratamento - 3 leitos Quarto de isolamento TOTAL AMBIENTE DE APOIO Descrição Quarto de plantão Banheiro para quarto de plantão Copa de distribuição Conforto médico - sala de estar Banheiro Copa TOTAL TOTAL INTERNAÇÃO INTENSIVA - UTI

APOIO TÉCNICO NUTRIÇÃO E DIETÉTICA COZINHA Descrição Área para recepção e inspeção de alimentos Despensa de alimentos e utensílios Área para guarda de utensílios Área para preparo de alimentos Área para cocção de dietas normais Área para cocção de desjejum e lanches Área para cocção de dietas especiais Área para distribuição de dietas normais e especiais Refeitório Área para recepção, lavagem e guarda de louças Área para recepção, lavagem e guarda de carrinhos TOTAL LACTÁRIO Descrição Área para recepção, lavagem de mamadeiras e outros Área para desinfecção de alto nível de mamadeiras Área para preparo e envase de fórmulas lácteas Área para estocagem e distribuição de fórmulas lácteas TOTAL AMBIENTE DE APOIO

4,60 2,00 4,00 4,00 2,20 10,40 3,00 40,80 190,20

Dimensão (m²) 6,00 27,00 10,00 43,00 Dimensão (m²) 5,00 3,60 2,60 8,00 3,60 2,60 25,40 68,40

Dimensão (m²)

100,00

40,00 9,00 3,00 152,00 Dimensão (m²) 8,00 4,00 7,00 5,00 24,00

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ANEXO II Descrição Depósito de material de limpeza Sala administrativa Sanitário Masculino para refeitório (1 individual + 1 deficiente) Sanitário Feminino para refeitório (1 individual + 1 deficiente) TOTAL TOTAL NUTRIÇÃO E DIETÉTICA FARMÁCIA Descrição Área para recepção e inspeção Área para armazenamento e controle Área de distribuição TOTAL TOTAL FARMÁCIA CENTRAL DE MATERIAL ESTERILIZADO Descrição Área para recepção, descontaminação e separação de materiais Área para lavagem de materiais Área para recepção de roupa limpa Área para preparo de materiais e roupa limpa Área para esterilização física Área para esterilização química líquida Sala de armazenamento e distribuição de materiais e roupas esterilizadas Área para armazenamento e distribuição de mat. Esterilizados descartáveis TOTAL AMBIENTE DE APOIO Descrição Depósito de material de limpeza TOTAL TOTAL CENTRAL DE MATERIAL ESTERILIZADO TOTAL APOIO TÉCNICO

Dimensão (m²) 2,00 5,50 4,80 4,80 17,10 193,10

Dimensão (m²) 7,00 70,00 7,00 84,00 84,00

Dimensão (m²) 8,00 8,00 4,00 12,50 8,00 8,00 10,00 2,50 61,00 Dimensão (m²) 2,00 2,00 63,00 340,10

APOIO ADMINISTRATIVO SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS/SERVIÇOS CLÍNICOS, DE ENFERMAGEM E TÉCNICO Descrição Dimensão (m²) Hall 30,00 Diretoria Clínica/Administrativa 7,50 Enfermaria chefe 12,00 Arquivo médico 30,00 Tesouraria 10,00 Contabilidade 15,00 Sala de reuniões 20,00 Administração 12,00 Compras 7,50 Departamento pessoal 7,50 TOTAL 151,50 AMBIENTE DE APOIO Descrição Dimensão (m²) Depósito de material de limpeza 2,00 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - HOSPITAL MUNICIPAL DE JARINU

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ANEXO II Sanitário Masculino para pacientes e público (1 individual + 1 deficiente) Sanitário Feminino para pacientes e público (1 individual + 1 deficiente) Copa TOTAL TOTAL APOIO ADMINISTRATIVO APOIO LOGÍSTICO PROCESSAMENTO DE ROUPA Descrição Sala para recebimento, pesagem, classificação e lavagem (área suja) Salão de processamento composto de (área limpa) Área para centrifugação Área de secagem Área de costura Área de passagem Área de separação e dobragem Área para armazenamento/distribuição TOTAL AMBIENTE DE APOIO Descrição Banheiro masculino para funcionários (exclusivo sala de recebimento) Banheiro feminino para funcionários (exclusivo sala de recebimento) Depósito de material de limpeza (exclusivo sala de recebimento) Depósito de material de limpeza TOTAL TOTAL PROCESSAMENTO DE ROUPA

4,80 4,80 2,60 14,20 165,70

Dimensão (m²) 15,00

27,00

18,00 60,00 Dimensão (m²) 3,60 3,60 2,00 2,00 11,20 71,20

CENTRAL DE ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS Descrição Dimensão (m²) Área para recebimento, inspeção e registro 4,50 Área para armazenamento 45,00 Área de distribuição 4,50 TOTAL 54,00 TOTAL CENTRAL DE ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS E EQUIP. 54,00 NECROTÉRIO Descrição Sala de preparo e guarda de cadáver Área externa para embarque de carro funerário TOTAL TOTAL NECROTÉRIO LIMPEZA E ZELADORIA Descrição Abrigo de recipientes de resíduos (lixo) Depósito de resíduos biológicos e comuns Depósito de resíduos químicos Higienização de recipientes coletores TOTAL TOTAL LIMPEZA E ZELADORIA TOTAL APOIO LOGÍSTICO

Dimensão (m²) 14,00 21,00 35,00 35,00

Dimensão (m²) 25,00

25,00 25,00 185,20

Tabela - Atribuições do Hospital Municipal de Jarinu. Elaboração: Camargo, 2008 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - HOSPITAL MUNICIPAL DE JARINU

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ANEXO III

De acordo com as áreas médicas o fluxograma entre as mesmas se estabelece da seguinte maneira:

Fluxograma Geral. Fonte: Arq Augusto Guelli. Alteração: Camargo, 2008.

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ANEXO IV

ALB HOSPITAL Arquiteto Gerhard Keppler com Planfabrik SPS e Werner Sholderer Münsingen, Alemanha 2005

Figura 1 – Vista do Alb Hospital. Fonte: Nickl - Weller, 2007, p. 13.

Figura 2 – Vista sudoeste do Alb Hospital. Fonte: Nickl - Weller, 2007, p. 13.

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ANEXO IV

Figura 3 – Planta do Pavimento Térreo do Alb Hospital. Fonte: Nickl - Weller, 2007, p. 15.

Figura 4 – Sanitário dos visitantes.

Figura 5 – Recepção do Alb Hospital

Fonte: Nickl - Weller, 2007, p. 14.

Fonte: Nickl - Weller, 2007, p. 14.

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ANEXO IV

Figura 6 – Caixa de escada em vidro.

Figura 7 – Esquadrias com vidro coloridos

Fonte: Hörmann, 2006, p. 7.

Fonte: Hörmann, 2006, p. 7

Figura 8 – Área Central do Alb Hospital.

Figura 9 – Área Central do Alb Hospital.

Fonte: Nickl - Weller, 2007, p. 15.

Fonte: Hörmann, 2006, p. 6.

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ANEXO V

ST. MARY HOSPITAL Sander Hofrichter Arqchitects Alemanha 2006

Figura 1 – Vista do St. Mary Hospital. Fonte: Nickl - Weller, 2007, p. 219.

Figura 2 – Cafeteria do pavimento térreo do St. Mary Hospital. Fonte: Nickl - Weller, 2007, p. 219.

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ANEXO V

Figura 3 – Planta do terceiro pavimento do St. Mary Hospital. Fonte: Nickl - Weller, 2007, p. 221.

Figura 4 – Central do paciente.

Figura 5 – Lounge do St. Mary Hospital.

Fonte: Nickl - Weller, 2007, p. 220.

Fonte: Nickl - Weller, 2007, p. 220.

Figura 6 – Quarto do St. Mary Hospital. Fonte: Nickl - Weller, 2007, p. 221. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - HOSPITAL MUNICIPAL DE JARINU

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ANEXO V

Figura 7 – Quarto de Parto.

Figura 8 – Posto de auxílio ao paciente.

Fonte: Nickl - Weller, 2007, p. 220.

Fonte: Nickl - Weller, 2007, p. 220.

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ANEXO VI

KNITTELFELD STATE HOSPITAL Fasch & Fuchs e Arquiteto Schumacher Austria 2005

Figura 1 – Elevação Oeste do Knittelfeld State Hospital. Fonte: Nickl - Weller, 2007, p. 255.

Figura 2 – Elevação voltada para o parque do Knittelfeld State Hospital. Fonte: Nickl - Weller, 2007, p. 255.

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ANEXO VI

Figura 3 – Corredor do Hospital.

Figura 4 – Corredor do Hospital.

Fonte: Nickl - Weller, 2007, p. 257.

Fonte: Nickl - Weller, 2007, p. 256.

Figura 5 – Corte com iluminação do Knittelfeld State Hospital. Fonte: Nickl - Weller, 2007, p. 257.

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