ALESSANDRO POSSO LOPES
História entretecida: “HOTEL GALERIA”, em ATIBAIA, SP UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO ITATIBA - 2008
Alessandro Posso Lopes
História entretecida: “HOTEL GALERIA”, em ATIBAIA, SP
Trabalho de Conclusão de Curso em Arquitetura e Urbanismo, apresentado à Universidade São Francisco, para obtenção do grau de Arquiteto e Urbanista. Orientador: Prof. Dr. Fernando Atique
Universidade São Francisco Itatiba 2008
"De um traço nasce a arquitetura. E quando ele é bonito e cria surpresa, ela pode atingir, sendo bem conduzida, o nível superior de uma obra de arte." "Quando uma forma cria beleza tem na beleza sua própria justificativa." (Oscar Niemeyer)
Dedico este trabalho à minha família e à minha esposa Carla pelo apoio e auxílio durante todo o curso.
Agradeço a Deus por ter me dado capacidade durante o curso e, principalmente, para realizar este trabalho. Também agradeço a todos os professores do Curso de Arquitetura, essencialmente, aos professores Dr. Fernando Atique e Dra. Maria Camila Lofredo D'Ottaviano pelo apoio e dedicação.
Sumário 1. Introdução ...............................................................................................................06 2. Justificativa..............................................................................................................08 3 Histórias e Significados...........................................................................................11 Uso Misto ....................................................................................................11 Hotelaria .......................................................................................................13 4. Análise da área / Lote..............................................................................................15 Terreno e Gabaritos......................................................................................17 Levantamento fotográfico do local................................................................18 Levantamento Fotográfico do terreno...........................................................19 5. Programa.................................................................................................................23 6. Estudos de caso......................................................................................................26 Conjunto Nacional ........................................................................................26 Shopping Arcaico em Munick (Alemanha) ...................................................32 Plaza Juarez ............................. ..................................................................37 7. O Projeto .................................................................................................................40 Plantas .........................................................................................................42 Cortes e Vistas .............................................................................................51 Vistas em perspectivas.................................................................................53 8. Referência Bibliográfica ..........................................................................................59 9. Anexos ....................................................................................................................61 Anexo 01 Anexo 02 Anexo 03
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O tema do projeto proposto está baseado em solucionar problemas de ordem social, física e histórica da área central do município de Atibaia. Esses problemas são o resultado do abandono de uma área com grande potencial, com importantes aspectos históricos, por negligência dos proprietários e do poder público local. Embora este processo de obsolescência esteja instalado no município, é possível revertê-lo sem grandes atitudes. Antes, contudo, torna-se interessante apresentar a cidade Atibaia A Estância de Atibaia está instalada a 65km ao Norte de São Paulo, ao pé da Serra da Mantiqueira. Nacionalmente, é conhecida, por sua privilegiada localização geográfica no entroncamento das rodovias Fernão Dias (BR 381) e Dom Pedro I (SP 065), por possuir a maior jazida de granito do Brasil, conhecida como “Pedra Grande” e por possuir uma grande produção de flores e morangos. A economia de Atibaia se baseia principalmente na agricultura, no comércio e no turismo. O comércio é formado por lojas localizadas em maior número no centro da cidade. A Agricultura é formada por pequenos produtores que produzem flores e morangos. O turismo é composto, em sua maioria, por hotéis fazendas, os quais tiram proveito do turismo histórico e de lazer. Inúmeros eventos ocorrem o ano todo na cidade, mas, mesmo assim, não conseguem reverter o caráter de cidade-dormitório da localidade. Além dos setores citados, temos uma grande expansão do setor industrial, movimentado por vários atrativos, como, por exemplo, incentivos legais para instalação de novos empreendimentos, (conforme descrito no Plano Diretor da Cidade, projeto de lei complementar nº 024 de 11/09/2006), sendo estes, instalados nos parques industriais que se espalham nas periferias da cidade. Esta concentração industrial em Atibaia remonta as primeiras décadas do século XX, e gerou algumas arquiteturas típicas deste período industrial. Tal informação se faz importante, pois é em uma antiga área industrial têxtil, outrora instalada no centro de Atibaia, que se desenvolve o presente Trabalho de Conclusão de Curso.
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Com a expansão do setor industrial e o aumento do turismo na cidade, baseado em informações do setor hoteleiro, principalmente a partir do contato feito com o Presidente da Associação de Hotéis de Atibaia, Sr. Luciano Leal (ver anexo 03) , conclui-se que há um grande déficit na hotelaria para hospedagem de executivos, o chamado “Hotel Business”, com estrutura de salas e lazer flexíveis para comportar eventos simultâneos. Por outro lado, um estudo “in loco”, ajudou a definir a necessidade de espaços de comércio, com uma estrutura adequada. A falta de espaços para novos empreendimentos, a falta de estrutura dos edifícios já existentes e as limitações de espaço do centro, nos mostra a falta de planejamento e a total degradação da estrutura urbana central da cidade. A falta de conexão entre as quadras, desrespeito com o conforto e o bem estar das pessoas (clientes) são um dos inúmeros pontos negativos que a estrutura comercial do centro apresenta atualmente. Outro problema levantado é a circulação que ocorre no sentido bairro – centro. Parte do centro chamado “parte mais alta” é mais beneficiada, devido ao maior fluxo, diferente da “parte mais baixa” que possui menor fluxo, além da falta de atrativos e de estrutura para os comerciantes. A figura 01, distingue as duas regiões descritas acima. Tendo isso como base, levantou-se a necessidade da execução de um projeto de uso misto (com a instalação de hotel, áreas para lojas e serviços, além de uma praça e demais estruturas que garantissem o bom funcionamento do complexo), sendo que a parte hoteleira, deverá ser focada no uso por empresários e turistas. Sua implantação deverá ser feita de maneira que seu núcleo seja utilizado pela população, tanto como forma de lazer quanto por meio da ligação bairro-centro. A estrutura do núcleo será executada com materiais e formas que busquem o valor histórico das edificações que lá existiam.
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Eixo de circulação do centro “parte alta” e “parte baixa” / Fonte: Google Earth / Elaboração: Lopes, 2008
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O Uso Misto. A importância histórica das zonas de Uso Misto está respaldada, conforme lei do código de obras vigente no município de São Paulo (Lei nº 8.2226 de 1975 e revisão de lei nº 11.228/92), promulgado em junho de 1992. Em seu capitulo 8º, do Anexo I, encontramos no item 8.12 a principal característica da edificação de uso misto, que estabelece que: 8.12 Uso Misto: A implantação em uma edificação de mais de uma atividade caracterizando uso misto, estará condicionada a LPUOS (Legislação de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo) e a esta lei, em especial no que se refere a espaços destinados a circulação e segurança. Dentro deste aspecto, vemos que a lei apóia tal situação, porém, prioriza o conforto e a qualidade da edificação como pontos primordiais. Ao longo do tempo, têm-se desenvolvido novos modelos de uso misto, embora não sejam dominantes, suas influências nas edificações têm sido cada vez maiores em comparação aos edifícios de uso simples. Por isto, o que difere os empreendimentos antigos dos de agora são as proporções de dimensão - que são cada vez maiores - e os usos - que estão cada vez mais diversificados (Schwanke, 2003, p.3 / Motada, 2004, p.18). O Urban Land Institute, de Springfield, Massachusetts, E.U.A (Motada, 2004, p.19), publicou um estudo (Witherspoon, 1976, p.6 / Motada, 2004, p.19) em que faz um amplo levantamento para identificar o que seria um empreendimento de uso misto contemporâneo e define que se trata de um empreendimento imobiliário de grande porte, caracterizado por ter:
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Três ou mais tipos de usos, cujas atividades sejam substanciais geradoras de renda, tais como: comércio, serviços varejistas, escritórios, residências, hotéis e entretenimento, que em projetos bem planejados, são sinérgicos;
Grande integração física e funcional dos componentes do projeto (com aproveitamento intensivo do solo), incluindo conexões contínuas para pedestres;
Desenvolvimento conforme um projeto coerente, que freqüentemente estipula, os tipos de usos aplicáveis, as escalas (dimensões) relativas, as densidades e outros itens relacionados.
Levanto também a diferença entre uso misto e multiuso. A sutil diferença compreende que o multiuso são aqueles projetos que possuem múltiplos usos e que, no entanto, não têm as três características fundamentais delineadas anteriormente. Dentro dessa questão, também coloco o chamado Edifício Conjunto, o qual agrega em um único edifício, espaços de uso misto. Além desse, temos também o Edifício Galeria que tem, no térreo, uma passagem aberta aos pedestres. A essa função de uso misto, também podemos colocar a importância econômica do gasto em um empreendimento, uma vez que a integração de projetos no uso misto é economicamente mais satisfatória, do que se cada elemento for planejado separadamente. O inicio da expansão dos edifícios de uso misto em São Paulo se deu com a criação das galerias centrais de São Paulo. Esses edifícios eram considerados pólos da cultura da elitista paulistana. Abrigavam lojas de alto luxo, bares e restaurantes da moda e eram pontos de encontro de intelectuais, artistas e boêmios (Vargas, 2001, p.279 / Motada, 2004, p.21).
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A Hotelaria O indício que encontramos do início da Hotelaria no mundo é de VI a.C. com a hospedagem de comerciantes entre Oriente e a Europa, era feita de forma coletiva, não possuindo nenhum tipo de área privativa. Essa forma primitiva teve grandes evoluções durante os tempos, mas, somente em 1829, em Boston, foram criados os conceitos de apartamento “double” e “single”, acompanhados de utensílios de higiene pessoal como sabonete, por exemplo. Em meados de 1870, teve inicio a implantação de banheiros privativos, concomitantemente à profissionalização da hotelaria. No Brasil, na década de 1970 ocorreu um significativo crescimento do setor hoteleiro, graças ao grande aumento do setor no país. Nessa época, surgiram grandes hotéis de uso misto no Brasil, como, por exemplo, o Copacabana Palace, no Rio de Janeiro e o Transamérica, em São Paulo, entre outros. Essa evolução foi interrompida na década de 1980, com a crise do mercado imobiliário brasileiro. O mercado só voltou a crescer, nos anos 90, com a facilidade de obtenção de linhas de crédito para o setor hoteleiro. Atualmente, o setor está em grande expansão, baseada nos diversos tipos de turismo e nas diversidades de usos dos hotéis atuais. Atualmente, a classificação dos hotéis é dividida em 5 tipos: H (hotel), HR (hotelresidência), HL (hotel de lazer), P (pousada) e HT (hospedaria de turismo). Todos podem ser classificados conforme suas qualidades de uma a cinco estrelas. Apenas o HT pode ser classificado com no máximo de duas estrelas. No aspecto construtivo, há diretrizes que dão referência às normas básicas de construção e acústica dos hotéis, feitas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e também há normas feitas pela CNTur (Confederação Nacional de Turismo), que correspondem a algumas diretrizes que são exigidas para o setor hoteleiro. O principal item dessa norma é que todo ou qualquer edificação preparada ou modificada para o uso hoteleiro deverá possuir todas as áreas destinadas ao atendimento dos hóspedes e ao seu bem estar, tendo uma maior atenção, às áreas destinadas aos equipamentos e instalações, como por exemplo, projetos de elétrica, hidráulica, combate a incêndio, etc.
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O lote destinado para implantação do projeto é um quarteirão que esta instalado entre as ruas José Bim, José Pires, João Pires e Adolfo André, na área central de Atibaia. Possui cerca de 9.390m2 e tem as dimensões irregulares de média 78m de largura e 120m de comprimento. O declive do terreno, se dá pela rua João Pires (ponto mais alto), até a rua Adolfo André (ponto mais baixo). O desnível, de aproximadamente 9m, resulta em uma declividade de aproximadamente 7%. O terreno, atualmente, encontra-se sem uso, contendo apenas parte da estrutura demolida dos edifícios industriais dedicados ao setor têxtil, que ali existiram. Infelizmente não foi possível interromper o processo de deterioração e destruição de suas instalações durante os anos. Tanto o governo municipal como os proprietários não tinham nenhum tipo de interesse de recuperação ou aproveitamento da área. Por esses e outros motivos, concluímos que há grande influência desse lote nas questões social, física e histórica do centro da cidade. No âmbito social, o terreno citado caracteriza um ambiente sombrio, que funciona como refúgio de moradores de rua que não possuem um local para se alojarem, principalmente à noite, tornando-se, desse modo, um local perigoso para população transitar.
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Na questão física, a área tem toda infra-estrutura para sua ocupação, porém isso não ocorre, pois a área é um local degradado, sem uso e sem manutenção. Isso acarreta à cidade um prejuízo incalculável, sendo que a sua inutilidade resulta em um olhar pejorativo e a falta de planejamento por parte da prefeitura municipal. Por este motivo é que o Plano Diretor da Cidade, definiu essa área como de “Edificação Compulsória” (ver Plano Diretor PR-A.31.2 / www.atibaia.sp.gov.br). A Prefeitura mobiliza ação contra os proprietários do lote, enquanto o mesmo permanecer de uso ocioso, estando sujeito, sucessivamente, às penalidades de edificação e/ou de urbanização compulsória, de tributação progressiva, e de desapropriação com títulos da dívida pública. Sobre o aspecto histórico, deve-se levar em consideração, que no local já funcionou um estabelecimento de grande porte: a Companhia Têxtil Brasileira. Fundada em 1911, a fábrica de Tecidos São João era a principal indústria de Atibaia na época. Na década de 30, a mesma foi vendida para a Companhia Têxtil Brasileira, que devido à necessidade de aumento de suas instalações, mudou o local da fábrica, para o terreno/objeto de estudo deste trabalho. Portanto, sua importância histórica para Atibaia é significativa, uma vez que foi a principal fonte de renda e trabalho para o município. Além de ter sido uma alavanca para a criação de novos bairros em Atibaia e inúmeras vilas residenciais para moradia dos funcionários. Sua desativação na década de 50 deixou a cidade desestruturada devido ao grande êxodo rural que ocorria nessa época por causa da industrialização. Dessa forma, a proposta apresentada neste trabalho, além de rever os usos da área, conforme já comentado, dotará o projeto de espaços e/ou edifícios que tragam de volta a importante história da industrialização da cidade por meio de seus usos e suas edificações. Da estrutura instalada no local, depois de uma análise “in loco”, chegou-se à conclusão que está em maior parte degradada, não sendo possível sua reutilização. Esta proposta também tem como foco de aumentar o fluxo e o movimento nesta região. Mesmo estando no centro da cidade, esta parte é uma “área secundária”, pois todo o movimento se concentra nas ruas “mais altas” da cidade. A potencialidade da área é visível por inúmeros motivos, um deles é a proximidade a lugares importantes, como, por exemplo, o Mercado Municipal, além de estar posicionada próxima a uma das principais ruas que faz a ligação bairro-centro. Apresentam-se, a seguir, as plantas e o levantamento fotográfico realizado no local.
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Fotos de 4 a 22 Imagens do terreno Internas e externas / Lopes 2008
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O programa proposto está focado nos elementos “Hotel Business”, salas de multiuso, estacionamentos, lojas para comércio, restaurante (praça de alimentação), praça pública e área para exposição. Estacionamento
O Estacionamento é dividido em duas áreas distintas.
207 vagas destinadas para o hotel (hospedes e funcionários), para o auditório e para as salas de convenções. Possui entrada independente e manobrista 24 horas.
98 vagas são para os lojistas e para comercialização, com funcionamento em horário comercial.
Nos dois casos, foram destinadas vagas especiais para motos, portadores de necessidades especiais e idosos.
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Hotel
Na Área Social encontramos: Hall de Entrada, área de exposições no saguão principal, área de espera e recepção, estes localizados de frente a praça, sendo que a área de exposições pode ser estendida para a praça.
No mesmo nível, porém instalada no 2º subsolo, estão as salas de administração, arquivo além das áreas de serviços que são compostas por: cozinha principal (além de outras cozinhas secundárias), Copa, depósitos de alimentos e bebidas, lavanderia, ambulatório, manutenção, almoxarifado, refeitório, vestiário, área de descanso e convívio.
No bloco secundário estão: auditório com 414 lugares sentados, foyer, palco, bar, depósito e sanitários público. Acima estão locadas as salas de reuniões, um segundo auditório com 204 lugares e o restaurante.
Os 108 apartamentos, possuem os dormitórios com dimensões mínimas de 20,5m2 e máximo de 40m2 com possibilidades de 4 composições de suítes todas compostas por sanitários, frigobar e terraços privativos
A área de lazer é formada por áreas públicas, distribuídas por: praça molhada, praça verde e praça de alimentação, parte coberta e parte descoberta. Área privada do hotel, que seria a piscina, vestiários, bar, sala de massagem, sala de jogos, ginástica e sauna.
As Salas de máquina são compostas pelo gerador, casa de bomba, reservatórios de água para abastecimento e cisternas. Comércio
É formado por 43 estabelecimentos que possuem áreas que variam de 17,50m2 à 51,80m2 (sanitários e depósitos são opcionais), apoiadas pelas áreas de circulação (por escadas, rampas e escadas rolantes), lojas, sanitários, depósitos e almoxarifados. Praça
A praça será composta de áreas de circulação, com espaços abertos e eixos de circulação contendo sanitários e tratamento de paisagismo e piso
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6.1 O Conjunto Nacional Projeto – Conjunto Nacional Autor – Arquiteto David Libeskind Local – Av. Paulista com rua Augusta, alameda Santos e rua Padre João Manoel. São Paulo Data – Projeto – 1955 / Conclusão das Obras: 1958 e 1962 Áreas – Terreno: 14.600 m2 / Construção: 124.278 m2 Construção: Warchavchik e Neumann Incorporação: Grupo Horsa (Hotéis Reunidos S. A.) falida em 1995. Este estudo de caso, é um clássico da arquitetura paulistana: o Conjunto Nacional, projetado por David Libeskind, em 1955, uma referência para edifícios de uso misto. O projeto proporciona qualidades urbanas e técnicas que eram e continuam sendo inovadoras. No período de pós-guerra, nos anos 1950, São Paulo apresentava características únicas na urbanização no Brasil. Devido aos seus atributos físicos, sociais, econômicos e culturais a cidade atravessava uma grande expansão, era considerada “metrópole moderna”. Em especial, o crescimento acelerado e a ocupação da Avenida Paulista revelam a construção de uma nova geografia urbana, na qual o Conjunto Nacional tornou-se um marco da paisagem. Libeskind, com apenas 26 anos, foi contratado para desenvolver o projeto do Conjunto.
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O Edifício ocupa uma quadra inteira onde antes haviam residências unifamiliares. O empreendimento enquadra-se na tipologia dos edifícios-conjunto, uma vez que reúne diferentes usos e atividades em uma única edificação. Sua proposta, de multiuso, possui uma gama grande de diferentes usos, assimilando funções urbanas, como por exemplo: supermercado, lavanderia, centro telefônico, correio, agência bancária, restaurante, salão de festas, etc. Sua mixagem de uso era tão grande, que o catálogo de vendas do empreendimento enfatizava a idéia do grande centro comercial: “um só lugar onde se compra de uma agulha a um avião”.
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Croqui do projeto do Conjunto Nacional / Fonte: Brasil, 2000
Segundo Vargas (Motada, 2004), essa tipologia, por si só já representa uma concepção dentro da ideologia do movimento moderno, porque acaba conferindo a um espaço privado uma característica de espaço público, promovendo a integração entre o edifício e o urbano, através de ruas internas que formam sua galeria comercial. O projeto pode ser sintetizado como sendo uma proposta composta por duas lâminas (de dimensões 100m de comprimento por 18m de largura), sendo uma vertical (com 26 andares e ocupação residencial) e outra horizontal (de quatro pavimentos, com uso comercial e de serviços) que parecem não se tocar. Possui grandes terraços-jardim e a iluminação da “praça central” e circulações da lamina horizontal é feita através de uma grande cúpula geodésica em estrutura metálica revestida por material translúcido. A distribuição das galerias é feita através dos eixos de circulação por meio de pilares circulares que interligam as cinco entradas. Possui cinco “módulos” com dimensões e características diferentes uma das outras. A circulação vertical é feita por setores, sendo independentes as circulações de cada uso. Seu subsolo é ocupado por dois estacionamentos que possuem uso rotativo e uso para os moradores das residências. Quanto a sua plasticidade, podemos colocar vários tratamentos que proporcionaram uma inovação para a época. Alguns desses tratamentos são: a utilização de brises horizontais feitos em concreto armado, servindo como protetor à insolação e ritmo da fachada; rampas de circulação em forma de elipse; uso de pilotis regulares; recuos nas caixilharias; recuo de pilares; cobertura em cúpula translúcida; marquise marcando a transição entre o térreo e os pavimentos superiores; recuos no térreo formando grandes “galerias” cobertas nos passeios. O volume vertical, é tratado de maneira uniforme. As faces nos dois extremos da lamina são composta por empenas cegas. As faces que dão para avenida Paulista e para alameda Santos são tratadas com janelas contínuas nas horizontais, utilizando-se de recuos nos pilares para acentuar estas linhas.
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Distribuição dos usos do Edifício Fonte: Brasil, 2000
Em 1957, a pedido dos empreendedores, houve a necessidade de alterações no projeto original, como por exemplo: em parte da fachada, se perdeu o recuo dos pilares no térreo, devido ao dimensionamento estrutural; a forma do pilar de apoio das torres verticais, foi alterado; no subsolo foram locados várias áreas de apoio técnico, como geradores, etc; no volume horizontal houve algumas alterações em locais específicos, como por exemplo, na área onde se encontra na esquina entre a avenida Paulista e a rua João Manuel, que foi ocupada pela embaixada americana, que viu a necessidade de subdividir os andares ocupados para três andares, diminuindo assim, o pé direito original; porém, a mudança mais brusca, ocorreu na lamina vertical, com a divisão de seus usos em residências e escritórios e logo depois, ainda houve uma alteração, transformando-se parte da torre em Hotel. Nas páginas seguintes, mostrarei algumas imagens, plantas, croquis e fotos para um melhor entendimento do projeto.
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Vista Áerea do Conjunto Nacional Fonte: Viégas, 2003
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Vista do Conjunto lado Norte Fonte: Viégas, 2003
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Vista Áerea do Conjunto Nacional / Fonte: Viégas, 2003
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Fontes: Viégas, 2003
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Planta da Lamina Vertical. / Fonte: Viégas, 2003
Corte do Conjunto Nacional
Planta do 2º Subsolo / Fonte: Viégas, 2003 31
Planta do 1º Subsolo / Fonte: Viégas, 2003 32
Planta do Térreo / Fonte: Viégas, 2003
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Planta 1º Pavimento / Fonte: Viégas, 2003 34
Planta 2º Pavimento / Fonte: Viégas, 2003 35
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Planta Cobertura / Fonte: Viégas, 2003
Planta do Bloco Comercial / Fonte: Viégas, 2003
Planta de um dos apartamentos do Bloco Residencial. / Fonte: Viégas, 2003
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6.2 Five-Courts Shopping Arcade in Munich Projeto – Five-Courts Shopping Arcade Autor – Arquiteto Herzog & De Meuron Local – Munich / Alemanha Data – 1997/98 O próximo estudo é um projeto do Five-Courts Shopping Árcade, em Munich, na Alemanha. Trata-se de uma Landenpassage ou a nossa conhecida “galeria”. Esse projeto foi implantado no núcleo central de uma quadra totalmente ocupada (foto 64), formada de gabaritos padronizados de aproximadamente 5 pavimentos. Sua estrutura é formada por cinco entradas distribuídas pelas ruas ao redor do quarteirão (planta 65). Diferente do projeto proposto neste trabalho, esse estudo de caso é importante, pois mostra o aproveitamento do espaço de forma inteligente, não ignorando as áreas de lazer no núcleo (conforme há no conjunto Nacional e no Arcade), além de diversos tratamentos utilizados pelo Arquiteto Funf Hofe.
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Imagem da Construção da Galeria no Núcleo da quadra. /
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Implantação do projeto na Quadra Fontes: Herzog, 2002
Esse projeto foi selecionado depois de um concurso para a reconstrução do núcleo do quarteirão, uma vez que após a guerra, os edifícios foram construídos sem a organização adequada para uma cidade como Munick. Em 1994, foram apresentados inúmeros projetos, onde a maioria tinha como seu objetivo a demolição da maioria dos edifícios ali construídos.
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Diferente dos anteriores, entre 1997/98 foi apresentado a atual proposta, que mantêm a maioria dos edifícios, tendo como foco a circulação interna no quarteirão, dando acesso a espaços públicos e privados. Sua característica de edifício contemporâneo também se estende aos espaços internos, apresentando diferentes ambientes, feitos por grandes artistas locais. Sua mixagem de uso é tão complexa quanto a dos edifícios de multiuso do Brasil. Estão presentes, além das lojas no térreo, restaurante, lanchonete (espaço gastronômico), galeria de artes, salas para escritórios e moradias. Seu principal conceito foi fazer com que a construção da galeria tivesse a forma de uma vitrine gigante. A forma arquitetônica foi várias vezes “desafiadas” devido à distribuição em planta da circulação ser em várias áreas irregular. O edifício possui pés direito diferenciados, incluindo algumas salas que chegam a ter pé direito de cinco metros. A área do projeto totaliza 24.000 m2, onde 5000m2 corresponde às áreas de passagem. O restante é dividido entre os outros usos. A galeria de artes é o maior ambiente construído no projeto, possuindo cerca de 1000m2. Além de todos os materiais contemporâneos utilizados, como vidro, aço, concreto, o arquiteto também teve o cuidado em utilizar a vegetação, presente em algumas coberturas vegetais em muitos vasos pendentes, tornando-se um ornamento do edifício. Na fachada, o arquiteto fez mais do que um tratamento arquitetônico, fez uma releitura das vitrines das lojas, colocando toda sua fachada como se fosse uma grande vitrine. Para isso, utilizou material metálico como caixilhos e muito vidro. Nas páginas seguintes, anexarei imagens das plantas e fotos para um melhor entendimento do projeto. 40 a 43
Imagens Externas: Fontes: Herzog, 2002
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44 a 47 Imagens Internas Fontes: Herzog, 2002
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Implantação “Planificação da Área” Fontes: Herzog, 2002 49
Implantação “Pátios e passagens” Fontes: Herzog, 2002 50
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Implantação “Novas Construções” Fontes: Herzog, 2002
Planta de Estrutura dos Blocos Fontes: Herzog, 2002 52
Planta de Distribuição de propriedade das quadras, Fontes: Herzog, 2002 53
Áreas de Demolição Fontes: Herzog, 2002
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Corte Transversal Fontes: Herzog, 2002
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Corte B.B Fontes: Herzog, 2002
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Corte Longitudinal Fontes: Herzog, 2002
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Corte Transversal 2 Fontes: Herzog, 2002
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Planta do Primeiro Pavimento Fontes: Herzog, 2000
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Planta do Segundo Pavimento Fontes: Herzog, 2002
6.3 Plaza Juarez Projeto – Plaza Juarez Autor – Arquiteto Ricardo Legorreta Local – México Data – Projeto 2003 O próximo estudo, é um projeto não tão complexo quanto os projetos anteriormente apresentados, porém possui características únicas que poderão ser utilizadas como base para a proposta deste trabalho. A Plaza Juarez, México, do arquiteto Ricardo Legorreta, é um importante conjunto de edifícios que foram construídos com o intuito da recuperação do centro da cidade do México. Possui a dimensão total de aproximadamente 180.000 m2, onde destes 27500m2 é destinado a praça central. A praça que serve como eixo de ligação e convívio da população é tratada de forma primordial no projeto, as demais construções feitas estão dentro da proposta feita por Legorreta e Associados, entram “em segundo plano”. 60 a 62 Imagens Legorreta Fonte Melenez, 2005
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O Projeto apresentado tem como aspecto formal, o emprego de linhas retas, obedecendo a forma retilínea do centro e o limite de gabarito de 4 pavimentos, conforme legislação local. A escolha da verticalização foi essencial para manter o solo livre para circulação e lazer dos pedestres. O Hotel está projetado em consonância dos dados levantados junto ao Instituto Brasileiro de Hospedagem (IBH / http://www.abih.com.br/principal/ibh.php), tendo como principais diretrizes: estacionamento com manobrista 24 horas; café da manhã incluso; serviço de quarto; recepção 24 horas; etc. O hotel é formado por 108 leitos, salas de convívio e um restaurante interno, além das demais dependências técnicas. A estrutura do hotel é toda interligada, inclusive, com as áreas de convenção, de forma que os hospedes possam acessar todos os ambientes, além de possuir a área de lazer coberta, proporcionando maior conforto para os hospedes. A área de Convenção é formada por dois auditórios, um com 414 lugares e outro com 204 assentos, além das salas de convenções, áreas de café, foyer e restaurante que também abastece o hotel. A entrada do bloco de convenção pode ser feita por vários locais, para facilitar o seu acesso. Uma das entradas é feita pela praça molhada, outra pela parte baixa onde se encontram 16 vagas rápidas além da entrada pelo estacionamento no subsolo. A entrada do Hotel, na praça, proporciona um aumento na dimensão do hall do hotel pois avança para a praça, além de estar instalada uma área de exposição “fechada”, antes do hall do hotel, aberta à visitação pública. Os estacionamentos são formados por 207 vagas de uso do Hotel e Salas de convenções, e 98 vagas destinadas às lojas. Tanto os estacionamentos quanto as áreas de serviços, e espaços administrativos, foram locados nos sub-solos. O uso misto das edificações foi escolhido de forma da responder à necessidade de atender o programa, sem haver completa ocupação do solo. Como escolha arquitetônica e uma forma de reverenciar a história local foi mantida parte da estrutura da fábrica que está em boas condições, formando uma caixa externa ao edifício novo, que será executado em sua parte interna. A fachada antiga será mantida com sua forma e caixilharia, com pequenas adequações ao projeto novo.
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A Implantação dos edifícios novos, foi feita de forma que as pessoas consigam transitar por espaços internos e externos dos edifícios, utilizando-se de platôs com as cotas que já existiam na implantação da fábrica, buscando uma mesma “linguagem espacial” entre o novo e o antigo além de ser incorporado em áreas dos novos edifícios, material da demolição. Daí o nome do projeto: História Entretecida, entre o passado e o presente, entre as sobras e as novas proposições. As praças são interligadas por escadas e rampas em algumas áreas cobertas, e outras descobertas, sendo que as mesmas possuem um eixo de circulação muito agradável aos pedestres além de receber tratamentos diferenciados. A praça baixa, chamada de “praça molhada”, é formada principalmente por pontos nos pisos que se transformam em chafarizes. Na praça alta, chamada de “praça verde” é onde se encontra um grande canteiro com vegetações de diferentes espécies, arvores do tipo pau ferro, foram distribuídas de forma que crie sombra na praça e na praça de alimentação. Também foram instalados espelhos da água, onde serão colocadas plantas aquáticas. A circulação da praça é livre por todas suas dependências, sem obstruções sendo um dos principais atrativos é a escada rampa, que dá acesso do passeio da rua principal até a praça. Parte desta escada rampa, se torna grandes patamares que pode ter outras funções, como por exemplo, palco. As lojas projetadas são do tipo “Box” com dimensões que podem variar. No projeto estão divididas em 43 lojas, sendo as mesmas projetadas em forma de galeria, tomando dois andares da lamina. A forma de galeria foi definida para que a transição do público em seu interior ocorra naturalmente conforme o fluxo de circulação dos pedestres. A Galeria possui duas entradas principais, uma pela rua principal (rua João Pires) e outra na praça molhada. Nas laterais possui uma entrada secundária que dá acesso a rua José Bim e do outro lado, acesso a praça de alimentação. Suas elevações receberam vedações tipo persianas com acabamentos em réguas em madeira na horizontal, dando ao hóspede a possibilidade de regulagem automática das aberturas. Esse mecanismo também dá ao edifício uma fachada renovável, pois as aberturas serão o diferencial em suas fachadas. Esse material também servirá para dar maior conforto térmico aos usuários, podendo regular maior ou menor incidência solar. A Volumetria separada em dois corpos de edifício, sendo um em forma de lâmina e o outro em forma de caixa, sendo os dois interligados por uma passarela que serve como área social, foi proposital, para que não ocorresse uma ocupação do solo exagerada. O material de execução a principio é estrutura convencional de pilares e vigas de concreto para os Edifícios, sendo de estrutura metálica as coberturas e as passarelas. Os caixilhos externos das lojas e do hotel serão de estruturas em alumínio e vidros laminados na cor fumê.Na varanda dos dormitórios, recuado da persiana de madeira, possui um caixilho formado por 3 folhas de alumínio com vidros laminados para fechamento por completo do aposento. A Área de lazer do hotel, instalada no andar HT 1A, é formada por pisos em deck de madeira e de pedra natural, além do espelho da água verde, o qual possui vegetação aquática. Possui pérgula em madeira, que é utilizado para sombrear a área de lazer e para o apoio de vegetação pendente. 41
Livros ANDRADE, Nelson; BRITO, Paulo Lucio de; JORGE, Wilson Edson. Hotéis, Planejamento e Projetos, Editora Senac, 2000 BRASIL, Luciana Tombi, David Libeskind (Coleção Olhar Arquitetônico), São Paulo, SP: FAUUSP, 2000, p. 23 a 39 CONTI, João Batista, 1903-1967, História de Atibaia, volume I, Atibaia, SP: Grosse, 2000 CONTI, João Batista, 1903-1967, História de Atibaia, volume II, Atibaia, SP: Grosse, 2001, p20. URBANISMO, Laboratório de, Trabalho sobre Cerdà, Barcelona, Espanha: Governo de Barcelona, 1992 ROCHA, Ruth; Minidicionário, São Paulo, SP; Scipione, 1996 VALLANDRO, Leonel, Dicionário Inglês-Português / Português-Inglês, São Paulo, Editora Globo: 1999 Tese de Doutorado MOTODA, Mauro, Empreendimentos de Uso Misto: Os Hotéis e a Interação Urbanística, São Paulo, SP: Editora FAUUSP, 2004. Tese de Mestrado VIÉGAS, Fernando Felippe, A Construção do Espigão Central, São Paulo, SP: FAUUSP, 2003. Revistas HERZOG & de Meuron, El Croquis (The Nature of artifice) Nº 109/110, Madrid, Espanha: 2002, P. 136. / FAU USP KONZEPT, Detail, março/2004. B2772 / FAU USP MELENDEZ, Adilson, Projeto Design (Nº 310), São Paulo, SP: Dezembro 2005, SERAPIÃO, Fernando, Projeto Design (Nº 295), São Paulo, SP: Setembro 2004, SEGRE, Roberto, Projeto Design (Nº 323), São Paulo, SP: Janeiro, 2007 Sites www.atibaia.com.br / Acesso em 27/02/2008 www.arcoweb.com.br / Acesso em 17/03/2008 www.atibaia.sp.gov.br / Acesso em 04/03/2008 http://www.atibaiamania.com.br/fotos_antigas/index.asp / Acesso em 10/05/08 www.camaraatibaia.sp.gov.br / Acesso 04/03/2008 www.comturatibaia.com.br / Acesso 04/03/2008 http://planocerda.blogspot.com/2007/05/o-plano-cerd-nova-barcelona-proposta_29.html Acesso 10/05/2008 www.uclm.es / Acesso 27/03/2008 www.vitruvius.com / Acesso 27/03/2008 http://pt.wikipedia.org/wiki/Ildefonso_Cerd%C3%A1 acesso 10/05/2008
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Anexo 01 Projeto – Museu de Arte Del Condado de Los Angeles (LACMA) Autor – Desconhecido Local – Los Angeles / EUA Data – 2001 Escolhido pela plasticidade da fachada horizontal, acabamentos paisagísticos e materiais utilizados.
Imagens 73 a 75 Fonte: Konzept, 2004
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Anexo 02 Projeto – Edifício Pérgola Autor – Arquiteto Bruno Stagno Local – San Antonio de Belén, Costa Rica Data – Projeto – 2003 / Projeto - 2004 Escolhido: pela proposta “ecológica” alcançada pelo arquiteto. Arquiteto que busca em seus projetos a “sustentabilidade” colocandoas de formas claras, objetivas e em alguns casos audaciosas. Neste projeto a proposta esta presente no panos vegetais inseridos nas fachadas onde ocorre maior insolação. A caixa de concreto retangular (forma escolhida devido a limitação de recursos) é envolvida externamente por uma leve estrutura metálica modulada, que serve de suporte para o crescimento de plantas trepadeiras resultando em uma espécie de filtro climático. 76 a 78 Imagens do Edifício Pérgola / Fonte Segre, 2007
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Anexo 03 ----- Original Message ----From: <presidencia@hoteisematibaia.com.br> To: <lopes.arquitetura@terra.com.br> Cc: "'Atendimento AHAR'" <atendimento@hoteisematibaia.com.br> Sent: Tuesday, February 26, 2008 8:29 PM Subject: ENC: Contato do website HOTÉIS EM ATIBAIA Alessandro, Boa tarde. Sou o presidente da Associação de Hotéis. Se quiser posso passar-lhe pessoalmente as informações e dirimir eventuais dúvidas. Sou Gerente do Hotel Fazenda Hípica Atibaia www.hotelfazendaatibaia.com.br. No entanto, adianto-lhe as informações solicitadas: - ocupação média anual hotelaria Atibaia - 45 % ao ano - Durante a Semana - ocupação com executivos ou prestadores de serviços para empresas da região e EVENTOS/CONVENÇÕES - Durante o final de semana - tem ocupação com hóspedes particulares/lazer e também com eventos. Atibaia é uma cidade que atrai o Turismo e EVENTOS , vc tem algum texto no Convention e Bureau www.atibaiaeregiao.com.br. Temos hotéis, pousadas e campings em Atibaia. No local citado, na minha opinião, suporta um prédio Hotel Executivo com sala de convenções, sala para casamentos, estacionamento, restaurante executivo aberto ao público externo, com algumas opções de lazer , Piscina aquecida, sauna, quadra poliesportiva. Poderá atender aos mensalistas, aos eventos com salas de convenções, casamentos, almoços, cocktails, festas locais, Happy Hours, etc. Apartamentos com tamanho médio de 30 metros quadrados que acomode até 03 pessoas. Poderá atender também aos grandes eventos de Atibaia onde necessitamos de grande quantidade de apartamentos/acomodações. Por ora é isto. Se precisar de mais detalhes por gentileza solicite-nos Att Luciano Leal 4402.2159 63