“CINEMA E CIA” Gabriela Louise, Maria Luiza e Yasmim Caroline
A proliferação dos shoppings centers nas grandes capitais mudam a realidade cultural manifestada pelos tradicionais cinemas de rua das cidades e os que ainda existem surgem como símbolo de perseverança desse modelo de lazer. Dentro deste contexto o Cine Ritz, localizado na quadra 22 do setor Central, se mostra como um dos agentes capazes de trazer vitalidade e “construção de um modo de relação mais rico e aberto com a cidade e as diversas pessoas que a constituem” Marcelo Ribeiro, crítico de cinema e programador do Cine Cultura. É dessa maneira que o cinema surge e se firma como forma de entretenimento na capital goianiense na década de 30. O primeiro cinema da nova capital foi inaugurado no dia 13 de junho de 1936 no setor Campinas, sendo denominado Cine Teatro Campinas. O setor recebia exibições desde os tempos em que Goiânia ainda era um canteiro obras, através de cinemas itinerantes que percorriam a região. Já no setor central de Goiânia, a primeira sala de cinema a ser aberta foi o Cine Popular, em 1939 que mais tarde passou a ser denominada Cine Santa Maria, na Rua 24, entre a Avenida Anhanguera e Rua 4. Em 1942 é inaugurado o Cine-Teatro Goiânia integrador do conjunto arquitetônico do início da capital. Com projeto do arquiteto Jorge Félix, foi concebido em estilo art déco e marca o batismo cultural da cidade. Estes e vários outros que surgiram posteriormente, como os cines Casablanca, Frida, Presidente e Capri, marcaram a memória de muitos que deles usufruiram e mostram a presença do cinema como espaço que se expressa e se integra à cidade como forma de lazer. Com o surgimento da televisão e de novas tecnologias, muitas salas de exibição foram fechadas e entraram em decadência a partir da década de 70, tendo em vista que os filmes constavam como programação da TV e possilitavam a economia com o entretenimento no conforto das próprias casas. O advento dos shoppings center em novos centros consolidados intensificou ainda mais o declínio do cinema de rua e ainda trouxe a descaracterização do espaço cinematográfico por transformarem a realidade cultural em uma realidade de consumo. Assim, vários dessas edificações foram fechadas e transformadas em igrejas, supermercados, lojas e algumas das que ainda restam tiveram as suas exibições voltadas para filmes pornográficos, como o Cine Santa Maria e o Cine Astor. O Cine Ritz surge então como uma dessas exceções na cidade que ainda resiste e se mantém como uma opção dos cinemas tradicionais, ligando o espaço com a rua e gerando assim uma zona de permanência direcionada ao entretenimento e a cultura.
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QUADRA 22
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QUADRA 22 A quadra 22, localizada entre a Avenida Anhanguera, a rua 4, rua 8 e rua 9 do setor central, tem como característica marcante a presença do Cine Lume Ritz, símbolo de perseverança dos cinemas de rua que surgiram na década de 30 na capital Goiana. Tem como característica do traçado sua viela. Localizada atrás do Cine Ritz, o acesso a elas é dado na rua 8 por meio de duas entradas e/ou saídas e hoje ainda mantém o seu traçado original preservado. Em formato de “U”, se liga através da rua 8 com a viela da quadra 9. A viela hoje possui a função de estacionamento para o comércio nos horários comerciais e carga / descarga para o Correio da rua 4 que tem seu fundo voltado para ela. Apresenta vagos edifícios residenciais em estado de abandono, o que proporciona o uso de atividades clandestinas em outros turnos e gera receio aos usuários do cinema em horários noturnos, dificultando o papel do ambiente como reprodutor de atividades de lazer. Apresenta ainda uma quantidade significativa de paredes cegas que contribuem atualmente para a segregação, insalubridade e insegurança. Os edifícios da quadra apresentam-se em sua totalidade a situação típica do centro: ocupados por estabelecimentos comerciais e de serviço da cidade. Tendo essa característica representada no trecho da Avenida Anhanguera, a qual possui lojas com comércios populares e redes de notoriedade nacional, ainda é possível observar a grande presença do comércio informal nas calçadas do local. Isso mostra o quanto a atividade se aglomerou de forma incontrolada pelo trecho do eixo anhanguera e contribui para a degradação do espaço. Além disso, o predomínio da atividade comercial em detrimento de outras formas de uso causa a superlotação do local nos horários comerciais e o abandono do local a noite e finais de semana. Dessa forma o cinema tem o papel de alimentar o espaço com a atividade de lazer que gera o uso e integração do espaço em diversos horários. A quadra possui nove edifícios com uso comercial, outros três com uso residencial, dois com uso de prestação de serviços, oito com uso misto, além da viela que funciona como estacionamento. Vista de cima, pode-se perceber que as construções são implantadas de forma heterogênea e as vezes não seguem os limites determinados pelos lotes. Muitas delas possuem um recuo mínimo e as vezes se encontram
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até mesmo ligadas com as construções vizinhas. Assim, pode-se notar que elas foram se executando de maneira contínua no local, sem seguir a uma determinada organização. Também é possível notar que a quadra possui um gabarito diversificado, apresentando edifícios de 1 até 8 pavimentos, prevalecendo os que tem 2 e 3 pisos. Os edifícios da Avenida Anhanguera ganham destaque no quesito de altura ao respeitarem um gabarito praticamente único e trazerem assim uma ocupação uniforme que gera a ideia de conjunto, tendo suas particularidades expressadas nas fachadas, as quais evidenciam temporalidades diferentes. Analisando os edifícios históricos encontram-se características que remetem ao Déco, com suas formas geométricas bem definidas e fachadas com elementos de conotação ornamental, e também ao modernismo, com seus volumes simples e puros que exploram o vidro como elemento de composição. Vale lembrar que podem vir a conter traços que não condizem com o estilo, mesclando-se assim a outras tendências compositivas. Muitos deles hoje encontram-se com suas fachadas cobertas por letreiros e banners comerciais que escondem sua silhueta. Isso provoca várias discussões no meio acadêmico da Arquitetura e Urbanismo, que comentam sobre a poluição visual e a descaracterização dos edifícios históricos através da implantação desses elementos que cobrem as fachadas originais, ignoram a história do edifício e sua arquitetura ali ainda presente. Na quadra 22 não é diferente. É evidente a presença de traços que contam sobre sua época, mas se tratando de consumo e não de história, houve pouca preocupação com a geração que não vivenciou o nascimento do estilo arquitetônico e sua construção. Em contato com pessoas com raízes no espaço aqui trabalhado, nota-se o apreço, cuidado e zelo pela história de vida vivenciada na quadra 22 e em outras regiões do Setor Central. Hoje se trata de memórias boas do passado e tristeza da não preservação destas memórias. Existe ainda a esperança de uma mudança e retomada do que era bom, ainda existe o sentimento de “estar em casa” e receptividade para uma boa conversa sobre os velhos tempos.
Quadra 22 vista pelo cruzamento da Avenida Anhanguera com a Rua 9 Fonte: Google Maps
Vista superior da Quadra 0
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N
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PAISAGENS
Vista da Avenida Anhanguera Fonte: Google Maps
Elevação Avenida Anhanguera 7
Vista da rua 4 Fonte: Google Maps
Rua 4
Rua 9
Rua 8 Avenida Anhanguera
Elevação rua 4 8
PAISAGENS
Vista da rua 8 Fonte: Google Maps
Elevação rua 8 9
Vista da rua 8 Fonte: Google Maps
Rua 4
Rua 9
Rua 8 Avenida Anhanguera
10
PAISAGENS
Vista da rua 9 Fonte: Google Maps
Elevação rua 9 11
Vista da rua 9 Fonte: Google Maps
Rua 4
Rua 9
Rua 8 Avenida Anhanguera
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PAISAGENS
Acesso lateral da viela Fonte: Yasmim Rodrigues
Vista A 13
Vista do acesso pelo fundo da viela Fonte: Yasmim Rodrigues
Vista do acesso da viela Fonte: Yasmim Rodrigues
Rua 4
E
F
B C
Rua 8
Rua 9
A
D Avenida Anhanguera
Vista B 14
PAISAGENS
Acesso lateral da viela Fonte: Yasmim Rodrigues
Vista C 15
Acesso lateral da viela Fonte: Yasmim Rodrigues
Vista do fundo da viela Fonte: Yasmim Rodrigues
Rua 4
E
F
B C
Rua 8
Rua 9
A
D Avenida Anhanguera
Vista D 16
PAISAGENS
Vista do fundo da viela Fonte: Yasmim Rodrigues
Vista E 17
Ocupação pelo estacionamento no fundo da viela Fonte: Yasmim Rodrigues
Rua 4
E
F
B C
Rua 8
Rua 9
A
D Avenida Anhanguera
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PAISAGENS
Casa de jogos localiza no fundo da viela Fonte: Yasmim Rodrigues
Vista F 19
Vista do fundo da viela Fonte: Yasmim Rodrigues Rua 4
A E
F
B C
Rua 8
Rua 9
Parede cega Cine Ritz Fonte: Yasmim Rodrigues
D Avenida Anhanguera
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PROTAGONISTAS
12 11 9 10
13 1
8
2
7
3 4
6 5
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1
Rival Calçados
8
Pharmacus
2
Shopping dos Cosméticos
9
Lord Cabelereiros
3
Estilo Joiás
10 Casa das chaves
4
Galeria comercial
11 Loja de Bijuterias
5
O Boticário
12 Bens da Terra
6
Edifício Abrão A. Helou
13 Edifício Felix de Souza
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Cine Lume Ritz
11 Fonte: Maria Luiza
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Fonte: Maria Luiza
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PROTAGONISTAS
Vista do edifício pela rua 9 Fonte: Google Maps
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Vista Rua 9
Localização: Avenida Anhanguera, número 5234, Setor Central, Goiânia, 74620140 Originalmente no térreo se encontrava uma loja de produtos para a área da saúde e nos pavimentos superiores funcionava salões de festa que comumente abrigavam bailes estudantis, segundo o atual proprietário. Atualmente o edifício serve de salas comerciais nos pavimentos superiores e o térreo é alugado para a franquia da Rival Calçados. Passou por modificações internas para se adequar ao uso atual. O edifício de quatro pavimentos ocupa a esquina entre a rua 9 e a Avenida Anhanguera. Seu desenho segue a implantação do lote, e assim uma de suas fachadas é marcada por um chanfro que denota o encontro das duas ruas. Essa implantação mostra a monumentalidade do prédio e o chanfro valoriza a sua fachada de acesso principal, mostrando como a
RIVAL CALÇADOS esquina potencializa o traço do edifício histórico. É possível observar seu caráter essencialmente Art Decó. Em seu volume único prevalece a presença da massa, da alvenaria, marcada por linhas retas bem definidas e frisos que reforçam elementos do seu exterior. Se desenvolve simetricamente pela fachada e suas extremidades formam um desenho que evidencia essa proporção. As esquadrias maiores valorizam a horizontalidade do edifício e são marcadas por frisos horizontais que denotam continuidade e marcam a quantidade de pavimentos do edifício. Já as janelas das extremidades formam uma malha que junto com as faixas brancas ornamentais marcam a verticalidade e simetria do edifício. Elas são emolduradas pelos relevos retos, contínuos e brancos e formam um embasamento diferente e mais trabalhado que o restante da fachada
Vista Avenida Anhanguera
Fachada do Edifício, vista do cruzamento da rua 9 com a Avenida Anhanguera Fonte: Google Maps
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PROTAGONISTAS Localização: Av. Anhanguera, nº 5222 - St. Morais, Goiânia - GO, 74043-010 Constituído por três pavimentos, o edifício atualmente abriga salas comerciais em todos os pisos. É composto por um volume único e puro, com aparência limpa e sem ornamentação. Seus pavimentos superiores recebem tratamento diferente do térreo e ganham maior evidencia ao receberem uma moldura que avança na fachada e alude que os edifícios vizinhos estão recuados. Apresenta fachada frontal simétrica com esquadrias distribuídas uniformemente pelo edifício. A ausência de ornamentação e simplicidade da forma mostra um edifício mais moderno que se distância do Decó e sua monumentalidade, mas que ainda apresenta traços do mesmo ao mostrar simetria e uma configuração geométrica bem definida.
Vista Avenida Anhanguera
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SHOPPING DOS COSMÉTICOS
Fachada do Edifício, vista da Avenida Anhanguera Fonte: Google Maps
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PROTAGONISTAS
Edifício como antigo Banco Mercantil de São Paulo S.A. Fonte: Facebook
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Vista Avenida Anhanguera
ESTILO JOIÁS
Fachada do Edifício, vista da Avenida Anhanguera Fonte: Google Maps
Fundo do Edifício, vista da viela Fonte: Yasmim Rodrigues
Localização: Av. Anhanguera, 5198 - St. Morais, Goiânia - GO, 74620-140 Original da década de 60, o edifício abrigava um dos maiores bancos privados do Brasil na época: o Banco Mercantil de São Paulo S.A. Atualmente, funciona como salas comerciais em todos os seus pavimentos. O banner que ocupa toda a visão da fachada do prédio esconde todo o seu conjunto expressivo. Constituído por três pavimentos, a edificação mantém uma geometria pura e simples e contém uma moldura que define as suas bordas. Assinala características do período moderno, dando destaque ao vidro como elemento que composição. Assim, o térreo deixa de lado as aberturas pontuais para dar espaço para a pele de vidro e as esquadrias dos pavimentos superiores representam o modelo de janela em fita a partir da continuidade de uma extremidade a outra que indica a horizontalidade de cada pavimento. A fachada posterior, voltada para a viela da quadra, diferente da principal, apresenta janelas pontuais sem um ritmo bem determinado em sua distribuição. Nota-se ainda a existência de um pé direito maior no pavimento térreo em detrimento dos demais.
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PROTAGONISTAS
Fachada do EdifĂcio, vista da Avenida Anhanguera Fonte: Google Maps
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GALERIA COMERCIAL Localização: Av. Anhanguera, 5198 - St. Central, Goiânia - GO, 74043-010 Atualmente funciona como galeria comercial no térreo e salas comerciais nos pavimentos superiores, sendo constituído por três pavimentos. O edifício apresenta características que o aproximam mais do período moderno, por deixar de lado a simetria e ter suas janelas bem marcadas horizontalmente até as suas extremidades. É formado por um volume único, simples e com recorte em uma de suas laterais, que confere a ele o formato em U. Livre de ornamentações, tem sua verticalidade marcada pela faixa em alvenaria livre de aberturas. Sua fachada posterior se volta para a viela e suas esquadrias são pontuais, marcadas pela irregularidade e falta de ritmo.
Vista Avenida Anhanguera
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PROTAGONISTAS Localização: Av. Anhanguera, 5186 - St. Central, Goiânia - GO, 74040-010 Na década de 70 seu térreo era ocupado por uma farmácia, e hoje tem seu espaço utilizado pelo O Boticário. Com sua fachada essencialmente Decó, a edificação de 2 pavimentos expressa na volumetria o desenho de esquina que segue o traço do lote em que está implantada. Ainda nesse contexto, destaca a sua fachada principal formada pelo chanfro que marca o encontro da Avenida Anhanguera com a rua 8. Segue a regras de axialidade, simetria e hierarquia em toda a sua composição, dando maior ênfase na face que marca a sua entrada. A marquise reforça o destaque da fachada principal e ainda tem a função de balcão para o pavimento superior. O coroamento criado pelo jogo de formas geométricas e decorativas fomenta a monumentalidade trazida pelo estilo. Sua superfície ainda apresenta uma texturização que reforça os traços geométricos e suas janelas apresentam um gradil com serralheria detalhada, contornos sinuosos e estilizados.
Vista Avenida Anhanguera
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O BOTICÁRIO
Fachada do Edifício, vista do cruzamento da Avenida Anhanguera com a rua 8 Fonte: Google Maps
Vista Rua 8
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PROTAGONISTAS Localização: Rua 8, número 497, Setor Central, Goiânia, 74620-110 Inaugurado na década de 60, mantém o mesmo uso original, sendo o térreo ocupado por um restaurante e os pavimentos superiores por salas comerciais O edifício de linguagem simples é marcado por um volume único composto de simetria e aberturas pontuais e regulares em toda a sua forma. A relação de cheios e vazios é apresentada na sua fachada principal e na face voltada para a entrada da viela, mostrando sempre ritmo na determinação de suas esquadrias. O desenho das janelas e da porta de acesso aos pavimentos superiores contam muito sobre sua época, sendo as primeiras formadas por um conjunto de basculantes em vidro canelado e a segunda por gradis estilizados.
Vista Rua 8
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EDIFÍCIO ABRÃO A. HELOU
Fachada do Edifício, vista da rua 8 Fonte: Google Maps
Fachada lateral do Edifício, vista pela entrada da viela Fonte: Yasmim Rodrigues
Detalhe do Edifício Fonte: Maria Luiza
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PROTAGONISTAS
Fachada do cinema, localizada na rua 8 Fonte: Google Maps
Vista Rua 8
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CINE LUME RITZ Localização: Rua 8, número 501, St. Central, Goiânia. 74013030 Cinema de rua inaugurado em 1992. Passou por um intenso processo de digitalização em 2015, o que fez com que um público maior frequentasse o local. Assim mantém a cara de cinema antigo com aparelhagem moderna e programação atual. Hoje é o único de Goiânia que ainda funciona normalmente com qualidade de qualquer outra sala de cinema de Shopping. Frederico Machado, diretor do cinema menciona que o maior desafio de manter o cinema ativo é a propaganda e o marketing para atrair novos usuários. Felizmente o cinema possui usuários fieis que estão passando este hábito de ir ao cinema de rua para as próximas gerações. Possui duas salas de exibições com 236 poltronas cada e resume-se cotidianamente em exibições de filmes comerciais nacionais e internacionais, com uma sessão especial sempre aos domingos para o público infantil. Voltado para o público local, o cinema sempre investe em grandes lançamentos e parte agora para uma parceria especial com festivais de cinema realizados em Goiânia. Ele conta com um público afetivo e valor acessível, melhor que os cinemas de shoppings centers. Constituído por 2 pavimentos e localizado entre as vielas da rua 8, o cinema possui uma linguagem arquitetônica limpa, definido por linhas retas. Nota-se o espelhamento e a simetria na fachada através das janelas e portas. Sua fachada é definida por uma grande marquise e aberturas pontuais delimitadas por portas e janelas. As portas sinalizam de maneira clara os locais de entrada e saída do cinema e as esquadrias do primeiro pavimento ficam escondidas pela presença de banners que limitam a expressão do edifício. Pode-se pontuar dessa maneira a ausência de soluções arquitetônicas que conciliem a divulgação da empresa, através de peças gráficas, e a relevância do edifício enquanto construção. O edifício possui uma cor clara, as cores estão predominantemente nos banners e propagandas. É interessante notar, porém, que a calçada ganhou destaque com as listras pretas e brancas, gerando contraste e marcando a área de localização do cinema.
Banner do cinema Foto: Maria Luiza
Fundo do cinema voltado para a viela Foto: Yasmim Rodrigues
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PROTAGONISTAS
Fachada do EdifÃcio, vista pela rua 8 Fonte: Google Maps
Vista Rua 8
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PHARMACUS
Fachada dos fundos do Edifício, vista da viela Fonte: Yasmim Rodrigues
Localização: R. 8, 527 - St. Central, Goiânia - GO, 74013-030 Sempre manteve uso comercial. Durante muitos anos a atual lanchonete e cia foi ocupada pela Lanchonete do Raul, que era muito conhecida na região. Sua fachada hoje se encontra descaracterizada da concepção atual. Suas janelas foram retiradas e preenchidas com alvenaria, assim sua fachada frontal hoje apresenta apenas as portas de entrada como abertura. Mesmo tendo tido essa modificação, não deixa de ter traços de sua época e relação com o estilo Art Decó. Seu volume simples e livre de ornamentações tem a simetria marcada pelo escalonamento do topo, estando esse presente na face frontal e posterior. Sua lateral é voltada para um dos acessos da viela e contém aberturas que levam as outras salas comerciais da construção.
Fachada sem alterações Fonte: Google Maps
Fachada descaracterizada em 2015 Fonte: Google Maps
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PROTAGONISTAS
Vista Rua 8
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LORD CABELEREIROS
Vista do Edifício pela rua 8 Fonte: Google Maps
Vista do Edifício pelo acesso da viela Fonte: Yasmim Rodrigues
Localização: Rua 8, número 547 - St. Central, Goiânia - GO, 74013-030 Em 1969 tinha sua obra embargada na prefeitura e se encontrava apenas com a estrutura finalizada. Nesse mesmo ano, a construção foi comprada pelo empresário brasileiro Serafim Rodrigues, o qual finalizou a obra e fundou no local o Agrobanco, Banco Comercial S/A. Alguns anos depois, o banco faliu e a esposa ficou sendo a proprietária do imóvel. Com a separação do casal, ela vendeu o imóvel o qual passou por um processo de reforma para se tornar um prédio de quitinetes. O novo proprietário estava interessado em comprar o lote vizinho, atualmente uma casa abandonada no corredor da viela, para transformá-lo no estacionamento do local, uma vez que o prédio não consta com o equipamento. Com o intento fracassado, o prédio entrou em estado de abandono, tendo atualmente apenas o térreo funcionando como salas comerciais. O prédio contém 8 pavimentos e é formado por um volume único, com linguagem mais limpa e genérica, sem ornamentações e com uma reprodução associada a arquitetura moderna ao dar mais espaço para a expressão do vidro nas fachadas do edifício. Essas esquadrias são distribuídas de maneira uniforme pela fachada frontal e lateral, (que dá acesso à viela) através de longas faixas verticais que frisam o sentido de desenvolvimento do prédio. Uma de suas fachadas laterais contém um recorte que funciona como um shaft para a passagem de tubulações e abertura de janelas pontuais. A fachada dos fundos é marcada por aberturas pontuais realçadas em caixilhos
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PROTAGONISTAS
Fachada do EdifĂcio, vista do cruzamento da rua 8 com a rua 4 Fonte: Google Maps
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Vista Rua 8
CASA DAS CHAVES
Detalhe que mostram as características do edifício Fonte: Google Maps
Localização: Rua 4, número 777 - St. Central, Goiânia - GO, 74015-175 Os comércios que ocupam a construção descaracterizaram totalmente a sua fachada, coberta em sua totalidade por letreiros. Sua verdadeira face se revela em um trecho onde o banner não cobriu a contrução até o topo. A edificação térrea com volume genérico segue a implantação do lote na quadra. O chanfro marca a fachada principal e suas aberturas são formadas pelas portas que dão acesso ao interior e marcam a simetria da edificação. Livre de ornamentação, mantém sua superfície limpa, mas mostra certa influência do Art Decó ao criar o escalonamento do topo.
Vista Rua 4
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PROTAGONISTAS Localizção: Rua 4, número 827 - St. Central, Goiânia - GO A edificação consta com 2 pavimentos atualmente funciona como comércio no térreo e residência no pavimento superior. Formada por um volume único, regular e simétrico que expressa na fachada uma linguagem arquitetônica influenciada pelo Art Decó. Essa influência é notada a partir da intenção de se buscar elementos decorativos geométricos e simplificados como o contorno de suas extremidades com uma linha estilizada e o escalonamento do topo. Suas janelas também ganham destaque ao apresentar um desenho geométrico marcante em seus gradis e caixilhos brancos, do tipo basculante e de correr.
Vista Rua 4
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LOJA DE BIJUTERIAS
Fachada do EdifÃcio, vista da rua 4 Fonte: Google Maps
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PROTAGONISTAS
Vista Rua 8
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BENS DA TERRA
Fachada do Edifício, vista do cruzamento da rua 4 com a rua 9 Fonte: Google Maps
Localização: : Rua 4, número 827 - St. Central, Goiânia - GO A edificação consta com 2 pavimentos e funciona como comércio. É formada por um volume genérico que segue a implantação do lote na quadra. É possível observar que a construção não se apega a regras compositivas, ao se apoiar em uma forma simples com janelas pontuais que deixam de manter o ritmo de cheios e vazios em certo ponto. Todo o térreo é marcado por aberturas que dão acesso para as lojas que ocupam o espaço. O protagonismo do edifício é criado a partir da linguagem simples e dos elementos que remetem ao passado como as janelas venezianas comuns em sua época e o embasamento em linha reta no topo da edificação.
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PROTAGONISTAS
Vista Rua 4
Fachada do Edifício, vista da rua 9 Fonte: Google Maps
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Localização: Rua 9, número 348, Setor Central, Goiânia, 74013040 Originalmente mantinha o uso residencial no primeiro pavimento e comercial no térreo e passou por modificações internas para se adequar ao uso totalmente comercial atual. Sua arquitetura expressa uma volumetria única com elementos de conotação ornamental. O aspecto do Art Déco apresenta-se frente a simplificação geométrica da forma e seus elementos decorativos simplificados como o escalonamento do topo. Foge ao estilo ao deixar de apresentar regras de simetria e axialidade, porém tenta seguir certo ritmo de distribuição das esquadrias de sua fachada lateral. O jogo de aberturas da fachada posterior segue a mesma ideia da fachada frontal
EDIFÍCIO FELIX DE SOUZA
Vista do edifício pela viela Fonte: Google Maps
Fachada dos fundos do edifício, vista da viela Fonte: Google Maps
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