“CINEMA E CIA” Gabriela Louise, Maria Luiza e Yasmim Caroline
A proliferação dos shoppings centers nas grandes capitais mudam a realidade cultural manifestada pelos tradicionais cinemas de rua das cidades e os que ainda existem surgem como símbolo de perseverança desse modelo de lazer. Dentro deste contexto o Cine Ritz, localizado na quadra 22 do setor Central, se mostra como um dos agentes capazes de trazer vitalidade e “construção de um modo de relação mais rico e aberto com a cidade e as diversas pessoas que a constituem” Marcelo Ribeiro, crítico de cinema e programador do Cine Cultura. É dessa maneira que o cinema surge e se firma como forma de entretenimento na capital goianiense na década de 30. O primeiro cinema da nova capital foi inaugurado no dia 13 de junho de 1936 no setor Campinas, sendo denominado Cine Teatro Campinas. O setor recebia exibições desde os tempos em que Goiânia ainda era um canteiro obras, através de cinemas itinerantes que percorriam a região. Já no setor central de Goiânia, a primeira sala de cinema a ser aberta foi o Cine Popular, em 1939 que mais tarde passou a ser denominada Cine Santa Maria, na Rua 24, entre a Avenida Anhanguera e Rua 4. Em 1942 é inaugurado o Cine-Teatro Goiânia integrador do conjunto arquitetônico do início da capital. Com projeto do arquiteto Jorge Félix, foi concebido em estilo art déco e marca o batismo cultural da cidade. Estes e vários outros que surgiram posteriormente, como os cines Casablanca, Frida, Presidente e Capri, marcaram a memória de muitos que deles usufruiram e mostram a presença do cinema como espaço que se expressa e se integra à cidade como forma de lazer. Com o surgimento da televisão e de novas tecnologias, muitas salas de exibição foram fechadas e entraram em decadência a partir da década de 70, tendo em vista que os filmes constavam como programação da TV e possilitavam a economia com o entretenimento no conforto das próprias casas. O advento dos shoppings center em novos centros consolidados intensificou ainda mais o declínio do cinema de rua e ainda trouxe a descaracterização do espaço cinematográfico por transformarem a realidade cultural em uma realidade de consumo. Assim, vários dessas edificações foram fechadas e transformadas em igrejas, supermercados, lojas e algumas das que ainda restam tiveram as suas exibições voltadas para filmes pornográficos, como o Cine Santa Maria e o Cine Astor. O Cine Ritz surge então como uma dessas exceções na cidade que ainda resiste e se mantém como uma opção dos cinemas tradicionais, ligando o espaço com a rua e gerando assim uma zona de permanência direcionada ao entretenimento e a cultura.
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QUADRA 22
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QUADRA 22 A quadra 22, localizada entre a Avenida Anhanguera, a rua 4, rua 8 e rua 9 do setor central, tem como característica marcante a presença do Cine Lume Ritz, símbolo de perseverança dos cinemas de rua que surgiram na década de 30 na capital Goiana. Tem como característica do traçado sua viela. Localizada atrás do Cine Ritz, o acesso a elas é dado na rua 8 por meio de duas entradas e/ou saídas e hoje ainda mantém o seu traçado original preservado. Em formato de “U”, se liga através da rua 8 com a viela da quadra 9. A viela hoje possui a função de estacionamento para o comércio nos horários comerciais e carga / descarga para o Correio da rua 4 que tem seu fundo voltado para ela. Apresenta vagos edifícios residenciais em estado de abandono, o que proporciona o uso de atividades clandestinas em outros turnos e gera receio aos usuários do cinema em horários noturnos, dificultando o papel do ambiente como reprodutor de atividades de lazer. Apresenta ainda uma quantidade significativa de paredes cegas que contribuem atualmente para a segregação, insalubridade e insegurança. Os edifícios da quadra apresentam-se em sua totalidade a situação típica do centro: ocupados por estabelecimentos comerciais e de serviço da cidade. Tendo essa característica representada no trecho da Avenida Anhanguera, a qual possui lojas com comércios populares e redes de notoriedade nacional, ainda é possível observar a grande presença do comércio informal nas calçadas do local. Isso mostra o quanto a atividade se aglomerou de forma incontrolada pelo trecho do eixo anhanguera e contribui para a degradação do espaço. Além disso, o predomínio da atividade comercial em detrimento de outras formas de uso causa a superlotação do local nos horários comerciais e o abandono do local a noite e finais de semana. Dessa forma o cinema tem o papel de alimentar o espaço com a atividade de lazer que gera o uso e integração do espaço em diversos horários. A quadra possui nove edifícios com uso comercial, outros três com uso residencial, dois com uso de prestação de serviços, oito com uso misto, além da viela que funciona como estacionamento. Vista de cima, pode-se perceber que as construções são implantadas de forma heterogênea e as vezes não seguem os limites determinados pelos lotes. Muitas delas possuem um recuo mínimo e as vezes se encontram
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até mesmo ligadas com as construções vizinhas. Assim, pode-se notar que elas foram se executando de maneira contínua no local, sem seguir a uma determinada organização. Também é possível notar que a quadra possui um gabarito diversificado, apresentando edifícios de 1 até 8 pavimentos, prevalecendo os que tem 2 e 3 pisos. Os edifícios da Avenida Anhanguera ganham destaque no quesito de altura ao respeitarem um gabarito praticamente único e trazerem assim uma ocupação uniforme que gera a ideia de conjunto, tendo suas particularidades expressadas nas fachadas, as quais evidenciam temporalidades diferentes. Analisando os edifícios históricos encontram-se características que remetem ao Déco, com suas formas geométricas bem definidas e fachadas com elementos de conotação ornamental, e também ao modernismo, com seus volumes simples e puros que exploram o vidro como elemento de composição. Vale lembrar que podem vir a conter traços que não condizem com o estilo, mesclando-se assim a outras tendências compositivas. Muitos deles hoje encontram-se com suas fachadas cobertas por letreiros e banners comerciais que escondem sua silhueta. Isso provoca várias discussões no meio acadêmico da Arquitetura e Urbanismo, que comentam sobre a poluição visual e a descaracterização dos edifícios históricos através da implantação desses elementos que cobrem as fachadas originais, ignoram a história do edifício e sua arquitetura ali ainda presente. Na quadra 22 não é diferente. É evidente a presença de traços que contam sobre sua época, mas se tratando de consumo e não de história, houve pouca preocupação com a geração que não vivenciou o nascimento do estilo arquitetônico e sua construção. Em contato com pessoas com raízes no espaço aqui trabalhado, nota-se o apreço, cuidado e zelo pela história de vida vivenciada na quadra 22 e em outras regiões do Setor Central. Hoje se trata de memórias boas do passado e tristeza da não preservação destas memórias. Existe ainda a esperança de uma mudança e retomada do que era bom, ainda existe o sentimento de “estar em casa” e receptividade para uma boa conversa sobre os velhos tempos.
Quadra 22 vista pelo cruzamento da Avenida Anhanguera com a Rua 9 Fonte: Google Maps
Vista superior da Quadra 0
5
10
N
20
6
PAISAGENS
Vista da Avenida Anhanguera Fonte: Google Maps
Elevação Avenida Anhanguera 7
Vista da rua 4 Fonte: Google Maps
Rua 4
Rua 9
Rua 8 Avenida Anhanguera
Elevação rua 4 8
PAISAGENS
Vista da rua 8 Fonte: Google Maps
Elevação rua 8 9
Vista da rua 8 Fonte: Google Maps
Rua 4
Rua 9
Rua 8 Avenida Anhanguera
10
PAISAGENS
Vista da rua 9 Fonte: Google Maps
Elevação rua 9 11
Vista da rua 9 Fonte: Google Maps
Rua 4
Rua 9
Rua 8 Avenida Anhanguera
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PAISAGENS
Acesso lateral da viela Fonte: Yasmim Rodrigues
Vista A 13
Vista do acesso pelo fundo da viela Fonte: Yasmim Rodrigues
Vista do acesso da viela Fonte: Yasmim Rodrigues
Rua 4
E
F
B C
Rua 8
Rua 9
A
D Avenida Anhanguera
Vista B 14
PAISAGENS
Acesso lateral da viela Fonte: Yasmim Rodrigues
Vista C 15
Acesso lateral da viela Fonte: Yasmim Rodrigues
Vista do fundo da viela Fonte: Yasmim Rodrigues
Rua 4
E
F
B C
Rua 8
Rua 9
A
D Avenida Anhanguera
Vista D 16
PAISAGENS
Vista do fundo da viela Fonte: Yasmim Rodrigues
Vista E 17
Ocupação pelo estacionamento no fundo da viela Fonte: Yasmim Rodrigues
Rua 4
E
F
B C
Rua 8
Rua 9
A
D Avenida Anhanguera
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PAISAGENS
Casa de jogos localiza no fundo da viela Fonte: Yasmim Rodrigues
Vista F 19
Vista do fundo da viela Fonte: Yasmim Rodrigues Rua 4
A E
F
B C
Rua 8
Rua 9
Parede cega Cine Ritz Fonte: Yasmim Rodrigues
D Avenida Anhanguera
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PROTAGONISTAS
12 11 9 10
13 1
8
2
7
3 4
6 5
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1
Rival Calçados
8
Pharmacus
2
Shopping dos Cosméticos
9
Lord Cabelereiros
3
Estilo Joiás
10 Casa das chaves
4
Galeria comercial
11 Loja de Bijuterias
5
O Boticário
12 Bens da Terra
6
Edifício Abrão A. Helou
13 Edifício Felix de Souza
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Cine Lume Ritz
11 Fonte: Maria Luiza
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Fonte: Maria Luiza
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PROTAGONISTAS
Vista do edifício pela rua 9 Fonte: Google Maps
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Vista Rua 9
Localização: Avenida Anhanguera, número 5234, Setor Central, Goiânia, 74620140 Originalmente no térreo se encontrava uma loja de produtos para a área da saúde e nos pavimentos superiores funcionava salões de festa que comumente abrigavam bailes estudantis, segundo o atual proprietário. Atualmente o edifício serve de salas comerciais nos pavimentos superiores e o térreo é alugado para a franquia da Rival Calçados. Passou por modificações internas para se adequar ao uso atual. O edifício de quatro pavimentos ocupa a esquina entre a rua 9 e a Avenida Anhanguera. Seu desenho segue a implantação do lote, e assim uma de suas fachadas é marcada por um chanfro que denota o encontro das duas ruas. Essa implantação mostra a monumentalidade do prédio e o chanfro valoriza a sua fachada de acesso principal, mostrando como a
RIVAL CALÇADOS esquina potencializa o traço do edifício histórico. É possível observar seu caráter essencialmente Art Decó. Em seu volume único prevalece a presença da massa, da alvenaria, marcada por linhas retas bem definidas e frisos que reforçam elementos do seu exterior. Se desenvolve simetricamente pela fachada e suas extremidades formam um desenho que evidencia essa proporção. As esquadrias maiores valorizam a horizontalidade do edifício e são marcadas por frisos horizontais que denotam continuidade e marcam a quantidade de pavimentos do edifício. Já as janelas das extremidades formam uma malha que junto com as faixas brancas ornamentais marcam a verticalidade e simetria do edifício. Elas são emolduradas pelos relevos retos, contínuos e brancos e formam um embasamento diferente e mais trabalhado que o restante da fachada
Vista Avenida Anhanguera
Fachada do Edifício, vista do cruzamento da rua 9 com a Avenida Anhanguera Fonte: Google Maps
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PROTAGONISTAS Localização: Av. Anhanguera, nº 5222 - St. Morais, Goiânia - GO, 74043-010 Constituído por três pavimentos, o edifício atualmente abriga salas comerciais em todos os pisos. É composto por um volume único e puro, com aparência limpa e sem ornamentação. Seus pavimentos superiores recebem tratamento diferente do térreo e ganham maior evidencia ao receberem uma moldura que avança na fachada e alude que os edifícios vizinhos estão recuados. Apresenta fachada frontal simétrica com esquadrias distribuídas uniformemente pelo edifício. A ausência de ornamentação e simplicidade da forma mostra um edifício mais moderno que se distância do Decó e sua monumentalidade, mas que ainda apresenta traços do mesmo ao mostrar simetria e uma configuração geométrica bem definida.
Vista Avenida Anhanguera
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SHOPPING DOS COSMÉTICOS
Fachada do Edifício, vista da Avenida Anhanguera Fonte: Google Maps
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PROTAGONISTAS
Edifício como antigo Banco Mercantil de São Paulo S.A. Fonte: Facebook
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Vista Avenida Anhanguera
ESTILO JOIÁS
Fachada do Edifício, vista da Avenida Anhanguera Fonte: Google Maps
Fundo do Edifício, vista da viela Fonte: Yasmim Rodrigues
Localização: Av. Anhanguera, 5198 - St. Morais, Goiânia - GO, 74620-140 Original da década de 60, o edifício abrigava um dos maiores bancos privados do Brasil na época: o Banco Mercantil de São Paulo S.A. Atualmente, funciona como salas comerciais em todos os seus pavimentos. O banner que ocupa toda a visão da fachada do prédio esconde todo o seu conjunto expressivo. Constituído por três pavimentos, a edificação mantém uma geometria pura e simples e contém uma moldura que define as suas bordas. Assinala características do período moderno, dando destaque ao vidro como elemento que composição. Assim, o térreo deixa de lado as aberturas pontuais para dar espaço para a pele de vidro e as esquadrias dos pavimentos superiores representam o modelo de janela em fita a partir da continuidade de uma extremidade a outra que indica a horizontalidade de cada pavimento. A fachada posterior, voltada para a viela da quadra, diferente da principal, apresenta janelas pontuais sem um ritmo bem determinado em sua distribuição. Nota-se ainda a existência de um pé direito maior no pavimento térreo em detrimento dos demais.
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PROTAGONISTAS
Fachada do EdifĂcio, vista da Avenida Anhanguera Fonte: Google Maps
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GALERIA COMERCIAL Localização: Av. Anhanguera, 5198 - St. Central, Goiânia - GO, 74043-010 Atualmente funciona como galeria comercial no térreo e salas comerciais nos pavimentos superiores, sendo constituído por três pavimentos. O edifício apresenta características que o aproximam mais do período moderno, por deixar de lado a simetria e ter suas janelas bem marcadas horizontalmente até as suas extremidades. É formado por um volume único, simples e com recorte em uma de suas laterais, que confere a ele o formato em U. Livre de ornamentações, tem sua verticalidade marcada pela faixa em alvenaria livre de aberturas. Sua fachada posterior se volta para a viela e suas esquadrias são pontuais, marcadas pela irregularidade e falta de ritmo.
Vista Avenida Anhanguera
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PROTAGONISTAS Localização: Av. Anhanguera, 5186 - St. Central, Goiânia - GO, 74040-010 Na década de 70 seu térreo era ocupado por uma farmácia, e hoje tem seu espaço utilizado pelo O Boticário. Com sua fachada essencialmente Decó, a edificação de 2 pavimentos expressa na volumetria o desenho de esquina que segue o traço do lote em que está implantada. Ainda nesse contexto, destaca a sua fachada principal formada pelo chanfro que marca o encontro da Avenida Anhanguera com a rua 8. Segue a regras de axialidade, simetria e hierarquia em toda a sua composição, dando maior ênfase na face que marca a sua entrada. A marquise reforça o destaque da fachada principal e ainda tem a função de balcão para o pavimento superior. O coroamento criado pelo jogo de formas geométricas e decorativas fomenta a monumentalidade trazida pelo estilo. Sua superfície ainda apresenta uma texturização que reforça os traços geométricos e suas janelas apresentam um gradil com serralheria detalhada, contornos sinuosos e estilizados.
Vista Avenida Anhanguera
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O BOTICÁRIO
Fachada do Edifício, vista do cruzamento da Avenida Anhanguera com a rua 8 Fonte: Google Maps
Vista Rua 8
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PROTAGONISTAS Localização: Rua 8, número 497, Setor Central, Goiânia, 74620-110 Inaugurado na década de 60, mantém o mesmo uso original, sendo o térreo ocupado por um restaurante e os pavimentos superiores por salas comerciais O edifício de linguagem simples é marcado por um volume único composto de simetria e aberturas pontuais e regulares em toda a sua forma. A relação de cheios e vazios é apresentada na sua fachada principal e na face voltada para a entrada da viela, mostrando sempre ritmo na determinação de suas esquadrias. O desenho das janelas e da porta de acesso aos pavimentos superiores contam muito sobre sua época, sendo as primeiras formadas por um conjunto de basculantes em vidro canelado e a segunda por gradis estilizados.
Vista Rua 8
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EDIFÍCIO ABRÃO A. HELOU
Fachada do Edifício, vista da rua 8 Fonte: Google Maps
Fachada lateral do Edifício, vista pela entrada da viela Fonte: Yasmim Rodrigues
Detalhe do Edifício Fonte: Maria Luiza
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PROTAGONISTAS
Fachada do cinema, localizada na rua 8 Fonte: Google Maps
Vista Rua 8
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CINE LUME RITZ Localização: Rua 8, número 501, St. Central, Goiânia. 74013030 Cinema de rua inaugurado em 1992. Passou por um intenso processo de digitalização em 2015, o que fez com que um público maior frequentasse o local. Assim mantém a cara de cinema antigo com aparelhagem moderna e programação atual. Hoje é o único de Goiânia que ainda funciona normalmente com qualidade de qualquer outra sala de cinema de Shopping. Frederico Machado, diretor do cinema menciona que o maior desafio de manter o cinema ativo é a propaganda e o marketing para atrair novos usuários. Felizmente o cinema possui usuários fieis que estão passando este hábito de ir ao cinema de rua para as próximas gerações. Possui duas salas de exibições com 236 poltronas cada e resume-se cotidianamente em exibições de filmes comerciais nacionais e internacionais, com uma sessão especial sempre aos domingos para o público infantil. Voltado para o público local, o cinema sempre investe em grandes lançamentos e parte agora para uma parceria especial com festivais de cinema realizados em Goiânia. Ele conta com um público afetivo e valor acessível, melhor que os cinemas de shoppings centers. Constituído por 2 pavimentos e localizado entre as vielas da rua 8, o cinema possui uma linguagem arquitetônica limpa, definido por linhas retas. Nota-se o espelhamento e a simetria na fachada através das janelas e portas. Sua fachada é definida por uma grande marquise e aberturas pontuais delimitadas por portas e janelas. As portas sinalizam de maneira clara os locais de entrada e saída do cinema e as esquadrias do primeiro pavimento ficam escondidas pela presença de banners que limitam a expressão do edifício. Pode-se pontuar dessa maneira a ausência de soluções arquitetônicas que conciliem a divulgação da empresa, através de peças gráficas, e a relevância do edifício enquanto construção. O edifício possui uma cor clara, as cores estão predominantemente nos banners e propagandas. É interessante notar, porém, que a calçada ganhou destaque com as listras pretas e brancas, gerando contraste e marcando a área de localização do cinema.
Banner do cinema Foto: Maria Luiza
Fundo do cinema voltado para a viela Foto: Yasmim Rodrigues
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PROTAGONISTAS
Fachada do EdifÃcio, vista pela rua 8 Fonte: Google Maps
Vista Rua 8
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PHARMACUS
Fachada dos fundos do Edifício, vista da viela Fonte: Yasmim Rodrigues
Localização: R. 8, 527 - St. Central, Goiânia - GO, 74013-030 Sempre manteve uso comercial. Durante muitos anos a atual lanchonete e cia foi ocupada pela Lanchonete do Raul, que era muito conhecida na região. Sua fachada hoje se encontra descaracterizada da concepção atual. Suas janelas foram retiradas e preenchidas com alvenaria, assim sua fachada frontal hoje apresenta apenas as portas de entrada como abertura. Mesmo tendo tido essa modificação, não deixa de ter traços de sua época e relação com o estilo Art Decó. Seu volume simples e livre de ornamentações tem a simetria marcada pelo escalonamento do topo, estando esse presente na face frontal e posterior. Sua lateral é voltada para um dos acessos da viela e contém aberturas que levam as outras salas comerciais da construção.
Fachada sem alterações Fonte: Google Maps
Fachada descaracterizada em 2015 Fonte: Google Maps
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PROTAGONISTAS
Vista Rua 8
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LORD CABELEREIROS
Vista do Edifício pela rua 8 Fonte: Google Maps
Vista do Edifício pelo acesso da viela Fonte: Yasmim Rodrigues
Localização: Rua 8, número 547 - St. Central, Goiânia - GO, 74013-030 Em 1969 tinha sua obra embargada na prefeitura e se encontrava apenas com a estrutura finalizada. Nesse mesmo ano, a construção foi comprada pelo empresário brasileiro Serafim Rodrigues, o qual finalizou a obra e fundou no local o Agrobanco, Banco Comercial S/A. Alguns anos depois, o banco faliu e a esposa ficou sendo a proprietária do imóvel. Com a separação do casal, ela vendeu o imóvel o qual passou por um processo de reforma para se tornar um prédio de quitinetes. O novo proprietário estava interessado em comprar o lote vizinho, atualmente uma casa abandonada no corredor da viela, para transformá-lo no estacionamento do local, uma vez que o prédio não consta com o equipamento. Com o intento fracassado, o prédio entrou em estado de abandono, tendo atualmente apenas o térreo funcionando como salas comerciais. O prédio contém 8 pavimentos e é formado por um volume único, com linguagem mais limpa e genérica, sem ornamentações e com uma reprodução associada a arquitetura moderna ao dar mais espaço para a expressão do vidro nas fachadas do edifício. Essas esquadrias são distribuídas de maneira uniforme pela fachada frontal e lateral, (que dá acesso à viela) através de longas faixas verticais que frisam o sentido de desenvolvimento do prédio. Uma de suas fachadas laterais contém um recorte que funciona como um shaft para a passagem de tubulações e abertura de janelas pontuais. A fachada dos fundos é marcada por aberturas pontuais realçadas em caixilhos
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PROTAGONISTAS
Fachada do EdifĂcio, vista do cruzamento da rua 8 com a rua 4 Fonte: Google Maps
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Vista Rua 8
CASA DAS CHAVES
Detalhe que mostram as características do edifício Fonte: Google Maps
Localização: Rua 4, número 777 - St. Central, Goiânia - GO, 74015-175 Os comércios que ocupam a construção descaracterizaram totalmente a sua fachada, coberta em sua totalidade por letreiros. Sua verdadeira face se revela em um trecho onde o banner não cobriu a contrução até o topo. A edificação térrea com volume genérico segue a implantação do lote na quadra. O chanfro marca a fachada principal e suas aberturas são formadas pelas portas que dão acesso ao interior e marcam a simetria da edificação. Livre de ornamentação, mantém sua superfície limpa, mas mostra certa influência do Art Decó ao criar o escalonamento do topo.
Vista Rua 4
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PROTAGONISTAS Localizção: Rua 4, número 827 - St. Central, Goiânia - GO A edificação consta com 2 pavimentos atualmente funciona como comércio no térreo e residência no pavimento superior. Formada por um volume único, regular e simétrico que expressa na fachada uma linguagem arquitetônica influenciada pelo Art Decó. Essa influência é notada a partir da intenção de se buscar elementos decorativos geométricos e simplificados como o contorno de suas extremidades com uma linha estilizada e o escalonamento do topo. Suas janelas também ganham destaque ao apresentar um desenho geométrico marcante em seus gradis e caixilhos brancos, do tipo basculante e de correr.
Vista Rua 4
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LOJA DE BIJUTERIAS
Fachada do EdifÃcio, vista da rua 4 Fonte: Google Maps
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PROTAGONISTAS
Vista Rua 8
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BENS DA TERRA
Fachada do Edifício, vista do cruzamento da rua 4 com a rua 9 Fonte: Google Maps
Localização: : Rua 4, número 827 - St. Central, Goiânia - GO A edificação consta com 2 pavimentos e funciona como comércio. É formada por um volume genérico que segue a implantação do lote na quadra. É possível observar que a construção não se apega a regras compositivas, ao se apoiar em uma forma simples com janelas pontuais que deixam de manter o ritmo de cheios e vazios em certo ponto. Todo o térreo é marcado por aberturas que dão acesso para as lojas que ocupam o espaço. O protagonismo do edifício é criado a partir da linguagem simples e dos elementos que remetem ao passado como as janelas venezianas comuns em sua época e o embasamento em linha reta no topo da edificação.
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PROTAGONISTAS
Vista Rua 4
Fachada do Edifício, vista da rua 9 Fonte: Google Maps
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Localização: Rua 9, número 348, Setor Central, Goiânia, 74013040 Originalmente mantinha o uso residencial no primeiro pavimento e comercial no térreo e passou por modificações internas para se adequar ao uso totalmente comercial atual. Sua arquitetura expressa uma volumetria única com elementos de conotação ornamental. O aspecto do Art Déco apresenta-se frente a simplificação geométrica da forma e seus elementos decorativos simplificados como o escalonamento do topo. Foge ao estilo ao deixar de apresentar regras de simetria e axialidade, porém tenta seguir certo ritmo de distribuição das esquadrias de sua fachada lateral. O jogo de aberturas da fachada posterior segue a mesma ideia da fachada frontal
EDIFÍCIO FELIX DE SOUZA
Vista do edifício pela viela Fonte: Google Maps
Fachada dos fundos do edifício, vista da viela Fonte: Google Maps
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QUADRA 22 PROBLEMAS Poluição Visual das fachadas dos edifícios Atividades clandestinas e jogos não autorizados, ilegais no interior da viela
POTENCIALIDADES POTENCIALIDADES Modificação urbana na rua 8 que propõe maior integração com o protagonista da quadra
Quadra majoritariamente comercial
Miolo de quadra alimentado por dois acesso que podem ser aumentados e gerar nova espacialidade para o local
Viela usada como estacionamento pelos comércios locais e como carga e descarga dos Correios
Sentimento de afetividade dos moradores e comerciantes locais que estão no local há muito tempo e desejam ver o local valorizado
Uso das calçadas pelo comércio ambulante
Calçadas largas, que possibilita a criação de áreas de permanência
Pouca massa vegetal
Edificios significativos que se abre para a viela possibilitam a criação de um uso direcionado para ela Edifícios subutilizados na rua 9 podem ser removidos para que o espaço ganhe um novo edifício que intensifique o uso da quadra e da viela
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DIRETRIZES Pedestrianização da rua 8 Criação de mais dois acessos que possibilitam a conexão com a rua 9 Instalação de mobiliário urbano e plantio de vegetação da Avenida Anhanguera e Rua 4 Incentivar salas que se abrem para a viela a ocuparem bares e lanchonetes que intensifiquem o uso da mesma e diversifique as atividades da quadra Proibir atividades de ambulantes na Avenida Anhanguera e direcioná-las na rua 8, com a criação da rua de pedestres Criar proposta de pavilhão no local em que hoje se encontram os edifícios subutilizados
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DIRETRIZES mobiliário urbano
somente pedestres
ciclorrota ciclorrota
locação pavilhão v i e l a
protagonista protagonista
permeabilidade do percuso
somente pedestres mobiliário urbano
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Vista superior da Quadra 0
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GABARITO
Analisando o gabarito da Quadra 22 e suas condicionantes, foi proposto que a quadra mantenha o gabarito com até três pavimentos para novos edifícios ou ampliações, caso venham ser solicitadas futuramente. Assim será mantido a uniformidade original da quadra e a paisagem já estabelecida pelos edifícios significativos. RECUO
É notável que na Quadra 22 existem edifícios que não respeitaram os recuos propostos, sendo assim, alguns deles se encontram mais recuados, como o edifício na Avenida Anhanguera do Shopping dos Cosméticos . A maioria dos edifícios tem um recuo quase inexistente em suas laterais, portanto para melhorar a permeabilidade entre os edifício, os novos edifícios construídos na quadra devem estabelecer uma distância mínima de 3,50m em suas laterais. LOTES VAZIOS OU SUBUTILIZADOS
Surpreendentemente, existem poucos edifícios subutilizados e apenas um lote usado como estacionamento na Quadra 22. Assim, é proposto que sejam retirado os edifícios térreos e o estacionamento - marcados em vermelho no mapa - que se localizam na Rua 9, para que o novo projeto entre como agente agregador e potencializador da quadra, sendo este ainda não solucionado, podendo ser pavilhão ou praça.
Recuos da quadra em laranja
Gabarito Predominante Fonte: Google Maps
Edifícios subutilizados na rua 9 Fonte: Google Maps
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SIMULAÇÕES MOBILIÁRIO
Visando o conforto dos pedestres e dos usuários do Centro, mais especificamente da Quadra 22, foi proposto mobiliários urbanos para descanso e pequenas pausas na Avenida Anhanguera e na Rua 4. Além disso, é comum encontrar em outras cidades, como Curitiba, pessoas com idade já avançada que têm como hábito desfrutar em um momento do dia, da boa conversa ou prosa. Felizmente na Quadra 22, existem pessoas assim, com o sentimento afetivo do Centro de Goiânia, que trazem a memória o tempo passado, pertencem ao lugar e devem ser consideradas.
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CORES LETREIROS E EDIFÍCIOS SIGNIFICATIVOS
Propõe-se a utilização de cores neutras e pastéis, que seguem ao padráo das cores usadas na época das construçõese são menos saturadas, em tons de verde, azul, rosa, marrom e bege.
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SIMULAÇÕES
Totem de localização que indica a entrada das vielas
ILUMINAÇÃO
No quesito iluminação é possível observar que o Centro perde muito. É dito que no período noturno, o Centro de Goiânia “morre”. Porém isto se dá por vários fatores incluindo a falta ou a pouca iluminação, posto isto, propõe-se que seja instalado novos pontos de iluminação na Quadra 22. A viela que atualmente é usada como estacionamento e carga e descarga dos Correios deve ganhar uma atenção especial quanto aos pontos estratégicos de iluminação, pois esta, se encontra isolada das demais atividades da quadra e a intenção é que a mesma seja foco de atividades de lazer e integração noturnas. Para tanto propõe-se arandelas que causam um bom efeito visual e oferecem a iluminação necessária para o local. CICLORROTA
Durante a pandemia, o número de compras de bicicletas obteve um número crescente, tem-se então, mais ciclistas em circulação no Brasil. Porém antes mesmo do período da pandemia, já havia a necessidade de ciclofaixas. No Centro de Goiânia, felizmente já existem as ciclofaixas, entretanto na Rua 8, pode-se observar que esta precisa de manutenção e de um destaque maior para que seja melhor aproveitada e até mesmo respeitada pelos usuários de automóveis.
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Rua 8 pedestrianizada
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SIMULAÇÕES CINEMA E INTEGRAÇÃO
O protagonista da quadra 22, merece mais que atenção especial. Analisando todo o contexto do Centro de Goiânia e a persistência do Cinema de Rua Cine Lume Ritz em ainda funcionar normalmente desde 1990, levantou-se a possibilidade de integrar este à viela.
Beco - Acesso 1
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Como é sabido o cinema possui duas salas e atende pessoas de todas as idades. Para dar melhor conforto e trazer vida - também noturna - para o Centro de Goiânia, compreende-se a necessidade de um espaço para alimentação e interações sociais, o que pode ser realizado nas salas comerciais que se abrem para a viela
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SIMULAÇÕES
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Beco - Acesso 2
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PAVILHÃO A escolha do local considerou a presença de edifícios subutilizados na rua 9, que fazem adjascëncia com a viela. A retirada deles e a criação de um pavilhão que servirá a sociedade gera mais integração e envolvimento com a quadra e consequentemente com a viela, além do fato que sua localização pode potencializar o cinema e valorizar outros usos na quadra.
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LETREIROS Respeitando a LEI COMPLEMENTAR Nº 326, DE 03 DE JANEIRO DE 2020, propõe-se que seja feito uma readequação dos letreiros e retirada dos banners e outdoors que impedem a visualização das fachadas originais de todos os edifícios da Quadra 22, sendo eles significativos ou não. Assim mantém-se a identidade original da quadra e preserva-se sua história.
PLACA PLACA
Avenida Anhanguera
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PLACA
PLACA
PLACA
PLACA
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PLACA PLACA
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PLACA PLACA
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LETREIROS Seção II Dos Critérios Específicos de Instalação Art. 11. Para o cálculo da dimensão máxima do engenho publicitário considerar-se-á: I - a proporção de 0,15 m² (zero vírgula quinze metros quadrados) de área do engenho para cada 1 m (um metro) de comprimento da fachada frontal, alinhada ao logradouro público, no caso de engenho publicitário inserido na fachada; II - a proporção de 0,15 m² (zero vírgula quinze metros quadrados) de área do engenho para cada 1 m (um metro) de comprimento da testada do lote, no caso de engenho publicitário inserido no fechamento do lote. III - a proporção de 0,15 m² (zero vírgula quinze metros quadrados) de área do engenho para cada 1 m (um metro) de comprimento do menor lado do equipamento fixo, sendo restrito a 1 (um) único engenho publicitário. Art. 12. Será permitida a instalação de apenas 1 (um) engenho publicitário por testada do lote ou comprimento da fachada frontal da edificação, respeitada a regra prevista no art. 11 e, ressalvadas as seguintes exceções, nos casos: I - em que o comprimento da testada do lote ou comprimento da fachada frontal da edificação ultrapassar 40 m (quarenta metros), será obrigatória a divisão da dimensão do engenho publicitário, no mínimo, em 2 (duas) partes, distantes no mínimo 15m (quinze metros) uma da outra; II - de edifícios com mais de 4 (quatro) pavimentos, poderá ser autorizada a instalação de mais 1 (um) engenho publicitário, desde que este seja instalado no coroamento ou topo da edificação, para identificação do nome do edifício ou do estabelecimento;
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Rua 8
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III - de divulgação de eventos culturais, esportivos e/ou de interesse público temporários, poderá ser autorizada a instalação de mais 1 (um) engenho publicitário no local do evento, desde que este não ultrapasse 2 m² (dois metros quadrados). IV - em que o imóvel possua mais de um estabelecimento com acesso voltado para o logradouro público, considerar-se-á a proporção de 0,15 m² (zero vírgula quinze metros quadrados) de área do engenho, para cada 1 m (um metro) de comprimento da fachada do estabelecimento. V - em que o imóvel seja de esquina e/ou com mais de uma testada ou fachada frontal, será aplicada a regra dos incisos I e II, do art. 11, para cada uma delas. Art. 13. O engenho publicitário instalado na fachada do edifício ou em estrutura própria, poderá ter projeção ortogonal sobre a calçada com limite máximo de 0,15 m (zero vírgula quinze metro). Além da Lei Complementar, os letreiros deverão seguir as seguintes diretrizes: Fundo padronizado em cor cinza (171) com largura igual a da abertura e altura definida de acordo com o limite de metragem definido pela Lei Complementar nº326; Letras em cor preta ou branca que não ultrapassem os limites do fundo definido pela primeira diretriz; Fica liberado o uso de diferentes fontes de acordo com a preferência do estabelecimento.
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LETREIROS
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Rua 4
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Rua 9
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Fazer arquitetura em um lugar histórico significa conhecer suas preexistências e entender o entorno edificado para que assim se construa um caminho por onde algo novo será implantado. Na quadra 22, no centro não seria diferente. A proposta de um pavilhão para o local busca reconhecer a importância do lugar, buscando os valores arquitetônicos e criando conhecimento, apreço, e zelo pela história de Goiânia.
Nesse sentido, reconhecendo o protagonismo e a importância do Cine Ritz como elemento que traz grande significância a quadra e a história do cinema de rua, propõe-se a implementação de um pavilhão audiovisual, que retome a história de cidade a partir de exposições do Hélio de Oliveira, fotógrafo com grande acervo de várias épocas, com um local destinado a história da capital e outro destinado a contar a história do cinema de rua. O pavilhão também fica com um espaço destinado a uma exposição mais atual, mostrando as derivas feitas pelo centro e trazendo assim o olhar de hoje sobre o que já estava construído e as modificações urbanas ocorridas durante o tempo. Por fim, o pavilhão traz como proposta salas de mídia, sendo uma dedicada a mostra de documentários da época da construção de Goiânia e outra destinada a curtas e documentários de artistas goianos atuais.
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Buscando uma relação com o entorno procurou-se aqui criar uma arquitetura contextual que dialogue com o Cine Ritz. Dessa maneira, sua forma mantém mesma silhueta existente no cinema, trazendo sua massa e solidez, e seu gabarito se liga ao dos edifícios adjacente a sua implantação. Remetendo a um objeto contemporâneo traz uma nova conformação espacial interna e o policarbonato como material carregado de transparência que durante a noite traga a ideia do pavilhão como uma lanterna visual da quadra. Buscando trazer mais uso para a viela durante outros horários do dia, propõe-se a criação de uma praça com show de luzes, no qual a as fachadas dos edifícios voltados para a viela, e inclusive a do cinema, serviriam como base para a projeção do vídeo mapping pensado.
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IMPLANTAÇÃO ESCALA 1:1250
RUA 4
PLANTA BAIXA
RUA 8
RUA 9
PAVILHÃO
AVENIDA ANHANGUERA
ESCALA 1/300
entrada pela VIELA
entrada principal
ÁREA TOTAL
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CORTE AA
ESCALA 1/300
CORTE BB
ESCALA 1/300
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FACHADA RUA 9 ESCALA 1/300
FACHADA PRAÇA ESCALA 1/300
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FACHADA VIELA ESCALA 1/300
PERSPECTIVA ISOMÉTRICA
A
RU
4
RU
A
RU
A
9
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DA A NI UER E AV NG HA AN
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SIMULAÇÕES
HÉLIO DE OLIVEIRA
SIMULAÇÕES
DERIVA PELO CENTRO
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SIMULAÇÕES VIDEO MAPPING
MATERIALIDADE
Concreto granilite
Concreto polido
Chapa de policarbonato
Metal com pintura branca
DETALHAMENTO
FLUXO DE AR
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