Festival artes vertentes 2016 artes cênicas

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Festival Artes Vertentes discute a loucura em três espetáculos teatrais

Fiel ao propósito de oferecer ao público espetáculos de alto nível artístico, representativos dos diversos campos da arte, a edição 2016 do Festival Artes Vertentes – Festival Internacional de Artes de Tiradentes – apresenta uma consistente programação nas áreas de artes cênicas, dança, música, artes visuais, literatura e cinema. Entre os dias 8 e 18 de setembro próximo, músicos, atores, diretores e escritores de diversas origens promovem junto com o público, na histórica Tiradentes (MG), um diálogo intenso, através de concertos, espetáculos cênicos, filmes, exposições, leituras, palestras e debates. Todas as linguagens artísticas contempladas se complementam, unidas pelo mote curatorial “Elogio à Loucura”. Nise da Silveira, renomada psiquiátrica brasileira, que se opôs às formas agressivas de tratamento de sua época, como o confinamento, o eletrochoque e a lobotomia e revolucionou o tratamento dado aos pacientes através da arte, será a personalidade homenageada pelo Festival Artes Vertentes na sua quinta edição. “Nos Porões da Loucura” é o espetáculo que vai abrir a programação de artes cênicas do Festival Artes Vertentes, no dia 8, abordando o tema da política manicomial vigente na sociedade brasileira no século XX. Com direção de Luiz Paixão, o figurino do espetáculo é assinado por Ronaldo Fraga e a trilha sonora por Marcus Viana. O espetáculo é baseado no livro homônimo do jornalista Hiram Firmino e relata a trajetória do Hospital Colônia, em Barbacena (MG), no qual morreram 60 mil pessoas. Pacientes, funcionários, famílias e sociedade são retratados em cena por nove atores. A programação teatral apresenta ainda uma trilogia, na qual o premiado ator francês Charles Gonzàles representa três mulheres: a escultora Camille Claudel, a escritora Santa Teresa de Ávila e a dramaturga inglesa Sarah Kane. Nestes três monólogos, que foram aclamados pela crítica e público durante o prestigiado Festival de Avignon, em 2014, o ator apresenta o trágico destino destas três mulheres em diferentes momentos da história. Com uma carreira internacional, Charles Gonzalès trabalhou com renomados diretores, tais como Patrice Chéreau. Durante a sua participação no festival, o ator, que é também autor do livro “Récita de umas bodas obscuras, o incandescente Antoine A.” (La feuille de thé, 2013), fará ainda uma palestra sobre o ator, dramaturgo e diretor Antoine Artaud. A atriz Teuda Bara, um dos principais nomes do teatro brasileiro e uma das fundadoras do Grupo Galpão encerra a programação das artes cênicas com o espetáculo “Doida”. Percebendo, em 2015, a possibilidade real de montar um espetáculo inspirado no conto homônimo de Carlos Drummond de Andrade, a atriz convidou Inês Peixoto, colega do Grupo Galpão, para dirigir o trabalho em que atua


ao lado do filho mais novo, Admar Fernandes. O espetáculo foi concebido para espaços alternativos e pequenos teatros, prezando a proximidade dos atores com a plateia. Além de sua trajetória no teatro, Teuda é também conhecida pelos trabalhos no cinema e na TV (como a recente participação na novela “Meu Pedacinho de Chão”). Mais sobre os espetáculos: Nos Porões da Loucura Serviço: Elenco: Alberto Tinim, Anaís Della Croce, Antônio Rodrigues, Carlos Henrique, Luiz Gomide, Marco Túlio Zerlotini, Mariana Bizzotto, Meibe Rodrigues e Nanda Freitas. Data: 08.09.2016 Horário: 20:30 Local: SESI – Centro Cultural Yves Alves Entrada: R$ 20 e R$ 10 Classificação indicativa: 12 anos Sinopse: mais de três décadas após seu lançamento, o livro do jornalista Hiram Firmino “Nos Porões da Loucura”, que resgata o horror vivido pelos pacientes portadores de transtornos mentais e os indesejados pela sociedade, internados no Hospital Colônia de Barbacena, ganhou os palcos. Nos porões da loucura é uma montagem sensível e intensa, que relata a trajetória do Hospital Psiquiátrico de Barbacena, onde morreram 60 mil pessoas. Trilogia -­‐ Camille Claudel, Thérèse d’Avila e Sarah Kane. Serviço: Elenco e direção: Charles Gonzàles Data: Camille Claudel -­‐ 10.09.2016; horário: 20:00 Thérèse d’Avila -­‐ 15.09.2016; horário: 20:00 Sarah Kane -­‐ 16.09.2016; horário: 19:00 Local: SESI – Centro Cultural Yves Alves Entrada: R$ 20 e R$ 10 Classificação indicativa: 12 anos Sinopse: Charles Gonzalès torna-­‐se Camille Claudel, Teresa d’Ávila e Sarah Kane. Três mulheres. Três destinos. A trilogia percorre o itinerário destas personagens no corpo de um só ator. Camille Claudel Neste monólogo fascinante é apresentado o itinerário da artista francesa desde os anos de aprendizado no atelier de Rodin até o fim, trancada por mais de trinta anos em uma casa para alienados, em Mondevergues. Através da correspondência entre Camille e a sua mãe, durante os anos passados confinada em hospitais e privada de qualquer luz, Charles Gonzalès nos apresenta a verdade magoada de uma artista, o seu desnudamento e a pureza dos seus desejos contraditórios. Teresa d’Ávila Teresa de Ávila, mística e poética, feminina e viril, doente e forte, passa pela provação do invisível que se tornou visível, em uma vida desprovida de artifícios, sincera e repleta pelo absoluto...Um teatro da espiritualidade. Sarah Kane


Sarah Kane, uma curta vida dedicada ao teatro, sob a forma de um poema dramático. O trágico itinerário de uma jovem mulher que termina desfazendo os laços da sua existência para recuperá-­‐los entre os mortos. Uma prece selvagem, alimentada pelo desespero absoluto. O teatro da crueldade. Doida Serviço: Elenco: Teuda Bara e Edmar Fernandes. Direção de Inês Peixoto Data: 18.09.2016 Horário: 16:00 Local: SESI – Centro Cultural Yves Alves Entrada: R$ 20 e R$ 10 Classificação indicativa: Livre Sinopse: toda manhã os meninos desciam para tomar banho no riacho e pegar passarinho. Mas era bom passar pela casa da doida e provocá-­‐la. Assim, gerações sucessivas de moleques passavam pela casinha, miravam as vidraças e lascavam uma pedra. E a Doida respondia furiosa. Toda cidade tem seus doidos. Quase toda família os tem. “Doida” é uma visita do espírito de Minas à loucura. O outro lado, para além das paredes desgastadas daquela casa que, apesar dos ares de abandono, é ainda habitada. Mas quem a habita, e quais são seus hábitos? Doidos são também anjos tortos, podendo revelar outras realidades, e nos convidando para o lado gauche da vida. A trilogia (Camille Claudel – Teresa d’Ávila – Sarah Kane) será apresentada em francês, com legendagem eletrônica em português. Local: Centro Cultural Yves Alves/SESI FIEMG (Rua Direita, 168) Ingresso: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) O Festival Artes Vertentes preparou, em 2016, uma novidade: Ciclo de Ideias (gratuito). Uma série de debates, palestras e mesas redondas com especialistas em cada linguagem do festival. Em diálogo com a programação de artes cênicas serão oferecidas as seguintes atividades: -­‐ Ciclo de ideais V / TEATRO -­‐ "Antoine Artaud: loucura e lucidez numa proposta de teatro revolucionário": Palestra com Charles Gonzalès. Dia 14 de setembro, às 18h, no SESI Centro Cultural Yves Alves (Rua Direita, 168) -­‐ Ciclo de ideais VI "Faces da loucura na arte e na literatura": Palestra com Evandro Affonso Ferreira e José Leonardo Nascimento. Dia 17 de setembro, às 16h, no SESI Centro Cultural Yves Alves (Rua Direita, 168) -­‐Ciclo de ideias VII “Teuda Bara: histórias e memórias de um processo criativo”: Bate-­‐papo com a atriz Teuda Bara. Lançamento do livro “Teuda Bara – comunista demais para ser chacrete.”, de João Santos. Dia 18 de setembro, às 17h, no SESI Centro Cultural Yves Alves (Rua Direita, 168) O Festival Artes Vertentes conta com o patrocínio da CEMIG e da E Brasil e com o co-­‐patrocínio do Solar da Ponte. Mais informações: www.artesvertentes.com Assessora de Imprensa: Bárbara Chataignier (21) 99738-­‐1243 – bchataignier@gmail.com


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